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Como fazer o cálculo de adubo por hectare?

Como fazer o cálculo de adubo por hectare?

Adubação é um processo de grande relevância para o estímulo do crescimento de plantas, trata-se de um método de conservar e/ou recuperar a fertilidade do solo. A adição de nutrientes permite fortalecer as culturas vegetais. Mas você sabe realizar o cálculo de adubo por hectare? Esse artigo irá te ajudar nesse processo.

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Como fazer o cálculo de adubo por hectare?

 

Um dos maiores desafios da agricultura moderna é aumentar as produtividades. Sem aumentar também a áreas de cultivo. E uma das alternativas encontradas foi o estudo aprofundado sobre a necessidade nutricional das culturas agrícolas.

Hoje já conhecemos o quanto culturas como sojamilho algodão exportam de nutrientes do solo e, com este conhecimento prévio, pode-se então criar uma recomendação de adubação para as necessidades ímpares da cultura.

Com isso preparamos esse artigo para auxiliar os agricultores a realizar o cálculo de adubação, uma vez que é indispensável durante todo cultivo de sua lavoura.

 

 

Importância da adubação para as culturas

A adubação é um processo de extrema importância numa plantação, já que é responsável pela qualidade dos produtos cultivados.

A prática nutre a planta com substâncias necessárias para seu crescimento saudável. E isso se reflete na produtividade e lucratividade do produtor. Para que uma planta cresça de maneira saudável, ela necessita de elementos essenciais.

 

Quais são os nutrientes essenciais?

Os nutrientes podem ser classificados em essenciais para o crescimento e desenvolvimento das plantas, e não essenciais, porém benéficos. Para tanto, alguns critérios são usados para definir a essencialidade dos nutrientes.

Dessa forma, para o nutriente ser considerado essencial ele deve ter as seguintes características:

  • A ausência do nutriente impede que a planta complete seu ciclo;
  • A deficiência do nutriente é específica, podendo ser prevenida ou corrigida somente mediante seu fornecimento;
  • O nutriente deve estar diretamente envolvido na nutrição da planta, sendo que sua ação não pode decorrer de correção eventual de condições químicas ou microbiológicas desfavoráveis do solo ou do meio de cultura, ou seja, por ação indireta.

Sendo assim, os nutrientes essenciais podem ser separados em dois grupos: macro e micronutrientes.

Todavia, seis nutrientes são absorvidos e exigidos em quantidades superiores aos demais: nitrogênio (N), fósforo (P), enxofre (S), potássio (K), cálcio (Ca) e magnésio (Mg), formando os chamados macronutrientes.

Por outro lado, os micronutrientes, são exigidos em quantidades inferiores aos anteriormente citados, são: ferro (Fe),manganês (Mn),zinco (Zn),cobre (Cu),boro (B),molibdênio (Mo) e cloro (Cl).

 

Tipos de adubação

Para classificar os adubos, falamos em dois tipos principais, os orgânicos e os minerais.

Ambos ajudam a corrigir, conservar ou recuperar a fertilidade do solo, disponibilizando nutrientes para as plantas de modo que esta obtenha melhor desenvolvimento. Claro que cada um tem suas especificidades e é sobre isso que falamos na sequência.

  • Adubos orgânicos: são aqueles obtidos por fontes naturais como restos de plantas, estercos de animais, farinha de ossos, ação de microrganismos e minhocas.
  • Adubos minerais: originalmente obtidos a partir de elementos minerais disponíveis no ambiente.

Na prática, grande parte dos adubos podem ser aplicados diretamente no solo, para que possam ser gradativamente incorporados pelas plantas através das raízes.

Por isso, é muito importante que após a aplicação ocorra a rega para que os nutrientes possam penetrar no substrato de forma mais rápida.

 

 

Cálculo de adubo por hectare com ênfase na cultura de soja

No geral, para realizar o cálculo de adubação, é necessário se basear nas tabelas oficiais de cada Estado, onde há especificação de cada cultura.

Em síntese, elas são desenvolvidas com base nos resultados de pesquisa em adubação. Nos quais são determinadas faixas de nutrientes do solo. Que podem ser classificadas em muito baixo, baixo, médio, alto ou muito alto.

No caso do fósforo e do potássio, é necessário verificar em que faixas os teores da análise de solo são incluídos. Feito isto, é mostrada uma recomendação de P2O5 e K2O, em kg/ha.

 

Cálculo de adubação com ênfase na cultura de soja

(Fonte: Agronomia Gismonti)

 

Cálculo de adubo por hectare: cultura de soja

Em primeiro lugar, podemos verificar que pela  análise do solo, o teor de fósforo (P) é igual a 3,2 mg/dm³ e para o potássio (K) é 24 mg/dm³ ou 0,06 cmolc/dm³.

Nota-se que a tabela recomendada para esta faixa (assinaladas), N = 0, P2O5 = 70 a 80 kg/ha e K2O = 90 kg/ha. Portanto, a relação NPK é 00-75-90. Utilizamos 75 que é a média de 70-80.

No entanto, para simplificar essa relação, dividimos por 10, e teremos: 00-7,5-09. Já multiplicando esta relação por 3 teremos: 00-22-27. Por fim, é uma formulação de fertilizantes que pode ser aplicada.

 

Quantos kg/ha?

A princípio, se for preciso 90 kg/ha de K2O, então (90/27) x 100 = 333 kg. Arredondamos para uma aplicação de 340 kg/ha. Portanto, esses 340 kg/ha x 22 (garantia de P2O5 da fórmula) divididos por 100 vão fornecer 75 kg/ha de P2O5.

No entanto, se multiplicarmos a relação por 2 teremos uma outra formulação: 00-15-18. Para achar a quantidade: (75/15) x 100 = 500 kg/ha.

Dessa forma, esses 500 kg/ha x 18 (garantia de K2O na fórmula) divido por 100 vai fornecer 90 kg/ha de K2O. Quanto ao P2O5, 500 kg/ha x 15 dividido por 100 é igual a 75 kg P2O5/ha.

