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Acácia mangium: entenda o que é e para que serve!

De antemão, sabemos que a Acácia mangium é usada para produção de celulose, madeira, combustível, quebra-vento, etc. Essa espécie florestal tem forte viés comercial devido a sua rusticidade, rapidez de crescimento, além de ser nutrificadora. Se quer saber mais sobre essa espécie, neste post vamos falar tudo que você precisa saber.

Venha Comigo!

 

Acácia mangium: entenda o que é e para que serve!

 

Acácia mangium

Primeiramente, a Acácia mangiumwilld é integrante da família mimosaceae e é uma espécie natural da Austrália, Papua Nova Guiné e Indonésia. Sua madeira é utilizada na produção de celulose e móveis.

O poder calorífico da espécie (4.800 kcal/kg) torna-a adequada para a produção de energia. Sendo quatro vezes mais eficiente que o uso de madeira de espécies nativas como o tradicionalmente empregado em olarias e fornos no Amazonas.

A Acácia é utilizada, além disso, como forrageira, árvore ornamental e como corta-fogo e também para a produção de mel e adesivos.

Atualmente, tem sido uma das espécies mais plantadas em países do sudeste asiático. A área de plantio, no Brasil, é estimada em cerca de 10 mil ha, para uso como celulose e energia. Se você ainda não está habituado ao nome de Acácia mangium. Saiba que ela também tem seus apelidos, mais conhecidos, como:

  • Acácia-Australiana;
  • Cássia;
  • Ou, simplesmente, Acácia.

 

 

Ocorrência da espécie

Nativa do norte do Estado de Queensland, na Austrália, Papua Nova Guiné e ilhas de Irian Java e Molucas, na Indonésia.
As latitudes da área de distribuição estão compreendidas entre 1° a 19° S, e as principais populações se encontram a uma altitude que vai desde a próxima ao nível do mar até os 100 m, com um limite superior conhecido de 720 m.

No Brasil, a espécie se desenvolve bem em solos secos, de baixo a média fertilidade e que possuam baixo nível de alumínio (ideal que o solo não possua alumínio).

 

Características da Acácia mangium

A Acácia é uma árvore de grande porte (até 30 metros de altura) e possui um tronco reto. Que pode ter metade da altura total da árvore. O tronco tem cor cinza-pardo, com casca saliente.

Os ramos são finos, horizontais, espaçados, e forma copa ovalada com folhagem densa. As flores encontram-se em espigas soltas com 10 centímetros de comprimento, solitárias ou unidas.

Os frutos são do tipo vagem, espirados ou torcidos, marrons, curtos, com sementes pretas, pequenas, pendentes e lineares. No entanto, é uma espécie invasora cujas sementes se propagam com muita facilidade.

 

Qual o valor das mudas da Acácia mangium ?

As mudas da Acácia mangium crescem 32 centímetros por mês e, quando o plantio é planejado. Ela pode facilmente ser intercalada com outras espécies, como feijão, milho, arroz, soja, etc.

O preço são os mesmos praticados em toda região brasileira, ultrapassando os 500 reais por m³.

 

Características da madeira

A madeira da Acácia mangium apresenta densidade básica que varia de 420 a 500 kg/m³, considerada dura, de cerne marrom-claro e alburno creme-claro. Podendo ser facilmente serrada, aplainada, polida, colada, pregada e receber tratamento preservativo como o CCA para aumentar sua durabilidade em contato com o solo.

O aproveitamento da madeira é direcionado, principalmente, para polpa de celulose. Porém, a espécie possui aptidão para produção de moirões, construção civil, além de possibilitar a produção de carvão e outros produtos como MDF, aglomerados e compensados.

Na forma natural, é muito utilizada para produção de madeira serrada e lenha devido a densidade de sua madeira. Em plantios silviculturais, existem estudos que podem levar ao aproveitamento de movelaria de baixo custo.

Essa madeira é largamente utilizada nas indústrias de base florestal para a fabricação de papel e celulose; móveis de excelente qualidade, portas, carvão, madeira-cimento, aglomerados, laminados, tábua de fibra de madeira e muito mais.

