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Fibra de algodão: entenda tudo sobre a qualidade!

Fibra de algodão: entenda tudo sobre a qualidade!

A qualidade da fibra de algodão é uma característica de extrema importância no momento da comercialização do produto. No entanto, alguns fatores podem afetar sua qualidade, sendo que saber reduzir seus danos é um elemento-chave na rentabilidade dos cultivos. Para ajudar o produtor a reduzir a perda de qualidade do produto, separamos os principais fatores diretos que afetam o cultivo e como estes podem ser minimizados.

 

Fibra de algodão: entenda tudo sobre a qualidade!

 

Uma das fibras naturais mais usadas do mundo, o algodão é uma fibra branca de origem vegetal, gerada ao redor das sementes do algodoeiro.

É um dos materiais naturais mais usados na indústria têxtil, em forma de fio compacto ou de tecidos, como a malha e o jeans. A fibra esbranquiçada e macia cresce em volta das sementes de um vegetal do gênero Gossypium, família Malvaceae.

Essa planta é comum em arbustos nativos de regiões tropicais e subtropicais, como África, Ásia e América. Hoje em dia apenas quatro espécies de algodão são produzidos em grande escala.

 

Pós-graduação Gestão e Economia do Agronegócio

 

História do algodão

As referências históricas iniciais do algodão vêm de muitos séculos atrás. Em escavações arqueológicas no Paquistão, foram encontrados vestígios de tela e cordão de algodão com mais de 5.000 anos.

Já na América, vestígios foram encontrados no litoral norte do Peru e evidenciam que povos milenares daquela região já manipulavam o algodão, há 4.500 anos. Com os Incas, o artesanato têxtil atingiu o seu auge, com amostras de tecidos de algodão.

No Brasil, pouco se sabe sobre a pré-história dessa fibra. Pela época do descobrimento do Brasil, os indígenas já cultivavam o algodão e convertiam-no em fios e tecidos.

 

Checklist agrícola

 

Afinal, o que é fibra de algodão?

As fibras são uma pelugem que se origina na superfície das sementes e podem ser extraídas a mão ou com máquinas.

A colheita manual garante um produto mais limpo, já que toda fibra vem com pequenas sementes escuras que precisam ser extraídas. Quando seca, a fibra é quase inteiramente composta por celulose.

Além disso ela contém pequenas porções de proteína, pectina, cera, cinzas, ácidos orgânicos e pigmentos. Normalmente, a fibra de algodão é fiada em fio compacto.

Normalmente, a fibra de algodão é fiada em fio compacto. São vários processos para transformar a fibra em tecido:

  • Descaroçamento: é a separação de fibra e semente, feito na hora da colheita manual ou com máquinas.
  • Spinning: etapa na qual são feitos os fios de algodão a partir da fibra, com diferentes espessuras.
  • Tecelagem :um dos processos mais importantes para obter o tecido. Também chamado de tear, dois fios são usados simultaneamente para dar trama e gramatura ao tecido. Depois da fibra tecida, o algodão passa por diversas outras fases até se transformar no produto final.
  • Chamuscagem: passagem de chamas pelo tecido para eliminar o excesso de fibras para melhorar a aparência visual e também o toque.
  • Branqueamento: os tecidos passam por alvejantes para ficarem mais claros e leves, principalmente se as fibras naturais possuem coloração amarelada ou com muita variação.
  • Mercerização: aplicação a frio de soda cáustica que reage com a celulose do algodão e aumenta a resistência, o brilho, a durabilidade e a flexibilidade do tecido.
  • Tingimento: mudança da cor do tecido por meio de tratamento com corante.
  • Acabamento: o tecido passa por vários produtos químicos para ganhar resistência e proteção contra agentes nocivos.

 

Principais características para uma boa qualidade da fibra de algodão

A qualidade da fibra é determinada por um conjunto de características que estão ligadas a indústria têxtil.

A fibra representa entre 40% a 60% do custo do fio, por isso a indústria tem alto rigor na escolha da matéria prima. As principais características estão relacionadas a:

  • parâmetros como comprimento (comprimento comercial, uniformidade e fibras curtas); resistência; o índice micronaire (formado por componentes de finura e maturidade);
  • cor (com brilho ou amarelo);
  • regularidade da massa de fibra (preparação);
  • teor de neps (presença de nó de fibra imatura e fragmento de casca de caroços);
  • presença ou não de restos culturais

 

Qualidade genética

São dois fatores fundamentais para obtenção de uma fibra de qualidade. A qualidade genética vai determinar as características da fibra como comprimento, finura, uniformidade e resistência. A escolha da variedade é uma decisão de cada produtor, que será definida de acordo com sua propriedade.

Geralmente a produtividade é o primeiro critério de escolha, porém outras características da variedade como resistência às doenças e nematoides são muito importantes na produção da fibra. Todo o ano, são lançadas novas variedades para os produtores, diversos tipos de resultado são disponibilizados para que eles possam fazer a melhor escolha para sua área.

 

Condições ambientais

Já as condições ambientais da área como solo, clima, tipo de colheita, armazenamento atuam em conjunto com as características da variedade escolhida.

