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A importância da drenagem do solo na agricultura!

A importância da drenagem do solo na agricultura!

Quando se fala em drenagem de solo já é possível inferir do que esse processo se trata: escoar, ou retirar a água presente no local. Entretanto poucos sabem porque fazer isso é importante e, muitas vezes, essencial na agricultura. Então, veja a seguir mais sobre o que é drenagem do solo, quais os tipos de drenagem existentes.

Acompanhe!

 

A importância da drenagem do solo na agricultura!

 

Todo produtor agrícola está interessado em obter a melhor produtividade com a maior qualidade possível de seus cultivos. Isso significa que ele deseja plantações fortes, com frutos saudáveis e em grande quantidade visando aumentar o seu retorno financeiro.

Contudo, um dos maiores inimigos contra esse objetivo é o excesso de água no solo em terrenos sem drenagem agrícola.

Esse pode ter como origem na grande concentração de chuvas, irrigação irregular, elevado nível do lençol freático ou proximidade de grandes corpos d’água, como rios, lagoas e oceano. Neste artigo vamos falar tudo sobre a drenagem do solo.

 

 

Afinal, o que é drenagem?

Drenagem do solo é caracterizada por ser um processo muito utilizado na agricultura para ajudar na plantação e trazer mais força e resistência ao terreno. Ela tem por foco a remoção do excesso de água da área destinada ao plantio, favorecendo a plantação e o cultivo no logo prazo.

A recomendação é que você faça a drenagem do solo se a capacidade natural do local não possibilite que isso seja feito de forma suficiente para a sobrevivência da plantação que será feita neste local.

A atenção ao estado em que se encontra o solo da sua propriedade é o que vai determinar o êxito desse processo, já que cada um tem o seu aspecto que o define e deve ser considerado no tipo de drenagem que irá ser utilizada em sua propriedade.

 

Drenagem de solo na agricultura

Implantação da drenagem do solo na agricultura foi um marco que trouxe muitos ganhos aos agricultores.

Quando o solo está com a drenagem em dia é muito simples de se ver, pois ele não apresenta alagamentos, a infiltração da água ocorre de forma fácil e sem demora.

Segundo a Embrapa, a técnica da drenagem ajuda na recuperação da produção agrícola de solos como os semiáridos e áridos que fazem o uso de irrigação em suas produções.

 

Solos brasileiros

Antes de você entender o que é a drenagem do solo e os seus benefícios para sua produção, é importante conhecer os tipos de solos existentes no Brasil e as suas características básicas, pois isso interferirá no processo de drenagem de cada solo.

  • Solo argiloso: Tem uma grande capacidade de armazenamento de água e por ter uma consistência mais fina, quando ele recebe uma boa quantidade desse líquido fica com aparência compacta.
  • Solo Arenoso: Por ser um solo com característica porosa é altamente permeável pelas águas, porém o seu aspecto primário é ser um solo seco.
  • E Solo Humoso: Tem uma alta taxa de fertilidade, sendo o mais usado na agricultura. Além de possui muito material orgânico em decomposição.

Agora que você sabe as principais características dos terrenos brasileiros, é o momento de entender como funciona o processo de drenagem do solo.

 

 

Vantagens de fazer uma boa drenagem de solo

Quando feita de maneira adequada, ela é capaz de trazer importantes benefícios que refletem diretamente na produtividade e qualidade das lavouras. Confira os principais:

 

Aumento do potencial de rendimento

Os solos bem drenados maximizam as taxas de crescimento e desenvolvimento da cultura, garantindo que os nutrientes necessários, oxigênio e oligoelementos sejam disponibilizados para a planta através do solo.

 

Melhoria na qualidade do solo

Além dos benefícios acima, a drenagem melhora a qualidade do solo de maneira geral. Outros importantes benefícios podem ser notados no controle da salinidade, recuperação de solos alcalinos ou salinos e redução da perda de nutrientes pelo processo de lixiviação.

 

Maior eficiência na aplicação de sementes e insumos

As aplicações de sementes, fertilizantes e outros insumos representam uma proporção substancial dos custos totais gerais de crescimento da maioria dos sistemas de cultivo convencionais modernos.

Para funcionar bem, esses insumos precisam de solos e cobertura vegetal consistentes e estáveis ​​para maximizar seus benefícios. Ou seja, o solo precisa estar bem drenado e sem excesso de água para não comprometer a eficácia das sementes e produtos.

 

Prevenção da erosão

Ao direcionar o excesso de chuva e escoamento da irrigação para valas e canais de drenagem alinhados e estabilizados, é possível limitar a erosão do solo. Como a combinação de erosão eólica e hídrica favorece a perda do solo, é essencial limitar essa perda o máximo possível.

A erosão faz mais do que apenas remover o volume de solo. Também desestabiliza estradas, encostas e margens de lagoas e canais de irrigação. Portanto, a drenagem do solo também é uma alternativa para evitar que esses problemas aconteçam.

 

Facilidade no uso de maquinários

Os solos úmidos se tornam inacessíveis para máquinas agrícolas porque o equipamento pode acabar ficando preso no solo.

