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Entenda tudo sobre a fenologia do algodão!

Entenda tudo sobre a fenologia do algodão!

Produzido para diversos fins, o algodão é a fibra têxtil mais usada no mundo. Fruto do algodoeiro, é um produto cultivado há bastante tempo no Brasil, além de ser uma das culturas mais tradicionais e importantes do agronegócio brasileiro. Muitos agricultores tem dúvida quanto a fenologia do algodão, com isso preparamos esse post para te ajudar.

Vamos lá!

 

Entenda tudo sobre a fenologia do algodão!

 

O algodão é uma das culturas mais versáteis e da qual se obtém vários produtos, como óleo, alimento animal e fibra têxtil.

O algodão está entre as culturas mais importantes de fibra no mundo. Em média, 35 milhões de hectares de algodão são plantadas anualmente em todo o planeta.

Essa cultura atualmente tem sido plantada por mais de 60 países nos cinco continentes. No entanto para manter esta alta evolução do setor é necessário aprofundar o conhecimento a respeito da cultura do algodão.

Afinal é uma das culturas mais planejada pelos agricultores das regiões propicias, com isso preparamos esse artigo para te ajudar a esclarecer suas dúvidas sobre o desenvolvimento fenológico dessa cultura.

 

 

A plantação de algodão no Brasil

O Brasil é o segundo maior exportador de algodão do mundo. Além disso, o país está em quinto lugar no ranking mundial de produção do produto, sendo a Índia, a China e os Estados Unidos os maiores produtores atualmente.

Isso acontece muito porque o clima do Brasil é favorável, trazendo vantagens no plantio de algodão em relação a outros países, já que é possível fazer um manejo ao longo de todo ano.

De acordo com a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão -ABRAPA, os estados do Mato Grosso do Sul e da Bahia concentram aproximadamente 90% da produção nacional de algodão. Além disso, na década atual, é estimado um crescimento de mais de 40% na produtividade no país.

 

As vantagens do cultivo de algodão

O cultivo de algodão é uma atividade que apresenta algumas vantagens para seus produtores, sejam esses destaques em relação aos seus custos, sejam ao manejo e à gestão da atividade.

Algumas dessas características mostram boas razões para que o algodão seja o foco de novos produtores ou até mesmo de quem já está no agronegócio e deseja expandir sua atuação.

A seguir, confira algumas das principais vantagens que podem ser observadas no cultivo de algodão e como elas favorecem quem adere a essa atividade.

 

Alta demanda e baixo investimento

A produção do algodão pode ser aproveitada em duas partes: semente e fibra. Por si só, isso já constitui uma vantagem, mas a relação é ainda mais atrativa quando se observa os mercados gerados. A demanda é realmente grande e o cultivo de algodão pode ser aplicado em:

  • produção têxtil;
  • alimentação animal (óleo extraído da semente);
  • filtros de café;
  • rede de pesca;
  • fabricação de explosivos;
  • matéria-prima de encadernação.

Ainda que seja possível produzir tanto com o algodão, o custo da atividade não é tão alto. Assim, a relação entre produção e lucro se torna mais vantajosa ao produtor, com uma margem de retorno bastante alta.

 

Checklist agrícola

 

Direcionamento para diversos mercados

Essa lista de usos do algodão também mostra como é amplo o alcance do produto como matéria-prima. Na prática, isso significa que há muitos mercados interessados no produto, o que representa possibilidades diversas ao produtor.

Ele sempre terá procura pela sua safra, podendo até mesmo trabalhar com parceiros exclusivos, com regularidade de faturamento.

 

Tempo intermediário do ciclo

O tempo de ciclo do algodão também é um fator muito atrativo. Os 4 a 7 meses, em média, que um ciclo demora para chegar à colheita são considerados um tempo intermediário, principalmente se comparado a outros produtos do agronegócio nacional. Isso significa que o tempo de retorno do investimento é bom.

 

Fenologia do algodão

O algodão tem seu ciclo dividido em 4 estádios fenológicos totais, sendo que em cada um, há divisões nos períodos evolutivos da planta: Estádio Vegetativo, Estádio de Botões Florais, Estádio de Florescimento e Abertura dos Capulhos.

Com o conhecimento dos estádios do algodão, é possível também, esquematizar seu período de produção e planejar as safras subsequentes.

 

Estádio vegetativo (Vn)

Consiste no período em que a planta desenvolve sua estrutura vegetativa, evoluindo de estádio a medida em que sejam formadas cada folha verdadeira, que por sua vez consiste em uma folha com o comprimento de pelo menos 2,5 cm.

