Produzido para diversos fins, o algodão é a fibra têxtil mais usada no mundo. Fruto do algodoeiro, é um produto cultivado há bastante tempo no Brasil, além de ser uma das culturas mais tradicionais e importantes do agronegócio brasileiro. Muitos agricultores tem dúvida quanto a fenologia do algodão, com isso preparamos esse post para te ajudar.
Vamos lá!
O algodão é uma das culturas mais versáteis e da qual se obtém vários produtos, como óleo, alimento animal e fibra têxtil.
O algodão está entre as culturas mais importantes de fibra no mundo. Em média, 35 milhões de hectares de algodão são plantadas anualmente em todo o planeta.
Essa cultura atualmente tem sido plantada por mais de 60 países nos cinco continentes. No entanto para manter esta alta evolução do setor é necessário aprofundar o conhecimento a respeito da cultura do algodão.
Afinal é uma das culturas mais planejada pelos agricultores das regiões propicias, com isso preparamos esse artigo para te ajudar a esclarecer suas dúvidas sobre o desenvolvimento fenológico dessa cultura.
A plantação de algodão no Brasil
O Brasil é o segundo maior exportador de algodão do mundo. Além disso, o país está em quinto lugar no ranking mundial de produção do produto, sendo a Índia, a China e os Estados Unidos os maiores produtores atualmente.
Isso acontece muito porque o clima do Brasil é favorável, trazendo vantagens no plantio de algodão em relação a outros países, já que é possível fazer um manejo ao longo de todo ano.
De acordo com a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão -ABRAPA, os estados do Mato Grosso do Sul e da Bahia concentram aproximadamente 90% da produção nacional de algodão. Além disso, na década atual, é estimado um crescimento de mais de 40% na produtividade no país.
As vantagens do cultivo de algodão
O cultivo de algodão é uma atividade que apresenta algumas vantagens para seus produtores, sejam esses destaques em relação aos seus custos, sejam ao manejo e à gestão da atividade.
Algumas dessas características mostram boas razões para que o algodão seja o foco de novos produtores ou até mesmo de quem já está no agronegócio e deseja expandir sua atuação.
A seguir, confira algumas das principais vantagens que podem ser observadas no cultivo de algodão e como elas favorecem quem adere a essa atividade.
Alta demanda e baixo investimento
A produção de algodão é aproveitada em duas partes: semente e fibra. Essa característica já representa uma vantagem, mas o potencial se torna ainda mais atrativo ao considerar os mercados gerados. A demanda é alta, e o cultivo de algodão pode ser direcionado para diversas aplicações, como:
- Indústria têxtil: Fabricação de tecidos, roupas e outros produtos têxteis.
- Setor alimentício: Produção de óleo de algodão, utilizado na alimentação e na indústria de cosméticos.
- Ração animal: Utilização do farelo da semente na nutrição animal.
- Bioenergia: Aproveitamento dos resíduos da cultura para a geração de energia.
O amplo leque de aplicações torna o algodão uma cultura economicamente viável e estrategicamente importante.
- produção têxtil;
- alimentação animal (óleo extraído da semente);
- filtros de café;
- rede de pesca;
- fabricação de explosivos;
- matéria-prima de encadernação.
Ainda que seja possível produzir tanto com o algodão, o custo da atividade não é tão alto. Assim, a relação entre produção e lucro se torna mais vantajosa ao produtor, com uma margem de retorno bastante alta.
Direcionamento para Diversos Mercados
Sem dúvida, a ampla variedade de usos do algodão demonstra, de maneira clara, seu grande alcance como matéria-prima. Dessa forma, fica evidente que há muitos mercados interessados no produto, o que amplia significativamente as oportunidades para o produtor.
Além disso, a demanda pelo algodão se mantém constante ao longo do tempo, permitindo que o agricultor, por exemplo, trabalhe com parceiros exclusivos e, consequentemente, garanta uma regularidade no faturamento.
Tempo Intermediário do Ciclo
- Germinação e Emergência: Ocorre logo após a semeadura, quando a semente absorve água e inicia o crescimento da plântula. Esse estágio dura, em média, de 5 a 10 dias, dependendo das condições climáticas e do solo.