 

O que fazer para ter uma adubação mais eficiente?

Não existe uma fórmula definida sobre como fazer uma adubação. Por isso, você precisará adotar algumas práticas para evitar que a plantação não receba os nutrientes necessários.

 O primeiro passo é analisar o nível de fertilidade do solo. É fundamental conhecer quais os nutrientes estão faltando para poder escolher o adubo mais adequado.

Outro ponto é se preocupar com a qualidade dos produtos que estão sendo usados. Esteja seguro sobre a confiabilidade do seu fornecedor, caso use adubo comprado.

Não se esqueça de seguir as recomendações do agrônomo. Nada melhor do que um profissional para determinar quais as necessidades da propriedade rural, qual o tipo de adubação mais eficiente e também a quantidade necessária.

Se possível utilize equipamentos e processos da agricultura de precisão para aprimorar os seus resultados. Isso ajuda a evitar uma superdose em ou mesmo descuido com áreas da propriedade, ainda mais considerando grandes extensões.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Vimos que para resultados produtivos na plantação de cana é necessário o suprimento adequado dos nutrientes.

A adubação consiste em um processo que tem por finalidade repor nutrientes que auxiliam no crescimento das plantas. Dessa forma, promove a boa fertilização no solo para que o cultivo se desenvolva de forma adequada.

Isso porque a incorporação desses nutrientes através da adubação ajuda a restituir aqueles perdidos pelo solo em processos de lixiviação, erosão, complexação, imobilização, fixação, volatilização e, de absorção pelas plantas.

Então, o que você achou do nosso artigo? Se você gostou, não deixe de compartilhá-lo nas suas redes sociais e ajude mais pessoas a se informar sobre esse assunto!

Escrito por Michelly Moraes.

Tabela de adubação: conheça sobre esse assunto!

Tabela de adubação: conheça sobre esse assunto!

Sabemos que o desenvolvimento inadequado das plantas está ligado a diversos fatores como a falta de nutrientes no solo. Diante disso, a adubação surge como solução. Neste artigo vamos abordar tudo que precisa saber para fazer uma tabela de adubação e alcançar o sucesso em sua lavoura.

Acompanhe!

 

Tabela de adubação: conheça sobre esse assunto!

 

Assim como os seres humanos, as plantas precisam de nutrientes para que cresçam e se desenvolvam de maneira saudável. No setor agrícola, muitas vezes é necessário utilizar fertilizantes NPK para fazer a reposição de alguns desses elementos nas plantações.

No entanto, podem surgir dúvidas sobre as vantagens desse tipo de reposição e quais tipos de fertilizantes NPK disponíveis para a produção agrícola são os mais recomendados.

Neste artigo vamos abordar tudo que precisa saber. De sua importância a análise da tabela. Continue a leitura.

 

Solos e Nutrição de Plantas

 

O que é adubação?

A adubação consiste em um processo que tem por finalidade repor nutrientes que auxiliam no crescimento das plantas. Dessa forma, ela é responsável por promover a boa fertilização no solo para que o cultivo se desenvolva de forma adequada.

Em síntese, a adubação tem como objetivo primordial manter ou aumentar no solo a disponibilidade dos nutrientes e o teor de matéria orgânica.

Isso porque a incorporação desses nutrientes ajuda a restituir aqueles perdidos pelo solo em processos de lixiviação, erosão, complexação, imobilização, fixação, volatilização e, de absorção pelas plantas.

 

Quais são os tipos de adubo?

Os adubos podem ser divididos em dois tipos: orgânicos ou naturais e químicos ou inorgânicos. Independentemente do tipo de adubação. O objetivo será sempre fornecer NPK (nitrogênio, fósforo e potássio) para as plantas.

 A principal diferença entre os naturais e os químicos é o tempo de absorção dos nutrientes. Com a fertilização orgânica, as plantas absorvem os minerais de maneira mais lenta. Já com a adubação inorgânica essa absorção é mais rápida no entanto, a atuação do adubo orgânico é mais duradoura.

adubo orgânico é composto de matéria de origem vegetal ou animal e melhora a qualidade da terra, privilegiando a oxigenação das raízes.

Os adubos químicos são oriundos da extração de minérios ou do petróleo e os seus nutrientes já começam a ser absorvidos pelas plantas no momento da adubação. Como ele não penetra na terra, o que não é absorvido acaba sendo desperdiçado.

 

Adubos NPK

Cada componente do fertilizante NPK exerce uma função. O nitrogênio (N) é o responsável pelo crescimento e desenvolvimento de raízes, caules e folhas.

A planta absorve, ainda no começo da vida, a maior parte do nitrogênio de que precisa e o armazena em seus tecidos de crescimento. Ele é recomendado para estimular a brotação e o enfolhamento e é ótimo para folhagens e gramados.

O fósforo (P) é fundamental na formação da clorofila e aumenta a capacidade da planta para absorver os elementos férteis do solo, uma vez que age no desenvolvimento radicular.

Ele tem papel essencial na qualidade dos frutos e maturação das sementes. Devendo ser mais utilizado em culturas com o objetivo de criação de raízes, aumento de floradas e frutificação e produção de sementes. Não menos importante é o potássio (K), que contribui na formação de tubérculos e rizomas, fortalece os tecidos vegetais e ainda aumenta a resistência contra a seca.

 

 

Cálculo de adubação – análise de solo

No geral, para realizar o cálculo de adubação, é necessário se basear nas tabelas oficiais de cada Estado, onde há especificação de cada cultura.

Em síntese, elas são desenvolvidas com base nos resultados de pesquisa em adubação. Nos quais são determinadas faixas de nutrientes do solo. Que podem ser classificadas em muito baixo, baixo, médio, alto ou muito alto.