Estagio Fenológico do algodão

(Fonte: Saul Carvalho)

 

V0: A primeira etapa deste estádio fenológico está relacionada ao período entre a emergência da plântula até os 2,5 cm da primeira folha verdadeira.

O V1: A partir da medição anterior até que a segunda folha atinja 2,5 cm de comprimento.

O V2:  Período dado a partir do final do V1 até a terceira folha alcançar 2,5 cm de comprimento.

E o Vn: Medições aplicadas a partir do estabelecido nas etapas anteriores.

 

Estádio de botões florais (Bn)

Consiste na etapa de evolução da planta a partir do primeiro botão floral no primeiro ramo reprodutivo. À medida que outros botões aparecem nos ramos superiores evolui-se o estádio B até que a primeira flor se abra.

Aqui é importante ressaltar que, mesmo que novas folhas continuem surgindo, o estádio a partir do primeiro botão passa a ser B, e não mais V.

 B1: Essa fase se inicia quando há o surgimento do primeiro botão floral no algodoeiro.

O B2: Ocorre o aparecimento do primeiro botão floral no segundo ramo frutífero.

O B3-n: Há o surgimento do primeiro botão floral no terceiro ramo frutífero. Nesta etapa, ainda ocorre a visualização do segundo botão floral no primeiro ramo frutífero visível.

E o B4-n: As medições sucessores seguem o mesmo padrão. Após o primeiro botão abrir para a floração, é considerado o fim desse estágio.

 

Estádio de florescimento (Fn)

Esta etapa consiste no período em que o primeiro botão floral no primeiro ramo flora até o efetiva observação da abertura do primeiro capulho.

Estagio de Florescimento do Algodão

(Fonte: Alessandra Fonte Mello)

 

O F1: Nessa fase, abre-se o primeiro botão floral do primeiro ramo frutífero, dando início à floração.

O F2: Dando continuidade ao processo, no F2, ocorre a abertura do primeiro botão no segundo ramo frutífero.

E o F3-n: As observações seguintes, seguem o mesmo parâmetro das anteriores. Nota-se nesta fase, a abertura do segundo botão floral do primeiro ramo.

 

Estádio de abertura dos capulhos (Cn)

É a última fase da fenologia do algodão, onde os capulhos se abrem e as fibras passam a ficar visíveis na lavoura.

A evolução do estádio aqui segue a mesma lógica dos estádios anteriores, sendo o estádio C1, correspondente à abertura do primeiro capulho no primeiro ramo frutífero.

 

Estádio de abertura dos capulhos

(Unoeste, 2019)

 

O C1: No estádio final, ocorre inicialmente o rompimento da primeira bola (maçã ou botão), localizada no primeiro ramo, em capulho.

O C2: Então, por conseguinte, a etapa se dá com a abertura da primeira bola do segundo frutífero, em capulho.

E o C3-n: As demais averiguações seguem os mesmos requisitos.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

A cultura do algodão é de grande importância no Brasil e no mundo. Sua alta produção e versatilidade, são fatores que tem contribuído para o aumento da área plantada desta cultura.

No entanto, o conhecimento da fenologia do algodão e planejamento, manejo adequado da cultura, são de grande importância para a obtenção de rendimentos elevados.

Se você gostou desse conteúdo e te ajudou e esclareceu suas dúvidas sobre a fenologia do algodão. Comente e compartilhe em suas redes sociais!

 

Hormônios vegetais: a importância no desenvolvimento da planta!!

Hormônios vegetais: a importância no desenvolvimento da planta!!

As plantas para se desenvolverem é necessário vários processos que são controlados de forma contínua pelos chamados hormônios vegetais ou fitormônios.

Eles são produzidos em determinadas células e transportados para seus locais de atuação.

Existem vários hormônios e com funções distintas. Neste post vamos citar cada um e sua função nas plantas.

Boa leitura!

 

Hormônios vegetais: a importância no desenvolvimento da planta!!

 

O que são os hormônios vegetais?

Os hormônios vegetais ou fitormônios são substâncias produzidas pelas plantas e que atuam na regulação do seu desenvolvimento e crescimento.

A função dos hormônios é atuar como mensageiros químicos entre células, tecidos e órgãos das plantas.

Eles possuem ação mesmo em pequena quantidade.

Os hormônios atuam em locais específicos, com objetivo de desencadear uma ação ou processo vegetal.

Geralmente, são conduzidos até ao seu local de atuação pelo xilema e floema, porém, podem atuar no mesmo local onde foram produzidos.

Os principais hormônios vegetais são: auxinas, giberelinas, citocininas, etileno e ácido abscísico.

