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Feijão andu: descobrindo os segredos nutricionais!

Feijão andu: descobrindo os segredos nutricionais!

Nosso blog mergulha no intrigante universo do Feijão Andu, uma leguminosa que está conquistando a atenção de entusiastas da culinária e da nutrição. Originário de regiões tropicais e subtropicais, o feijão andu não é apenas saboroso, mas também oferece uma rica fonte de proteína vegetal.

Acompanhe!

 

Feijão andu: descobrindo os segredos nutricionais!

 

O feijão andu, também conhecido como feijão-guandu ou feijão-de-porco, é uma leguminosa que tem ganhado cada vez mais destaque na alimentação de pessoas. Que buscam alternativas saudáveis e sustentáveis.

Originário das regiões tropicais e subtropicais das Américas, África e Ásia, o feijão andu não apenas oferece um sabor único. Mas também é repleto de benefícios nutricionais que merecem nossa atenção.

Neste artigo, vamos explorar o mundo do feijão andu, revelando seus segredos nutricionais, sua versatilidade na cozinha e os motivos pelos quais ele deve fazer parte da sua dieta. Se você está em busca de opções mais saudáveis para incluir em seu cardápio. Continue lendo e descubra por que o feijão andu merece um lugar de destaque em sua alimentação.

 

 

O que é feijão andu?

O feijão andu é um feijão muito particular, conhecido até como tendo personalidade forte por seu sabor ser bem diferente de todos os outros feijões.

De cor um pouco mais esverdeada (antes de maduros) e de formato arredondado e nada uniformes, é o fruto do anduzeiro.

Como os outros feijões, cresce dentro de vagem e, neste caso, por suas características físicas de cor e formato, às vezes é confundido com a ervilha.

 

Feijão andu ou feijão guandu?

Na verdade, estamos falando da mesma semente, apenas temos variação do nome em regiões diferentes do Brasil. Enquanto feijão andu é a nomenclatura usada no centro-oeste, sudeste e no sul do nordeste. Feijão guandu é um nome mais popular no Sul e em alguns estados do Nordeste.

Este produto também pode ser chamado de:

  • Anduzeiro,
  • Guandeiro,
  • Ervilha de pombo.

 

Benefícios nutricionais do feijão andu

Antes de mergulharmos nas formas deliciosas de preparar o Feijão Andu. É importante entender por que ele é tão especial do ponto de vista nutricional. Aqui estão alguns dos benefícios que tornam essa leguminosa uma excelente escolha para a sua saúde:

  • Rica fonte de proteína vegetal: o feijão andu é uma ótima fonte de proteína vegetal, essencial para a construção e reparação dos tecidos do corpo. É uma excelente opção para vegetarianos e veganos que buscam atender às suas necessidades de proteína.
  • Fibras para uma digestão saudável: ele também é rico em fibras, o que contribui para a saúde digestiva, ajudando a prevenir problemas como constipação e promovendo a sensação de saciedade. O que pode ser útil para o controle de peso.
  • Baixo teor de gordura: o feijão andu contém baixo teor de gordura saturada, o que o torna uma escolha saudável para o coração. A inclusão de leguminosas na dieta está associada à redução do risco de doenças cardiovasculares.
  • Rico em vitaminas e minerais: ele é uma fonte de várias vitaminas e minerais, incluindo folato, ferro, magnésio e potássio. Esses nutrientes desempenham papéis cruciais em diversas funções do corpo. Desde a produção de glóbulos vermelhos até a regulação da pressão arterial.
  • Sustentabilidade: o cultivo do feijão andu é benéfico para o meio ambiente, pois suas raízes fixam nitrogênio no solo, melhorando sua fertilidade e reduzindo a necessidade de fertilizantes químicos.

 

Onde o feijão andu no Brasil

Na região Nordeste, o feijão andu é especialmente apreciado e faz parte da culinária típica, sendo usado em diversos pratos tradicionais. Ele é frequentemente utilizado na preparação de comidas regionais. Como ensopados, sopas, caldos e no famoso “baião de dois”, um prato que combina arroz, feijão andu e queijo coalho.

Além disso, o feijão andu é valorizado por sua resistência à seca, o que o torna uma opção importante para a alimentação em áreas mais áridas do Nordeste, onde outras culturas de feijão podem ser mais desafiadoras de cultivar.

 

Ciclo do feijão guandu

O ciclo de vida do Feijão Guandu, também conhecido como Feijão Andu ou Feijão-de-Porco, é semelhante ao de muitas outras leguminosas.

Este ciclo de vida pode variar ligeiramente dependendo das condições climáticas, do tipo de solo e das práticas de cultivo específicas, mas geralmente segue essas etapas básicas

Ele passa por várias fases, desde o plantio até a colheita das sementes. Aqui está uma visão geral do ciclo de vida típico do Feijão Guandu:

 

Plantio

O ciclo do Feijão Guandu começa com o plantio das sementes. As sementes são geralmente semeadas diretamente no solo em filas ou covas, ou podem ser transplantadas de viveiros para o campo.

 

Germinação

Após o plantio, as sementes germinam, produzindo plântulas. Isso geralmente ocorre dentro de uma a duas semanas, dependendo das condições de solo e clima.

