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Fertilizantes para plantas: sua contribuição na agricultura!

Fertilizantes para plantas: sua contribuição na agricultura!

Neste artigo vamos abordar a contribuição dos fertilizante para plantas na agricultura e seus benefícios, além de mostrar os diferentes tipos de fertilizantes. Venha conhecer a fundo sobre esse assunto, não fique de fora.

Acompanhe!

 

Fertilizantes para plantas: sua contribuição na agricultura!

 

Agricultura é uma atividade essencial para a produção de alimentos no mundo. Diante desse cenário, o Brasil busca se posicionar de forma estratégica, otimizando a exploração das terras e fazendo uso de tecnologias cada vez mais desenvolvidas para garantir o aumento da produtividade nas lavouras.

É aí que entra a necessidade do fertilizante na agricultura. Os fertilizantes estão inseridos como insumos essenciais utilizados no processo produtivo, pois verifica-se que o aumento na produtividade está diretamente relacionado ao desenvolvimento das plantas.

 

O que são fertilizantes?

Por definição fertilizante é um produto mineral ou orgânico, natural ou sintético fornecedor de um ou mais nutrientes para as plantas.

O uso de fertilizantes é essencial para a melhoria e manutenção da fertilidade do solo, podendo levar ao aumento expressivo da produtividade das culturas, qualidade de alimentos e para sustentabilidade econômica e ambiental.

São compostos químicos utilizados na agricultura convencional para aumentar a quantidade de nutrientes do solo e, consequentemente, conseguir um ganho de produtividade.

Sendo substâncias minerais ou orgânicas, naturais ou sintéticas, fornecedoras de um ou mais nutrientes vegetais responsáveis pelo bom crescimento e desenvolvimento das plantas.

 

 

Macro e micronutrientes: a base de todos os fertilizantes

Para um desenvolvimento mais vigoroso e saudável, as plantas necessitam de diversos elementos químicos que são absorvidos de acordo com a demanda exigida em cada etapa do desenvolvimento vegetal. Eles são divididos em macro e micronutrientes;

 

Elementos Químicos

Macro e micronutrientes

(Fonte: Agropós, 2020)

 

Onde os macronutrientes fazem parte das moléculas essenciais para a vida da planta, possuem função estrutural e são necessários em grandes quantidades no metabolismo do vegetal, já os micronutrientes em menores quantidades, têm função reguladora e fazem parte das enzimas.

Esses elementos são absorvidos em quantidades diferentes, dependendo da necessidade da planta e de quanto o solo pode ofertar.

Dessa forma, quando estes nutrientes não estão em quantidade suficiente no solo, utiliza-se algum tipo de fertilizante que irá suprir a necessidade.

 

4 Tipos de fertilizante para plantas

A agricultura tem a sua disposição uma variedade bem grande de fertilizantes para plantas, cada um com suas especificidades e características próprias. Mas, todo fertilizante pode ser dividido em alguns grupos. Veja os principais grupos a seguir:

 

1 – Fertilizante mineral

Este grupo, também conhecido como inorgânicos ou sintéticos, são os mais comuns e são caracterizados por serem preparados de forma sintética pelos processos industriais, sendo posteriormente aplicados no solo ou nos próprios tecidos da planta.

O fertilizante mineral é dividido em:

  • Simples: produto formado por um composto químico, contendo um ou mais nutrientes de plantas;
  • Misto: produto resultante da mistura física de dois ou mais fertilizantes minerais;
  • Complexo: formado por dois ou mais compostos químicos, resultante da reação química de seus componentes, contendo dois ou mais nutrientes de plantas.

 

2 – Fertilizante orgânico

Podem ser provenientes de diversos materiais orgânicos. Os mais comuns são os estercos e dejetos de animais, resíduos de culturas, pós-colheita e adubo verde.

Além destas, lodo de esgoto, compostos de lixo urbano e resíduos agroindustriais podem ser utilizados, desde que sigam leis sanitárias e de preservação ambiental, visando a preservação da qualidade do solo e mananciais hídricos, podem ser como fertilizantes orgânicos.