No caso do fósforo e do potássio, é necessário verificar em que faixas os teores da análise de solo são incluídos. Feito isto, é mostrada uma recomendação de P2O5 e K2O, em kg/ha.

Para exemplificar, vamos utilizar uma análise do solo que mostra os seguintes resultados:

 

Cálculo de adubação

(Fonte: Agronomia Gismonti)

 

E esta tabela para soja, utilizada no estado do Paraná.

Cálculo de adubação 1

(Fonte: Agronomia Gismonti)

 

Cálculo de adubação – cultura de soja

Nosso cálculo de adubação será baseado na cultura de soja.  Em primeiro lugar, podemos verificar que pela análise do solo, o teor de fósforo (P) é igual a 3,2 mg/dm³ e para o potássio (K) é 24 mg/dm³ ou 0,06 cmolc/dm³.

Nota-se que a tabela recomendada para esta faixa (assinaladas), N = 0, P2O5 = 70 a 80 kg/ha e K2O = 90 kg/ha. Portanto, a relação NPK é 00-75-90. Utilizamos 75 que é a média de 70-80.

No entanto, para simplificar essa relação, dividimos por 10, e teremos: 00-7,5-09. Já multiplicando esta relação por 3 teremos: 00-22-27. Por fim, é uma formulação de fertilizantes que pode ser aplicada.

 

Quantos kg/ha?

A princípio, se é preciso 90 kg/ha de K2O, então (90/27) x 100 = 333 kg. Arredondamos para uma aplicação de 340 kg/ha. Portanto, esses 340 kg/ha x 22 (garantia de P2O5 da fórmula) divididos por 100 vão fornecer 75 kg/hade P2O5.

No entanto, se multiplicarmos a relação por 2 teremos uma outra formulação: 00-15-18. Para achar a quantidade: (75/15) x 100 = 500 kg/ha.

Dessa forma, esses 500 kg/ha x 18 (garantia de K2O na fórmula) divido por 100 vai fornecer 90 kg/ha de K2O. Quanto ao P2O5, 500 kg/ha x 15 dividido por 100 é igual a 75 kg P2O5/ha.

 

Qual a quantidade de NPK por planta?

Os adubos NPK têm diferentes fórmulas. Com quantidades variadas dos nutrientes e que devem ser utilizados de acordo com a necessidade de cada planta. Os fertilizantes NPK mais conhecidos são:

  • NPK 4-14-8 (quatro partes de nitrogênio, 14 partes de fósforo e oito partes de potássio): ideal para espécies que produzem flores e frutos. Como hibisco, azaleias, violetas e cítricos. Os fabricantes dizem que essa formulação é ideal para ser aplicada no momento do plantio e no preparo do solo devido ao seu alto teor de fósforo;
  • NPK 10-10-10 (partes iguais dos três elementos): essa fórmula é destinada a espécies que não florescem e não produzem frutos, como as samambaias. Também é ideal para plantas já formadas e pode ser usada em flores, folhagens, hortaliças e frutíferas;
  • NPK 15-15-20 (15 partes de nitrogênio, 15 partes de fósforo e 20 partes de potássio): essa fórmula é rica em potássio e considerada bem prática. Uma vez que pode ser usada também no cultivo hidropônico, indicada especialmente para hortas

Existe ainda o mercado de fórmulas preparadas especialmente para determinadas espécies de plantas ornamentais. Como violetas, orquídeas, rosas e samambaias.

 

Como usar o adubo NPK?

Primeiro, deve-se ter em mente qual é a época em que cada planta mais demanda os nutrientes. Por exemplo, durante os meses de outono e inverno, as plantas diminuem suas atividades e precisam de menos adubo. Ou seja, os meses chuvosos são os ideais para o uso de fertilizante NPK nos demais, recomenda-se a adubação natural.

As adubações devem ser realizadas antes do período de florescimento e após a colheita ou poda, para compensar as perdas de nutrientes.

O excesso de químicos pode interferir no metabolismo da planta. Prejudicando seu desenvolvimento e provocando, inclusive, queimaduras. Deve-se respeitar as instruções e recomendações feitas pelos fabricantes.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Como pudemos acompanhar no texto, a adubação são indispensáveis na plantação de diversas culturas. Entre eles, podemos citar os fertilizantes NPK como os mais influentes em todo o processo.

Diante disso, o cálculo de adubação assume um papel determinante para o sucesso de uma lavoura, uma vez que, indica a quantia ideal de nutrientes necessários para que ela cresça de forma saudável.

Se você gostou desse conteúdo e te ajudou e esclareceu suas dúvidas. Comente e compartilhe em suas redes sociais!

Escrito por Michelly Moraes.

 

Solos e Nutrição de Plantas

Como é feita a recomendação de adubação?

Como é feita a recomendação de adubação?

Adubação é um processo de grande relevância para o estímulo do crescimento de plantas. Trata-se de um método de conservar e/ou recuperar a fertilidade do solo. A adição de nutrientes permite fortalecer as culturas vegetais. Mas você sabe realizar um recomendação de adubação em sua propriedade? Esse artigo irá te ajudar nesse processo.

Acompanhe!

 

Como é feita a recomendação de adubação?

 

Um dos maiores desafios da agricultura moderna é aumentar as produtividades sem aumentar também a áreas de cultivo. E uma das alternativas encontradas foi o estudo aprofundado sobre a necessidade nutricional das culturas agrícolas.

Hoje já conhecemos o quanto culturas como soja, milho e algodão exportam de nutrientes do solo e, com este conhecimento prévio, pode-se então criar uma recomendação de adubação para as necessidades ímpares da cultura.

Com isso preparamos esse artigo para auxiliar os agricultores a realizar a recomendação de adubação. Uma vez que é indispensável durante todo cultivo de sua lavoura.

 

 

Importância da adubação

A adubação é um processo de extrema importância numa plantação, já que é responsável pela qualidade dos produtos cultivados.