 

Crescimento vegetativo

As plântulas crescem e desenvolvem folhas, caules e raízes. Durante essa fase, a planta se concentra no crescimento vegetativo e na formação de estruturas de suporte.

 

Floração

Após algumas semanas a meses de crescimento vegetativo, dependendo da variedade e das condições ambientais, a planta entra na fase de floração. Durante a floração, flores características do Feijão Guandu aparecem.

 

Polinização

As flores do Feijão Guandu precisam ser polinizadas para que ocorra a formação de vagens. A polinização pode ser feita por insetos, como abelhas, ou pelo vento, dependendo da variedade.

 

Formação de vagens

Após a polinização bem-sucedida, as flores dão lugar à formação de vagens. As vagens são as estruturas que contêm as sementes comestíveis.

 

Desenvolvimento das sementes

Dentro das vagens, as sementes do Feijão Guandu começam a se desenvolver. Isso leva algumas semanas a meses, dependendo das condições climáticas e do cultivo.

 

Colheita

Quando as vagens estão maduras e as sementes atingiram seu tamanho máximo, é hora de colher o Feijão Guandu. A colheita pode ser feita manualmente, cortando as plantas inteiras ou colhendo as vagens individualmente.

 

Secagem e armazenamento

Após a colheita, as sementes do Feijão Guandu podem ser secas ao sol para reduzir a umidade e aumentar sua vida útil. Elas são então armazenadas em local fresco e seco para uso futuro.

 

Plantio ou consumo

As sementes secas podem ser armazenadas para plantio na próxima safra ou utilizadas na culinária em diversos pratos, como sopas, ensopados, saladas e outros pratos tradicionais.

 

Quanto as variedades

O Feijão guandu, também conhecido como feijão andu ou feijão-de-porco. Possui diversas variedades com características únicas.

Entre elas, estão o guandu anão, com porte compacto, as variedades de flores amarelas e brancas, vagens verdes ou roxas, e sementes de diferentes tamanhos. Algumas regiões do Brasil também têm variedades regionais adaptadas às condições locais.

Embora as variedades possam variar em aparência e sabor, todas são apreciadas na culinária e podem ser usadas de várias maneiras. Dependendo das preferências pessoais e das disponibilidades locais.

 

Sistema de produção

A melhor época para produção do feijão guandu é no período chuvoso, especialmente entre novembro e dezembro. Sua semeadura deve ser realizada com espaçamento entre 40 cm e 1 m. Aproximadamente dez plantas por metro linear, e em profundidade de 2 a 5 cm, sendo este último o mais indicado.

Os plantios podem ser mais densos, mas é preciso lembrar que os animais podem não conseguir circular no espaço, nos casos de plantio para pastagem.  Como o feijão guandu tem desenvolvimento inicial lento, a capina deve acontecer de quatro a oito semanas após o plantio.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Em resumo, um sistema de produção é um conjunto de processos organizados e interligados utilizados na agricultura e em outras áreas. Na agricultura, ele envolve o planejamento, cultivo e colheita de culturas ou criação de animais.

A eficácia desses sistemas depende de fatores como manejo, sustentabilidade, diversificação e adaptação às condições locais.

A agricultura desempenha um papel crucial na alimentação global e na economia. Tornando a melhoria contínua e a inovação nos sistemas de produção essenciais para a segurança alimentar, sustentabilidade e desenvolvimento econômico.

Escrito por Michelly Moraes.

Carrapicho: tudo que você precisa saber! 

Carrapicho: tudo que você precisa saber! 

O capim-carrapicho é uma erva daninha que traz grandes prejuízos para a agricultura. Ela é muito comum em diversas regiões do Brasil e se espalha rapidamente pelas lavouras, podendo causar danos significativos às plantações. Saiba mais sobre essa erva daninha.  

Acompanhe! 

 

Carrapicho: tudo que você precisa saber! 

 

O que é o capim-carrapicho?

O capim-carrapicho é uma planta herbácea perene, da família das gramíneas, conhecida cientificamente como Cenchrus echinatus. É nativa das Américas e pode ser encontrada em diversos países, incluindo o Brasil. 

Essa planta apresenta folhas longas e finas, com coloração verde-claro, e uma inflorescência de espigas com cerdas rígidas e pontiagudas, semelhantes a carrapichos, o que lhe confere o nome popular.  

Os carrapichos são estruturas reprodutivas da planta e ficam aderidos aos pelos de animais, roupas e sapatos, facilitando a disseminação das sementes. 

 

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Maléfico ou benéfico? 

O capim-carrapicho é considerado uma erva daninha em muitas áreas, pois cresce de forma agressiva e pode se espalhar rapidamente em pastagens, áreas cultivadas e margens de estradas.  

Além disso, suas cerdas são capazes de perfurar a pele de animais e pessoas, causando desconforto e irritação. 

No entanto, o capim-carrapicho também possui algumas propriedades medicinais. Suas raízes são utilizadas na medicina tradicional para tratar problemas relacionados ao sistema circulatório, como varizes e hemorroidas.  

Além disso, a planta também é utilizada como fitorremediadora para ajudar na descontaminação de solos e águas contaminadas com substâncias tóxicas. 