Por exemplo, o comprimento da fibra é afetado diretamente pela qualidade do solo. Se ocorrer seca no período da floração, o comprimento tende a ser mais baixo. A adubação é fator fundamental, pois permite que os nutrientes auxiliem na melhor produtividade.

A baixa luminosidade e baixas temperaturas durante a formação da fibra afetam diretamente o comprimento e uniformidade.

 

Momento da colheita

Alguns manejos são essenciais para que a colheita mecânica seja eficiente:

  • Utilizar variedades que permitam colheita uniforme;
  • Aplicar desfolhante antes do início da colheita, que evita que restos culturais fiquem presos à fibra e reduzam a qualidade;
  • Realizar a colheita em dias secos; para evitar umidade que podem degradar a fibra;
  • Colher enquanto os capulhos estiverem abertos;
  • Não utilizar sacos de polipropileno pois danificam a fibra do algodão;
  • Realizar um transporte rápido e eficiente entre a lavoura e a usina de beneficiamento;

Já colheita manual, ainda realizada por agricultores familiares, apresenta a vantagem de ser mais detalhada e ter um menor risco de contaminação. No entanto é mais onerosa e envolve maiores custos com mão-de-obra.

 

Fatores que impactam na qualidade da fibra de algodão

Cada cultivar de algodão possui uma qualidade específica de fibra, que é considerada hereditária. Contudo, depois de inseridas no campo, essas características dependem de uma série de fatores para serem preservadas por completo.

São determinantes para a qualidade da fibra (pluma):

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

A qualidade da fibra do algodoeiro é uma característica de extrema importância para a comercialização do produto. A qualidade da fibra define o valor de ingresso comercial, sendo assim, elemento-chave na rentabilidade dos cultivos.

Com isso neste artigo colocamos vários pontos de importantes para que o produtor evite perdas. Lembrando que em caso de dúvidas contrate um especialista da área.

Gostou de saber mais sobre o assunto?  Deixe seu comentário e acompanhe nosso blog e fique por dentro dos próximos artigo.

Escrito por Michelly Moraes.

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Entenda tudo sobre a fenologia do algodão!

Entenda tudo sobre a fenologia do algodão!

Produzido para diversos fins, o algodão é a fibra têxtil mais usada no mundo. Fruto do algodoeiro, é um produto cultivado há bastante tempo no Brasil, além de ser uma das culturas mais tradicionais e importantes do agronegócio brasileiro. Muitos agricultores tem dúvida quanto a fenologia do algodão, com isso preparamos esse post para te ajudar.

Vamos lá!

 

Entenda tudo sobre a fenologia do algodão!

 

O algodão é uma das culturas mais versáteis e da qual se obtém vários produtos, como óleo, alimento animal e fibra têxtil.

O algodão está entre as culturas mais importantes de fibra no mundo. Em média, 35 milhões de hectares de algodão são plantadas anualmente em todo o planeta.

Essa cultura atualmente tem sido plantada por mais de 60 países nos cinco continentes. No entanto para manter esta alta evolução do setor é necessário aprofundar o conhecimento a respeito da cultura do algodão.

Afinal é uma das culturas mais planejada pelos agricultores das regiões propicias, com isso preparamos esse artigo para te ajudar a esclarecer suas dúvidas sobre o desenvolvimento fenológico dessa cultura.

 

 

A plantação de algodão no Brasil

O Brasil é o segundo maior exportador de algodão do mundo. Além disso, o país está em quinto lugar no ranking mundial de produção do produto, sendo a Índia, a China e os Estados Unidos os maiores produtores atualmente.

Isso acontece muito porque o clima do Brasil é favorável, trazendo vantagens no plantio de algodão em relação a outros países, já que é possível fazer um manejo ao longo de todo ano.

De acordo com a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão -ABRAPA, os estados do Mato Grosso do Sul e da Bahia concentram aproximadamente 90% da produção nacional de algodão. Além disso, na década atual, é estimado um crescimento de mais de 40% na produtividade no país.

 

As vantagens do cultivo de algodão

O cultivo de algodão é uma atividade que apresenta algumas vantagens para seus produtores, sejam esses destaques em relação aos seus custos, sejam ao manejo e à gestão da atividade.

Algumas dessas características mostram boas razões para que o algodão seja o foco de novos produtores ou até mesmo de quem já está no agronegócio e deseja expandir sua atuação.

A seguir, confira algumas das principais vantagens que podem ser observadas no cultivo de algodão e como elas favorecem quem adere a essa atividade.

 

Alta demanda e baixo investimento

A produção do algodão pode ser aproveitada em duas partes: semente e fibra. Por si só, isso já constitui uma vantagem, mas a relação é ainda mais atrativa quando se observa os mercados gerados. A demanda é realmente grande e o cultivo de algodão pode ser aplicado em:

  • produção têxtil;
  • alimentação animal (óleo extraído da semente);
  • filtros de café;
  • rede de pesca;
  • fabricação de explosivos;
  • matéria-prima de encadernação.

