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Agricultura extensiva: o que é e sua importância!

Agricultura extensiva: o que é e sua importância!

Este artigo explora a evolução da agricultura extensiva, sua relevância atual na produção de alimentos e sua importância crescente no contexto da sustentabilidade.

Vamos abordar como a agricultura extensiva, longe de ser uma prática ultrapassada, está se transformando em um pilar essencial na coexistência entre a produção de alimentos e a preservação ambiental. Quer saber mais?

Acompanhe!

 

Agricultura extensiva: o que é e sua importância!

 

A agricultura extensiva está diretamente ligada às condições de subsistência e às atividades de comercialização interna. Famílias do meio rural utilizam destas técnicas principalmente quando não possuem os requisitos necessárias para aprimorar os recursos.

O modo de produção da agricultura extensiva tem auxiliado os pequenos produtores mesmo que os resultados não sejam relativamente altos. Solo fértil e com os nutrientes adequadas são duas das principais vantagens deste sistema agrícola.

 

Pós-graduação Gestão e Economia do Agronegócio

 

O que é, a agricultura extensiva

A agricultura extensiva é um sistema de produção agrícola que envolve o cultivo de grandes áreas de terra com baixa intensidade de insumos, mão de obra e capital em comparação com sistemas agrícolas mais intensivos. Este método tende a utilizar uma quantidade significativa de terra em relação à quantidade de trabalho e insumos utilizados.

Caracteriza-se pelo baixo uso de fertilizantes, pesticidas e maquinaria, bem como pelo plantio de culturas em grandes extensões de terra.

 

Principais características da agricultura extensiva:

  • Grandes áreas de terra: a agricultura extensiva envolve o cultivo de vastas extensões de terra, muitas vezes com pouca infraestrutura, como irrigação ou sistemas de manejo avançados.
  • Baixa intensidade de insumos: ela requer menos fertilizantes, pesticidas e outros produtos químicos em comparação com a agricultura intensiva. Os agricultores geralmente dependem da fertilidade natural do solo e de práticas de rotação de culturas para manter a produtividade.
  • Mão de obra limitada: a agricultura extensiva geralmente requer menos mão de obra por unidade de terra, devido ao uso limitado de insumos e à extensão das áreas cultivadas.
  • Culturas variadas: essa abordagem tende a envolver uma ampla variedade de culturas, incluindo cereais, pastagens, criação de gado, entre outras.
  • Impacto ambiental menor: como há menos uso de insumos químicos e maquinaria pesada, a agricultura extensiva tende a ter um impacto ambiental menor em termos de poluição e degradação do solo.

A agricultura extensiva é frequentemente associada a áreas rurais e regiões onde a população é escassa em comparação com a quantidade de terra disponível.

Ela é mais comum em países com grandes extensões de terra, como partes da América do Norte, Austrália e partes da África.

No entanto, também pode ser uma abordagem importante em regiões onde a preservação da biodiversidade e a sustentabilidade ambiental são prioridades.

 

Vantagens e desvantagens da agricultura extensiva

A agricultura extensiva é um método de cultivo que envolve o uso de grandes áreas de terra com baixa intensidade de mão de obra e tecnologia.

Ela tem suas próprias vantagens e desvantagens, que podem variar dependendo do contexto e da forma como é praticada. Aqui estão algumas das vantagens e desvantagens da agricultura extensiva:

Vantagens:

  • Baixo custo inicial: a agricultura extensiva geralmente requer menos investimento em infraestrutura e equipamentos sofisticados. O que pode reduzir os custos iniciais para os agricultores.
  • Menos mão de obra: como a intensidade de mão de obra é baixa, a agricultura extensiva é menos dependente de trabalhadores. O que pode ser benéfico em áreas com escassez de mão de obra.
  • Baixo uso de insumos: em comparação com a agricultura intensiva, a agricultura extensiva geralmente usa menos fertilizantes, pesticidas e água.
  • Maior sustentabilidade ambiental: devido à menor utilização de insumos químicos, a agricultura extensiva pode ser menos prejudicial ao meio ambiente e ao solo.
  • Preservação da biodiversidade: grandes áreas de terra usadas na agricultura extensiva podem fornecer habitats para a vida selvagem e contribuir para a preservação da biodiversidade.