Pode ser utilizada suas folhas para alimentação bovina, possui 41% de proteína em suas folhas. Sendo aproveitado também o mel extraído das folhas e flores, da própolis, da cera, da geleia real e da forragem. Sua madeira é utilizada na fabricação de móveis, papel, portas, carvão, MDF, aglomerados, laminados e moradias.

 

Qualidade e Uso da Madeira

 

Principais usos da Acácia mangium

Acácia mangium traz retorno garantido em diversas atividades, vamos conferir algumas: 

 

Proteção contra erosão

O plantio de Acácia mangium atende a reposição florestal exigida por lei, protege as terras contra a erosão e garante a manutenção das nascentes e fontes de água. Além de constituir um patrimônio de fácil e rápida liquidez.

Sua rusticidade e rápido crescimento possibilitam o aproveitamento e a recuperação das terras impróprias para a agricultura, enquanto a sua floresta cresce até 63m 3 /ha.ano, em condições ideais, oferecendo a perspectiva de suprimento contínuo de madeira na fazenda e nas indústrias de base florestal, rendendo divisas e contribuindo para a preservação das florestas naturais.

 

Sequestro de carbono

O carbono sequestrado pela floresta de Acácia mangium está sendo vendido para empresas poluidoras da América do Norte e Europa, ao preço de US$ 20 a US$40.00/tonelada, a exemplo daquilo que é praticado atualmente na bolsa Climática de Chicago (EEUU).

Estudos realizados no Vietnam, onde a espécie é intensamente cultivada, mostraram que a espécie foi capaz de fixar 23.3 toneladas de CO2 por hectare/ano, contra 10 a 12 toneladas sequestradas pela maioria das espécies de eucalipto cultivados no Brasil.

Neste país, o processo de comercialização de sequestro de carbono nas bolsas de valores de São Paulo e Rio de Janeiro encontram-se parcialmente regulamentado para entrar em operação, brevemente.

Vale lembrar que o Brasil é um país tropical com elevado foto período anual, possui clima favorável ao cultivo de essências florestais, portanto com elevado potencial para a exploração comercial do sequestro de carbono.

 

Fonte inesgotável de produtos apícolas

A apicultura em áreas de florestas plantadas no Brasil tem mostrando ser uma atividade empresarial lucrativa e atraente.

Em povoamentos de Acácia mangium, a exploração melífera é muito lucrativa por ser uma espécie florestal de rápido crescimento e constituir uma excelente fonte de alimento para as abelhas. Além disso, permite que os apicultores reduzam os custos de produção: por evitar a apicultura itinerante ou migratória e devido ao fato que que não há necessidade de alimentar as abelhas na época seca do ano.

A produção de néctar inicia-se quatro a cinco meses após o plantio das mudas no campo, podendo variar com o clima onde for plantada.

 

Proteína e forragens para animais

Da casca da árvore pode-se explorar o tanino para indústrias de couro, fabricação de colas e adesivos, branqueamento de açúcar e purificação de água (floculante), cujo tanino poderá ser comercializado junto aos curtumes, empresas fabricantes de colas; usinas açucareiras e empresas de tratamento de água e esgoto, resultando em rendas adicionais e benefícios ambientais.

Suas folhas possuem 41% de proteína são muito apreciadas por bovinos, ovinos e caprinos, constituindo excelente fonte forrageira. Razão porque são utilizadas na produção de forragem para alimentação dos animais no período seco do ano. Estas somente poderão ser usadas por ocasião das podas dos galhos; dos desbastes das árvores ou durante o corte final da floresta.

 

Casa e móveis de madeira

O uso de casas de madeira pelos brasileiros data da época imperial. Por serem resistentes, duráveis, confortáveis e principalmente, por serem de baixo custo.

A densidade básica da madeira é considerada elevada, permitindo o perfeito uso na fabricação de móveis. Bem como suas fibras são curtas, o que a qualifica como ótima para produção de celulose e papel.

