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Subsoladores: entenda o que é e como utilizar!

Subsoladores: entenda o que é e como utilizar!

Entre os tipos de implementos agrícolas mais conhecidos, destacam-se os subsoladores. Um método que prolonga a sobrevivência e o crescimento das mudas cultivadas. Além de propiciar menor exposição do solo e reduzir as perdas causadas pela erosão. Neste artigo vamos falar tudo sobre esse implemento.

Venha Comigo!

 

Subsoladores: entenda o que é e como utilizar!

 

O solo é o principal suporte da produção agrícola. Portanto, todas as práticas realizadas antes da implantação de determinada cultura têm significado especial. Assim, tudo que venha a melhorar as condições químicas, físicas e biológicas do solo, favorece o desenvolvimento das culturas, resultando em maiores lucros aos produtores.

A utilização contínua de máquinas, o pisoteio de animais e as intempéries, tais como a ocorrência de chuvas seguidas de períodos secos. Favorecem o adensamento do solo podendo reduzir o desempenho produtivo das atividades agrícolas.

O preparo do solo, que tem por objetivo melhorar a distribuição física dos seus elementos constituintes. Aumentando a capacidade de retenção de água e ar e favorecendo o melhor desenvolvimento radicular.

E por isso preparamos este artigo para abordar um pouco sobre o implemento agrícola chamado Subsolador, que vai auxiliar neste preparo.

 

Solos e Nutrição de Plantas

 

O que é subsolagem?

subsolagem é um processo agrícola que mobiliza o solo para quebrar as camadas compactadas ou adensadas. Faz parte da preparação para que ele possa receber mudas e sementes.

Com o uso de um subsolador agrícola, implemento que pode ser acoplado ou arrastado ao sistema hidráulico de um trator de grande potência. É possível quebrar camadas do subsolo que podem restringir o crescimento de raízes.

A necessidade da subsolagem e o tipo de implemento dependem do solo e do problema a corrigir. Solos argilosos são mais suscetíveis à compactação em comparação a solos de textura média ou arenosa.

Os solos profundos e de textura uniforme ao longo do perfil não necessitam de subsolagem. A menos que exista uma camada adensada induzida pelo elevado tráfego de máquinas, comum em plantios de cana-de-açúcar.

Mesmo nessa situação, a subsolagem não deverá ser muito profunda. Pois a camada adensada, normalmente, é superficial, em torno de 50 cm de profundidade.

 

Vantagens

Como mobiliza o solo e rompe camadas compactadas. O subsolador agrícola melhora a aeração do solo e reduz os riscos de erosão.

 

Solos no Brasil

 

Escarificadores e subsoladores

São equipamentos que trabalham a superfície e a sub-superfície do solo para promover desagregação de camadas compactadas. Mas qual a diferença entre eles?

 

Escarificadores

A escarificação é a prática pela qual se rompe camadas adensadas e/ou compactadas formadas no interior do solo causada pelo tráfego intenso de máquinas, pisoteio animal e operações de preparo do solo, com uso de arados e grades, atuando em menor profundidade (até 30 cm).

A escarificação também é uma operação de preparo do solo, na qual não ocorre a inversão de leivas. Os escarificadores podem ser considerados implementos para o preparo do solo, substituindo o arado e a grade. Enquanto que os subsoladores são utilizados para romper camadas compactadas a profundidades maiores.

 

Subsoladores

Os subsoladores são equipamentos que exigem alto consumo energético para sua utilização provavelmente o maior entre as operações agrícolas, tornando sua operação mais onerosa.

Por isso, é preciso ter certeza da necessidade de se fazer a subsolagem, o que pode ser feito observando o perfil do solo no local a ser trabalhado. Com uso de penetrômetros ou penetrógraficos ou por meio de análises físicas do solo, tais como teor de água, densidade e granulometria.

Dentre as vantagens dos subsoladores estão a facilidade de penetração enquanto que suas limitações são relacionadas à alta demanda de potência por haste (exigem tratores com maior disponibilidade de potência).

Não devendo ser utilizado em solos com alto teor de água, pois isso resultará em elevado consumo horário de combustível, além de não proporcionar a correta desagregação do solo.

