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Colheita do milho: aprenda a ter o sucesso!

Colheita do milho: aprenda a ter o sucesso!

É de extrema importância que o agricultor entenda melhor sobre o processo de colheita do milho e como obter uma safra de sucesso. Afinal o milho é o cereal de maior volume de produção no mundo. Neste artigo vamos falar tudo sobre esse assunto, não fique de fora.

Venha comigo!

 

Colheita do milho: aprenda a ter o sucesso!

 

O que é o milho?

O milho é uma gramínea pertencente à família Poaceae, e sua espécie é a Zea mays L. Esse cereal é a base energética da alimentação de aves, suínos e bovinos, além de ser destinado à alimentação humana.

Tendo um papel fundamental para a nossa rotação de culturas, pois produz uma grande quantidade de palha que auxilia na proteção do solo. Na reciclagem de nutrientes e no incremento de matéria orgânica no solo.

No Brasil, a produção de milho atingiu 100 milhões de toneladas em 2019. Segundo pesquisa do Cepea, o mercado brasileiro de milho produziu e exportou volumes recordes no último ano

No processo de produção de milho, a colheita caracteriza-se como uma fase muito importante, uma vez que é durante a sua execução, se bem realizada dentro de alguns princípios e critérios, que se define menos perdas e maiores ganhos.

 

 

Importância da cultura na colheita do milho

O milho é a segunda maior cultura de importância na produção agrícola no Brasil, sendo superado apenas pela soja que lidera a produção de grãos no país.

A econômica da cultura de milho é caracterizada pelas diversas formas de sua utilização. Que vai desde a alimentação humana e animal, até a indústria de alta tecnologia

No Brasil o 84% do milho é utilizado na alimentação animal, principalmente avicultura e suinocultura, e 11% é consumido pela indústria, para diversos fins. Seu uso industrial não se restringe a alimentos.

Além de seu alto prestígio no agronegócio, o milho também é uma das culturas mais cultivadas pela agricultura familiar brasileira. Tanto para a subsistência quanto para a venda local.

 

A colheita do milho

O aumento da produtividade, necessariamente há que se aprimorar o processo de colheita do milho e as condições de armazenagem de grãos.

Uma característica positiva dos grãos é a possibilidade de serem armazenados por longo período de tempo, sem perdas significativas da qualidade.

O agricultor deve integrar a colheita ao sistema de produção e planejar todas as fases. Para que o grão colhido apresente bom padrão de qualidade. Nesse sentido, várias etapas como;

 

Planejamento da colheita do milho

Dentre as etapas de cultivo de grãos, muitos processos são importantes e influência no planejamento, como:

  • Escolha da área de plantio;
  • Época de plantio e colheita;
  • A necessidade de cada cultura.

Ou seja, sem realizar um bom plantio, as perdas podem gerar um atraso econômico em sua lavoura e se estender até a época da colheita.

 

Manejo Integrado de Plantas Daninhas

 

Época da colheita do milho

A colheita de milho pode ser iniciada quando o grão se encontra maduro fisiologicamente.

Essa maturação é definida quando as sementes atingem a máxima matéria seca, que geralmente coincide com a máxima germinação e o máximo vigor na maioria das espécies.

E ainda, uma lavoura de milho é considerada fisiologicamente madura quando as plantas estão totalmente secas, os grãos apresentam umidade na faixa de 30% a 35% e conta com a identificação de uma camada preta na região da extremidade anterior do grão.

 

Escolha o tipo de colheita do milho

Outro fator que influenciará o seu planejamento de colheita será o tipo de colheita ideal para o seu terreno e sistema de plantio. Sendo elas:

 

Colheita manual

 A colheita manual também pode ser executada por um outro processo denominado de “colheita direta”, que é mais rápido e não apresenta os inconvenientes que acabamos de descrever acima.

 

Colheita manual

 

Os colhedores nesse caso conforme vão colhendo as espigas, atiram-nas em uma carroça ou carreta que os acompanha na mesma marcha que se desenvolve a colheita.

Esse processo é mais racional, evitando a exposição das espigas à umidade e pragas, e o milho pode facilmente ser transportado a locais abrigados, sem ter necessidade de ficar amontoado na roça.

 

Colheita mecanizada

A colheita mecanizada é executada por colhedeiras e seu emprego somente se justifica em áreas, acima de 50 ha.

A colheita mecanizada possui um elevado desempenho operacional. Tanto é, que no caso de colheita direta, o método mais empregado em nossa agricultura, a partir de uma única operação são realizados o corte e a trilha do material.

A colheita mecanizada tende a expandir-se rapidamente, não só pelas facilidades de financiamento, mas também pela aquisição por cooperativas e alocadas a seus associados, pequenos agricultores que não tem condições de adquiri-las.

 

Regulagem correta dos equipamentos

Revise as máquinas que serão utilizadas na colheita como colhedoras, bazucas, tratores e caminhões. Evitando, assim, surpresas desagradáveis

A regulagem do espaçamento do cilindro e do côncavo, bem como a velocidade de rotação do cilindro, pode variar de acordo com a umidade presente nos grãos.

Para a cultura do milho, o cilindro adequado é o de barras. A distância entre este cilindro e o côncavo varia de lavoura para lavoura, com base no diâmetro das espigas.

A distância entre eles deve ser calculada de modo que a espiga seja debulhada sem ser quebrada. O sabugo deve sair inteiro.

Quanto ao teor de umidade dos grãos, sua relação com a rotação do cilindro batedor é diretamente proporcional. Ou seja, quanto mais umidade presente nos grãos, maior terá de ser a velocidade de rotação do cilindro.

 

Secagem e armazenamento

O processo correto de secagem e armazenamento de grãos é fundamental para manter a boa qualidade alcançada na colheita.