- Crescimento Vegetativo: Inclui o desenvolvimento das folhas, ramos e raízes, sendo fundamental para a formação da estrutura da planta. Esse estágio pode durar de 30 a 50 dias e influencia diretamente a capacidade produtiva da cultura.
- Reprodução e Florescimento: A planta inicia a formação dos botões florais, flores e maçãs (frutos). Esse período dura de 20 a 30 dias e é crítico para a produtividade, pois afeta diretamente a quantidade de fibras formadas.
- Maturação e Colheita: As maçãs abrem e a fibra se expande, ficando pronta para a colheita. Essa fase dura entre 40 e 60 dias e define a qualidade final do algodão.
Cada um desses estágios exige manejo específico para garantir alta produtividade e qualidade da fibra.
- Estádio Vegetativo (Vn)
- Estádio de Botões Florais (Bn)
- Estádio de Florescimento (Fn)
- Estádio de Abertura dos Capulhos (Cn)
O conhecimento desses estádios permite esquematizar o período de produção e planejar melhor as safras subsequentes.
Estádio Vegetativo (Vn)
Essa fase corresponde ao desenvolvimento estrutural da planta. O estádio evolui conforme novas folhas verdadeiras surgem, sendo caracterizadas pelo comprimento mínimo de 2,5 cm.
(Fonte: Saul Carvalho)
V0: A primeira etapa deste estádio fenológico está relacionada ao período entre a emergência da plântula até os 2,5 cm da primeira folha verdadeira.
O V1: A partir da medição anterior até que a segunda folha atinja 2,5 cm de comprimento.
O V2: Período dado a partir do final do V1 até a terceira folha alcançar 2,5 cm de comprimento.
E o Vn: Medições aplicadas a partir do estabelecido nas etapas anteriores.
Estádio de botões florais (Bn)
Consiste na etapa de evolução da planta a partir do primeiro botão floral no primeiro ramo reprodutivo. À medida que outros botões aparecem nos ramos superiores evolui-se o estádio B até que a primeira flor se abra.
Aqui é importante ressaltar que, mesmo que novas folhas continuem surgindo, o estádio a partir do primeiro botão passa a ser B, e não mais V.
B1: Essa fase se inicia quando há o surgimento do primeiro botão floral no algodoeiro.
O B2: Ocorre o aparecimento do primeiro botão floral no segundo ramo frutífero.
O B3-n: Há o surgimento do primeiro botão floral no terceiro ramo frutífero. Nesta etapa, ainda ocorre a visualização do segundo botão floral no primeiro ramo frutífero visível.
E o B4-n: As medições sucessores seguem o mesmo padrão. Após o primeiro botão abrir para a floração, é considerado o fim desse estágio.
Estádio de florescimento (Fn)
Esta etapa consiste no período em que o primeiro botão floral no primeiro ramo flora até o efetiva observação da abertura do primeiro capulho.
(Fonte: Alessandra Fonte Mello)
O F1 marca o início da floração, caracterizado pela abertura do primeiro botão floral no primeiro ramo frutífero.
No F2, a floração avança com a abertura do primeiro botão no segundo ramo frutífero.
Já no F3-n, a sequência continua, seguindo o mesmo padrão, com a abertura do segundo botão floral no primeiro ramo e assim sucessivamente.
Estádio de Abertura dos Capulhos (Cn)
Essa é a última fase da fenologia do algodão, onde os capulhos começam a se abrir, expondo as fibras na lavoura.
A evolução desse estádio segue a mesma lógica dos anteriores, sendo que no C1, ocorre a abertura do primeiro capulho no primeiro ramo frutífero.
(Unoeste, 2019)
O C1: No estádio final, ocorre inicialmente o rompimento da primeira bola (maçã ou botão), localizada no primeiro ramo, em capulho.
O C2: Então, por conseguinte, a etapa se dá com a abertura da primeira bola do segundo frutífero, em capulho.
E o C3-n: As demais averiguações seguem os mesmos requisitos.
Conclusão
A cultura do algodão é de grande importância no Brasil e no mundo. Sua alta produção e versatilidade, são fatores que tem contribuído para o aumento da área plantada desta cultura.
No entanto, o conhecimento da fenologia do algodão e planejamento, manejo adequado da cultura, são de grande importância para a obtenção de rendimentos elevados.
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