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Conheça as etapas do desenvolvimento do feijoeiro!

Conheça as etapas do desenvolvimento do feijoeiro!

O feijão está entre os principais alimentos consumidos por nós brasileiros. Diferente das outras culturas, a maior parte fica no mercado interno sendo pouco exportado. Para dar início ao plantio de feijão é necessário que o produtor entenda todo o processo de desenvolvimento do feijoeiro. Com isso preparamos esse artigo que irá abordar tudo sobre esse assunto.

Acompanhe!

 

Conheça as etapas do desenvolvimento do feijoeiro!

 

Feijão tem grande importância no Brasil, estando presente em quase todas as alimentações feitas pelos brasileiros.

Além do consumo, a cultura do feijão é importante para diferentes classes do agronegócio, sendo produzido por pequenos, médios e grandes produtores.

Sua produção pode ser realizada na época das águas ou primeira época, época da seca ou segunda época e terceira época ou de outono-inverno.

Desse modo, conhecer o desenvolvimento do feijão, saber suas exigências é fundamental para planejar o plantio e a condução da lavoura até a colheita.

 

 

Importância do Feijão

A cultura do feijão é uma das mais importantes para a alimentação da população do Brasil. E para facilitar a variações do nosso clima solos.

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa, vem desenvolvendo programas de pesquisa de melhoramento genético para disponibilizar ao mercado cultivares adaptadas às diferentes condições de clima e solo do Brasil.

Diversas formas de feijão são cultivadas no mundo inteiro, mas poucos povos souberam tirar tanto proveito desse alimento como o brasileiro.

Os estados do Paraná, Minas Gerais e Bahia se destacam como produtores de feijãocomum (Phaseolus vulgaris), com uma produção que corresponde a quase 50% do total nacional.

Além do papel relevante na alimentação do brasileiro, o feijão é um produto de grande importância econômica e social, principalmente por conta da mão de obra empregada durante o ciclo da cultura.

 

Desenvolvimento do Feijoeiro

O ciclo biológico do feijoeiro é dividido em duas fases: vegetativa e reprodutiva. A fase vegetativa é constituída pelas etapas V0, V1, V2, V3 e V4; a reprodutiva pelas etapas R5, R6, R7, R8 e R9.

O ciclo de desenvolvimento do feijoeiro é completado de 70 a 110 dias, de acordo com a cultivar e com as condições climáticas.

 

Cultura do Feijão: importância, tipos, fenologia e seus principais manejos.

 

Desenvolvimento Vegetativo

 

Estádio V0- Germinação

Refere-se à germinação, ao absorver água em quantidade adequada, inicia-se o processo. Primeiro ocorre a emissão da radícula seguida pelo alongamento do hipocótilo até o surgimento dos cotilédones na superfície do solo.

Uma semeadura bem feita é essêncial para o sucesso dessa etapa, a profundidade de deposição das sementes deve ser de 3 a 5 cm e a temperatura do solo deve estar adequada (temperaturas próximas a 25 ºC favorecem a taxa de germinação, já as inferiores a 12 ºC reduzem significativamente).

 

Estádio V1- Emergência

O que caracteriza essa fase é o aparecimento dos cotilédones ao nível do solo.  Nesse momento ocorre o desdobramento da “alça” do hipocótilo seguido do alongamento do epicótilo até a expansão das folhas primárias.

Nessa fase é possível analizar de maneira confiável a qualidade da semeadura, avaliando o estande e uniformidade de emergência.

 

Estádio V2 – Folhas primárias

Estádio caracterizado pela expansão plena das folhas primárias (unifolioladas, sede inicial de conversão de energia), a velocidade da abertura bem como o tamanho das folhas são fatores importantes para o bom desenvolvimento da cultura. Semeadura profunda, sementes pouco vigorosas, ataque de doenças e pragas podem resultar em folhas pequenas e mal formadas.

 

Estádio V3 – Primeira folha trifoliolada

Tem início quando a primeira folha trifoliolada encontra-se em posição horizontal, totalmente desdobrada.

Nessa fase acontece a exaustão intensa dos cotilédones, que sofrem abscisão, a planta assim depende diretamente dos nutrientes presentes no solo.

O período entre V1 e V3 apresenta a maior tolerância à estresses hídricos e à oscilações de temperatura (ambos moderados), há acelerado crescimento radicular.

 

Estádio V4 – Terceira folha trifoliolada

É caracterizado pela expansão completa da terceira folha trifoliolada, as plantas aceleram a emissão de folhas e o crescimento.

Nessa fase o déficit hídrico pode reduzir consideravelmente a área foliar e consequentemente a produtividade, porém o feijoeiro também apresenta sensibilidade ao excesso de água, devendo haver um fornecimento adequado em caso de irrigação.

 

Desenvolvimento reprodutivo

  • R5 – Pré-floração: aparecem os primeiros botões ou racemos em 50% das plantas.
  • R6 – Floração: abre-se a primeira flor em 50% das plantas.
  • R7 – Formação de vagens: as pétalas das flores murcham e começa a formação de vagens (ao menos uma vagem aparece em 50% das plantas).
  • R8 – Enchimento de vagens: formação de grãos na primeira vagem em 50% das plantas.
  • R9 – Maturação: mudança de cor, em pelo menos, uma vagem em 50% das plantas.

