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Entressafra: conheça 4 formas de manejar!

Entressafra: conheça 4 formas de manejar!

A entressafra é o período que se estende da pós-colheita até o início do novo ciclo de plantio da lavoura.

Nesse período, alguns agricultores plantam culturas de ciclo curto, que apresentam potencial de desenvolvimento mesmo em condições climáticas não tão favoráveis.

Outros agricultores, deixam o solo em repouso para o próximo plantio. Mas afinal, o que fazer nas entressafras?

Vamos conferir agora as maneiras de se manejar esse período com sucesso.

Boa leitura!!

 

Entressafra: conheça 4 formas de manejar!

 

A importância da entressafra bem manejada

A entressafra, como o nome diz, é o período entre as safras de uma lavoura, que acontece entre a pós-colheita e o novo plantio.

Esse é um período sensível, onde o solo necessita de repouso para recuperar as forças e se preparar para a próxima plantação.

Mas, na maioria das vezes, o agricultor busca uma renda extra em épocas desfavoráveis à cultura principal. Isso se deve ao pensamento de que o solo sem atividade agrícola é tempo e dinheiro jogados fora.

Ao término de uma colheita da safra, o produtor deve sempre lembrar que a sustentabilidade da produção agrícola está intimamente ligada ao sistema como um todo.

Se não houver um cuidado especial, os custos de produção tendem a aumentar, dificultando o manejo da cultura e fazendo com que diminua a lucratividade final da lavoura.

Caso o solo seja deixado em pousio, as plantas daninhas irão depositar uma quantidade de sementes no solo, favorecendo a sua proliferação nesta etapa.

Fazendo com que haja maior dependência do uso de herbicidas, elevando o custo do controle, além de reduzir a produção da cultura de interesse.

Desse modo, a entressafra se mostra muito controversa, não existindo na verdade o certo ou errado.

Então, vamos descobrir juntos a seguir, as possibilidades do manejo nas entressafras.

 

Solos e Nutrição de Plantas

 

Formas de manejar a entressafra

O manejo das entressafras, na verdade, consiste em um conjunto de práticas agronômicas visando à preparação do solo para a próxima safra, onde podemos destacar as seguintes práticas que comumente são utilizadas:

 

1 – Manejo das sementes de plantas daninhas:

Esse manejo é justamente para evitar as condições favoráveis de germinação das plantas daninhas. Uma vez que a isenção de competição com outra cultura e ausência de barreira física. Faz com que as plantas daninhas desenvolvam livremente e de forma muito rápida.

 

2 – Controle de plantas daninhas:

Caso não seja cultivado uma planta de cobertura, também é necessário alertar, que o manejo com herbicidas será necessário. A utilização do herbicida é facilitada quando se realiza o manejo da entressafra, já que. Após o desenvolvimento da cobertura, o produtor poderá dessecar a área. Com o volume de palhada gerado, continuará o trabalho de preservação do solo, bem como realizar o plantio direto.

 

Manejo Integrado de Plantas Daninhas

 

3 – Plantio de cobertura:

O produtor tem à sua disposição diferentes opções de culturas de cobertura. Entretanto, ele precisa levar em consideração algumas singularidades de cada espécie a ser cultivada. Outro ponto importante é que o plantio de cobertura ajuda a reter uma maior quantidade de água das chuvas e a manter a umidade do solo. Além de protegê-lo das luzes diretas do sol. Isso é importante a médio e longo prazo, pois pode diminuir o estresse hídrico na safra seguinte em caso de estiagens e seca.

 

4 – Plantio de culturas de inverno:

Se o produtor julgar não necessário o pousio do solo, ele pode investir em cultivo de milho ou algodão safrinha, por exemplo. Dessa forma, ele garantirá uma renda nesse intervalo e a possibilidade de expandir a sua produção.

 

Colheita manual

 

Mas o que torna a entressafra um período ainda mais complexo, são as diferentes características de produção de cada cultura.

Um exemplo, é o plantio da cana-de-açúcar. Com ela é um pouco diferente, pois há a colheita mas não há a sua retirada por completa do campo.

Vamos ver esse caso em separado para contextualizar e melhorar compreender como funciona a entressafra em realidades distintas.

 

Plataforma Agropós

 

Conheça o período de entressafra da cana-de-açúcar

O Brasil é o maior produtor de etanol de cana-de-açúcar do mundo.