A prática nutre a planta com substâncias necessárias para seu crescimento saudável, e isso se reflete na produtividade e lucratividade do produtor. Para que uma planta cresça de maneira saudável, ela necessita de elementos essenciais.

 

Recomendação de adubação

A correção do solo tem como objetivo estabelecer um equilíbrio entre os cátions e ânions para que as plantas se desenvolvam de forma saudável.

Os solos brasileiros em geral, por questão geológica, tendem a ser mais ácidos. Ou seja, apresentam maior quantidade de íons, principalmente de hidrogênio (H), que nem sempre são ideais para o desenvolvimento de uma determinada planta.

As quantidades de corretivos e fertilizantes a serem aplicadas devem ser adequadas a fim de permitir o bom crescimento e desenvolvimento de determinada cultura. Dessa forma, elas serão responsáveis por promover a boa fertilização do solo para o cultivo.

 

Solos no Brasil

 

Tipos de adubação

Para classificar os adubos, falamos em dois tipos principais, os orgânicos e os minerais.

Ambos ajudam a corrigir, conservar ou recuperar a fertilidade do solo, disponibilizando nutrientes para as plantas de modo que esta obtenha melhor desenvolvimento. Claro que cada um tem suas especificidades e é sobre isso que falamos na sequência.

 

A adubação orgânica

 O adubo orgânico é aquele obtido a partir da decomposição de resíduos de animais e/ou vegetais, como por exemplo esterco; vinhaça e farinha de ossos.

 

Composto orgânico: alternativa para a agricultura sustentável!

 

Entre as principais vantagens desta alternativa estão os baixos danos ao meio ambiente, o aumento da retenção hídrica no solo, estabilidade térmica do solo (que reduz o estresse da raiz) e aumento da quantidade de nutrientes ali disponíveis.

No entanto, o maior benefício, o de aumentar o teor de matéria orgânica do solo, é observado a longo prazo, pois as substâncias são liberadas no decorrer da decomposição do adubo orgânico.

 

A adubação inorgânica ou mineral

Utiliza adubos químicos para a reposição dos nutrientes deficientes no solo. Dentre os adubos químicos mais conhecidos, podemos citar o superfosfato simples, o superfosfato triplo, o MAP e o DAP.

Uma das principais vantagens desta atividade é a velocidade de absorção dos nutrientes. Auxiliando para uma recuperação e desenvolvimento mais rápidos do vegetal.

Porém, esses fertilizantes devem ser utilizados com extrema cautela e precisão. Pois o excesso pode ser fatal para a planta, em vista da modificação do pH do solo.

Além disso, o responsável pelo plantio deve estar atento às demandas dos diferentes tipos de culturas. Conhecendo bem o tipo de solo que está manipulando e as necessidades da espécie que será plantada. Assim, pode-se complementar a nutrição da planta com a adubação necessária, sem faltas ou excessos.

 

Como identificar a necessidade de adubação?

Para identificar as necessidades do solo faz-se necessário a coleta de amostra. Nesta coleta é indicado utilizar o método zigue-zague, no qual a área é dividida empiricamente em lotes homogêneos (o tamanho das áreas depende da acurácia buscada pelo amostrador ou cliente). Ou seja, a olho nu são selecionados lotes que apresentam a mesma posição topográfica, cor do solo, textura, cultura ou vegetação e adubação anteriores.

Após mapeados os lotes, a área é percorrida em zigue-zague retirando-se as amostras com um trado entre as profundidades de 0 a 20 cm e/ou 20 a 40 cm de profundidade. Sendo recomendado evitar a coleta perto de barracões, estradas, formigueiros, cupinzeiros, carreira de animais, áreas de armazenagem ou adubos.

Depois de coletadas todas as amostras, cada uma delas deve ser misturada em seu respectivo recipiente.

Retira-se uma amostra final dessa mistura, com cerca de 500 gramas de solo, insere-se em um saquinho plástico. Com etiqueta contendo as informações sobre a amostra, e encaminha-se a um laboratório especializado.

 

Quais são os nutrientes essenciais?

Os nutrientes podem ser classificados em essenciais para o crescimento e desenvolvimento das plantas. E não essenciais, porém benéficos. Para tanto, alguns critérios são usados para definir a essencialidade dos nutrientes.

Dessa forma, para o nutriente ser considerado essencial ele deve ter as seguintes características:

  • A ausência do nutriente impede que a planta complete seu ciclo;
  • A deficiência do nutriente é específica, podendo ser prevenida ou corrigida somente mediante seu fornecimento;
  • O nutriente deve estar diretamente envolvido na nutrição da planta, sendo que sua ação não pode decorrer de correção eventual de condições químicas ou microbiológicas desfavoráveis do solo ou do meio de cultura, ou seja, por ação indireta.

Sendo assim, os nutrientes essenciais podem ser separados em dois grupos: macro e micronutrientes.

Todavia, seis nutrientes são absorvidos e exigidos em quantidades superiores aos demais: nitrogênio (N), fósforo (P), enxofre (S), potássio (K), cálcio (Ca) e magnésio (Mg), formando os chamados macronutrientes.

Por outro lado, os micronutrientes, são exigidos em quantidades inferiores aos anteriormente citados, são: ferro (Fe), manganês (Mn), zinco (Zn), cobre (Cu), boro (B), molibdênio (Mo) e cloro (Cl).

 

Cálculo de adubação com ênfase na cultura de soja

No geral, para realizar o cálculo de adubação, é necessário se basear nas tabelas oficiais de cada Estado, onde há especificação de cada cultura.

Em síntese, elas são desenvolvidas com base nos resultados de pesquisa em adubação. Nos quais são determinadas faixas de nutrientes do solo, que podem ser classificadas em muito baixo, baixo, médio, alto ou muito alto.

No caso do fósforo e do potássio, é necessário verificar em que faixas os teores da análise de solo são incluídos. Feito isto, é mostrada uma recomendação de P2O5 e K2O, em kg/ha.