 

Quais fatores afetam o desenvolvimento do feijoeiro?

Para obter resultados positivos na cultura de feijão e no desenvolvimento do feijoeiro, é preciso considerar alguns fatores, como temperatura, época e área de plantio, água, entre outros. Conheça mais sobre a importância de cada um deles:

 

Época de plantio

A princípio, a época de plantio é um fator básico, sempre de extrema importância, para o sucesso da lavoura. No caso do feijão, para definir o período ideal de plantio, é preciso considerar as exigências climáticas da planta.

Na prática, isso significa que essa cultura consegue obter uma melhor produtividade quando seu cultivo ocorre em épocas com climas específicos.

Vale destacar que por ser uma cultura de ciclo curto (cerca de 90 dias), o feijão pode ser cultivado por até quatro safras em um ano.

 

Temperatura

De modo geral, a cultura de feijão é sensível a altas e baixas temperaturas. Dessa forma, as melhores temperaturas para a cultura ficam entre 18 e 24°C, sendo que a ideal é de 21°C.

Fora dessa temperatura, em especial com médias acima de 30°C e abaixo de 12°C, pode ocorrer abortamento de flores, vagens e grãos do feijão.

Também é importante ressaltar que na fase de germinação, as temperaturas baixas podem atrasar a emergência e prejudicar o desenvolvimento das plantas.

 

Radiação solar

A radiação solar é outro fator que favorece o bom desenvolvimento da lavoura de feijão. Assim, o ideal é manejar a cultura de forma que ela consiga interceptar uma grande quantidade de radiação solar.

Este é um fator importante, em especial, antes da fase de florescimento da planta. Desse modo, até chegar a esse estádio, é possível acumular um volume adequado de biomassa.

 

Precipitação pluvial

Quando está sob estresse hídrico (falta de água), o feijão costuma apresentar redução na área foliar.

Essa é uma questão ainda mais crítica no período da floração, quando a falta de água pode diminuir a estatura da planta e prejudicar o desenvolvimento das vagens da planta o número, tamanho e a quantidade de grãos é afetado.

Desse modo, para garantir a produtividade da cultura, é importante irrigar a cultura, de forma a reduzir a ocorrência do estresse hídrico.

 

Área de plantio

Em relação à área de plantio, o feijão pode ser cultivado tanto em várzeas quanto em terras altas. O importante é que o local de cultivo tenha solos soltos, friáveis e não sujeitos a encharcamento.

 

Preparação do solo

Como explicamos, a cultura de feijão pode ser cultivada em diferentes épocas, o que torna possível mais de uma safra por ano na mesma área.

De modo geral, é possível cultivar o feijão de duas formas: pelo plantio convencional ou por plantio direto.

No caso do plantio convencional, deve-se fazer a aração e a gradagem seguindo as práticas de manejo e conservação do solo isto é, segundo as condições de topografia do terreno e as propriedades físicas do solo.

 

Profundidade

Em relação a profundidade, indica-se que em solos argilosos ou úmidos, a semeadura seja feita com 3 a 4 cm de profundidade. Já em solos arenosos, com 5 a 6 cm.

Esse é um ponto importante para o cultivo do feijão, pois quando fazemos a semeadura em maior profundidade, pode ocorrer o atraso da emergência das plântulas.

Ademais, outra desvantagem é que as sementes ficam mais suscetíveis ao ataque de doenças, o que causa danos aos cotilédones.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

É indiscutível que o feijão é um produto com alta importância econômica e social no País. O produto exerce grande valor sob o ponto de vista alimentar, como alternativa econômica de exploração agrícola em pequenas propriedades e como atividade de ocupação de mão de obra menos qualificada nas diversas regiões rurais brasileiras.

Neste artigo abordamos sobre as fases de desenvolvimento do feijoeiro, afinal é de extrema importância para o agricultor ter em mente todas essas etapas.

E aí, conseguiu entender mais sobre o cultivo do feijão e o desenvolvimento do feijoeiro? Se você gostou desse conteúdo e te ajudou e esclareceu suas dúvidas. Comente e compartilhe em suas redes sociais!

Cultura dos citros: veja sua importância e como realizar o plantio!

Cultura dos citros: veja sua importância e como realizar o plantio!

A citricultura brasileira detém a liderança mundial, se destacando pela promoção do crescimento socioeconômico. Preparamos esse artigo para que você leitor, entenda a fundo sobre a cultura de citros. Se tem interesse no assunto continue a leitura, e fique por dentro de tudo.

Vamos lá!

 

Cultura dos citros: veja sua importância e como realizar o plantio!

 

O Brasil é um tradicional produtor de frutas cítricas. Laranjas, limões, limas e tangerinas são variedades conhecidas e que fazem parte da rotina do brasileiro, seja em consumo in natura ou em forma de sucos e sobremesas.

A citricultura está presente em todos os estados brasileiros. Mas para os cultivos comerciais, Minas Gerais e São Paulo ocupam posição de destaque no ranking nacional.

Na sequência, os estados da Bahia e Sergipe são outros grandes produtores de citros. Neste artigo vamos abordar tudo sobre essa cultura, que tem uma grande importância socioeconômica.