Quanto a safra, já sabemos que se dá no mês de maio a novembro. Mas como proceder nas entressafras da cana-de-açúcar?

A cana-de-açúcar (Saccharum officinarum) é uma cultura semi-perene. Por isso, não há a sua retirada por completo da área de plantio. Já que há a prevalência da soca em campo.

Em março de 2020, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) divulgou que o Brasil apresentava um crescimento de 3,6% em relação à safra anterior.

Dessa forma, para alavancar os números da sua produção, é essencial que o produtor tenha em mãos conhecimento para traçar a melhor rota e elevar sua produção com um menor custo.

O período de entressafra da cana-de-açúcar é momento de colocar a casa em ordem, realizar a manutenção da usina, fazer reparos necessários e planejar a próxima safra.

É momento também de realizar os tratos culturais necessários, para assim garantir sucesso na produção de cana-de-açúcar na próxima safra.

Para que ela não sofra em seu estágio inicial por competição de nutrientes e água, é de suma importância o controle de plantas daninhas e a prevenção de pragas e doenças.

A cana-de-açúcar é seriamente afetada nas fases iniciais de crescimento pelas plantas daninhas. Que também utilizam os recursos disponíveis de forma eficiente, sendo que, muitas delas também apresentam fisiologia C4.

Assim sendo, capinas com o uso de cultivadores ou capina química através do uso de herbicidas se faz necessário.

 

Atenção no período das entressafras!

Vimos neste post que, quando terminada a colheita, as preocupações com a propriedade não param.

Mesmo após o fim da safra de verão, o cuidado com a pós-colheita é tão importante quanto as outras etapas de cultivo. Sendo este um período de muito trabalho e muitas ações voltadas ao próximo plantio.

Para evitar prejuízos e uma safra de lucratividade, deve-se planejar bem as próximas atividades, as divisões de tarefa e o remanejamento do pessoal.

A dica final é: o cuidado nas atividades da lavoura deve ser mantida em qualquer período de produção!

Escrito por Juliana Medina.

 

Solos e Nutrição de Plantas

Qual a melhor época para plantar milho?

Qual a melhor época para plantar milho?

Saber os aspectos principais da época para plantar milho é algo essencial e que aumenta suas chances de obter boas produções. Quer saber mais? Leia o artigo a seguir!

 

Qual a melhor época para plantar milho?

 

O milho atualmente é o grão mais produzido no mundo onde se prevê para a safra de 2020/21 uma produção total de 1.186,9 milhões de toneladas.

No cenário global temos os Estados Unidos, China e Brasil como os maiores produtores de milho, que do total produzido no mundo o Brasil contribui com aproximadamente 10%.

Onde as últimas estimativas realizadas pela CONAB apontando uma produção total de 106.413,5 mil toneladas de milho para o Brasil na safra 2020/21.

Tais proporções de produção se deve muito a ampla aplicação do milho, indo desde a alimentação humana, seja em na forma in natura ou processada na forma de farinha ou óleo.

E também é um grão muito significativo, para a cadeia de produção de animais como ingrediente de rações e na obtenção de biocombustíveis como o etanol.

Assim essa capilaridade do milho em outras cadeias produtivas do agronegócio, faz com que haja uma necessidade de uma disponibilidade de milho praticamente constante ao longo do ano.

Mas para que isso tudo ocorra da melhor forma é preciso ter os cuidados e conhecimentos relacionados a cultura do milho que vão aumentar suas chances de sucesso.

Então continue lendo esse artigo se você quer obter mais informações relevantes do cenário produtivo do milho e suas relações com a época para plantar milho.

 

 

Quando é a época para plantar milho?

A época para plantar milho, que comumente são conhecidas no mercado de grãos como safra e safrinha, ou milho de verão ou de inverno, das águas ou secas.

São todas diferentes formas de se referir aos melhores momentos de se plantar milho seja por questões de mercado e ou climatológicas.

Existindo assim consequências distintas em se plantar milho na época da safra ou safrinha.

 

Nutrição Mineral de Plantas: Macronutrientes.

 

Lembrando que esse momento inicial é muito importante, principalmente em culturas anuais. Pois a época escolhida para o plantio determinar, por exemplo, as possíveis condições de época em que será realizada a colheita do milho.

Onde anterior ao momento de semeadura do milho é importante também se tomar uma série de decisões boas.

Decisões que vão envolve desde a escolha da semente, o preparo do solo, um planejamento adequado de adubação até as análises de preços de mercado futuro.