Entretanto, é bem estabelecido que as plantas utilizam outros hormônios, mas aqui vamos citar apenas os principias fitormônios reguladores das plantas.

 

 

Giberelina

As giberelinas são homônimos produzidos em meristemas apicais do caule e raiz, em folhas jovens, no embrião da semente e nos frutos.

A classe das giberelinas controlam vários aspectos do crescimento e desenvolvimento das plantas.

Uma vez que elas atuam no alongamento do caule, no crescimento de raízes e frutos e na germinação de sementes.

O embrião da planta jovem produz giberelinas que estimulam a semente a sintetizar enzimas digestivas.

 Essas enzimas degradam moléculas orgânicas armazenadas no endosperma. Como resultado dessa degradação são liberados açúcares e aminoácidos para o embrião.

Atualmente, existem mais de 137 tipos de giberelinas. A mais conhecida é o ácido giberélico.

 

Ácido abscísico

O ácido abscísico é produzido nas folhas, coifa e caule. Ele é produzido nas raízes e transportado via xilema.

O ácido abscísico é um inibidor do crescimento das plantas. É responsável pelo bloqueio do crescimento das plantas durante o inverno.

Sintetizado por quase todas as células, tendo papel importante para as plantas que passam por situações de estresse, como grandes períodos de seca.

O ácido abscísico inibe também a ação de outros hormônios, impedindo por exemplo, a germinação de sementes.

 

Checklist agrícola

 

Etileno

O etileno é um hormônio gasoso e é produzido em quase todos os tecidos vegetais em resposta ao estresse.

Ele promove vários efeitos nas plantas, como a germinação de sementes e a senescência.

Outro efeito que quando se fala do etileno sempre é um dos mais relevantes é sua ação no amadurecimento de frutos e na abscisão de folhas, flores e frutos.

Devido a esses efeitos, esse hormônio é muito utilizado na agricultura, sendo aplicado em frutos para facilitar a colheita mecânica e no amadurecimento de frutos quando colhidos verdes.

Esse hormônio desencadeia uma série de reações que ocasionam mudança de cor do fruto, bem como amolecimento da parte carnosa e aumento do metabolismo de açúcares.

O etileno atua também deixando o fruto mais chamativo e saboroso.

Esse hormônio e a auxina possuem ações antagônicas. Enquanto o etileno estimula, a auxina inibe.

No processo de abscisão, o etileno faz com que enzimas sejam liberadas e estas irão agir dissolvendo as paredes celulares no local de abscisão.

Já a auxina atua reduzindo a sensibilidade das células ao etileno.

O etileno também desempenha um papel importante na família Cucurbitaceae, família da abóbora, pepino, melancia, por exemplo.

Esse hormônio está associado com o aparecimento de flores femininas nessas plantas. Ele participa, portanto, da regulação da expressão sexual nessa família.

 

Citocininas

Citocininas são hormônios vegetais responsáveis pela divisão celular, desse modo, pelo seu desenvolvimento como um todo.

Esses hormônios são produzidos nos meristemas das raízes, folhas e frutos jovens, além de sementes em desenvolvimento.

O transporte de citocinina para as diversas partes do vegetal é feito principalmente pelo xilema (raiz – parte área) e seu retranslocamento é realizado via floema.

Sendo responsável por outros processos fisiológicos de desenvolvimento: dominância apical, mobilização de nutrientes, senescência foliar, a formação e a atividade dos meristemas apicais caulinares, desenvolvimento floral, quebra de dormência em gemas e germinação de sementes, aumento da longevidade de tecidos e órgãos.

Na divisão celular e desenvolvimento vegetal, as células recém formadas normalmente se expandem e se diferenciam para assumir sua função (transporte, sustentação, armazenamento, fotossíntese, etc.)

Quase todos os tipos de células vegetais que conservam o núcleo na maturidade apresentam a capacidade de se dividirem.

Essa propriedade entra em funcionamento durante certos processos, como a cicatrização de lesões e abscisão foliar.

Células vegetais diferenciadas podem retomar a divisão, mas sempre com sinal hormonal.

 

Auxinas

A auxina é um importante hormônio vegetal que atua regulando o crescimento e desenvolvimento da planta.

O comportamento onde as plantas tendem a crescer verticalmente, ocorre devido à necessidade de luz para assegurar a sua sobrevivência e auxina auxilia no controle desse crescimento.

Além das plantas, esses hormônios podem ser encontrados também em fungos, bactérias e algas.

Dentre as atividades fisiológicas das auxinas, podemos destacar como a principal a regulação do crescimento dos vegetais.