 

 

Importância da cultura citros

A citricultura brasileira, que detém a liderança mundial, têm se destacado pela promoção do crescimento socioeconômico, contribuindo com a balança comercial nacional e principalmente, como geradora direta e indireta de empregos na área rural.

As laranjeiras, as tangerineiras, as limeiras ácidas e os limões verdadeiros são os principais tipos de citros cultivados no Brasil.

As laranjeiras são os citros de maior importância econômica. A pujança da produção brasileira deve-se ao grande mercado mundial de exportação de suco.

 

Importância do citros para nutrição humana

A vitamina C presente nos citros auxilia no fortalecimento da imunidade, ajuda na cicatrização de feridas e queimaduras e é essencial para a saúde das gengivas e prevenção da coagulação sanguínea.

Frutas, além de nutrientes essenciais para o funcionamento do organismo, fornecem também compostos que reduzem o risco de desenvolvimento de doenças crônicas.

Este efeito protetor tem sido atribuído às propriedades antioxidantes, dos quais as frutas cítricas são importantes fontes.

Além das vitaminas, alguns minerais também estão presentes nesses alimentos, como o potássio, por exemplo, que evita as câimbras e atua no controle da pressão arterial.

 

Contexto histórico da cultura de citros

São originários principalmente das regiões subtropicais e tropicais do sul e sudeste da Ásia, incluindo áreas da Austrália e África. Foram levados para a Europa na época das Cruzadas.

Por volta de 1530, os portugueses introduziram as primeiras sementes de laranja doce nos Estados da Bahia e de São Paulo. Dadas às condições ecológicas favoráveis, as plantas produziram satisfatoriamente, e as frutas já eram de excelente qualidade.

Mas somente a partir de 1930 é que a citricultura começou a ser implantada comercialmente nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, e posteriormente se espalhou por todo o país.

A produção mundial de citros é de aproximadamente 102 milhões de t por ano, e é oriunda de extensa área cultivada, com 7,3 milhões ha, que supera em grande parte outras fruteiras tropicais e subtropicais como banana, maçã, manga, pera, pêssego e mamão.

Os maiores produtores de laranjas são o Brasil e os Estados Unidos, que juntos representam cerca de 45% do total mundial.

 

Como produzir cultura de citros

 

Exigências de solo, clima e chuva

As frutas cítricas são facilmente adaptáveis a solos com diferentes características químicas e físicas. Porém, as plantas se adaptam melhor a solos de textura média, profundos (mínimo de um metro de profundidade efetiva), bem drenados e areados.

O crescimento vegetativo das plantas ocorre em locais com temperaturas de 13ºC a 40ºC, com faixa ótima entre 23ºC e 32ºC. A coloração alaranjada das cascas de laranja e tangerina é intensificada por baixas temperaturas na época do amadurecimento, o que valoriza os frutos no comércio.

Chuvas em torno de 900 a 1.500 milímetros por ano são suficientes para o cultivo de citros. Entretanto, o uso da irrigação, mesmo em locais com quantidades de chuvas nessa faixa, pode resultar em mais produtividade e qualidade de frutos.

Os sistemas de irrigação mais utilizados são os localizados, isto é, irrigação por microaspersão e gotejamento.

 

Porta-enxertos e mudas

A escolha do porta-enxerto é extremamente importante para o sucesso do pomar. A combinação copa e porta-enxerto é responsável por uma série de características das plantas, como resistência a pragas, doenças e seca, adaptação a solos com diferentes características físico-químicas, porte da planta, qualidade dos frutos e produtividade.

A qualidade das mudas é outro fator importante para obtenção de pomares sadios e produtivos. Uma muda de boa qualidade deve estar enxertada sobre porta-enxerto cuja semente foi obtida de plantas registradas.

A borbulha deve ser oriunda de plantas matrizes livres de doenças, principalmente as transmissíveis por enxertia. Já a utilização de telado é indicada para a proteção de afídeos, vetores de vírus, cigarrinhas e do psilídeo que causa o Grenning, a doença mais destrutiva e a maior ameaça à citricultura no mundo.

 

Checklist agrícola

 

Plantio

plantio de citros deve ser feito no período chuvoso ou em outra época desde que exista água suficiente para irrigar ou regar. Evitar plantio nos dias de muito sol.

A definição do espaçamento depende de alguns fatores como o porte da planta, textura e níveis de nutrientes do solo, tratos culturais, culturas intercalares e irrigação.

A escolha de variedades é feita em função da expectativa de comercialização do produto no mercado, quer seja para a indústria ou para o mercado de fruta fresca.

São estabelecidos talhões com área de até 10 hectares, onde são plantadas uma única combinação de copa e porta-enxerto, o que viabiliza o manejo, tratos cultuais e colheita.

 

Pragas e doenças

A laranjeira e os outros citros são atacados por ácaros, cochonilhas, coleobrocas (besouros que perfuram tronco e ramos), pulgõesmoscas-das-frutaslagartas, cochonilhas e formigas.

As doenças mais comuns são causadas por fungos: verrugose (lesões nas folhas e brotos), gomose (afeta os ramos, raízes e caule), melanose (lesões nos frutos, folhas e ramos), rubelose (ramos e tronco), mancha preta (frutos), e bactérias: cancro cítrico (folhas, ramos e frutos), clorose variegada dos citros (folhas e frutos) e huanglongbing (HLB) = exgreening (folhas e frutos).