Estando esses fatores mais claros e organizados torna se mais fácil decidir a época mais adequada de se plantar o milho dentro de cada situação.

E para te ajudar mais ainda com isso, vamos relembrar alguns aspectos importantes e específicos para cada época para plantar milho.

 

Diferença da época para plantar milho – safra e safrinha

Cada época para plantar de milho (safra e safrinha) vai apresentar suas características em relação aos seus fatores climáticos.

Sejam eles a média e amplitude da temperatura, umidade do ar e do solo, o regime hídrico, a radiação solar e o fotoperíodo de cada região.

Onde o milho em suas condições climáticas ideias o que faz a planta apresentar ápice de desempenho é quando se tem níveis temperatura e radiação relativamente elevados no estádio de enchimento dos grãos.

Quando mais se sabe as relações da planta com os fatores climáticos mais fácil se torna delimitar as melhores épocas de plantio de milho.

 

Plataforma Agropós

 

Ferramentas que podem ajudar

Onde as previsões agrometeorológicas são ferramenta importante na determinação das épocas de plantio mais adequada conforme as condições de cada região.

Ao unir esse tipo de informação é possível se elaborar os mapas de zoneamento agrícola para cada cultura produzida no país.

Esse tipo de documento tem como objetivo a diminuição dos riscos relacionados a fatores climáticos de cada região, o que tem variado devido as mudanças climáticas aceleradas.

Outros documentos que te ajudam a entender e analisar as perspectivas do mercado de milho são os boletins e informativos emitidos por órgãos como a CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento) ou FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).

Que visam atualizar dados de produtividade, área planta, oferta e demanda do mercado junto a algumas análises sobre o cenário produtivo no âmbito mundial e de cada região do país.

Após tais ressalvas, e abordando aspectos gerais entre duas safras de milho no Brasil temos como diferença inicial seus níveis produtivos.

Que curiosamente a chamada de safrinha com o passar do tempo acabou ficando mais produtiva que safra “principal”. Como pode ser observado no seguinte gráfico.

 

Diferenças das épocas de plantio de milho safra e safrinha

Comparativo de produção entre a 1ª e 2ª safra de milho no Brasil (Fonte CONAB, 2019).

 

Essa mudança de cenário produtivo entre as safras é devido a adequação de tecnologias, para a produção do milho safrinha.

Através do desenvolvimento de cultivares capazes de compensar as condições adversas de temperaturas e de condições de seca, mais característica da safrinha.

E essas condições que inicialmente parecem serem só negativas para a planta. Quando analisadas sob outra perspectiva são benéficas, pois nessas condições há menor incidência de pragas e doenças, por exemplo.

 

Quanto tempo leva do plantio à colheita do milho?

Essa é uma pergunta muito importante e que também ajuda a determinar quantas vezes é possível de plantar dada cultura.

Por que além dos fatores climáticos temos os tempos médicos característicos de um ciclo de vida completo de cada planta.

A exemplo do feijão que possui planta com ciclos relativamente curtos e que assim é possível ser realizado até 3 safras.

Os diversos matérias de milho podem ser classificados em relação a quantidade de dias (n) necessários para atingir sua maturidade fisiológica.

Assim temos:

  • O Grupo I: n < 110 dias
  • O Grupo II: 110 ≤ n ≤ 145 dias
  • E o Grupo III: n >145 dias.

Saber essa informação do material de milho que você geralmente planta na sua lavoura é essencial para encaixar e planejar os manejos da área produtiva.

Representação esquemática dos estágios de crescimento do milho nas fases vegetativa e reprodutiva. Os estágios vegetativos são nomeados pelo número de folhas, enquanto os estágios reprodutivos são nomeados em relação ao desenvolvimento da espiga, veja abaixo:

 

Quanto tempo leva do plantio à colheita do milho

(Fonte: Eroglu et al. 2019).

 

Conclusão

Espero que após a leitura desse artigo você tenha mais claros alguns pontos essências referentes as épocas de plantio do milho.

E que para responder perguntas como: quando é a melhor época para plantar milho em dada região? ou, qual é a melhor lua para o plantio de milho, para os mais detalhistas…

É necessário realizar um bom levantamento de informações seja consultando órgãos, instituições ou profissionais relacionados área.