 

Cálculo de adubação com ênfase na cultura de soja

(Fonte: Agronomia Gismonti)

 

Cálculo de adubação: cultura de soja

Em primeiro lugar, podemos verificar que pela análise do solo, o teor de fósforo (P) é igual a 3,2 mg/dm³ e para o potássio (K) é 24 mg/dm³ ou 0,06 cmolc/dm³.

Nota-se que a tabela recomendada para esta faixa (assinaladas), N = 0, P2O5 = 70 a 80 kg/ha e K2O = 90 kg/ha. Portanto, a relação NPK é 00-75-90. Utilizamos 75 que é a média de 70-80.

No entanto, para simplificar essa relação, dividimos por 10, e teremos: 00-7,5-09. Já multiplicando esta relação por 3 teremos: 00-22-27. Por fim, é uma formulação de fertilizantes que pode ser aplicada.

 

Quantos kg/ha?

 A princípio, se é preciso 90 kg/ha de K2O, então (90/27) x 100 = 333 kg. Arredondamos para uma aplicação de 340 kg/ha. Portanto, esses 340 kg/ha x 22 (garantia de P2O5 da fórmula) divididos por 100 vão fornecer 75 kg/ha de P2O5.

No entanto, se multiplicarmos a relação por 2 teremos uma outra formulação: 00-15-18. Para achar a quantidade: (75/15) x 100 = 500 kg/ha.

Dessa forma, esses 500 kg/ha x 18 (garantia de K2O na fórmula) divido por 100 vai fornecer 90 kg/ha de K2O. Quanto ao P2O5, 500 kg/ha x 15 dividido por 100 é igual a 75 kg P2O5/ha.

 

Plataforma Agropós

 

Recomendação de adubação

O resultado da interpretação de análise do solo vai indicar qual tipo de correção deve ser realizada. Entre elas estão a adubação, calagem e gessagem.

  • Adubação: prática agrícola que consiste no fornecimento de adubos ou fertilizantes ao solo a fim de recuperar ou conservar a sua fertilidade e suprir a necessidade de nutrientes.
  • Calagem: atividade que consiste na adição de calcário ou cal virgem no solo para elevar o ph, diminuir os teores de AL³ trocável e disponibilizar macronutrientes como Ca e Mg para o desenvolvimento das plantas.
  • Gessagem: aplicação do gesso agrícola (CaSO4) que potencializa os efeitos da calagem. Dessa maneira, ele alcança profundidades maiores que alguns nutrientes fornecidos pela calagem e funciona como um condicionador, beneficiando propriedades físicas, físico-químicas ou atividade biológica do solo.

 

Conclusão

Os produtores que não investem na realização da análise e interpretação do solo, não têm a possibilidade de verificar a qualidade da área. Muito menos de quantificar o volume necessário de adubos e demais nutrientes que propiciam a sua correção.

Pois o investimento não só aumenta a qualidade e a produtividade, como também previne futuros prejuízos na lavoura.

Neste artigo abordamos como realizar a recomendação de adubação. No entanto para tal é necessário que o agricultor conheça as necessidades nutricional e sua cultura e o status nutricional do solo.

Espero que esse artigo tenha colaborado. Se você gostou desse conteúdo e te ajudou e esclareceu suas dúvidas. Comente e compartilhe em suas redes sociais!

Escrito por Michelly Moraes.

 

 

Adubo para plantio de milho: entenda como alcançar altas produtividades!

Adubo para plantio de milho: entenda como alcançar altas produtividades!

Uma das etapas mais importantes de uma lavoura de milho é o seu plantio. É onde se define o potencial produtivo da cultura. A recomendação de adubação para esta cultura deve levar em consideração os teores disponíveis no solo e extraídos pela planta. Com isso preparamos esse artigo onde vamos falar tudo sobre o adubo para plantio de milho. Quer ficar por dentro de tudo?

Venha Comigo!

 

Adubo para plantio de milho: entenda como alcançar altas produtividades!

 

O Brasil é o 3º maior produtor mundial de milho, sendo que a produção total de milho na safra 2018/2019 foi de aproximadamente 99,984 milhões de toneladas, com uma produtividade média nacional de 5,7 toneladas ha-1.

A importância econômica dessa cultura está relacionada ao seu uso na alimentação animal, na produção de biocombustíveis, bebidas, polímeros etc.

Dessa forma, de maneira a se obter maiores produtividades é interessante que se conheça as exigências nutricionais da cultura do milho, bem como a adubação voltada a alta produtividade da cultura.

Com isso preparamos esse artigo para auxiliar o agricultor a entender a fundo sobre a adubação no plantio do milho.

 

 

Importância da cultura de milho

A importância econômica do milho é caracterizada pelas diversas formas de sua utilização, que vai desde a alimentação animal até a indústria de alta tecnologia.

Na realidade, o uso do milho em grão como alimentação animal representa a maior parte do consumo desse cereal.

O uso do milho em grão na alimentação humana, apesar de não ter uma participação muito grande, caracterizado principalmente por seus derivados, constitui fator importante de uso desse cereal em regiões com baixa renda.

Em algumas situações, o milho constitui a ração diária de alimentação, como ocorre no Nordeste do Brasil, em que o milho é a fonte de energia para muitas pessoas que vivem no semi-árido.

A importância do milho não está apenas na produção de uma cultura anual, mas em todo o relacionamento que essa cultura tem na produção agropecuária brasileira, tanto no que diz respeito a fatores econômicos quanto a fatores sociais.

Pela sua versatilidade de uso, pelos desdobramentos de produção animal e pelo aspecto social

 

Características do milho

O milho pertence à família das Poáceas (antiga família das gramíneas). É uma espécie anual, estival, cespitosa, ereta, com baixo afilamento, monóico-monoclina, classificada no grupo das plantas C-4, com ampla adaptação a diferentes condições de ambiente.

