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Cercosporiose no café: saiba como identificar e manejar!

Cercosporiose no café: saiba como identificar e manejar!

O Brasil é um dos maiores produtores de café do mundo. Apesar disso, alguns problemas tendem a prejudicar as lavouras. Como a Cercosporiose, com isso preparamos esse artigo onde você irá saber tudo sobre essa doença.

Venha Comigo!

 

Cercosporiose no café: saiba como identificar e manejar!

 

O café é hoje um dos principais e mais importantes itens de exportação do Brasil, sendo responsável por movimentar a economia e gerar inúmeros empregos ao longo de todo o território nacional.

Esse fruto, além de representar uma tradição cultural muito forte para o país, é também a segunda bebida mais consumida em todo o mundo, o que nos evidencia ainda mais sua grande importância e notoriedade.

Dentre os principais fatores que influenciam diretamente na produtividade e na qualidade dos frutos do cafeeiro estão as doenças, que, se não diagnosticadas e combatidas de forma e no tempo correto, podem colocar em risco toda uma lavoura, causando prejuízos ao produtor e também à sua produção.

Uma das principais e mais conhecidas doenças que atacam o cafeeiro é a cercosporiose. Então vamos conhecer mais sobre essa doença?

 

Pós-graduação Fitossanidade

 

O que é a cercosporiose?

A cercosporiose do café é uma doença causada pelo fungo Cercospora coffeicola. Também conhecida como mancha-de-cercospora ou mancha de olho pardo, ela ataca as folhas e também os frutos do café, trazendo prejuízos à qualidade dos grãos.

A primeira vez que a doença foi identificada no Brasil foi em 1887. Um problema antigo, que preocupa os produtores de café do país.

A doença está presente em praticamente todas as áreas produtivas do Brasil e causa prejuízos ao cafeeiro desde a sua fase jovem até a adulta. Cabe destacar que ela fica apenas atrás da ferrugem em importância para as doenças do café.

 

Ciclo da doença

A disseminação do fungo ocorre através do vento, água ou até mesmo por insetos. Após atingir a planta e sob as condições favoráveis de umidade e temperatura, ocorre a sua germinação e a penetração através da cutícula.

A ocorrência se dá pelas aberturas naturais da folha. A doença é favorecida em temperaturas entre 18°C e 25°C, com elevada umidade relativa e elevada radiação solar. Após períodos de chuva seguidos de veranicos ou em períodos de intensa radiação solar e déficit hídrico, a doença pode ser intensificada.

O desequilíbrio nutricional também pode influenciar na incidência dessa doença. Em sistemas convencionais, outros fatores podem resultar em maior suscetibilidade da cercosporiose no café:

  • menores teores de cálcio;
  • magnésio foliares nas fases de granação e maturação dos frutos;
  • carência de nitrogênio.

 

Fungos causadores de doenças em plantas.

 

Sintomas da doença

Os sintomas nas folhas manifestam-se como manchas de configuração mais ou menos circular, com 0,5-1,5 cm de diâmetro, de coloração pardo-clara ou marrom-escura, com centro branco-acinzentado, envolvidas por anel arroxeado, dando a ideia de um olho.

No centro das lesões, em estádio mais avançado, geralmente são observadas pequenas pontuações pretas, que constituem as estruturas de frutificação do fungo. As folhas atacadas caem rapidamente, ocorrendo desfolha e seca dos ramos.

A desfolha é causada pela grande produção de etileno no processo de necrose, bastando uma lesão por folha para causar sua queda. Nos frutos, as lesões começam a aparecer quando estes estão ainda pequenos, aumentando o ataque no início da granação.

As lesões permanecem até o amadurecimento dos frutos. Seu aparecimento ocorre principalmente nas partes mais expostas à insolação, na forma de pequenas manchas castanhas, deprimidas, que se alongam no sentido das extremidades.

À medida que as manchas envelhecem, assumem um aspecto ressecado e escuro, fazendo com que a casca, nessa parte, fique aderente à semente, o que, em ataques mais severos, causa seu chochamento.

 

Prevenção da cercosporiose

Um método eficiente e que surte efeito na plantação é a manutenção do equilíbrio nutricional do solo. Por exemplo, quando há falta ou excesso de nitrogênio na matéria seca, o crescimento da planta sofre interferência, mais especificamente um desenvolvimento debilitado e o retardo da sua maturação, respectivamente.

A partir do momento que esses níveis estão bons, é possível encontrar um cafeeiro com crescimento mais vigoroso e também com menor propensão a ter doenças.