Se quiser ler mais artigos como esse e de outros assuntos de seu interesse continue navegando em nosso blog. E deixe seu comentário abaixo sobre o que achou desse conteúdo.

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Confira 8 Valiosas Dicas para Escolher a Semente de Milho!

Para escolher a semente de milho mais adequada, o agricultor deve estar atento às características de cada cultivar e analisar sua própria realidade e objetivos da produção.

Hoje há uma grande diversidade de sementes de milho, variedades de híbridos, materiais convencionais e transgênicos.

Vamos conferir neste post, mais detalhes importantes, que devem ser considerados na hora da escolha das sementes de milho.

 

semente de milho

 

A importância do conhecimento na escolha de sementes de qualidade

 As mudanças que vêm ocorrendo nos sistemas de produção de milho no Brasil comprovam a profissionalização dos produtores.

Além disso, várias tecnologias ligadas à cultura foram implementadas, ou ainda estão sendo implementadas no setor agrícola brasileiro.

Isso vem garantindo uma boa germinação das sementes de milho e produtividades cada vez maiores das lavouras.

 

Pós-Graduação em Solos e Nutrição de Plantas

 

Dentre elas, podemos destacar a melhoria na qualidade das sementes associada ao tratamento dos grãos, especialmente o tratamento industrial, máquinas e equipamentos de melhor qualidade.

Estes fatores, garantem boa plantabilidade e boa distribuição das plantas emergidas, garantindo assim maior índice de sobrevivência do plantio à colheita.

Em nossas condições, a cultura do milho apresenta ciclo variável entre 110 e 180 dias, período este compreendido entre a semeadura e a colheita.

A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) classifica como segunda safra, a safrinha propriamente dita, que se refere ao milho de sequeiro, geralmente de janeiro a março ou até, no máximo, meados de abril.

Apesar das condições desfavoráveis de clima, os sistemas de produção da safrinha têm sido aprimorados e adaptados a essas condições, o que tem contribuído para elevar os rendimentos das lavouras também nessa época.

Desse modo, o conhecimento técnico por parte do produtor fará toda a diferença para alcançar altas produtividades.

Mas afinal, o que se deve ser observado para na hora da escolha das sementes de milho?

Dicas de que como escolher as sementes de milho

O agricultor antes de iniciar o planejamento do plantio do milho em sua propriedade, ele deve se atentar as informações disponíveis sobre as sementes e fazer uma escolha adequada à sua realidade.

 

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Uma vez que essa falta de cuidado, podem gerar maiores riscos de não conseguir resultados satisfatórios com a lavoura.

Vamos conferir juntos essas dicas valiosas?

 

Objetivo do plantio do milho

Se é o plantio para milho verde, grãos e/ou silagem.  Se for silagem, ainda há de se considerar o uso de planta inteira ou de grãos úmidos.

 

Teste de germinação

Para realização do teste de germinação do milho, se faz necessário condições favoráveis para o desenvolvimento da semente e formar a plântula: temperatura, iluminação e água. Seu objetivo é para avaliar o vigor e a viabilidade das sementes.

 

Conhecer as condições de adaptabilidade

Avaliar se a cultivar escolhida é adaptada às condições relacionadas ao solo e ao clima da região.

 

Resistência às principais doenças e pragas

doenças limitam a produtividade, causam perdas na produção. A escolha da semente relaciona-se diretamente com medidas recomendadas para o manejo de doenças, tais como a utilização de cultivares resistentes, com também a utilização de sementes de boa qualidade e tratadas com fungicidas.

 

O nível tecnológico da propriedade

Disponibilidade de insumos e implementos para irrigação, plantio e condução da lavoura e colheita.

 

Época de plantio

Para garantir uma boa germinação das sementes de milho em níveis satisfatórios, se faz necessários o delineamento da sua época de plantio. A produção de milho no Brasil é caracterizada pelo plantio em duas épocas: primeira safra (ou safra de verão) e segunda safra (ou safrinha).

 

Armazenamento da semente de milho

Com o tempo as sementes perdem seu vigor e potencial germinativo. A temperatura amena, umidade adequada, local limpo e livre de pragas são as condições apropriadas de armazenamento, que prologam a viabilidade dessas sementes.

 

Mercado

Deve ser avaliado a aceitação do mercado consumidor com relação ao milho que será plantado, sobretudo no que se refere à cor e à textura do grão, caso seu objetivo seja a comercialização.