 

Como dar início à agricultura extensiva?

O início da agricultura extensiva envolve vários passos essenciais para estabelecer uma operação agrícola em grande escala com baixa intensidade de mão de obra e tecnologia.

Aqui estão as etapas gerais para iniciar a agricultura extensiva:

 

Pesquisa e planejamento

Pesquise o mercado e identifique as culturas que têm demanda na região onde você planeja iniciar a agricultura extensiva.

Avalie a disponibilidade de terras adequadas e apropriadas para o cultivo extensivo. Considere fatores como solo, clima e acesso à água.

 

Aquisição de terra

Adquira ou arrende as terras necessárias para a agricultura extensiva. Certifique-se de que a propriedade seja legalmente registrada e que você tenha os direitos necessários para utilizá-la.

 

Preparação do solo

Realize a preparação do solo, incluindo aração, gradagem e correção do solo, se necessário. Isso é essencial para criar condições ideais de cultivo.

 

Escolha das culturas

Selecione as culturas que se adaptam ao solo e clima da sua região, bem como às demandas do mercado. Pode ser uma única cultura extensiva ou uma combinação de culturas.

 

Plantio e manejo

Plante as culturas de acordo com as recomendações específicas de cada espécie. Implemente práticas de manejo, como controle de pragas e doenças, irrigação, fertilização e controle de ervas daninhas conforme necessário.

 

Monitoramento e manutenção

Monitore regularmente o crescimento das culturas, as condições do solo e as necessidades de manejo. Faça ajustes conforme necessário.

 

Colheita e armazenamento

Realize a colheita quando as culturas estiverem maduras. Garanta que você tenha os equipamentos necessários para a colheita em grande escala. Armazene as colheitas de forma adequada para evitar perdas.

 

Comercialização

Desenvolva estratégias para comercializar seus produtos, como encontrar compradores, estabelecer parcerias comerciais ou vender em mercados locais, regionais ou internacionais.

 

Gestão financeira

Mantenha registros financeiros precisos e monitore os custos e receitas de sua operação agrícola.

 

Conformidade legal

Certifique-se de estar em conformidade com todas as regulamentações e leis agrícolas locais e nacionais.

 

Sustentabilidade ambiental

Considere a adoção de práticas agrícolas sustentáveis para minimizar o impacto ambiental e manter a saúde do solo a longo prazo.

 

Quais são os principais sistemas agrícolas?

 

Agricultura familiar

A agricultura familiar é um sistema agrícola baseado em propriedades de pequeno a médio porte operadas por famílias.

Esses agricultores produzem alimentos principalmente para o consumo de suas próprias famílias, mas também podem vender parte de sua produção.

 

Agricultura familiar: saiba sobre esse assunto!

 

A agricultura familiar é frequentemente caracterizada pela diversificação de culturas, práticas tradicionais e uma abordagem de subsistência.

 

Sistema de agricultura comercial

No sistema de agricultura comercial, os agricultores produzem culturas ou criam animais com o objetivo principal de venda no mercado.

É um sistema orientado para o lucro, e os agricultores muitas vezes adotam tecnologia avançada, gestão eficiente e aprimoramento da produtividade para maximizar seus rendimentos.

 

Agricultura orgânica

A agricultura orgânica é um sistema que se concentra na produção de alimentos sem o uso de produtos químicos sintéticos, como pesticidas e fertilizantes.

 

Agricultura para os consumidores e varejistas

 

Em vez disso, utiliza métodos naturais para melhorar a saúde do solo e reduzir os impactos ambientais. A agricultura orgânica enfatiza a biodiversidade, a saúde do solo e a qualidade dos alimentos.

 

Permacultura

A permacultura é um sistema de design agrícola que visa criar sistemas agrícolas sustentáveis. Que imitem os padrões e os processos encontrados na natureza.

Envolve a integração de plantas, animais e estruturas humanas em um sistema ecológico e sustentável. A permacultura enfatiza a utilização eficiente dos recursos naturais e a minimização do desperdício.

Cada um desses sistemas agrícolas tem suas próprias características e objetivos, e a escolha entre eles depende de fatores como o tamanho da propriedade, os recursos disponíveis, as preferências do agricultor e as metas de produção.

