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degradação do solo preocupa os produtores não só pelo problema que traz para a produtividade, mas também pelos impactos ambientais atrelados. Por isso preparamos esse artigo para abordar como ocorre e quais são as causas desse problema ambiental. Quer ficar por dentro de tudo?

Acompanhe!

 

Degradação do solo: suas principais causas e prevenção!

 

Desenvolver sua atividade de maneira sustentável, equilibrando os cuidados com o meio-ambiente e o desenvolvimento da produção é um grande desafio e, para superá-lo, nada melhor do que conhecer mais sobre o que impacta na degradação e como prevenir esses acontecimentos.

É claro que alguns fatores não estão sob o controle humano, que são ações da natureza. Mas, o que pode ser evitado já faz toda diferença.

Pensando nisso, preparamos este artigo para você entender melhor sobre o que é a degradação do solo, quais as principais causas e o que você pode fazer para prevenir sua ocorrência.

 

 

Mas afinal, o que é degradação do solo?

O processo de degradação do solo está ligado à destruição do mesmo. Um solo nessas condições pode sofrer não só com a perda de nutrientes, mas também de estrutura. Além disso, está mais propenso à salinização, bem como a redução da sua matéria orgânica e permeabilidade.

Todos esses problemas são provocados por fatores de ordem química, física e biológica, o que leva ao esgotamento da área.

Isso desencadeia uma série de problemas como a redução da fertilidade, menor retenção de água, perda da produtividade, destruição da fauna e da flora local.

 

Degradação do solo no mundo

De acordo com dados fornecidos pela Food American Organization (FAO), ocorre uma perda de cinco milhões de hectares de terras aráveis por ano, causada pelo mau uso do solo por atividades do agronegócio.

A grande maioria dos solos degradados está localizada em países menos desenvolvidos, o que acentua ainda mais os problemas sociais.

Afinal, quanto menos o país for desenvolvido, mais ele se torna dependente da agricultura como atividade econômica para contribuir com o seu Produto Interno Bruto (PIB) e com os índices de exportação.

Segundo o GLSOD, há 244 milhões de hectares de solos degradados no continente Sul Americano. Os dados apontam que o desmatamento é responsável por 41% da degradação do solo, o pastejo intensivo por 27,9%, as atividades agrícolas por 26,2% e a exploração intensiva da vegetação por 4,9%.

 

Solos no Brasil

 

Tipos de degradação do solo?

Quando se trata da atividade agrícola, a degradação do solo pode acontecer por diferentes meios. A seguir, destacaremos alguns dos principais!

 

1º – Degradação química

A degradação química está relacionada às ações naturais ou antrópicas que promovem mudanças nas propriedades químicas do solo e levam à perda da sua capacidade produtiva. As formas mais comuns de degradação química são:

  • Perda de nutrientes: muitos fatores podem ocasionar a perda de nutrientes ou torná-los indisponíveis às plantas, como remoção pelas culturas, volatilização, lixiviação, imobilização pelo solo, erosão.
  • Perda de matéria orgânica: é uma forma de degradação química de alto impacto sobre o solo, podendo ser causada por aumento na decomposição, perda por erosão, remoção de camadas superficiais do solo que mais armazenam matéria orgânica e uso do fogo.
  • Desbalanço de nutrientes: quando a análise do solo não é feita de maneira adequada, corre-se o risco de utilizar fertilizantes em quantidades erradas, ocasionando um desbalanço de nutrientes no solo que contribui para sua degradação.
  • Acidificação: a acidez do solo já é natural, mas pode ser intensificada pela aplicação de fertilizantes, como o sulfato de amônio, além de outras práticas.

 

2º – Degradação física

A degradação física refere-se à perda ou alterações nas propriedades físicas do solo. Assim como a degradação química, também pode levar à redução na capacidade produtiva do solo. As principais causas são:

  • Selamento superficial: é decorrente do impacto das gotas de chuva ou da água de irrigação sobre o solo, causando desagregação do solo próximo à superfície. O selamento reduz a infiltração de água e promove o escoamento superficial das águas da chuva e irrigação, o que pode levar à erosão.
  • Compactação e adensamento: a compactação causa, sobretudo, diminuição na infiltração de água, aumentando o risco de erosão e dificultando a absorção pelas raízes. A compactação pode ser resultado do tráfego intenso de máquinas sobre o solo, implementos agrícolas, pressão do casco de animais, entre outros.
  • Perda de porosidade: normalmente está associada à redução do teor de matéria orgânica, à compactação e ao impacto das gotas de chuva.
  • Erosão: a erosão é considerada como a principal forma de degradação do solo. As práticas agrícolas intensivas, que não utilizam um sistema adequado de manejo e conservação do solo, são as principais responsáveis pela intensificação dos processos erosivos.