Elas são produzidas nos locais onde há crescimento, por exemplo, células meristemáticas, folhas jovens, flores, frutos, nas pontas dos caules e das raízes, sendo o mais comum o AIA (Ácido indolacético).

Dependendo de sua concentração, as auxinas podem ter diversos efeitos sobre a planta e um deles é fenômeno chamado de dominância apical.

 

As principais funções dos hormônios vegetais nas plantas

 

Função dos hormônios vegetais

Foto: Prof. Rafael Rosolen T. Zafred

 

Os hormônios possuem efeitos tanto estimuladores como inibidores nas células.

Além disso, o mesmo hormônio pode desencadear respostas diferentes de acordo com o tecido ou fase de desenvolvimento da planta.

Certos hormônios podem interferir na síntese ou na transmissão de sinal de outro hormônio.

 

Plataforma Agropós

 

Uma concentração hormonal muito baixa é suficiente para a ativação dos seus efeitos, entretanto essa concentração varia em função da sensibilidade de cada tecido.

Dessa forma, os vários tipos de tecidos podem necessitar de diferentes quantidades de hormônios para que as respostas fisiológicas e de desenvolvimento ocorram.

A ação dos hormônios dentro das células pode ser através de modificações em moléculas presentes nas vias metabólicas ou diretamente no DNA, ativando ou reprimindo genes e, com isso, interferindo na síntese de proteínas.

Então é isso, espero ter ajudado a compreender um pouco mais sobre a importância e as funções dos hormônios vegetais.

Em nosso blog há mais posts sobre esse assunto, não perca tempo e confira!

Escrito por Juliana Medina.

Como adubar café: veja tudo sobre esse assunto!

Como adubar café: veja tudo sobre esse assunto!

Cultivo do cafeeiro tem sido caracterizado pela contínua busca do aumento da produtividade. Portanto, exige-se que se procure manter as plantas o mais bem nutridas possível. Com isso, preparamos este artigo para explicar tudo sobre como adubar café.

Vamos lá!

 

Como adubar café: Veja tudo sobre esse assunto!

 

O mercado cafeeiro vem crescendo cada vez mais ao longo dos últimos anos. Algumas pessoas passaram a investir na produção e dúvidas surgiram como por exemplo na adubação.

adubação adequada deve considerar a necessidade da lavoura, conforme suas características vegetativas e produtivas, a disponibilidade de nutrientes do solo e seu equilíbrio.

O grande segredo para fazer com que a qualidade do seu café melhore com adubações é fazer com que os macro e micronutrientes estejam sempre balanceados e em sintonia, pois são eles que vão fazer com que os açúcares e carboidratos cheguem até o grão do café.

Pensando em nossos leitores com interesse no assunto, preparamos este artigo falando tudo sobre esse assunto, confira abaixo.

 

 

Importância da adubação no café

A nutrição do solo é um parâmetro essencial para um eficiente sistema de produção de café, pois as lavouras atuais, em sua maioria, encontram-se implantadas em solos naturalmente pobres.

Para aumentar a produtividade do cafezal e qualidade do grão, um dos principais fatores é o manejo adequado da adubação no café.

Tal prática se resume a satisfazer as necessidades nutricionais da planta, de modo que possa atender as exigências nutricionais em todos os estádios de desenvolvimento da planta por meio de técnicas que proporcionem maior otimização no uso da água, dos adubos, da mão de obra e de outros insumos.

A nutrição adequada das plantas de café pode influenciar indiretamente a qualidade final dos grãos de café como, por exemplo:

  • Teores adequados de nutrientes, especialmente de potássio, resultam na maior concentração de açúcares nos grãos de café;
  • O maior enfolhamento proporcionado pelo equilíbrio nutricional, aumenta o período de maturação e a porcentagem de frutos cereja.

 

 

Estratégia de baixo custo na adubação

Em condições de preços baixos do café, é necessário a racionalização do uso dos adubos, visto que o manejo é significativo sobre o custo de produção, pois representa cerca de 20% das despesas anuais com custeio da lavoura.

Para reduzir os custos da adubação é preciso adotar as estratégias corretas, como, análise do solo, histórico da área, da cultura, etc.

Também a combinação com outras formas de adubação, orgânica e mineral e pela maior eficiência de aproveitamento, adensamento, manejo de plantas, parcelamentos e localização.

A adubação do cafeeiro deve ser planejada de acordo com as análises do solo, dos tecidos foliares e as quantidades variam em função da produção, idade da planta e do tipo de adubo usado, das perdas de nutrientes que venham a ocorrer, entre outros aspectos.