Os fertilizantes orgânicos são divididos em:

  • Simples: produto natural de origem vegetal ou animal, contendo um ou mais nutriente de plantas, exemplo: adubação verde;
  • Misto: produto de natureza orgânica, resultante da mistura de dois ou mais fertilizantes orgânicos simples, contendo um ou mais nutriente de plantas;
  • Composto: produto obtido por processo físico, químico, físico-químico ou bioquímico, natural ou controlado, a partir de matéria-prima de origem industrial, urbana ou rural, vegetal ou animal, isoladas ou misturadas, podendo ser enriquecido de nutrientes minerais, princípio ativo ou agente capaz de melhorar suas características físicas, químicas ou biológicas.

 

3 – Fertilizante organomineral

São aqueles constituídos por material orgânico enriquecidos com minerais, que são nutrientes em sua forma inorgânica para serem absorvidos de forma rápida.

Essa combinação visa, simultaneamente, o melhoramento do solo e de suas propriedades físicas, e o fornecimento de matéria-prima bruta para que a planta possa crescer de forma saudável e rápida.

Esse tipo de fertilizante age como um excelente corretivo, equilibrando o pH do solo e mantendo sua porosidade de forma ideal.

 A matéria orgânica inteiriça funciona ainda como um quelante, absorvendo micronutrientes para que eles possam ser aproveitados aos poucos.

 

4 – Biofertilizantes

São produzidos a partir da fermentação anaeróbica de compostos como esterco e vegetais. São amplamente utilizados na agricultura como adubo orgânico foliar, além de serem importantes defensivos naturais.

Por possuírem uma consistência líquida, os biofertilizantes costumam ser pulverizados diretamente nos tecidos da planta, principalmente nas folhas.

 

Como fazer fertilizante para plantas caseiro?

Os fertilizantes naturais ou orgânicos são compostos obtidos de restos vegetais ou animais, tais como os lixos biodegradáveis que geramos nas nossas casas. Reaproveitando estes resíduos, podemos beneficiar as plantas e o jardim e ainda poupar dinheiro.

A obtenção de fertilizantes orgânicos para a utilização nas plantas do nosso jardim pode ser realizada com facilidade a partir de matéria biodegradável, tal como as cascas de fruta e legumes, casca de ovos, entre outras.

  • Borras de café: Após deixar secar, aplicar em volta do tronco de plantas amantes de solo ácido, tais como as Azáleas, Rosas, Begonias, Cyclamen, Gardenia, Impatiens, Hortênsias, entre outras. Não aplicar constantemente para não acidificar demasiado o solo.
  • Cascas de ovo: Depois de secas ao ar, triture para formar um pó e espalhe pelo seu jardim para aumentar o pH do solo, adicionar cálcio e magnésio e melhorar a infiltração de água no solo.
  • Cinzas da madeira: Espalhe as cinzas no solo e revolva para inseri-las no solo. Não coloque se o seu solo é alcalino. Fornece potássio e carbonato de cálcio às plantas.
  • Fezes de animais: Utilize as provenientes de vacas, cavalos e galinhas. Fornece nitrogénio ao solo e plantas. Para conservar e utilizar, misture com o solo para não perder as propriedades e nutrientes.
  • Aparas de relva: Fornece nitrogénio ao solo. Não utilize se estiverem molhadas ou muito verdes, porque tornam o solo ácido pela adição de amónia.
  • Vinagre: Adicione 4 litros de água a 1 colher de sopa de vinagre e regue as suas plantas de 3 em 3 meses para melhorar a acidez do solo. O ácido acético do vinagre irá alegrar as suas plantas amantes de acidez.

 

Quanto ao uso e aplicação

Existem diferentes técnicas que podem ser escolhidas pelo produtor, dependendo do maquinário disponível, do tipo de fertilizante a ser utilizado e do momento em que será feita a adubação.

 

Semeadura

O fertilizante aplicado na semeadura, como o nome sugere, é aplicado em conjunto com a operação de plantio, sendo depositado no solo pouco abaixo das sementes.

Nessa técnica, você tem a vantagem de que, quando a semente é aplicada no solo, ele já tem disponível os nutrientes necessários, o que permite um desenvolvimento mais rápido na fase inicial.

 

Adubação a lanço

É possível parcelar as doses de fertilizantes para plantas que são aplicadas na cultura ao longo do seu ciclo de vida. Isso pode ser realizado antes da germinação das sementes ou em cobertura, que é quando a planta já está em estágios mais avançados de desenvolvimento.

Nessa técnica, o fertilizante é depositado em discos giratórios com pás, que espalham o produto na lavoura em uma faixa predeterminada.

 

Nutrição Mineral de Plantas: Macronutrientes.