 

Como usar corretamente os subsoladores?

Basicamente o subsoladores são constituídos por: chassi (barra porta-ferramentas), hastes, ponteiras e acessórios. Para realizar a operação de maneira adequada, são necessárias algumas regulagens:

 

Profundidade de subsolagem

Deve ser escolhida em função da localização da camada compactada ou adensada no perfil do solo.

Normalmente adota-se como profundidade de subsolagem, 5 a 10 cm abaixo da camada compactada, não devendo ultrapassar 5 a 7 vezes a largura da ponteira, o que é denominado profundidade crítica.

Para profundidades maiores que a crítica, não ocorre aumento significativo de área mobilizada. Causando, compactação do solo e ainda um aumento significativo da demanda de potência por hastes.

 

Número de hastes

Dependerá da disponibilidade de potência do trator para executar a tração. Porém, a eficiência energética e operacional cresce com o aumento do número de hastes.

 

Espaçamento entre hastes

É um parâmetro operacional muito importante, pois influi diretamente na largura de corte total do equipamento (número de hastes multiplicado pelo espaçamento entre hastes) que, por sua vez, é diretamente proporcional a capacidade de campo.

 

Plataforma Agropós

 

Velocidade de trabalho dos subsoladores

Os valores adotados na prática para a operação de subsolagem estão na faixa de 2,0 a 6,0 km h –1. Porém, depende da unidade motora a ser utilizada. A capacidade de campo é influenciada pelo aumento e diminuição da velocidade.

As operações de subsolagem e escarificação exigem grande esforço na barra de tração. O que às vezes torna necessário a adição de peso (lastros) ao trator. Para uma adequada lastragem devem ser observados os limites de carga indicados pelo fabricante para cada medida de pneu, e, também as características do trator.

 

Conclusão

Em regiões onde o solo está muito compactado, são necessárias operações que favoreçam novamente o desenvolvimento do sistema radicular das plantas.

Geralmente, esta compactação é resultado do tráfego intenso de máquinas pesadas nas lavouras, bem como operações repetitivas de aração e gradagem.

O subsolador é o implemento agrícola mais indicado nestes casos. Porem para seu uso é preciso se atendar em alguns pontos como dito acima. E no caso de dúvidas o ideal é consultar o especialista da área.

Gostou de saber mais sobre o assunto?  Deixe seu comentário e acompanhe nosso blog e fique por dentro dos próximos artigos sobre o tema!

Escrito por Michelly Moraes.

 

Solos e Nutrição de Plantas

Fertilizantes para plantas: sua contribuição na agricultura!

Fertilizantes para plantas: sua contribuição na agricultura!

Neste artigo vamos abordar a contribuição dos fertilizante para plantas na agricultura e seus benefícios, além de mostrar os diferentes tipos de fertilizantes. Venha conhecer a fundo sobre esse assunto, não fique de fora.

Acompanhe!

 

Fertilizantes para plantas: sua contribuição na agricultura!

 

Agricultura é uma atividade essencial para a produção de alimentos no mundo. Diante desse cenário, o Brasil busca se posicionar de forma estratégica, otimizando a exploração das terras e fazendo uso de tecnologias cada vez mais desenvolvidas para garantir o aumento da produtividade nas lavouras.

É aí que entra a necessidade do fertilizante na agricultura. Os fertilizantes estão inseridos como insumos essenciais utilizados no processo produtivo, pois verifica-se que o aumento na produtividade está diretamente relacionado ao desenvolvimento das plantas.

 

O que são fertilizantes?

Por definição fertilizante é um produto mineral ou orgânico, natural ou sintético fornecedor de um ou mais nutrientes para as plantas.

O uso de fertilizantes é essencial para a melhoria e manutenção da fertilidade do solo, podendo levar ao aumento expressivo da produtividade das culturas, qualidade de alimentos e para sustentabilidade econômica e ambiental.

São compostos químicos utilizados na agricultura convencional para aumentar a quantidade de nutrientes do solo e, consequentemente, conseguir um ganho de produtividade.