A manutenção do pomar em bom estado fitossanitário requer vigilância sistemática e efetiva ao aparecimento de problemas.

Assim, amostragens ou inspeções periódicas (semanais ou quinzenais) devem ser efetuadas nas plantas para detecção de qualquer praga no início de seu ataque. Desta forma, diagnosticado o problema, recomenda-se buscar orientação técnica para tomada de medidas de controle.

 

Tratos culturais

Há vários tratos culturais a serem realizados, como retirada de brotações, ramos e frutos nos primeiros 2 anos, controle do mato nas entrelinhas, podas e outros.

Há a possibilidade da implantação de culturas anuais intercaladas nos 3 primeiros anos, sempre respeitando um espaço da planta de citros. A partir do terceiro ano já se tem boa produtividade do fruto, que deve ser colhido quando já maduro garantindo sua doçura.

 

Colheita

É preciso ter cuidado durante a colheita. Quando o fruto é derrubado no chão, podem ocorrer pequenas lesões e ferimentos provocados pelo contato com grãos de terra ou areia.

Mesmo quando microscópicos, esses ferimentos podem facilitar a entrada de fungos e bactérias que causarão o apodrecimento precoce do fruto.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

É indiscutível que a cultura dos citros tem um grande importância econômica, e possuem propriedades benéficas tanto para os seres humanos, como para os insetos como as abelhas e outros animais que se alimentam do seus frutos.

Mas para o cultivo dessa cultura é preciso analisar alguns fatores importante do plantio a colheita. Neste artigo mostramos a importância do no plantio até sua colheita.

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Saiba como fazer muda de café e a importância dessa etapa!

Saiba como fazer muda de café e a importância dessa etapa!

A importância do café para nós brasileiros já é constatada sob vários aspectos, economicamente é uma grande potência para o agronegócio. Mas na hora do cultivo, você pode se pegar numa dúvida, como fazer as mudas de café? Quer saber mais detalhes sobre propagação do café?

Então venha comigo na leitura deste post!

 

Saiba como fazer muda de café e a importância dessa etapa!

 

Cuidados importantes no plantio do café

Antes de vermos sobre a produção de muda de café, é necessário saber que, atualmente, o café é cultivado em mais de 70 países na zona tropical.

A espécie mais cultivada é a Coffea arabica (café arábica). A segunda espécie mais cultivada é a Coffea canephora (café conillon).

No Brasil se confirmam as duas espécies: Coffea arabica nas regiões montanhosas de MG, ES, RJ, SP, BA e outros e Coffea canephora principalmente no Espírito Santo, região baixa e Rondônia, clima de temperatura mais alta.

O cafeeiro teve uma excelente adaptação no Brasil, principalmente, porque encontrou aqui solos férteis, climas diversos e chuvas bem distribuídas, permitindo uma excelente propagação.

No início o sistema de plantio era retirar a vegetação nativa e plantar o café com alguns tratos culturais, sem nenhum adubo.

Não se discutia muito espaçamento e controle de erosão, com o plantio morro acima, sem nenhuma preocupação com as práticas conservacionistas.

Com o enfraquecimento do solo, embora um pouco tardio, foi necessário discutir novas técnicas de sistema de plantio para permitir a conservação do solo.

Como também uma maior proteção das águas permitindo maior infiltração na terra.

Onde foi adotado espaçamentos racionais, de maneira a viabilizar o controle das doenças e pragas que também iam surgindo com a grande transformação ocorrida pelo uso do desmatamento, do fogo e das grandes monoculturas.

Com a alta dos custos de produção, devido pelo uso de muitos insumos e a mão de obra cada vez mais escassa, principalmente nas regiões de topografias mais acidentadas, está se usando espaçamentos alternativos.

No sistema de plantio em todas as regiões têm se usado plantio em nível, com raras exceções. O que muda bastante são as variedades de café e o espaçamento.

 

 

Espaçamentos adotados no plantio das mudas de café

Há quatro formas de espaçar a muda de café na hora do plantio, vamos conferir:

Tradicional – Espaçamentos de 3,5 m a 4,5 m entre as fileiras e 0,8 m a 2,0 m entre plantas.

Nesse espaçamento é possível fazer o sistema agroflorestal (SAF), possibilitando a diversificação da produção, trazendo muitos outros benefícios do SAF.

Semi adensado – Espaçamento que variam de 2,5 m a 3,0 m entre linhas de 0,8 a 1,0 m entre plantas.

Adensado – Espaçamentos que variam de 1,5 m a 2,5 m entre linhas para 0,5 m a 1,0 m entre plantas.

Super adensado – Espaçamentos que variam de 1,0 a 1,9 m entre linhas por 0,5 a 0,9 m entre plantas na linha.

A qualidade da produção pode ser comprometida no adensamento maior entre plantas.

 

 

Isso é devido ao excesso de umidade entre as plantas, favorecendo a ação das bactérias e dos fungos e afetando a qualidade da bebida, como também propiciando a incidência de pragas e doenças.

Um vez que, nessas condições torna-se difícil fazer o seu controle, caso ocorra.

No caso de lavouras orgânicas, inviabiliza o uso de adubações verdes para fortalecer o solo, bem como o plantio de outros tipos de árvores.