Isso minimiza riscos na venda do produto enquanto condições impróprias podem comprometer os ganhos da safra inteira.

 

Secagem

Secagem é a operação que tem por finalidade reduzir o teor de umidade do produto a nível adequado à sua estocagem por um período prolongado, mantendo ao máximo a sua qualidade

A operação correta dos secadores permite economizar tempo, mão de obra, combustível, e reduzir os riscos de incêndios. A umidade do produto após secagem deve ser de acordo com os valores recomendados para armazenagem.

Secagem

 

Para secar os grãos de maneira correta, é necessário fazer antes uma pré-limpeza do produto. Objetivando retirar o excesso de impurezas e matérias estranhas do produto.

Essa operação é importante porque as eliminações desses materiais vão permitir obter um maior rendimento do secador, maior economia de combustível e menores riscos de incêndios.

 

Armazenamento

É importante destacar que os principais problemas para o armazenamento dos grãos são o ataque de pragas e doenças e a umidade do grão.

Para evitá-las, existem diversas formas de armazenamento do milho e o que vai determinar a escolha do método é o nível tecnológico, a disponibilidade de recursos e o volume a ser armazenado.

É importante ressaltar que a armazenagem interfere na qualidade do produto. No caso das pequenas propriedades, tradicionalmente, o milho é guardado como espiga ou em paiol. Mas tais práticas por elas mesmas não são garantias de que o milho não sofrerá danos.

 

Armazenamento de espigas

Um método simples e que exige baixo investimento, mas também tem vantagens e desvantagens.

Esse método é mais dependente da cultivar utilizada para a manutenção da qualidade do produto. O melhor empalhamento das espigas favorece a boa conservação, desfavorecendo o ataque de pragas. Mas, mesmo assim, uma desvantagem é que ocorrem grandes perdas.

 

Armazenamento a granel

Neste caso, o milho vai para o depósito depois do processo de debulha. Nem a palha nem o sabugo são armazenados. Já que dessa forma os grãos ocupam menor espaço. Ela é recomendada para produções em grande quantidade.

Para isso, mesmo as pequenas propriedades costumam usar máquinas que colhem e debulham simultaneamente.

Nesse método, os grãos são guardados em sacos e os locais designados para a conservação deles podem ser tanto os paióis quanto os silos e armazéns.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Como vimos acima o milho tem um papel fundamental na agricultura e cada tópico acima é preciso ser levado em consideração.

Para ter sucesso em sua safra é preciso realizar o planejamento de colheita do milho. Todo o processo precisa ser previamente definido e estudado de acordo com a extensão e condição da área plantada. Em caso de dúvidas o ideal é consultar um especialista na área.

Se você gostou desse conteúdo e te ajudou e esclareceu suas dúvidas. Comente e compartilhe em suas redes sociais!

Escrito por Michelly Moraes.

 

Cultura do algodão: o que você precisa saber!

A área plantada e a produção brasileira da cultura do algodão vêm crescendo expressivamente nos últimos anos.

O maior interesse pela cultura é devido ao número de subprodutos gerados pela cultura e o aumento do preço dos mesmos.

No entanto, a correta implantação da cultura é a chave para o sucesso dos produtores.

A seguir vamos apresentar dicas importantes de como obter uma produção satisfatória e de qualidade

Confira!

 

Cultura do Algodão

 

Importância da cultura do algodão no Brasil e no mundo

O algodão é uma das culturas mais versáteis e da qual se obtém vários produtos, como óleo, alimento animal e fibra têxtil.

O algodão está entre as culturas mais importantes de fibra no mundo. Em média, 35 milhões de hectares de algodão são plantadas anualmente em todo o planeta.

Essa cultura atualmente tem sido plantada por mais de 60 países nos cinco continentes.

O Brasil nos últimos anos tem se mantido entre os cinco principais produtores de algodão do mundo. Ficando ao lado de países como China, Índia Estados Unidos e Paquistão.

Além disso, o Brasil também se encontra entre os maiores exportadores mundiais de algodão, sendo os principais compradores a Indonésia, Coreia do Sul e Vietnã.

Segundo dados divulgados pela Associação dos Produtores de Algodão (Abrapa), nas últimas safras a região Centro-Oeste. Principalmente o estado do Mato Grosso tem se destacado na produção nacional.

No entanto para manter esta alta evolução do setor é necessário aprofundar o conhecimento a respeito da cultura do algodão.

 

 

O ciclo da cultura do algodão

O ciclo da cultura do algodão, dependendo da cultivar, pode variar de 130 a 220 dias.

No desenvolvimento fenológico do algodoeiro existem principalmente duas fases, a vegetativa e a reprodutiva, e podem ocorrer concomitantemente.

A fase vegetativa tem início na emergência da plântula e vai até que seja emitido o quinto ou sexto nó, onde geralmente aparece o primeiro botão floral.

A fase reprodutiva se inicia com o primeiro botão floral visível, que dará origem às flores e subsequentemente aos frutos.

Posteriormente vem a fase de maturação. Onde os frutos verdes, denominados maçãs, se tornam maduros e passam a ser denominados capulho.

A fase final do ciclo da cultura tem início com a abertura do primeiro capulho e termina com a aplicação de desfolhantes e/ou maturadores para realização da colheita.

A fase reprodutiva requer muita atenção, pois é nela que será definida a qualidade da fibra e consequentemente o preço final do produto.

 

O ciclo do algodão

Estágios fenológicos do algodoeiro (Adaptado Agroeste)

 

Planejamento da lavoura da cultura do algodão

O estabelecimento adequado da cultura é a chave para o sucesso da lavoura.