Ainda que seja possível produzir tanto com o algodão, o custo da atividade não é tão alto. Assim, a relação entre produção e lucro se torna mais vantajosa ao produtor, com uma margem de retorno bastante alta.

 

Checklist agrícola

 

Direcionamento para diversos mercados

Essa lista de usos do algodão também mostra como é amplo o alcance do produto como matéria-prima. Na prática, isso significa que há muitos mercados interessados no produto, o que representa possibilidades diversas ao produtor.

Ele sempre terá procura pela sua safra, podendo até mesmo trabalhar com parceiros exclusivos, com regularidade de faturamento.

 

Tempo intermediário do ciclo

O tempo de ciclo do algodão também é um fator muito atrativo. Os 4 a 7 meses, em média, que um ciclo demora para chegar à colheita são considerados um tempo intermediário, principalmente se comparado a outros produtos do agronegócio nacional. Isso significa que o tempo de retorno do investimento é bom.

 

Fenologia do algodão

O algodão tem seu ciclo dividido em 4 estádios fenológicos totais, sendo que em cada um, há divisões nos períodos evolutivos da planta: Estádio Vegetativo, Estádio de Botões Florais, Estádio de Florescimento e Abertura dos Capulhos.

Com o conhecimento dos estádios do algodão, é possível também, esquematizar seu período de produção e planejar as safras subsequentes.

 

Estádio vegetativo (Vn)

Consiste no período em que a planta desenvolve sua estrutura vegetativa, evoluindo de estádio a medida em que sejam formadas cada folha verdadeira, que por sua vez consiste em uma folha com o comprimento de pelo menos 2,5 cm.

Estagio Fenológico do algodão

(Fonte: Saul Carvalho)

 

V0: A primeira etapa deste estádio fenológico está relacionada ao período entre a emergência da plântula até os 2,5 cm da primeira folha verdadeira.

O V1: A partir da medição anterior até que a segunda folha atinja 2,5 cm de comprimento.

O V2:  Período dado a partir do final do V1 até a terceira folha alcançar 2,5 cm de comprimento.

E o Vn: Medições aplicadas a partir do estabelecido nas etapas anteriores.

 

Estádio de botões florais (Bn)

Consiste na etapa de evolução da planta a partir do primeiro botão floral no primeiro ramo reprodutivo. À medida que outros botões aparecem nos ramos superiores evolui-se o estádio B até que a primeira flor se abra.

Aqui é importante ressaltar que, mesmo que novas folhas continuem surgindo, o estádio a partir do primeiro botão passa a ser B, e não mais V.

 B1: Essa fase se inicia quando há o surgimento do primeiro botão floral no algodoeiro.

O B2: Ocorre o aparecimento do primeiro botão floral no segundo ramo frutífero.

O B3-n: Há o surgimento do primeiro botão floral no terceiro ramo frutífero. Nesta etapa, ainda ocorre a visualização do segundo botão floral no primeiro ramo frutífero visível.

E o B4-n: As medições sucessores seguem o mesmo padrão. Após o primeiro botão abrir para a floração, é considerado o fim desse estágio.

 

Estádio de florescimento (Fn)

Esta etapa consiste no período em que o primeiro botão floral no primeiro ramo flora até o efetiva observação da abertura do primeiro capulho.

Estagio de Florescimento do Algodão

(Fonte: Alessandra Fonte Mello)

 

O F1: Nessa fase, abre-se o primeiro botão floral do primeiro ramo frutífero, dando início à floração.

O F2: Dando continuidade ao processo, no F2, ocorre a abertura do primeiro botão no segundo ramo frutífero.

E o F3-n: As observações seguintes, seguem o mesmo parâmetro das anteriores. Nota-se nesta fase, a abertura do segundo botão floral do primeiro ramo.

 

Estádio de abertura dos capulhos (Cn)

É a última fase da fenologia do algodão, onde os capulhos se abrem e as fibras passam a ficar visíveis na lavoura.

A evolução do estádio aqui segue a mesma lógica dos estádios anteriores, sendo o estádio C1, correspondente à abertura do primeiro capulho no primeiro ramo frutífero.

 

Estádio de abertura dos capulhos

(Unoeste, 2019)

 

O C1: No estádio final, ocorre inicialmente o rompimento da primeira bola (maçã ou botão), localizada no primeiro ramo, em capulho.

O C2: Então, por conseguinte, a etapa se dá com a abertura da primeira bola do segundo frutífero, em capulho.

E o C3-n: As demais averiguações seguem os mesmos requisitos.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

A cultura do algodão é de grande importância no Brasil e no mundo. Sua alta produção e versatilidade, são fatores que tem contribuído para o aumento da área plantada desta cultura.

No entanto, o conhecimento da fenologia do algodão e planejamento, manejo adequado da cultura, são de grande importância para a obtenção de rendimentos elevados.

Se você gostou desse conteúdo e te ajudou e esclareceu suas dúvidas sobre a fenologia do algodão. Comente e compartilhe em suas redes sociais!

 

Plantio de algodão: alcance o sucesso!

Plantio de algodão: alcance o sucesso!