Ter solos bem drenados permite que os equipamentos agrícolas operem de maneira eficiente e, portanto, reduz o consumo de diesel e a probabilidade de operações de resgate caras para recuperar o maquinário.

 

Otimização de operações

Solos bem drenados permitem que os campos sequem mais rapidamente após períodos de chuvas excessivas ou prolongadas.

A aplicação de fertilizantes, bem como operações de perfuração e colheita, precisam acontecer dentro de uma janela de trabalho muito pequena, a fim de maximizar o potencial da colheita. A drenagem de terras agrícolas facilita que isso aconteça.

 

Tipos de drenagem de solo

Para que você saiba a melhor forma de realizar esse trabalho em sua propriedade, é necessário que seja feito um acompanhamento com um profissional da área como um agrônomo. Existe na agricultura dois tipos de drenagem do solo. Vamos conferir cada um?

 

Drenagem superficial

Consiste no escoamento das águas que se acumulam à superfície do terreno. Para tal o terreno deve ser regularizado (criando-se para tal um declive constante).

Devem ser criadas valas para o escoamento da água acumulada, aumentar a secção de pontes e aquedutos e limpar, alargar e aprofundar as linhas de água.

 

Drenagem subterrânea

Enquanto a drenagem subterrânea é recomendada quando o produtor rural precisa fazer um controle da quantidade de água presente no lençol freático sem prejudicar a plantação.

Dentre os dois tipos mais utilizados de drenagem, a técnica mais utilizada é a implementação do geotêxtil e do tubo dreno corrugado de pead.

 

Como fazer a drenagem do solo?

Depois de entender os tipos de drenagem que você pode executar em sua propriedade, é preciso compreender a forma que são feitas para que possa observar esse processo com a ajuda do profissional que te acompanha.

A drenagem superficial do solo é feita a partir da abertura de valas ou de canais para que o excesso de água seja retirado. Esse excesso de água pode ser causado por diversos fatores como chuvas intensas, baixo nível de infiltração do solo, dentre outros.

A drenagem subterrânea exige tubos de drenagem para que seja controlado o fluxo de líquido para as valas principais.

No momento em que você for fazer o processo de drenagem no solo da sua propriedade é preciso levar em consideração qual o tipo de terreno da sua propriedade e o nível de água que ele possui.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Neste artigo falamos tudo sobre a drenagem do solo e a sua importância na agricultura. A drenagem do solo é um processo capaz de aumentar a capacidade de produção de sua terra e é muito utilizado na agricultura para a aumentar a saúde da cultura e dos alimentos.

Por ser complexo é preciso que você não se esqueça de ser acompanhado por um profissional experiente para conduzir toda a drenagem.

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Solo calcário: sua importância na agricultura!

Solo calcário: sua importância na agricultura!

A modernidade tem afetado as mais diversas áreas do nosso cotidiano e a agricultura tem feito parte disso. Dentro desse cenário, o solo calcário tem ganhado destaque, principalmente por contribuir na correção de acidez de solo. Neste artigo vamos aborda tudo sobre esse assunto.

Acompanhe!

 

Solo calcário: sua importância na agricultura!

 

Afinal, o que são solo calcário?

solo calcário ou cal são aqueles com um elevado conteúdo de carbonato de cálcio. São solos minerais cuja formação foi condicionada pelo clima.

Eles foram classificados como calcisóis e são caracterizados por acúmulo secundário de carbonatos e alto teor de silte.

A presença de altos níveis de carbonato de cálcio determina um pH básico. Eles têm baixo conteúdo de matéria orgânica e geralmente ocorrem em áreas áridas ou semiáridas em todo o planeta.

 

Características

 

Material parental

Os solos calcários se originam associados ao material parental rico em carbonato de cálcio em áreas áridas ou semiáridas. Isso inclui a deposição aluvial, coluvial ou por vento de material calcário.

Pode resultar da erosão de rochas sedimentares calcárias ou de deposições recentes de áreas de lagos secantes.

 

 

Características físico-químicas

São solos de textura média a fina, com boa retenção de umidade. Em alguns casos, eles podem ter uma alta proporção de partículas de rocha de grande diâmetro.

Eles geralmente mostram alto conteúdo de silte e podem formar crostas superficiais, dificultando a percolação. Eles têm entre 1 e 2% de matéria orgânica. O teor de carbonato de cálcio é igual ou superior a 25%.

O conteúdo de areia e argila é variável, dependendo de estar associado a outros tipos de solo. Em associação com os verti sóis, eles terão um maior teor de argilas. Com areia, o conteúdo de areia será maior.

 

Características morfológicas

Solos calcários ou calcisóis geralmente têm um horizonte superficial muito fino (menos de 10 cm) marrom a marrom claro. Siga um horizonte marrom um pouco mais escuro ou amarelado, pontilhado de manchas brancas de calcita.

Em maior profundidade, pode ocorrer uma estrutura de blocos com agregados maiores, geralmente de cor avermelhada ou formada de material parental.