Sendo substâncias minerais ou orgânicas, naturais ou sintéticas, fornecedoras de um ou mais nutrientes vegetais responsáveis pelo bom crescimento e desenvolvimento das plantas.

 

 

Macro e micronutrientes: a base de todos os fertilizantes

Para um desenvolvimento mais vigoroso e saudável, as plantas necessitam de diversos elementos químicos que são absorvidos de acordo com a demanda exigida em cada etapa do desenvolvimento vegetal. Eles são divididos em macro e micronutrientes;

 

Elementos Químicos

Macro e micronutrientes

(Fonte: Agropós, 2020)

 

Onde os macronutrientes fazem parte das moléculas essenciais para a vida da planta, possuem função estrutural e são necessários em grandes quantidades no metabolismo do vegetal, já os micronutrientes em menores quantidades, têm função reguladora e fazem parte das enzimas.

Esses elementos são absorvidos em quantidades diferentes, dependendo da necessidade da planta e de quanto o solo pode ofertar.

Dessa forma, quando estes nutrientes não estão em quantidade suficiente no solo, utiliza-se algum tipo de fertilizante que irá suprir a necessidade.

 

4 Tipos de fertilizante para plantas

A agricultura tem a sua disposição uma variedade bem grande de fertilizantes para plantas, cada um com suas especificidades e características próprias. Mas, todo fertilizante pode ser dividido em alguns grupos. Veja os principais grupos a seguir:

 

1 – Fertilizante mineral

Este grupo, também conhecido como inorgânicos ou sintéticos, são os mais comuns e são caracterizados por serem preparados de forma sintética pelos processos industriais, sendo posteriormente aplicados no solo ou nos próprios tecidos da planta.

O fertilizante mineral é dividido em:

  • Simples: produto formado por um composto químico, contendo um ou mais nutrientes de plantas;
  • Misto: produto resultante da mistura física de dois ou mais fertilizantes minerais;
  • Complexo: formado por dois ou mais compostos químicos, resultante da reação química de seus componentes, contendo dois ou mais nutrientes de plantas.

 

2 – Fertilizante orgânico

Podem ser provenientes de diversos materiais orgânicos. Os mais comuns são os estercos e dejetos de animais, resíduos de culturas, pós-colheita e adubo verde.

Além destas, lodo de esgoto, compostos de lixo urbano e resíduos agroindustriais podem ser utilizados, desde que sigam leis sanitárias e de preservação ambiental, visando a preservação da qualidade do solo e mananciais hídricos, podem ser como fertilizantes orgânicos.

Os fertilizantes orgânicos são divididos em:

  • Simples: produto natural de origem vegetal ou animal, contendo um ou mais nutriente de plantas, exemplo: adubação verde;
  • Misto: produto de natureza orgânica, resultante da mistura de dois ou mais fertilizantes orgânicos simples, contendo um ou mais nutriente de plantas;
  • Composto: produto obtido por processo físico, químico, físico-químico ou bioquímico, natural ou controlado, a partir de matéria-prima de origem industrial, urbana ou rural, vegetal ou animal, isoladas ou misturadas, podendo ser enriquecido de nutrientes minerais, princípio ativo ou agente capaz de melhorar suas características físicas, químicas ou biológicas.

 

3 – Fertilizante organomineral

São aqueles constituídos por material orgânico enriquecidos com minerais, que são nutrientes em sua forma inorgânica para serem absorvidos de forma rápida.

Essa combinação visa, simultaneamente, o melhoramento do solo e de suas propriedades físicas, e o fornecimento de matéria-prima bruta para que a planta possa crescer de forma saudável e rápida.

Esse tipo de fertilizante age como um excelente corretivo, equilibrando o pH do solo e mantendo sua porosidade de forma ideal.

 A matéria orgânica inteiriça funciona ainda como um quelante, absorvendo micronutrientes para que eles possam ser aproveitados aos poucos.

 

4 – Biofertilizantes

São produzidos a partir da fermentação anaeróbica de compostos como esterco e vegetais. São amplamente utilizados na agricultura como adubo orgânico foliar, além de serem importantes defensivos naturais.