Todos eles desempenham papéis importantes na produção de alimentos e na promoção da agricultura sustentável em diferentes contextos.

 

Plataforma Agropós

 

Perspectiva: agricultura extensiva

A agricultura extensiva enfrenta um futuro desafiador e promissor. A sustentabilidade será a chave, com práticas responsáveis e tecnologia avançada ajudando a equilibrar a produção de alimentos em larga escala com a conservação dos recursos naturais.

A adaptação às mudanças climáticas e a expansão da agricultura em países em desenvolvimento também serão determinantes para o seu sucesso contínuo.

Além disso, a agricultura extensiva pode desempenhar um papel importante na segurança alimentar global, atendendo à crescente demanda por alimentos.

Através de estratégias inovadoras, como a diversificação de culturas, a integração de tecnologia sustentável e a promoção de práticas agrícolas responsáveis. A agricultura extensiva pode contribuir para a produção de alimentos em escala, sem comprometer o meio ambiente e os recursos naturais.

A colaboração global e a educação contínua dos agricultores são fundamentais para enfrentar os desafios e garantir um futuro produtivo e sustentável para a agricultura extensiva.

 

Conclusão

A agricultura extensiva enfrenta desafios e oportunidades significativas em direção a um futuro sustentável, que exige práticas responsáveis, inovação tecnológica e adaptação às mudanças ambientais e climáticas.

A busca por equilibrar a produção de alimentos em grande escala com a conservação dos recursos naturais é fundamental para o sucesso contínuo desse sistema agrícola.

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Escrito por Michelly Moraes.

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O desenvolvimento da agricultura no Brasil!

O desenvolvimento da agricultura no Brasil!

Um dos pilares da economia global, a atividade agrícola é crucial para disponibilizar alimentos e oferecer matéria-prima a inúmeros segmentos. Com isso preparamos este artigo para mostrar o desenvolvimento da agricultura no brasil. Quer ficar por dentro de tudo?

Acompanhe!

 

O desenvolvimento da agricultura no Brasil!

 

O que é agricultura?

O termo agricultura quer dizer “arte de cultivar. É o conjunto de técnicas concebidas para cultivar a terra a fim de obter produtos dela.

Os produtos da agricultura são primariamente os alimentos, contudo, com os avanços nas técnicas e na tecnologia, a agricultura tem servido cada vez mais ao fornecimento de gêneros para a produção de fibras, energia, matéria-prima para roupas, combustível, construção, medicamentos, ferramentas, ornamentação e inúmeras outras finalidades.

Esses produtos, bem como os métodos agrícolas utilizados, podem variar de uma parte do mundo para outra.” Neste artigo vamos abordar como se dá o desenvolvimento da agricultura no brasil.

 

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Importância da agricultura

A importância do agronegócio para o Brasil é inquestionável. O Brasil ocupa uma posição de destaque no mundo como produtor de alimentos, fibras e biocombustíveis.

Somos reconhecidos no comércio mundial de café, soja, milho, algodão, carne bovina, carne de frango, carne suína, açúcar, suco de laranja e celulose. Mas, não foi sempre assim.

Nos últimos 40 anos, o Brasil saiu da condição de importador de alimentos para se tornar um grande exportador. Para isso, foi preciso conquistar aumentos significativos na produção e na produtividade agropecuárias.

 

Origem

A agricultura marcou o início do sedentarismo humano e está essencialmente ligada ao surgimento dos primeiros aglomerados humanos e às primeiras civilizações.

Antes da universalização da agricultura, as pessoas passavam a maior parte de suas vidas em tarefas que envolviam a caça e coleta de frutos e plantas para a alimentação.

Cerca de 11.500 anos atrás, os seres humanos, gradualmente, aprenderam a cultivar cereais e tubérculos e, assim, puderam fixar-se em um único lugar e estabelecer uma vida baseada na agricultura. No mesmo período, também se iniciou a pecuária, com a gradual domesticação e criação de animais, que até então eram selvagens.

A agricultura permitiu que a humanidade pudesse produzir excedentes de alimentos, o que possibilitou a troca de mercadorias por outros gêneros que não eram por eles produzidos.