 

Tipos de capim:

Existem vários tipos de capim-carrapicho, sendo os mais comuns: 

  

Capim-carrapicho comum (Cenchrus echinatus)

É uma planta anual, que cresce até cerca de 30-60 cm de altura. Suas folhas são estreitas e rígidas, com bordas serrilhadas.  

As inflorescências são formadas por espigas cilíndricas, cobertas por espinhos pontiagudos, que se prendem facilmente aos animais e roupas. 

 

Capim-carrapicho-do-rio (Cenchrus villosus)

Também conhecido como capim-babachuru, é uma planta perene que cresce até cerca de 50-80 cm de altura. Suas folhas são largas e ásperas, com bordas serrilhadas.  

As inflorescências são formadas por espigas cilíndricas, também cobertas por espinhos pontiagudos. 

 

Capim-carrapicho-de-espinho (Cenchrus spinifex)

É uma planta perene que cresce até cerca de 1-1,5 metros de altura. Suas folhas são longas e estreitas, com bordas serrilhadas.  

As inflorescências são formadas por espigas cilíndricas, cobertas por longos espinhos pontiagudos. 

 

Capim-carrapicho-de-pluma (Cenchrus setaceus)

 Também conhecido como capim-pena-de-águia, é uma planta perene que cresce até cerca de 1-1,5 metros de altura.  

Suas folhas são finas e macias, com bordas serrilhadas. As inflorescências são formadas por espigas cilíndricas, cobertas por espiguetas em forma de pluma. 

É importante destacar que todos os tipos de capim-carrapicho possuem espinhos que podem causar ferimentos e são considerados invasivos em algumas regiões.  

Por isso, é necessário tomar cuidado ao manejar essas plantas e adotar medidas para controlar sua disseminação. 

 

Os métodos de prevenção e controle 

O capim-carrapicho é uma planta invasora de pastagens e cultivos agrícolas que causa prejuízos econômicos e dificulta o manejo dos campos. Para prevenir e controlar essa infestação, são adotados alguns métodos, como: 

  1. Monitoramento constante das áreas susceptíveis à infestação de capim-carrapicho, para identificar a presença da planta o mais cedo possível. 
  2. Manutenção adequada das pastagens, através de adubação equilibrada, rotação de culturas e manejo correto do gado. Para promover o estabelecimento de uma cobertura vegetal densa e competitiva, que dificulte a entrada e o crescimento do capim-carrapicho. 
  3. Controle manual ou mecânico, que consiste na retirada da planta manualmente ou por meio de máquinas específicas, como roçadeiras ou cortadores de capim. Esse método é mais eficaz quando a infestação é recente e a área afetada ainda é pequena. 
  4. Controle químico, realizado através da aplicação de herbicidas seletivos, que são capazes de combater o capim-carrapicho sem prejudicar outras plantas. O uso de herbicidas deve ser feito com cuidado, seguindo as recomendações dos fabricantes e dos órgãos reguladores. Para garantir a eficácia e a segurança do controle. 
  5. Uso de animais controladores, como ovinos ou caprinos, que se alimentam do capim-carrapicho, reduzindo sua proliferação. Essa prática é mais comum em áreas de pastagem, onde é possível o manejo dos animais. 
  6. Prevenção da entrada de sementes de capim-carrapicho nas propriedades, através da limpeza dos equipamentos agrícolas e do controle do tráfego de animais e veículos. A adoção de medidas preventivas é fundamental para evitar a dispersão da planta e a infestação de novas áreas. 

Além disso, a conscientização dos produtores e agricultores sobre a importância do controle do capim-carrapicho e a adoção de boas práticas agrícolas são fundamentais para prevenir a infestação e minimizar os impactos causados pela planta.  

 

A importância da adubação na redução dos danos  

Uma forma eficiente de reduzir os danos causados pelo capim-carrapicho é por meio da adubação adequada. A adubação consiste na aplicação de fertilizantes no solo, com o objetivo de fornecer os nutrientes necessários para o desenvolvimento das plantas cultivadas.  

Ao adubar o solo, é possível melhorar a disponibilidade de nutrientes necessários para a planta cultivada. O que resulta em um maior crescimento e desenvolvimento dela. Isso, por sua vez, reduz o espaço disponível para o crescimento do capim-carrapicho, tornando mais difícil a sua expansão.  

Além disso, uma adubação correta também pode aumentar a resistência da cultura à infestação do capim-carrapicho. Isso ocorre porque as plantas cultivadas com uma nutrição adequada tendem a ser mais saudáveis e consequentemente mais resistentes a doenças e pragas.  

É importante ressaltar que a adubação precisa ser feita de forma balanceada e de acordo com as necessidades da cultura.  

A quantidade e o tipo de fertilizante a ser utilizado deve ser definido com base em análises do solo e nas recomendações técnicas específicas para cada cultura.  

Portanto, a adubação adequada desempenha um papel fundamental na redução dos danos causados pelo capim-carrapicho. Ela contribui para o crescimento e desenvolvimento saudável das plantas cultivadas, além de aumentar a sua capacidade de competição com as plantas daninhas, como o capim-carrapicho.

É importante também contar com o apoio de órgãos de extensão rural e pesquisa agrícola. Que podem fornecer orientações e capacitação técnica para o manejo adequado do capim-carrapicho. 

