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Reforma de pastagem: veja algumas dicas importantes!

Reforma de pastagem: veja algumas dicas importantes!

Quando se tem uma pastagem que apresenta baixa produtividade, alto índice de plantas daninhas e baixo valor nutricional, talvez seja a hora do pecuarista tomar a decisão de reforma de pastagem. Neste artigo vamos falar tudo que você precisa saber sobre esse assunto, além de mostrar algumas dicas neste processo.

Venha Comigo!

 

Reforma de pastagem: veja algumas dicas importantes!

 

Assim como ocorre em outras atividades econômicas, a pecuária passa por evoluções constantes, não é mesmo? Nesse sentido, a recuperação de pastagens se transformou em um procedimento necessário para manter a produtividade em alta. Muitos pecuaristas têm a dúvida de se é possível fazer a manutenção de um pasto degradado ou se é necessário mudá-lo completamente. Nas dicas de hoje vamos tratar sobre este assunto que é motivo de preocupação e cuidado de vários produtores. 

 

 

Quando é necessário reformar uma pastagem?

A degradação da pastagem acontece quando o pasto sofre uma queda na sua produtividade, vigor ou capacidade de recuperação natural, seja pela falta de nutrientes, erosão, invasão de plantas daninhas entre outros fatores, em resumo, quando a sua capacidade de suporte já não supre as necessidades dos animais. 

Apesar de exigir maior investimento, a reforma completa de um pasto é recomendada quando há necessidade de trocar a espécie forrageira, quando estiver tomado por plantas invasoras de difícil controle ou quando os resultados da análise de solo indicarem que ele está muito pobre em fertilidade necessitando de correção e adubação.

A reforma da pastagem consiste em práticas de preparo do solo, correção da acidez, adubação corretiva e por fim o plantio.

 

O planejamento da reforma de pastagens

Um dos fatores principais que restringe o aumento da produtividade na criação de gado é a pastagem degradada. Ao dar início no planejamento das áreas de pastagem, deve-se atentar à escolha de quais áreas devem ser reformadas.

O Produtor deve ter muito conhecimento sobre o terreno da sua pastagem, ou seja, ter total controle dos fatores que influenciam diretamente na sua produção. 

Dessa forma, você conhecerá quais são as boas área de pastagem, aquelas que devem ser modificadas e as áreas que devem ter um trabalho sendo feito, para descansar a pastagem sem prejudicar a alimentação dos animais, de modo que seja feito o descanso da região intensificada.

 

 

6 dicas para reforma de pastagem

A reforma é destruir o que foi feito. Quando as plantas não conseguem fazer o fechamento da área, é necessário uma reforma.

O tempo de recuperação será em torno de 100 a 120 dias. Preparamos algumas dicas para te ajudar na reformar de sua pastagem:

 

1º Dica – Análise do solo

Feita a escolha da área, partimos para a primeira e mais importante etapa, a análise de solo. O primeiro passo é retirar uma amostra de solo que seja representativa da área escolhida. As amostragens são feitas na profundidade entre 0-20 cm e 20-40 cm.

 

 

Perante os resultados da análise, deve ser feita a escolha de qual variedade de capim que será implantada no local, atentando-se às exigências da variedade escolhida, como o solo, clima, manejo e espécie/categoria animal.

 

2º Dica – Recomendação de adubação e calagem

A partir da análise de solo é feita, também, a recomendação de adubação e calagem. Em solos com pH ácidos, como é caso de boa parte dos solos brasileiros, pode ocorrer a indisponibilidade de nutrientes para a cultura, causando retardo no seu desenvolvimento e até queda na produção.

Além de corrigir o pH, diminuindo a acidez do solo, a calagem fornece cálcio e magnésio para as plantas, aumenta a CTC (Capacidade de troca catiônica) e melhora o aproveitamento de nutrientes pelas plantas.

 

3º Dica – Gessagem

O gesso agrícola apresenta teores de cálcio de 16% e de enxofre de 13% quantidades mínimas garantida pela legislação brasileira de fertilizantes e corretivos.

Gessagem é a técnica de aplicação do gesso agrícola com o objetivo de manejar características físico-químicas principalmente nas camadas subsuperficiais do solo.

A melhoria das características físico-químicas do solo em função da realização da gessagem está relaciona a fatores nutricionais e de melhora das condições das camadas mais profunda.

 

4º Dica – Preparo do solo: aração e gradagem

A gradagem deve ser realizada quantas vezes forem necessárias para descompactar o solo devidamente. Usualmente de 2 a 3 gradagens são satisfatórias.