Os excedentes também funcionavam como fonte de segurança alimentar em casos em que o cultivo fosse prejudicado por fatores naturais, como seca prolongada, geada ou excesso de chuvas.

Além disso, os excedentes de alimentos possibilitaram às pessoas tempo para dedicar-se a tarefas não relacionadas à agricultura ou à obtenção de alimentos.

A partir daí o ser humano começou a desenvolver técnicas para tornar sua vida mais fácil e confortável, como a construção de casas e objetos que pudessem facilitar sua vida e trabalho.

 

Quais são os tipos de agricultura?

No Brasil, existem diferentes tipos de produção agrícola, as quais se adequam às características do ambiente no qual são realizadas, como a agricultura de subsistência, agricultura familiar, agricultura orgânica (biológica), agricultura comercial e permacultura.

Essas características podem estar relacionadas à formação vegetal que constitui o local, às condições climáticas do ambiente, ao relevo, à composição do solo e à demanda de produção existente.

 

Checklist agrícola

 

Agricultura de subsistência

Também chamada de “agricultura tradicional”, a agricultura de subsistência é marcada pela produção para autoconsumo. Dessa maneira, os pequenos produtores ficam encarregados de cuidar, cultivar e colher os alimentos.

O principal objetivo é a produção de alimentos para garantir a sobrevivência do agricultor, da sua família e da comunidade em que está inserido.

 

Agricultura familiar

A agricultura de subsistência pode ser um tipo de agricultura familiar, mas não necessariamente a agricultura familiar é exclusivamente focada na subsistência da família.

Na agricultura familiar, o cultivo da terra é realizado por pequenos proprietários rurais, tendo como mão de obra, essencialmente, o núcleo familiar. A produção pode visar a subsistência e também a comercialização.

 

Agricultura orgânica (biológica)

Surgida no século XX, a agricultura orgânica, chamada de “cultivo verde”, visa, principalmente, o equilíbrio ambiental e o desenvolvimento social dos produtores.

Está intimamente relacionada ao desenvolvimento sustentável. Dessa forma, os alimentos orgânicos são cultivados por meio de um controle biológico de pragas.

 

Agricultura comercial

A agricultura comercial, chamada de “agricultura moderna” ou de mercado, é a agricultura que realiza o plantio em larga escala de cultivos para atender a demanda da economia mundial.

É executada em grandes propriedades com a utilização de diferentes insumos, como adubos, fertilizantes químicos e defensivos.

Também se caracterizam pela aplicação de técnicas modernas de cultivo, melhoramento genético e máquinas, utilizam mão de obra especializada, como engenheiros, agrônomos e técnicos agrícolas.

 

Permacultura

Permacultura lida com as plantas, animais, edificações e infraestruturas de modo integrado.

Traz o conceito do design permacultural, que é o arranjo de todos os elementos em um sistema que objetiva o não desperdício. É uma visão de que tudo pode ser usado como recurso.

 

Modernização da agricultura

Durante milhares de anos, o desenvolvimento da agricultura foi muito lento. O bom desempenho da produção dependia essencialmente de fatores naturais, como a qualidade do solo, umidade, condições climáticas, relevo, proximidade de cursos d’água etc. Esses fatores determinavam a qualidade e a quantidade de produtos agrícolas cultivados.

Entretanto, com a criação e surgimento gradual de técnicas e ferramentas destinadas ao controle da produção, o ser humano conseguiu minimizar e, em alguns casos, eliminar os empecilhos naturais ao alcance da produtividade desejada.

Técnicas como a rotação de culturas, correção do solo e, principalmente, a irrigação e o controle de pragas permitiram ao ser humano maior autonomia para a produção de gêneros agrícolas.”

