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Adubação foliar: conheça os princípios e cuidados!

Adubação foliar: conheça os princípios e cuidados!

Neste artigo você irá encontrar tudo que precisa saber sobre a adubação foliar: como realizar aplicação, formas de absorção, além de descobrir as vantagens e desvantagens dessa forma de aplicação.

 

Adubação foliar: conheça os princípios e cuidados!

 

Adubação foliar é um tipo de manejo utilizado que fornece nutrientes minerais via foliar das plantas. Assim como todos os seres vivos, as plantas também precisam se alimentar. E, no caso delas, o alimento é ofertado por meio da adubação. Adubar nada mais é do que repor nutrientes minerais que são necessários para o e desenvolvimento e crescimento das plantas.

Assim, a adubação foliar é utilizada como complemento da adubação via solo, de forma rápida e eficiente. Atualmente, a prática está no planejamento e manejo da produção de praticamente todas as espécies cultivadas.

Portanto, a recomendação de fertilizantes foliares deve seguir a necessidade nutricional das plantas na lavoura. Que pode ser verificada com a diagnose foliar. A análise da folha é necessária para identificar de maneira precisa a falta de nutrientes.

 

 

Tipos de adubação foliar

  1. Adubação foliar preventiva: mais utilizada e a de resultados menos comprovados. Exemplo: boro nas culturas do repolho, couve-flor, brócolis e KCl para prevenir os danos causados pelas geadas
  2. Adubação foliar corretiva: aplicação de nutrientes para corrigir uma ou mais deficiências nutricionais é realizada em determinados momentos da cultura. Exemplo: mais efetiva para culturas perenes
  3. Adubação foliar substitutiva: substitui a adubação via solo. Exemplo: micronutrientes.
  4. Adubação foliar complementar: visando complementar o fornecimento de adubos aplicados via sistema radicular (via solo ou água), empregada quando determinada cultura apresenta exigência elevada de um nutriente específico. Exemplo: boro nas culturas do repolho e mamão.
  5. Adubação foliar suplementar no estádio reprodutivo: aplicação na fase de enchimento de grãos. Exemplo: soja (N, P, K e S).

 

Categoria de adubos foliares

  1. Adubos químicos: fornecem macro e/ou micronutrientes (mais fornecidos pela adubação foliar, pois são exigidos em pequenas doses pelas plantas);
  2. Adubos orgânico: destaque para os originários de húmus-de-minhoca;
  3. Aminoácidos: grupo de produtos mais modernos e largamente usado em cultivos de hortaliças e flores;
  4. Adubos naturais: geralmente subprodutos de outras plantas, como o subproduto da mandioca, denominado de “manipueira” líquido liberado por ocasião da prensagem da massa da raiz da mandioca.

 

Absorção de nutrientes por meio da folha

A absorção foliar se dá em três passos sucessivos depois de estabelecido o contato do elemento com a epiderme superior, inferior ou ambas:

  1. Atravessamento da cutícula cerosa e das paredes das células epidérmicas por difusão;
  2. Chegada à superfície externa do plasmalema;
  3. Movimento através de membrana citoplasmática cm a entrada no citoplasma eventualmente no vacúolo depois de atravessar o tonoplasto.

 

ABSORÇÃO DE NUTRIENTES POR MEIO DA FOLHA

Fonte: Gomes, et al. (2019).

 

Penetração via cutícula

A penetração via cutícula trata-se da passagem dos nutrientes por esta camada de cera presente na superfície das folhas.

Para que transpassem a cutícula, os nutrientes necessitam estar solúveis em água ou presentes em partículas extremamente pequenas, entre dois e cinco nanômetros (1 nanômetro = 10-9 m ou 0,000000001 metro).

 

Rachaduras e imperfeições

Outra via de absorção é a passagem dos nutrientes por rachaduras ou imperfeições presentes na superfície da folha.

Tais aberturas são causadas nas folhas por ações físicas. Como por exemplo o esbarrão de um maquinário agrícola ou ação de pragas e doenças. Nestas condições, a penetração de algumas partículas maiores poderá ocorrer.

 

Estômatos e tricomas

Conjuntamente, a absorção dos nutrientes pode se dar pelos estômatos e tricomas espalhados na superfície das folhas. Vale relembrar que os estômatos são aberturas presentes nas folhas especializadas na realização de trocas gasosas enquanto os tricomas são os pelos presentes nas folhas.

Além disso para os tricomas, assim como na cutícula, os nutrientes necessitam estar solúveis em água ou em partículas muito pequenas para que ocorra a penetração. Já para os estômatos, partículas maiores podem ser absorvidas, visto que a cavidade em seu interior possui entre 20 e 80 nm.

 

Nutrição Mineral de Plantas: Macronutrientes.

 

Fatores que afetam a absorção

Os fatores que influenciam a adubação foliar podem ser divididos em internos e externos. Confira abaixo!

 

Internos

Dentre os fatores internos que influenciam a absorção foliar da planta pode-se destacar:

  • Espécies e variedades: espécies diferentes e variedades diferentes dentro da mesma espécie podem apresentar comportamentos diferentes quanto a absorção de nutrientes
  • Estado nutricional da planta: uma planta já deficiente apresenta menor capacidade de assimilar nutrientes via folha;
  • Idade da folha: folhas mais novas tem maior facilidade em absorver nutrientes do que folhas velhas. Consequentemente, o estágio fenológico em que a planta se encontra também afeta sua capacidade de absorver nutrientes.