Nesse manejo do solo, um cuidado importante é de não entrar na área quando a ela está úmida, para evitar o “pé de grade”, que é uma camada com 5 cm ou mais de espessura endurecida ou compactada com baixa capacidade de infiltração de água no solo, causando erosão laminar.

Já a aração  tem a principal função de permitir que o solo tenha melhores condições de aeração, além de infiltração e armazenamento de água. Cabe à aração fazer a inversão das camadas do solo, normalmente realizada na profundidade de 20 cm.

 

5º Dica – Semente e semeadura

A compra das sementes é de extrema importância, a escolha de uma semente com alto poder de germinação, de qualidade e procedência, que lhe trará a produtividade e sucesso na formação da nova pastagem.

O plantio das sementes deve ser feito sempre na época recomendada de cada região, respeitando sempre os níveis de chuva e adubação exigida. Lembrando sempre, que para uma germinação eficaz, é recomendado que seja feita a incorporação da semente ao solo.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Uma reforma de  pastagem bem-feita pode trazer excelentes resultados. Você poderá ter um pasto completamente recuperado, e em pleno funcionamento novamente.

Tudo vai depender da análise inicial para identificar os problemas, e dos cuidados posteriores para conseguir manter o pasto em boa saúde. E por isso mesmo é importante ter cuidado com o que você planta depois da reforma.

Na reforma de pastagem, cada etapa do procedimento requer atenção e cuidado. E com isso você deverá, antes de tudo, contratar profissionais para lhe ajudar nesse procedimento.

 

Calagem: conheça 5 benefícios dessa aplicação!

Calagem: conheça 5 benefícios dessa aplicação!

Qual a importância da calagem? Você sabia que esse é um procedimento bastante comum, mas nem todos sabem por que é necessário.

A calagem tem como objetivos diminuir a acidez, ou seja aumentar o pH do solo, e fornecer cálcio e magnésio para as plantas. É uma técnica utilizada no preparo do solo agrícola em que materiais de calcário são adicionados ao solo para neutralizar a sua acidez. Aumentando assim sua produtividade e retorno financeiro.

Descubra quais são os benefícios da calagem e quanto essa técnica é necessária para a lavoura.

Neste artigo, vamos abordar os principais pontos de uma calagem eficiente e descubra como conseguir os resultados esperados para seu cultivo de interesse.

Te convido a explorar mais a fundo esse tema agora comigo, vamos lá?

 

Calagem: conheça 5 benefícios dessa aplicação!

 

O que é calagem?

Calagem é uma técnica utilizada no preparo do solo agrícola em que materiais de calcário são adicionados ao solo para neutralizar a sua acidez. Aumentando assim sua produtividade e retorno financeiro.

A aplicação de calcário (calagem) atua na acidez do solo e também há o fornecimento de nutrientes como cálcio e magnésio para as plantas.

É importante ressaltar que a verificação não só nutricional é fundamental no preparo do solo para o plantio, bem como também é de suma importância a análise do pH do solo.

Em solos com pH ácidos, como é caso de boa parte dos solos brasileiros, pode ocorrer a indisponibilidade de nutrientes para a cultura. Causando retardo no seu desenvolvimento e até queda na produção.

 

 

Uma vez que, os nutrientes precisam de determinadas condições físico-químicas do solo para ficarem disponíveis para as plantas. Por isso uma das mais importantes condições do solo é a sua acidez.

Quanto maior for a acidez, menor é o valor do pH, enquanto o valor neutro do pH é igual a 7. Por outro lado, valores de pH acima de 7 referem-se à alcalinidade do solo.

Por tanto, a maioria das culturas se desenvolvem melhor na faixa de pH situada entre 5,5 e 6,5 (solos levemente ácidos).

Um exemplo disso é o plantio da soja e o plantio da cana-de-açúcar, que para seu cultivo o pH ideal fica em torno de 6,5.

Nesse sentido, para que o solo fique nessa faixa de pH, muitas das vezes se faz necessária a correção do solo.

Essa correção é chamada de calagem, que é realizada com a aplicação de calcário no solo.

Uma vez que, a aplicação de calcário no terreno é capaz de reagir com o solo e diminuir sua acidez e deixa-lo em condições mais adequadas para realização do plantio.

 

 

Quais os benefícios de se fazer a calagem?

Além de corrigir o pH, diminuindo a acidez do solo, a calagem fornece cálcio e magnésio para as plantas, aumenta a CTC (Capacidade de troca catiônica) e melhora o aproveitamento de nutrientes pelas plantas.