O plantio de mudas com um menor adensamento, permite um bom arejamento, fácil controle de pragas e doenças.

Além de promover alta produtividade por planta, apesar de menor produção por hectare, porém boa qualidade de bebida.

E por último e não menos importante, facilita a utilização de adubos verdes e a presença de árvores no meio da lavoura.

 

Produção de mudas de café

A propagação do cafeeiro é feita de duas formas: sexuada, que se baseia no uso de sementes, e assexuada, baseada no uso de estruturas vegetativas das plantas, a exemplo do uso das estacas, ou pedaços de seus ramos.

Produzir as mudas de café de maneira vegetativa por meio de estaca, ainda é pouco difundida entre os produtores.

O café é uma cultura perene, comumente, inicia a colheita 2 anos após o plantio, podendo atingir a sua produção de forma plena em média 5 anos após o plantio.

Entender e programar cada etapa no cultivo do cafezal é de suma importância e uma etapa crucial nesse processo é a produção das mudas.

Vamos conferir mais detalhes a seguir.

 

Produção de mudas de café via sexuada (sementes)

Nesse modo de produção de mudas de café, pode ser utilizado como recipiente para semeadura o tubete ou saquinho.

A obtenção das sementes devem ser de Fazendas Experimentais de Órgãos de Pesquisa, federais e estaduais, ou, então, de produtores registrados para a produção de sementes.

Dessa forma, terá maior confiabilidade quanto à qualidade, sanidade e se é a variedade que busca cultivar.

Porém, as sementes podem ser colhidas na própria fazenda, desde que o cafezal tenha sido formado com sementes de boa origem.

 Devendo, os lotes de lavoura para produção de sementes serem mais separados, para reduzir o risco de cruzamento entre variedades.

Os frutos destinados à produção de sementes devem ser colhidos maduros (cereja), separados em água para eliminação de frutos chochos e brocados, em seguida despolpados e secos cuidadosamente.

 As mudas do cafeeiro (Coffea arabica), podem ser obtidas após 6 meses  e 12 meses do momento da semeadura no viveiro.

Normalmente são as mudas de meio ano as mais usadas no plantio dos cafezais, por permanecerem menos tempo em viveiro, consequentemente, menor custo de produção no final do processo, como resultado da redução dos usos de insumos e mão de obra.

Especialistas na área, apontam que a melhor época de plantio dessas mudas é a partir de dezembro.

 

Produção de muda de café via assexuada (estacas)

 A produção de muda de café por estaca é uma alternativa para garantir uma lavoura mais uniforme e produtiva.

O método já é empregado em 30% das áreas de cultivo de café Conillon no Espírito Santo, o maior produtor desta variedade no Brasil.

Na utilização da técnica de multiplicação do café Conillon por estaca é possível aumentar a produtividade dessa espécie em mais de 20%.

Isso devido, a utilização de uma parte da planta mãe, que vai funcionar como um clone que repetirá as mesmas características da matriz de origem.

 Dessa forma, esse é um ponto muito interessante no cultivo do café, quando se quer reproduzir as mesmas características da planta mãe.

 

Plataforma Agropós

 

Nutrição das plantas x pragas e doenças na lavoura

O equilíbrio nutricional das plantas é fundamental para uma boa produção com qualidade.

Esse é um cuidado que deve se ter desde a semeadura e produção das mudas de café.

Além disso, plantas nutridas de uma forma equilibrada dificultam o ataque de pragas e doenças que podem afetar muito a produção de frutos perfeitos e de boa qualidade.

É importante atentar para os métodos de preservação da natureza usando variedades resistentes, espaçamentos adequados, plantios em áreas apropriadas e em nível.

Também a manutenção do equilíbrio natural de insetos, diversificação da produção, manejo de poda das plantas e barreira de ventos são cuidados importantes na hora de manejar a lavoura.

Lavoura de café: dicas para o sucesso na produtividade!

Lavoura de café: dicas para o sucesso na produtividade!

O plantio de café envolve uma série de aspectos, no qual pequenos detalhes assumem importância decisiva, com isso preparamos esse post para mostrar algumas dicas para aumento na produtividade em sua lavora de café. Quer saber tudo sobre?

Venha comigo!

 

Lavoura de café: dicas para o sucesso na produtividade!

 

A cafeicultura é uma das atividades mais representativas do agronegócio nacional, com grande relevância do ponto de vista social e econômico, nas regiões onde está instalada. O Brasil lidera a produção e a exportação de café verde no mundo, além de ser um dos maiores consumidores da bebida.

No país, são cultivadas duas espécies de café: a arábica e a conilon. A maior produção é representada pela espécie arábica, com 76% da produção nacional.

As lavouras são perenes e estão localizadas principalmente nos estados de Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo. A espécie conilon, também perene, representa 24% da produção e é cultivada principalmente nos estados do Espírito Santo, Rondônia e Bahia.

Abaixo vamos falar tudo sobre lavoura de café, e como alcançar a produtividade em seu plantio, não perca essas importantíssima dicas. Vamos lá!

 

 

História do café no Brasil

café foi o principal produto de exportação da economia brasileira durante o século XIX e o início do século XX, garantindo as divisas necessárias à sustentação do Império do Brasil e também da República Velha.