 

Externos

Como fatores externos, pode-se enfatizar:

  • Ambiente: fatores ambientais como luminosidade, temperatura e umidade relativa tem influência direta na absorção foliar de nutrientes. Altas luminosidades e temperaturas conjuntamente a baixa umidade relativa influenciam negativamente a absorção foliar uma vez que alteram características tanto nas plantas quanto nos fertilizantes.
  • Fertilizante: a fonte de nutriente utilizada na formulação juntamente com os aditivos empregados altera as características do fertilizante e consequentemente sua absorção. Como exemplo de características tem-se concentração, solubilidade, carga elétrica, pH, ângulo de repouso e tempo de secagem.

 

Vantagens e desvantagens da adubação foliar

A adubação foliar pode ser utilizada com sucesso em agriculturas de baixa, média e alta tecnologias. Ela ajuda a estabelecer o equilíbrio nutricional das plantas na lavoura. Ajustando os níveis foliares próximos ao ótimo. No entanto, como toda técnica, a adubação foliar possui vantagens e desvantagens.

 

Vantagens

  • Correção das deficiências a curto prazo;
  • Alto índice de utilização pelas plantas dos nutrientes aplicados;
  • Contornar restrições de absorção de nutrientes pelo solo;
  • Doses totais de micronutrientes geralmente são menores que via solo;
  • Possibilidade de aplicação de micronutrientes com tratamentos químicos.

 

Desvantagens

  • Custo dos produtos e custo da aplicação extra pode ser mais elevado;
  • Idade da folha: vegetações muito novas, que não estão totalmente desenvolvidas, não têm a capacidade de absorção dos nutrientes e podem sofrer danos;
  • Menor poder residual da disponibilidade de nutrientes;
  • Podem ocorrer incompatibilidades com outros produtos.

 

Cuidados a serem tomados na adubação foliar

Para que a adubação foliar seja realmente eficiente, com absorção dos nutrientes, alguns fatores precisam ser atendidos. Eles incluem aspectos internos das plantas e externos a elas.

  1. É importante verificar o PH acidez e alcalinidade da solução aplicada na adubação foliar, pois as espécies vegetais absorvem os nutrientes em uma restrita faixa de PH e essa condição varia de planta para planta;
  2. Não faça a aplicação do adubo foliar nas horas mais quentes do dia, pois o calor pode causar a evaporação da solução e a planta não tenha tempo suficiente de absorver os nutrientes;
  3. Cuidado com a aplicação simultânea de adubo e pesticidas ou fungicidas, pois caso a combinação não for bem feita pode gerar desequilíbrios e até mesmo incompatibilidade no adubo aplicado nas plantas;
  4. Cuidado com os excessos na aplicação dos nutrientes via adubação foliar, pois o que iria fortalecer pode causar doenças nas plantas;

 

Erros frequentes

O erro mais comum cometido pelos agricultores que optam pela prática da adubação foliar é posicioná-la em substituição a alguma prática de solo. Esta deve ser tratada como uma técnica complementar, e quando ambas são feitas de forma correta o retorno em produtividade é certo.

A escolha por produtos mal formulados ou de baixa tecnologia, adubos sólidos diluídos ou fertilizantes sem respaldo científico e agronômico podem difamar a prática como ineficiente.

Lavouras pulverizadas com bons produtos nutricionais e bem recomendados geralmente apresentam incrementos médios de pelo menos três a quatro sacas de soja por hectare.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

O processo de adubação é muito importante no cultivo da terra, pois é ele que permite que as plantas cresçam com saúde e com os nutrientes que precisam. O Adubo Foliar é uma boa alternativa para complementar a adubação feita através do solo

Apenas suprir as necessidades de NPK não é suficiente. Porém, que fique claro que o Adubo Foliar não substitui o Adubo Via Solo apenas o complementa.

O diferencial desse adubo é o fato de ele ser aplicado sobre as folhas e, é mais comum na agricultura em produções de café, arroz, laranja, soja e outros. É importante ressaltar que antes da aplicação é importante que consulte um especialista para ter a certeza da necessidade real desse procedimento.

Escrito por Michelly Moraes.

Conservação do solo: 10 benefícios dessa prática!

Conservação do solo: 10 benefícios dessa prática!

A conservação do solo busca o equilíbrio ecológico em geral do sistema produtivo. É necessário levar em conta que a resiliência natural das propriedades solo, sendo que por si só é muito lenta.

A complexidade dos processos de degradação dos solos deve-se aos inúmeros fenômenos biológicos e físico-químicos envolvidos. Por este motivo, a conservação do solo pode ser conceituada como um conjunto de ações. Que visam proporcionar o restabelecimento das condições de equilíbrio e sustentabilidade existentes anteriormente em um sistema natural.

Nesse artigo vamos aprofundar mais esse assunto e conhecer a importância desse tema para o agronegócio brasileiro.

 

  Conservação do solo: 10 benefícios dessa prática!

 

Importância da conservação do solo

Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura FAO, os solos agrícolas do mundo vêm se degradando a uma taxa de 0,1% ao ano.

Esses estudos apontam a perda de cinco milhões de hectares de terras aráveis por ano devido as más práticas agrícolas, secas e pressão populacional.