Vamos falar neste post sobre os principais cuidados do plantio de algodão e como aumentar a sua produtividade, incluindo preparo da terra.

Afinal o algodão é responsável por uma das principais cadeias produtivas do Brasil e do mundo.

No entanto para manter esta alta evolução do setor é necessário aprofundar o conhecimento a respeito da cultura do algodão.

Venha Comigo!

 

Plantio de algodão: alcance o sucesso!

 

O algodão é uma planta que tem forte representatividade na economia de muitos países. Principalmente na economia do Brasil. Que em determinado momento após sua colonização passou a plantar e exportar algodão para a Europa.

O algodoeiro é uma planta como outra qualquer, que necessita de cuidados para poder crescer e se desenvolver até no final florescer e fornecer a fibra do algodão. Que é a matéria-prima que veste o mundo que conhecemos.

Plantar algodão é uma arte que requer cuidados excessivos e também paciência e dedicação. Mas, há vários problemas que podem ocorrer ao longo da cultura e reduzir a produção algodoeira.

Por isso, preparamos este texto para falarmos de alguns fatores que podem te auxiliar a melhorar a produtividade na sua fazenda.

 

 

Importância do algodão

O algodão é um produto de extrema importância socioeconômica para o Brasil. Além de ser a mais importante fonte natural de fibras, garante ao país lugar privilegiado no cenário internacional. Como um dos cinco maiores produtores mundiais, ao lado de China, Índia, Estados Unidos e Paquistão.

Até a década de 1980, o cultivo de algodão no Brasil era concentrado principalmente nas regiões Nordeste e Centro-Sul.

A introdução do bicudo-do-algodoeiro, praga de maior impacto dessa cultura, aliada a outros fatores socioeconômicos e ambientais, devastou as lavouras algodoeiras no período. Fazendo com que o Brasil passasse de exportador a importador de algodão.

A partir da década de 1990, a cultura migrou para a região do Cerrado e hoje ocupa uma área superior a um milhão de hectares. Concentrada principalmente nos estados de Mato Grosso, Bahia e Goiás.

 

Ciclo do algodão

O algodoeiro, por ser uma cultura de ciclo indeterminado, possui uma das morfologias de planta mais complexas. Apresentando uma grande variação de período de ciclos, com cultivares de 130 dias de ciclo até outras que passam de 170 dias.

 

Ciclo vegetativo do Algodão

 

Seu ciclo dividido em 4 estádios fenológicos totais, sendo que em cada um, há divisões nos períodos evolutivos da planta: estádio vegetativo, estádio de botões florais, estádio de florescimento e abertura dos capulhos.

  • Estádio vegetativo: consiste no período em que a planta desenvolve sua estrutura vegetativa, evoluindo de estádio a medida que seja formadas cada folha verdadeira, que por sua vez consiste em uma folha com o comprimento de pelo menos 2,5 cm.
  • O estádio de botões florais: consiste na etapa de evolução da planta a partir do primeiro botão floral no primeiro ramo reprodutivo.
  • O estádio de florescimento: esta etapa consiste no período em que o primeiro botão floral no primeiro ramo flora até o efetiva observação da abertura do primeiro capulho.
  • E o estádio de abertura dos capulhos: é a última fase de desenvolvimento do algodoeiro, onde os capulhos se abrem e as fibras passam a ficar visíveis na lavoura.

 

Dicas no plantio de algodão

Primeiramente, é necessário destacar que, embora essa atividade seja muito rentável. Para ter sucesso, é fundamental que você se qualifique para executá-la.

Confira as dicas abaixo e veja quais os fatores determinantes para conquistar um incrível plantio de algodão.

 

Preparo do solo

Uma das etapas determinantes para o sucesso da sua plantação é, sem dúvidas o preparo do solo. Portanto, se o seu solo tiver sido utilizado durante muito tempo para uma mesma cultura, será necessário receber aração para que esteja preparado para o início de um novo plantio.

Além disso, se a sua propriedade sofrer com a presença de ervas daninhas, é recomendado a realização de duas arações. Já no quesito profundidade, o adequado é fazer uma aração de 30 centímetros. Isso porque as raízes do algodoeiro ficam em uma profundidade média de 20 centímetros.

 

Nutrição Mineral de Plantas: Macronutrientes.

 

Plantio na época certa

Assim como na maior parte das plantações, as condições climáticas influenciam no desempenho do cultivo de algodão. Portanto, é preciso destacar a importância de experimentar a cultura para identificar como as condições do espaço afetam a lavoura.

Além disso, o período do processo de semeação tem grande influência na quantidade de pragas na sua plantação.

Por isso, é de suma importância estudar e pesquisar a respeito das possíveis pestes que podem atingir o plantio do algodão. De acordo com a região para encontrar os momentos mais adequados para o cultivo, levando em conta a utilização de inseticidas para o solo e sistêmicos.

 

Espaçamento das sementes

Em termos de espaçamento a lógica que rege uma plantação de algodão diz que quanto menor for o desenvolvimento do cultivar mais fechado deverá ser o espaçamento e vice-versa.