Contudo, a calagem vai muito mais além que a correção da acidez do solo.

Os benefícios gerados pela aplicação na lavoura e nas pastagens começam pela maior produtividade. Sinônimo de melhores rendimentos para os donos de terra, independente da extensão da área.

A aplicação amplia ainda a ação dos defensivos agrícolas, hoje um dos itens mais caros na cadeia do agronegócio.

A calagem se faz necessária também por outros motivos. Abaixo vou citar quais são as vantagens de se fazer a calagem do solo antes do plantio:

  1. Aumento da disponibilidade de cálcio e magnésio, elementos que são fundamentais para o crescimento das raízes. Com isso incrementando a absorção da água e dos nutrientes presentes no solo;
  2. Redução dos efeitos tóxicos do manganês e do alumínio, que afetam negativamente o enraizamento das plantas;
  3. Atua como fertilizante;
  4. Melhoria nas características físicas do solo, a calagem auxilia na diminuição da compactação do solo;
  5. Por fim, a calagem colabora com condições favoráveis para manutenção e proliferação da microbiota benéfica do solo, assim também, como condições para a matéria orgânica.

 

Nutrição Mineral de Plantas Macronutrientes.

 

Como fazer uma calagem no solo?

Para a realização da calagem, procedimento esse estratégico para o plantio e que deve ser realizado com muita cautela, apenas quando realmente for necessário.

Nesse sentido, algumas etapas anteriores devem ser executadas até a aplicação efetiva do produto no solo.

Assim como, o primeiro passo é o planejamento, pois a calagem é um procedimento que deve ser realizado cerca de 3 meses antes do plantio.

Vejamos quais são etapas são essas:

 

Amostragem do solo

A coleta de amostras para análise de solo deve ser representativa de toda a área.

Para isso, dentro de cada gleba deve-se realizar a extração de amostras simples, através de um caminhamento em zig-zag.

As amostras simples devem ter o mesmo volume de solo e coletadas na mesma profundidade. Posteriormente homogeneizadas para a formação de uma amostra composta.

Abaixo, demonstração de separação de glebas e caminhamento em zigue-zague para coleta das amostras simples.

 

Amostragem do solo

Fonte:  Agropós

 

Encaminhamento para o laboratório

Após a homogeneização e formação das amostras compostas. Essas devem ser embaladas com sacos plásticos para evitar contaminação e identificadas corretamente.

A identificação das amostras devem conter o seguintes dados: data, local de coleta e responsável e encaminhada para o laboratório de confiança.

 

Definição da dose de calcário

Logo depois, com o resultado da análise em mãos é possível definir o tipo de calcário que será utilizado, se será com mais ou com menos magnésio.

A dose que será empregada deverá ser calculada em função da cultura que será implantada.

Uma das formas de se classificar o calcário é pelo seu poder relativo de neutralização total (PRNT).

Dessa forma, quanto maior for o valor do PRNT, menor deve ser a quantidade necessária de calcário a ser aplicada.

Assim, em geral os valores são distribuídos conforme os dados a seguir em função do tipo de calcário e seu PRNT. Os tipos são:

  • A: PRNT de 45% a 60%
  • B: PRNT de 60,1% a 75%
  • C: PRNT de 75,1% a 90%
  • D: PRNT acima de 90%

Quando a quantidade de calcário recomendada é elevada (> 4 t/ha para solos argilosos ou >2 t/ha para solos arenosos), recomenda-se o parcelamento da dose em pelo menos duas aplicações, minimizando os riscos de uma supercalagem.

 

Definição do tipo de calcário para a sua calagem

A classificação do calcário se dá pela sua composição química, principalmente pelos teores de óxido de cálcio (CaO) e óxido de magnésio (MgO). Com base nos teores desses compostos químicos, o calcário pode ser:

  • Calcítico: mais cálcio (acima de 40%) e menos magnésio (até 5%);
  • Magnesiano: cálcio entre 30% e 40% e magnésio entre 5% e 12%;
  • Dolomítico: cálcio entre 25% e 30% e magnésio acima de 12%.

E ainda pode ser utilizado o Calcário filler, calcário que apresenta granulometria fina, indicado para o plantio direto.

 

Cal virgem agrícola

É obtido pela calcinação ou queima completa do calcário, esse processo é realizado de maneira industrial.

É composto por óxido de cálcio (CaO) e o óxido de magnésio (MgO).