O modo de usar os adubos no cafezal é influenciado pelo tipo da lavoura, a declividade do terreno, o tipo de solo e o tipo do adubo. Além do sistema de manejo adotado, se cultivo de sequeiro ou irrigado.

 

Nutrientes essenciais

 Conheça os nutrientes essenciais e para que serve:

  • Nitrogênio(N): é essencial para a formação das proteínas, substâncias que fazem parte dos tecidos vegetais.
  • Fósforo(P): dá força e rigidez aos caules dos cereais; facilita a floração; aumenta a frutificação; apressa a maturação; intensifica a resistência das plantas.
  • Potássio(K): ajuda na elaboração os açúcares e o amido, deve ser fornecido em uma relação adequada com o nitrogênio para garantir um perfeito equilíbrio entre crescimento, produção e qualidade.
  • Cálcio(Ca): em baixas concentrações, estimula a absorção de outros íons.
  • Magnésio(Mg): entra na composição da clorofila, da protoclorofila, da pectina e fitina.
  • Enxofre(S): apresenta-se associado ao nitrogênio na composição das proteínas.
  • Boro(B): importante na germinação do grão de pólen, na formação das flores, frutos e raízes,
  • Cobre(Cu): é essencial para as plantas, em processos de oxidação e redução.
  • Ferro(Fe): é essencial para a formação da clorofila (embora não faça parte dela), para absorção de nitrogênio e processos enzimáticos.
  • Manganês(Mn): assim como o ferro, também é necessário para a formação da clorofila, para a redução de nitratos e para a respiração.
  • Molibdênio(Mo): participa da bioquímica da absorção e do transporte e fixação de nitrogênio.
  • Zinco(Zn): atua no crescimento das plantas pela sua participação na formação do ácido indolacético (AIA).

 

Época de adubação no cafeeiro

No período conhecido com período das águas que vai de setembro a março, é época de realizar as correções e adubações de solo e folha no cafeeiro

Recomenda-se fazer a 1ª adubação 20-30 dias após a florada principal, o que, normalmente, é no mês de novembro. Depois mais 2 parcelas, em final de dezembro e meados de fevereiro.

Além da época correta, deve-se prestar atenção na fonte dos nutrientes, na dose e modo de adubação, considerando os resultados de análises, que mostram a disponibilidade no solo, a umidade presente na hora de adubar e a necessidade de cada lavoura.

Adubação de formação: Aquela realizada após o plantio, ou seja, leva em consideração a fertilização procedida na cova de plantio. É considerada como adubação de formação, aquela procedida a partir do próximo período chuvoso após o plantio.

Adubação de produção: é a fase em que o cafeeiro demanda as maiores quantidades de nutrientes, especialmente devido à produção de frutos.

 

Aplicação de adubo no cafeeiro

A melhor maneira é aplicar o adubo junto à linha de cafeeiros e, se possível, debaixo da saia das plantas, de forma bem esparramada e atingindo os dois lados da linha. Em áreas mais planas, o adubo deve chegar, dos 2 lados da linha de cafeeiros.

Os nutrientes são absorvidos pelas raízes do cafeeiro de 3 modos:

 

Fluxo de massa

Ocorre quando água absorvida pelas plantas flui ao longo de um gradiente de potencial hídrico, arrastando consigo os nutrientes dissolvidos na solução do solo para próximo da superfície radicular onde ficam disponíveis para a absorção.

 

Difusão

Ocorre quando o restabelecimento de um determinado íon pelo solo é menor que a quantidade absorvida pelas raízes ocorre uma redução na sua concentração nas proximidades da superfície radicular estabelecendo-se um gradiente de concentração ao longo do qual o íon se move.

 

Interceptação

Ocorre quando as raízes, ao crescerem explorando o solo em todas as direções, entram em contato direto com os nutrientes a serem absorvido. Em todos os modos, a proximidade dos nutrientes do sistema radicular favorece a sua absorção.

Existe, ainda, especialmente para o nitrogênio, o fenômeno conhecido por absorção radial, ou seja, as raízes que se encontram de um lado da planta absorvem e carreiam apenas o nutriente para aquele lado da planta.