 

Aplicação pneumática

Nessa técnica o fertilizante é conduzido para as linhas individuais de plantio, por meio de tubulações e assistência de ar.

Utilizado para culturas que apresentam espaçamento entre linhas de plantio mais elevado (como a cana-de-açúcar), nas quais a aplicação na linha se torna mais eficiente e sem desperdício para as áreas em que as raízes não alcançariam o fertilizante absorvido pelo solo.

 

Irrigação

Aplicação por irrigação: essa técnica também é conhecida como fertirrigação. Consiste em aplicar os fertilizantes de forma líquida, por meio de pivôs centrais ou por mangueiras de gotejamento.

 

Pulverização

Ainda pouco difundida no Brasil. Aqui, você faz uma diluição do fertilizante em água e aplica sobre a lavoura por meio do pulverizador, como se fosse uma cauda calda de defensivo químico. A absorção desse tipo de adubo se dá por meio das folhas.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Assim os fertilizantes para plantas, sejam minerais ou orgânicos, são compostos que desempenham função primordial no desenvolvimento, fornecendo ao solo os nutrientes que elas necessitam para germinar e produzir folhas, sementes e frutos.

Portanto, o uso consciente e o emprego de técnicas agrícolas adequadas são a chave para o aumento da produtividade agrícola e, consequentemente, a redução do custo dos alimentos.

Se você gostou desse conteúdo e te ajudou e esclareceu suas dúvidas. Comente e compartilhe em suas redes sociais!

 

Micronutrientes para plantas: quais suas funções!

Micronutrientes para plantas: quais suas funções!

É nos detalhes que se faz a diferença. E isso não é diferente com a nutrição de plantas quando falamos de micronutrientes buscando a melhor saúde para as plantas.

 

Micronutrientes para plantas: quais suas funções!

 

Você sabia que além das famosas formulações de NPK comumente usadas nos cultivos existem muito mais nutrientes que são importantes para as plantas?

Sim pois é, muito desses outros nutrientes acabam sendo esquecidos ou deixados de lado por estarem em outros manejos do solo.

Como é o caso do cálcio e magnésio que são aplicados junto a operações de calagem ou o enxofre com a gessagem.

Alguns outros não são percebidos de pendendo das necessidades da cultura e dos altos teores no solo. Mas sem sombra de dúvidas todos serão lembrados quando estiverem deficientes.

E um grupo de nutrientes que é campeão nesse tipo de situação são os micronutrientes. Assim para não cair no mesmo esquecimento entenda o conceito e qual a importância de cada um deles.

 

 

O que são micronutrientes?

No estudo da nutrição de plantas, micronutrientes é uma das classificações dos elementos minerais essências presentes no solo. E são requeridos pelas plantas em menores quantidades.

Esses elementos minerais essências são os conhecidos nutrientes. Sem os quais a planta é incapaz de completar seu ciclo de vida.

São exemplos de micronutrientes os elementos boro (B), cloro (Cl), cobre (Cu), ferro (Fe), manganês (Mn), molibdênio (Mo), níquel (Ni) e zinco (Zn).

Oposto a essa classificação, como você já deve imaginar. Temos os macronutrientes chamados assim por serem requeridos pelas plantas em maiores quantidades.

Esses nutrientes são famosos por formulações de adubo NPK que basicamente apresenta em sua formulação o nitrogênio, fósforo, potássio. E também são exemplos de macronutrientes o cálcio, magnésio e enxofre.

Independente de classificação qualquer um desses nutrientes pode merecer a sua atenção. Dependo da cultura em questão, da situação nutricional do solo e da planta.

Sendo que cada planta vai necessitar de um balanço nutricional distinto e cada solo uma situação nutricional. Que pode ser aferida através de uma análise de solo.

Dito isso, nesse artigo vamos dar uma atenção especial ao micronutrientes os quais podem acabar sendo esquecidos na hora de montar um plano de adubação ou confundidos com outras deficiências.

Confira a seguir um pouco mais sobre cada um dos micronutrientes necessários as plantas.

 

Nutrição Mineral de Plantas: Macronutrientes.

 

Quais são os micronutrientes?

 

Boro

O boro (B) é um micronutriente de função estrutural na planta. Por interligar moléculas de polissacarídeos como a pectina da parede celular.

Relacionado também com a síntese de bases nitrogenadas (Ex. uracila) e na germinação do tubo polínico.