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão 

O capim-carrapicho é uma erva daninha que pode causar grandes prejuízos às culturas agrícolas. Contudo, existem diversas medidas preventivas e ações de controle que podem ser adotadas pelos agricultores para evitar a infestação e minimizar os seus impactos. 

São práticas como a identificação precoce e o tratamento imediato, que são fundamentais para evitar que o capim-carrapicho se espalhe e comprometa a produção agrícola. 

Além disso, é importante que o agricultor esteja atento a adubação adequada da lavoura, que deve ser feita com fertilizantes eficientes e vantajosos para o manejo nutricional, para que as plantas possam estar mais bem preparadas para lidar com essa planta daninha enquanto os métodos de controle não agem. 

Escrito por Michelly Moraes.

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Cevada: tudo que você precisa saber!

Cevada: tudo que você precisa saber!

A cevada é um cereal conhecido, que se popularizou devido à produção de cerveja – mas seus usos vão além da bebida. Que saber mais sobre?  

Acompanhe! 

 

Cevada: tudo que você precisa saber!

 

O que é cevada? 

A cevada é um tipo de grão usado principalmente na produção de cerveja e também em alguns alimentos. É um cereal altamente nutricional, rico em fibras, vitaminas e minerais. 

A cevada é consumida na forma de grãos integrais, farinha, flocos ou em forma de malte. Ela pode ser usada para fazer sopas, saladas, pães, bolos e outros alimentos assados. Também é um ingrediente chave na produção de bebidas como cerveja e whisky. 

Além de seu valor nutricional, a cevada também possui benefícios para a saúde. 

 

Benefícios da cevada para a saúde 

Ela é conhecida por ajudar a regular o açúcar no sangue, melhorar a digestão, reduzir o colesterol e promover a saúde do coração. A cevada é um grão versátil e saudável que pode ser incorporado em uma variedade de pratos. 

Além disso, a cevada contém fibras solúveis que ajudam a regular os níveis de açúcar no sangue. Isso é especialmente benéfico para pessoas com diabetes ou pré-diabetes, pois a ingestão de fibras pode ajudar a manter os níveis de glicose sob controle. 

 

cevada

 

Rica em vitaminas do complexo B, como tiamina, riboflavina, niacina e ácido fólico. Essas vitaminas desempenham um papel crucial no metabolismo de carboidratos, proteínas e gorduras, além de promover a saúde do sistema nervoso. 

Em relação aos minerais, a cevada é uma boa fonte de ferro, manganês e selênio. Outro benefício importante da cevada é sua capacidade de reduzir o colesterol LDL (ruim) e aumentar o colesterol HDL (bom). Isso ocorre devido ao alto teor de fibras solúveis e beta-glucanas presentes nesse cereal. 

 

Qual é o cenário da cevada no Brasil? 

No Brasil, a produção de cevada é relativamente pequena se comparada a outros cereais, como milho e trigo. O país é conhecido principalmente pela produção de commodities agrícolas, como soja e café. 

A maior parte da cevada consumida no Brasil é importada, principalmente da Argentina, que é o principal fornecedor do país.  

No entanto, há um crescente interesse por parte de agricultores em cultivar cevada no Brasil, devido à sua versatilidade e alta demanda na produção de cerveja. 

A região Sul do país é a mais propícia para o cultivo de cevada, devido ao clima mais frio e à maior disponibilidade de água. Os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul são os principais produtores de cevada no Brasil. 

A cevada é cultivada principalmente por agricultores familiares, sendo que a maior parte da produção é destinada à produção de malte, que é utilizado como ingrediente essencial na fabricação de cerveja. 

Apesar de ainda representar uma parcela pequena da produção agrícola do país. A cevada tem ganhado destaque nos últimos anos, impulsionada pelo crescimento do mercado de cervejas artesanais no Brasil. 

Além da produção de malte, a cevada também é utilizada na alimentação animal, principalmente na produção de rações para aves e suínos. 

Em suma, a produção de cevada no Brasil ainda é limitada e a maior parte do consumo é suprida por importações.  

 

Oportunidade de renda com a cevada 

O cultivo de cevada pode ser uma oportunidade interessante de renda para agricultores, especialmente na região Sul do Brasil. Além da demanda da indústria cervejeira, a cevada também pode ser utilizada na produção de alimentos, como pães, biscoitos e sopas. 

Para iniciar a produção de cevada, é importante buscar informações sobre as melhores variedades de sementes para a região. As condições ideais de plantio e a disponibilidade de mercado para comercialização do produto.  

Os custos de produção da cevada podem variar de acordo com diversos fatores, como o tamanho da área cultivada, os insumos utilizados, as práticas de manejo, entre outros.  

É necessário fazer um planejamento detalhado e calcular os custos e possíveis lucros antes de iniciar o cultivo. 

 

Qual é a diferença entre trigo e cevada? 