 

Tecnologias aplicadas à agricultura

Muitos avanços no estudo e na criação de novas técnicas e tecnologias aplicadas à agricultura permitiram um aumento na produtividade agrícola. As principais foram:

  • Tratores, plantadeiras e colheitadeiras substituíram a tração animal e máquinas a vapor. A mecanização do campo possibilitou o uso de máquinas em quase todas as fases do cultivo.
  • A utilização de produtos químicos para o controle de pragas, especialmente nos países desenvolvidos. Essas pragas podem variar de insetos a animais, como coelhos e camundongos, bem como ervas daninhas e organismos como bactérias, vírus e fungos causadores de doenças. Com o uso de produtos químicos, perdas de colheitas e os preços dos produtos caíram drasticamente.
  • Fertilização e reposição de nutrientes no solo. Os cientistas descobriram que os elementos essenciais para o crescimento das plantas são nitrogênio, fósforo e potássio. Atualmente, uma grande parte dos agricultores utiliza fertilizantes químicos com nitratos e fosfatos para aumentar expressivamente a produtividade das culturas.
  • A irrigação como forma de controle do nível de umidade nas lavouras. Com as técnicas de irrigação, os agricultores puderam controlar fatores até então determinantes para a produção agrícola, como a frequência e a quantidade de chuvas. As diversas modalidades de irrigação permitem – para quem tem acesso a elas – que um grande período de estiagem não represente mais a perda de uma cultura, como ocorria no passado.
  • Modificação genética de sementes e plantas. A biotecnologia aplicada à agricultura permite reorganizar genes e adicionar novos com a finalidade de garantir a resistência a doenças e pragas e aumentar a produtividade das culturas. Trata-se dos organismos geneticamente modificados – OGM ou transgênicos -, que são muito utilizados na agricultura comercial e comuns nos países desenvolvidos.”

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Sem dúvidas a agricultura é uma das atividades mais importantes para o homem, visto que ela é essencial para a subsistência das pessoas.

Em síntese, é a partir da agricultura que se produz alimentos e produtos primários utilizados pelas indústrias, comércio e pelo setor de serviços. Sendo assim, ela é a base para a manutenção da economia mundial.

Além disso, gera empregos para a população. Neste artigo abordamos tudo sobre o desenvolvimento da agricultura no brasil. Então, o que você achou do nosso artigo? Se você gostou, não deixe de compartilhá-lo nas suas redes sociais e ajude mais pessoas a se informar sobre esse assunto.

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Agricultura familiar: saiba sobre esse assunto!

Agricultura familiar: saiba sobre esse assunto!

O que você entende sobre agricultura familiar? Neste artigo você encontrará informações incríveis sobre esse assunto, como o conceito; sua importância, além de conhecer os grandes desafios enfrentados pelos agricultores.

Venha comigo!

 

Agricultura familiar: saiba sobre esse assunto!

 

A agricultura familiar está associada as formas de cultivo da terra e produção rural, onde a mão de obra é majoritariamente proveniente do núcleo familiar.

Uma das características da agricultura familiar é a produção a partir de pequenos agricultores. Com maior diversidade produtiva, onde normalmente a família tem o papel de proprietária, gestora e ainda é responsável por toda a logística de produção e comercialização.

De acordo com dados da ONU – Organizações das Nações Unidas, a agricultura familiar é responsável por 80% de toda a produção mundial de alimentos. A ONU também informou que são mais de 500 milhões de produtores rurais dedicados à agricultura familiar no mundo, o que representa mais de 90% de todas as propriedades agrícolas.

 

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Conceito de agricultura familiar

Essa prática consiste na produção de alimentos tradicionais e uma grande variedade de produtos situação que a difere da agricultura industrial. Hoje com milhões de hectares de plantações, o Brasil é o maior produtor de soja do mundo e um dos maiores quando levamos em consideração os grãos.

De acordo com a Lei nº 11.326 de julho de 2006, um agricultor familiar é caracterizado por realizar atividades rurais envolvendo economia e não deixando de possuir alguns requisitos, estes são:

  • Ter uma área de, no máximo, quatro módulos fiscais;
  • Usar a mão-de-obra da própria família na maior parte das atividades;
  • Ter um percentual mínimo de renda originada de suas próprias atividades;
  • Ter as atividades gerenciadas pela própria família.

Essa lei tem o fim de realizar o básico para que haja a mão de fortalecimento da agricultura familiar uma estrutura agrícola familiar e sustentável. Ditando etapas e processos para que seja mantido um bom funcionamento desse setor em constante crescimento.