O bom tratamento do solo deve vir acompanhado de sementes de qualidade. É importante que elas estejam limpas, sadias e tenham recebido tratamento adequado.

O mais indicado é que elas sejam cultivadas em áreas drenadas, bem arejadas e que tenham sombreamento. Lembre-se também de evitar a irrigação excessiva, pois ela é vetor para a cercosporiose do café.

No momento de plantio é importante que o solo tenha uma matéria orgânica rica e não esteja compactado, a fim de que as sementes possam se desenvolver e as raízes da planta não sejam afetadas em sua absorção de nutrientes.

 

Controle cercosporiose

Em lavouras adultas é recomendado um cuidado maior no momento da adubação, com o objetivo de evitar o desequilíbrio da relação parte aérea/sistema radicular, condição essa que favorece o desenvolvimento da doença.

Este cuidado deve ser redobrado quando utilizadas cultivares que possuem uma alta produção precoce, levando a uma necessidade maior de adubação nitrogenada em equilíbrio com a adubação potássica.

O controle químico da cercosporiose, assim com as medidas citadas anteriormente, deve ter caráter preventivo, ou seja, os produtos (fungicidas) devem ser aplicados com o objetivo de prevenir o surgimento da doença, e não a combater após sua proliferação na lavoura. É recomendado que o controle seja feito entre os meses de dezembro e fevereiro.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

A cercosporiose do café é uma doença séria para a cultura. É muito importante fazer um constante monitoramento da área, especialmente, pois a doença se desenvolve devido a condições que podem ser tratadas antes mesmo do plantio.

Não dá para perder produtividade ou ter um fruto de má qualidade, não é mesmo? Por isso, escolha os cuidados certos.

Gostou de saber mais sobre o assunto?  Deixe seu comentário e acompanhe nosso blog e fique por dentro dos próximos artigo sobre o tema!

 

Pós-graduação Fitossanidade

Plantio de café: aprenda passo a passo!

Plantio de café: aprenda passo a passo!

O café é uma das bebidas mais consumidas no mundo, por isso seu plantio de café  é uma excelente fonte de rendimento. Quer saber mais como cultivar café de forma correta?

Confira!

 

Plantio de café: aprenda passo a passo!

 

A cultura do café foi introduzida no Brasil no início do século XVIII. Inicialmente cultivada no Pará, a planta logo se espalhou para as demais regiões do país e começou a ganhar grande destaque na economia brasileira a partir de 1825.

Hoje, a plantação de café representa uma enorme importância para o agronegócio brasileiro e está à frente das grandes exportações do país.

O Brasil é o maior produtor e exportador de café, e o segundo maior consumidor, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Em Minas Gerais, o café é o principal produto da pauta de exportações do agronegócio, além de apresentar uma qualidade bastante elevada do produto final.

 

 

Variedades do café

Primeiramente, vale citar que o café é uma planta exótica que engloba diversas espécies, das quais apenas duas são cultivadas e comercializadas:

Coffea arábica; e
⦁ Coffea canephora, conhecido como Robusta (no Brasil, Conilon).

Porém, dentro das espécies Arábica e Conilon, há diversos cultivares, que são, na sua maioria, desenvolvidas por meio de melhoramentos genéticos. Entre as variedades mais comuns no Brasil são:

 

Robusta

Aspecto rústico e de sabor acentuado, com grande resistência às doenças e tempo de maturação maior que a Arábica.

 

Arábica

Variedade mais produzida e consumida do mundo, possuindo sabor puro e suave. É naturalmente mais adocicado e um pouco ácido.

 

 

Importância do planejamento no plantio

Assim como outras culturas, a plantação de café exige planejamento prévio e conhecimento de suas técnicas de manejo para garantir produtividade elevada aliada à qualidade dos grãos.

O plantio de café envolve uma série de aspectos, no qual pequenos detalhes assumem importância decisiva.

 

Plantio de café: planejamento

Na maioria dos casos, as falhas cometidas refletirão por toda a vida útil da cultura, influenciando a sua longevidade, a qualidade do produto, a produtividade da lavoura, os custos de produção e, por consequência, a rentabilidade da atividade.

Acompanhe abaixo nosso passo a passo de como começar uma plantação de café e alcançar o sucesso na colheita.

 

1º passo: escolha da área

O primeiro passo para começar a sua plantação de café é escolher um local adequado para a plantação de café. Levando isso em consideração, procure evitar terrenos que estejam voltados para faces propícias à ação de ventos fortes e frios, pois esta característica é altamente prejudicial às plantas.

O local não deve ter recebido o cultivo de cafezais dentro de um período de 5 anos, pois essa condição favorece o aparecimento de moléstias e pragas.