Atualmente, o plantio de Acácia mangium devidamente planejado. Permite a perfeita  inercalação de culturas agrícolas como o feijão, milho, arroz, soja, amendoim etc., nos dois primeiros anos.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Em síntese, essa espécie florestal  tem um forte viés comercial devido a sua rusticidade, rapidez de crescimento e por ser nitrificadora.

Isso significa que o cultivo da Acácia mangium tem grande importância econômica, social e ambiental para a modernidade. Conforme visto acima, ela pode ser utilizada de diversas formas.

Gostou de saber mais sobre o assunto?  Deixe seu comentário e acompanhe nosso blog e fique por dentro dos próximos artigo sobre o tema!

Escrito por Michelly Moraes.

 

 

Subsoladores: entenda o que é e como utilizar!

Subsoladores: entenda o que é e como utilizar!

Entre os tipos de implementos agrícolas mais conhecidos, destacam-se os subsoladores. Um método que prolonga a sobrevivência e o crescimento das mudas cultivadas. Além de propiciar menor exposição do solo e reduzir as perdas causadas pela erosão. Neste artigo vamos falar tudo sobre esse implemento.

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Subsoladores: entenda o que é e como utilizar!

 

O solo é o principal suporte da produção agrícola. Portanto, todas as práticas realizadas antes da implantação de determinada cultura têm significado especial. Assim, tudo que venha a melhorar as condições químicas, físicas e biológicas do solo, favorece o desenvolvimento das culturas, resultando em maiores lucros aos produtores.

A utilização contínua de máquinas, o pisoteio de animais e as intempéries, tais como a ocorrência de chuvas seguidas de períodos secos. Favorecem o adensamento do solo podendo reduzir o desempenho produtivo das atividades agrícolas.

O preparo do solo, que tem por objetivo melhorar a distribuição física dos seus elementos constituintes. Aumentando a capacidade de retenção de água e ar e favorecendo o melhor desenvolvimento radicular.

E por isso preparamos este artigo para abordar um pouco sobre o implemento agrícola chamado Subsolador, que vai auxiliar neste preparo.

 

Solos e Nutrição de Plantas

 

O que é subsolagem?

subsolagem é um processo agrícola que mobiliza o solo para quebrar as camadas compactadas ou adensadas. Faz parte da preparação para que ele possa receber mudas e sementes.

Com o uso de um subsolador agrícola, implemento que pode ser acoplado ou arrastado ao sistema hidráulico de um trator de grande potência. É possível quebrar camadas do subsolo que podem restringir o crescimento de raízes.

A necessidade da subsolagem e o tipo de implemento dependem do solo e do problema a corrigir. Solos argilosos são mais suscetíveis à compactação em comparação a solos de textura média ou arenosa.

Os solos profundos e de textura uniforme ao longo do perfil não necessitam de subsolagem. A menos que exista uma camada adensada induzida pelo elevado tráfego de máquinas, comum em plantios de cana-de-açúcar.

Mesmo nessa situação, a subsolagem não deverá ser muito profunda. Pois a camada adensada, normalmente, é superficial, em torno de 50 cm de profundidade.

 

Vantagens

Como mobiliza o solo e rompe camadas compactadas. O subsolador agrícola melhora a aeração do solo e reduz os riscos de erosão.

 

Solos no Brasil

 

Escarificadores e subsoladores

São equipamentos que trabalham a superfície e a sub-superfície do solo para promover desagregação de camadas compactadas. Mas qual a diferença entre eles?

 

Escarificadores

A escarificação é a prática pela qual se rompe camadas adensadas e/ou compactadas formadas no interior do solo causada pelo tráfego intenso de máquinas, pisoteio animal e operações de preparo do solo, com uso de arados e grades, atuando em menor profundidade (até 30 cm).

A escarificação também é uma operação de preparo do solo, na qual não ocorre a inversão de leivas. Os escarificadores podem ser considerados implementos para o preparo do solo, substituindo o arado e a grade. Enquanto que os subsoladores são utilizados para romper camadas compactadas a profundidades maiores.