 

Checklist agrícola

 

A importância da agricultura familiar

Essa prática tem grande relevância para a produção de alimentos. Tanto no que se refere à quantidade quanto no relativo à variedade e base para a sustentação das famílias brasileiras. De quebra, ainda tem importante papel na geração de empregos. Especialmente na zona rural, e na renda e estruturação familiar.

Quando a relacionamos ao censo agropecuário, a agricultura realizada pelas famílias é um grande fornecedor de matéria-prima. Por exemplo, de leite para laticínios, hortifrúti para supermercados e fábricas de sucos entre outros. Com isso muitas das vezes oferecendo produtos de qualidade igual ou melhores que os estabelecimentos agropecuários específicos.

O importante é entender que esse trabalho em menor escala atende a nichos mais específicos. Especialmente produtos fabricados e manufaturados na própria unidade rural.

Segundo a FAO, a família e o campo representam uma unidade que evolui de forma contínua e desempenha funções econômicas, ambientais, sociais e culturais na economia rural mais ampla e nas redes territoriais em que estão integradas.

 

Benefícios da agricultura familiar

Os dados citados até aqui já evidenciam os benefícios desse tipo de agricultura. No entanto segundo a secretaria de agricultura familiar, ainda podemos citar outras vantagens como:

 

Gera empregos e fonte de renda

Agricultura familiar é caracterizada por pequenas propriedades, dessa maneira, o número de beneficiados com os resultados financeiros também é um diferencial. O que possibilita a geração de renda familiar em regiões distantes de centros industrializados. Oferecendo alternativa, inclusive, para fixação do homem no campo.

Além disso, por ela não utilizar uma grande quantidade de maquinários e de químicos. A demanda de mão-de-obra no campo é maior, gerando mais empregos.

 

Faz uso sustentável dos recursos naturais

A agricultura familiar beneficia o campo ambiental, por adotar práticas ambientais mais sustentáveis em função da produção em pequena escala. O que permite a adoção de sistemas produtivos muito mais eficientes que se utilizam de menos energia fóssil e muito mais energia renovável.

Além disso, esse estilo de produção respeita a harmonia ambiental e as espécies, aproveita as sinergias naturais, utilizam modos de produção orgânica e agroecológica. Que conferem aos produtos da agricultura familiar diferencial competitivo na busca por qualidade e responsabilidade socioambiental.

 

Diminuição do êxodo rural

O êxodo rural, que se intensificou nas décadas de 1980 e 1990. Vem diminuindo devido à qualidade de vida no campo e a possibilidade de produzir com qualidade e em alta quantidade.

Essa característica contribui para a dieta básica da família brasileira. Além de terem empresas focadas em desenvolver soluções para agricultores pequenos, médios e grandes.

 

Obtenção de políticas públicas

A União, bem como os estados e municípios, oferece diferentes vantagens para quem atua com a agricultura familiar. Entre as possibilidades estão programas de crédito, seguros de produção, aquisição de terras, incentivo à comercialização e custeio de safras.

Uma das principais iniciativas é o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Ainda existe a Política Nacional de Assistência Técnica Rural (ATER), que forma agentes para prestar serviços e capacitar os agricultores.

 

Certificação dos produtos

As instituições privadas, muitas vezes, oferecem certificações e selos que comprovam a qualidade, a padronização e a origem dos produtos. Esse reconhecimento incentiva a venda e se torna um benefício comercial para os produtores.

 

Desafios da agricultura familiar

O cenário favorável, e que está em vias de melhorar, é um ponto positivo, mas ainda há muitos desafios a enfrentar. Alguns deles são;

 

Abrangência

Esses quesitos ainda precisam ser aperfeiçoados, já que são pequenos. Uma forma de alcançar esse objetivo é a capacitação dos produtores com o intuito de indicar como aumentar a produtividade e obter melhores resultados.

 

Cooperação entre agricultores

Esse aspecto é um trabalho feito, especialmente, pelas cooperativas. Por isso, elas devem focar as atividades mais a favor do agricultor, em vez de mirar o faturamento e a lucratividade.

 

Qualificação dos agricultores com a tecnologia

O conhecimento, o estudo e a familiaridade dos produtores com a tecnologia é indispensável. Essa é uma forma de aumentar a produtividade, desde que haja capacitação para trabalhar com as máquinas.