Sendo assim é necessário que o agricultor tenha uma ideia a respeito do desenvolvimento das suas plantas. De acordo com as expectativas normais de maneira a se aproximar o máximo possível do ideal em termos de espaço.

 

Adubação correta

Durante a adubação, é preciso conhecer as características do solo e considerar o desempenho desejado para o plantio do algodão. Para isso, uma análise do solo será importante para ajudar a garantir micro e macro nutrientes necessários antes mesmo da fase de semeadura, que ocorre no sulco.

Já em relação ao uso de nitrogênio, o produtor precisa calcular de acordo com o desempenho que deseja para a produção.

 

Realização do desbaste

O processo que pode ser chamado ainda de relação consiste em arrancar algumas plantas que são entendidas como sobra para que se tenha uma linha com uma quantidade razoável de plantas. De maneira que todos possam crescer e se desenvolver com saúde.

O ideal é realizar esse processo num período entre 20 e 30 dias após a planta ter sido semeada. Deixe uma média de 5 plantas de algodão em cada metro de linha.

 

Principais desafios no plantio de algodão

Entre os grandes desafios na produção de algodão hoje estão:

 

Pragas

Após o plantio e início de desenvolvimento da planta, assim como todo o processo de produção de uma cultura agrícola, o algodão também é alvo de algumas pragas que devem ser combatidas.

Um exemplo é a lagarta Helicoverpa armígera, um grande desafio descoberto há apenas alguns anos no Brasil. Mas que é muito comum em lavouras por toda a Ásia, Oceania, África e parte da Europa.

Para combater essa praga, são adotadas práticas comuns, como manejo integrado, inseticidas biológicos e químicos, cultivares geneticamente modificados, entre outros.

 

Ervas daninhas

As ervas daninhas também prejudicam produção da lavoura. Pois as plântulas do algodão não possuem muita resistência caso tenham que dividir espaço com o mato.

O plantio em uma área limpa ajuda a evitar esse tipo de situação. Principalmente durante a fase de crescimento.

Durante os primeiros 80 dias, é preciso ter atenção redobrada. Para que plantas e ervas daninhas não comprometam o desenvolvimento das plumas.

 

Colheita do algodão

A colheita de algodão deve ocorrer cerca de 6 meses após o plantio se tal plantio tenha sido promovido da forma correta. Nesse período as cápsulas do algodão já estarão abertas e as fibras expostas.

A ideia de colheita manual do algodão deve ser feita em dias ensolarados. Pois assim a luz solar e os raios ultravioletas irão nutrir as fibras e as mesmas serão mais resistentes e também mais maleáveis.

Evite a colheita em dias chuvosos. Pois a água diminui consideravelmente a fibra de algodão em tamanho e qualidade.

Por isso é importante colher todo o algodão sadio e uniforme e após a colheita feita. Utilizar maturadores para influenciar o processo de crescimento do plantio restante até o próximo plantio.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

O algodão está entre as principais culturas do Brasil e do mundo. Com expectativa de aumento na produção mundial pelos próximos anos.

Neste artigo podemos observa algumas dicas importante durante o plantio do algodão. Além dos desafios enfrentados com as pragas e daninhas nas culturas.

É importante ter em mente que em caso de duvidas durante o planejamento o ideal é consultar um especialista da área.

Escrito por Michelly Moraes.

Veja 5 culturas mais cultivadas nas lavouras brasileiras!

Veja 5 culturas mais cultivadas nas lavouras brasileiras!

Em algum momento, há cerca de 12 mil anos, os humanos começaram a plantar. A agricultura foi aprimorada ao longo da história e em diferentes partes do mundo. Hoje contamos diversos tipos lavouras, ainda mais em nosso território, que possui grande aptidão agrícola e abrange diversos setores.

Quer saber quais são os 05 culturas mais cultivadas em nossas lavouras?

Sigamos juntos nessa leitura!

 

Veja 5 culturas mais cultivadas nas lavouras brasileiras!

 

O impacto do surgimento da agricultura

Pelos registros arqueológicos a agricultura surgiu em uma região apelidada de Crescente Fértil, uma área banhada por rios no Oriente Médio.

Os primeiros grupos de agricultores, através da lavoura, tinham vantagens em relação a seus colegas que apenas caçavam e coletavam plantas.

Eles comiam melhor, se tornaram mais prósperos, numerosos e graças a esse sucesso, a ideia de cultivar o próprio alimento e criar animais para o abate se popularizou.

Trabalhar o solo para realizar o plantio, para fins de obter o alimento foi uma das primeiras preocupações do homem.

As primitivas ferramentas foram construídas toscamente de madeira, ossos e pedras, com elas que se removia um pequeno sulco no solo para o plantio.

Desta maneira, a área que se podia trabalhar e semear era muito limitada.

Porém, há décadas, arqueólogos buscam por vestígios deixados por esses povos, na tentativa de descobrir como a agricultura se desenvolveu e se espalhou por aquela região e mais tarde, pelo resto da Ásia e da Europa.

 

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A agricultura no Brasil

Desde a época do Brasil colonial, construiu uma vocação para exportação especialmente de gêneros alimentícios, com um cultivo diverso em suas lavouras.