 

Método de Aplicação

A adubação no café pode ser feita no solo ou por via foliar. Conheça os métodos de aplicação e os fertilizantes disponíveis no mercado, que irão fornecer os nutrientes às plantas de café:

  • Adubação do solo manual: Consiste na aplicação dos fertilizantes de forma manual. Os equipamentos utilizados nesse processo são: sacola plástica, pá e recipiente dosador;
  • Adubação do solo mecanizada: Consiste na aplicação mecanizada dos fertilizantes. Os equipamentos utilizados nesse processo são: adubadora, esparramadeira e carreta;
  • Adubação foliar manual: Consiste na aplicação dos fertilizantes via foliar de forma manual. Os equipamentos utilizados nesse processo são: pulverizador costal pressurizado ou pulverizador costal à bateria;
  • Adubação foliar semimecanizada: Consiste na aplicação dos fertilizantes via foliar de forma semimecanizada. O equipamento utilizado nesse processo é o pulverizador costal motorizado;
  • Foliar mecanizada: Consiste na aplicação dos fertilizantes via foliar de forma mecanizada. Os equipamentos utilizados nesse processo são: pulverizador de 400 litros ou pulverizador de 2000 litros ou canhão atomizador de 400 litros.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Na hora de fazer a adubação do café surgem várias dúvidas. Ainda existe muita desinformação e picaretagem por aí, o que muitas vezes leva o produtor ao erro na adubação. E isso pode significar prejuízos tanto na produção como no bolso.

Como pudemos acompanhar no post, a adubação para café deve ser feita de acordo com parâmetros da planta e do solo.

A exigência nutricional do cafeeiro deve ser suprida na quantidade e na época certas para termos maior eficiência de uso dos adubos e melhor produção.

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Origem do feijão: entenda sua importância!

Origem do feijão: entenda sua importância!

Os feijões são mundialmente reconhecidos por sua riqueza nutricional e versatilidade culinária. O que talvez poucas pessoas não sabem é origem do feijão e sua importância econômica. Neste artigo vamos abordar tudo sobre esse assunto. Quer saber tudo sobre?

Venha comigo!

 

Origem do feijão: entenda sua importância!

 

O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de feijão, depois de Myanmar e Índia, respectivamente. Típico produto da alimentação brasileira, é cultivado em todas as regiões, além de ser um dos alimentos mais antigos do mundo.

Os estados do Paraná, Minas Gerais e Bahia se destacam como produtores de feijão-comum (Phaseolus vulgaris), com uma produção que corresponde a quase 50% do total nacional.

Além do papel relevante na alimentação do brasileiro, o feijão é um produto de grande importância econômica e social, principalmente por conta da mão de obra empregada durante o ciclo da cultura.

 

 

O que é o feijão?

Feijão é uma leguminosa e é um dos principais grãos fornecedores de proteína na alimentação dos brasileiros. Além disso, possui boas quantidades de carboidratos, substância que garante a energia necessária para o funcionamento do corpo. E é também uma ótima fonte de ferro, vitaminas do complexo B e fibras.

 

Conheça 13 tipos de feijão cultivados no Brasil!

 

Ao todo existem 14 tipos de feijão disponíveis para consumo. No Brasil os mais utilizados são: carioquinha, preto, de corda, jalo, branco, rosado, fradinho, rajado e bolinha. Além deles, o azuki, o roxo, o moyashi, o verde e o vermelho, completam a lista.

O prato mais comum utilizado com o ingrediente é a tradicional feijoada, que consiste num guisado de feijão com carne. Normalmente acompanhado com arroz e que caracteriza, por anos, a culinária brasileira no mundo.

 

Cultura do Feijão: importância, tipos, fenologia e seus principais manejos.

 

Importância do feijão

A cultura do feijão é uma das mais importantes para a alimentação da população do Brasil. E para facilitar a variações do nosso clima e solos, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa, vem desenvolvendo programas de pesquisa de melhoramento genético. Para disponibilizar ao mercado cultivares adaptadas às diferentes condições de clima e solo do Brasil.

Diversas formas de feijão são cultivadas no mundo inteiro. Mas poucos povos souberam tirar tanto proveito desse alimento como o brasileiro.

Essa iguaria está presente na culinária dos nossos vinte e sete estados, principalmente junto com o arroz. Mas também com as carnes, na forma de sopas, caldos, baião de dois, acarajé, feijão-tropeiro, dobradinha, salada, guisado, ensopado, feijoada, tutu à mineira e em muitos outros pratos.

 

Cultura do feijão: a origem do grão

São diversas as hipóteses que visam explicar a origem e domesticação do feijoeiro. Uma delas é que o feijão teria sido domesticado na Mesoamérica, há cerca de 7.000 a.C. E disseminado posteriormente pela América do Sul.

Por outro lado, achados arqueológicos de feijões domesticados na América do Sul, mais especificamente no Peru há cerca de 10.000 a.C. São indícios de que o feijoeiro teria sido domesticado na América do Sul e então levado para a América do Norte.

