Herbicida seletivo: conheça mais sobre o assunto!

Herbicida seletivo: conheça mais sobre o assunto!

Nesse artigo vamos passar para você os principais conceitos sobre o  herbicida seletivo, para que você possa aproveitar ao máximo e aplica-los na prática.

É muito importante conhecer sobre a seletividade dos herbicidas, pois ela depende de fatores relacionado à planta, ao herbicida e às condições ambientais.

Esse parece um assunto corriqueiro para muitos, mas ainda é parte de grandes dúvidas.

Vamos juntos?

 

Herbicida seletivo: conheça mais sobre o assunto!

 

Herbicida seletivo, o que é?

Na produção agrícola, seletividade de herbicidas é a base para o sucesso do controle químico de plantas daninhas.

Desse modo, a base da seletividade aos herbicidas está no nível diferencial de tolerância das culturas e das plantas daninhas que se deve controlar.

Assim, quanto maior a diferença de tolerância entre a cultura e a planta daninha, maior a segurança de aplicação.

O herbicida seletivo elimina as espécies daninhas enquanto a cultura permanece vegetando, tolerando o tratamento.

A seletividade não é um processo simples, uma vez que, muitos fatores de planta e de ambiente estão envolvidos.

O estádio de desenvolvimento e suas características são fatores importantes na seletividade dos herbicidas e no controle de plantas daninhas.

Por isso, erros cometidos, como a escolha imprópria do produto, época de aplicação, dose ou equipamento, podem anular a diferença entre espécies tolerantes e suscetíveis, prejudicando ambas.

 

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Formas de utilização dos herbicidas seletivos

Quase todos os herbicidas devem ser aplicados em um momento específico para otimizar o controle e a seletividade.

Saber quando aplicá-los para obter o efeito desejado é essencial para o uso adequado e racional do controle químico.

A classificação quanto à época de aplicação reflete a eficiência de absorção por diferentes estruturas das plantas.

Herbicidas aplicados ao solo são normalmente absorvidos pelas raízes ou por estruturas subterrâneas antes, durante ou imediatamente após a emergência.

Herbicidas aplicados à parte aérea das plantas são preferencialmente absorvidos pelas folhas.

Épocas de aplicação de herbicidas

A época de aplicação de herbicidas é definida para obter os melhores resultados. As definições de épocas de aplicação são as seguintes:

Herbicidas aplicados em pré-plantio incorporado (PPI): São aplicados ao solo e, posteriormente, precisam ser incorporados mecanicamente ou por irrigação.

Em pré-emergência (PRÉ), a aplicação ocorre após a semeadura ou plantio, mas antes da emergência da cultura, das plantas daninhas ou de ambas.

Na pós-emergência (PÓS), a absorção do produto deve ocorrer principalmente pelas folhas.

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Tipos de seletividade de herbicidas

Para que seja mais fácil a compreensão dos tipos de seletividades de herbicidas. Vamos dividir os tipos de seletividade em fatores relacionados à planta, ao herbicida e ao ambiente.

Os fatores relacionados à planta podem ser: estádio de desenvolvimento, mecanismos de absorção diferencial, mecanismos de translocação diferencial e o metabolismo diferencial.

Fatores relacionados ao herbicida: seletividade e a estrutura molecular, referência à dose, as formulações, seletividade e o modo de aplicação.

Fatores relacionados ao ambiente: seletividade e a textura do solo, seletividade e a água disponível no solo, seletividade e as condições ambientais.

Porém além dos herbicidas seletivos, existem também os herbicidas não seletivos.

No próximo tópico vamos saber um pouco mais sobre eles.

 

Herbicida não seletivo

Herbicidas não seletivos têm amplo espectro de ação e podem matar ou danificar severamente todas as plantas.

Glyphosate e sulfosate são herbicidas não seletivos registrados para dessecação e manejo de plantas daninhas em áreas de semeadura direta. Paraquat, diquat e amônio-glufosinato são usados para dessecação pré-colheita.

Devido ao largo espectro de espécies afetadas por esses herbicidas, considera-se que eles sejam não seletivos.

Vale lembrar que nenhum herbicida pertence rigidamente a um grupo, pois a seletividade depende da interação entre diferentes fatores, como já discutido.

Herbicida seletivo sistêmico

O herbicida sistêmico é aquele que se movimenta, que é conduzido no interior da planta, pelo xilema ou floema, ou por ambos.

São produtos químicos capazes de penetrar na planta e serem tóxicos em processos vitais específicos, por isso são altamente seletivos, prontamente assimilado e translocado pela planta.

Alguns exemplos de herbicidas sistêmicos são: 2,4-D, Glifosato, Imazethapyr, Flazasulfuron, Nicosulfuron e o Picloram.

O herbicida sistêmico transporta-se no interior da planta até atingir o local de ação desejado, geralmente sendo absorvido pelas folhas e raízes.

Assim, o herbicida sistêmico não precisa cobrir totalmente a superfície foliar, o que possibilita o uso de gotas maiores.

Entretanto, você precisa aguardar um tempo após a aplicação para que as plantas daninhas absorvam os produtos.

 

Usar ou não o herbicida seletivo?

A seletividade se expressa de forma variada para cada combinação específica cultura – planta daninha e é normalmente bastante específico.

Portanto, talvez o mais correto fosse julgar se determinado tratamento. E não um herbicida especificamente é seletivo para determinada cultura.

Uma vez que, o uso de herbicidas pode prevenir a interferência das plantas daninhas principalmente no início do ciclo. Período durante o qual as plantas daninhas causam normalmente as maiores perdas nas culturas.

 

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Porém, como tudo há limitações quanto ao uso de herbicidas. Pois todos herbicidas possuem certo grau de toxicidade para o ser humano e para outras espécies de plantas e animais.

Embora a tendência atual seja de que os novos herbicidas lançados no mercado apresentem um menor grau de toxicidade para o ser humano e o ambiente. Ainda existem preocupações com relação aos casos de intoxicação registrados em aplicadores e manipuladores desses produtos.

A utilização de herbicidas demanda equipamento adequado de aplicação e proteção, além de operador treinado.

Portanto, é de suma importância a compreensão do sistema como um todo e em sua integralidade. Para saber a necessidade da utilização ou não de herbicidas, quando e como utilizar.

Escrito por Juliana Medina.

 

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