Além desses fatores, inúmeras ações antrópicas de exploração inadequada dos recursos naturais, como a retirada da vegetação nativa e falta de planejamento de conservação do solo.

Para se ter o perfeito entendimento da importância da conservação do solo, é necessário a reconhecer que o solo é vivo. Ele é composto por microorganismos, insetos e pequenos mamíferos. A função deles no solo é a ciclagem de nutrientes, tornando o solo saudável, e também na entrada de ar e água no solo.

A ciclagem de nutrientes é de extrema importância para o solo e as plantas, ela devolve todos os nutrientes que a ela foram investidos quando viva.

Com a porosidade, quando chove parte da água infiltra-se na terra e vai penetrando até encontrar uma camada impermeável.

Quanto mais poroso for o solo, melhor é a sua estrutura, infiltrando mais água sofrendo menores chances de erodir.

Há várias práticas que auxiliam a conservação do solo, são elas: rotação de culturas, plantio de adubos verdes, sistema plantio direto, entre outros.

Mas quais benefícios que alcançamos por conservar o solo? Confira a seguir!

 

 

Benefícios da conservação do solo

Primeiramente, a conservação do solo, é um conjunto de práticas, que contribuem com processos aleloquímicos que podem realizar o controle de doenças e favorecer os ciclos biológicos do solo.

Além disso, proporciona uma série de benefícios econômicos, ambientais e sociais, auxiliando reestruturação do solo com agregados. Disponibilizando matéria orgânica, dessa forma, incrementando fertilidade do solo.

Nesse sentido, podemos destacar 10 benefícios que a conservação do solo traz:

  • Melhora das condições físico-químicas do solo;
  • Aumento da atividade biológica, da estabilidade da estrutura do solo;
  • Aumento da matéria orgânica;
  • Eliminação ou redução das operações de preparo do solo;
  • Redução do uso de herbicidas;
  • Redução do uso inseticidas e fungicidas;
  • Aumento da produtividade das lavouras,
  • Eficiência no uso de fertilizantes;
  • Maior disponibilidade de água no solo, pela maior infiltração da água das chuvas;
  • Redução de solos erodidos.

Então, como alcançar essa estrutura em solos agrícolas e intemperizados, como é caso do solo brasileiro?

Há várias práticas conservacionistas que auxiliam o produtor nessa árdua tarefa, vamos conferir algumas práticas que são grandes aliadas para alcançar esse resultado.

 

Solos no Brasil

 

Rotação de culturas

Essa técnica, consiste em utilizar o método de alternância de diferentes cultivos, levando a melhorias dos atributos químicos, biológicos e físicos do solo, com redução da degradação do meio ambiente, além de uma maior produtividade.

As espécies são selecionadas de acordo com alguns critérios, como possuir diferente suscetibilidade a pragas e doenças e apresentar necessidades nutricionais diferentes.

Uma vez adotada, a rotação de culturas, reduz de forma eficiente os impactos ambientais causados pela monocultura. Que é produção agrícola de apenas uma cultura, que causa a degradação física, química e biológica do solo e o desenvolvimento de pragas.

 

Cobertura com palhada

A palhada é formada pelos restos do plantio colhido anteriormente. Os galhos, folhas e raízes são triturados e pulverizados de volta ao solo.

Desse modo, a palhada ajuda a reduzir a erosão do solo, ajuda a manter a temperatura ideal para as plantas, aumenta disponibilidade de água no solo.

Uma ótima opção de palhada, são os adubos verdes. Que ao absorverem os nutrientes do solo. Contribuem para a redução das perdas por lixiviação, amenizando os impactos da agricultura. Trazendo maior fertilidade aos solos agrícolas e sustentabilidade ao sistema de produção.

 

Cobertura com palhada para a conservação do solo

 

Sistema de plantio direto

O sistema plantio direto (SPD) é uma forma de manejo sustentável dos sistemas de produção agrícola. Sendo o mais indicado para o manejo dos solos tropicais, como é no caso dos solos brasileiros.

O SPD é bastante utilizado como uma forma de produzir alimento sem causar tanta exaustão no solo.

Dessa forma, o principal objetivo desse sistema é promover a conservação do solo, evitando, assim, seu esgotamento e equilibrando o sistema produtivo.

 

plantio direto

 

A adubação verde

A adubação verde melhora a fertilidade do solo, porque mobiliza os nutrientes das camadas mais profundas, os deixando disponíveis para o próximo cultivo da cultura de interesse econômico.

Desse modo, os adubos verdes, ao absorverem os nutrientes do solo, contribuem para a redução das perdas por lixiviação.

Assim, o uso da adubação verde é uma forma viável de amenizar os impactos da agricultura. Trazendo maior fertilidade aos solos agrícolas e sustentabilidade ao sistema de produção.

 

O plantio em curvas de nível

O plantio em curvas de nível, é a produção usando linhas que têm diferentes altitudes, respeitando o contorno do terreno.

Trata-se da medida mais básica que visa à conservação do solo. Ele se opõe ao chamado plantio “morro abaixo”.

Outras técnicas similares são o terraceamento (formação de terraço) e o plantio em faixa com diferentes tipos de cobertura vegetal. Que podem ser usadas juntamente ao plantio em curvas de níveis.

Essa técnica auxilia na redução da erosão dos diferentes tipos de solos causados pelo impacto das gostas de chuva. Que podem acarretar grandes danos, quando não adotado o plantio dessa forma.