De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA),  os segmentos com maiores volumes de venda são o complexo da soja (+US$ 6,30 bilhões), produtos florestais  (+US$ 1,30 bilhão) e carnes (+US$ 1,26 bilhão).

Cultivar produtos agrícolas em um país com dimensões continentais têm seus desafios.

O território brasileiro é rico em biomas , e cada região tem particularidades climáticas que favorecem o cultivo de alguns produtos e impossibilitam o de outros.

Mas, para entendermos melhor sobre as principais culturas produzidas em nosso território, vamos conhecer mais sobre as formas de se conduzir uma lavoura.

 

Principais tipos de lavoura

 

Lavoura convencional ou tradicional

É feito o trabalho do solo anterior ao plantio com maquinário, que corta e inverte total ou parcialmente o solo.

 O solo é revolvido, o que facilita o rendimento de água, a mineralização de nutrientes, a redução de pragas e doenças em superfície.

Mas também, reduz rapidamente a cobertura do solos, acelera os processos de degradação da matéria orgânica e aumentam os riscos de erosão.

Geralmente, a lavoura convencional implica mais de uma operação com corte e invertimento do solo.

 

Cultivo mínimo ou conservacionista

Implica o trabalho anterior ao plantio com um mínimo de revolvimento de solo.

Proporciona a aeração do solo e acelera os processos de mineralização de nutrientes mas a menor ritmo que no caso anterior.

Ficam mais resíduos vegetais em superfície e ancorados na massa do solo, dessa forma, o risco de erosão é menor.

 

Plantio direto

O sistema de plantio direto é um conjunto de técnicas que consiste em não revolver ou revolver minimamente o solo, onde, o plantio é feito sobre a palhada.

Esse sistema traz diversos benefícios, tais como, maior retenção de água no solo, reduzindo a erosão e perda de nutrientes.

O cultivo em plantio direto pode ser mais lucrativo se realizado corretamente, para isso o conhecimento prévio é de suma importância.

 

Checklist agrícola

 

Agricultura de precisão

Agricultura de precisão (AP) é a forma mais precisa de monitorar as atividades agrícolas, através da utilização de tecnologias avançadas.

A partir de dados coletados das áreas geograficamente referenciadas, se torna possível a implementação da automação agrícola, além de tornar mais assertiva a tomada de decisão.

Embora, tenha chegado no Brasil no início dos anos 90, por meio da utilização de máquinas agrícolas com receptores GNSS (Global Navigation Satelite System).

Hoje se tem visto cada vez mais forte a utilização das mais diversas ferramentas advindas da agricultura de precisão.

Agora que conhecemos os modelos de agricultura disponíveis para o cultivo da lavoura, vamos conhecer as principais culturas que movem o agronegócio brasileiro.

 

As 5 culturas mais cultivadas nas lavouras brasileiras

 As pesquisas de órgãos como o IBGE, CONAB e CNA, representam uma importante fonte de dados, para acompanhamento das informações agropecuárias no Brasil.

A seguir vamos explorar um pouco desses dados, para apresentar as 5 culturas que mais são cultivadas nas lavouras brasileiras:

 

1 – Soja

Com a expansão do consumo de carne e derivados, o cultivo da soja, usado como alimento para gado de corte, frangos e vacas em lactação, por exemplo, se expandiu nas últimas décadas.

Além da expansão do seu uso na alimentação humana e até mesmo o popular óleo de soja.

O Brasil é o segundo maior produtor de soja no mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. O Mato Grosso é o estado que mais produz o grão, seguido pelo Paraná.

 

2 – Cana-de-açúcar

Primeira cultura agrícola extensiva usada em solo brasileiro, a cana-de-açúcar  foi a principal responsável por viabilizar economicamente a colonização do país.

Com a cana, são produzidos dois produtos essenciais para a economia mundial: o açúcar, parte indispensável da alimentação humana, o álcool, utilizado nas bebidas alcoólicas como a cachaça ou como combustível para veículos, conhecido como etanol.

O Brasil é um dos maiores consumidores e é o maior produtor do mundo da cana-de-açúcar.

 

Plataforma Agropós

 

3 – Milho

Com uma ampla variedade de aplicações, desde o consumo humano à pecuária extensiva, o milho, está entre os principais grãos produzidos no Brasil.

O Brasil é o terceiro maior produtor de milho do mundo. Nos dois primeiros lugares estão os Estados Unidos e a China.

O milho é cultivado  em duas safras no Brasil, sendo denominadas, como: safra e safrinha, isso, possibilita ainda mais o seu cultivo em lavouras brasileiras em épocas distintas e consequentemente maior produção anual.

 

4 – Algodão

Ao lado da soja, é uma das culturas com maior liquidez e rentabilidade, o que favorece o aumento da área plantada.

Estados como Mato Grosso e Bahia contam com as melhores condições climáticas para a produção de algodão. No entanto, a sua produção exige altos padrões de tecnologia e gestão.

Uma vez que, uma dificuldade apontada pelo setor é a infraestrutura de exportação, com problemas que vão de contêineres até a capacidade dos navios para receber o produto.