Dados mais recentes sugerem a existência de três centros primários de diversidade genética do feijão. Tanto para espécies silvestres como cultivadas:

  • Mesoamericano – do sudeste dos Estados Unidos até o Panamá, tendo como zonas principais o México e a Guatemala;
  • Sul dos Andes – abrange desde o norte do Peru até as províncias do noroeste da Argentina e
  • Norte dos Andes – da Colômbia e Venezuela até o norte do Peru.

Além dos centros americanos primários, podem ser identificados outros centros secundários em algumas regiões da Europa, Ásia e África.

Os feijões estão entre os alimentos mais antigos do mundo, com seus registros diretamente associados aos primeiros registros da história da humanidade.

O antigo Egito e na Grécia eram cultuados como símbolo da vida. Também faziam parte das festas gastronômicas dos antigos romanos e sua importância para esse povo era tão grande que era utilizado como pagamento de apostas.

 

Feijão no Brasil

Por volta do século XVI, os índios chamavam o feijão de “comanda” e o comiam com farinha. Atualmente, as três espécies de feijão mais cultivadas no Brasil são:

  • Feijão-comum (Phaseolus vulgaris), também conhecido como “carioca”;
  • Feijão macassar (Vigna unguiculata), comum principalmente nas Regiões Norte e Nordeste; e
  • Feijão-guandu (Cajanus cajan), muito utilizado na alimentação de animais.

O ciclo curto da cultura possibilita o plantio de até três safras durante a temporada no Brasil. Nas Regiões Sul e Sudeste, o plantio da 1ª safra vai de agosto a dezembro, com colheita nos meses de novembro a abril.

Já nas Regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte, o plantio é de outubro a fevereiro, e a colheita, em janeiro a maio.

O plantio da 2ª safra nas Regiões Sul e Sudeste vai de janeiro a abril e a colheita se dá nos meses de março a agosto. Já na Região Centro-Oeste, Norte e Nordeste. O plantio fica entre os meses de janeiro a junho, e a colheita, de março a setembro.

Por fim, o plantio nas Regiões Sul e Sudeste da 3ª safra vai de março a junho, com a colheita nos meses de junho a outubro.

 Já nas Regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste, o plantio é realizado nos meses de abril a junho, e a colheita, de junho a outubro.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

É indiscutível que o feijão é um produto com alta importância econômica e social no País. O produto exerce grande valor sob o ponto de vista alimentar. Como alternativa econômica de exploração agrícola em pequenas propriedades e como atividade de ocupação de mão de obra menos qualificada nas diversas regiões rurais brasileiras.

Neste artigo podemos conhecer melhor sobre a origem do feijão e sua importância para alimentação e economia do pais. Então, gostaram do artigo sobre a origem do feijão?

Escrito por Michelly Moraes.

 

Laboratório de solo: veja 4 principias análises!

Laboratório de solo: veja 4 principias análises!

O laboratório de solo é de grande importância na agricultura. Sendo o recurso mais importante e confiável para o conhecimento do estado nutricional e o grau de fertilidade em que se encontra determinada área.

No laboratório é que são feitas as análises do solo, uma vez, que esse é o meio utilizado para avaliar essas características com maior exatidão.

Quer saber mais? Então, venha comigo!

 

Laboratório de solo: veja 4 principias análises!

 

O que é o solo?

O termo “solo” refere-se ao material exterior e solto da superfície da terra. Uma camada distintamente diferente da rocha matriz.

Assim, o solo pode ser conceituado de diversas maneiras.

Para a agricultura, o solo é a região que suporta a vida das plantas e da qual elas obtêm seu suporte mecânico e muitos de seus nutrientes.

Quimicamente, o solo contém uma grande variedade de substâncias orgânicas as quais não são encontradas nas camadas inferiores.

Para o microbiologista, o solo é um ambiente considerado único por vários motivos:

  1. Contém um vasto número de bactérias, actinomicetos, fungos, algas e protozoários;
  2. É um dos mais dinâmicos sítios de interações biológicas na natureza;
  3. É a região em que ocorre muitas das reações bioquímicas devido à decomposição da matéria orgânica, intemperismo das rochas e com a nutrição das culturas agronômicas.

 

 

Descrição geral do solo

O solo é composto de cinco componentes maiores: matéria mineral, água, ar, matéria orgânica e organismos vivos.

A quantidade desses constituintes não é a mesma em todos os solos, pode variar com a localidade. Em uma mesma localidade, a quantidade de matéria mineral e orgânica é relativamente fixa. Mas a proporção de água e ar é variável.

Água e ar, juntos, representam aproximadamente a metade do volume do solo. O volume assim ocupado representa o espaço poroso do solo.