 

Solo calcário e seus benefícios

Uma promessa para ajudar na produção agrícola é o solo calcário. Esse tipo de solo pode trazer benefícios aos profissionais que talvez outros solos não consigam suprir.

Além disso, é um tipo de material que não é considerado tóxico, o que auxilia na sua utilização com maior tranquilidade e sem necessidade de cuidados máximos como quando há contato com outras substâncias.

Justamente por isso, o solo calcário pode ser colocado em ambientes agrícolas que possuam animais, por exemplo, pois não haverá agressão ou qualquer tipo de perigo a eles.

Também é válido usar o calcário no solo para notar os diferenciais que ele agrega, o que é uma experimentação que muitos profissionais realizam com êxito.

 

Solos no Brasil

 

Tipos de solo calcário

Além de trazer benefícios como maior produtividade, diminuição de tóxicos, entre outros, para ter uma ideia de como é o solo calcário, é possível observar dois tipos de solo calcário. São eles:

  • Calcário calcítico;
  • Calcário dolomítico.

O calcário calcítico consiste em uma concentração maior de óxido de cálcio. Além disso, ele também promove um teor menor de magnésio. A sua aplicação deve ser feita em solos que estão realmente muito deficientes de cálcio.

Já o calcário dolomítico, por sua vez, possui maior concentração de cálcio e magnésio. Logo, ele é o mais indicado para corrigir solos que possuem uma deficiência maior de magnésio e cálcio.

Após descobrir quais são os tipos de solo de calcário que mais ajudam na agricultura, é possível encontrar outros tipos de solo além do calcário, como:

 

Calagem

Para que a calagem produza os efeitos esperados, deve ser realizada de modo correto. Isso significa que a escolha do calcário e a dosagem a ser utilizada devem ser precisas, assim como sua forma de aplicação adequada às condições climáticas e de solo.

Veja alguns benefícios da calagem:

Além de todos esses benefícios, o calcário aumenta muito a produtividade do solo em que se encontra.

 

 

Quantidade de calcário

Quando as pressuposições da NC não são plenamente atendidas, deve-se calcular a quantidade de calcário (QC), de modo a corrigir a dose a ser usada. A QC pode ser calculada usando a seguinte fórmula:

Quantidade de Calcário

 

Onde:

  • QC: quantidade de calcário (t/ha)
  • NC: necessidade de calagem (t/ha)
  • SC: superfície coberta com aplicação do calcário (%, 100% para aplicação em área total)
  • P: profundidade de incorporação do calcário (cm)
  • PRNT: poder relativo de neutralização total do calcário a ser utilizado (%)

Quando a quantidade de calcário recomendada é elevada (> 4 t/ha para solos argilosos ou >2 t/ha para solos arenosos), recomenda-se o parcelamento da dose em pelo menos duas aplicações, minimizando os riscos de uma supercalagem.

 

Quantidade de Calcário1

(Fonte: Agropós)

 

Aplicação do calcário

 

Calagem: conheça 5 benefícios dessa aplicação!

 

A aplicação de calcário no solo deve ser sempre baseada em análise química de amostras de terra, levando-se em consideração a profundidade do sistema radicular da cultura.

“Após a determinação da dose, o calcário precisa ser aplicado sobre o solo, sendo o ideal a aplicação de 50% da dose antes da aração e 50% entre a aração e a primeira gradagem”, explicam os pesquisadores.

Para as culturas perenes, pastagens ou em sistema de plantio direto pode ser necessária a aplicação de calcário em superfície. Neste caso, é recomendável tomar o cuidado de aplicar a dose parcelada com intervalos de, pelo menos, um ano.

A calagem, no momento do preparo do solo, precisa ser realizada em torno de 60 dias antes do plantio ou semeadura, normalmente com implementos apropriados, podendo ser feita manualmente dependendo do tamanho da área a ser corrigida.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

O solo calcário possui uma grande importância para agricultura. Pois a aplicação do calcário no solo (calagem), além de corrigir a acidez do solo, também fornece os macronutrientes cálcio (CaO) e magnésio (MgO), neutraliza o efeito fitotóxico do alumínio e do manganês, aumenta a disponibilidade de elementos nutrientes para as plantas, e potencializa os efeitos dos fertilizantes.

Resultados destes efeitos, é um aumento substancial da capacidade produtiva do solo. A composição do calcário agrícola pode variar de carga para carga, já que na natureza sua composição também não é homogênea.

O método mais eficiente e barato é encaminhar amostras do produto a um laboratório e realizar a Análise de Corretivo de Acidez. Assim o produtor poderá fazer uma aplicação correta, para obtenção de resultados positivos.

Escrito por Michelly Moraes.

Trigo mourisco: entenda o que é e sua importância!

Trigo mourisco: entenda o que é e sua importância!

Você agricultor, já ouviu falar do trigo mourisco ou mais conhecido como trigo sarraceno?  Se quer saber tudo sobre esse assunto leia esse artigo e entenda a grande importância que essa cultura possui.

Vamos lá!

 

Trigo mourisco: entenda o que é e sua importância!