Por tanto, antes da implementação da lavoura é de extrema importância que o agricultor planeje corretamente como ela será.

O agricultor deve começar com a escolha de um local preferencialmente plano, que permita a fácil mecanização da lavoura.

A cultura do algodão é muito sensível a competição, portanto o plantio deve ser realizado sem a presença de plantas daninhas no local.

Solos compactados, mal drenados e ácidos não são bons para o plantio do algodão, portanto antes de realizar a semeadura, são recomendados um preparo e uma análise do solo.

A análise do solo também irá auxiliar na recomendação da adubação da lavoura. Que poderá ser realizada em diferentes momentos, visando suprir as necessidades das plantas.

Outros fatores extremante importantes para a lavoura de algodão são a escolha da variedade e época de plantio.

É recomendado que o produtor escolha variedades adaptadas ao local de plantio, e que sejam resistentes a pragas e doenças e principalmente com alto potencial produtivo.

Já a época de plantio deve ser determinada de acordo com as condições climáticas do local, tomando o cuidado para que a época de chuvas não coincida com a época da colheita. O que pode comprometer a qualidade da fibra.

 

Manejo Integrado de Plantas Daninhas

 

Principais pragas, doenças e plantas daninhas que podem diminuir a produtividade da lavoura

As lavouras de algodão podem ser atacadas por diversas pragas e doenças que acabam comprometendo a produtividade da cultura.

Dentre as principais pragas que acometem a cultura do algodão estão percevejos, lagartas desfolhadoras, mosca branca, ácaros e outros.

No entanto, a considerada principal praga da cultura é um besouro de coloração castanha que ataca os botões florais e as maçãs do algodoeiro, conhecido como bicudo-do-algodoeiro (Anthonomus grandis).

As doenças que atacam o algodoeiro podem ser causadas pelos quatro grupos de fitopatógeno (bactérias, fungos, vírus e nematoides).

A mancha de ramularia, causada pelo fungo (Ramularia areola), é considerada a doença mais nociva à cultura, chegando a reduzir até 35% da produtividade.

Além das pragas e doenças outro fator que pode diminuir a produtividade da lavoura é o não controle de plantas daninhas.

A invasão de plantas daninhas como capim-colchão (Digitaria horizontalis), capim-pé-de-galinha (Eleusine indica), trapoeraba (Commelina benghalensis), caruru (Amaranthus spp.) e outras, além de competir com a cultura ainda podem ser reservatórios de pragas e doenças.

Por tanto, é fundamental um planejamento assertivo para o controle das pragas, doenças e plantas daninhas. Recomendado que o produtor utilize de mais de um método de controle. Visando garantir a boa produtividade.

 

Bicudo-do-algodoeiro

Bicudo-do-algodoeiro (Anthonomus grandis) Colheita e pós-colheita do algodão

 

Colheita do algodão

A colheita do algodão é uma etapa crítica da cultura, pois requer cuidado com a fibra. Além de ser uma operação que pode acarretar perdas elevadas.

As colheitas podem sem feitas de duas maneiras, manual e mecanizada. Sendo esta última a mais comum nos últimos anos.

A colheita mecanizada é vantajosa pois é realizada com maior rapidez. Os custos operacionais são reduzidos e há melhoria na qualidade do produto colhido.

No entanto alguns fatores como regulagem, velocidade e tipo das máquinas podem acarretar perdas durante a colheita do algodão. Quer entender um pouco mais sobre essa área, veja nosso conteúdo sobre colheita de algodão.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

A cultura do algodão é de grande importância no Brasil e no mundo. Sua alta produção e versatilidade, são fatores que tem contribuído para o aumento da área plantada desta cultura.

No entanto, o planejamento e manejo adequado da cultura, são de grande importância para a obtenção de rendimentos elevados.

Escrito por Pollyane Hermenegildo.

 

 

Inoculação de sementes: conheça os benefícios!

Inoculação de sementes: conheça os benefícios!

A inoculaçao é uma técnica  que contém microrganismos como bactérias e fungos com ação benéfica para as plantas. O uso de inoculantes é prática comum na cultura da soja no Brasil, mas essa não é a única cultura que pode se beneficiar.  A aplicação desses insumos biológicos pode suprir total ou parcialmente as necessidades de nitrogênio das culturas. Aprenda sobre essa técnica neste artigo.

 

Inoculação de sementes: conheça os benefícios!

 

O que é inoculação ou inoculante?

O inoculante é um insumo biológico que contém microrganismos como bactérias e fungos com ação benéfica para as plantas.

Os microrganismos mais utilizados são as bactérias fixadoras do Nitrogênio, um dos macronutrientes fundamentais para o desenvolvimento as plantas.

Boa parte do nitrogênio fixado em ambientes terrestres é resultado da interação simbiótica entre bactérias e plantas.

 

 

Essas bactérias formam nódulos nas raízes da planta, em uma relação simbiótica essencial para o seu crescimento e desenvolvimento.

As bactérias assimilam o nitrogênio atmosférico e o convertem a uma forma que as plantas podem absorver, enquanto utilizam carbono fixado pela fotossíntese das plantas.

Os benefícios agrícolas são alcançados quando são utilizadas estirpes recomendadas, obtidas das bactérias mais eficientes na fixação de nitrogênio para cada cultura.

Em associação com as plantas leguminosas, como feijão e soja, encontramos as bactérias dos gêneros Rhizobium e Bradyrhizobium, utilizadas na produção de inoculantes.

No setor agrícola brasileiro, cerca de 80% do inoculante é a base de Bradyrhizobium sp., 10% à base de Azospirillum sp.

Menos de 10% corresponde a todas as outras espécies e cepas disponíveis, como Sinorhizobium sp., Mesorhizobium sp. Rhizobium sp. e Nitrospirillum amazonense.