Em situações típicas de deficiência tem como sintomas folhas pouco desenvolvidas com cloroses irregulares deformadas. Deixando as folhas geralmente mais grossas e quebradiças.

Tendo por efeito a morte do meristema apical do caule e da raiz. Aparecimento de rachaduras no caule (tomateiro e eucalipto) e raízes com aspecto escurecido e com as pontas grossas.

Pode não ocorre florescimento e caso ocorra, em condição deficiente. Frutos acabam se desenvolvendo com aspecto deformado e com lesões internas e externas.

Assim como alguns outros micronutrientes o boro apresenta uma absorção rápida quando aplicado via foliar.

Sendo manejo com adubos líquidos uma ótima alternativa para correções pontuais de desnutrição. Tomando cuidado com aplicações excessivas por acarretar em níveis tóxicos para as plantas.

 

Cloro

O cloro (Cl) é um micronutriente que desempenha a função de cofator enzimático, em outras palavra. Ele vai auxiliar no funcionamento da enzima que catalisa a fotólise da água no fotossistema II. Resultando na liberação de oxigênio.

Também age na ativação enzimática (ATPase) importantes na abertura e no fechamento dos estômatos sendo o íon contrário do potássio nesse processo.

Os sintomas visíveis típicos causados pela falta desse micronutriente vão ser diminuição no tamanho da folha. Com aspecto clorótico a bronzeado e posterior necrose.

Podendo estar também relacionado a interrupção da frutificação e com raízes curtas não ramificadas.

Sua absorção via foliar apresenta eficiência relativa e pode acabar competindo com íons de nitrato e sulfato. Sendo sua toxidade relativa à cultura em questão.

 

Cobre

O cobre (Cu) é um micronutriente que desempenha função constituinte, de ativador e catalisador de proteínas ligadas a processos de fotossíntese, lignificação e de redutase do nitrito.

Como sintoma geral da falta de cobre tem se as folhas com suas pontas cloróticas seguidas de necrose.

Em culturas cítricas, deficientes desse micronutriente. As folhas apresentam inicialmente coloração verde escura e posteriormente clorótica.

Assim como, rachaduras nos caules com exsudação de goma podem ser caracterizados como sintomas típicos de deficiência de cobre.

Como também folhas encurvas com as nervuras salientes em culturas como a do cafeeiro, e falta de perfilhamento da cana-de-açúcar.

Em algumas culturas a deficiência do micronutriente cobre pode ser rara devido a manejos que utilizam caldas cúpricas (calda bordalesa) para o controle de doenças fúngicas.

Contudo a deficiência desse micronutriente pode acarretar em perdas mais significativa no processo de formação da semente e do fruto do que em etapas vegetativas.

Sendo importante relembrar que o cobre sofre um processo de inibição quanto há elevada concentração de zinco e vice-versa.

 

Ferro

Já o ferro (Fe) é um micronutriente que constitui enzimas chaves como a ferridoxina, nitrogenase, redutase do nitrito e redutase do nitrato

Além disso, o ferro tem atuação no processo de respiração das plantas com o transporte de elétrons relacionado as mitocôndrias.

Contudo 75% do ferro da folha encontrasse nos cloroplastos ao contribuir também com o processo da fotossíntese.

Sendo os sintomas visuais típicos de sua deficiência a clorose nas folhas novas seguido de branqueamento e diminuição no crescimento e na frutificação.

Sua eficiência via aplicação foliar é considera relativamente baixa. Sendo as formas de sulfato de ferro hidratado e ferro quelatizado preferíveis pra esse tipo de manejo com esse micronutriente.

 

Manganês

Similar ao cobre o manganês (Mn) tem papel estrutural, ativador enzimático, atuação na fotossíntese com a fotólise da água e como catalizador da redutase do nitrito.

Esse micronutriente também pode estar relacionado com a proteção a patógenos na otimização da síntese de lignina servindo de barreira física no momento da infecção de um fungo.

Também está relacionado com síntese de fenóis solúveis de potencial microbiano e na presença desse micronutriente pode haver a inibição de enzimas importantes aos patógenos em geral.

São sintomas visuais típicos a clorose internerval nas folhas novas, seguido de branqueamento em manchas pequenas e necróticas e apresentando deformações.

 

Molibdênio

O molibdênio (Mo) constitui o centro ativo da redutase do nitrato, assim imagine a importância desse micronutriente no metabolismo do nitrogênio para a planta especialmente as que produzem nódulos de fixação.