 

5 – Café

O Brasil é o maior produtor de café do mundo e a sua produção gira em torno das duas principais variedades, o arábica e o conilon.

A área total cultivada chega a quase 2 milhões de hectares, o equivalente a aproximadamente 3 milhões de campos de futebol, sendo 345 mil hectares em formação e 1,8 milhões de hectares em produção.

Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo são os principais estados produtores.

 

Lavouras 2018

Fonte: MAPA, CNA e IBGE

 

Impacto da agricultura na economia

Vimos nesse artigo como a agricultura impacta na economia nacional e até mesmo mundial, devido parte de sua produção serem destinadas à exportação.

A importância da agricultura é indiscutível, pois é a partir dela que se produzem os alimentos e os produtos primários utilizados pelas indústrias, pelo comércio e pelo setor de serviços, tornando-se a base para a manutenção da economia mundial.

Desse modo, podemos perceber que o meio rural sempre foi a atividade econômica mais importante para a constituição e manutenção das sociedades.

Isso, desde quando as técnicas agrícolas primitivas permitiam a existência de um excedente na produção, iniciando assim, as primeiras trocas comerciais.

Por tanto, é possível concluir que, todas as práticas rurais e urbanas, dependem principalmente do campo, da lavoura.

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Colheita de algodão: veja as principais formas!

Colheita de algodão: veja as principais formas!

O algodão é um produto de extrema importância socioeconômica para o Brasil. E entre inúmeras etapas que esse produto passa a colheita e de extrema importância. Onde o objetivo é colher o máximo sem prejuízos de tipo e qualidade. Neste artigo vamos falar tudo sobre a colheita de algodão.

Venha Comigo!

 

Colheita de algodão: veja as principais formas! 

 

O que é o algodão?

Algodão é uma fibra natural, esbranquiçada e macia, proveniente do algodoeiro, um arbusto de ocorrência em regiões tropicais e subtropicais. É comumente utilizado na indústria têxtil para a produção de fios, tecidos e linhas.

O algodão é uma das principais e mais tradicionais culturas do agronegócio brasileiro. E uma plantação de algodão, sendo o Brasil o segundo maior exportador de algodão do mundo.

A colheita é um ponto chave para o sucesso da algodão. Pois o cuidado nesta etapa interfere a qualidade do produto que também pode afetar o preço. Abaixo vamos abordar melhor esse assunto.

 

 

Importância do algodão economicamente

Uma das expressões mais utilizadas a respeito do Brasil, principalmente na imprensa especializada. São as contribuições que o agronegócio proporciona à riqueza gerada no país. O algodão é um produto de extrema importância socioeconômica para o Brasil.

Além de ser a mais importante fonte natural de fibras, garante ao País lugar privilegiado no cenário internacional. Como um dos cinco maiores produtores mundiais, ao lado de China, Índia, Estados Unidos e Paquistão.

 

Quais os principais desafios da produção brasileira?

Apesar das boas notícias, a produção de algodão no país ainda enfrenta uma série de desafios, como:

  • Concorrência com o mercado de fibras sintéticas, como o poliéster, na produção têxtil;
  • Altos custos da produção no campo, como uso de defensivos, maquinários pesados e do transporte até os portos;
  • Mercado interno que recebe muitas roupas produzidas fora do país.

 

Exportação do algodão

Em 2019 as exportações e a produção do algodão superaram as expectativas e bateram recordes. Gerou uma receita de US$ 2,6 bilhões, marca essa que superou 2018 em quase US$ 1 bilhão.

De acordo com dados da Conab, a produção brasileira 2019 atingiu volume recorde de 1,61 milhões de toneladas, alta de 36% frente à anterior, impulsionada pela elevação de 37,8% na área cultivada.

Em 2020 já começou com tudo e entre janeiro e fevereiro deste ano marcou uma receita de US$ 753 milhões e já foram exportadas 479 mil toneladas do produto. Atualmente, a produção mundial equivale a 25 milhões de toneladas.

 

Fatores que influenciam na colheita de algodão

Alguns fatores influencia na colheita do algodoeiro sendo esses fatores;

 

Clima e variedade

O comprometimento das ceras em decorrência da excessiva umidade do ar e do ambiente implica perda de resistência.

Os elementos fundamentais do clima, como temperatura, umidade relativa do ar, precipitação pluvial (quantidade, distribuição e intensidade), radiação solar e outros fatores, exercem influência direta sobre a colheita, isto é os frutos só se abrem se houver radiação na medida certa.

 

Solo e adubação

A fertilidade do solo e o tipo de adubação têm influência decisiva na colheita. Um solo recentemente desbravado, se coincidir de ser rico em matéria orgânica e pobre em fósforo, poderá dar à cultura um desenvolvimento vegetativo. Exuberante, sem, contudo possuir boa carga de capulhos e, mesmo esses irão se abrir tardiamente, pegando então baixas temperaturas, o que é prejudicial.

O desenvolvimento da planta, à produtividade, a boa formação de fibras, a deiscência do fruto e consequentemente a boa colheita, dependem muito de uma adubação racional e equitativa da cultura.

