sOs diversos tipos de solo existentes no Brasil podem ser diferenciados segundo a tonalidade, composição e granulação. Neste post vamos apresentar os diferentes tipos de solos brasileiros, Além de conhecer sua importância.
Veja abaixo os 13 tipos de solo existentes no Brasil, que vamos abordar:
- Argissolos
- Cambissolos
- Chernossolos
- Espodossolos
- Gleissolos
- Latossolos
- Luvissolos
- Neossolos
- Litossolos
- Organossolos
- Planossolos
- Plintossolos
- Vertissolos
Acompanhe!
O que é solo?
Solo é uma massa composta por areia, silte e argila. Assim, é caracterizado como toda massa natural que está presente na superfície terrestre e possui a capacidade de suportar plantas.
O principal material que compõe os solos é a rocha. Ou seja, o solo é formado a partir da ação do relevo, clima e da biosfera sobre o material rochoso. Visto isso, as partículas que compõem o solo são divididas em areia, silte e argila.
Formação do solo
O processo que dá origem à formação do solo é chamado de intemperismo, ou seja, a desagregação das partículas das rochas e minerais que altera suas propriedades químicas.
São fatores que contribuem para a formação do solo o material originário (rocha matriz ou rocha mãe), o clima, a atividade biológica, ligada aos organismos vivos presentes no lugar de origem do solo, o tempo, a hidrografia e a topografia da área.
Esses elementos agem em conjunto e promovem a separação das partículas das rochas. Assim, o processo de desintegração das partículas forma o solo, promovendo sua evolução e seu crescimento.
Camadas do solo
Os solos são divididos em camadas que possuem características específicas. Porém, conforme a profundidade da terra, essas camadas passam a compartilhar das mesmas características.
As camadas são, também, chamadas de horizontes e são divididas em camadas superficiais e camadas subsuperficiais.
Camadas superficiais
- Horizonte O– horizonte formado pela matéria orgânica em vias de decomposição, razão de sua cor escura.
- Horizonte A– zona com mistura de matéria orgânica e substâncias minerais, com bastante influência do clima e alta atividade biológica.
Camadas subsuperficiais
- Horizonte B– horizonte caracterizado pela cor forte e pela acumulação de argilas procedentes dos horizontes superiores e também de óxidos e hidróxidos de ferro e alumínio.
- Horizonte C– mistura de solo pouco denso com rocha-matriz pouco alterada.
- E Horizonte D– Entre os horizontes A e B é possível, às vezes, delimitar um horizonte E, caracterizado pela remoção de argila, matéria orgânica e óxidos e hidróxidos de ferro e alumínio, que vão se acumular no horizonte logo abaixo.
Classificação do solo
O Brasil é formado por uma variedade de solos formados a partir do clima, do material de origem, o relevo, os organismos e o tempo. São solos importantes para a agricultura no país, além de outras funções essenciais para a vida.
Os diferentes tipos de solo são classificados de acordo com variáveis como cor, textura, porosidade e quantidade de matéria orgânica.
De acordo com o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS), os tipos de solo presentes no Brasil são:
Argissolos
O solo argiloso, por exemplo, contém pelo menos 30% de argila em sua composição de grãos. Esse solo possui partículas muito pequenas. Além disso, os espaços entre os grãos também são pequenos, o que permite que ele retenha mais água. Como resultado, o solo argiloso geralmente fica encharcado após a chuva, o que facilita sua manipulação. Ele, portanto, predomina em 26,9% das unidades de mapeamento no Mapa de Solos do Brasil.
Cambissolos
Os Cambissolos, por outro lado, são solos geralmente pouco espessos e apresentam um horizonte B ainda em estágio inicial de formação. Eles são mais evoluídos que os Neossolos, pois já possuem horizonte B. No entanto, a maioria dos Cambissolos apresenta baixa fertilidade química natural, o que exige, consequentemente, o uso de grandes quantidades de corretivos e fertilizantes pelos agricultores. Esses solos predominam, de acordo com o Mapa de Solos do Brasil, em 5,3% das unidades de mapeamento.
Chernossolos
Além disso, os Chernossolos são solos férteis, com uma camada superficial densa e escura, além da presença de argila. Eles estão presentes, principalmente, nas regiões Sul e Nordeste do Brasil, correspondendo, assim, a 5% do território nacional.