Embora esses microrganismos sejam encontradas na natureza, os inoculantes comerciais devem ser registrados no Ministério da Agricultura e sua produção segue normas e protocolos específicos.

A entidade responsável pelo estabelecimento das normas e protocolos é a Rede de Laboratórios para a Recomendação, Padronização e Difusão de Tecnologia de Inoculantes Microbianos de Interesse Agrícola (RELARE).

A RELARE foi fundada em 1985, traçou as políticas fundamentais para Fixação Biológica do Nitrogênio, tanto em seus aspectos científicos, a elaboração de protocolos de pesquisa e ensaios em rede, como nas sugestões técnicas para a legislação de inoculantes no Brasil.

 

Quais microrganismos podem ser usados como inoculantes?

A seleção dos microrganismos com potencial para uso como inoculante normalmente é realizada em laboratórios de institutos de pesquisa e universidades.

Os cientistas estudam e selecionam diversas espécies de bactérias diazotróficas, fixadoras de nitrogênio, que podem ser usadas para produzir inoculantes para plantas de importância agrícola e florestal.

Com base nesses estudos, são elaborados relatórios técnicos para a recomendação e registro das cepas junto ao Ministério da Agricultura (MAPA).

Todos os testes necessários para averiguar a eficiência dos inoculantes constam em Instruções Normativas do MAPA.

Para que uma empresa possa produzir um inoculante comercial, ele deve obter uma cepa registrada e recomendada a partir de um banco de germoplasma homologado.

No Brasil, há uma lista de microrganismos e cepas registrados no MAPA e autorizados para produção de inoculantes para cada cultura.

Essa lista é parte da Instrução Normativa SDA nº 13 (2011), atualizada periodicamente de acordo com os avanços da pesquisa científica e registro de novos microrganismos.

Abaixo temos 9 espécies autorizadas para uso como inoculantes, veja:

  • Soja Bradyrhizobium japonicum e B. elkanii
  • Grão de bico – Mesorhizobium ciceri
  • Lentilha e Ervilha – Rhizobium leguminosarum bv viciae
  • Feijão comum (Phaseolus vulgaris) – Rhizobium tropici
  • Feijão de corda, feijão miudo, caupi (Vigna unguiculata) – Bradyrhizobium sp.
  • Amendoim forrageiro (Arachis pintoi) – Bradyrhizobium japonicum
  • Guandu (Cajanus cajan) – Bradyrhizobium sp.
  • Acácia (Acacia angustissima, Acacia auriculiformis) – Mesorhizobium amorphae
  • Milho (Zea mays), Trigo (Triticum spp.) e arroz (Oriza sativa) – Azospirillum brasiliense

 

Benefícios proporcionados pelos inoculantes

O uso de inoculantes frequentemente está associado a:

  • melhoria na resistência aos estresses ambientais
  • maior eficiência na absorção de água e de outros nutrientes.
  • redução do custo de produção pela menor necessidade de uso de adubação nitrogenada

Na soja, em que o nitrogênio é o nutriente requerido em maior quantidade, as bactérias são capazes de suprir toda a necessidade pela fixação biológica do nitrogênio (FBN).

Contudo, altos rendimentos apenas são alcançados quando as boas práticas de inoculação são seguidas, não sendo necessária nenhuma complementação com fertilizante nitrogenado, em qualquer estágio de desenvolvimento da cultura.

Por outro lado, no milho, a inoculação com Azosipirillum brasiliensis não é capaz de suprir toda a necessidade de Nitrogênio da cultura.

Dessa forma, o produtor deve realizar adubação nitrogenada na semeadura e também de cobertura para garantir o sucesso do cultivo.

 

Nutrição Mineral de Plantas Macronutrientes.

 

Como os inoculantes são aplicados?

Os inoculantes comerciais são apresentados na forma líquida, gel ou sólidos (turfosos).

Na forma líquida, o inoculante pode ser aplicado via semente ou toletes para produção de mudas e via sulco de semeadura, enquanto o inoculante turfoso só pode ser aplicado via semente.

Em leguminosas e milho, normalmente é aplicado nas sementes.

Em cana-de-açúcar, a aplicação é feita nos toletes, para produção de cana-planta e, posteriormente, pode ser aplicado na cana-soca.

Os inoculantes são microrganismos vivos e, por isso, deve-se evitar a exposição direta aos defensivos utilizados no Tratamento de Sementes, que podem matar as bactérias.

Assim, é recomendado fazer a aplicação dos defensivos e esperar secar, para só então fazer a aplicação do inoculante.

Outra opção é realizar o Tratamento de Sementes com defensivos e fazer a inoculação no sulco (em dose maior). Assim se evita o contato das bactérias com os agroquímicos.

Nesse caso, para soja recomenda-se usar 2,5 vezes a dose do inoculante que seria usada nas sementes e diluída em pelo menos 50 L de água/ha.

Algumas empresas já comercializam os inoculantes “longa vida”, que permitem que a inoculação seja feita até 60 dias antes da semeadura.

Contudo, a maioria dos estudos aponta que o maior sucesso é obtido quando a semeadura é realizada no mesmo dia da inoculação.

 

Coinoculação de sementes

Recentemente tem-se estudado os efeitos a inoculação de sementes de soja e feijão com mais de uma bactéria: a chamada coinoculação.

Pesquisas conduzidas pelas Embrapa Soja e pela EMATER Paraná apontaram que essa prática pode aumentar ainda mais a produtividade pelo sinergismo entre as bactérias inoculadas.

Enquanto a inoculação apenas com Bradyrhyzobium spp. aumentou a produtividade de soja em 8,4%, a coinoculação com Azospirillum brasiliensis é capaz de aumentar para16,1%.