As raízes do café no Brasil foram plantadas no século XVIII, quando as mudas da planta foram cultivadas pela primeira vez, que se tem notícia, por Francisco de Melo Palheta, em 1727, no Pará.

A partir daí, o café foi difundido timidamente no litoral brasileiro, rumo ao sul, até chegar à região do Rio de Janeiro, por volta de 1760.

Entretanto, a produção de café em escala comercial para exportação ganhou força apenas no início do século XIX. Tal dimensão de produção cafeeira só foi possível com o aumento da procura do produto pelos mercados consumidores da Europa e dos EUA.

 

Ranking mundial dos produtores de café

O Brasil é o maior produtor de café do mundo. Os principais Estados produtores são Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rondônia, Espírito Santo, Bahia e Goiás.

Atualmente, o país tem registro de mais de 280 mil produtores de café. São mais de 2.720.520.000 quilos por ano.

 

Checklist agrícola

 

Implantação de lavoura cafeeira

O planejamento faz parte da administração de um empreendimento e consiste em tomar decisões e programar ações sobre: que, por que, quando, quanto, como e onde fazer.

Para quem está pensando em dar início a sua lavoura de café é interessante ter em mente quais são os cuidados mais relevantes com a planta e com a colheita.

 

Planejamento

Um planejamento agrícola bem feito pode garantir o sucesso de sua lavoura, da implantação até a venda do café.

É necessário que você conheça detalhadamente a sua área (dados de condições climáticas, análise de solo, produtividade, disponibilidade de irrigação, condição do meio ambiente da região, etc).

Com esses dados em mãos e auxílio de um engenheiro(a) agrônomo(a) você poderá montar e seguir um cronograma de suas atividades, aumentando a eficiência e alcançando melhores resultados.

 

Clima ideal

O segredo para ter sucesso no plantio de café é atender às exigências de clima e solo de cada variedade.

A variedade arábica demanda altitudes entre 450 e 800 metros com temperatura na faixa entre 18 e 22°C, ao passo que para a variedade robusta a faixa de temperatura fica entre 22 e 26ºC, com altitude de até 450 metros.

A precipitação anual entre 600 mm e 1.500 mm são ideais para o sucesso da lavoura de café desde que haja boa distribuição.

 

 Localização da lavoura dentro da propriedade

A lavoura cafeeira deve-se localizar nas áreas mais altas da propriedade, isto se deve à menor suscetibilidade à geada de irradiação.

Durante à noite, o ar frio, que é mais denso, desce e vai se acumular nas baixadas, aumentando a intensidade da geada nesta áreas.

Dentro deste aspecto, também deve-se considerar outros fatores que provoquem a estagnação do ar frio, como terrenos muito planos, presença de vegetação densa abaixo da lavoura e terrenos convexos.

Dependendo da intensidade da geada, a simples localização da lavoura na propriedade pode ser a diferença em ter ou não a lavoura atingida.

 

Solo para plantio de café

O solo deve propiciar um ambiente favorável ao pleno desenvolvimento do cafeeiro. Deve possuir as características físicas, químicas e biológicas necessárias para o bom desenvolvimento da planta.

A profundidade efetiva mínima deve ser de 120 cm e com boas condições de textura e estrutura. Limitações de natureza física, como: adensamento do solo, pedras, cascalho, prejudicam o aprofundamento e desenvolvimento das raízes das plantas.

Se o solo estiver compactado, é necessário que se faça uma subsolagem e ou um coveamento mais profundo, ultrapassando essa camada.

Do ponto de vista químico e biológico, o solo, na sua fertilidade natural, pode apresentar restrições a um desenvolvimento inicial satisfatório do cafeeiro.

 

Variedades comerciais de café

No cultivo do café, é de extrema importância entender as diferenças entre as variedades comerciais. Veja abaixo:

 

Café arábico

O café arábico é mais refinado. Seu aroma e sabor são mais proeminentes e a variedade é apreciados no mundo todo. Por isso, pode alcançar faixas de preço mais altas.

As variedades Catuaí Amarelo, Mundo Novo, Acaiá, Icatu e Catuaí Vermelho se dão bem em regiões de temperaturas amenas e altas. Para o cultivo o ideal é ter mudas originárias de sementes.

 

Variedade robusta

Embora seja considerada uma variedade de café inferior à arábica, tem ganhado destaque no mercado por seu preço mais em conta. Tem sido amplamente utilizada pela indústria de café solúvel.

Nesse grupo a cultivar mais utilizada é a Conilon, que apresenta excelente adaptação a regiões de altitudes mais baixas e com temperaturas mais altas.

Possui facilidade de cultivo por suas características mais rústicas que permitem até mesmo deficiências hídricas prolongadas.

 

O espaçamento e coveamento

Esse quesito depende de alguns fatores como o tipo de cultivar que será plantado, quais serão os equipamentos utilizados, a topografia do local, a fertilidade que o solo apresenta e outros.

Geralmente no caso de lavouras com menos de 2.500 plantas/ha o espaçamento entre cada planta fica na faixa entre 1,5 e 2,5 metros. Já o espaçamento entre as linhas fica entre 3 e 4 metros.

O coveamento deverá ter 40 x 40 x 40 cm e poderá ser feito manual ou mecanicamente. É necessário separar a terra que apresente mais fertilidade da cova para que se possa misturar ao adubo quando for fazer o cultivo.