Sua apresentação é na forma de pó fino e sua absorção é instantânea, gerando calor e devido esse fator ele deve ser adicionado ao solo com antecedência, para evitar o risco de “queima” das sementes e plântulas.

 

Cal hidratada agrícola ou Cal extinta

É obtido pela hidratação da cal virgem, com sua constituição o hidróxido de cálcio Ca(OH)2 e o hidróxido de magnésio Mg(OH)2 e também se apresenta na forma de pó fino e sua absorção também é instantânea.

 

Calcário calcinado

É obtido através da calcinação parcial do calcário, com sua constituição o CaCO3 e MgCO3 não decompostos do calcário, CaO e MgO e também Ca(OH)2 e Mg(OH)2 resultantes da hidratação dos óxidos pela umidade do ar.

Assim como, o calcário calcinado, apresenta características medianas à cal virgem ao calcário.

Sua apresentação é em forma de pó fino. Sua ação neutralizante é devida à base forte OH e a base fraca CO3-2 .

 

Escória básica de siderurgia

É um subproduto da indústria do ferro e do aço, com sua constituição o silicato de cálcio e o silicato de magnésio.

 

Carbonato de cálcio

Produto obtido pela moagem de margas, que são depósitos terrestres de carbonato de cálcio.

Do mesmo modo, pode ser obtido através da moagem de corais e sambaquis, que são depósitos marinhos de carbonato de cálcio. Também denominados de calcários marinhos.

Sua ação neutralizante é semelhante à do carbonato de cálcio dos calcários.

 

Aquisição do produto

Por fim, depois de definido o tipo de calcário que será utilizado, pesquise com os fornecedores qual é a melhor opção.

Leve em consideração a localização da sua propriedade, o custo do transporte do calcário pode ser significativo, como também de todo equipamento e mão de obra.

É importante colocar todo custo do processo na ponta do lápis, pois cada gasto a mais é lucro a menos da sua lavoura.

Contudo, agora que você já conhece as opções de calcário para fazer a calagem da sua lavoura e o que você deve considerar ao adquiri-lo. Vamos conhecer como é sua aplicação.

 

Como realizar a calagem?

A princípio, a calagem deve ser realizada 3 meses antes do plantio da lavoura.

O calcário deve incorporado uniformemente ao solo, até a profundidade de 20 cm, pode ser distribuído manualmente (a lanço). Ou com aração e gradagem (plantio convencional).

 

Como realizar a calagem?

 A calagem superficial normalmente não tem efeito rápido na redução da acidez do subsolo, por isso, a importância do planejamento da calagem antecipadamente.

Nesse sentido, se torna fundamental esse planejamento. Pois a acidez nas camadas mais profundas do solo, pode inibir o desenvolvimento das raízes. Devido aos níveis tóxicos de Al ou mesmo por deficiência de Ca.

Dessa forma, agora que sabemos quais são as possibilidades de calcário utilizar e como aplicar, vamos ver como é feito o cálculo da calagem?

 

Recomendação da calagem

É importante salientar que o cálculo da calagem deve levar em conta os diferentes métodos aplicados para diversas regiões do país. Bem como, estar com o resultado da análise de solo em mãos.

Há várias formas de realizar o cálculo de calagem. Aqui, vou apresentar os dois mais utilizados.

 

Neutralização de alumínio

Esse é um método mais indicado para solos com baixa CTC (Capacidade de troca catiônica).

NC  = Y [Al3+ – (mt – t/100)] + [X – (Ca2+ + Mg2+)] Sendo que:
NC = Necessidade de calcário, em t/ha
Y= Valor tabelado em função do poder tampão do solo:
Arenoso: Y = 0 a 1
Médio: Y = 1 a 2
Argiloso: Y = 2 a 3
Muito argiloso: Y = 3 a 4

mt= Saturação por Al3+ (100 x Al / SB + Al)
t= CTC efetiva (SB + Al)
X= Teor mínimo de Ca + Mg: tabelado, sendo que para forrageiras tropicais é de 1 a 2.
Ca2+ + Mg2+= teores trocáveis de Ca e Mg, em cmolc/dm3

 

Saturação por bases

NC = [CTC x (V2 – V1) x (100/PRNT)] / 100

Sendo que:

NC = Necessidade de calcário, em t/ha
CTC = CTC pH7 (capacidade de troca de cátions) em cmolc/dm3
V2 = Porcentagem de saturação por bases desejada
V1 = Porcentagem de saturação por bases atual do solo (encontrada na análise do solo)

PRNT = Poder Relativo de Neutralização Total (encontrado na embalagem do calcário).