O mesmo ocorreu em feijão, onde o incremento na produtividade chegou a 20% (EMATER Paraná safra 2017/2018).

Esse resultado estaria relacionado à uma nodulação precoce e ao efeito hormonal causado por A. brasiliensis, que aumenta a emissão de raízes secundárias da planta.

Por consequência, com mais raízes secundárias, há mais sítios para a entrada do Bradyrhyzobium.

 

Boas práticas de inoculação

Para alcançar a eficiência prometida pelos produtos comerciais, é necessário que todos os cuidados recomendados sejam seguidos.

As Boas Práticas de Inoculação são uma série de recomendações essenciais que o produtor deve realizar.

Primeiro, é necessário sempre utilizar produtor registrados no MAPA, dentro do prazo de validade, transportados e conservados de maneira adequada.

Afinal, os inoculantes são produtos que contém microrganismos vivos, que não resistem a altas temperaturas.

Dessa forma, a inoculação precisa ser feita em local protegido do sol, de preferência com a semeadura logo após a inoculação.

Se a semente for tratada anteriormente com fungicidas e micronutrientes, esses cuidados são ainda mais importantes.

Os micronutrientes molibdênio e cobalto são muito importantes para a FBN, mas também não podem ficar em contato prolongado com as bactérias nas sementes.

A inoculação das sementes deve ser feita seguindo todas as orientações técnicas do fabricante, para que seja alcançada a máxima aderência e distribuição uniforme do produto.

Para obter melhor aderência do inoculante turfoso, por exemplo, recomenda-se que as sementes sejam umedecidas com água açucarada a 10%.

O inoculante precisa ser uniformemente espalhado pela superfície da semente para que se obtenha o benefício máximo da fixação biológica do nitrogênio em todas as plantas.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

O uso de inoculante à base de bactérias fixadoras de nitrogênio aumenta a produtividade e reduz o custo com fertilizantes.

Na soja, as bactérias são capazes de suprir toda a necessidade de Nitrogênio da cultura. Já em outras culturas, como o milho, é necessária a complementação com adubação nitrogenada.

Além da soja, o uso de inoculantes pode beneficiar diversas culturas, desde que seguidas as boas práticas inoculação.

 

Agroquímicos: vantagens e desvantagens!

Na agricultura moderna existem diferente tipos de agroquímicos que cumpre um papel indispensável no meio agrícola, neste artigo vamos discutir; o que são os agroquímicos; sua importância, além de conhecermos os diferentes tipos e a forma correta de aplicação.

Não fique de fora, acompanhe!

 

O que são agroquímicos?

 

O que são agroquímicos?

Chamados também de produtos agroquímicos ou agrotóxicos, os defensivos agrícolas são produtos destinados à proteção de culturas agrícolas. Os produtos agroquímicos, segundo as formas de aplicação, classificam-se em inseticidas, fungicidas, herbicidas e outros grupos menores, como os raticidas, acaricidas e nematicidas

São utilizados nos setores de produção, armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens e na proteção de florestas nativas ou implantadas e de outros ecossistemas.

Também são usados em ambientes urbanos, hídricos e industriais, com a finalidade de alterar a composição da flora e da fauna, de modo a preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados nocivos.

 

Pós-graduação Fitossanidade

 

Agroquímicos: vantagens e desvantagens

 Veja abaixo as vantagens e desvantagens no uso dos agroquímicos

 

Vantagens

  • Os agrotóxicos, quando utilizados de acordo com a dose recomendada, atuam no controle de pragas e doenças que prejudicam as plantações.
  • Ao controlar possíveis danos às plantações, os agrotóxicos garantem o aumento da produtividade.
  • Os preços dos produtos com agrotóxicos são mais baratos do que os preços de produtos orgânicos.

 

Desvantagens

  • O uso de agrotóxicos está associado a diversos problemas crônicos, como alterações cromossômicas, câncer, doenças hepáticas, doenças respiratórias, entre outros.
  • O uso incorreto dos agrotóxicos pode provocar danos ao meio ambiente, como contaminação do solo e dos recursos hídricos.
  • E o uso acima do permitido em alimentos pode trazer riscos à saúde dos consumidores.
  • Há riscos de intoxicação por parte dos trabalhadores que manuseiam os agrotóxicos.
  • Alguns agrotóxicos são persistentes ao meio ambiente, ou seja, neles permanecem por muito tempo.

 

Quanto aos tipos de agroquímicos

Os agrotóxicos podem ser classificados de acordo com as pragas que controlam, com a estrutura química que os compõe ou com os danos que provocam à natureza e à saúde humana. Segundo o tipo de praga controlado, os agrotóxicos são classificados em:

 

Fungicidas

Atuam na prevenção, controle e cura da ação de fungos. Sua demanda é muito alta em virtude das diferentes culturas plantadas no território nacional e as diferentes condições climáticas que favorecem o aparecimento destes microrganismos.

 

Manejo Integrado de Plantas Daninhas

 

Inseticidas

Atuam na prevenção e controle de insetos pragas. São muito importantes pois os danos causados são muito intensos, destruindo tecido vegetal em alta velocidade e em todas as fases de desenvolvimento das culturas, com queda vertiginosa da produção em condições de controle ineficiente.

 

Modo de ação

Os principais modos de ação dos inseticidas são por contato direto do produto no alvo ou a ingestão de folhas que contenham o princípio ativo. Além disso, os produtos podem ser considerados fisiológicos ou de choque.

 

Herbicida

Os herbicida são componentes importantíssimos no manejo. Eles atuam na dessecação de culturas para colheita ou formação de palhada e no controle de plantas daninhas.