 

Nutrição Mineral de Plantas: Macronutrientes.

 

A fração mineral, contribuindo, em geral, com pouco menos de 50% do volume. Origina-se da desintegração e decomposição da rocha matriz. Matéria orgânica usualmente contribui com 3 a 6% do total.

A porção viva do solo, incluindo vários pequenos animais e microorganismos, constituem com menos de 1% do volume total, mas sendo essencial para a produção das culturas e para a fertilidade do solo.

A porção inorgânica do solo tem influência sobre os microorganismos devido à disponibilidade de nutrientes, aeração e retenção de água.

Na fração mineral se acham partículas de variadas medidas, as quais são reunidas de acordo com os seus tamanhos. Em agrupamentos denominados frações do solo.

As partículas individuais diferem entre si não só por suas dimensões, mas também pela superfície exposta por unidade de massa que é muito maior nas argilas. Por toda essa complexidade, que se faz de suma importância a realização da análise de solo em laboratórios de solos especializados.

Dessa forma, o agricultor terá em mãos resultados que o dará maior precisão e segurança na tomada de decisão.

 

Como fazer a análise de solo?

A calagem e adubação, procedimentos esses estratégicos para o plantio. Deve ser realizados com muita cautela, apenas quando realmente for necessário.

Nesse sentido, algumas etapas anteriores devem ser executadas até a aplicação efetiva que qualquer produto no solo.

Vejamos quais etapas são essas:

 

Amostragem do solo:

A coleta de amostras para análise de solo deve ser representativa de toda a área.

Para isso, dentro de cada gleba deve-se realizar a extração de amostras simples. Através de um caminhamento em zig-zag.

As amostras simples devem ter o mesmo volume de solo e coletadas na mesma profundidade. Posteriormente homogeneizadas para a formação de uma amostra composta.

 

Amostragem de solo

 

Encaminhamento para o laboratório de solo:

Após a homogeneização e formação das amostras compostas, essas devem ser embaladas com sacos plásticos para evitar contaminação e identificadas corretamente.

A identificação das amostras devem conter os seguintes dados: data, local de coleta e responsável e encaminhada para o laboratório de solo de confiança.

 

Quais análises são feitas em um laboratório de solo?

laboratório de solo é destinado prioritariamente para dar suporte às pesquisas nas áreas de ciência do solo.

São elas:a fertilização do solo, poluição do solo, manejo e conservação de solos e água. Além de contribuir nas áreas de gestão ambiental, manejo florestal, entre outras.

Os valores dessas análises variam de região e claro da complexidade de cada análise requerida pelo agricultor ou responsável técnico pela amostragem do solo.

 

Plataforma Agropós

 

Abaixo vamos destacar as principais análises feitas em um laboratório de solos:

  • Química do solo: é o tipo de verificação que é feita quando é necessário que sejam avaliados todos os macronutrientes e os micronutrientes do solo. Ou seja, o dimensionamento é em cima de todo nutriente que a planta necessita em abundância (macronutrientes) e também os que são necessários em doses menores (micronutrientes).
  • Física do solo: outro tipo de verificação é a análise física, em que você tem entendimento sobre qual a porcentagem de argila, silte e areia de cada parte da área analisada.
  • Matéria orgânica: é feita essa análise para avaliar os compostos de origem vegetal, animal e microbiana. Ela influencia nas propriedades químicas e principalmente, físicas nos solos. 
  • Microbiológica: essa análise é feita a partir dos organismos que vivem nesse ambiente.

Seu foco principal é na atividade metabólica e o papel da microbiota no fluxo de energia e na ciclagem de nutrientes associados à produtividade primária.

Além disso, essa análise preocupa-se também com os impactos ambientais. Tanto positivos quanto negativos, dos organismos do solo e dos processos que mediam.

 

laboratório de solo

 

Como interpretar uma análise de solo

Após feita a realização da análise no laboratório de solo. Cabe ao profissional capacitado interpretá-la para tomar decisões assertivas a respeito da adubação e calagem do solo.

Os principais pontos analisados são: tamanho de partículas (argila, silte e areia), saturação por alumínio (m%), saturação por bases (V%), CTC ou T, acidez do solo (pH), teores nutricionais (matéria orgânica, cálcio, magnésio, potássio, fósforo e alumínio), relação cálcio/magnésio.

Cada região tem suas publicações específicas para a metodologia e interpretação das análises de solo.

Por isso, a importância de um profissional técnico da área que tenha conhecimento prévio para uma interpretação correta dos resultados e possa fazer a correção, se necessário.

Escrito por Juliana Medina.