A plantação de café se desenvolve mais facilmente em lugares que apresentam uma topografia plana, pois, caso seja íngreme, pode tornar os processos de semeadura e colheita mais trabalhosos.

 

2º passo: faça a análise e correção do solo

É recomendado consertar a erosão do solo, para isso, passe um trator esteira, que é capaz de igualar o terreno, acabando com os buracos e tornando-o plano. Isso irá permitir que a semeadura seja realizada mais rapidamente, além da colheita, é claro.

Cada lavoura precisa de uma quantidade de nutrientes para ter o melhor rendimento. Para isso, é preciso uma boa análise de solo

E, com os resultados dessa análise, você consegue fazer a correção do solo, repondo o que falta de nutriente para o plantio de café.

 

3º passo: defina a variedade que será plantada

O solo está impecável para receber o novo cultivo? Pois bem, agora é o momento de selecionar a diversidade de café que será plantado.

Na escolha do tipo de café, deve-se ter em mente o manejo, pois cultivares mais vigorosas e produtivas são mais exigentes em fertilidade e podas. E cultivares suscetíveis a doenças/pragas precisam de maiores cuidados fitossanitários.

 

4º passo: semeadura do café

Após escolher as sementes é preciso fazer a semeadura do café. Nesta fase, comece abrindo as covas com aproximadamente 30 cm de profundidade e 25 cm de largura.

Cada buraco deve ter um espaçamento de 80 cm, que é o suficiente para que um arbusto não interfira no crescimento do outro.

O ideal é colocar entre 2 e 3 sementes dentro de cada cova, posteriormente, cubra-as com 2 camadas de terra. Termine o processo de semeadura irrigando os canteiros para acelerar a germinação da planta.

 

5º passo: irrigação

O café não exige muitas regas e não suporta solos encharcados. Por isso, a irrigação deve ser realizada pelo menos uma vez por semana.

A inspeção frequente da plantação de café é essencial para garantir uma boa colheita. Além disso, o apoio de especialistas ajuda na boa manutenção da lavoura, sobretudo se a área plantada é extensa.

 

6º passo: oriente o plantio de acordo com a exposição ao sol

A exposição ao sol também influencia muito o plantio de café. A insolação excessiva, especialmente em altitude menor, pode ser danosa ao cafeeiro. Nesse caso, recomenda-se planejar a arborização como forma de amenizar tal efeito.

 

7º passo: pesquise o controle de pragas e doenças

Algumas pragas do cafeeiro já são históricas no Brasil, como o bicho-mineiro e a broca-do-café. Além de outros insetos, fungos e ácaros. Ou seja, o monitoramento de agressores é essencial.

 

8º passo: colheita do café

Os cafeeiros ficam prontos para a colheita quando apresentam grãos de tamanho médio, sendo que a plantação deve estar com 20% com coloração verde. Este processo pode ser feito totalmente manualmente ou de forma mecânica.

O café tem que ser desprendidos dos galhos, retirando todos os fiapos. Também, é necessário tomar cuidado ao manusear os grãos para evitar que eles fiquem machucados, perdendo o sabor e ficando inutilizáveis para o consumo.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Que tal começar a sua plantação de café agora mesmo? De fato, iniciar uma plantação de café demanda muitos cuidados e atenção dos produtores.

Então, esteja disposto a fazer um bom investimentopara conseguir bons ganhos futuros. Em caso de dúvidas durante o processo, busque cursos e especializações que te ajudem durante esse processo.

Gostou de saber mais sobre o assunto?  Deixe seu comentário e acompanhe nosso blog e fique por dentro dos próximos artigo sobre o tema!

Escrito por Michelly Moraes.

Secadores de café: tudo que você precisa saber!

Secadores de café: tudo que você precisa saber!

Neste post vamos falar tudo que o produtor precisa saber sobre os secadores de café, um dos processos de beneficiamento do produto. Essa prática é um fator muito importante e influência diretamente na sua qualidade final. 

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Secadores de café: tudo que você precisa saber!

 

A secagem do café é uma etapa crucial, e também uma das mais difíceis de realizar, no processo de produção do café. No entanto, com a utilização do secador de café, ferramenta inovadora e tecnológica, tudo ficou mais simples.

Apesar da tecnologia está disponível no mercado há muito tempo, algumas fazendas continuam realizando a secagem no terreno. Mas isso acaba por expor os grãos em excesso, diminuindo a taxa de secagem.