 

Bactericida

O Bactericida é uma substância antibacteriana, ou seja, tem a função da matar as bactérias. Esse agente atua no ambiente contaminado de forma a impedir que os microrganismos possam desempenhar atividades vitais básicas.

 

Acaricidas

São substâncias utilizadas para combater ácaros que se alimentam de plantas, introduzem doenças, destroem lavouras atacadas e reduzem sua produção. Existem acaricidas de diversos tipos e com os mais variados princípios ativos, cada qual melhor indicado para determinado tipo de ácaro.

 

Agroquímico: classificação toxicológica

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) classifica os agrotóxicos em quatro classes de danos à saúde humana: pouco tóxicos, medianamente tóxicos, altamente tóxicos e extremamente tóxicos. Nos rótulos desses produtos, além das cores que representam cada classe, são indicadas também as doses de letalidade de cada uma.

 

Classificação toxicológica

 

Regulamento no Brasil

A maior parte das regulamentações relacionada ao uso dos defensivos está na Lei nº 7.802/1989. No texto constam informações sobre fiscalização e liberações.

Também é possível encontrar outras informações no site da ANVISA, a agência reguladora do assunto no Brasil. Umas das questões, por exemplo, é que os agrotóxicos devem, obrigatoriamente, ser registrados no órgão federal competente, de acordo com o Decreto nº 4.074/2002.

 

Principais problemas no uso de agroquímicos

Veja abaixo os principais problemas ocasionado pelo uso incorreto dos agroquímicos

 

Saúde humana

A maior parte dos casos de intoxicação por agrotóxicos se dá pela falta de controle do uso destas substâncias tóxicas e pela falta de conscientização da população com relação aos riscos provocados à saúde humana.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), para cada caso noticiado de intoxicação por agrotóxicos, outros 50 não são notificados.

A intoxicação pode ocorrer de forma direta (por meio de contato direto, manuseio, aplicação, entre outros) ou indireta (pela ingestão de alimentos ou água contaminados). A ação dos agrotóxicos na saúde humana costuma ser nociva, até mesmo fatal.

Os tipos de intoxicação por agrotóxicos são:

 

Aguda

Quando a vítima é exposta a altas doses de agrotóxicos. Os sintomas são quase imediatos, ou levam poucas horas pra aparecer, sendo eles: dores de cabeça, náusea, sudorese, cãibra, vômitos, diarreia, irritação dos olhos e pele, dificuldade respiratória, visão turva, tremores, arritmias cardíacas, convulsões, coma e morte.

 

Crônica

Quando a vítima é exposta a doses menores de agrotóxicos por um longo período de tempo (meses ou anos).

Esse tipo de intoxicação por agrotóxicos pode ter consequências graves, como: paralisia, esterilidade, abortos, câncer, danos ao desenvolvimento de fetos, entre outros.

 

Agrotóxicos nos alimentos

Os Ministérios do meio ambiente e da saúde estão junto nessa luta para diminuir o uso dos agrotóxicos no país, pois além de afetar o meio ambiente, ele também afeta a saúde humana.

Entretanto, o país ainda tem um grande problema com a falta de fiscalização, seja pela quantidade permitida ou ainda, pela venda ilegal desses produtos.

Segue abaixo a imagem que ilustra a presença de agrotóxico em alguns alimentos que está em nossa mesa no dia a dia.

 

Porcentagem de alimentos que contem agrotóxicos.

Porcentagem de alimentos que contem agrotóxicos.

(Fonte: Impacto Ambiental, 2016).

 

Agrotóxicos e meio ambiente

Os defensivos agrícolas, independente da forma de uso, possuem grande potencial de atingir o solo e águas subterrâneas, ainda mais na presença de ventos e chuvas, que facilitam sua chegada, seja qual for o seu percurso, atingindo a humanidade e outros seres vivos.

Grande parte dos agrotóxicos são bioacumulativos, ou seja, se um animal contaminado morrer e outro se alimentar deste, também será contaminado.

Isso acontece porque o composto permanece no corpo do animal após sua morte, acarretando assim um maior alcance do problema.

Essas substâncias podem causar diversos danos ao meio ambiente, uma vez que passam por processos químicos, físicos e biológicos, que levam à modificação de suas propriedades e influenciam em seu comportamento.

 

Aplicação de agroquímicos

A aplicação de defensivos agrícolas é uma prática eficiente e segura para controlar o surgimento e a proliferação de pragas e doenças na lavoura. Somente com essa tecnologia é possível atender à crescente demanda por alimentos.

Mas essa alternativa não dispensa cuidados. É necessário responsabilidade e a adoção das melhores práticas de aplicação para garantir a segurança alimentar e a eficiência da operação.

 

Priorizar a segurança

Os defensivos agrícolas são produtos químicos que podem trazer danos à saúde do operador caso não sejam seguidas as normas de segurança.

Por isso, o uso de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) é indispensável. Eles reduzem os riscos de contaminação do trabalhador. São compostos de:

  • Viseira
  • Respirador
  • Touca árabe
  • Jaleco
  • Avental
  • Luva
  • Calça
  • Bota

Outro fator que deve ser levado em conta é a segurança alimentar. É preciso seguir as recomendações do engenheiro agrônomo. Obedecendo às dosagens e aos prazos indicados entre a aplicação e o consumo.

 

Escolher o produto certo

Cada defensivo tem uma aplicabilidade específica e atua de forma diferenciada conforme o alvo biológico em questão. Dessa forma, eles são categorizados em:

  • Fungicidas
  • Inseticidas
  • Herbicidas
  • Bactericidas
  • Acaricidas

A nomenclatura já deixa claro o tipo ação que esses produtos apresentam. No entanto, eles não atuam sozinhos. Há no mercado alguns produtos complementares que são adicionados à calda, como óleos, antiespumantes e reguladores de pH, que aprimoram a eficiência da aplicação.