Espodossolos
Os Espodossolos, por sua vez, são solos constituídos por material mineral, e apresentam o horizonte B espódico logo abaixo do horizonte E, A ou horizonte hístico, a uma profundidade de até 200 cm a partir da superfície do solo ou até 400 cm. Se, por exemplo, a soma dos horizontes A+E ou dos horizontes hístico (com menos de 40 cm) + E ultrapassar 200 cm de profundidade, classifica-se o solo como Espodossolo.
Gleissolos
Além disso, os Gleissolos apresentam um horizonte de subsuperfície (B ou C) de cor acinzentada devido à perda de ferro em ambiente redutor, com excesso de água. Por esse motivo, eles são predominantes em regiões planas e abaciadas, como várzeas e banhados dos rios, representando, portanto, 4,7% das unidades de mapeamento no Mapa de Solos do Brasil.
Latossolos
De maneira geral, os Latossolos cobrem cerca de 39% do solo brasileiro e se espalham por quase todo o país.
Eles, em grande parte, são muito porosos, permeáveis e possuem boa drenagem, o que impede o acúmulo de água. As cores desses solos, consequentemente, são muito variadas, como vermelho, amarelo e vermelho amarelado.
Luvissolos
Os Luvissolos, por exemplo, são formados por argila nas camadas superficiais. Eles são rasos e possuem a cor vermelha ou amarela. Esses solos são comuns, principalmente, no Nordeste e ocupam cerca de 3% do território brasileiro.
Neossolos
Por outro lado, os Neossolos são solos rasos em estágio inicial de evolução, apresentando mais comumente apenas horizonte A sobre o horizonte C ou sobre a rocha de origem (camada R). Esses solos são tão jovens que, portanto, não possuem horizonte B. A maioria dos Neossolos tem pouca espessura, como os Neossolos Litólicos e Neossolos Regolíticos.
Nitossolos
Os Nitossolos, além disso, possuem camadas superficiais de cor avermelhada, sendo solos profundos formados por argila. Eles são bem drenados, estruturados, moderadamente ácidos e têm fertilidade natural muito variável. Representam, assim, cerca de 15% do território brasileiro e são comuns nas regiões Sudeste e Sul.
Organossolos
Finalmente, os Organossolos são solos mal drenados e ricos em matéria orgânica. No entanto, esses solos não possuem grande representatividade no território brasileiro, pois são pequenas manchas e se encontram, portanto, de maneira dispersa.
Planossolos
Encontrados na região Nordeste, Centro-Oeste e Sul. Correspondem à um total de 2% da área do país, sendo formados por argila e, quando secos, são duros e possuem baixa permeabilidade.
Plintossolos
Esses solos concentram ferro em algum horizonte, o que causa o endurecimento na forma de concreções cascalhentas ou de um horizonte contínuo endurecido por ferro e/ou alumínio (chamado de horizonte F), que pode ser facilmente confundido com rocha, embora tenha origem pedológica.
Ocorrem predominantemente Amazonas, Pará, Amapá, Roraima, Maranhão, Piauí, Tocantins, Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal.
Vertissolos
São compostos por grande quantidade de argila e correspondem à 2% do território do país. Além disso, são comuns na zona seca do Nordeste, no Pantanal Mato-grossense, na Campanha Gaúcha e no Recôncavo Baiano. Assim, são solos férteis, ricos em cálcio, magnésio e rochas básicas.
Qual a importância do solo?
A importância do solo para a vida dos seres vivos se relaciona aos benefícios que esse recurso proporciona.
Entre eles é possível citar: o fornecimento de nutrientes para a terra, proporcionando o plantio de alimentos ricos em vitaminas e minerais necessários aos seres humanos.
Além disso, o solo possui importantes funções, desde o armazenamento e escoamento e infiltração da água na superfície, sendo um componente fundamental para o desenvolvimento de diversos ecossistemas.
Conclusão
O solo é uma parte importante para o Brasil e a vida em geral. Por conta disso, conhecer os tipos de solos e a importância de cada um é de extrema importância.
Isso porque, a partir do conhecimento dos tipos de solo é possível manejar a área e, assim, atender as especificidades de cada tipo. Além disso, esse conhecimento permite reconhecer as potencialidades e funções de cada tipo de solo.
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