O trigo e a cevada são duas espécies de grãos cultivados que têm algumas diferenças importantes: 

  1. Planta: o trigo é uma planta de caules retos e eretos, enquanto a cevada tem caules mais flexíveis e nodosos.
  2. Sabor e textura: o trigo tem um sabor suave e uma textura macia. A cevada, por outro lado, tem um sabor mais forte e uma textura mais mastigável.
  3. Nutrientes: ambos os grãos são ricos em nutrientes, mas a cevada é geralmente considerada mais saudável. A cevada contém mais fibras, proteínas e minerais essenciais, como ferro e zinco.
  4. Usos: o trigo é amplamente utilizado na panificação, na produção de farinhas e no fabrico de produtos como pão, massa e bolos. A cevada, por outro lado, é usada principalmente como alimento para animais. Na produção de cerveja e uísque, além de poder ser consumida como grão.
  5. Glúten: o trigo contém glúten, uma proteína presente na sua composição. O que o torna inadequado para pessoas com doença celíaca ou sensibilidade ao glúten. A cevada, por outro lado, também contém glúten, portanto também é inadequada para pessoas com essas condições.

 

Como funciona o cultivo da cevada como cultura de inverno? 

O cultivo da cevada como cultura de inverno geralmente segue o seguinte processo: 

  

Escolha do local e preparação do solo 

A cevada geralmente prefere solos bem drenados e com pH entre 6,0 e 7,5. Antes do plantio, o solo deve ser preparado através da remoção de resíduos de culturas anteriores. Nivelamento e correção de nutrientes, se necessário. 

  

Seleção das variedades de cevada 

Existem diferentes variedades de cevada disponíveis, que variam em termos de resistência ao frio, resistência a doenças, características de crescimento e qualidade do grão. 

A escolha das variedades a serem cultivadas deve levar em consideração as condições de cultivo específicas e as demandas do mercado. 

  

Plantio 

O plantio da cevada de inverno geralmente ocorre no outono, antes do início das geadas. A cevada pode ser semeada diretamente no solo ou cultivada em bandejas e transplantada posteriormente. 

A profundidade de semeadura deve ser de aproximadamente 2 a 3 centímetros. A densidade de plantio também pode variar. Dependendo da variedade e das condições específicas, mas normalmente varia entre 300 e 500 plantas por metro quadrado. 

  

Manejo das plantas 

Durante o período de crescimento, a cevada de inverno requer alguns cuidados específicos, como irrigação adequada, controle de ervas daninhas e pragas, bem como a aplicação de fertilizantes quando necessário.  

A quantidade e o momento dessas práticas podem variar dependendo do local de cultivo e das condições climáticas. 

  

Colheita 

O momento da colheita da cevada de inverno depende do objetivo final. Se a cevada for destinada ao consumo humano. Ela será colhida quando os grãos estiverem maduros, geralmente quando a planta começa a amadurecer e a cor dos grãos fica amarela ou marrom.  

Se a cevada for utilizada para alimentação animal ou para produção de malte, ela é colhida antes do pleno amadurecimento, para manter uma maior umidade e proteínas. 

É importante lembrar que essas são apenas diretrizes gerais e que o cultivo da cevada pode variar dependendo das condições locais e das práticas específicas de cada agricultor. 

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão  

Em conclusão, a cevada é um grão cultivado que possui características distintas em relação ao trigo. Ela tem caules mais flexíveis e nodosos, um sabor mais forte e uma textura mais mastigável. 

Além disso, a cevada é considerada mais saudável, pois contém mais fibras, proteínas e minerais essenciais. A cevada é utilizada principalmente como alimento para animais, na produção de cerveja e uísque, e também pode ser consumida como grão. 

O cultivo da cevada de inverno envolve escolher o local adequado, preparar o solo, selecionar as variedades de cevada, plantar as sementes, manejar as plantas. E, por fim, colher os grãos. No entanto, é importante lembrar que esses passos podem variar dependendo das condições locais e das práticas de cada agricultor. 

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Escrito por Michelly Moraes.

Semente de milho: saiba tudo sobre!

Semente de milho: saiba tudo sobre!

A escolha da semente de milho adequada é um passo fundamental para o sucesso do cultivo. Existem variedades recomendadas para diferentes finalidades, como produção de grãos, silagem ou duplo propósito. Além disso, é necessário tomar cuidados como a limpeza e tratamento das sementes, teste de germinação, tratamento com inoculante, armazenamento correto e preparo do solo. Neste artigo vamos falar tudo sobre isso.

Venha comigo!

 

Semente de milho: saiba tudo sobre!

 

O milho é um dos cereais mais populares e consumidos no mundo todo. Ele possui diversos benefícios para a saúde e é utilizado de diversas formas na culinária. Neste artigo, vamos conhecer um pouco mais sobre o milho e suas propriedades.

O milho é uma planta originária da América Latina e é cultivado há milhares de anos. É um alimento extremamente versátil, sendo utilizado não só na culinária, mas também na fabricação de ração animal, biocombustível e até na produção de plásticos. Hoje vamos abordar um pouco sobre a semente de milho.

 

 

Semente de milho

A semente do milho é uma pequena estrutura que contém o embrião do milho, juntamente com reservas de alimento para sustentar o crescimento inicial da planta.

A semente é geralmente composta por três partes principais: o embrião, o endosperma e o pericarpo.

 

Embrião

O embrião é o componente vivo da semente, que contém a futura planta em miniatura. Ele consiste em uma raiz embrionária, que se tornará a raiz da planta, e uma plúmula embrionária, que se desenvolverá na parte aérea da planta, incluindo os caules e as folhas.