 

Subsoladores

Os subsoladores são equipamentos que exigem alto consumo energético para sua utilização provavelmente o maior entre as operações agrícolas, tornando sua operação mais onerosa.

Por isso, é preciso ter certeza da necessidade de se fazer a subsolagem, o que pode ser feito observando o perfil do solo no local a ser trabalhado. Com uso de penetrômetros ou penetrógraficos ou por meio de análises físicas do solo, tais como teor de água, densidade e granulometria.

Dentre as vantagens dos subsoladores estão a facilidade de penetração enquanto que suas limitações são relacionadas à alta demanda de potência por haste (exigem tratores com maior disponibilidade de potência).

Não devendo ser utilizado em solos com alto teor de água, pois isso resultará em elevado consumo horário de combustível, além de não proporcionar a correta desagregação do solo.

 

Como usar corretamente os subsoladores?

Basicamente o subsoladores são constituídos por: chassi (barra porta-ferramentas), hastes, ponteiras e acessórios. Para realizar a operação de maneira adequada, são necessárias algumas regulagens:

 

Profundidade de subsolagem

Deve ser escolhida em função da localização da camada compactada ou adensada no perfil do solo.

Normalmente adota-se como profundidade de subsolagem, 5 a 10 cm abaixo da camada compactada, não devendo ultrapassar 5 a 7 vezes a largura da ponteira, o que é denominado profundidade crítica.

Para profundidades maiores que a crítica, não ocorre aumento significativo de área mobilizada. Causando, compactação do solo e ainda um aumento significativo da demanda de potência por hastes.

 

Número de hastes

Dependerá da disponibilidade de potência do trator para executar a tração. Porém, a eficiência energética e operacional cresce com o aumento do número de hastes.

 

Espaçamento entre hastes

É um parâmetro operacional muito importante, pois influi diretamente na largura de corte total do equipamento (número de hastes multiplicado pelo espaçamento entre hastes) que, por sua vez, é diretamente proporcional a capacidade de campo.

 

Plataforma Agropós

 

Velocidade de trabalho dos subsoladores

Os valores adotados na prática para a operação de subsolagem estão na faixa de 2,0 a 6,0 km h –1. Porém, depende da unidade motora a ser utilizada. A capacidade de campo é influenciada pelo aumento e diminuição da velocidade.

As operações de subsolagem e escarificação exigem grande esforço na barra de tração. O que às vezes torna necessário a adição de peso (lastros) ao trator. Para uma adequada lastragem devem ser observados os limites de carga indicados pelo fabricante para cada medida de pneu, e, também as características do trator.

 

Conclusão

Em regiões onde o solo está muito compactado, são necessárias operações que favoreçam novamente o desenvolvimento do sistema radicular das plantas.

Geralmente, esta compactação é resultado do tráfego intenso de máquinas pesadas nas lavouras, bem como operações repetitivas de aração e gradagem.

O subsolador é o implemento agrícola mais indicado nestes casos. Porem para seu uso é preciso se atendar em alguns pontos como dito acima. E no caso de dúvidas o ideal é consultar o especialista da área.

Gostou de saber mais sobre o assunto?  Deixe seu comentário e acompanhe nosso blog e fique por dentro dos próximos artigos sobre o tema!

Escrito por Michelly Moraes.

 

Solos e Nutrição de Plantas

Secadores de café: tudo que você precisa saber!

Secadores de café: tudo que você precisa saber!

Neste post vamos falar tudo que o produtor precisa saber sobre os secadores de café, um dos processos de beneficiamento do produto. Essa prática é um fator muito importante e influência diretamente na sua qualidade final. 

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Secadores de café: tudo que você precisa saber!

 

A secagem do café é uma etapa crucial, e também uma das mais difíceis de realizar, no processo de produção do café. No entanto, com a utilização do secador de café, ferramenta inovadora e tecnológica, tudo ficou mais simples.