Por possuírem uma consistência líquida, os biofertilizantes costumam ser pulverizados diretamente nos tecidos da planta, principalmente nas folhas.

 

Como fazer fertilizante para plantas caseiro?

Os fertilizantes naturais ou orgânicos são compostos obtidos de restos vegetais ou animais, tais como os lixos biodegradáveis que geramos nas nossas casas. Reaproveitando estes resíduos, podemos beneficiar as plantas e o jardim e ainda poupar dinheiro.

A obtenção de fertilizantes orgânicos para a utilização nas plantas do nosso jardim pode ser realizada com facilidade a partir de matéria biodegradável, tal como as cascas de fruta e legumes, casca de ovos, entre outras.

  • Borras de café: Após deixar secar, aplicar em volta do tronco de plantas amantes de solo ácido, tais como as Azáleas, Rosas, Begonias, Cyclamen, Gardenia, Impatiens, Hortênsias, entre outras. Não aplicar constantemente para não acidificar demasiado o solo.
  • Cascas de ovo: Depois de secas ao ar, triture para formar um pó e espalhe pelo seu jardim para aumentar o pH do solo, adicionar cálcio e magnésio e melhorar a infiltração de água no solo.
  • Cinzas da madeira: Espalhe as cinzas no solo e revolva para inseri-las no solo. Não coloque se o seu solo é alcalino. Fornece potássio e carbonato de cálcio às plantas.
  • Fezes de animais: Utilize as provenientes de vacas, cavalos e galinhas. Fornece nitrogénio ao solo e plantas. Para conservar e utilizar, misture com o solo para não perder as propriedades e nutrientes.
  • Aparas de relva: Fornece nitrogénio ao solo. Não utilize se estiverem molhadas ou muito verdes, porque tornam o solo ácido pela adição de amónia.
  • Vinagre: Adicione 4 litros de água a 1 colher de sopa de vinagre e regue as suas plantas de 3 em 3 meses para melhorar a acidez do solo. O ácido acético do vinagre irá alegrar as suas plantas amantes de acidez.

 

Quanto ao uso e aplicação

Existem diferentes técnicas que podem ser escolhidas pelo produtor, dependendo do maquinário disponível, do tipo de fertilizante a ser utilizado e do momento em que será feita a adubação.

 

Semeadura

O fertilizante aplicado na semeadura, como o nome sugere, é aplicado em conjunto com a operação de plantio, sendo depositado no solo pouco abaixo das sementes.

Nessa técnica, você tem a vantagem de que, quando a semente é aplicada no solo, ele já tem disponível os nutrientes necessários, o que permite um desenvolvimento mais rápido na fase inicial.

 

Adubação a lanço

É possível parcelar as doses de fertilizantes para plantas que são aplicadas na cultura ao longo do seu ciclo de vida. Isso pode ser realizado antes da germinação das sementes ou em cobertura, que é quando a planta já está em estágios mais avançados de desenvolvimento.

Nessa técnica, o fertilizante é depositado em discos giratórios com pás, que espalham o produto na lavoura em uma faixa predeterminada.

 

Nutrição Mineral de Plantas: Macronutrientes.

 

Aplicação pneumática

Nessa técnica o fertilizante é conduzido para as linhas individuais de plantio, por meio de tubulações e assistência de ar.

Utilizado para culturas que apresentam espaçamento entre linhas de plantio mais elevado (como a cana-de-açúcar), nas quais a aplicação na linha se torna mais eficiente e sem desperdício para as áreas em que as raízes não alcançariam o fertilizante absorvido pelo solo.

 

Irrigação

Aplicação por irrigação: essa técnica também é conhecida como fertirrigação. Consiste em aplicar os fertilizantes de forma líquida, por meio de pivôs centrais ou por mangueiras de gotejamento.

 

Pulverização

Ainda pouco difundida no Brasil. Aqui, você faz uma diluição do fertilizante em água e aplica sobre a lavoura por meio do pulverizador, como se fosse uma cauda calda de defensivo químico. A absorção desse tipo de adubo se dá por meio das folhas.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Assim os fertilizantes para plantas, sejam minerais ou orgânicos, são compostos que desempenham função primordial no desenvolvimento, fornecendo ao solo os nutrientes que elas necessitam para germinar e produzir folhas, sementes e frutos.