 

Plataforma Agropós

 

Sistema convencional X sistema de plantio direto

A calagem pode ser adotada tanto no plantio convencional, quanto no plantio direto. Para ambos os tipos de cultivo é necessário seguir todas as recomendações citadas anteriormente.

Logo, no plantio convencional a aplicação do calcário é agregado ao solo, em seguida de operações de aração e gradagem.

Dessa forma, o calcário é incorporado mais uniformemente ao solo. Conseguindo atingir até suas camadas mais profundas.

Por outro lado, no sistema plantio direto, a correção da acidez é feita por meio da aplicação de calcário na superfície do solo, sem que haja a incorporação.

Para isso, recomenda-se a utilização de um calcário mais fino. Facilitando a sua reação com o solo, portanto, maior efeito da calagem.

Nesse caso o mais utilizado é o Calcário filler, por apresentar granulometria mais fina.

A calagem também atua ao longo dos anos no plantio direto. Amenizando os efeitos nocivos da acidez em camadas mais profundas do solo. Por isso, deve se ter o cuidado de não repetir a operação em espaço de tempo curto.

 

Mas como a calagem age no solo?

Vejamos de acordo com esquema abaixo como a calagem age no solo:

Reação da calagem

 

Conclusão

Enfim, a calagem para seu maior aproveitamento ela deve ser bem planejada e sistematicamente seguida passo a passo.

Nesse artigo foi apresentada a importância de se fazer a calagem do solo e de como esse processo pode influenciar positivamente na sua lavoura.

Portanto, para a realização da calagem, procedimento esse estratégico para o plantio, deve ser realizado com muita cautela, apenas quando realmente for necessário. Por isso a importância da amostragem e análise de solo para resultados conclusivos.

Espero com esse artigo possa ter te ajudado na hora da tomada de decisão e que assim conquiste ótimos resultados de produtividade na sua lavoura.

Escrito por Juliana Medina.

Soja: conheça mais sobre essa cultura e seu cultivo no Brasil!

Soja: conheça mais sobre essa cultura e seu cultivo no Brasil!

A soja é uma das principais culturas alimentares da humanidade. Na gastronomia oriental a soja é conhecida como o “grão sagrado” devido às suas características nutricionais e medicinais.

A soja é uma das fontes mais ricas e baratas de proteínas e é um alimento básico na dieta de pessoas e animais em várias partes do mundo.

 

soja

 

Origem e história da soja

Alguns relatos mais antigos deste grão datam do período compreendido entre 2883 e 2838 A.C. Nesta época, as plantas de soja eram bem diferentes das que conhecemos atualmente: eram rasteiras e cresciam ao longo de cursos de rios.

O processo de domesticação iniciou-se na China, a partir de cruzamentos naturais realizados por cientistas.

A introdução da soja no ocidente, ocorreu apenas no final do século XV, período que coincide com as grandes navegações.

 

 

Durante muitos anos, esta planta foi utilizada apenas de forma ornamental, até que, pesquisadores europeus iniciaram os estudos desta oleaginosa como fonte de nutrientes animal e para a produção de óleo, somente no século XVIII.

No entanto, as suas primeiras tentativas de cultivo em larga escala neste continente falharam. Isso aconteceu devido a fatores como inaptabilidade climática, falta de conhecimento sobre a cultura, dentre outros.

Nos EUA, atual maior produtor mundial, a soja foi introduzida em 1765 por Samuel Bowen. Ele recebeu sementes da China e se referiu à planta como ervilhaca chinesa em vez de soja.

Na década de 1870, a soja aumentou em popularidade entre os agricultores que começaram a plantá-los como forragem para o gado.

As plantas floresceram no clima quente e úmido do verão, característico da Carolina do Norte. Em 1919, foi fundada a “American Soybean Association”.

Na época, os agricultores usavam apenas 20 variedades de soja, porém 10 anos depois, após busca na China, os americanos já possuíam mais de 10.000 variedades.

Foi na década de 1940 que os EUA se consolidaram como grandes produtores dessa oleaginosa, depois da produção na China ter sido suspensa por causa da segunda guerra mundial.

 

Diversidade de uso da soja

No continente asiático, a soja é amplamente consumida nas formas de leite de soja, tofu, (uma coalhada que lembra um pouco o queijo cottage).

A soja também é germinada para uso como ingrediente de salada ou como vegetal e pode ser consumida assada como lanche.