 

Conservação do solo na realidade do produtor rural

A conservação do solo compreende várias observações do campo agronômico. E essas observações diferenciam processos e fatores de degradação do solo e de como controlar esse processo.

 

Plataforma Agropós

 

Dessa forma, as ações e interações químicas, físicas e biológicas que afetam a capacidade do solo e a sua produtividade devem sempre serem levadas em consideração pelo produtor.

Vimos nesse artigo, que a qualidade de um solo como a sua capacidade de manter o crescimento vegetal. Inclui fatores como: agregação, atividade de microorganismos, matéria orgânica, capacidade de retenção de água, taxa de infiltração, disponibilidade de nutrientes, etc.

Dentro desse contexto, a avaliação da qualidade do solo para monitorar a sua conservação e recuperação quando necessário. Constitui um dos grandes temas da ciência do solo atualmente.

Várias são as metodologias que têm sido empregadas para acessar a qualidade, cabe ao produtor adequá-las para sua realidade.

Escrito por Juliana Medina.

Amostragem de solo: saiba mais!

Amostragem de solo: saiba mais!

Você sabe realizar uma amostragem de solo corretamente? Neste artigo você encontrará todas as informações, além de saber a importância da avaliação da fertilidade do solo para o agricultor. Venha comigo!

 

Amostragem de solo: saiba mais!

 

A amostragem de solo é o método que permite conhecer, antes do plantio, a necessidade e a capacidade do solo em suprir e disponibilizar os nutrientes que as plantas precisam para se desenvolverem.

O agricultor tem a necessidade de enriquecer o solo e repor os nutrientes para garantir o bom desenvolvimento na cultura desejada. No entanto, fazer qualquer aplicação aleatória de fertilizantes não significa que estará suprindo de fato a demanda da cultura. Por isso, é necessário saber a carência nutricional do solo.

Com tudo se a coleta da amostragem do solo não for bem feita, o resultado analítico não indicará as reservas reais do solo. Os insumos recomendados e aplicados não alimentarão adequadamente a cultura e a produção obtida seguramente deverá ser menor do que a produção planejada ou desejada.

 

 

Benefícios da amostragem de solo

A realização da amostragem e da análise de solo trazem diversos benefícios ao produtor, dentre eles:

  • O aumento da produtividade, por meio da identificação de nutrientes ou fatores químicos que estão abaixo do nível ou limitando o crescimento das plantas;
  • O uso eficiente e em quantidades adequadas de fertilizantes para os diferentes tipos de solos e culturas, evitando o desperdício e a aplicação desnecessária;
  • A redução de custos com fertilizantes, corretivos e agrotóxicos;
  • E a maior lucratividade.

 

5 passos para coletar amostras do solo

Para a amostragem de solo, primeiramente deve-se reconhecer a existência de variabilidade espacial na área a ser amostrada. E assim escolher a estratégia de pontos de coleta. A qualidade da amostragem é extremamente importante. Pois é a principal fonte de informações para correções de solo (aplicação de calcário, por exemplo) e para adubações das culturas que sucederão na área.

Para realização da correta amostragem do solo, alguns questionamentos frequentes devem ser considerados;

 

Solos no brasil

 

1. Divisão e seleção de glebas

A divisão e seleção de glebas é fundamental para sucesso na coleta de amostras. A área total (heterogênea) pode ser dividida em glebas (homogêneas) delimitadas e dimensionadas de acordo com alguns aspectos de maior relevância. Uma vez que se entende que normalmente as áreas não são homogêneas.

Dentre esses aspectos, têm-se: coloração e textura do solo, relevo, histórico de manejo, matéria orgânica, nível de nutrientes, cobertura vegetal e produtividade.

Exemplo de separação de glebas e caminhamento em zigue-zague para coleta.

 

Divisão e seleção de Glebas

(Fonte: Agropós, 2020)

 

Dentro de cada gleba, deve-se realizar a extração de amostras simples, retiradas em pontos representativos da área, através de um caminhamento em zig-zag. Ressalta-se que antes da coleta é necessário a retirada da vegetação ou partes mais superficiais do solo.

 

2. Época da amostragem de solo.

As amostras apresentam resultados distintos conforme a época do ano. Assim, não é indicado realizar a coleta em períodos excedentes ou de stress hídrico. Pela dificuldade de amostragem em solos muito secos ou encharcados.

Solos extremamente molhados são difíceis de coletar e misturar às amostras; portanto, é melhor esperar a drenagem dos solos antes da amostragem. Por outro lado, solos muito secos são normalmente difíceis de realizar as amostras. Não se deve esquecer que a umidade do solo não afeta os resultados do teste, uma vez que as amostras são secas antes de serem analisadas.

De maneira geral, os campos podem ser amostrados em qualquer momento após a colheita ou antes do plantio. Evitando-se amostrar imediatamente depois de aplicações de adubos ou calcário, porque essas amostras não representam a fertilidade real do solo.

 

3. Quais ferramentas utilizar para a amostragem de solo?

A amostra pode ser feita com diversas ferramentas, tais como: enxadeco ou enxadão, pá reta, tubo tipo sonda de amostragem, trados (Holandês, caneco, etc.), pá de jardinagem entre outros.

Em qualquer caso é sempre necessário a sub amostras sejam retiradas de maneiras uniformes em volume e profundidade desejada para que não ocorra uma sub ou superestimação dos atributos do solo dentro de um mesmo talhão.