Com isso, os frutos sofrem aceleração de fermentação e a qualidade do café fica comprometida. Abaixo vamos conhecer melhor sobre os secadores. Vamos lá!

 

Pós-graduação Gestão e Economia do Agronegócio

 

Técnicas da secagem do café

Há três técnicas adotadas para realizar a secagem do café. Sendo elas:

 

Secagem do café em terreiros

Na secagem em terreiros também chamada de secagem natural – o processo é realizado em áreas com incidência solar. A secagem em terreiros é feita em espaços planos cobertos de cimento, asfalto ou terra batida.

Nessa técnica, os frutos são dispostos em uma cama fina e revolvidos diversas vezes ao dia. A secagem em terreiros pode durar de 10 a 20 dias, sendo finalizada quando a umidade dos frutos atinja entre 11% e 13%.

 

Secagem de café

 

Secagem do café em terreiros suspensos

Os terreiros são similares aos terreiros tradicionais, distinguindo do mais comum apenas pela elevação. Afirma-se que essa técnica acelera o processo de secagem do café, demandando metade do tempo gasto com a secagem em terreiros comuns.

Por consequência, a utilização de terreiros suspensos torna o processo mais barato para o produtor. Por não manter contato com o chão, o café retém menos a umidade, atingindo as porcentagens adequadas mais rapidamente.

 

Secagem do café em terreiros suspensos

 

Secagem em secadores mecanizados

Os secadores mecanizados são uma forma de secagem do café que, ao contrário da secagem em terreiros, não utiliza o ar e luz naturais para eliminar a umidade dos grãos.

Nessa técnica é feito o uso de ar forçado aquecido a diferentes temperaturas para realizar a secagem. Esse tipo de processo exige um investimento maior por parte do produtor, que deve investir nos equipamentos específicos.

 

O que são os secadores de café?

O secador de café é uma tecnologia para auxiliar no processo de secagem do café. Essa etapa é fundamental para manter a qualidade dos grãos após a colheita.

máquina agrícola, então, pode ser alimentada por palha, lenha, pode ser a gás ou até por caldeira. Com a queima do combustível, o equipamento é capaz de manter a temperatura desejada pelo agricultor e consegue efetuar a secagem dos grãos em até 24 horas.

O calor gerado pela queima do combustível chega até a caixa de armazenagem por um ventilador. A caixa vazada permite o contato do ar quente com os grãos, agilizando essa etapa de secagem. Com esse equipamento, o produtor pode colocar os grãos diretamente da colheita nas caixas.

 

Quais as vantagens dos secadores de café?

Confira outras vantagens de adotar esse equipamento a sua lavoura. Veja:

  • Contenção de gastos com mão de obra: o serviço manual não se faz mais necessário, tendo em vista que os secadores de café realizam todo o manejo. A economia também se dá na aquisição e efetivação do secador. 
  • Praticidade no processo de secagem: a funcionalidade é bem prática, e em menos tempo do que no caso da secagem por terreiro.
  • Planejamento de colheita: o produtor tem o controle do período de secagem, preparo e armazenagem. Podendo inclusive, programar a colheita, armazenar em períodos mais longos (sem deterioramento e perda de qualidade), e ainda controlar a germinação do fruto.
  • Otimização da produção do café: o secador de café desempenha uma boa secagem, de forma rápida e competente, e isso beneficia a produção de maneira que aumenta a procura por um produto de boa qualidade.

 

Checklist agrícola

 

Tipos de secadores de café

secador pode ser estático ou rotativo. O rotativo consegue ter uma maior produtividade. Mas acaba tendo um gasto maior de energia. O secador rotativo consegue ter um custo menor, mas acaba tendo uma menor produtividade.

 

Secador estático

A primeira grande vantagem deste sistema é eliminar a seca no terreiro, do pé de café diretamente para o Secador Estático, realizando uma pré-secagem.

Ele elimina a necessidade de movimentação dos grãos durante o processo, por isso, consegue trabalhar com qualquer grau de umidade e qualquer estado de maturação. O resultado é a redução de custos, tanto no uso de mão-de-obra como em seu baixo consumo de energia.

O Secador estático permite flexibilidade em termos de volume, atendendo tanto pequenos como grandes produtores. A um custo acessível, inclusive, para os produtores de menor porte.

 

 

Secador rotativo

O Secador rotativo para café e outros grãos é o secador ideal para o cafeicultor de pequeno, médio e grande porte. Recebem o café diretamente da roça ou do lavador, propiciando uma secagem rápida e uniforme.

As portas para carga e descarga do produto proporcionam rapidez nestas operações. Seu melhor aproveitamento de calor resulta em melhor desempenho de secagem, economia de combustível e o mais importante, secagem uniforme.