O molho de soja, um líquido marrom salgado, é produzido a partir de soja e trigo triturados e fermentados; é um ingrediente onipresente na culinária asiática.

Outros alimentos fermentados de soja incluem tempeh, missô e pasta de soja fermentada.

No Ocidente, os dois principais produtos da soja são o óleo extraído da semente e suas proteínas. As sementes de soja contêm 18 a 23% de óleo e 38 a 44% de proteína.

O óleo é convertido em margarina, maionese, gordura e molhos para salada. Deste mesmo óleo vegetal, tem saído mais de 70% da matéria prima para produzir o biodiesel brasileiro.

A proteína de soja é usada principalmente para alimentação animal para a produção de carne de porco, aves, ovos, peixe, carne bovina e leite.

A proteína de soja também é usado na forma de concentrados e isolados de proteínas e proteínas texturizadas para consumo humano.

 

produtos soja

Produtos alimentares derivados da soja.

 

Como a soja veio para o Brasil

Em 1882, o D´Utra publicou o primeiro relatório confirmado a introdução da soja na América do Sul. A Escola de Agricultura da Bahia cultivou esta planta de forma experimental.

Porém, foi a partir da sua introdução no estado de São Paulo, na Estação Agropecuária de Campinas, que sementes foram distribuídas e espalhadas através dos imigrantes japoneses.

O estado que apresenta maior semelhança climática com a região onde os cultivares americanos eram produzidos, é o Rio Grande do Sul. E foi no ano de 1914 que a cultura foi introduzida lá.

A década de 1970 foi marcante para a sojicultora nacional. A produção cresceu dez vezes no período compreendido entre 1970 e 1979.

Este crescimento foi atribuído, principalmente, ao aumento na produtividade, com a finalidade de atender o mercado externo. No entanto, a área de plantio de soja aumentou significativamente na região Sul, de maneira que não foi suficiente para comportar toda a demanda.

A solução então, foi buscar outras regiões para atender essa demanda.

 

Dano causado pela ferrugem da soja.

 

Produção no Brasil

Essa expansão foi possível graças a avanços tecnológicos. O principal avanço foi a obtenção de cultivares com a característica “período juvenil longo”, permitindo o cultivo da planta em qualquer latitude do território brasileiro. Com isso, a região do cerrado tornou-se a maior região produtora do país.

No ano de 1998, foi aprovada no país o plantio de soja transgênica, tolerante ao herbicida glifosato. Desde então, diversos cultivares resistentes a herbicidas e a insetos foram adotados e colaboraram para aumento na produtividade.

Hoje, o Brasil ocupa o posto de segundo maior produtor de soja do mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos, com uma área de mais de 36 milhões de hectares e produção de 114,843 milhões de toneladas, na safra 2018/2019. O maior produtor brasileiro, é o estado do Mato Grosso, respondendo com quase 30% da produção nacional.

 

Métodos de plantio da soja

Outro fator que favoreceu a implementação da cultura da soja nos solos ácidos e poucos férteis do cerrado brasileiro foi a adoção do plantio direto. Esta técnica começou a ser adotada no Brasil, por produtores paranaenses na década de 1970 e ganhou um maior número de adeptos com a expansão da sojicultura para outras regiões do país.

 

plantação de soja

 

No sistema convencional, o solo é exposto até que a cultura seja plantada para ser submetido a técnicas de preparação como remoção da vegetação nativa, capinas (manual, por herbicidas ou mecânica), aração seguida de gradagem – com o objetivo de descompactar e nivelar o solo, aplicação de defensivos agrícolas e plantio realizado por semeadura manual ou mecanizada.

No plantio direto, o solo só é manuseado durante o plantio e restos vegetais de culturas são mantidos como uma maneira de proteger o solo.

Isso permite o aumento da matéria orgânica na área e a manutenção de características físicas do solo.  Geralmente o plantio direto vem acompanhado da rotação de culturas, com a finalidade de reduzir o inoculo de pragas e patógenos que é aumentado neste sistema.

Segundo a Embrapa, plantio direto aumenta a produtividade nas lavouras em 30%, quando comparado ao sistema convencional.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

A soja é a fonte alimentar de milhões de pessoas ao redor do mundo. Foi cultivada de maneira extensiva no Brasil na década de 1970 e hoje é uma das principais geradoras de riqueza da nossa agricultura.

Sua expansão para a região de cerrado foi um marco e se tornou fundamental para nos tornarmos os segundos maiores produtores mundiais. Seu uso inclui a alimentação humana, animal e produção de biodiesel.