 

A exploração pecuária tem como principal fonte de nutrientes a utilização de pastagem para produção animal. Porém o período de seca acaba por afetar a obtenção de volumosos de qualidade para alimentação de ruminantes, um importante componente dentro da economia produtiva.

O trigo mourisco surge como uma oportunidade de se desenvolver sob condições de seca oferecendo forragem, grãos, feno ou silagem durante esses períodos.

A introdução do trigo mourisco no Brasil ocorreu na região sul do país, por volta do início do século XX e em 1970 houve grande incentivo da produção da cultura no Paraná. Que chegou a plantar aproximadamente 1200 toneladas em 30 mil hectares/ano.

 

 

Afinal, o que é trigo mourisco?

O trigo mourisco (Fagopytum esclentum Moench L.) que também é conhecido como trigo preto, trigo mouro ou ainda como sarraceno é uma planta dicotiledônea que pertence à família Polygonaceae, de origem asiática, e não apresenta parentesco com o trigo comum (Triticum spp.).

Os grãos possuem grande dureza. Os quais podem produzir uma farinha branca, que não possui glúten sendo recomendada para pessoas com intolerância ou alergia ao glúten.

Dentre os produtos sem glúten consumidos pelo homem, apresenta grande concentração de vitaminas, proteínas e sais minerais. Inclusive em destaque pela qualidade de sua proteína com alto teor de lisina, um aminoácido deficiente na maioria dos cereais.

Podem ser utilizados na alimentação animal, tanto os grãos quanto a forragem, como feno ou silagem. Pois alcançam o mesmo valor nutritivo que as gramíneas. Também proporcionam uma boa cobertura de solo e podem ser utilizados para rotação de cultura.

 

Característica importante

Uma de suas características mais importantes que é levada em consideração na rotação de culturas é sua rusticidade a pragas e doenças.

O trigo mourisco é uma planta de uma família diferente da maioria das plantas cultivadas no Brasil. Então sendo uma ótima alternativa para se utilizar como ferramenta na quebra do ciclo biológico das principais pragas e doenças, pois não é uma planta hospedeira.

Além do mais, o trigo mourisco é conhecido como uma planta supressora. Devido a produção de exsudatos radiculares, que inibem o desenvolvimento de nematoides, como o nematoide das galhas (Meloidogyne incognita). Além da sua capacidade de inibir mais de 90% de indivíduos em fase juvenis do segundo estádio.

O trigo mourisco também atrai abelhas que são muito importantes para a polinização de várias outras plantas, devido ao seu período de floração longo.

 

Benefícios do trigo mourisco a saúde humana e animal

Benefícios do trigo mourisco a saúde humana e animal. Em virtude de não conter glúten, o trigo mourisco é uma excelente alternativa para portadores da doença celíaca.

Além disso, ele possui um maior teor de proteína do que o trigo comum, o arroz, ou o milho. É fonte de ferro (Fe), manganês (Mn) e magnésio (Mg).

Estima-se que, 200 mL de mingau feito com o trigo sarraceno contenha, aproximadamente, cerca de 86 mg de magnésio. Sendo este mingau, rico em proteínas, de grande valor biológico, por possuir em sua composição aminoácidos essenciais, como a lisina.

Os seus efeitos benéficos ainda podem ser associados à presença de flavonoides, especialmente, rutina (anteriormente chamada de vitamina P) e quercetina. Os flavonoides tem ação na prevenção de doenças, além de atuarem como antioxidantes.

 

Estudos recentes têm associado a rutina com:

  • Melhoria no sistema circulatório.
  • Prevenção de formação de coágulos.
  • Redução nos níveis de colesterol, etc.

Devido a tantos benefícios, uma dieta rica em grãos, como os do trigo mourisco, por exemplo, tem potencial na prevenção doenças cardiovasculares, aterosclerose, obesidade, diabetes, entre outros.

Isto se dá em função do seu elevado teor de fibras e diversos compostos. Como as gorduras poli-insaturadas.

 

Trigo Mourisco

 

Dietas em que são consumidos pelo menos 100 g de trigo sarraceno diariamente apresentam potencial para diminuir os níveis do “mau colesterol” ou LDL e para aumentar os níveis do “bom colesterol” ou HDL.

Quando destinado a nutrição animal, o trigo mourisco apresenta excelente qualidades nutricionais, como pode ser observado abaixo:

  • Matéria seca (MS), em torno de 87%, ou de 2200 a 4400 kg MS/ha.
  • Energia bruta (EB), em torno de 3.863 kcal/kg.
  • Proteína bruta (PB), variando de 9 a 24%.
  • Extrato etéreo (EE), de aproximadamente 2%.
  • Fibra bruta (FB), de quase 10%.
  • Fibra em detergente neutro (FDN), de 40% a 58%.
  • Matéria mineral (MM), de aproximadamente 2%.
  • Cálcio (Ca), em torno de 0,10%
  • Fósforo total (P), em torno de 0,34%.

Apesar de excelentes teores de EB, MM e P, as informações nutricionais do trigo mourisco ainda são inferiores aos do farelo de trigo. Entretanto, exibem teores semelhantes de FB e Ca.