Apesar da tecnologia está disponível no mercado há muito tempo, algumas fazendas continuam realizando a secagem no terreno. Mas isso acaba por expor os grãos em excesso, diminuindo a taxa de secagem.

Com isso, os frutos sofrem aceleração de fermentação e a qualidade do café fica comprometida. Abaixo vamos conhecer melhor sobre os secadores. Vamos lá!

 

Pós-graduação Gestão e Economia do Agronegócio

 

Técnicas da secagem do café

Há três técnicas adotadas para realizar a secagem do café. Sendo elas:

 

Secagem do café em terreiros

Na secagem em terreiros também chamada de secagem natural – o processo é realizado em áreas com incidência solar. A secagem em terreiros é feita em espaços planos cobertos de cimento, asfalto ou terra batida.

Nessa técnica, os frutos são dispostos em uma cama fina e revolvidos diversas vezes ao dia. A secagem em terreiros pode durar de 10 a 20 dias, sendo finalizada quando a umidade dos frutos atinja entre 11% e 13%.

 

Secagem de café

 

Secagem do café em terreiros suspensos

Os terreiros são similares aos terreiros tradicionais, distinguindo do mais comum apenas pela elevação. Afirma-se que essa técnica acelera o processo de secagem do café, demandando metade do tempo gasto com a secagem em terreiros comuns.

Por consequência, a utilização de terreiros suspensos torna o processo mais barato para o produtor. Por não manter contato com o chão, o café retém menos a umidade, atingindo as porcentagens adequadas mais rapidamente.

 

Secagem do café em terreiros suspensos

 

Secagem em secadores mecanizados

Os secadores mecanizados são uma forma de secagem do café que, ao contrário da secagem em terreiros, não utiliza o ar e luz naturais para eliminar a umidade dos grãos.

Nessa técnica é feito o uso de ar forçado aquecido a diferentes temperaturas para realizar a secagem. Esse tipo de processo exige um investimento maior por parte do produtor, que deve investir nos equipamentos específicos.

 

O que são os secadores de café?

O secador de café é uma tecnologia para auxiliar no processo de secagem do café. Essa etapa é fundamental para manter a qualidade dos grãos após a colheita.

máquina agrícola, então, pode ser alimentada por palha, lenha, pode ser a gás ou até por caldeira. Com a queima do combustível, o equipamento é capaz de manter a temperatura desejada pelo agricultor e consegue efetuar a secagem dos grãos em até 24 horas.

O calor gerado pela queima do combustível chega até a caixa de armazenagem por um ventilador. A caixa vazada permite o contato do ar quente com os grãos, agilizando essa etapa de secagem. Com esse equipamento, o produtor pode colocar os grãos diretamente da colheita nas caixas.

 

Quais as vantagens dos secadores de café?

Confira outras vantagens de adotar esse equipamento a sua lavoura. Veja:

  • Contenção de gastos com mão de obra: o serviço manual não se faz mais necessário, tendo em vista que os secadores de café realizam todo o manejo. A economia também se dá na aquisição e efetivação do secador. 
  • Praticidade no processo de secagem: a funcionalidade é bem prática, e em menos tempo do que no caso da secagem por terreiro.
  • Planejamento de colheita: o produtor tem o controle do período de secagem, preparo e armazenagem. Podendo inclusive, programar a colheita, armazenar em períodos mais longos (sem deterioramento e perda de qualidade), e ainda controlar a germinação do fruto.
  • Otimização da produção do café: o secador de café desempenha uma boa secagem, de forma rápida e competente, e isso beneficia a produção de maneira que aumenta a procura por um produto de boa qualidade.

 

Checklist agrícola

 

Tipos de secadores de café

secador pode ser estático ou rotativo. O rotativo consegue ter uma maior produtividade. Mas acaba tendo um gasto maior de energia. O secador rotativo consegue ter um custo menor, mas acaba tendo uma menor produtividade.

 

Secador estático

A primeira grande vantagem deste sistema é eliminar a seca no terreiro, do pé de café diretamente para o Secador Estático, realizando uma pré-secagem.