 

escolha da semente de milho

 

Condições ideais para a germinação da semente do milho

Para germinação das semente do milho, florescimento e enchimento dos grãos, a cultura tem suas exigências, como, condições de temperatura e umidade do ar adequadas.

A germinação/emergência ocorre 4 a 5 dias após a semeadura, porém, em condições de temperaturas amenas e umidade limitada, a germinação do milho, pode demorar duas semanas ou até mais.

 

Solos no brasil

 

Isso devido aos seguintes exigências da cultura, temperatura diurna – entre 25ºC a 30ºC (ideal), umidade em torno de 70% e temperatura menor que 19º C, reduz crescimento planta e sua produção.

Por isso é importantíssimo seguir cada dica que foi dada anteriormente, para um aproveitamento satisfatório das sementes adquiridas, sempre levando em consideração a viabilidade e vigor das sementes.

Porém, não basta apenas germinar, uma boa semente de milho tem que ter alto vigor para que seja considerada de boa qualidade e consiga alta produtividade para sua lavoura.

 

plantio e germinação do milho

 

Custos e benefícios na escolha da semente de milho

Temos hoje no mercado à disposição dos agricultores variedades de ciclos diferentes (precoces, semiprecoces e tardias).

Plantar milho transgênico implica investimento em tecnologia. Tem que haver planejamento para obtenção do potencial máximo que a tecnologia proporciona.

Por isso, para chegar a um custo e benefícios ideais não se dispensa o manejo adequado da cultura.

Precisa de preparo adequado e correção de solo, adubação, aplicação de defensivos específicos, manejo da irrigação, assistência técnica e época de plantio apropriada.

A redução dos custos operacionais e com insumos possibilita, em preparo de cultivo mínimo do solo, maior produtividade, renda líquida e relação benefício/custo.

Há situações de probabilidade de ganhos positivos de 85% com adoção da semente de milho transgênica em comparação à semente de milho convencional, pois quanto maior a produtividade, maior a renda líquida.

É importante também o contato com os técnicos que prestam assistência (pública e privada) às propriedades, e que pela proximidade com os produtores conhecem o comportamento produtivo das cultivares mais utilizadas na região.

Espero que tenha aproveitado ao máximo estas dicas e que com elas possa elevar ainda a produtividade da sua lavoura!

 

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Cultivo do Milheto: Qual a sua Importância para o Agronegócio?

O milheto, nos últimos tempos, tem aumentado a área plantada, sobretudo nas regiões de Cerrado, se tornando bastante importante no cenário do agronegócio brasileiro.

Isso devido pelo enorme potencial de cobertura do solo oferecido para a prática do plantio direto, bem como para o uso como forrageira na pecuária de corte ou de leite.

Para ambas as finalidades, há necessidade de um manejo cultural diferenciado e adequado.

Confira mais detalhes sobre o cultivo do milheto neste artigo!

 

milheto

 

Surgimento do cultivo

A planta de milheto (Pennisetum glaucum) surgiu entre 4 mil e 5 mil anos atrás, ao Sul do Deserto do Saara. De onde foi levada para a Índia a partir do ano 2.000 a.C., tendo gerado genótipos distintos dos originais africanos.

Os primeiros relatos da presença da planta de milheto no Brasil vem do Rio Grande do Sul, datados do ano de 1929.

É uma gramínea anual de verão, de crescimento ereto e apresenta excelente produção de perfilhos e forte rebrota, após corte ou pastejo.

A estatura do colmo é capaz de superar 3m, podendo atingir 1,5m entre 50 e 55 dias após a emergência.

Apresenta folhas com lâminas largas e inflorescência na forma de panícula longa e contraída.

Em comparação com o milho, o milheto equivale, em energia, a aproximadamente 95% do valor do milho, mas com teor e qualidade superior de proteína.

Outro fator que os diferencia é que o milheto requer mais calor para germinar e se estabelece de forma mais uniforme e satisfatória do que o milho e o sorgo.

As exigências térmicas e hídricas ideais para a planta de milheto são de temperaturas noturnas médias (15-28°C) e um mínimo de 30mm de água para germinação.

 Desta forma, uma boa opção como planta de cobertura de outono-inverno, embora a época recomendada para o milheto seja mesmo o verão.

Com sua utilização na safrinha, sofre o estímulo do fotoperíodo de outono-inverno, ou seja, o aumento das horas de escuro faz com que floresça precocemente em torno de 50 dias.