 

Ferramentas amostragem do solo.

Exemplos de ferramentas utilizadas para amostragem de solo (Fonte: Agropós 2020)

 

Na imagem podemos observar tipos de trados da esquerda para direita: tipo rosca, calador, holandês, caneco, sonda. No centro: furadeira adaptada para coleta de solo e a direita: quadriciclo adaptado para coleta de solo.

Retire cerca de 300 g de terra do balde e transfira para uma caixinha de papelão apropriada ou saco de plástico limpo. Essa porção de terra (amostra composta) será enviada ao laboratório. Jogue fora o resto da terra do balde e recomece a amostragem em outra área.

 

4. Como coletar as amostras 

As amostras devem ser retiradas separadamente em cada talhão homogêneo, caminhando-se ao acaso em zigue-zague na área, para formar a amostra composta.

O número de amostras simples não deve ser inferior a 10 pontos por talhão homogêneo, sendo ideal em torno de 20 pontos. Não se deve coletar amostras próximas a casas, galpões, brejos, voçorocas, caminhos de pedestres, formigueiros etc., evitando introduzir erros na amostragem.

As amostras podem ser simples e compostas: Amostra simples deve ter o mesmo volume de solo e coletadas na mesma profundidade, e posteriormente homogeneizadas para a formação de uma amostra coma das glebas. Além disso, são coletadas aleatoriamente dentro de uma área homogênea, normalmente utilizadas apenas para a realização da classificação de solo.

Amostras compostas são formadas a partir da união de diversas amostras simples, coletadas aleatoriamente, em área homogênea e enviadas ao laboratório.

 

Profundidade das amostras

 A profundida de cada amostra simples varia com o tipo de cultivo, manejo do solo e objetivo da avaliação:

  • 0 a 10 Centímetros: culturas anuais sob sistema de plantio direto após o 6 cultivo consecutivo adubado em linha, manutenção de pastagens formadas e campo natural sem revolvimento do solo.
  • 0 a 20 Centímetros: culturas perenes (fruteiras, café, cravo-da-índia, dendê, seringueira etc.); culturas anuais, formação de culturas perenes e de pastagens, com sistema convencional de preparo do solo. E até o 6 cultivo anual consecutivo, sob sistema de plantio direto, adubado em linha.
  • 0 a 40 e 40 a 60: antes do primeiro plantio na área, a amostragem de camadas mais profundas do solo objetiva detectar a ocorrência de barreiras físicas (pedregosidade, compactação) ou químicas (toxidez de alumínio, deficiência de nutrientes). Que impedem o crescimento radicular em profundidade, limitando a absorção de nutrientes e água.

 

Amostragem de subsolo

O subsolo é um item importante a ser analisado, pois nele pode estar presente o excesso de acidez, que prejudica o desenvolvimento das raízes e dos nutrientes. Cabe ressaltar o cuidado necessário para não se misturar a amostragem do subsolo com a da superfície.

Utilizando-se um trado, preferencialmente, coleta-se a amostra numa profundidade de 20 a 40 centímetros. Isso é feito em 2 etapas.

Primeiramente, é coletada a amostra dentro dos primeiros 20 cm de profundidade. Em seguida, o trado é aprofundado até que se chegue a 40 cm e, então, seja coletada a nova amostra.

Após a coleta das 20 a 30 amostras elas são misturadas com bastante cuidado, para formar uma mistura homogênea. Em seguida, uma porção de 250 ml (1/4 de um litro) é retirada da mistura.

 

5. Envio das amostras ao laboratório

Após a homogeneização e formação das amostras compostas, essas devem ser embaladas com sacos plásticos para evitar contaminação. Identificadas corretamente e enviadas ao laboratório de sua confiança.

É importante informar que erros na amostragem não podem ser corrigidos no laboratório. Por isso é necessário seguir corretamente os procedimentos descritos e principalmente evitar contaminações durante a coleta, secagem, embalagem e transporte das amostras.

E extremamente importante que os formulários sejam devidamente preenchidos. Já que servirão para ajudar na interpretação dos resultados da análise e na recomendação de calagem e adubação. Além de manter um histórico de uso das áreas.

 

Envio das amostras ao laboratório

 

Recomendação de adubação e calagem

Após a coleta e análise do solo, para a recomendação de calcário e fertilizantes químicos ou orgânicos é necessário a comparação dos resultados da análise com valores recomendados para a cultura de interesse.

Com a análise química do solo é possível estabelecer correções nutricionais do mesmo. E com isso, promover a melhoria e manutenção da fertilidade do solo. Levando a um aumento expressivo na produtividade das culturas e qualidade de alimentos.

Além do fornecimento dos nutrientes, a análise do solo, é fundamental para uma correta correção do PH do solo. Permitindo, assim, uma melhor disponibilidade dos nutrientes para as plantas.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Portanto a amostragem do solo é a base para o uso racional, sustentável e econômico dos solos. Por meio da recomendação correta de fertilizantes e corretivos. Que, por sua vez, serão responsáveis por parte considerável da produtividade da cultura de interesse.

A partir de uma amostragem correta do solo, é feita a análise dos atributos químicos. Uma técnica de rotina utilizada para avaliação de sua fertilidade. Onde irá identificar a carência nutricional do solo onde deseja cultivar.