 

Endosperma

O endosperma é uma camada de tecido nutritivo que envolve o embrião. Ele fornece nutrientes essenciais para o crescimento inicial da planta até que ela possa realizar a fotossíntese e produzir sua própria comida.

 O endosperma é rico em amido, proteínas e óleos, que são utilizados como fontes de energia pelas células em crescimento.

 

Pericárdio

O pericarpo é a camada externa da semente que protege o embrião e o endosperma. Geralmente é uma camada dura e resistente, chamada casca, que protege a semente de danos físicos, insetos e doenças.

Diferença entre grão e semente de milho

Os grãos são a parte comestível do milho, enquanto as sementes são o órgão reprodutivo do milho.

Os grãos de milho são os caroços que são consumidos em várias formas, como milho cozido, pipoca, farinha de milho, flocos de milho e óleo de milho.

As sementes de milho, por outro lado, são usadas para reprodução e plantio de novas plantas de milho. Elas são o resultado da polinização das espigas de milho e são geralmente removidas dos grãos antes de serem consumidas.

Em resumo, os grãos de milho são a parte comestível do milho, enquanto as sementes são usadas para reproduzir novas plantas de milho.

 

Tipos de semente de milho

Existem diversos tipos de semente de milho, cada um com características específicas que os tornam adequados para diferentes condições de cultivo e finalidades. Alguns exemplos dos principais tipos de semente de milho são:

 

1 – Milho híbrido

Obtido por meio do cruzamento de variedades de milho diferentes, resultando em sementes com características superiores, como maior resistência a doenças, maior produtividade e melhor qualidade de grãos.

 

2 – Milho doce

Tem como principal característica o alto teor de açúcar nos grãos, conferindo um sabor mais doce. É geralmente consumido fresco, na forma de espigas cozidas ou assadas.

 

3 – Milho pipoca

Semente própria para produção de pipoca, com grãos que estouram quando aquecidos. Essa semente possui uma casca rígida e é cultivada especificamente para essa finalidade.

 

4 – Milho grão

Utilizado principalmente para a produção de grãos secos, que podem ser utilizados como ração animal, para a fabricação de óleo de milho, na indústria de alimentação humana (ex: fubá, sêmola, etc.) e na produção de biocombustíveis.

 

5 – Milho silagem

Cultivado especificamente para a produção de silagem, que é uma forrageira utilizada para alimentação animal.

Essa semente é caracterizada por ter uma planta com maior teor de matéria seca e maior quantidade de massa verde.

Esses são apenas alguns exemplos dos tipos de semente de milho existentes. Existem ainda diversas variedades e híbridos específicos para diferentes condições climáticas, resistência a doenças, tamanhos de espiga, etc.

É importante escolher o tipo de semente mais adequado às condições de cultivo e finalidades desejadas, levando em consideração fatores como clima, solo e demanda de mercado.

A escolha da melhor semente de milho para plantar depende de vários fatores, como a região geográfica, as condições climáticas, o tipo de solo, os objetivos do cultivo (produção de grãos ou forragem) e as características desejadas na planta (alta produção, resistência a doenças, qualidade do grão, etc.).

 

Checklist agrícola

 

Qual melhor semente de milho para plantar

No entanto, algumas variedades de milho são amplamente recomendadas por suas características agronômicas e adaptabilidade:

  • Variedade Híbrida Duplo Propósito (Dekalb 177): É uma semente adequada para produção de grãos e silagem. Possui alta produtividade, boa tolerância a doenças e adaptabilidade a diferentes condições climáticas.
  • Variedade Híbrida para Silagem (Agromen 4646): Indicada para produção exclusiva de silagem, essa semente tem alto potencial de produção de massa verde e bom valor nutricional.
  • Variedade Híbrida para Grãos (Pioneer 30F35): Recomendada para produção exclusiva de grãos, essa semente possui alta produtividade, bom perfilhamento e resistência a doenças.

Essas são apenas algumas opções disponíveis no mercado. É importante consultar um agrônomo ou técnico especializado na região para orientar a escolha da melhor semente de milho de acordo com as condições específicas da área de plantio.

 

Cuidados com a semente de milho no pré-plantio

Além da escolha da semente adequada, é importante tomar alguns cuidados antes do plantio do milho:

 

1 – Limpeza e tratamento das sementes

É fundamental garantir que as sementes estejam limpas e livres de impurezas, como restos de plantas, resíduos de tratamentos químicos anteriores, insetos ou fungos.

Além disso, é recomendável realizar tratamentos com fungicidas e inseticidas para proteger as sementes de possíveis doenças e pragas.

 

2 – Teste de germinação

Antes do plantio, é indicado fazer um teste de germinação das sementes. Esse teste consiste em colocar um número representativo de sementes em condições ideais de germinação (umidade, temperatura e luz adequadas) e verificar a porcentagem de sementes que germinam. Se o resultado for abaixo do recomendado, é necessário buscar sementes de melhor qualidade.

 

3 – Tratamento de sementes com inoculante

O tratamento das sementes com inoculante é uma prática importante para o milho, pois inocula as sementes com bactérias fixadoras de nitrogênio que promovem o crescimento das raízes e melhoram a absorção de nutrientes.

 Esse tratamento pode ser realizado no momento do plantio.