À medida em que se adentra no outono, esse intervalo entre o corte e o florescimento diminui.

 

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Plantio do milheto

O plantio do milheto pode ser em linha ou a lanço. Mas em ambos os casos há necessidade da definição ou do estabelecimento da época e densidade de plantio. Além da quantidade de sementes, espaçamento, sistema de semeadura, profundidade de plantio, dentre outros fatores.

Deve se atentar também quanto ao manejo de plantas daninhas, de pragas e doenças, da fertilidade e o manejo de água, como no caso de produção de sementes.

Estas variáveis, quando têm interação, contribuem para o aumento da produção de fitomassa verde para forragem, massa seca para cobertura morta em plantio direto, produção de grãos para ração ou para sementes.

A África Ocidental é responsável pelo cultivo de 50% da área mundial e pela colheita de 60% da produção.

Os híbridos indianos de alta produtividade, com altura média de 1,3 a 1,8m, não são adaptados à colheita mecânica em virtude da sensibilidade ao acamamento.

É uma cultura de baixo uso de insumos, com ampla utilização em diversos sistemas de produção, auxiliando diferentes culturas comerciais e possibilitando a produção de grãos de modo autossustentável.

 

plantio do milheto

 

Utilidades do cereal

O milheto é um cereal muito utilizado na alimentação humana na África e na Índia, por ser um dos grãos mais importantes cultivados nessas regiões.

No Brasil, por enquanto ainda não é usado para o consumo humano, embora a farinha oriunda dos grãos do milheto possa ser utilizada para o preparo de bolos, biscoitos e mingaus.

Uma vez, sendo mais comum aqui no Brasil, a sua utilização em outras formas. Como planta forrageira, pastoreio para o gado especialmente na região Sul. Como produção de semente para fabricação de ração e como planta de cobertura do solo para o sistema de plantio direto.

 

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Esta última prática passou a ter destaque principalmente nos Cerrados no início da década de 90.

Deste período em diante, houve um aumento da expansão da cultura devido ao avanço do plantio direto nas regiões, onde a gramínea se desenvolve bem devido às situações adversas de clima e solo.

O milheto também pode ser utilizado na implantação e na recuperação de pastagens, antecipando o início de pastejo de forrageiras braquiárias.

Outra utilidade do cereal é na produção de silagem em regiões com déficit hídrico. Podendo alcançar produções superiores e de melhor qualidade do que as forragens de milho e sorgo.

Milheto x déficit hídrico

O milheto apresenta um bom controle contra perda d’água, utilizando principalmente duas estratégias para superar o estresse hídrico. Ou seja, durante a fase vegetativa a água é conservada pelo fechamento estomático.

Porém, após o florescimento, a assimilação é maximizada aumentando o consumo de água, em decorrência dos estômatos permanecerem pelo menos parcialmente abertos.

Os valores costumam ser menores de transpiração na face superior das lâminas foliares do que na face inferior.

Dessa forma, esta estratégia implica numa menor resistência à difusão de vapor d’água na face inferior.

 Por esse motivo, há maior transpiração nessa face, característica adaptativa das plantas que evitam a perda excessiva de água.

 

Solos no Brasil

 

A condutância estomática, ao invés do estado hídrico da folha, está positivamente correlacionada com a produção de grãos de milheto, independente da irrigação.

O grande sucesso do milheto como planta de cobertura nos solos do Cerrado brasileiro é devido à sua alta resistência à seca.

Outro fator que chama a atenção é a adaptabilidade a solos de baixo nível de fertilidade e à característica de elevada capacidade de extração de nutrientes.

Isso devido ao sistema radicular profundo e por ser uma planta de boa capacidade de produção de massa verde e seca.

Os nutrientes extraídos pela planta de milheto permanecem na palhada, sendo reciclados ou liberados gradativamente no solo.

 

A importância do milheto para o agronegócio

pastagem com milheto

FONTE: Milkpoint

 

O milheto assume um papel de extrema importância no agronegócio nacional em razão da sua versatilidade, ou seja, pode ser utilizado de inúmeras formas.

 Onde, pode se destaca a produção de grãos, planta de cobertura para o plantio direto, planta forrageira, além de permitir a produção de farinhas para o consumo humano.

Outro destaque da sua importância se dá como planta para produção de biomassa, visando a geração de biocombustível através de reações enzimáticas.