Portanto, o uso consciente e o emprego de técnicas agrícolas adequadas são a chave para o aumento da produtividade agrícola e, consequentemente, a redução do custo dos alimentos.

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13 tipos de solo que você precisa conhecer!

13 tipos de solo que você precisa conhecer!

Os diversos tipos de solo existentes no Brasil podem ser diferenciados segundo a tonalidade, composição e granulação. Neste post vamos apresentar os diferentes tipos de solos brasileiros, Além de conhecer sua importância.

 

13 tipos de solo que você precisa conhecer!

 

Veja abaixo os 13 tipos de solo existentes no Brasil, que vamos abordar:

  1. Argissolos
  2. Cambissolos
  3. Chernossolos
  4. Espodossolos
  5. Gleissolos
  6. Latossolos
  7. Luvissolos
  8. Neossolos
  9. Litossolos
  10. Organossolos
  11. Planossolos
  12. Plintossolos
  13. Vertissolos

 Acompanhe!

 

O que é solo?

Solo é uma massa composta por areia, silte e argila. Assim, é caracterizado como toda massa natural que está presente na superfície terrestre e possui a capacidade de suportar plantas.

O principal material que compõe os solos é a rocha. Ou seja, o solo é formado a partir da ação do relevo, clima e da biosfera sobre o material rochoso. Visto isso, as partículas que compõem o solo são divididas em areia, silte e argila.

 

 

Formação do solo

O processo que dá origem à formação do solo é chamado de intemperismo, ou seja, a desagregação das partículas das rochas e minerais que altera suas propriedades químicas.

 

Fatores que influencia na formação do solo

 

São fatores que contribuem para a formação do solo o material originário (rocha matriz ou rocha mãe), o clima, a atividade biológica, ligada aos organismos vivos presentes no lugar de origem do solo, o tempo, a hidrografia e a topografia da área.

Todos esses elementos agem em conjunto ao promoverem a separação das partículas das rochas. Assim o solo é formado por meio de processos que fazem a desintegração de partículas, promovendo sua evolução e seu crescimento.

 

Camadas do solo

Os solos são divididos em camadas que possuem características específicas. Porém, conforme a profundidade da terra, essas camadas passam a compartilhar das mesmas características.

As camadas são, também, chamadas de horizontes e são divididas em camadas superficiais e camadas subsuperficiais.

 

Quantas são as camadas do solo?

 

Camadas superficiais

  • Horizonte O– horizonte formado pela matéria orgânica em vias de decomposição, razão de sua cor escura.
  • Horizonte A– zona com mistura de matéria orgânica e substâncias minerais, com bastante influência do clima e alta atividade biológica.

 

Camadas subsuperficiais

  • Horizonte B– horizonte caracterizado pela cor forte e pela acumulação de argilas procedentes dos horizontes superiores e também de óxidos e hidróxidos de ferro e alumínio.
  • Horizonte C– mistura de solo pouco denso com rocha-matriz pouco alterada.
  • E Horizonte D– Entre os horizontes A e B é possível, às vezes, delimitar um horizonte E, caracterizado pela remoção de argila, matéria orgânica e óxidos e hidróxidos de ferro e alumínio, que vão se acumular no horizonte logo abaixo.

 

Classificação do solo

O Brasil é formado por uma variedade de solos formados a partir do clima, do material de origem, o relevo, os organismos e o tempo. São solos importantes para a agricultura no país, além de outras funções essenciais para a vida.

 

Solos no Brasil

 

Os diferentes tipos de solo são classificados de acordo com as variáveis de cor, a textura, porosidade, quantidade de matéria orgânica.

De acordo com Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS), tipos de solo presentes do Brasil são:

 

Argissolos

O solo argiloso tem pelo menos 30% de argila em sua composição de grãos. Esse solo tem partículas muito pequenas.