 

Fazer um bom planejamento

A falta de planejamento ainda é um grande problema nas propriedades rurais brasileiras. Essa falha causa um impacto direto no desenvolvimento das plantas e na produtividade geral da lavoura.

Planejamento da pulverização é a pesquisa e identificação correta de pragas e doenças presentas na lavoura e a subsequente seleção de defensivos que atuam exatamente sobre esse alvo biológico. Com isso, é possível alcançar um alto grau de eficiência no controle de pragas sem comprometer a produção.

Esse planejamento deve ser feito a cada safra. Afinal, a cada ano surgem novas variedades mais resistentes no mercado, além de novos inimigos da lavoura.

 

Plataforma Agropós

 

Dar atenção à pulverização

Durante a aplicação, é importante estar atento a alguns detalhes que podem fazer toda a diferença:

  • Selecione, regule e calibre corretamente o pulverizador, verificando o volume, a velocidade e as especificações de vazão/pressão de trabalho conforme as indicações do fabricante e do fornecedor do produto;
  • Avalie as condições meteorológicas necessárias para a aplicação a fim de evitar perdas por evaporação ou deriva. Os principais aspectos a serem levados em conta são a umidade do ar, a velocidade do vento e a temperatura;
  • Treine o operador para que ele seja capaz de adotar as melhores práticas e saiba lidar com novas tecnologias que o maquinário embarca;
  • Evite água de lagos, bebedouros ou riachos, pois podem conter resíduos que prejudicam a qualidade da calda. Materiais orgânicos presentes nessas águas podem reagir quimicamente com os defensivos e comprometer a eficácia da aplicação.

 

Conclusão

Os agroquímico não são, necessariamente, os vilões sem razão de existir. Como aparecem no noticiário e mesmo no entendimento popular, muitas vezes. É claro que o seu mau uso pode trazer prejuízos ao meio ambiente e a saúde da população.

Porém, se aplicar de forma consciente e em conjunto com outras tecnologias de Manejo Integrado de Pragas, os riscos diminuem bastante.

O segredo é se guiar um pouco nas dicas de aplicação que trouxemos neste artigo e conhecer a fundo os agrotóxicos que pretende usar. Em caso de dúvidas o ideal é consultar um especialista da área.

Escrito por Michelly Moraes.

Pós-graduação Fitossanidade

Herbicida glifosato: vantagens e desvantagens!

Herbicida glifosato: vantagens e desvantagens!

O herbicida glifosato é o mais utilizado no mundo inteiro, e cumpre um papel indispensável na agricultura. Neste artigo vamos abordar tudo sobre esse herbicida. Como sua importância, vantagens e desvantagens, sua ação no meio ambiente.

Não fique de fora, venha conhecer melhor sobre esse assunto!

 

Herbicida glifosato: vantagens e desvantagens!

 

O que é herbicida glifosato?

O herbicida glifosato trata-se de um princípio ativo. Isto é, uma molécula desenvolvida na fabricação de produtos químicos.

Inicialmente, o glifosato surgiu na indústria farmacêutica e também chegou a ser usado para limpar metais. Porém, se popularizou nos herbicidas da Monsanto, que hoje pertence à Bayer.

O herbicida à base de glifosato é aplicado nas folhas de plantas daninhas. Aquelas que nascem espontaneamente no meio das lavouras e prejudicam a produção agrícola. Ele bloqueia a capacidade da planta de absorver alguns nutrientes.

Neste artigo vamos destaca a importância desse herbicida no setor agrícola e algumas desvantagens do produto, além de conhecer a ação do produto no ambiente.

 

Pós-graduação Fitossanidade

 

A importância do herbicida glifosato para agricultura brasileira

A importância do glifosato no campo rural está relacionado com a eficiência e a otimização que o produto proporciona. Além de possibilitar o plantio direto, ele gera economia tanto no tempo para arar o solo como no uso do maquinário para tal atividade.

Outro importante ponto a ser ressaltado, é que o produto não contém concorrentes no mercado. Portanto, caso banido, a sua substituição não é simples.

O uso do herbicida glifosato possibilitou o crescimento econômico rural em vários países no mundo. A tecnologia no campo faz com o que terras muito arenosas desenvolvessem alimentos de qualidade e em grande quantidade

 

Vantagens e desvantagens no uso do glisofato

Abaixo vamos citar as principais vantagens e desvantagens do uso do herbicida glifosato, confira;

Entre as principais vantagens do glifosato

  • Baixo teor em agentes químicos, o que torna seu uso muito mais seguro do que qualquer outro produto do mercado.
  • Inibi diferentes espécies de ervas daninhas em um curto prazo. Portanto, ele se classifica como versátil e de alto rendimento.
  • Em termos ecológicos, o glifosato é considerado uma agricultura sustentável. O produto não é volátil não muda sua forma física quando atinge o solo.
  • Baixo custo, portanto, acessível para muitos tipos de públicos.

Entre as principais desvantagens do glifosato

  • Não ser completamente ecológico;
  • O uso em excesso e de maneira incorreta pode ocasionar danos ao meio ambiente e afetar a safra do produtor.
  • Surgimento de ervas daninhas resistentes ao herbicida

Vale ressaltar que uma vez que os limites permitidos pelos órgãos responsáveis pelo controle do produto são excedidos. Pode provocar danos para a agricultura ao invés de gerar benefícios.

 

Ação do herbicida glifosato na planta

Uma das mais importantes características do glifosato é sua rápida translocação das folhas da planta tratada para as raízes, rizomas e meristemas apicais. Esta propriedade sistêmica resulta na destruição total de plantas invasoras.