Ele elimina a necessidade de movimentação dos grãos durante o processo, por isso, consegue trabalhar com qualquer grau de umidade e qualquer estado de maturação. O resultado é a redução de custos, tanto no uso de mão-de-obra como em seu baixo consumo de energia.

O Secador estático permite flexibilidade em termos de volume, atendendo tanto pequenos como grandes produtores. A um custo acessível, inclusive, para os produtores de menor porte.

 

 

Secador rotativo

O Secador rotativo para café e outros grãos é o secador ideal para o cafeicultor de pequeno, médio e grande porte. Recebem o café diretamente da roça ou do lavador, propiciando uma secagem rápida e uniforme.

As portas para carga e descarga do produto proporcionam rapidez nestas operações. Seu melhor aproveitamento de calor resulta em melhor desempenho de secagem, economia de combustível e o mais importante, secagem uniforme.

 

Plataforma Agropós

 

Quanto custa os secadores de café?

Quando se trata de valores, os preços variam conforme os modelos de secadores de café, além da sua condição, se novo ou usado. 

Podemos adiantar que a média de custo de um equipamento estático e usado, é de aproximadamente R$ 15.000,00. E, se comparado aos tipos de seca, esse método agrega muito mais economia e custo-benefício. 

 

Conclusão

O cafeicultor deve entender que a secagem de café é comparativamente mais difícil de ser executada do que a de outros produtos agrícolas. Como são várias as possibilidades de secagem, o cafeicultor deve ficar atento e escolher a melhor opção quando for decidir na vida real.

É necessário fazer um levantamento da estrutura de pós-colheita disponível na propriedade, do volume de grãos de café a ser colhido. Pois a escolha do secador de café tem que caber no orçamento. Gostou de saber mais sobre o assunto?  Deixe seu comentário!

Escrito por Michelly Moraes.

Pós-graduação Gestão e Economia do Agronegócio

Rotação de culturas: aprenda agora como fazer!

Rotação de culturas: aprenda agora como fazer!

A rotação de culturas é uma prática agrícola que consiste na alternância de cultivos em uma área por um determinado período.

Ela ocorre de forma ordenada e tem como principal objetivo a conservação do solo e controle de pragas e doenças na lavoura.

Se você quer saber mais sobre a rotação de culturas e como implantar essa técnica em sua propriedade é só continuar comigo.

Vou te apresentar tudo o que você precisa saber agora!

 

Rotação de Culturas

 

O que é a rotação de culturas e qual a sua importância?

Há várias práticas de conservação do solo, o plantio direto, adubação verde e entre outras práticas, temos a rotação de culturas.

Essa técnica, consiste em utilizar o método de alternância de diferentes cultivos, levando a melhorias dos atributos químicos, biológicos e físicos do solo, com redução da degradação do meio ambiente, além de uma maior produtividade.

As espécies são selecionadas de acordo com alguns critérios, como possuir diferente suscetibilidade a pragas e doenças e apresentar necessidades nutricionais diferentes.

Uma vez adotada, a rotação de culturas, reduz de forma eficiente os impactos ambientais causados pela monocultura, que é produção agrícola de apenas uma cultura, que causa a degradação física, química e biológica do solo e o desenvolvimento de pragas.

Dessa forma, o principal objetivo da rotação de culturas é promover a conservação do solo, evitando, assim, sua exaustão e equilibrando o sistema produtivo.

Vejamos a seguir as principais vantagens que essa técnica traz para sua lavoura.

 

 

13 vantagens da rotação de culturas

As vantagens da rotação de culturas são inúmeras. Além de proporcionar a produção diversificada de alimentos e outros produtos agrícolas, ela traz múltiplos benefícios para o sistema produtivo como um todo.