No inverno, a oferta de alimento para os animais é mais escassa, principalmente nas regiões mais frias do Brasil. Por isso, ensaios comparativos avaliaram a produção e qualidade da forragem de trigo mourisco cultivado no inverno.

Estes estudos permitiram a observação de que a partir dos 50 dias de crescimento, a forragem do trigo sarraceno foi maior do que a do milheto e da aveia. Sugerindo que o trigo mourisco é indicado para plantio no início da estação fria, para posterior alimentação de ruminantes neste período.

 

 

Ciclo do trigo mourisco

O ciclo total da planta é de aproximadamente 80 dias, podendo variar com a região, possibilitando a realização de até três safras por ano. Apresenta rápido crescimento produzindo boa quantidade de massa verde 15 a 25 (t/ha) e seca 3 a 6 (t/ha).

 

Ciclo do Trigo Mourisco

 

A recomendação para a semeadura é que seja realizada longe do período de geadas, já que se trata de uma cultura suscetível.

Existem duas janelas de plantio do trigo mourisco:

  1. Na rotação de culturas com milho ou soja é indicada semeadura na primavera ou no fim do inverno, quando a temperatura do solo é mais elevada. Também pode ser introduzido antes do plantio da soja, sendo semeado no final de agosto ou início de setembro.
  2. Em rotação com soja ou milho hiperprecoces, colhidos em janeiro, fevereiro ou março. O trigo mourisco é semeado com o intuito de ser colhido antes das primeiras geadas do ano.

A população recomendada pode variar de 300 a 800 plantas por metro quadrado. Como o objetivo de plantio para supressão de plantas daninhas ou cobertura do solo. Deve-se utilizar maiores populações, caso seja colheita de grãos, pode-se reduzir o número de plantas.

 

Checklist agrícola

 

Produção de trigo mourisco no Brasil

O trigo mourisco é utilizado como fonte de alimento há centenas de anos. Entretanto, somente foi introduzido no Brasil início do século 20.

A sua introdução se deu através de imigrantes poloneses, russos e alemães, na região Sul. Atualmente, são bastante escassos os dados e informações a respeito da produção de trigo mourisco no Brasil. Em função do seu cultivo para a produção de grãos, ainda ser pouco expressivo.

Além disso, estima-se que a produtividade brasileira não passe de uma tonelada por hectare. Mesmo sabendo que a cultura tem potencial para alcançar, cerca de 3,6 toneladas por hectare.

A sua maior utilização se dá como planta de cobertura e adubo verde, em função do seu bom desenvolvimento em solos pobres. O trigo mourisco também se destaca no controle de plantas daninhas. Tanto de espécies monocotiledôneas, quanto dicotiledôneas, decorrente da sua utilização como cultura de cobertura.

Agricultores do Centro-Oeste optam pela utilizaçãodo trigo mourisco na sucessão de culturas de grãos como soja, milho e sorgo.

Esta escolha ocorre devido a capacidade que esta planta tem para se desenvolver em regiões com baixa umidade. Tornando-a ideal para a semeadura na safrinha e a rotação de culturas em áreas de cultivos extensivos.

Muitos agricultores mato-grossenses estão utilizando o trigo mourisco no mix (também conhecido como (coquetel) de plantas de cobertura. Sendo semeado inclusive em consórcio com a cultura do milho safrinha, às vezes consorciado também com crotalária e com o capim-braquiária.

Já os agricultores da região Sul, preferem utilizar o trigo mourisco após a colheita da cultura de verão. Que geralmente é milho ou soja, por ser uma excelente opção para anteceder a implantação de culturas de inverno como trigo, cevada ou aveia.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Portanto, em consideração a todas essas características benéficas, com ciclo curto, alta produção de biomassa, bom desenvolvimento em solos pobres, auxílio no controle de plantas daninhas, rusticidade a pragas e doenças e alguns outros pontos positivos. Essa cultura tem despertado o interesse por parte dos produtores.

Se torna uma excelente opção para a rotação de culturas, cobertura de solo ou para comercialização como semente, ração animal e na alimentação humana (produção de farinha sem glúten). Além de trazer lucratividade ao produtor.

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Escrito por Michelly Moraes.

 

Crotalária: entenda o que é e sua importância!

Crotalária: entenda o que é e sua importância!

A crotalária é uma planta leguminosa, que tem uma grande importância na agricultura. Imagine ter uma espécie de leguminosas capaz de fornecer adubação verde e ainda combater nematoides em diferentes tipos de cultura? Neste artigo vamos abordar um pouco sobre essa leguminosas.

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Crotalária: entenda o que é e sua importância!

 

A planta tem sido bastante utilizada por produtores pelo Brasil devido à sua alta adaptabilidade ao ambiente e também pelos seus benefícios.

Crotalária é um gênero de plantas que fazem parte da mesma família. São diversas espécies que fazem parte deste grupo, assim, variam bastante de tamanho e coloração. A altura das plantas, portanto, pode variar de 80 centímetros até três metros.