Dessa forma, a deficiência desse micronutriente vai causar o excesso de nitrato, forma a qual o nitrogênio não pode ser incorporado.

Participa também do complexo da nitrogenase, na síntese do ácido ascórbico e na síntese de açucares.

Clorose malhada generalizada na planta, murcha das margens e encurvamento da folha para cima ou para baixo e floração suprimida são características de sintomas típicos de deficiência.

Em leguminosas os sintomas podem ser similares a da falta de nitrogênio, enquanto nas brássicas as folhas apresentam somente a nervura principal sem o desenvolvimento do limbo foliar.

 

Níquel

O níquel é um constituinte da urease a enzima que atua na quebra da ureia, como também é exigido pela hidrogenase do processo de fixação biológica de nitrogênio

Plantas as quais apresentarem deficiência por níquel terão necrose característica nas pontas das folhas novas assim como um baixo aproveitamento do nitrogênio proveniente da ureia.

A aplicação foliar desse micronutriente em diversas culturas otimiza o aproveitamento da ureia, mas em culturas como a mangueira além disso tem atuação hormonal inibindo a produção de etileno causando diminuição no número de flores mal formadas.

 

Zinco

E por fim o zinco (Zn) um micronutriente constituinte de enzimas importantíssimas como a RNA polimerase o que vai interferir nos processos de síntese proteica.

Assim como desempenha papel de ativador de enzimático e atuação na síntese do triptofano que é percursor da auxina, um hormônio vegetal.

Esse micronutriente também auxilia na proteção contra patógenos. Pois ajuda a manter a integridade da membrana e no controle da permeabilidade celular.

Seus sintomas são a diminuição no comprimento dos internódios, folhas novas menores, estreitas e lanceoladas e diminuição da produção de sementes.

Assim como os demais micronutrientes antes de se aplicar o zinco deve se atentar para as interações com outros.

Sendo o zinco um exemplo bem didático desse fenômeno. Onde micronutrientes como o cobre e ferro inibem sua absorção ao passo que o boro pode estimular a absorção de zinco.

 

Quais são os dois tipos de micronutrientes?

Agora que você já sabe um pouco mais sobre a importância de cada um dos micronutrientes. Vale se ressaltar uma classificação que pode ser adotado tanto para os macros quanto para os micronutrientes.

Essa classificação em dois tipos leva em conta a carga que apresenta o íon de um micronutriente. Ou seja, se essa carga é negativa (aniônico) ou positiva (catiônico). Essa diferença vai influenciar em processo de interação no solo e de absorção da planta.

Confira a seguir onde se enquadra cada um dos micronutrientes:

Aniônicos: Boro, Cloro e Molibdênio.

Catiônicos: Cobre, Ferro, Manganês, Níquel e Zinco.

 

Plataforma Agropós

 

Qual a importância desses micronutrientes para o nosso organismo?

Acredito que nesse momento não restam dúvidas de como tais minerais mesmo que exigido em poucas quantidades são importantíssimos para as plantas.

Mas e para nós humanos e outros animais que irão consumir essas plantas é importante também?

A resposta é sim. O ferro por exemplo está presente nas proteínas de hemoglobina das hemácias do nosso sangue.

Mas o ponto importante aqui é de que sem plantas saudável, não há organismos saudáveis. E para uma planta saudável é necessário um solo saudável até nos mínimos detalhes.

 

Conclusão

Espero que a leitura desse artigo tenha ajudado a você compreender um pouco mais da importância que tem os micronutrientes para o desenvolvimento das plantas.

Além de relembrar suas funções individual e até mesmo junta e de como isso está relacionado em importantes processos para as plantas.

Para ler mais artigos como esse e de outros assuntos de seu interesse continue navegando em nosso blog.

Escrito por João Verzutti.

Nutrição de plantas: quais processos ocorrem?

Nutrição de plantas: quais processos ocorrem?

Entenda o que é a nutrição de plantas. Quais processos ocorrem e como interage cada macro e micronutriente para que uma planta esteja bem nutrida.

 

Nutrição de plantas: quais processos ocorrem?

 

Alguma vez você já se perguntou como a planta consegue adquirir todos nutrientes de que ela vai precisar ao longo de seu ciclo de vida? Ou quais elementos podem ser considerados como sendo nutriente as plantas?