  1. Melhoria das características físicas, químicas e também biológicas do solo;
  2. Diversificação do plantio e de renda;
  3. Auxílio no controle e redução de plantas daninhas, doenças e pragas, por meio da quebra de ciclos;
  4. Restituição de matéria orgânica;
  5. Manutenção e melhoria da fertilidade do solo;
  6. Proteção do solo, com o aumenta a produção de biomassa ou palhada para cobertura;
  7. Viabiliza o sistema de plantio direto;
  8. Aumento na infiltração e retenção de água no solo;
  9. Controle da erosão;
  10. Otimização no uso de máquinas e mão de obra;
  11. Reciclagem de nutrientes e redução na utilização de fertilizantes químicos;
  12. Aumento e estabilização da produtividade das espécies vegetais;
  13. Aumento da eficiência econômica e agronômica dos sistemas de produção.

 

Rotação de culturas X monocultura

A monocultura representa o cultivo de uma única espécie vegetal, como exemplo, o plantio da cana-de-açúcar. Normalmente, essa atividade agrícola é realizada em extensas propriedades rurais.

Sendo caracterizada pela produção em menor tempo, uso facilitado de herbicidas, produção de espécies altamente expressiva para a economia de exportação, porém esse sistema produtivo é muito exigente.

Uma vez, que causa diversos impactos ambientais, como o empobrecimento do solo, a retirada da cobertura vegetal e o desequilíbrio ecológico.

 

Manejo Integrado de Plantas Daninhas

 

Condições essas, que favorecem à proliferação e persistência em larga escala de pragas e doenças que atacam aquela cultura em específico, sem que haja um inimigo natural para combatê-lo, levando ao aumento no uso de defensivos.

A monocultura, ao contrário da rotação de culturas, por cultivar uma única espécie pode provocar a exaustão do solo, acarretando o esgotamento de seus nutrientes e, consequentemente, o empobrecimento nutricional.

Entretanto, mesmo com a apresentação de todas as vantagens da rotação de culturas, você pode ficar na dúvida se esse sistema se enquadra na realidade da sua propriedade, certo?

Por isso, que a avaliação deve se basear no seu objetivo de produção e conhecimento das técnicas de cultivo, para que possa alcançar os resultados esperados de produtividade e lucratividade.

 

Implantação da prática de rotação de culturas

Primeiramente, antes da implantação da rotação de culturas na sua propriedade é necessário um bom planejamento, para que alcance o máxima de eficiência na melhoria da capacidade produtiva do solo.

Para isso se deve levar em conta diversos fatores:

  • Escolha de plantas que contribuam para fixar nitrogênio, com raízes profundas e de grande volume;
  • Uso de plantas comerciais, garantindo geração de renda para o produtor;
  • Escolha de variedades com base no objetivo do sistema, por exemplo, para cobrir o solo e contribuir para a adubação verde;
  • Utilização de culturas que possuem sistemas radiculares diferentes, como as gramíneas e leguminosas;
  • Sempre que possível, associar espécies que produzam grande quantidade de biomassa e também de rápido desenvolvimento, cultivadas isoladamente ou em consórcio com culturas comerciais.
  • Seja feita a escolha pelas espécies adaptadas às condições edafoclimáticas da região.

Por fim, o planejamento deve considerar que não basta estabelecer e conduzir a melhor sequência de culturas.

É necessário também que o agricultor utilize todo seu conhecimento de manejo, como, preparo do solo (calagem e adubação), época de plantio, cultivares adaptadas para sua região, controle de plantas daninhas e de pragas e doenças.

 

Como escolher as espécies para a rotação de cultura

Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) o sucesso da rotação de culturas é extremamente dependente da região produtiva e condições climáticas.

Essa prática precisa ser bem planejada para definir a hora certa de plantar e quando retirar. Isso evita que a espécie selecionada se propague pelo campo e comprometa a cultura principal.

As culturas utilizadas para rotacionar, são das mais diversas. No entanto, é necessário ter conhecimento de algumas características que as plantas devem apresentar para serem utilizadas na rotação.

Para isso, o ideal é adotar plantas de diferentes grupos, por exemplo:

  1. Gramíneas: milho, arroz, sorgo, trigo, milheto, aveia preta, aveia branca.
  2. Leguminosas: grão-de-bico, feijão, soja, amendoim, feijão guandu, crotalária, lablab, tremoço.
  3. Asteraceae: Girassol.