Isso também impacta a administração da propriedade. Já que existem muitos sistemas com essa finalidade e que facilitam todo o processo.

 

Sustentabilidade e agricultura familiar

Visto priorizar práticas tradicionais de cultivo e de baixo impacto ambiental, a agricultura familiar tem sido grande aliada da sustentabilidade e da responsabilidade socioambiental. A agricultura sustentável é um conceito usado para definir a relação entre as práticas da agricultura e as de sustentabilidade.

Dessa forma, a atividade econômica da agricultura permite respeitar o meio ambiente. Ao mesmo tempo, em que garante sua viabilidade financeira, obtendo maior equilíbrio entre ambas as partes.

Para que a agricultura sustentável seja uma realidade, é preciso adotar algumas práticas na terra para diminuir o impacto causado ao meio ambiente. E desenvolver soluções que possam ajudar nesse processo.

Dentre elas, está diminuir o uso de adubos químicos, fertilizantes e pesticidas nos alimentos, criar formas de reúso da água da chuva para alimentar o sistema de irrigação da fazenda, usar fontes de energia limpa, dentre outras.

 

Cenário da agricultura familiar no Brasil

A agricultura brasileira se destaca entre as maiores do mundo, ocupando a quinta posição no ranking dos maiores produtores de alimento. E ainda representa uma fonte de matéria-prima e de alimentos para inúmeros países.

A agricultura familiar é uma das diversas formas de se fazer agricultura e pode ser encontrada em extensas e importantes regiões do país. No Brasil, ela é vista como uma maneira social de produção autenticada pela sociedade, por suas colaborações materiais e imateriais.

 

Subsistência familiar

Plantar para o próprio desenvolvimento econômico é a principal característica da agricultura de subsistência. A agricultura de subsistência no Brasil é um importante instrumento para diminuição da miséria.

No entanto, a baixa produtividade dos mini-latifúndios abre debates acerca da necessidade de modernizar esse modelo de produção rural com fins comerciais. Passando para o plantio de alta produtividade.

Apesar dos benefícios deste modelo agrícola, ainda existem algumas dificuldades. Não é sempre que os pequenos produtores. Por exemplo, têm condições de mecanizar o cultivo. Além disso, a baixa renda, o pouco ou quase nenhum crédito e, muitas vezes, o baixíssimo índice de educação são alguns dos impeditivos.

Por outro lado, é por meio desse modelo econômico que milhares de famílias sobrevivem em todas as regiões do país. Com uma ênfase especial para o norte e o nordeste. Além disso, não só no Brasil, mas em todo o globo, a agricultura de subsistência exerce grande importância na economia familiar.

 

Cultivo para a venda

Ao contrário da ideia simplista que associa a agricultura familiar à produção de subsistência. Hoje ela é responsável por 80% de toda a produção mundial de alimentos. De acordo com os dados da Organização das Nações Unidas (ONU).

Ela também informa que há cerca de 500 milhões de produtores rurais aplicados a esse modelo no mundo, ocupando 90% de todas as propriedades agrícolas do globo.

Os dados referentes à agricultura familiar no Brasil só reforçam a importância de o sistema ser reconhecido no âmbito global.

Com mais de 4 milhões de estabelecimentos familiares em território nacional, ela responde, hoje, por 38% do Produto Interno Bruto Agropecuário do País. O equivalente a um montante de 54 bilhões de reais é o que aponta o Embrapa.

A importância da agricultura familiar no contexto da produção rural do país não é menor.

Ela responde pelo emprego de mais de 4 milhões de trabalhadores rurais. O que corresponde a 74% da mão de obra empregada no campo. E é a principal fonte de alimentos do país segundo dados divulgados pelo Governo Federal.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Portando a agricultura familiar está vinculada ao cenário do produtor rural ter a oportunidade de expandir a produtividade, aproximação aos canais de comercialização e a financiamentos que auxiliem na permissão de investimentos na propriedade.

Assim, ter uma agricultura familiar forte é sinal de comida na mesa, geração de emprego e renda, paz no campo e bom funcionamento da economia.