Escrito por Michelly Moraes.

Solo fértil e sua importância para a agricultura!

Solo fértil é a capacidade de fornecer água e nutrientes às plantas nas proporções adequadas para o seu crescimento e produtividade. Além disso, a fertilidade pode variar muito em uma só propriedade agrícola, pois algumas necessitam de boas características físicas e biológicas.

Neste artigo você encontrará tudo o que você precisa saber.

 

Solo fértil

 

Você já parou para pensar a importância do solo fértil para agricultura e como identificar as principais causas da infertilidade?

Como sabemos, o solo é imprescindível para as atividades agrícolas, contudo é importante frisar que um solo fértil não é necessariamente um solo produtivo pois. Além de suprir as necessidades nutricionais as plantas

Dessa forma, os aspectos nutricionais do solo são extremamente importantes para o crescimento das plantas. Mas também é necessária uma atenção especial para aspectos biológicos e físicos, porque esses influenciam a disponibilidade nutricional.

 

Importância do solo fértil para a agricultura

Embora, muitos agricultores considerem o solo como uma mera ferramenta para fazer com que a planta cresça. É nele em que se concentram os principais fatores que determinam o futuro daquele cultivo.

Uma boa fertilidade do solo é fundamental para se ter um sistema agrícola rentável e sustentável a longo prazo.

Um solo produtivo deve ter as características químicas necessárias para que os nutrientes fiquem disponíveis e sustentem o crescimento das plantas. Ter equilíbrio nutricional e boa interação entre o solo e os nutrientes.

Solos férteis fornecem níveis ótimos de nutrientes disponíveis para o crescimento das plantas. Deixando-as mais vigorosas e sadias, com maior resistência a doenças, insetos, competição com ervas daninhas, seca, frio e solos encharcados.

 

Solos e Nutrição de Plantas

 

Causas da infertilidade do solo

As causas da infertilidade do solo pode está diretamente ligada em diversos fatores como;

  • Uso excessivo de adubos químico, e a não realização da análise do solo.
  • Doses desequilibrada de adubos.
  • Acidez.
  • Erosão do solo, lixiviação, ou volatilização de nutrientes.
  • Redução da atividade microbiana.
  • Compactação do solo.
  • Falta de planejamento agrícola e financeiro.

 

Indicadores da qualidade do solo fértil

Podemos dizer que os indicadores da saúde do solo apresentam um conjunto de informações que são utilizadas para avaliar o comportamento e o desempenho das principais funções do solo. Que podem ser físicas, químicas ou até mesmo biológicas.

Os indicadores de qualidade do solo devem sempre seguir as seguintes informações:

  • Correlacionar os dados com ecossistemas saudáveis.
  • Integrar os processos e as propriedades físicas, químicas e biológicas do solo.
  • Serem sensíveis às variações climáticas.
  • Possibilitar a criação de banco de dados para futuras comparações.
  • Permitir o acompanhamento da tendência da saúde do solo.

 Considerando essas três diferentes categorias, podemos destacar os seguintes indicadores:

 

O que torna o solo fértil?

 

Nutrientes

Os nutrientes são elementos considerados essenciais, o que significa dizer que fazem parte de pelo menos uma molécula essencial ao metabolismo da planta, como por exemplo, o Mg constituinte da clorofila e o N constituinte essencial de compostos proteicos.

Dessa forma existem pelo menos 17 elementos que cumprem essa exigência e devem ser fornecidos às plantas para que estas germinem, cresçam, floresçam e produzam sementes.

Em função da sua essencialidade para as culturas, os nutrientes são subdivididos em Macronutrientes e Micronutrientes.

Os Macronutrientes são nutrientes requeridos em maior quantidade pelas plantas (da ordem de g/kg de matéria seca da planta) e os Micronutrientes são absorvidos pelas plantas em pequenas quantidades (da ordem de mg/kg de matéria seca da planta).

 

Tabela 1: Nutrientes e as formas químicas como são absorvidas pelas plantas

Tabela 1: Nutrientes e as formas químicas como são absorvidas pelas plantas

Fonte: Apostila de Fertilidade do solo- Agropós 2020

 

Para que uma planta cresça adequadamente é necessário que haja disponibilidade desses nutrientes em proporção adequadas, para conseguir se desenvolver de forma forte e sadia.

Contudo, não são todos os solos que fornecem naturalmente isso ao plantio.

Alguns agricultores procuram melhorar os seus solos através de composto químicos e insumos agrícolas para que, a longo prazo, seus produtos se tornem melhores.

 

Taxa de erosão e Ph

O solo pode apresentar dois problemas muito comum. Um deles é o pH, que indica o nível de acidez do solo. Já a erosão, por outro lado, é a degradação da terra.

Quanto mais essas taxas forem elevadas, pior é para as plantações prosperarem.

Essas questões são grandes desafios para os agricultores. Por isso, a dica é deixar as taxas de pH e de erosão equilibradas para não prejudicar o seu negócio.

O termo pH (potencial hidrogeniônico) define a acidez ou alcalinidade, os solos possuem pH variando de 3,0 à 9,0.

Essa variação é decorrente da região em que está localizado, solos ácidos são aqueles de regiões úmidas, como margem de rios e pântanos (pH < 6,5), são conhecidos como argilosos. Já as regiões ricas em calcário possuem solos alcalinos (pH > 7).