Os espaços entre os grãos são bem pequenos também e assim retêm mais água. Geralmente, o solo argiloso fica encharcado depois da chuva e isso melhora a sua manipulação. São predominantes em 26,9 % das unidades de mapeamento no Mapa de Solos do Brasil.

 

Cambissolos

São solos geralmente pouco espessos e que apresentam horizonte B ainda em estágio inicial de formação, São solos mais evoluídos que os Neossolos, pois já possuem horizonte B.

A maioria dos Cambissolos apresentam baixa fertilidade química natural, o que demanda o uso de grandes quantidades de corretivos e fertilizantes pelos agricultores.

São predominantes em 5,3 % das unidades de mapeamento no Mapa de Solos do Brasil.

 

Chernossolos

Além disso, são férteis e possuem a camada superficial densa e escura, além da presença de argila. Presentes nas regiões Sul e Nordeste, correspondem 5% do território do Brasil.

 

Espodossolos

Espodossolos são solos constituídos por material mineral, apresentando horizonte B espódico imediatamente abaixo de horizonte E, A ou horizonte hístico dentro de 200 cm a partir da superfície do solo ou de 400 cm.

Se a soma dos horizontes A+E ou dos horizontes hístico (com menos de 40 cm) + E ultrapassar 200 cm de profundidade.

 

Gleissolos

São solos que apresentam horizonte de subsuperfície (B ou C) de cor acinzentada, devido à perda de ferro em ambiente redutor (com excesso de água).

São predominantes em regiões planas e abaciadas (várzeas e banhados dos rios). São predominantes em 4,7 % das unidades de mapeamento no Mapa de Solos do Brasil.

 

Latossolos

Representam cerca de 39% do solo brasileiro e são encontrados em quase todo o país. De maneira geral, são muito porosos, permeáveis, com boa drenagem (não tem problemas de excesso de água). As cores são muito variadas (vermelho, amarelo, vermelho amarelado, etc.).

 

Luvissolos

São formados por argila nas camadas superficiais, além de serem rasos e possuírem a cor vermelha ou amarela. São comuns no Nordeste e ocupam cerca de 3% do território brasileiro.

 

Neossolos

São solos rasos em estádio inicial de evolução, apresentando mais comumente apenas horizonte A sobre o horizonte C ou sobre a rocha de origem (camada R).

Estes solos são tão jovens que não tem horizonte B. A maioria dos Neossolos possuem pouca espessura (Neossolos Litólicos e Neossolos Regolíticos).

 

Nitossolos

As cores entre as camadas são bem superficiais, sendo solos profundos, formados por argila de cor avermelhada.

Além disso, são bem drenados, estruturados, moderadamente ácidos e de fertilidade natural muito variável. Representam cerca de 15% do território, sendo comuns nas regiões Sudeste e Sul.

 

Organossolos

Os solos mal drenados e com muita matéria orgânica. Portanto, não possuem áreas de representatividade no território brasileiro, pois, são pequenas manchas e se encontram de maneira dispersa.

 

Nutrição Mineral de Plantas: Macronutrientes.

 

Planossolos

Encontrados na região Nordeste, Centro-Oeste e Sul. Correspondem à um total de 2% da área do país, sendo formados por argila e, quando secos, são duros e possuem baixa permeabilidade.

 

Plintossolos

São solos que apresentam concentração de ferro em algum horizonte, o que leva a endurecimento na forma de concreções cascalhentas), ou de um horizonte contínuo endurecido por ferro e/ou alumínio (chamado de horizonte F) que facilmente pode ser confundido com rocha (embora seja de origem pedológica).

Ocorrem predominantemente Amazonas, Pará, Amapá, Roraima, Maranhão, Piauí, Tocantins, Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal.

 

Vertissolos

São compostos por grande quantidade de argila e correspondem à 2% do território do país. Além disso, são comuns na zona seca do Nordeste, no Pantanal Mato-grossense, na Campanha Gaúcha e no Recôncavo Baiano. Assim, são solos férteis, ricos em cálcio, magnésio e rochas básicas.

 

Qual a importância do solo?

A importância do solo para a vida dos seres vivos está relacionada com os benefícios que esse recurso pode proporcionar.