Para expressão de seu máximo potencial produtivo, a cultura requer temperatura alta, ao redor de 24 e 30°C, radiação solar elevada e adequada disponibilidade hídrica do solo.

As espiguetas masculinas são reunidas em espigas verticiladas terminais. O grão do milho é um fruto, denominado cariopse, em que o pericarpo está fundido com o tegumento da semente propriamente dito.

As espiguetas femininas se soldam num eixo comum em que várias ráquis estão reunidas (sabugo) protegidas por brácteas (espiga de milho). A flor feminina apresenta um único estigma (barba-do-milho).

 

Adubo para plantio de milho: NPK

Como qualquer outra planta, o milho necessita de nutrientes para seu desenvolvimento, tanto foliar, quanto do grão.

Esses nutrientes desempenham papéis diferentes nas plantas, agindo em diferentes tipos de crescimento, desenvolvimento, e fases da planta. Separamos três dos principais nutrientes mais consumidos e exportados pelo milho, dá uma olhada:

 

Nitrogênio

Está diretamente ligado à produção de biomassa e de grãos. A adubação nitrogenada pode ser feita parcelada, sendo que uma parte deve ser realizada logo na semeadura, e a outra parte em cobertura, antes da fase V5, para auxiliar na definição de fileiras e enchimento de grãos.

 

 Potássio

É o segundo nutriente com maior quantidade nas plantas, e é responsável pela formação foliar sadia, crescimento radicular e rendimento.

O milho absorve esse nutriente nas fases iniciais, até antes do florescimento, sendo assim, é recomendada a aplicação durante o plantio, e no máximo 30 dias após.

 

Checklist agrícola

 

Fósforo

É o nutriente que as terras agrícolas brasileiras mais são deficientes. Os adubos fosfatados aplicados ao solo se tornam disponíveis para as plantas por um certo tempo. Mas, logo as plantas não conseguem dependerá da análise de solo, e a forma de aplicação pode variar muito de produtor para produtor.

Além desses nutrientes citados, existem aqueles que a plantas extraem e exportam em menores quantidades (mas não são menos importantes), e que só será possível saber a sua real necessidade de adubação através da análise de solo.

 

Macronutrientes como adubo para milho

 

Enxofre (SO4)

O enxofre muitas vezes é negligenciado nos sistemas de produção. A utilização de fertilizantes cada vez mais concentrados e perca de matéria orgânica devido a práticas inadequadas de cultivo vem fazendo que sua disponibilidade caia nos solos ano após ano.

No entanto, é um nutriente bastante significativo para a cultura do milho, sendo que sua extração pode chegar a 20 a 40 kg de enxofre na forma de sulfato (SO4) por hectare para milho utilizado com silagem.

 

Cálcio (Ca) e magnésio (Mg) 

O Cálcio e o Magnésio apresentam extrações semelhantes pelas plantas de milho. O cálcio extrai de 35 a 30 kg por tonelada de matéria verde, enquanto é extraído de 30 a 25 kg de magnésio por tonelada de matéria verde.

Esses valores são próximos quando pensamos em altas produtividades de grãos.  Para esses dois elementos, a deficiência é verificada em solos muito ácidos onde a prática da calagem ainda é deixada de lado.

 

Micronutrientes para milho

No Brasil, o zinco é o micronutriente mais limitante à produção do milho, sendo a sua deficiência muito comum na região Central do país, onde predominam os solos sob vegetação de cerrado, os quais geralmente apresentam baixo teor de zinco no material de origem.

Nesta condição, a quase totalidade das pesquisas realizadas mostram resposta do milho à adubação com zinco, o mesmo não ocorrendo com os outros nutrientes.

Os métodos de extração e interpretação da análise do solo para micronutrientes ainda não estão bem estabelecidos. Mas alguns trabalhos de calibração têm sido feitos para o zinco com resultados satisfatórios.

 

Adubo para o plantio do milho

Uma vez que a fertilidade do solo tenha sido avaliada, deve-se fazer a recomendação de adubação.

Dessa forma, elaborado com base no comportamento dos nutrientes no solo e na fisiologia e nutrição da cultura consiste em:

  • Pré-plantio: Realização da calagem com o intuito de fornecer cálcio e magnésio e elevar a saturação por bases a 70%. A realização da gessagem, com o intuito de fornecer cálcio e enxofre, e a realização da fosfatagem, com o intuito de elevar os teores de fósforo do solo.
  • Sulco de plantio: No sulco de plantio, sugere-se que sejam fornecidos os nutrientes N, P2O5e K2O através de uma fonte mineral formulada que contenha os micronutrientes boro, cobre, manganês e zinco.
  • Adubação de cobertura: Na adubação de cobertura, sugere-se a aplicação de N e K2
  • Adubação foliar: Os nutrientes recomendados a serem aplicados via foliar são os micronutrientes Mn, Zn e Cu, sendo que a aplicação deve ocorrer ou no estágio vegetativo V4 ou R1.
  • Tratamento de sementes: No que diz respeito ao tratamento de sementes, recomenda-se a aplicação de Zn.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Agora que você conhece algumas informações importantes para a nutrição e adubação da cultura do milho. Pode-se realizar um manejo mais adequado às necessidades da cultura, o que certamente impactará na produtividade da mesma.

E Lembre-se que é preciso manter sempre em dia, e tenha sempre em mente que esse planejamento de adubação é essencial para que na colheita se obtenha bons resultados lucrativos.

Se você gostou desse conteúdo sobre o adubo para plantio de milho e te ajudou e esclareceu suas dúvidas. Comente e compartilhe em suas redes sociais!

Adubação de soja: importância e manejo!

Adubação de soja: importância e manejo!

Nesse artigo você vai conhecer a importância de se fazer uma boa adubação de soja. E entender o que fazer para melhorar seu manejo de adubação.

No cenário atual, em questões de produtividade, o Brasil lidera a lista contribuindo com aproximadamente 37% do total produzido no mundo.