Ela pode ser cultivada no plantio convencional, com aração e gradagem de solo ou no plantio direto, no qual o plantio ocorre direto sobre a palhada da cultura anterior.

Avanços tecnológicos estão sendo feitos para maior produtividade desta cultura. Projeta-se que o Brasil se torne brevemente o maior produtor mundial.

Gostou de saber mais sobre a soja? Acompanhe o blog da AgroPós e aproveite o nosso conteúdo.

 

Descubra tudo sobre a origem do milho!

Descubra tudo sobre a origem do milho!

O milho é um dos mais importantes produtos do setor agrícola no Brasil e se destaca pela sua versatilidade e importância econômica em vários setores. Sendo na indústria, na alimentação humana e animal. México é a origem mais provável do milho, depois o grão se firmou na América do Sul, onde a origem do milho está mais precisamente no sul Peru.

O milho é pertencente a família Poaceae que é composta por várias espécies, sendo o milho (Zea mays) um dos principais. No cenário mundial o Brasil tem se destacado como terceiro maior produtor de milho.

No solo brasileiro o milho já era cultivado pelos povos indígenas, antes mesmo que os colonizadores adentrassem em nosso território.

Quer saber mais? Origem do milho no mundo e no Brasil, como cultivar, época de plantio e produtividade por área? Então vamos lá nessa viagem em uma das culturas com maior expressão econômica no agronegócio do país, o milho.

 

origem do milho

 

Origem do milho no mundo

O México é a origem mais provável do milho. Os primeiros registros de seu cultivo foram feitos em ilhas próximas ao litoral mexicano. Há pelo menos 7.300 anos o milho participa da história alimentar mundial. A família Poaceae reúne espécies de interesse agrícola de extrema importância para a alimentação humana, a produção animal, bem como, para a geração de bioenergia.

Uma vez difundido no México, o grão se firmou como produto em países da América Central com clima propício para seu cultivo, como o Panamá, e também pela América do Sul, segundo as informações da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).

Na América do Sul, a origem do milho está mais precisamente no sul Peru.

Grânulos de milho foram encontrados há 4 mil anos, revelando que há cerca de 40 séculos, pelo menos, já se cultivava o alimento por essa região do continente.

No entanto, com o período de colonização do continente americano e as chamadas grandes navegações que ocorreram durante o século XVI. O milho se expandiu para outras partes do mundo. Se tornando um dos primeiros itens na cultura mundial.

Com a chegada de Colombo ao continente americano, o milho embarcou em direção a Europa e se consolidou como fonte alimentar das populações mais humildes.

Por esse motivo e também por ser utilizado como ração animal, o cereal, no entanto, era discriminado pela elite europeia.

 

 

Origem do milho no Brasil

No país o milho já era cultivado pelos índios antes mesmo da chegada dos portugueses. Já que eles utilizavam o grão como um dos principais itens de sua dieta.

Mas foi com a chegada dos colonizadores, há mais de 500 anos atrás, que o consumo do cereal no país aumentou consideravelmente. E passou a integrar o hábito alimentar da população.

De acordo com a Fundação Joaquim Nabuco, no período Brasil-Colônia, os escravos africanos tinham no milho, além da mandioca, como um de seus principais alimentos.

 

Produtividade x área

Por suas características fisiológicas, a cultura do milho tem alto potencial produtivo. Já tendo sido obtida produtividade superior a 17ton/ha em concursos de produtividade de milho conduzidos por órgãos de assistência técnica e extensão rural e por empresas produtoras de semente.

No entanto, o nível médio nacional de produtividade está por volta de 4.864  kg ha-1, ainda considerado baixo pelo potencial produtivo da cultura.

Demonstrando que o manejo cultural do milho deve ser ainda bastante aprimorado para se obter aumento na produtividade e na rentabilidade que a cultura pode proporcionar.

 

Checklist agrícola

 

Métodos de plantio do milho

As mudanças que vêm ocorrendo nos sistemas de produção de milho no Brasil comprovam a profissionalização dos produtores.

Essas mudanças, associadas ao papel cada vez mais importante de técnicos, consultores e extensionistas das redes públicas e privadas. Além do maior fluxo de informações via medias especializadas. Têm levado o produtor a cada vez mais se profissionalizar no setor produtivo do agronegócio.