Neste artigo, vamos conhecer algumas das principais presentes no país. Mas antes, vamos entender mais sobre a origem da crotalária, seu plantio e muito mais. Continue a leitura!

 

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O que é crotalária?

A crotalária é uma leguminosa de rápido crescimento, pertencente à família Fabaceae, e que possui centenas de espécies.

O nome da planta vem do grego krotalon, que significa chocalho, fazendo jus ao som reproduzido por ela quando está na sua fase de vagens secas. Sua origem é indiana, mas com o passar do tempo ela se espalhou por outros continentes, especialmente pelas regiões tropicais.

Além disso, a crotalária tem bastante aderência a solos arenosos ou coberto de cascalhos, sendo tolerante à seca, doenças e vírus. Devido a essas características, elas costumam ocorrer naturalmente em beiras de estradas pelo Brasil.

 

O que é crotalária?

 

As crotalárias são plantas tipicamente herbáceas anuais, eretas e de crescimento acelerado. No entanto, existem também exemplares de espécies arbustivas. Suas flores são amarelas, com algumas estriadas vermelhas que ficam dispostas em racemos vistosos.

Sobre o rendimento, ela pode chegar a produzir 14 toneladas por hectare de matéria seca e cerca de 500 a 900 kg de fibra. Além das fibras, a crotalária produz celulose de alta qualidade, o que é bastante útil para a indústria do papel e outros fins.

 

Plantio e espécies de crotalária

O plantio da crotalária pode ser feito no período da primavera, mais especificamente entre os meses de outubro e novembro, variando conforme a espécie. O preparo do solo pode ser o mesmo utilizado para o cultivo da cana-de-açúcar.

Geralmente, há opções de cultivo em linha ou a lanço, depende da escolha do produtor e também da avaliação das condições do local onde elas serão instaladas.

No entanto, cabe lembrar que cada espécie se comporta de uma maneira. Veja abaixo os tipos:

 

Crotalária juncea

O cultivo de Crotalária juncea apresenta dois importantes fins: implantação e reforma de canaviais. Os principais motivos vêm da grande quantidade de biomassa produzida pela forrageira, bem como dos rápidos resultados comprovados a campo.

Além disso, a juncea protege o solo contra o processo de erosão e atua eficientemente no controle de nematoides, principalmente os do gênero Meloidogyne.

 

Crotalária spectabilis

Quanto à Crotalária spectabilis, ela é bem mais poderosa no combate de nematoides de cisto e galha. Além disso, a forrageira reduz as lesões no sistema radicular das plantas.

Outro atributo da spectabilis é a capacidade de fixar nitrogênio da atmosfera. Sem falar que ela produz bom volume de massa verde. A espécie é utilizada em áreas onde se cultivam algodão, cana-de açúcar e hortaliças.

 

Crotalária breviflora

A Crotalária breviflora é utilizada nas entrelinhas de cafezais, particularmente por apresentar baixo porte, além de não ser trepadeira.

Assim como as outras espécies de crotalária, a breviflora impede o desenvolvimento de ervas daninhas.

Sem falar que ela atua no controle de nematoides dos gêneros Pratylenchus e Meloidogyne. A espécie é utilizada por horticultores e produtores de grãos.


Crotalária ochroleuca

Por fim, a Crotalária ochroleuca é uma espécie forrageira leguminosa rústica, utilizada por produtores de soja. Ela atua eficazmente no combate à nematoides, até mesmo em infestações mistas.

Outro atributo da ochroleuca é recuperar o potencial produtivo do solo. Sem falar de sua capacidade de fixar nitrogênio atmosférico e produzir boa quantidade de massa verde. Ela é empregada como adubação verde em cultivos de grãos, cana, algodão e hortaliças.

 

Controle dos nematoides usando a crotalária

Crotalárias possuem a capacidade de produzir compostos tóxicos, chamados de alelopáticos, que conseguem impedir a movimentação dos nematoides.

Com isso, a crotalária atua como se fosse uma planta armadilha, pois impede que os nematoides consigam completar o ciclo de vida, impedindo que cheguem à vida adulta e comecem a causar os estragos em diversas plantações.

Para que o controle dos nematoides na lavoura, usando a crotalária, possa ser feito, o ideal é que seja iniciado na entressafra. Apenas com a palhada, através de plantio direto, a contribuição para o controle dos nematoides é grande.

Além disso, é possível utilizar o consórcio do milho e milho/safrinha juntamente com a crotalária, com dois benefícios diretos: controlar os nematoides e ainda pode lucrar com a venda dos grãos.

Com isso, os resultados do acúmulo de palhada e produtividade do milho, dispensam a necessidade de aplicação de defensivos agrícolas.

 

Fungos causadores de doenças em plantas.

 

Outras utilizações da crotalária

 

Recuperação do solo

A Crotalaria ochroleuca é uma espécie de suma importância na recuperação de solos inférteis e degradados. Quando usada após o cultivo da soja evita que uma infestação de nematoides aconteça.

A espécie produz uma ótima opção de adubo verde, especialmente quando se trata de hortaliças, algodão, cana-de-açúcar e outros grãos.