Tendo, o Brasil, em números absolutos (para a safra 2019/20) uma produção de 124,845 milhões de toneladas, em uma área plantada total de 36,950 milhões de hectares resultando uma produtividade média de 3.379 kg/ha.

Porém um dos fatores que pode limitar a produtividade da soja, assim como para outras culturas importantes, está ligado ao manejo de adubação de soja empregado.

Sendo a adubação da soja um pilar do seu sistema produtivo, quando realizado de maneira correta e otimizada. Resultara não somente em ganhos na produtividade da soja, mas também uma melhor sanidade além de evitar perdas de fertilizantes.

Então, como muitos já devem saber, para iniciar um bom manejo de adubação é necessário realizar uma análise das condições nutricionais do solo.

Outra maneira excelente de entender as condições de nutrição da sua área é através da diagnose junto a análise foliar da soja.

 

Adubação de soja: importância e manejo!

 

Todo esse processo pode ser auxiliado com por profissionais relacionados as agrarias, exto a recomendação da adução em sim que é necessário ser realizada por engenheiros agrônomos.

Mas entender alguns aspectos básicos e até mesmo mais refinados relacionados a adubação da soja pode ser muito importante para qualquer um relacionado a esse enorme setor produtivo agrícola.

Assim, ao ler esse artigo, você vai conferir desde a diagnose foliar, os requerimentos nutricionais de macro e micronutrientes da soja até os momentos em que cada um deles são requeridos pela soja.

 

 

Quais nutrientes que a soja necessita?

Assim como outras plantas, a soja necessita de minerais considerados essências (nutrientes) para conseguir completar seu ciclo de vida.

Os nutrientes são comumente divido em duas categorias: os macronutrientes e os micronutrientes.

Se você quiser saber mais sobre esse assunto confira esse outro artigo do nosso blog: Nutrição de Plantas: como a Falta de Nutrientes Afeta as Plantas?

Pois, nesse artigo vamos focar em algumas particularidades relacionas a alguns macros e micronutrientes e a adubação de soja.

 

Macronutrientes

Nitrogênio: é um macronutriente muito importante para a soja, a qual é uma leguminosa que tem em suas raízes uma associação com bactérias que otimizam a fixação biológica de nitrogênio.

Esse processo de fixação na soja é realizado por bactérias do gênero Bradyrhizobium e é comumente aplicado via tratamento sementes.

Se você quer entender um pouco mais afundo esse assunto recomento a leitura desse outro artigo do blog da Agropós: Inoculação de Sementes: Conheça os Benefícios!

Contudo, isso não significa, que não será necessário realizar de um manejo de adubação sem se preocupar com nitrogênio.

 

Nutrição Mineral de Plantas: Macronutrientes.

 

Pelo contrário, será necessário avaliar se está havendo boa nodulação das raízes em sua área de plantio.

Uma vez que o nitrogênio está altamente relacionado com estruturar (p. ex. proteína) que influenciam em aspecto produtivos na fase vegetativa até no momento do enchimento dos grãos.

Os sintomas de deficiência de nitrogênio na soja se caracterizam por uma clorose total das folhas mais velhas, seguida de necrose.

Sendo essa situação também relacionada a falta do micronutriente molibdênio o qual abordaremos mais adiante.

 

Fósforo:

O fósforo é o segundo, do conhecido trio de fertilizantes inorgânico NKP, sendo importante para a nutrição da soja pois participa de uma série de processos metabólicos.

Na composição das plantas o fosforo está presente em moléculas como a de ATP, nos fosfolipídios constituintes das membranas e dos ácidos nucleicos.

Assim uma planta de soja apresentando deficiência de fósforo vai ter seu crescimento reduzido com aspecto raquítico, baixa inserção de vagens.

Sendo o seu sintoma típico diagnosticado em folhas mais velhas apresentando coloração verde azulada.

O fósforo apresenta uma série de particularidades em relação ao solo. O que por sua vez irá influenciar totalmente em seu manejo de adubação de soja.

Se você deseja saber mais afundo sobre as interações do fósforo com solo e as plantas, recomendo a leitura desse outro artigo: Fósforo para plantas: Conheça a dinâmica desse macronutriente!

 

Potássio:

Já o terceiro do trio de formulações NPK, o potássio, diferente de seus companheiros não está ligado as estruturas da planta em si.

Em vez disso o potássio vai desempenhar funções relacionadas a regulação osmótica das células guardas dos estômatos.

Além de atuar na ativação de uma série de enzimas relacionadas a síntese do amido, proteína e energia.

Os sintomas característicos da deficiência de potássio consistem em clorose com posterior necrose das margens e pontas das folhas, inicialmente, nas folhas mais velhas.

Outros sintomas dessa deficiência pode ser apresentam plantas com retenção foliar.

 

Cálcio, Magnésio e Enxofre:

Esses outros três macronutriente pode ser menos preocupante caso já seja realizado os processos de calagem e gessagem do solo.

Devido ao fato desses insumos agrícola, calcário e gesso, possuírem cálcio, magnésio (calcário) e enxofre (gesso agrícola) em sua composição.

Essas operações além de ajudar a fornecer esses macronutrientes para a soja, vai ajudar a manejar o pH do solo. O que vai refletir diretamente na disponibilidade de todos os macros e micronutrientes no solo.

Já o processo de gessagem além de fornecer o enxofre, vai melhorar as condições em camadas mais profundas do solo.

O que vai possibilitar que as raízes aproveitei melhor o solo para absorção de água e nutrientes.

Contudo quando a planta de soja estiver deficiente de cálcio, os sintomas típicos serão primeiro nas folhas novas da soja ficando enroladas e com aspecto encarquilhado.

Isso se dá ao fato de o cálcio compor as estruturas da lamela média da parede celular vegetal.

Já quanto se tem planta de soja deficiente de magnésio os sintomas típicos serão visualizados nas folhas mais velhas com inicial clorose marginal evoluindo para internerval.