 

4 – Armazenamento adequado

As sementes devem ser armazenadas em local fresco, seco e arejado, protegidas de insetos, fungos e outras pragas. É recomendável armazenar as sementes em embalagens adequadas e rotuladas com as informações de variedade e data de colheita.

 

5 – Preparo do solo

Antes do plantio, é importante realizar uma boa preparação do solo, que inclui a correção do pH, a análise e correção dos nutrientes presentes, o controle de plantas daninhas e a realização de práticas de conservação do solo, como a cobertura morta.

Esses são alguns dos cuidados que devem ser tomados com as sementes de milho antes do plantio. É importante seguir as recomendações do fabricante e buscar orientação técnica para garantir o sucesso do cultivo.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Em resumo, a escolha da semente de milho adequada é essencial para o sucesso do cultivo. É importante considerar diversos fatores, como as condições climáticas, o tipo de solo e os objetivos do cultivo.

Existem variedades recomendadas para produção de grãos, silagem e duplo propósito. Além da escolha da semente, é necessário tomar cuidados como a limpeza e tratamento das sementes, teste de germinação, tratamento com inoculante, armazenamento adequado e preparo do solo.

Seguindo essas recomendações e buscando orientação técnica, é possível obter um bom rendimento na produção de milho. Gostou? Curta e compartilhe!

Escrito por Michelly Moraes.

As principais fontes de potássio!

As principais fontes de potássio!

O potássio é um macronutriente que está associado a múltiplas funções nas plantas. Que vão desde processos metabólicos à melhoria de resistência a estresses bióticos e abióticos.  Com isso, preparamos esse artigo para abordar as fontes de potássio disponível para aplicação.

Vamos lá? 

 

As principais fontes de potássio!

 

Você já se perguntou qual a função do potássio para as plantas? O potássio desempenha múltiplas funções, que vão desde a ativação enzimática ao transporte de compostos nos tecidos vasculares das plantas.

Mas, quais são os principais fertilizantes capazes de fornecer esse nutriente tão essencial para a qualidade, desenvolvimento e produtividade das culturas? É possível utilizar outras fontes de potássio na lavoura?

 

 

Potássio nas plantas: o que este macronutriente faz?

O potássio (K) é um dos três nutrientes, juntamente com nitrogênio e fósforo. Considerados como macronutrientes, ele é o segundo nutriente mais requerido pelas plantas, ficando atrás somente do nitrogênio.

Sua importância está relacionada à participação em diversas funções dentro do vegetal. Por isso, ele é o cátion mais abundante dentro das plantas, apresentando alta mobilidade solo-planta.

 

Veja abaixo as principais funções deste macronutriente:

O potássio está diretamente ligado à regulação de água. A absorção ativa deste elemento influencia na absorção de água das células e tecidos.

Além disso, os íons de potássio atuam na abertura e fechamento dos estômatos, que são estruturas presentes nas folhas que regulam as trocas gasosas como o vapor d’água. O que influencia a absorção de água das plantas.

Seu papel na fotossíntese não é direto como no caso no nitrogênio. Para ocorrer a fotossíntese é necessário a presença de uma enzima, a rubisco. Para que ocorra síntese desta enzima é necessário a presença de K. Mais de 60 enzimas são ativadas pela presença de potássio. Devido a isso sua quantidade dentro das plantas é elevada.

Outra atuação indireta, mas de grande importância do K dentro das plantas é o crescimento meristemático. Onde este nutriente faz com que os fitormônios que atuam no crescimento da raiz e parte área sejam ativados.

O K também atua no aumento da espessura da cutícula das folhas e da parede celular. Com isso plantas nutridas adequadamente com este macronutriente apresentam maior resistência a pragas e doenças. Devido à dificuldade de passar pela barreira formada nas folhas.

Em épocas de geadas, principalmente produtores de café, costumam realizar aplicação de potássio nas plantas. Pois este reduz o ponto de congelamento da seiva, minimizando os efeitos da geada nas plantas.

Na qualidade do produto final, seja grãos, frutas ou verduras, o K, por ser móvel, ajuda na translocação de produtos sintetizados nas plantas, como açúcares, proteína, amido, vitamina C. Que fazem com que aumente o teor destes produtos nas frutas, verduras ou grãos.

 

As fontes de potássio para as plantas

As principais fontes de potássio para as plantas utilizadas na agricultura são o Cloreto de Potássio (KCl), sulfato de potássio (K2SO4) e nitrato de potássio (KNO3). Apesar de todas serem fontes de potássio para as plantas. Esses três fertilizantes potássicos apresentam diferentes aspectos, vantagens e desvantagens em um sistema produtivo. Veja a seguir quais são eles:

 

Cloreto de Potássio (KCl)

O Cloreto de Potássio (KCl), é um haleto metálico salino composto por aproximadamente 47 % de cloro e 53% de potássio. Muito usado na agricultura como fonte de potássio. Ele é extraído de minerais como a silvita e a carnalita, mas também pode ser obtido através de outros processos.

Quase a totalidade do KCl usado no Brasil tem sua origem no exterior. Dados do Ministério da Agricultura mostram que 96,5% de todo KCl é importado de países que compõem o oligopólio de produção do fertilizante no mundo: Rússia, Bielorrússia e Canadá.