 

Plataforma Agropós

 

Quanto custa os secadores de café?

Quando se trata de valores, os preços variam conforme os modelos de secadores de café, além da sua condição, se novo ou usado. 

Podemos adiantar que a média de custo de um equipamento estático e usado, é de aproximadamente R$ 15.000,00. E, se comparado aos tipos de seca, esse método agrega muito mais economia e custo-benefício. 

 

Conclusão

O cafeicultor deve entender que a secagem de café é comparativamente mais difícil de ser executada do que a de outros produtos agrícolas. Como são várias as possibilidades de secagem, o cafeicultor deve ficar atento e escolher a melhor opção quando for decidir na vida real.

É necessário fazer um levantamento da estrutura de pós-colheita disponível na propriedade, do volume de grãos de café a ser colhido. Pois a escolha do secador de café tem que caber no orçamento. Gostou de saber mais sobre o assunto?  Deixe seu comentário!

Escrito por Michelly Moraes.

Pós-graduação Gestão e Economia do Agronegócio

Produção de café em 7 passos até o seu consumo!

Produção de café em 7 passos até o seu consumo!

O café é um dos principais produtos agrícolas na pauta das exportações brasileiras. A produção de café, atualmente, passa por várias etapas antes de chegar aos consumidores. Neste post vamos abordar cada uma dessas etapas.

Venha Comigo!

 

Produção de café em 7 passos até o seu consumo!

 

A produção de café

A produção de café no Brasil é uma atividade agrícola historicamente reconhecida por contribuir com a melhora social e econômica do país. A exigência, cada vez maior, dos consumidores por um bom padrão de qualidade do café.

Como veremos a seguir, o plantio do café não é um bicho de sete cabeças, mas devemos prestar atenção em alguns detalhes, desde as mudas até a colheita.

Seguindo as recomendações corretas para o plantio do café, não tem segredo! As chances de sucesso da lavoura são sempre maiores. Confira no artigo como começar com o pé direito o plantio do café!

 

Solos e Nutrição de Plantas

 

História do café no Brasil

O café foi o principal produto de exportação da economia brasileira durante o século XIX e o início do século XX, garantindo as divisas necessárias à sustentação do Império do Brasil e também da República Velha.

As raízes do café no Brasil foram plantadas no século XVIII, quando as mudas da planta foram cultivadas pela primeira vez. Que se tem notícia, por Francisco de Melo Palheta, em 1727, no Pará.

A partir daí, o café foi difundido timidamente no litoral brasileiro, rumo ao sul, até chegar à região do Rio de Janeiro, por volta de 1760.

Entretanto, a produção de café em escala comercial para exportação ganhou força apenas no início do século XIX. Tal dimensão de produção cafeeira só foi possível com o aumento da procura do produto pelos mercados consumidores da Europa e dos EUA.

 

Ranking mundial da produção de café

O Brasil é o maior produtor de café do mundo. Os principais Estados produtores são Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rondônia, Espírito Santo, Bahia e Goiás.

Atualmente, o país tem registro de mais de 280 mil produtores de café. São mais de 2.720.520.000 quilos por ano!

 

1 – Plantio do café

Tudo começa com a plantação de café em viveiros e em solo devidamente preparado em grandes fazendas produtoras. O contato direto com o sol pode prejudicar o grão.

Os grãos mais bonitos são separados para blends especiais. Enquanto os medianos são usados para a produção em larga escala.

É preciso esperar cerca de 4 anos entre o plantio do pé de café e a primeira colheita. Veja abaixo os processos do plantio.

  • Escolha da área – deve ser plana ou suavemente ondulada. Não é aconselhável o uso de terrenos com declividade acima de 18%.
  • Preparo da área – a depender da cobertura vegetal da área (capoeira, culturas permanentes, pastagens ou culturas anuais) pode ser manual, mecânica ou mista. Em solos compactos a aração deve ser feita à profundidade de 20 a 30 cm.
  • Espaçamento – depende de uma série de fatores: cultivar a ser plantada, equipamentos a serem utilizados, topografia da área e fertilidade do solo, entre outros. Os espaçamentos convencionais (abaixo de 2500 plantas/ha) variam de 1.5 a 2,5 m entre plantas e 3,0 a 4,0 m entre linhas.
  • Coveamento – deve ser feito manual ou mecanicamente nas dimensões de 40 x 40 x 40cm, separando-se a terra mais fértil retirada da cova para misturar com adubo no momento do plantio das mudas.
  • Plantio das mudas – deve ser realizado no período chuvoso com mudas de quatro a seis pares de folhas aclimatadas ao sol. É importante o uso de cobertura morta em volta da muda para manter a umidade do solo e reduzir a competição com ervas daninhas.