Além disso, várias tecnologias ligadas à cultura do milho foram implementadas. Ou ainda estão sendo implementadas no setor agrícola brasileiro. Dentre elas, destacam-se:

  • Utilização de cultivares de alto potencial genético (híbridos simples e triplos) e de cultivares não transgênicas e transgênicas com resistência a lagartas e ao uso do herbicida glifosato.
  • Espaçamento reduzido associado à maior densidade de plantio. Permitindo melhor controle de plantas daninhas, controle de erosão, melhor aproveitamento de água, luz e nutrientes. Além de permitir uma otimização das máquinas plantadoras.
  • Melhoria na qualidade das sementes associada ao tratamento dos grãos. Especialmente o tratamento industrial, máquinas e equipamentos de melhor qualidade. Que garante boa plantabilidade e boa distribuição das plantas emergidas, garantindo assim maior índice de sobrevivência do plantio à colheita.
  • Uso intensivo do Manejo Integrado de Pragas, Doenças e Plantas Daninhas (MIP).
  • Correção do solo baseando-se em dados de análise. E levando em consideração o sistema, e não a cultura individualmente.

 

Qual a época ideal para o plantio?

A produção de milho no Brasil é caracterizada pelo plantio em duas épocas: primeira safra (ou safra de verão) e segunda safra (ou safrinha).

Os plantios de verão são realizados em todos os estados. Na época tradicional, durante o período chuvoso, que ocorre no final de agosto, na região Sul. Até os meses de outubro/novembro, no Sudeste e Centro-Oeste.

Na região Nordeste, esse período ocorre no início do ano.

A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) classifica como segunda safra a safrinha propriamente dita e a safra de inverno plantada em Rondônia, Tocantins e em determinadas regiões da Bahia e de Sergipe.

A safrinha refere-se ao milho de sequeiro. Plantado extemporaneamente, geralmente de janeiro a março ou até, no máximo, meados de abril.

Quase sempre depois da soja precoce e predominantemente na região Centro-Oeste e nos estados do Paraná, São Paulo e Minas Gerais.

Tem–se verificado, nos últimos anos, decréscimo nas área plantadas da primeira safra. Mas compensado pelo aumento do plantio no período da safrinha e no aumento do rendimento de grãos das lavouras de milho. Tanto na primeira safra quanto na safrinha.

Apesar das condições desfavoráveis de clima, os sistemas de produção da safrinha têm sido aprimorados e adaptados a essas condições. O que tem contribuído para elevar os rendimentos das lavouras também nessa época.

 

Plataforma Agropós

 

Produção de milho no Brasil

A safra de milho 2019/2020 do Brasil foi estimada pela Safras & Mercado em 105,8 milhões de toneladas. Ante previsão de 104,75 milhões de toneladas divulgada no mês passado.

A consultoria elevou a projeção de colheita do milho cultivado na primeira safra, para 23,2 milhões de toneladas. Enquanto reduziu a perspectiva da segunda safra, a safrinha, para 73,8 milhões de toneladas.

O recuo nas projeções para a safrinha deve-se à ocorrência de estiagem nas lavouras de Mato Grosso do Sul e Paraná.

 Você conhece a origem do milho? Descubra já!

Fonte: Conab (Companhia Nacional de Abastecimento)

 

Portanto, a importância no cultivo da cultura do milho se dá na indústria, alimentação humana e animal. Sendo um vegetal de fácil propagação e um dos maiores impulsionadores da economia do país e do mundo.

Pelo pequeno, médio ou grande produtor, o milho, sempre foi e será um potencial de cultivo. Seja pelo apelo comercial, seja para subsistência.

Além do mais, deve ser enfatizada a utilização de tecnologias como o sistema de plantio direto, a integração lavoura-pecuária, a agricultura de precisão e melhores técnicas de irrigação. Que têm permitido uma melhoria do potencial produtivo das lavouras de milho.

Escrito por Juliana Medina.

Plano de manejo de pragas reduz uso de agrotóxicos em lavouras de soja do Paraná

Plano de manejo de pragas reduz uso de agrotóxicos em lavouras de soja do Paraná

Plano de manejo de pragas reduz uso de agrotóxicos em lavouras de soja do Paraná

Especialistas da Emater e da Embrapa trabalham conscientização dos agricultores para diminuir uso de produtos químicos na produção.

Por G1 PR, Curitiba

Especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) têm visitado produtores de soja do Paraná, para divulgarem um plano de manejo de pragas.

Com a conscientização dos agricultores, segundo os agrônomos, o uso de agrotóxico nas lavouras do estado pode diminuir pela metade. Assista à reportagem.