A espécie também conta com raízes capazes de romper com camadas adensadas do solo, o que a torna resistente ao estresse hídrico.

 

Controle de plantas daninhas

A espécie Crotalaria breviflora é indicada para ser implementada junto de culturas chamadas de perenes, como é o caso do café, que tem um porte relativamente baixo e não trepador.

Ela não é só má hospedeira de nematoides, mas também auxilia no controle de plantas daninhas no geral, inclusive nas áreas em que ocorrem as infestações mistas.

 

 

Produtividade das lavouras

A Crotalaria juncea é bastante conhecida por ser uma agente importante no combate ao Aedes aegypti, o mosquito da dengue. Isso acontece, pois ela é capaz de atrair libélulas que são predadoras naturais dos insetos.

No entanto, não é só nesse sentido que a espécie é útil. Ela também é uma grande aliada nos sistemas de produção, seja ao favorecer a matéria orgânica do solo ou a microbiota do mesmo.

Seu uso é especialmente recomendado para aqueles momentos nos quais há uma grande necessidade de produção de biomassa em curto espaço de tempo, entre 3 e 4 meses. Ao ser utilizada como adubação verde, ela reduz a necessidade de aplicação de fertilizantes no solo.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

De maneira geral, a crotalária traz bons resultados financeiros para os produtores que apostam nela, especialmente pela sua contribuição no desenvolvimento de lavouras e no combate aos nematoides.

Cabe ainda lembrar, que ela é uma importante aliada na recuperação de solos, melhorando as condições do mesmo.  Mas antes de utilizá-la em seu manejo, é preciso conhecer muito bem a sua área. Assim, saberá qual tipo de crotalária trará melhores resultados.

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Escrito por Michelly Moraes.

Pós-graduação Fitossanidade

Como plantar cana: entenda tudo sobre essa técnica!

Como plantar cana: entenda tudo sobre essa técnica!

cana-de-açúcar é responsável por 80% do açúcar que é produzido no mundo. Desde a sua introdução no Brasil, iniciada em Pernambuco no século XVI, esse tem sido um dos principais cultivos brasileiros.

Para ter uma lavoura eficiente é muito importante levar em conta a época do plantio mais adequada à sua variedade e região, análise e preparo do solo e a qualidade dos tipos de adubo e defensivos.  Quer aprender como plantar cana e ter bons lucros com sua lavoura?

Venha comigo!

 

Como plantar cana: entenda tudo sobre essa técnica!

 

cana-de-açúcar é uma cultura de grande importância para a pecuária brasileira, amplamente cultivada pelos produtores devido ao fácil manejo, simples condução da lavoura e capacidade de produzir grandes quantidades de volumoso por unidade de área.

Se bem manejada, esta cultura pode produzir 150 a 200 toneladas/ha de massa verde em um único corte. A época de plantio deve ser baseada no objetivo da sua produção.

A baixa produtividade obtida por alguns produtores está diretamente ligada à utilização de práticas inadequadas de manejo como: controle de pragas e doenças, combate a plantas daninhas, adubação de cobertura, época de corte, dentre outras.

 

 

O surgimento da cana-de-açúcar

A planta não surgiu no Brasil, como todos pensam, mas sim na ilha de Nova Guiné, localizada no meio do oceano pacífico.

Sua plantação só começou no Brasil em 1520, logo após os portugueses desembarcarem com a planta no país.

Desde sua chegada, a cana-de-açúcar se tornou um dos mais importantes cultivos desenvolvidos do país. Brasil, inclusive, ocupa o primeiro lugar no ranking de produção de açúcar e é o maior exportador de etanol no mundo.

Além disso, ela é matéria-prima para a produção de energia limpa, já que o bagaço sobrado da cana possibilita a produção de energia sustentável, e muitas usinas desenvolvem tal atividade, de modo que conseguem obter a certificação de emissões de créditos de carbono pelo MDL (Mecanismo de Desenvolvimento Limpo).

 

Usos da cana-de-açúcar

Mais do que elemento essencial da formação do Brasil, a cana-de-açúcar transformou-se em parte integrante do imaginário do povo brasileiro.

Na cozinha, desdobra-se em utilidades; na indústria, colabora para a produção de alimentos mais saudáveis, de fácil conservação.

Dela vem o álcool combustível, a energia elétrica. Também pode produzir papel, plásticos, produtos químicos.

Usos da cana-de-açúcar

A cana-de-açúcar é versátil, palavra que, aliás, justificaria mais um hífen: cana-de-açúcar-versátil. Se preferirmos, grama-de-açúcar- versátil, pois a cana é uma gramínea, cujo potencial, variado e complexo, ainda pode ser muito explorado.

 

Técnicas de como plantar cana-de-açúcar

A seguir, você encontra técnicas a respeito de correção do solo, tipos de plantio, melhor época para o cultivo entre outras para ter bons resultados com a sua cultura de cana-de-açúcar.

 

Escolha o sistema de plantio da cana-de-açúcar

O cultivo da cana-de-açúcar pode ser feito o ano todo, porém, considere o sistema que será adotado e as características da região da lavoura para determinar a melhor época. A seguir, você vai conhecer os sistemas em mais detalhes.