 

Nutrição Mineral de Plantas: Macronutrientes.

 

2 – Florada do café

A flor, por definição, é o órgão reprodutor das angiospermas, grupo de plantas ao qual o cafeeiro pertence. A flor dá origem ao fruto, que protege o desenvolvimento da semente. Café é o nome da semente do cafeeiro.

A florada geralmente ocorre na primavera, entre os meses de setembro e novembro. Porém, pode ocorrer mais de uma florada, dependendo das características da cultivar e de fatores ambientais como radiação solar, temperatura, disponibilidade de água etc.

A quantidade de flores depende do número de nós (pontos de onde partem novos ramos e folhas) dos ramos laterais formados na estação de crescimento anterior (setembro a maio). Daí a importância de ter muitas folhas no cafeeiro, evitando que elas caiam até a próxima florada.

 

3 – Colheita do café

A colheita de café deve acontecer quando os frutos atingem seu estado de maturação fisiológico (cereja), que ocorre no período da seca, entre março/abril a setembro.

A principal evidência da maturação é a mudança da cor da casca. No café, ela transita do verde para vermelho ou amarelo, de acordo com a variedade.

Isso é o resultado da intensificação das atividades respiratórias, produção do etileno e, na sequência, a degradação da clorofila e síntese de pigmentos, como carotenoides e antocianinas.

 

Colheita de café: conheça 3 métodos!

 

A hora certa de colher os grãos é quando eles atingem a maturação fisiológica com 55 a 70% de umidade. Para entender melhor, entenda quais são as denominações do café:

  • 60 a 70% de umidade: Verde
  • 45 a 55% de umidade: Cereja
  • 30 a 45% de umidade: Passa
  • 25 a 35% de umidade: Bóia
  • Menor que 25%: Coco

O ideal é que a colheita se inicie quando a lavoura ou talhão apresentar pequena quantidade de cafés verdes, menor que 20%, e estiver ainda com pequena quantidade de frutos passas ou secos, ou seja, no estágio pós-maturação. Os três tipos de coleta mais comuns são de derriçamanual e a chamada “colheita mecanizada de café”.

 

4 – Processamento do café

Cada fruto do café é composto de várias camadas: a casca externa (polpa) ou exocarpo; a mucilagem ou mesocarpo, uma camada sedosa e pegajosa responsável por grande parte da doçura do café; uma camada com textura de papel ou endocarpo chamada pergaminho; e a película prateada, uma membrana que cobre as duas sementes.

O processamento do café é a remoção dessas camadas do fruto. Existem várias maneiras de fazer isso, todas com um impacto diferente no sabor do café.

 

Natural

Idealmente o primeiro passo é fazer a separação dos “bóias”, que são os frutos que secaram no pé. Eles receberam esse nome porque, quando são colocados no lavador, os mais secos boiam por terem densidade diferente dos cerejas ou verdes.

No caso de o produtor optar pelo terreiro, o café será espalhado sob o sol e mexido várias vezes para uma secagem uniforme.

 

Descascado (CD)

Aqui, como o próprio nome diz, os frutos perdem sua casca após passarem pelo descascador. A máquina pressiona os cerejas e verdes contra um cilindro cheio de furos.

Os cerejas passam perdem sua casca pelo grau de maturidade e os verdes ficam retidos. Depois, esses grãos temos a mucilagem envolvida pelo pergaminho são levados para o terreiro onde ocorre a secagem.

 

Despolpado ou lavado

Depois de descascado, ao invés de o café ir para o terreiro ou secador diretamente, ele será submerso em tanques de água para passarem por um processo de fermentação induzida.

Durante esse período, ocorre a eliminação da mucilagem, que será encontrada na superfície da água. O pergaminho, que agora está sem a mucilagem, vai para o terreiro ou secador.

 

5 – Beneficiamentos: limpeza e classificação do café

Outro passo importante do ciclo da produção de um café de alta qualidade é o beneficiamento. São retiradas as impurezas que por ventura estejam presentes, como as pedras, por exemplo. Para esta tarefa, temos como ferramentas as peneiras e catadores de pedras.

O café, ao ser submetido à limpeza, é então descascado, para então passar pela etapa de classificação. Antes de armazenar-se os grãos, eles são testados para que se possa classificá-los, em decorrência da qualidade obtida.