O magnésio é extremamente importante para o crescimento da planta pois estão presentes na estrutura de moléculas como a clorofila.

No caso de deficiência de enxofre pode ser confundida, aos mais desavisados, com a deficiência de nitrogênio.

Sendo elas diferenciadas pela folha em que se inicia o sintoma, que devido à baixa mobilidade do enxofre, ocorre em folhas novas da soja.

O enxofre desenvolve papel estrutural em aminoácidos. Os quais foram as proteínas além de estar presentes em vitaminas e outros produtos ligados ao metabolismo secundário da planta.

Em leguminosas como soja a deficiência de enxofre vai afetar a eficiência da nodulação com as bactérias fixadoras de nitrogênio.

 

Micronutrientes

 

Zinco:

O zinco é um dos micronutrientes que apresenta função constituinte de enzimas importantíssimas como a RNA polimerase.

Assim como também desempenha a função de ativar algumas enzimas que sintetizam os precursores da auxina, um hormônio vegetal.

Seus sintomas típicos estão relacionados com a diminuição no comprimento dos internódios, folhas novas menores, estreitas e lanceoladas e diminuição da produção de sementes.

Sendo absorção do zinco inibida quando a concentração do fósforo no solo estiver maior. Sendo esse um exemplo de interação possível entre os nutrientes.

 

Manganês

O manganês é uma micronutriente importante para muitas plantas por desempenhar papel estrutural, ativação enzimática e participação na fotossíntese no momento da quebra da molécula de água.

Seus sintomas visuais típicos vão ser uma clorose internerval nas folhas novas, seguido de branqueamento com necrose e deformação.

 

Molibdênio:

O molibdênio é um micronutriente que apresenta relação com o a nutrição do nitrogênio por constituir o centro ativo da redutase do nitrato. Essencialmente para a soja uma planta que tem a produção nódulos de fixação.

Quando uma planta esta deficiente desse micronutriente sua aparência geral é de uma clorose malhada com folhas murcha e encurvadas nos bordos.

Em leguminosas os sintomas podem ser similares a da falta de nitrogênio, além de ser característico também a supressão da fase de floração da planta.

Mas esse são só alguns exemplos de micronutrientes que a soja irá necessitar, mas todos eles necessitam cuidados no momento da adubação.

Uma questão primordial da adubação de micronutrientes é a quantidade a ser suplementada para a planta. Que como o próprio nome pode indicar, são quantidades relativamente pequenas (micro).

Assim muito cuidado ao realizar uma adubação de soja com micronutrientes pois alguns erros de calcula em sua recomendação facilmente pode causar sintomas de toxidez na planta.

Se você quer saber mais sobre outros micronutrientes recomendo a leitura desse outro texto que aborda cada um deles: Micronutrientes para Plantas: quais são e suas funções!

 

Qual o melhor adubo para a soja?

Essa pergunta geralmente vem acompanhada de outras dúvidas relacionados a realização da adubação de soja, como por exemplo, quais formulações de NPK podem ser utilizadas na adubação de soja.

Ou como pode ser feito a adubação nitrogenada na soja? Em cobertura? Via foliar? Inoculante na semente?

A verdade é que a primeira resposta para todas essas dúvidas é de que vai depender da situação em que se deseja cultivar a soja.

Pois cada local apresenta suas condições particulares de nutrição do solo, microbiologia, além da grande influência dos diferente de sistema de cultivo e manejo da soja.

Porém, em qualquer situação em que você se encontre é recomendado que se faça a análise dos teores dos nutrientes no solo.

Caso você queria entender melhor essa etapa tão importante do manejo de adubação de soja confira esse nosso outro artigo: Amostragem de Solo: quais os procedimentos corretos?

Amostrado corretamente seu solo, enviado para o laboratório de análise e quanto estiver com os resultados em mão procure um engenheiro agrônomo para que possa realizar a recomendação.  E que também poça te auxiliar no planejamento da adubação da soja.

Mas se você já faz tudo isso que eu disse acima e ainda está tendo problemas com a nutrição da sua soja, veja o que pode ser feito no próximo tópico.

 

Como você pode melhorar seu manejo de adubação de soja?

Para aqueles que já tem o costume de realizar análises de solo periódicas, em suas áreas de produção, mas gostaria refinar os cuidados com seu manejo de adubação, pode se realizar também, uma análise dos teores de nutrientes da folha.

Onde a amostragem para realizar uma análise foliar da soja recomendasse ser realizada na época de pleno florescimento. Coletando-se de 30 à 40 folhas totalmente desenvolvidas jovens junto do pecíolo dentro de hectares ou talhões homogêneos.

Cuidados como não coletar folhas danificadas e depois de períodos intensos de chuva ou operações de adubação e aplicação agroquímicos.

Se possível envie as amostras para o laboratório no mesmo dia, caso contrário será necessário adquirir informações de como deve ser armazenado as mostras nesses casos, para não comprometer a análise.

As amostras de folhas de soja devem ser enviadas contendo o máximo de informações como o número do talhão, local de coleta, data e quais são os nutrientes a serem analisados.

Essas informações bem-organizadas vão te ajudar posteriormente em tomada de decisões mais precisas no momento de adubar a soja.

Se você quer saber mais sobre os diferentes modos de realizar uma adubação de soja e assim pensar qual forma pode ser mais adequada para a sua situação recomendo a leitura desse outro texto do nosso blog: Adubação: os diferentes tipos e como realizar essas técnicas!

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Espero que após a leitura desse artigo não restem mais dúvidas em caprichar em um bom plano de manejo de adubação de soja.

Assim como ter relembrado alguns pontos fundamentais relacionados a adubação da soja.

Se quiser ler mais artigos como esse e de outros assuntos de seu interesse continue navegando em nosso blog. E deixe seu comentário abaixo sobre o que achou desse conteúdo.

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