O Brasil tem bons exemplos disso para mostrar, pois temos inciativas que fortalecem o campo com a mão de obra familiar. O que beneficia tanto a família quanto o mercado.

Escrito por Michelly Moraes.

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Agricultores familiares são essenciais para subsistência global, diz ONU

Agricultores familiares são essenciais para subsistência global, diz ONU

Em um mundo onde um terço da comida produzida é perdido ou desperdiçado e um terço da terra é usado para a produção pecuária, os agricultores familiares são atores socioeconômicos vitais para apoiar melhores meios de subsistência, criação de empregos, coesão comunitária e desenvolvimento rural.

A declaração foi feita pela presidente da Assembleia Geral da ONU, Maria Fernanda Espinosa, durante evento em Roma com mais de 300 participantes, reunidos em um diálogo internacional organizado por Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA) para discutir desafios e oportunidades para a agricultura familiar.

“Os agricultores familiares, que estão na linha de frente dos esforços globais para combater a desnutrição e outras formas de má nutrição e promover uma alimentação saudável, precisam de um apoio mais forte frente ao crescimento da fome e da obesidade em todo o mundo”, disse Maria Fernanda.

Ela observou que os agricultores familiares dão uma contribuição essencial para a salvaguarda da agrobiodiversidade e do conhecimento tradicional, em um contexto em que quase 1 milhão de espécies de plantas e animais estão sob risco de extinção.

Segundo Maria Fernanda, há um enorme desafio à frente, tanto em termos de desigualdade social quanto ao tema da qualidade de alimentos em todo o mundo, uma vez que ocorre um aumento simultâneo das taxas de fome e de obesidade.

“De pastores a povos indígenas, moradores da floresta a agricultores familiares, todos dão uma contribuição crucial para a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”, disse ela.

Década das Nações Unidas sobre Agricultura Familiar

A reunião em Roma aconteceu antes do lançamento da Década das Nações Unidas para Agricultura Familiar (UNDFF, 2019-2028) e de um Plano de Ação Global para aumentar o apoio aos agricultores familiares.

Tanto a FAO como o FIDA lideram atividades para a implementação da Década da Agricultura Familiar, declarada pelas Nações Unidas no final de 2017, que visa criar um ambiente propício para fortalecer a posição da agricultura familiar e maximizar as contribuições dos agricultores familiares para a segurança alimentar e nutrição do mundo.

“A Década da Agricultura Familiar das Nações Unidas é uma oportunidade para aumentar a conscientização pública sobre o papel que os agricultores familiares — muitos dos quais são mulheres e jovens — desempenham em nossa sociedade e em nossas economias”, lembrou ela. “É uma oportunidade para capturar e compartilhar seus conhecimentos e promover maior cooperação entre agricultores familiares de diferentes comunidades e países.”

A Década é também uma oportunidade para que os governos adotem políticas de apoio à agricultura familiar sustentável e diversificada e avancem em direção a um novo paradigma para sistemas alimentares e desenvolvimento rural, onde o foco não seja “apenas a produção, mas as questões socioeconômicas e a sustentabilidade ambiental em conjunto”.

Os agricultores familiares produzem 80% dos alimentos do mundo e são importantes impulsionadores do desenvolvimento sustentável.

A presidente da Assembleia Geral da ONU disse que a Década é também uma oportunidade para fortalecer as organizações de agricultura familiar e proteger e promover seus direitos. “A Declaração sobre os direitos dos camponeses e outras pessoas que trabalham nas áreas rurais adotada pela Assembleia Geral da ONU em dezembro passado representa um importante passo à frente. Devemos usar esta Década para progredir na sua implementação.”

Durante o mesmo evento, o diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva, ressaltou que desde a adoção da estratégia da FAO para parcerias com organizações da sociedade civil, em 2013, a agência abriu suas portas para que os agricultores familiares tragam sua experiência, conhecimento e capacidade técnica.

“Uma das primeiras iniciativas foi a implementação do Ano Internacional da Agricultura Familiar, que foi muito importante para aumentar a conscientização global sobre a importância deles, mas também para que eles sejam reconhecidos como agricultores familiares”, disse ele, observando que a agricultura familiar é tema central da FAO.

 

Fonte: CicloVivo