Como a acidez pode interferir na qualidade das plantações? Em geral, as plantas preferem a faixa de pH neutro (de 6,0 à 6,8), este é o chamado ponto de equilíbrio no qual a maioria dos nutrientes permanecem disponíveis às raízes.

 

Nutrição Mineral de Plantas: Macronutrientes.

 

Análise do solo

Para que o agricultor conheça a disponibilidade nutricional do solo é necessário a realização de uma adequada coleta e análise do solo. E com isso propor a recomendação correta de fertilizantes e corretivos, que, por sua vez, serão responsáveis por parte considerável da produtividade da cultura de interesse.

 

Avaliação de fertilidade do solo

 Os objetivos das avaliações de rotina de solos, para fins de fertilidade, são obter informações para serem utilizadas de várias formas, nos quais se destacam:

  • Manter o nível de fertilidade ao nível considerado adequado para a cultura que se deseja implementar.
  • Predizer a probabilidade de se obter respostas lucrativas com o uso adequado de corretivos e fertilizantes.
  • Servir de base para a recomendação da quantidade de fertilizantes, formulados ou não, e corretivos da acidez do solo (calcário ou escórias) a aplicar.
  • Avaliar o estado atual de fertilidade de uma propriedade ou talhão de uma localidade, com o uso de sumários de análises de solo com o objetivo de mapear a área e sua aptidão de uso da terra.

 

Plataforma Agropós

 

Recomendação de adubação e calagem

Diversos testes podem ser feitos no solo para diagnosticar suas propriedades. Com isso em mãos o produtor poderá buscar com ainda mais precisão a recomendação de calcário e fertilizantes químicos ou orgânicos.

É necessário a comparação dos resultados da análise com valores recomendados para a cultura de interesse. De acordo com o tipo de solo, tecnologia que se deseja utilizar e também com a produtividade almejada.

Com a análise química do solo é possível estabelecer correções nutricionais do mesmo e, com isso, promover a melhoria e manutenção da fertilidade do solo. Levando a um aumento expressivo na produtividade das culturas e qualidade de alimentos.

 

Conclusão

O solo é meio no qual as culturas se desenvolvem- se para alimentar e abrigar o mundo.

Entender a fertilidade do solo é compreender a necessidade básica para o desenvolvimento das plantas.

A análise da fertilidade do solo quando feita de maneira correta se torna um método indispensável para que o agricultor conheça a carência nutricional do solo que irá trabalhar. Onde poderá fazer a recomendação de fertilizante para o sucesso do seu plantio e aumento de produtividade.

Escrito por Michelly Moraes.

 

Solos e Nutrição de Plantas

Adubação orgânica: conheça a sua importância!

Adubação orgânica: conheça a sua importância!

Você já parou para pensar o que é adubação orgânica e qual sua importância? Neste artigo você encontrara as repostas corretas, além de conhecer diferentes tipos de adubação.

Venha comigo, conhecer a importância da adubação orgânica para a agricultura!

 

Adubação orgânica: conheça a sua importância!

 

O adubo orgânico é constituído de resíduos de origem animal e vegetal como folhas secas, gramas, restos vegetais, restos de alimentos, esterco animal e tudo mais que se decompõem. É um insumo muito utilizado na agricultura, principalmente por quem prefere usar apenas produtos naturais.

Esses materiais sofrem decomposição e podem ser produzidos pelo homem por meio da compostagem.

Tanto no campo quanto nas cidades ainda é comum o desperdício de resíduos que, sem qualquer custo, podem ser reaproveitados para produzir compostos, realizando a ciclagem de nutrientes e misturas naturais destinadas a melhorar a matéria orgânica do solo e, consequentemente, favorecer a nutrição e o crescimento das plantas.

 

Origem do adubo orgânico

Animal: o adubo orgânico de origem animal mais conhecido é o esterco que é formado por excrementos sólidos e líquidos dos animais e pode estar misturado com restos vegetais.

Sua composição é muito variada. São bons fornecedores de nutrientes, tendo o fósforo e o potássio rapidamente disponível e o N fica na dependência da facilidade de degradação dos compostos

Vegetal: o adubo orgânico de origem vegetal é grande a quantidade de restos vegetais remanescentes das safras. O arroz e o trigo deixam de 30 a 35%, e o algodão, cana, milho cerca de 50 a 80% da massa original em forma de resíduo orgânico.

Sua função de fornecedor de nutrientes, como de quase todos os outros resíduos, depende basicamente do material empregado em seu preparo.

 

 

Vantagens no uso da adubação orgânica

No que diz respeito a agricultura orgânica em termos de vantagens e benefícios, adubação orgânica favorece:

 

Efeitos condicionadores

Aumenta a CTC: a matéria orgânica acha-se em estado amorfo e exibe uma superfície muito maior do que a argila, consequentemente, uma capacidade de troca muito superior à das argilas.

Melhora a agregação do solo: atua como agente cimentante de partículas do solo, formando agregados bastante estáveis. A matéria orgânica pode reter de 4 a 6 vezes mais água do que seu próprio peso, diminuindo a erosão.

Temperatura: devido a propriedade de armazenar água, a matéria orgânica é má condutora de calor, diminuindo as oscilações de temperatura durante o dia.

Plasticidade e coesão: a matéria orgânica diminui o efeito negativo da consistência plástica e pegajosidade dos solos argilosos molhados.