As principais vantagens do Cloreto de Potássio como fertilizante são o seu alto teor de potássio e a sua rápida disponibilização para as plantas. Em determinados contextos, isso é vantajoso para o agricultor que precisa atender a demanda nutricional imediata da lavoura.

Entretanto, essas mesmas características, quando somadas ao elevado índice salino (116%) e de cloro do Cloreto de Potássio. Também trazem diversas limitações do seu uso excessivo como fonte de potássio, como:

  • Redução da produtividade e de rendimento das culturas;
  • Necessidade de parcelar a aplicação;
  • Prejuízo às populações de microrganismos do solo;
  • Redução da qualidade dos produtos agrícolas;
  • Comprometimento da qualidade do solo.

 

Solos no Brasil

 

Sulfato de potássio (K2SO4)

O sulfato de potássio (K2SO4) pode ser produzido de diferentes formas. Que envolvem reações químicas com o ácido sulfúrico (H2SO4), resinas de troca iônica, decomposições minerais e até pela evaporação solar de lagoas salinas que contenham os íons potássio e sulfato.

Ele é muito utilizado como fonte de potássio e enxofre para as plantas. Isso por causa da sua alta concentração desses nutrientes:  ele contém cerca de 50% de potássio sob a forma de K2O e 17% de enxofre sob a forma SO42-.

A principal diferença entre o KCl e o sulfato de potássio, é que o sulfato de potássio é uma das fontes de potássio livre de cloro.

Isso evita o surgimento de problemas relacionados ao excesso de absorção de cloro pelas plantas e seus efeitos negativos na qualidade dos produtos agrícolas e do solo. Entretanto, assim como o KCl, o sulfato de potássio é bem solúvel e possui um elevado índice salino, de 46%.

Enquanto a alta solubilidade pode trazer problemas para a lavoura como a perda de nutrientes para as camadas mais profundas do solo. O elevado índice salino pode limitar o desenvolvimento das plantas e dos microrganismos e levar a salinização do solo.

 

Nitrato de potássio (KNO3)

Também conhecido como Salitre, o nitrato de potássio (KNO3) é um dos fertilizantes utilizados para suprir as demandas de nitrogênio e potássio das plantas. Dois dos três macronutrientes mais exigidos pelas culturas.

De acordo com a Embrapa, ao final do processo de purificação o nitrato de potássio apresenta em sua composição 13% de nitrogênio e 44% de potássio. Com pequenas variações entre os fabricantes.

A presença de nitrogênio, combinada a elevada solubilidade do nitrato de potássio, faz com que ele seja um dos fertilizantes potássicos mais versáteis. Já que a aplicação poder ser feita em diferentes momentos do ciclo produtivo.

Além dos benefícios do nitrato de potássio para nutrição vegetal. Ele também tem um papel importante em sistemas sob estresse salino, reduzindo a absorção de sódio e aumentando a absorção de outros cátions, como cálcio e potássio.

Já quando pensamos em desvantagens, o nitrato de potássio apresenta o mesmo problema com a lixiviação de nutrientes e elevado índice salino. Também presentes no cloreto e no sulfato de potássio.

A dependência dessas três fontes de potássio do mercado externo também é outro problema latente. No caso dos dois macronutrientes que compõem o nitrato de potássio. A importação de fontes de nitrogênio chega a representar mais de 80% e de fontes de potássio a mais de 95% do consumo brasileiro.

Isso faz com que se crie um cenário de insegurança entre os agricultores brasileiros. Uma vez que vão existir momentos de instabilidade socioeconômicas internacionais que podem influenciar no preço das principais fontes de potássio importadas.

 

Modo e época de aplicação do potássio nas lavouras

Há dois modos de aplicação de potássio para as culturas, junto com a operação de semeadura e em cobertura. O potássio utilizado nas formulações com NPK é aplicado principalmente durante a operação de semeadura, logo abaixo das sementes.

Outra forma de disponibilizar o K é pelos fertilizantes de potássio. No Brasil, os principais são: cloreto de potássio, sulfato de potássio e nitrato de potássio.

O cloreto de potássio (KCl) é o mais utilizado devido ao seu custo-benefício, pois é o fertilizante que apresenta a maior quantidade de K2O na sua formulação. E geralmente é utilizado a lanço, antes ou durante a cultura. Entretanto, é importante lembrar que devido a presença do cloro, este adubo apresenta alto índice salino.

Desse modo, é recomendado parcelar a aplicação de KCl caso seja necessário aplicar acima de 60 kg/ha de K2O, para evitar a salinização do solo próximos às raízes.

Caso necessite parcelar, é recomendado realizar a aplicação de 1/3 no momento da semeadura, e o restante em cobertura em no máximo 30 dias após a semeadura.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Todos os nutrientes têm um papel importante a desempenhar dentro das plantas. Alguns destes nutrientes necessitam de pequenas quantidades para que façam sua função. Outros são requisitados em maiores quantidades, como no caso do potássio.

Por fim, vale-se ressaltar que é muito importante que o agricultor não invista somente em fertilizantes potássicos de qualidade. Mas também em todos os demais aspectos do seu sistema produtivo para alcançar bons resultados com a adubação potássica na lavoura.

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Escrito por Michelly Moraes.