 

Plantio das mudas

Mudas de qualidade devem ser vigorosas, apresentar folhas grandes, devem estar isentas de doenças, principalmente de nematóides e não apresentarem problemas de raízes, como o “pião torto” de viveiro, que é um entortamento da raiz principal ocasionado pelo transplante mal feito.

O melhor momento para plantar as mudas é no período chuvoso de quatro a seis pares. A cobertura morta do entorno é fundamental para que o solo se mantenha úmido, diminuindo assim a competição com as temidas ervas-daninhas.

 

Fique de olho na incidência de daninhas, pragas e doenças

As condições ambientais e a época em que cada praga/doença é favorecida e causa maiores danos já são bem conhecidas.

O mesmo vale para as daninhas. O produtor precisa monitorar antecipadamente para na infestação crítica tome as devidas ações de manejo.

No caso das plantas daninhas, embora não elimine o uso de outros métodos de controle, recomenda-se o uso de plantas de cobertura na entrelinha. Além de reduzirem a incidência do mato, controlam a erosão e reduzem a temperatura do solo.

 

Colheita do café

A colheita de café deve acontecer quando os frutos atingem seu estado de maturação fisiológico (cereja), que ocorre no período da seca, entre março/abril a setembro.

A principal evidência da maturação é a mudança da cor da casca. No café, ela transita do verde para vermelho ou amarelo, de acordo com a variedade.

Isso é o resultado da intensificação das atividades respiratórias, produção do etileno e, na sequência, a degradação da clorofila e síntese de pigmentos, como carotenoides e antocianinas.

A hora certa de colher os grãos é quando eles atingem a maturação fisiológica com 55 a 70% de umidade. Para entender melhor, entenda quais são as denominações do café:

  • 60 a 70% de umidade: Verde
  • 45 a 55% de umidade: Cereja
  • 30 a 45% de umidade: Passa
  • 25 a 35% de umidade: Bóia
  • Menor que 25%: Coco

O ideal é que a colheita se inicie quando a lavoura ou talhão apresentar pequena quantidade de cafés verdes, menor que 20%, e estiver ainda com pequena quantidade de frutos passas ou secos, ou seja, no estágio pós-maturação.

Os três tipos de coleta mais comuns são de derriça, manual e a chamada “colheita mecanizada de café”.

 

Conheça suas ferramentas: o manejo de podas da lavoura de café

Após a colheita e decisão de processamento, a poda é a atividade da lavoura de café que devemos prestar atenção. A poda é uma importante ferramenta para auxiliar os produtores de café.

Como qualquer ferramenta, ela deve ser usada do modo correto para que se obtenha os melhores resultados. Cada tipo de poda tem uma finalidade distinta. Eles também diferem entre café arábica e café conilon.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Contudo, é necessário que o futuro cultivador saiba que precisará ter alguns cuidados especiais com a planta durante todo o processo, que vai do plantio à colheita.

Como você pôde conferir, uma gestão bem feita aumenta as chances de sucesso da lavoura de café permitindo alcançar melhores resultados.

Toda atividade agrícola requer a presença de um profissional qualificado (Agrônomo) para fazer o planejamento e, também, do acompanhamento. Com isso, é indispensável a contratação de um especialista na área.

Composto orgânico: alternativa para a agricultura sustentável!

Composto orgânico: alternativa para a agricultura sustentável!

Compostos orgânicos são moléculas formadas por átomos de carbono ligados por meio de ligações entre si e com outros elementos, como hidrogênio, oxigênio, nitrogênio e fósforo.

Para agricultura estes compostos são de extrema importância para nutrição das plantas.

Neste post vamos conhecer um pouco mais sobre esse assunto e como ele é importante para aproveitamento de resíduos na propriedade.

Boa leitura!

 

Composto orgânico: alternativa para a agricultura sustentável!

 

O que são os compostos orgânicos?

Os compostos orgânicos são aqueles formados por carbono, além de na maioria das vezes, por átomos de hidrogênio também.

Independente se foram obtidos de maneira sintética, como exemplo a síntese da ureia a partir do cianeto de amônio ou sua obtenção por organismos vivos.

Os átomos de carbono têm como propriedade a capacidade de se unir e formar estruturas químicas chamadas de cadeias carbônicas.

Desse modo, cada átomo desse elemento pode realizar quatro ligações covalentes e, por isso, milhões de compostos são formados.

O conjunto de átomos de carbono unidos por ligações covalentes formam as moléculas orgânicas.

As moléculas são divididas em funções orgânicas, que agrupam os compostos de acordo com características semelhantes. São elas:

 

O que são os compostos orgânicos?

 

O que é o composto orgânico para agricultura?

O composto orgânico para a agricultura, é um fertilizante obtido pela mistura de resíduos orgânicos de origem vegetal e/ou animal, que passam por um processo bioquímico natural ou controlado por um período de compostagem.

Compostagem é um processo biológico de transformação da matéria orgânica crua em substâncias húmicas, estabilizadas, higienizadas, com propriedades e características diferentes do material de origem.

Trata-se do aproveitamento de matéria-prima que contém relação carbono/nitrogênio (C/N) favorável ao metabolismo dos microrganismos que irão efetuar sua biodigestão.