 

Cana de ano (12 meses)

Nesse sistema, a área destinada à cana-de-açúcar está sempre ocupada com a cultura. Logo após a colheita, deve se realizar o plantio da nova leva que será colhida no ano seguinte.

O período mais indicado é entre os meses de setembro e novembro, opte por solo com grande fertilidade.

Cana de ano e meio (18 meses) A principal característica desse sistema é que o solo precisa ter vários meses de descanso após a colheita, ou a área é mantida sem nada ou são usadas culturas de rotação como as de amendoim e soja.

 

Cana de ano e meio (18 meses)

Cana de ano e meio quando plantada no final das águas, entre os meses de janeiro e abril, época mais utilizada para o plantio, devido ao período mais longo até o primeiro corte, o que possibilita à cultura maior tempo para o acúmulo de sacarose, tendo como resultado produtividade acima de 120 ton./ ha.

Embora mais produtiva, a cana plantada nessa época requer maior atenção quanto a necessidade ou não de irrigação em períodos de baixa pluviosidade;

 

 

Cana de inverno

Trata-se do sistema de cultivo em que a cana é plantada nos meses de inverno, entre os meses de junho e agosto.

Os produtores devem ter bastante atenção com esse tipo de plantio, porque a seca do inverno pode afetar os resultados. Uma dica é usar a torta de filtro de sulco que tem entre 70% e 80% de umidade.

 

Escolha o tipo de plantio

Vamos conhecer quais são os principais métodos de plantio, são eles:

 

Plantio manual

Considerado semi- mecanizado por envolver operações manuais e mecanizadas em suas etapas. O processo compreende a sulcação, distribuição de mudas nos sulcos, alinhamento das mudas dentro do sulco e fechamento dos sulcos.

 

Plantio mecanizado

 As mudas que alimentam a plantadora devem estar picadas, por isso, são colhidas mecanicamente com colhedoras.

A plantadora abre os sulcos, distribui as mudas e realiza o fechamento do sulcos, otimizando muito mais o tempo, se comparado com o plantio manual. Atualmente, não é notável diferenças quanto à brotação dos talhões plantados manual ou mecanicamente.

No entanto, existem avaliações mostrando que o sistema de plantio manual (convencional) apresenta uma melhor uniformidade de distribuição dos colmos nos sulcos.

 

Plantio com Mudas Pré-brotadas (MPB)

Essa muda é originada a partir de gemas individualizadas da cana-de-açúcar. Nesse sistema, a produção também passa a ser usada como muda.

 

Análise de solo e a fertilidade da área para o plantio da cana

Para iniciar um plantio de cana é necessário realizar a análise de solo da área, para determinar qual a fertilidade do solo.

Normalmente é realizado análise do solo de 0-25 e de 25-50 cm de profundidade, mas podem existir algumas variações nesses valores. É importante realizar a análise de solo 3 meses antes do plantio, para dar tempo de corrigir o solo, caso necessário.

Com o resultado da análise de solo em mãos é possível verificar se é necessário utilizar calcário e gesso e quais os nutrientes devem ser utilizados no plantio, ou seja, realizar essas operações de forma eficiente.

Lembre-se, o plantio não é igual para todas as áreas, isso depende de uma série de fatores e o mesmo acontece com a fertilidade do solo, por isso, é extremamente importante realizar a análise de solo e interpretar de forma correta.

 

 

Escolha da variedade para o plantio de cana de açúcar e espaçamento

Escolher a variedade adequada para a época de plantio, colheita e tipo de solo é essencial para ter um bom retorno em TCH e ATR. Ter uma variedade errada pode te custar 5 anos de prejuízo na área.

Existem variedades que são mais produtivas em uma determinada região e isso deve ser levado em conta no momento da escolha.

Há muitas variedades disponíveis de cana-de-açúcar, por isso, verifique quais as características de cada variedade (índice de doenças, perfilhamento, tipo de solo) e o custo deste material, para então definir qual variedade se enquadra para cada área de plantio da sua fazenda.

 

Como fazer o controle de pragas?

Entre cupins, brocas de cana, brocas gigantes, besouros e formigas, os métodos para controle variam, sendo que os mais viáveis são o controle químico e o varietal.

O controle varietal é feito por meio do uso de variedades resistentes ou tolerantes às pragas. Contudo, como a cana é rica em açúcar, a aplicação desse método se mostra um pouco mais complicada, uma vez que a planta atrai muitos insetos naturalmente.

O controle químico, por sua vez, consiste na aplicação de produtos no solo e no momento do plantio. Eles chegam a eliminar 90% dos parasitas da área, mas exigem uma aplicação correta e técnica.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

É indiscutível que a cultura da cana-de-açúcar tem grande importância econômica para o Brasil. Mas para ter assertividade em qualquer atividade é preciso começar certo e isso não é diferente para o plantio da cana-de-açúcar.

Por isso, neste texto falamos de algumas técnicas sobre o plantio da cana-de-açúcar para que você obtenha lucro na sua propriedade.

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