O milheto se mantém como um cultivo de grande importância para a estruturação e a estabilidade dos sistemas de plantio nas regiões tropicais brasileiras, principalmente por sua boa formação de palhada.

A tendência da cultura é crescer cada vez mais para a região dos Cerrados. Por causa do desenvolvimento da atividade pecuária e principalmente em função da expansão do sistema de plantio direto. Que utiliza a gramínea para a cobertura do solo.

 

Pós-Graduação em Solos e Nutrição de Plantas

Veja 5 culturas mais cultivadas nas lavouras brasileiras!

Veja 5 culturas mais cultivadas nas lavouras brasileiras!

Em algum momento, há cerca de 12 mil anos, os humanos começaram a plantar. A agricultura foi aprimorada ao longo da história e em diferentes partes do mundo. Hoje contamos diversos tipos lavouras, ainda mais em nosso território, que possui grande aptidão agrícola e abrange diversos setores.

Quer saber quais são os 05 culturas mais cultivadas em nossas lavouras?

Sigamos juntos nessa leitura!

 

Veja 5 culturas mais cultivadas nas lavouras brasileiras!

 

O impacto do surgimento da agricultura

Pelos registros arqueológicos a agricultura surgiu em uma região apelidada de Crescente Fértil, uma área banhada por rios no Oriente Médio.

Os primeiros grupos de agricultores, através da lavoura, tinham vantagens em relação a seus colegas que apenas caçavam e coletavam plantas.

Eles comiam melhor, se tornaram mais prósperos, numerosos e graças a esse sucesso, a ideia de cultivar o próprio alimento e criar animais para o abate se popularizou.

Trabalhar o solo para realizar o plantio, para fins de obter o alimento foi uma das primeiras preocupações do homem.

As primitivas ferramentas foram construídas toscamente de madeira, ossos e pedras, com elas que se removia um pequeno sulco no solo para o plantio.

Desta maneira, a área que se podia trabalhar e semear era muito limitada.

Porém, há décadas, arqueólogos buscam por vestígios deixados por esses povos, na tentativa de descobrir como a agricultura se desenvolveu e se espalhou por aquela região e mais tarde, pelo resto da Ásia e da Europa.

 

Pós-graduação Gestão e Economia do Agronegócio

 

A agricultura no Brasil

Desde a época do Brasil colonial, construiu uma vocação para exportação especialmente de gêneros alimentícios, com um cultivo diverso em suas lavouras.

De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA),  os segmentos com maiores volumes de venda são o complexo da soja (+US$ 6,30 bilhões), produtos florestais  (+US$ 1,30 bilhão) e carnes (+US$ 1,26 bilhão).

Cultivar produtos agrícolas em um país com dimensões continentais têm seus desafios.

O território brasileiro é rico em biomas , e cada região tem particularidades climáticas que favorecem o cultivo de alguns produtos e impossibilitam o de outros.

Mas, para entendermos melhor sobre as principais culturas produzidas em nosso território, vamos conhecer mais sobre as formas de se conduzir uma lavoura.

 

Principais tipos de lavoura

 

Lavoura convencional ou tradicional

É feito o trabalho do solo anterior ao plantio com maquinário, que corta e inverte total ou parcialmente o solo.

 O solo é revolvido, o que facilita o rendimento de água, a mineralização de nutrientes, a redução de pragas e doenças em superfície.

Mas também, reduz rapidamente a cobertura do solos, acelera os processos de degradação da matéria orgânica e aumentam os riscos de erosão.

Geralmente, a lavoura convencional implica mais de uma operação com corte e invertimento do solo.

 

Cultivo mínimo ou conservacionista

Implica o trabalho anterior ao plantio com um mínimo de revolvimento de solo.

Proporciona a aeração do solo e acelera os processos de mineralização de nutrientes mas a menor ritmo que no caso anterior.

Ficam mais resíduos vegetais em superfície e ancorados na massa do solo, dessa forma, o risco de erosão é menor.

 

Plantio direto

O sistema de plantio direto é um conjunto de técnicas que consiste em não revolver ou revolver minimamente o solo, onde, o plantio é feito sobre a palhada.

Esse sistema traz diversos benefícios, tais como, maior retenção de água no solo, reduzindo a erosão e perda de nutrientes.

O cultivo em plantio direto pode ser mais lucrativo se realizado corretamente, para isso o conhecimento prévio é de suma importância.