 

3º – Degradação biológica

As propriedades biológicas são as primeiras a serem afetadas com a degradação dos solos. A vida dos microrganismos presentes nos solos é afetada drasticamente em razão da diminuição na qualidade de seu habitat.

Além de trazer prejuízos às plantas e aos organismos do solo, a degradação também afeta negativamente os processos realizados por esses, ocasionando severas consequências funcionais. Algumas causas comuns incluem:

  • Doses elevadas de fertilizantes: o excesso de doses de fertilizantes fosfatados e nitrogenados podem afetar alguns processos biológicos importantes como, a fixação simbiótica de nitrogênio e associações micorrízicas.
  • Plantio convencional: a intensa mecanização utilizada no plantio convencional provoca perda de matéria orgânica, sendo prejudicial à biota do solo, devido ao revolvimento do solo.
  • Queima de resíduos vegetais: também é um fator que contribui com a degradação biológica, uma vez que diminui a quantidade e a diversidade da comunidade biológica do solo.

 

Como evitar a degradação do solo?

Diante de tantas consequências causadas pela degradação do solo, é importante conhecer maneiras de evitar o problema e ter um campo produtivo e de qualidade para realizar suas atividades. Abaixo vamos citar alguns cuidados:

 

Adubação verde

Esse conceito abrange a tradicional prática de utilizar plantas de cobertura em esquemas de rotação, sucessão ou consorciação com as culturas comerciais.

A adubação verde traz diversos benefícios, como proteção da camada superficial do solo contra as chuvas de alta intensidade, sol e vento, redução da lixiviação de nutrientes, maior fixação biológica do nitrogênio, elevação do teor de matéria orgânica, dentre outros.

 

Cultivo em nível

É uma prática que visa dispor as linhas de semeadura ou plantio no sentido transversal à pendente do terreno, através do uso de curvas de nível e linhas em contorno. Através dessa prática, as fileiras de plantas, bem como os sulcos de semeadura ou do preparo do solo, reduzem o percurso da enxurrada, amenizando os processos erosivos e facilitando a infiltração de água no solo.

 

Rotação de cultura

Diversidade é a palavra-chave para essa ação. Ao alternar as plantas, considerando suas necessidades nutricionais, provoca-se a reposição da matéria orgânica e também a proteção contra intemperismo.

 

Reflorestamento da área

O reflorestamento consiste em plantar árvores e plantas em locais que sofreram desmatamento. Além disso, é possível investir na adubação verde, que representa o cultivo de plantas que, mais tarde, serão incorporadas ao solo por meio da decomposição.

Esses processos trazem diversos benefícios, pois protegem a beira dos rios, filtram os sedimentos, aumentam a porosidade do solo, elevam a taxa de nutrientes disponíveis, reduzem o escoamento superficial, permitem o refúgio da fauna, entre outros.

 

Irrigação

A irrigação também tem um papel importante na recuperação de solos degradados. Especialmente em regiões de clima árido, é importante fazer o uso correto dos recursos hídricos e realizar a aplicação necessária de água no solo.

Dessa maneira, o solo da área em questão não sofre com a seca excessiva ou a falta de nutrientes, além de receber a quantidade de minerais na medida certa, ajudando a combater a salinização, por exemplo.

 

Reposição de matéria orgânica

Como a matéria orgânica é fundamental para a saúde do solo, o aumento no teor orgânico, favorece a agregação do solo, o que é de grande relevância para a recuperação da capacidade produtiva.

Uma das maneiras de repor a matéria orgânica, além das culturas de rotação, é a utilização de adubos orgânicos ou organominerais, resultantes do processo de compostagem.

Esses insumos são ricos em compostos orgânicos que ajudam a favorecer a microbiologia do solo, além de melhorar suas propriedades físicas e químicas.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

A degradação do solo é um processo que pode acontecer de diferentes maneiras, levando à perda de produtividade de uma área de cultivo. Entender sobre o processo de degradação do solo, suas causas e consequências é fundamental para que o processo não ocorra.

Além do planejamento ocupacional, é importante tomar algumas medidas preventivas para que o seu uso seja sempre racional e sustentável.

Essas atitudes devem ser adaptadas a cada tipo de solo, vegetação e clima local, de forma a reduzir os impactos das atividades neles desenvolvidas.

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