Portanto, essas múltiplas variáveis, torna complexa a definição dos cultivos que devem ser implantados para que a rotação de culturas.

Por isso, recomenda-se a consulta a um profissional da área, para que essa definição seja feita de forma adequada e mais favorável possível ao sistema de produção.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Neste artigo vimos que a rotação de culturas, se adotada e conduzida de modo adequado e por um período suficientemente longo, essa prática melhora as características físicas, químicas e biológicas do solo.

Além, de auxiliar no controle de plantas daninhas, doenças e pragas, repõe matéria orgânica e protege o solo da ação dos agentes climáticos e ajuda a viabilização do sistema de plantio direto.

A rotação de culturas vem na busca de melhorias nos sistema produtivo de alimentos de forma mais equilibrada, estabelecendo, acima de tudo, sistemas de produção sustentáveis, com o mínimo de danos ao meio ambiente e com a máxima lucratividade para o produtor rural.

 

Plantio Direto é a solução?

Plantio Direto é a solução?

Plantio Direto é a solução? Vem crescendo em todo o mundo os questionamentos sobre a sustentabilidade e viabilidade econômica e ambiental do uso do sistema de plantio direto – largamente empregado no Brasil. Os questionamentos surgiram com o aumento dos casos de plantas daninhas resistentes ao glifosato, bem como as desconfianças de setores de fora da produção agrícola sobre a segurança do herbicida mais usado no mundo.

Um artigo publicado por Graham Brookes, especialista em Economia Agrícola, na revista GMO Crops and Food mostrou que culturas tolerantes a herbicidas não aumentam o uso de defensivos mais do que o usado na agricultura convencional. No entanto, a própria efetividade do glifosato causou uma dependência excessiva desse produto químico, afirmou Charles Benbrook, professor de pesquisa da Universidade Estadual de Washington (EUA) e conhecido promotor de orgânicos. O perigo não é propriamente o glifosato, “um dos herbicidas mais seguros da mercado”, mas as invasoras resistentes ao produto.

De acordo com o artigo de Brookes, a resistência crescente ao glifosato acabou provocando uma conscientização entre agricultores de que eles devem adotar abordagens diversificadas e integradas para o manejo de plantas daninhas – o que é consistente com a orientação dos cientistas. Como resultado, diz ele, os agricultores aumentaram o uso de outros herbicidas tanto em OGM (Organismos Geneticamente Modificados) quanto em culturas convencionais.

Roger Gribble, engenheiro agrônomo do serviço de extensão de Oklahoma (EUA), disse que os agricultores não devem ser dogmáticos quanto ao plantio direto ou não: “Não deixe ninguém definir plantio direto para você. Existem lugares em um sistema de plantio direto onde eu usaria um pouco de plantio convencional”.

A pesquisadora Dwayne Beck, defensora do plantio direto no estado norte-americano de Dakota do Sul, sustenta que, para serem úteis, os herbicidas devem ser usados adequadamente. “É uma ótima tecnologia. Mas pense no Roundup Ready como tomando uma pílula ao invés de fazer seu exercício”, compara ela.

De acordo com artigo do Portal GLP (Genetic Literacy Project), se os agricultores querem usar essa tecnologia, precisam protegê-la: “Não é problema das [empresas] proteger a tecnologia, esse trabalho é dos agricultores. Todo mundo quer apontar a biotecnologia como o problema. Mas é como as armas: não são as armas o problema, e sim os idiotas com as armas. É a maneira como os usamos que importa”.

Garrison Sposito, professora emérita de Ciência de Ecossistemas da Universidade da Califórnia-Berkeley, afirma que “nunca se resolve problemas fazendo alterações. O que se consegue ao fazer mudanças é trocar um conjunto de problemas por outro conjunto de problemas”. Segundo Garrison, que é cientista especialista em Solo, os herbicidas são certamente uma ferramenta, mas na agricultura sempre há trocas”.

 

Fonte: Agrolink