As colheitadeiras, também conhecidas como colhedeiras, colhedoras ou ceifadeiras é um equipamento agrícola destinado à colheita de lavouras, tais como de cana-de-açúcar, café, algodão ou grãos (trigo, arroz, café, soja, milho e dentre outros).
Saiba mais sobre essa importante máquina agrícola e sobre os cuidados na hora colheita da sua lavoura neste post. Boa leitura!
A evolução das colheitadeiras
A colheitadeira surgiu devido à modernização das lavouras, com grandes plantios comerciais em grandes áreas, que contribuíram para que a colheita feita manualmente fosse substituída por máquinas.
Primeiramente era por tração animal, que logo passaram a ser motorizadas através de motores a vapor e posteriormente por motores de combustão interna.
Além disso, o uso de colheitadeiras trouxe melhorias na qualidade do produto colhido: a colheita ocorre com maior rapidez, eficácia e menor teor de impurezas.
Foi utilizado nos primeiros tratores do ano de 1885 um shaker para separar o trigo do joio. Consistia em grelhas com pequenos dentes em um eixo excêntrico para ejetar a palha, mantendo o grão.
O trator elaborado evoluiu para motores a diesel, os quais, por sua vez, alimentam a separação de grãos.
Até que, finalmente, inventaram a tela de autolimpeza rotativa em meados dos anos 1960, a palhada expelida na colheita de grãos pequenos causava o superaquecimento dos motores. Nesse contexto, o design rotativo representou um avanço significativo no projeto de colheitadeiras.
Inicialmente, o sistema retira os grãos do caule e os conduz ao longo de um rotor helicoidal. Em vez de fazê-los passar entre as barras de aço com ranhuras, essas barras estão posicionadas do lado de fora de um cilindro e um côncavo, proporcionando maior eficiência.
Por volta de 1980, os eletrônicos on-board foram introduzidos para medir a eficiência da debulha. Com essa inovação, os operadores puderam, então, obter melhor rendimento de grãos, otimizando a velocidade de solo e outros parâmetros de funcionamento.
Atualmente, o implemento está equipado com cabeças removíveis que são projetados para determinadas culturas.
Cuidados na condução da colheita
O agricultor deve integrar a colheita ao sistema de produção e planejar todas as fases, para que o grão colhido apresente bom padrão de qualidade.
Nesse sentido, várias etapas como a implantação da cultura até o transporte, secagem e armazenamento dos grãos, têm de estar diretamente relacionadas.
Alguns aspectos precisam ser considerados desde o planejamento da instalação.
Em um sistema de produção, onde a colheita do grão começará, é necessário observar alguns pontos decisivos.
- Área total plantada;
- Número de colheitadeiras;
- Data de plantio;
- Número de dias disponíveis para a colheita;
- Distância entre os silos;
- Produtividade;
- Número de horas de colheita/dia;
- Velocidade da colheita;
- Número de carretas graneleiras;
- Teor de umidade do grão;
- Capacidade do secador;
- Capacidade do silo de armazenamento.
Regulagem da colheitadeira X Qualidade dos grãos
Para exemplificar, vamos abordar a colheita do sorgo, onde o que pode ser chamado de “coração” do sistema de colheita é formado pelo cilindro e pelo côncavo.
Esta, exige muita atenção na hora da regulagem da colheitadeira, para se obter uma colheita de grãos de alta qualidade.
Outro ponto fundamental diz respeito à relação entre a rotação do cilindro e o teor de umidade.
A rotação do cilindro debulhador varia conforme o teor de umidade dos grãos. Quanto mais úmidos eles estiverem, maior será a dificuldade de trilha, exigindo uma rotação mais alta do cilindro batedor.
À medida que os grãos perdem umidade, eles ficam mais quebradiços e se destacam com mais facilidade, exigindo a redução da rotação de trilha.
A regulagem de rpm do cilindro e a abertura entre o cilindro e o côncavo é uma decisão entre a opção de perda e grãos quebrados, sem nunca ter os dois fatores 100% satisfatórios.
Por exemplo, em caso de sementes, pode-se optar por uma perda maior, com menos grãos quebrados.
Perdas na colheita
Além dos danos mecânicos, é possível avaliar a colheita através das perdas no campo, que servem como indicadores para a regulagem da colhedora.Existem quatro tipos de perdas:
Pré-colheita – No primeiro tipo de perda, os grãos caem no campo sem nenhuma intervenção da colheitadeira, por isso, é importante avaliar essa perda antes de iniciar a colheita mecânica.
Essa avaliação também ajuda a identificar se a cultivar apresenta problemas de quebramento excessivo do colmo e se está adaptada para a colheita mecânica.
Plataforma – As perdas de panículas na plataforma são as que causam maior preocupação, uma vez que apresentam efeito significativo sobre a perda total.
Esses problemas podem ter sua origem na regulagem da colheitadeira, mas, de maneira geral, estão relacionados com: a adaptabilidade da cultivar à colhedora e, além disso, com parâmetros inerentes à máquina de colheita, como a velocidade de deslocamento, a altura da plataforma e a regulagem do espaçamento.
Grão soltos – As perdas de grãos soltos (separação) e de grãos na panícula estão relacionadas com a regulagem da máquina.
As perdas por separação ocorrem quando há sobrecarga no saca-palha, peneiras superior ou inferior estão um pouco fechadas, o ventilador gira em rotação excessiva ou há sujeira nas peneiras.
Grãos na panícula – Esse tipo de perda ocorre em função da regulagem do cilindro e côncavo.
Possíveis causas incluem grande folga entre componentes, alta velocidade de avanço, baixa velocidade do cilindro trilha, barras do cilindro tortas ou avariadas, côncavo torto e excesso de espaço entre suas barras.
Com maior umidade, testes indicam que a perda de grãos na panícula é a principal responsável pelo aumento da perda total.
Qual a melhor colheitadeira para sua lavoura?
Então agora, você deve estar se perguntando, qual a colheitadeira ideal para a minha lavoura?
Pois bem, isso dependerá do que você cultiva na sua fazenda. Dessa forma, conheça abaixo as principais máquinas colheitadeiras no mercado de acordo com sua necessidade:
- Café: Duas colheitadeiras de café se destacam entre as mais vendidas: a K3 Millennium, da Jacto, e a Coffee Express 200 Multi, da Case IH.
- Grãos: aqui daremos destaque para três colheitadeiras, a colheitadeira híbrida 4690 da Massey Ferguson, a da New Holland TC 5090 e por fim a colheitadeira da John Deere S790.
- Cana-de-açúcar: a líder de mercado em 2020 foi a colheitadeira Case IH 8810, tendo também em destaque os modelos CH950, CH570 e CH670 da John Deere.
Desse modo, um dos grandes diferenciais na hora da escolha da colheitadeira é a pesquisa de mercado.
Isto te ajudará a conhecer qual é a performance e o desempenho de cada colheitadeira para sua lavoura, levando sempre em consideração os custos e benefícios de cada uma.
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