Entre eles é possível citar: o fornecimento de nutrientes para a terra, proporcionando o plantio de alimentos ricos em vitaminas e minerais necessários aos seres humanos.

Além disso, o solo possui importantes funções, desde o armazenamento e escoamento e infiltração da água na superfície, sendo um componente fundamental para o desenvolvimento de diversos ecossistemas.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

O solo é uma parte importante para o Brasil e a vida em geral. Por conta disso, conhecer os tipos de solos e a importância de cada um é de extrema importância.

Isso porque, a partir do conhecimento dos tipos de solo é possível manejar a área e, assim, atender as especificidades de cada tipo.  Além disso, é por meio desse conhecimento que as potencialidades e funções de cada tipo de solo são reconhecidas.

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[EBOOK] Solos no Brasil.

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Fertilizantes NPK: veja a importância na lavoura!

Fertilizantes NPK: veja a importância na lavoura!

Os fertilizantes NPK, são compostos pelos três nutrientes mais importantes, sendo denominados como os macronutrientes primários: Nitrogênio (N), Fósforo (P) e Potássio (K).

A indústria agrícola é extremamente depende do uso do fertilizante NPK para atender à demanda por alimentos e garantir cultivos saudáveis.

Geralmente, os solos não possuem esses nutrientes em quantidades ideias para o desenvolvimento da planta. Seja naturalmente ou como resultado do cultivo exaustivo no solo ou de outros fatores ambientais.

Vamos conferir?

 

Fertilizantes NPK: veja a importância na lavoura!

 

Importância dos fertilizantes NPK para agricultura

Segundo dados revelados pela ONU, afirma que a população mundial aumentará 37,3% até 2050, para 9,2 bilhões. Este aumento será absorvido, em sua maioria, pelos países em desenvolvimento, como o Brasil.

E isso significa maior demanda por alimento e maior uso dos nossos solos agrícolas, ocasionando o seu esgotamento nutricional.

 

Solos e Nutrição de Plantas

 

Os fertilizantes NPK, compõe os nutrientes primários e é essencial na nutrição das plantas, tendo um papel fundamental no crescimento, desenvolvimento e reprodução da planta.

Nos casos em que haja sua escassez, os nutrientes devem ser devolvidos ao solo para criar o ambiente ideal para o crescimento das plantas. Isso se dá através da adubação.

Para saber melhor as necessidades nutricionais do solo da sua propriedade, faça sempre a análise de solos.

 

Campo de ação do fertilizante NPK nas plantas

Os fertilizantes NPK, são compostos por três nutrientes distintos, cada um deles atua de forma específica na planta.

Uma vez, que essas funções, torna-se evidente a importância de nutrir as plantas com esses macronutrientes.

 

Nutrição Mineral de Plantas: Macronutrientes.

 

Vamos conferir abaixo, o campo de ação desses nutrientes!

Nitrogênio: Grande colaborador no desenvolvimento planta, no surgimento de brotos e folhas. Com sua carência, as folhas velhas costumam ficar com tom amarelado, perdendo aquele tom verde, bem característico da clorofila.

Fósforo: Ele é responsável por estimular a frutificação e floração da planta. A planta quando apresenta deficiência de fósforo atinge o crescimento, causando também uma coloração verde-escura anormal.

Potássio: Esse nutriente, fortalece os tecidos dos vegetais, tornando-os mais resistentes à ação de pragas e outros agentes prejudiciais às plantas. A planta com deficiência em potássio tem um baixo rendimento, uma qualidade inferior dos frutos.

Entretanto, para que a adubação seja efetiva, é importante o cuidado para que seja feita de forma correta, pois o uso desordenado de adubos químicos, causa alguns efeitos negativos na qualidade do solo e também na saúde da planta e dos seus frutos e grãos, principalmente à longo prazo.

 

Tipos de formulação de NPK

Você sabia que existem várias formulações de fertilizantes NPK disponíveis no mercado?

Pois é, esse é um detalhe importante e que deve ter grande atenção sobre ele.

Essas formulações, tem que atender as necessidades específicas de cada etapa de desenvolvimento das diversas espécies de plantas.