A principal classificação no Brasil é a de tipo. Ela leva em conta o número de grãos defeituosos, bem como os defeitos relacionados aos elementos estranhos ao café (paus, pedras, cascas).

 

6 – Torrefação do café

A etapa da torra é, certamente, fundamental para transformar o café na bebida incrível que é. O processo de transformar o café cru em grãos secos prontos para a moagem, fazendo com que se crie uma bebida encorpada, doce, de cor caramelo e de complexidade apreciada por qualquer bom bebedor de café.

 

Torrefação do café

 

Cada café é único e reage de maneira diferente dentro do torrador. Por isso a ciência da torra envolve tanta técnica, mas também um feeling de quem opera a máquina para fazer cada coisa no momento exato.

Esse processo, que dura de sete a quinze minutos e varia a temperatura dos grãos de 180°C  a 240°C, apresenta três fases principais: a Pirólise, a Caramelização e a Finalização.

 

7 – Moagem do café

Essa é a última etapa da produção de café antes de ele estar pronto para ser consumido como bebida. Existe uma variedade de estilos de moagem. A escolha de qual tipo dependerá de como o café será preparado.

O grão que passa pela moagem mais fina exige um preparo mais rápido, por isso é utilizado para máquinas de café expresso.

Por outro lado, aqueles que passam por moagem mais grossa são mais recomendados para cafés preparados no coador.

 

Plataforma Agropos

 

Conclusão

Todas as etapas descritas anteriormente precisam ser executadas com maestria para a produção de café. São diversos pontos que precisam de atenção e cuidado. Para não estragar o que foi feito anteriormente e nem prejudicar o que será feito posteriormente.

É um trabalho árduo desenvolvido diariamente pelo produtor e posteriormente pelas demais pessoas que integram a cadeia do café, que gera um café incrível para degustarmos em nossas xícaras diárias.

Em caso de dúvidas durante o processo o ideal é se consultar com um especialista para que não haja supressas. Então, o que você achou do nosso artigo? Se você gostou, não deixe de compartilhá-lo nas suas redes sociais e ajude mais pessoas a se informar sobre esse assunto.

Escrito por Michelly Moraes.

 

Solos e Nutrição de Plantas

Colheita de café: conheça 3 métodos!

Colheita de café: conheça 3 métodos!

O café é um dos principais produtos agrícolas na pauta das exportações brasileiras. Dentre inúmeras etapas na produção está a colheita de café, ou seja o recolhimento dos frutos maduros dos pés, sendo uma das partes mais importantes deste percurso. Neste artigo vamos discutir todo esse processo, além de mostrar os principais métodos.

Acompanhe!

 

Colheita de café: conheça 3 métodos!

 

A colheita de café

A produção de café no Brasil é uma atividade agrícola historicamente reconhecida por contribuir com a melhora social e econômica do país. A exigência, cada vez maior, dos consumidores por um bom padrão de qualidade do café.

A colheita do café são os principais determinantes na qualidade do produto final. Sendo assim a escolha do tipo e dos métodos utilizados, desde a retirada dos grãos de café do pé, até a colocação dos mesmos no veículo que irá transportá-lo à unidade de pré-processamento, é de vital importância.

 

Solos e Nutrição de Plantas

 

Qual é a importância de uma boa colheita?

A colheita de café, quando bem feita, é responsável por um café de alta qualidade, já que dá início a um processo de seleção dos frutos maduros antes mesmo da separação de cerejas na fazenda.

Além disso, escolher o método de colheita mais adequado para cada lavoura é essencial para uma boa relação custo-benefício para o produtor, sendo mais econômica, produtiva e sustentável.

 

Quando realizar a colheita de café?

A colheita de café deve acontecer quando os frutos atingem seu estado de maturação fisiológico (cereja), que ocorre no período da seca, entre março/abril a setembro. A principal evidência da maturação é a mudança da cor da casca. No café, ela transita do verde para vermelho ou amarelo, de acordo com a variedade.

Isso é o resultado da intensificação das atividades respiratórias, produção do etileno e, na sequência, a degradação da clorofila e síntese de pigmentos, como carotenoides e antocianinas.

A hora certa de colher os grãos é quando eles atingem a maturação fisiológica com 55 a 70% de umidade. Para entender melhor, entenda quais são as denominações do café:

  • 60 a 70% de umidade: Verde
  • 45 a 55% de umidade: Cereja
  • 30 a 45% de umidade: Passa
  • 25 a 35% de umidade: Bóia
  • Menor que 25% – Coco

O ideal é que a colheita se inicie quando a lavoura ou talhão apresentar pequena quantidade de cafés verdes, menor que 20%, e estiver ainda com pequena quantidade de frutos passas ou secos, ou seja, no estágio pós-maturação.