Dessa forma, essa tecnologia é capaz de transformar as características dos resíduos sólidos orgânicos em um produto com características de fertilizante de solo.

A compostagem é desenvolvida pela ação de uma população diversificada de microrganismos, efetuada em duas fases:

1ª fase:  ocorrem as reações bioquímicas mais intensas, predominantemente termofílica.

2ª fase: é caracterizada pelo processo de humificação de 90 a 120 dias para obtenção do composto orgânico bioestabilizado.

 

 

Benefícios para a agricultura

Cada vez mais utilizado na agricultura, este tipo de fertilizante contribui com melhorias significativas nas plantações.

Por isso, o uso deste composto está cada vez mais difundido em diversas culturas.

Abaixo vamos conferir os principais benefícios desses compostos do ponto de vista agronômico:

  • Eles são fertilizantes orgânicos, ricos em húmus, modificam as propriedades físicas do solo à medida que são aplicados.
  • Promovem a formação de agregados.
  • Aumentam a porosidade, a aeração, a capacidade de retenção de água no solo.
  • Diminui uma possível queda de produção por estiagem por conservar a umidade no solo por mais tempo.
  • Proporciona um aumento da capacidade de troca catiônica (CTC) do solo, ou seja, os nutrientes catiônicos, cálcio, magnésio e potássio não serão lixiviados e passam a ficar disponíveis para as plantas em maiores quantidades e por mais tempo.
  • Liberação de alguns ácidos orgânicos, como ácidos fúlvicos e húmicos, liberados pelo fertilizante, e diminuem a adsorção (imobilização) do P, sendo que este é um grande problema nos solos brasileiros.
  • Diminuem também as variações de pH, pelo seu poder de tamponamento, diminuindo necessidade de calagem (aplicação de calcário no solo para elevar o pH).
  • Fertilizantes químicos, aplicados nestas condições, serão mais bem aproveitados pelas plantas, e sua ação sobre a acidez e a salinização do solo diminuirá consideravelmente.

Agora que conhecemos seus benéficos, vamos ver como os compostos orgânicos podem ser preparados na sua propriedade?

 

Solos no Brasil

 

Conheça passo a passo do preparo do composto orgânico

Como preparar o composto orgânico:

1° passo – Escolha do local: O local deve ser sombreado, livre de enxurradas e com uma leve declividade.

2° passo – Ingredientes para a construção do composto: A pilha de compostagem deve ter aproximadamente 75% de restos vegetais (material grosso e material fino) e 25% de estercos.

Podendo ser formado por restos vegetais grosseiros (napier picado, bagaço de cana, entre outros), restos vegetais finos (folhas secas, capim, sobra de alimentos, entre outros) e esterco, que pode ser estercos de aves, bovino, equinos, coelhos, entre outros.

3° Passo – Escolher o formato mais adequado da compostagem: Formato triangular é indicado para períodos ou locais chuvosos, pois favorece o escorrimento de água. Formato trapezoidal, favorece a infiltração de água.

4° Passo – Dimensionar o tamanho da compostagem: O tamanho da pilha para o reviramento manual não deve ser mais alto que 1,5 m.

5° Passo – Revolvimento da pilha de composto: Deve-se revolver a pilha quando a temperatura chegar em torno de 65°C.

O ideal é 3 a 4 revolvidas aos 15, 30, 45 e 60 dias, colocando a parte de cima da leira para baixo e a de baixo para cima.

 

Plataforma Agropós

 

Cuidados para obtenção de um composto de qualidade

Vimos neste post que o composto orgânico é obtido pelo processo de compostagem, que nada mais é que um conjunto de técnicas aplicadas para controlar a decomposição de resíduos orgânicos.

Sua finalidade é obter em menor tempo possível, um material estável, rico em húmus e nutrientes minerais, com atributos físicos, químicos e biológicos superiores sob o aspecto agronômico.

Para o preparo do composto na propriedade agrícola, duas fontes de matérias-primas são necessárias: os restos vegetais da própria lavoura, como a casca do café ou quaisquer outros resíduos culturais e restos animais, como estercos, cama de aviário, entre outros.

É importante saber que pilha de compostagem deve ser montada em camadas sobre lona plástica ou terra batida ou cimentada, isso porque a liberação de chorume pode contaminar a terra e a água.

O chorume deve ser coletado e devolvido à pilha, assim, retornam também os nutrientes que seriam perdidos.

O revolvimento permite remover o excesso de CO2 da pilha, oxigenar o composto, ajustar a umidade e a temperatura quando necessário e ainda realizar o controle sanitário da leira.

A temperatura da compostagem deve estar entre 50°C a 65°C, a umidade da compostagem deve estar entre 40% a 60% (no dia do preparo, irrigue a compostagem até escorrer água pelas laterais).

A aeração é importante e deve ser de 10 a 17% de O2 na pilha.

O tempo de compostagem varia em função de cada região do Brasil, da composição e manejo do composto. Em geral, entre 90 a 120 dias o composto ficará pronto.

Quando isso ocorre, o composto permite ser moldado com as mãos, estará frio (próxima à temperatura ambiente) e há cheiro de terra de mata molhada ou terra mofada.

Agora é mão na massa e bom trabalho!