 

Checklist agrícola

 

Agricultura de precisão

Agricultura de precisão (AP) é a forma mais precisa de monitorar as atividades agrícolas, através da utilização de tecnologias avançadas.

A partir de dados coletados das áreas geograficamente referenciadas, se torna possível a implementação da automação agrícola, além de tornar mais assertiva a tomada de decisão.

Embora, tenha chegado no Brasil no início dos anos 90, por meio da utilização de máquinas agrícolas com receptores GNSS (Global Navigation Satelite System).

Hoje se tem visto cada vez mais forte a utilização das mais diversas ferramentas advindas da agricultura de precisão.

Agora que conhecemos os modelos de agricultura disponíveis para o cultivo da lavoura, vamos conhecer as principais culturas que movem o agronegócio brasileiro.

 

As 5 culturas mais cultivadas nas lavouras brasileiras

 As pesquisas de órgãos como o IBGE, CONAB e CNA, representam uma importante fonte de dados, para acompanhamento das informações agropecuárias no Brasil.

A seguir vamos explorar um pouco desses dados, para apresentar as 5 culturas que mais são cultivadas nas lavouras brasileiras:

 

1 – Soja

Com a expansão do consumo de carne e derivados, o cultivo da soja, usado como alimento para gado de corte, frangos e vacas em lactação, por exemplo, se expandiu nas últimas décadas.

Além da expansão do seu uso na alimentação humana e até mesmo o popular óleo de soja.

O Brasil é o segundo maior produtor de soja no mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. O Mato Grosso é o estado que mais produz o grão, seguido pelo Paraná.

 

2 – Cana-de-açúcar

Primeira cultura agrícola extensiva usada em solo brasileiro, a cana-de-açúcar  foi a principal responsável por viabilizar economicamente a colonização do país.

Com a cana, são produzidos dois produtos essenciais para a economia mundial: o açúcar, parte indispensável da alimentação humana, o álcool, utilizado nas bebidas alcoólicas como a cachaça ou como combustível para veículos, conhecido como etanol.

O Brasil é um dos maiores consumidores e é o maior produtor do mundo da cana-de-açúcar.

 

Plataforma Agropós

 

3 – Milho

Com uma ampla variedade de aplicações, desde o consumo humano à pecuária extensiva, o milho, está entre os principais grãos produzidos no Brasil.

O Brasil é o terceiro maior produtor de milho do mundo. Nos dois primeiros lugares estão os Estados Unidos e a China.

O milho é cultivado  em duas safras no Brasil, sendo denominadas, como: safra e safrinha, isso, possibilita ainda mais o seu cultivo em lavouras brasileiras em épocas distintas e consequentemente maior produção anual.

 

4 – Algodão

Ao lado da soja, é uma das culturas com maior liquidez e rentabilidade, o que favorece o aumento da área plantada.

Estados como Mato Grosso e Bahia contam com as melhores condições climáticas para a produção de algodão. No entanto, a sua produção exige altos padrões de tecnologia e gestão.

Uma vez que, uma dificuldade apontada pelo setor é a infraestrutura de exportação, com problemas que vão de contêineres até a capacidade dos navios para receber o produto.

 

5 – Café

O Brasil é o maior produtor de café do mundo e a sua produção gira em torno das duas principais variedades, o arábica e o conilon.

A área total cultivada chega a quase 2 milhões de hectares, o equivalente a aproximadamente 3 milhões de campos de futebol, sendo 345 mil hectares em formação e 1,8 milhões de hectares em produção.

Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo são os principais estados produtores.

 

Lavouras 2018

Fonte: MAPA, CNA e IBGE

 

Impacto da agricultura na economia

Vimos nesse artigo como a agricultura impacta na economia nacional e até mesmo mundial, devido parte de sua produção serem destinadas à exportação.

A importância da agricultura é indiscutível, pois é a partir dela que se produzem os alimentos e os produtos primários utilizados pelas indústrias, pelo comércio e pelo setor de serviços, tornando-se a base para a manutenção da economia mundial.

Desse modo, podemos perceber que o meio rural sempre foi a atividade econômica mais importante para a constituição e manutenção das sociedades.

Isso, desde quando as técnicas agrícolas primitivas permitiam a existência de um excedente na produção, iniciando assim, as primeiras trocas comerciais.

Por tanto, é possível concluir que, todas as práticas rurais e urbanas, dependem principalmente do campo, da lavoura.

Pós-graduação Gestão e Economia do Agronegócio