Adubo para plantio de milho: entenda como alcançar altas produtividades!

Adubo para plantio de milho: entenda como alcançar altas produtividades!

Uma das etapas mais importantes de uma lavoura de milho é o seu plantio. É onde se define o potencial produtivo da cultura. A recomendação de adubação para esta cultura deve levar em consideração os teores disponíveis no solo e extraídos pela planta. Com isso preparamos esse artigo onde vamos falar tudo sobre o adubo para plantio de milho. Quer ficar por dentro de tudo?

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Adubo para plantio de milho: entenda como alcançar altas produtividades!

 

O Brasil é o 3º maior produtor mundial de milho, sendo que a produção total de milho na safra 2018/2019 foi de aproximadamente 99,984 milhões de toneladas, com uma produtividade média nacional de 5,7 toneladas ha-1.

A importância econômica dessa cultura está relacionada ao seu uso na alimentação animal, na produção de biocombustíveis, bebidas, polímeros etc.

Dessa forma, de maneira a se obter maiores produtividades é interessante que se conheça as exigências nutricionais da cultura do milho, bem como a adubação voltada a alta produtividade da cultura.

Com isso preparamos esse artigo para auxiliar o agricultor a entender a fundo sobre a adubação no plantio do milho.

 

 

Importância da cultura de milho

A importância econômica do milho é caracterizada pelas diversas formas de sua utilização, que vai desde a alimentação animal até a indústria de alta tecnologia.

Na realidade, o uso do milho em grão como alimentação animal representa a maior parte do consumo desse cereal.

O uso do milho em grão na alimentação humana, apesar de não ter uma participação muito grande, caracterizado principalmente por seus derivados, constitui fator importante de uso desse cereal em regiões com baixa renda.

Em algumas situações, o milho constitui a ração diária de alimentação, como ocorre no Nordeste do Brasil, em que o milho é a fonte de energia para muitas pessoas que vivem no semi-árido.

A importância do milho não está apenas na produção de uma cultura anual, mas em todo o relacionamento que essa cultura tem na produção agropecuária brasileira, tanto no que diz respeito a fatores econômicos quanto a fatores sociais.

Pela sua versatilidade de uso, pelos desdobramentos de produção animal e pelo aspecto social

 

Características do milho

O milho pertence à família das Poáceas (antiga família das gramíneas). É uma espécie anual, estival, cespitosa, ereta, com baixo afilamento, monóico-monoclina, classificada no grupo das plantas C-4, com ampla adaptação a diferentes condições de ambiente.

Para expressão de seu máximo potencial produtivo, a cultura requer temperatura alta, ao redor de 24 e 30°C, radiação solar elevada e adequada disponibilidade hídrica do solo.

As espiguetas masculinas são reunidas em espigas verticiladas terminais. O grão do milho é um fruto, denominado cariopse, em que o pericarpo está fundido com o tegumento da semente propriamente dito.

As espiguetas femininas se soldam num eixo comum em que várias ráquis estão reunidas (sabugo) protegidas por brácteas (espiga de milho). A flor feminina apresenta um único estigma (barba-do-milho).

 

Adubo para plantio de milho: NPK

Como qualquer outra planta, o milho necessita de nutrientes para seu desenvolvimento, tanto foliar, quanto do grão.

Esses nutrientes desempenham papéis diferentes nas plantas, agindo em diferentes tipos de crescimento, desenvolvimento, e fases da planta. Separamos três dos principais nutrientes mais consumidos e exportados pelo milho, dá uma olhada:

 

Nitrogênio

Está diretamente ligado à produção de biomassa e de grãos. A adubação nitrogenada pode ser feita parcelada, sendo que uma parte deve ser realizada logo na semeadura, e a outra parte em cobertura, antes da fase V5, para auxiliar na definição de fileiras e enchimento de grãos.

 

 Potássio

É o segundo nutriente com maior quantidade nas plantas, e é responsável pela formação foliar sadia, crescimento radicular e rendimento.

O milho absorve esse nutriente nas fases iniciais, até antes do florescimento, sendo assim, é recomendada a aplicação durante o plantio, e no máximo 30 dias após.

 

Checklist agrícola

 

Fósforo

É o nutriente que as terras agrícolas brasileiras mais são deficientes. Os adubos fosfatados aplicados ao solo se tornam disponíveis para as plantas por um certo tempo. Mas, logo as plantas não conseguem dependerá da análise de solo, e a forma de aplicação pode variar muito de produtor para produtor.

Além desses nutrientes citados, existem aqueles que a plantas extraem e exportam em menores quantidades (mas não são menos importantes), e que só será possível saber a sua real necessidade de adubação através da análise de solo.

 

Macronutrientes como adubo para milho

 

Enxofre (SO4)

O enxofre muitas vezes é negligenciado nos sistemas de produção. A utilização de fertilizantes cada vez mais concentrados e perca de matéria orgânica devido a práticas inadequadas de cultivo vem fazendo que sua disponibilidade caia nos solos ano após ano.

No entanto, é um nutriente bastante significativo para a cultura do milho, sendo que sua extração pode chegar a 20 a 40 kg de enxofre na forma de sulfato (SO4) por hectare para milho utilizado com silagem.

 

Cálcio (Ca) e magnésio (Mg) 

O cálcio e o magnésio possuem taxas de extração semelhantes pelas plantas de milho. O cálcio é extraído em uma faixa de 35 a 30 kg por tonelada de matéria verde, enquanto o magnésio varia entre 30 e 25 kg por tonelada.

Esses valores se aproximam em lavouras de alta produtividade de grãos. A deficiência desses elementos ocorre, principalmente, em solos muito ácidos, onde a prática da calagem ainda não é adotada.

 

Micronutrientes para milho

No Brasil, o zinco é o micronutriente mais limitante à produção do milho, sendo a sua deficiência muito comum na região Central do país, onde predominam os solos sob vegetação de cerrado, os quais geralmente apresentam baixo teor de zinco no material de origem.

Nesta condição, a quase totalidade das pesquisas realizadas mostram resposta do milho à adubação com zinco, o mesmo não ocorrendo com os outros nutrientes.

Os métodos de extração e interpretação da análise do solo para micronutrientes ainda não estão bem estabelecidos.

 

Adubo para o plantio do milho

Após a avaliação da fertilidade do solo, recomenda-se a adubação com base no comportamento dos nutrientes no solo e na fisiologia e nutrição da cultura. O processo inclui:

Pré-plantio: Realiza-se a calagem para fornecer cálcio e magnésio, elevando a saturação por bases a 70%. Além disso, aplica-se gesso para fornecer cálcio e enxofre e realiza-se a fosfatagem para aumentar os teores de fósforo no solo.

Sulco de plantio: Aplicam-se N, P₂O₅ e K₂O por meio de uma fonte mineral formulada, que também deve conter boro, cobre, manganês e zinco.

Adubação de cobertura: Fornecem-se nitrogênio (N) e potássio (K₂O) para garantir um bom desenvolvimento da cultura.

Adubação foliar: Aplica-se manganês (Mn), zinco (Zn) e cobre (Cu) via foliar, no estágio vegetativo V4 ou reprodutivo R1.

Tratamento de sementes: Recomenda-se a aplicação de zinco (Zn) para potencializar o crescimento inicial da planta.

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Agora que você conhece algumas informações importantes para a nutrição e adubação da cultura do milho. Pode-se realizar um manejo mais adequado às necessidades da cultura, o que certamente impactará na produtividade da mesma.

E Lembre-se que é preciso manter sempre em dia, e tenha sempre em mente que esse planejamento de adubação é essencial para que na colheita se obtenha bons resultados lucrativos.

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