 

Checklist agrícola

 

Métodos de colheita de café

Existem vários tipos de colheitas de café ao redor do mundo. Basicamente, elas são feitas de três formas: manual, semimecanizada e mecanizada. Entenda as particularidades e diferenças entre cada processo.

 

Colheita manual

A colheita manual é o processo no qual a retirada dos frutos é feita de forma manual. Tomando-se o cuidado para não quebrar ou danificar os ramos das plantas, o que pode prejudicar o desenvolvimento e a produção da safra seguinte.

 

Colheita manual

 

Embora exija a participação de muitos profissionais e seja um processo dispendioso, já que envolve vários retornos à lavoura.

Entretanto, esse tipo de colheita confere maior consistência ao café. Garantindo preços mais altos que cobrem os custos com pessoal.  Esse é um dos métodos de colheita de café mais antigo e utilizado nas maiorias das lavouras, esta colheita é feita sendo elas etapas:

  • Arruação e varrição para levantar os frutos caídos;
  • Efetivação da derriça sobre panos ou peneiras;
  • Levantamento, abanação e transporte do café;

Os frutos caem sobre um pano ou tela estendido no chão, são recolhidos e selecionados para a próxima fase.

 

Colheita semimecanizada

Esta colheita pode ser plena ou seletiva e consiste na utilização de derriçadoras motorizadas portáteis, que facilitam o trabalho aumentando o rendimento dos trabalhadores.

Os catadores o utilizam para balançar os galhos dos cafeeiros. Fazendo com que os frutos mais maduros se desprendam e caiam nas telas ou panos distribuídos ao longo do talhão.

A colheita semimecanizada funciona da seguinte forma:

  • Manual: É esticada uma lona no chão, onde 4 trabalhadores fazem a poda dos galhos e retiram os frutos.
  • Mecanizado: Com a lona espalhada no chão contendo os galhos com os frutos a própria máquina recolhe tudo e depois faz a trilhagem, ou seja, a separação dos frutos e galhos do café.

 

Colheita mecanizada

As colhedoras de café podem ser tracionadas por tratores agrícolas ou automotrizes. Ambas realizam a colheita plena ou seletiva dos frutos, sem causar grandes danos à planta. Sendo necessário o treinamento constante do operador da máquina para seu funcionamento correto.

Este modelo de colheita é recomendado para plantações feitas em terrenos planos que possibilitem a passagem das máquinas.

Para fazer uso dessas máquinas, é recomendado definir o espaçamento entre as linhas da lavoura com base no tamanho das máquinas disponíveis no mercado.

Além disso, o plantio das mudas deve ser feito de forma alinhada. Diminuindo assim a quebra de ramos da planta e das varetas da máquina.

 

Após a colheita de café

Para garantir uma boa qualidade do fruto em pós colheita, torna-se necessário seguir algumas recomendações tais como:

  • Realizar a colheita na época adequada;
  • Secagem do fruto o quanto antes para evitar fermentação;
  • Processamento e armazenamento de forma a preservar as características químicas e físicas dos grãos.

 

Secagem do café

Um dos pontos mais importantes do processo de pós-colheita é a estrutura de secagem, que deve ser realizada no mesmo dia da colheita.

O planejamento dessa etapa é extremamente necessário, uma vez que o produtor pode se deparar com uma produção maior do que sua capacidade de terreiros ou secadores mecânicos.

 

Plataforma Agropós

 

Processamento e armazenamento

É recomendável que se comece a processar o café logo após a colheita, para evitar perdas e manter a qualidade.

O café é armazenado em sacaria de juta ou em big bags. Mas, embora possamos controlar o ambiente do armazém, perdas de qualidade são inerentes ao processo.

Ao longo de um ano de armazenamento, por exemplo, um café pode deixar de ser especial devido a essas perdas.

Assim, há uma tendência em buscar novas embalagens ou uso de atmosfera modificada para o armazenamento de cafés especiais.

 

Conclusão

fase de colheita do café é de suma importância no gerenciamento da atividade cafeeira, por isso os preparativos precisam ser feitos com excelência.

Os métodos e tipos de colheitas do café são fatores que influenciam a qualidade do produto, por isso, é bastante significativo inclusive, para determinar o custo dele.

Com tudo é ideal que o produtor tenha um planejamento e escolha o melhor método para obter sucesso em sua produtividade e qualidade. Em caso de dúvidas o ideal é procurar um especialista da área.

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Escrito por Michelly Moraes.

 

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