Quando o glifosato é aplicado sobre as plantas ocorre, inicialmente, uma rápida penetração. Seguida por uma longa fase de lenta penetração. A duração dessas fases depende de fatores, incluindo espécie, idade, condições ambientais e concentração do glifosato e surfatante.

O glifosato é móvel no floema e é rapidamente translocado por todas as partes da planta, mas tende a se acumular nas regiões meristemáticas

Os sintomas comuns observados após a aplicação de glifosato são clorose foliar seguida de necrose. Outros sintomas foliares são: enrugamento ou malformações (especialmente nas áreas de rebrotamento) e necrose de meristema e também de rizomas e estolões de plantas perenes.

Em contraste com muitos herbicidas de contato, os sintomas fitotóxicos de danos pelo glifosato geralmente desenvolvem-se lentamente. Com a morte ocorrendo após vários dias e mesmo semanas.

 

Plantas tolerantes ao glifosato

Algumas plantas daninhas são tolerantes ao glifosato, ou seja, são de difícil controle. É diferente de resistência, pois a tolerância ao herbicida ocorre sem que a planta nunca tenha entrado em contato com o produto.

Diferente de resistência, na qual biótipos de plantas daninhas resistentes ao herbicida são selecionados.

Lembrando que biótipos são um grupo de indivíduos com genética parecida, mas um pouco diferenciada da maioria dos indivíduos da população de plantas. Ou seja, a tolerância é uma característica natural da espécie.

Alguns exemplos de espécies tolerantes ao glifosato são:

 

Manejo Integrado de Plantas Daninhas

 

O comportamento do herbicida glifosato no meio ambiente

Abaixo vamos brevemente abordar o comportamento do herbicida glifosato quando presente no ambiente, levando em consideração sua presença no solo, água e ar.

 

Presença no solo

O solo é um sistema aberto e de grande complexidade, constituído por minerais, matéria orgânica, microrganismos, água e ar, sendo que a variação de um desses componentes pode provocar alterações nos demais.

A sorção do glifosato no solo ocorre em duas fases, sendo a primeira delas praticamente instantânea, contribuindo com a retenção de mais de 90% do total aplicado, e a segunda um pouco mais lenta.

Todavia, a fase lenta foi quantificada em aproximadamente 10 minutos, tanto no solo sob plantio direto como sob plantio convencional. A adsorção reduz a concentração dos herbicidas na fração solubilizada do solo, removendo parte de sua ação potencial.

O resultado é observado pelo decréscimo da disponibilidade biológica, na aceleração da velocidade de degradação química ou, simplesmente, devido ao retardamento do movimento de lixiviação.

 

Presença na água

Os herbicidas podem causar riscos ao meio ambiente quando são transportados para a superfície das águas, porque são tóxicos a flora e prejudiciais a fauna. Para o glifosato as principais vias de dissipação na água são por degradação microbiológica e a união com sedimentos.

O glifosato não se degrada rapidamente na água, mas em presença da microflora da água o glifosato se decompõem e eventualmente em dióxido de carbono.

A persistência de glifosato em água é mais curta que sua persistência em solo. As formulações de glifosato são completamente solúveis em água por se dispersar rapidamente e não se acumular em altas concentrações no perfil hídrico.

O glifosato se dissipa em águas superficiais rapidamente por ser adsorvido pelos sedimentos e degradado por microrganismos.

 

Presença no ar

A presença de glifosato no ar é pouco provável, já que, os diferentes sais de glifosato não têm pressão de vapor significativa e perdas na superfície tratada para atmosfera são pequenas.

Entretanto, gotículas podem estar presentes no ar e é a razão mais provável de que se detecte glifosato junto com outros agrotóxicos, como na agua da chuva.

 

Efeito sobre organismos terrestres

O glifosato é considerado ligeiramente tóxico, mas não apresenta bioconcentração é considerado um produto de toxicidade menor que o glifosato.

Mesmo em concentrações baixas, podendo matar peixes e causar desenvolvimento retardado em minhocas.

Em outros casos, como mamíferos pequenos e pássaros, o glifosato atua indiretamente reduzindo a vegetação que provê comida e abriga animais.

 

Cuidados na aplicação do herbicida glifosato

Como qualquer outro agrotóxico, o glifosato é um produto químico cuja venda e aplicação são regulamentadas por lei.

Até mesmo os representantes do agronegócio reconhecem que, se aplicados sem os devidos cuidados, os agrotóxicos fazem mal especialmente ao trabalhador agrícola.

As dicas se aplicam não apenas ao glifosato, mas também a outros agroquímicos disponíveis no mercado. Antes do uso, os agricultores devem ler com atenção o rótulo contido nas embalagens dos produtos para conferirem as recomendações do fabricante.

 

Equipamentos de proteção individual

Equipamentos de proteção individual

 

No momento de preparação e aplicação, é indispensável o uso de equipamentos de proteção individual, como óculos de segurança, luvas, máscaras de proteção respiratória, botas de borracha e macacão de algodão. O uso de pulverizadores em boas condições também é recomendado.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Entende-se que o herbicida glifosato é muito importante, senão essencial, para a agricultura atual, especialmente no Brasil devido à importância do plantio direto.

No entanto, é necessário que nós estejamos atentos à sua utilização: usar somente quando necessário, conhecendo a formulação e dose correta e com rotação de outros herbicidas.

É importante ressaltar que a aplicação do glifosato é preciso ter alguns cuidados, pois esse produto é considerado toxico, e para que o agricultor não venha ter problemas de saúde é de extrema importância seguir as recomendações. Em caso de dúvidas o ideal é consultar um profissional da área.

Escrito por Michelly Moraes.

 

Pós-graduação Fitossanidade