 

Solos no Brasil

 

Tipos de colheita de algodão

Os dois métodos de colheita utilizados na colheita do algodão são manual e o mecanizado.

 

Colheita de algodão manual

Na colheita manual deve ser evitado o que popularmente é chamado de “rapa”, ou seja, colher misturando o algodão do “baixeiro”, aqueles capulhos situado na parte inferior das plantas, com aqueles de “ponteiro”, localizados na parte superior.

No “rapa” os colhedores coletam não apenas as fibras, mas também as brácteas dos capulhos que posteriormente necessitam der removidas para processar as fibras.

O ideal na colheita manual é que se realize a colheita conhecida como “apanha” onde apenas as fibras são coletadas pelo colhedor com as pontas dos dedos e armazenadas em sacos imediatamente.

A colheita manual apresenta baixa eficiência quando comparada com a mecanizada. Porém quando é bem realizada pode resultar em produto com qualidade melhor.

 

Colheita de algodão mecanizada

Fatores impulsionadores da adoção da colheita mecanizada foram o surgimento de novas cultivares, incentivos fiscais, uso de tecnologia durante todo o ciclo de produção e a expansão da cultura para áreas extensas e com condições climáticas adequadas, como o centro-oeste.

O uso de mão de obra para colheita deste tipo de cultivo é inviável, dada a baixa capacidade de colheita e a escassez de mão de obra.

A declividade do terreno deve ser inferior a 8%, devendo o solo estar devidamente nivelado, livre de obstáculos como tocos, pedras e depressões.

Todas as fases do processo produtivo devem estar direcionadas para a colheita mecanizada, selecionando-se cultivar adequada, população de plantas, espaçamento, correção e fertilização do solo, controle de plantas invasoras e uso de reguladores de crescimento, maturadores e desfolhantes.

 

Principais sistemas de colheita de algodão

Conheça os principais sistemas de colheita de algodão;

 

Sistema stripper

As colhedoras do tipo stripper, são utilizadas na colheita do algodão adensado. Foram desenvolvidas como uma alternativa para produção de algodão em condições de baixo potencial produtivo.

Este modelo apresenta como grande vantagem a economia – ele é, atualmente, o sistema mais barato. Além disso, as perdas quantitativas também são menores, já que grande parte do algodão é coletada.

Porém nem todas as características do stripper são vantajosas. Há uma perda significativa em qualidade por conta da maneira com que o produto é retirado

A colheita é realizada a partir de um grande “pente fino”. Os vãos arrancam os capulhos inteiros da planta, sendo depositados logo atrás do pente, na plataforma. Essa parte força o desprendimento da fibra que não havia sido solta da planta.

 

Sistema picker

As colhedoras do tipo picker têm como principal elemento os fusos em rotação, que extraem de forma seletiva o algodão em caroço dos capulhos abertos da planta do algodão, sem puxar as casquilhas; em seguida ele é desprendido dos fusos com desfibradores de borracha (doffer) e levado para o cesto armazenador da máquina por correntes de ar.

A desvantagem do picker são os preços mais altos, o que exige uma cultura ainda maior para que a rentabilidade seja positiva.

Já as fibras, nesse caso, apesar de mais puras, também são atingidas por perdas de até 16%. A maior parte desse prejuízo acontece porque a máquina não consegue retirar todo o algodão.

 

Enfardamento

Após máquina completar o cesto de armazenamento, ela deve parar a colheita para fazer a descarga no cesto de transporte, o que faz com que se perca algum tempo, pois é um processo lento.

Para se evitar essas perdas foi o surgimento do enfardamento em rolos, diretamente da máquina, evitando tanto as perdas durante transferências e transporte, como também o desperdício.

O sistema de enfardamento utiliza um filme de polietileno para envolver e proteger os fardos. Assim que eles são construídos, a película envolve-os por meio de correias que giram o fardo, para melhor fixar o filme.

 

Perdas na colheita mecânica do algodão

As perdas na colheita do algodão ocorrem em função dos mais variados fatores, dentre os quais se destacam o ponto de maturação, as condições de colheita, as regulagens das máquinas, velocidade de colheita, tipo de máquina, tipo de solo, variedade e fatores climáticos.

Nesse sentido, no momento da colheita podem ocorrer alguns erros, e para que esses possam ser observados e corrigidos é importante monitorar as perdas na colheita, caracterizadas pela presença do algodão que se encontram no chão e algodão que permanece na planta após passagem da colhedora, bem como a perda de peso devido ao atraso na colheita.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Com tudo sabemos que o algodão tem uma grande importância para agricultura Brasileira beneficiando diretamente meio socioeconômico do pais.  Uma das etapas que o agricultor precisa ter mais cuidado é o momento de colher o algodão no campo.

Por isso é indispensável conhecer os diferentes sistemas de colheita, e o monitoramento do uso dessas ferramentas para que não gera desperdício do produto. Em caso de dúvidas desses tipos de sistema ou até mesmo uso, o ideal é consultar um profissional da área.

Escrito por Michelly Moraes.