 

Efeitos sobre os nutrientes

Disponibilidade: a matéria orgânica é fonte de nutrientes, pois, durante o processo de transformação, vários elementos vão sendo liberados, principalmente o N, S, e P. Contudo esta liberação, geralmente, não preenche a necessidade das plantas a menos que seja aplicada em grande quantidade.

Fixação do P: diminui a fixação. Os colóides orgânicos são predominantemente eletronegativos. Os ânios orgânicos formam Fe(OH)2 com o ferro e Al(OH)2 com o Alumínio, complexos imóveis, com o Fe e Al imobilizados pela M.O. aumenta a disponibilidade do P.

 

Nutrição Mineral de Plantas: Macronutrientes.

 

Classificação de adubos orgânico

 

Adubação verde

Adubação verde é uma técnica agrícola que promove a reciclagem de nutrientes do solo por meio do plantio de determinadas espécies de plantas, preferencialmente as espécies que pertencem à família das leguminosas, gramíneas, crucíferas ou de cereais a fim de tornar o solo mais fértil.

 

Adubação verde

 

As plantas desta família apresentam em suas raízes nódulos, em consequência da penetração de bactérias do gênero Rizóbium, que vão até as células corticais da raiz provocando a formação destes nódulos. A planta fornece hidratos de carbono às bactérias e recebem em troca compostos nitrogenados.

São consideradas ótimas para adubação verde por apresentarem:

  • São ricas em nitrogênio
  • Possuem raízes ramificadas e profundas
  • Família numerosa e encontrada em grandes diversidades de clima e solo.

Segundo o Instituto Brasileiro de Florestas (IBF), esta técnica visa por exemplo, a melhora da capacidade produtiva do solo; aumento da sua fertilidade e garantia de produtividade e maior renda para os produtores. A escolha da espécie para realização dessa prática é de grande importância, sendo que cada uma apresenta características próprias

Tipos de plantas usadas na adubação verde:

 

Resíduos originados da agroindústria:

 

Vinhaça

A composição da vinhaça depende do modo de produção do álcool, sendo mais rica em nutrientes nas usinas que produzem o álcool a partir de mel residual da fabricação do açúcar que nas destilarias independentes.

Vinhaça é usada como adubo principalmente na cultura da cana-de-açúcar, onde já se comprovou seu efeito benéfico no aumento da produtividade agrícola e na longevidade da cana.

Além de ser uma excelente fonte de potássio, a vinhaça é também fonte de vários outros nutrientes, como nitrogênio, cálcio, magnésio, zinco e cobre. A vinhaça é recomendada conforme a fertilidade do solo e o tipo de mosto responsável por sua obtenção.

 

Torta de filtro

A torta de filtro apresenta alto teor nutricional já no primeiro ano de aplicação, a torta de filtro é capaz de liberar grande quantidade dos seus nutrientes no solo. Outra boa característica é sua capacidade de reter água e de manter a umidade do solo.

 

Bokashi

O Bokashi é um adubo orgânico concentrado, rico em nitrogênio, fosforo e potássio, para a substituição dos fertilizantes químicos tradicionais.

São um fermentado com organismos vivos que acelera a decomposição da matéria orgânica, colocando à disposição das plantas minerais importantes ao seu desenvolvimento.

Além dessa vantagem em relação ao composto de volumoso comum, seu preparo é rápido de 7 a 21 dia. Desenvolvido no Japão é muito utilizado na agricultura natural e orgânica. Pode ser aplicado no solo de plantio, como em cobertura.

Seus benefícios:

  • Melhora as condições físicas químicas e biológicas do solo;
  • Favorece o ambiente para que as raízes e microrganismos se beneficiem mutuamente;
  • Absorvem substâncias de difícil assimilação
  • Secretam substâncias nutritivas

 

Compostagem

A compostagem é uma técnica sustentável de fertilização do solo. Ela pode ser feita com parte dos resíduos orgânicos, sejam eles de origem urbana, doméstica, industrial, agrícola ou florestal.

Conhecida como o processo de reciclagem do lixo orgânico. Transforma a matéria orgânica encontrada no lixo em adubo natural, que pode ser usado na agricultura.

 

Compostagem

 

É um processo controlado de decomposição microbiana de oxidação e oxigenação de uma massa heterogênea de matéria orgânica no estado sólido e úmido. Sua finalidade é obter mais rapidamente e em melhores condições a estabilização da matéria orgânica.

Na compostagem além de se evitar a poluição e gerar renda. Faz com que a matéria orgânica volte a ser usada de forma útil.

O lixo orgânico, muitas vezes, é descartado em lixões, ruas, rios e matas, poluindo o meio ambiente. Além disso, o acúmulo de resíduos orgânicos a céu aberto favorece o desenvolvimento de bactérias, vermes e fungos que causam doenças nos seres humanos.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Portanto, o adubo orgânico ou adubação orgânica são todos aqueles produtos provenientes de resíduos de origem vegetal, urbano ou industrial e animal. Que possuam altos teores de componentes orgânicos.

Além do ganho econômico para o produtor, para o solo há muitas vantagens melhorando as propriedades, físicas, químicas e biológicas. As plantas irão absorver facilmente os nutrientes disponíveis em um solo orgânico, sem produtos químicos. Que podem prejudicar o meio ambiente e comprometer o solo e as plantas.

Escrito por Michelly Moraes.