Os números seguidos à sigla informam o percentual de concentração de cada nutriente, nesta ordem: nitrogênio, fósforo e potássio.

Veja 6 tipos de formulações de NPK, muito usadas:

  1. O NPK 8-8-8: É indicado para plantas mais delicadas, como orquídeas e bromélias, uma vez que apresenta uma formulação mais equilibrada.
  2. O NPK 10-10-10: Esta é uma formulação padrão recomendada para gramas, folhagens e vegetações que não produzem frutos.
  3. NPK 04-14-08: É mais indicada para árvores frutíferas e floríferas, pois estimula a produção de flores e frutos.
  4. O NPK 20-20-20: Pela sua alta concentração é indicada para plantas de grande porte.
  5. O NPK 20-10-10 ou 20-05-20: Usada para adubar gramados.
  6. E o NPK 25-25-25: Formulação essa voltada para espécies hidropônicas.

Atenção! Essa fórmula é sempre informada na embalagem e precisa ser respeitada para que as necessidades da planta sejam devidamente atendidas e que dê resultados positivos no seu plantio.

 

Produção de fertilizantes NPK

Os fertilizantes NPK podem ser encontrados nas formas líquida, gasosa e granular, uma vez que, o mais comum é a sua disponibilização na forma granular.

Existem muitos métodos para produzir o fertilizante NPK granular. Os componentes individuais podem ser produzidos separadamente e misturados em formulações específicas para criar razões nutricionais alvo, como vimos no tópico anterior.

Alguns dos processos empregados na produção de fertilizantes NPK envolvem a acreção ou aglomeração.

A acreção é aplicação de maneira repetida de fertilizante em uma pequena partícula sólida central, com posterior ressecamento.

Já o processos de aglomeração, as matérias-primas principais são inseridas na forma de sólidos secos e depois interligadas e cimentadas.

No entanto, além dos processos de aglomeração baseados fundamentalmente na granulação por compactação física, também há processos em que os estágios líquidos são atingidos por meio de reações químicas entre amônia e ácido sulfúrico, nítrico ou fosfórico.

 

Plataforma Agropós

 

Adubos químicos X adubos orgânicos

Mesmo os fertilizantes NPK contendo os três principais macronutrientes necessários para o desenvolvimento das plantas, é necessário também uso dos micronutrientes na adubação.

Além do mais, é fundamental a utilização de outros tipos de insumos, como adubos orgânicos, que podem ser o esterco, húmus ou compostagem.

Uma vez que, os adubos orgânicos são essenciais, para permitir a ação de microorganismos no solo.

Esses microorganismos constroem uma estrutura saudável para o desenvolvimento da planta.

Vamos conferir os 7 principais adubos orgânicos que tanto contribuem para a conservação do solo mais saudável, são eles:

  1. Húmus de minhoca;
  2. Esterco de aves e bovinos;
  3. Torta de algodão;
  4. Cinzas de madeira;
  5. Cascas de ovos trituradas em forma de farinha;
  6. Farinha de osso bovino;
  7. Compostagem.

 

Quando usar fertilizantes NPK

Um modo simples de determinar o quanto de fertilizante NPK que será necessário utilizar em sua lavoura é através da análise de solo. Ela que determinará as disponibilidades dos nutrientes para a cultura de interesse.

Uma vez com os resultados em mãos, é possível determinar quais os nutrientes necessários para um determinado cultivo.

Uma forma comum de determinar a fertilidade é estabelecer a relação carbono/nitrogênio no solo, esse método determinará as disponibilidades de nitrato disponíveis para as culturas, bem como indica o estado de decomposição de matéria orgânica na terra.

O processo de adubação é um processo muito importante e deve ser feito com responsabilidade para não haver perdas por lixiviação e consequentemente contaminação de rios e cursos d’água.

Uma vez bem conduzido, a fertilização dos solos garante uma planta bem nutrida e ganhos econômicos com sua lavoura.

Por fim, é importante aplicar fertilizantes NPK com o maquinário correto para garantir a eficiência da operação.

Escrito por Juliana Medina.

 

Solos e Nutrição de Plantas