Assim como estar numa situação de campo e não se recorda de sintomas característicos para a realizar adequada da diagnose visual.

São questões como essa que você será capaz de responder. E relembrar após ler esse artigo sobre como funciona a nutrição de plantas.

 

O que é nutrição de plantas?

Nutrição de planta trata se da área do conhecimento que estuda a relação entres elementos químicos presentes no solo e o desenvolvimento, ou não, da planta. Assim como estuda os demais processos fisiológicos relacionados a nutrição de plantas. Como a absorção (via raiz ou folha), transporte e redistribuição.

Uma planta estar bem nutrida é um fator fundamental para que a mesma possa expressar todo seu potencial genético.

Isso vai refletir em uma planta saudável, produtiva e que apresentara um produto final de maior qualidade nutricional.

Assim, conhecer ou relembrar alguns conceitos. Relações e processos da nutrição de plantas é algo indispensável para quem quer saber como estão as plantas da sua lavoura.

 

 

O que são nutrientes para as plantas?

Uma planta pode ser composta de 80 a 90% de água podendo assim ter uma matéria seca entre 10 a 20%.

Desse total de matéria seca 45% é composto carbono. 45% oxigênio, 6% hidrogênio e 4% de minerais.

Assim, entende se como nutriente de planta os elementos minerais classificados como essenciais. Que sem esses a planta será incapaz de completar seu ciclo de vida.

Por sua vez os nutrientes de planta são comumente divididos em dois grupos os macronutrientes e os micronutrientes.

São tidos como macronutrientes os elementos requeridos pela planta em maiores quantidades. Como o nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e enxofre.

Já os micronutrientes são os elementos requeridos pela planta em menores quantidades. Como o boro, cloro, cobre, ferro, manganês, molibdênio, zinco e níquel.

Outro grupo de elementos minerais são os classificados como úteis que diferente dos essenciais a planta consegue completar seu ciclo sem. Mas quando presentes podem atribuir a planta benefícios em seu crescimento ou resistência a condições adversas do meio.

E por fim temos o grupo dos elementos que serão tóxicos a plantas como é o caso do chumbo e do alumínio.

Vale ressaltar que alguns elementos tidos como essências ou úteis em dadas situações tornam-se tóxicos à planta.

 

Nutrição Mineral de Plantas: Macronutrientes.

 

Como é feita a nutrição das plantas?

Para responder essa pergunta vamos abordar inicialmente os processos que vão ocorrer para que uma planta possa se nutrir de um dado elemento presente no solo.

Para que um nutriente seja utilizado pela planta é necessário que a mesma realize os processos de absorção. Podendo assim ser transportados e redistribuídos.

A absorção, seja via raiz ou folha, refere-se à entrada de um elemento na forma iônica ou molecular, no espaço intercelular.

Já o transporte consiste na transferência do elemento em qualquer forma de um órgão ou região de absorção para outra qualquer.

E por fim a redistribuição que se é a transferência do elemento de um órgão ou região de acúmulo. Para outro ou outra em forma igual ou diferente da absorvida.

Sendo a demanda nutricional de uma planta ser avaliada e monitorada através de dois processos o de extração e exportação.

Onde a extração é quantidade de nutrientes necessários para que toda a planta possa produzir. Já a exportação vai consistir nas quantidades retidas pela colheita.

Vale lembrar que cada tipo de planta irá apresentar um tipo de composição. O que implica por consequência em demandas diferentes de quantidade e de momento.

Assim na busca de compreender melhor esses processos com cada um dos nutrientes estudos foram realizados. Ao longo dos anos, sob uma ótica de se observar os sintomas e efeitos causa na ausência de um dado nutriente.

 

Macronutrientes

 

Nitrogênio

O nitrogênio (N) é o elemento mais abundante da composição da atmosfera terrestre em torno de 78%.

Contudo para que o nitrogênio na forma de gás possa ser aproveitado por uma planta é necessário que o nitrogênio passe por um processo de fixação seja de maneira atmosférica, industrial ou biológica.

O nitrogênio é um elemento que desempenha um papel chave no que se trata de nutrição de planta. Pois por sua vez o nitrogênio é constituinte de uma série de moléculas vitais a planta.

A exemplos de moléculas que são constituídas por nitrogênio temos os aminoácidos, monômeros constituintes de proteínas, as bases nitrogenadas, que constituem o DNA e o RNA. Assim como os pigmentos como por exemplo a clorofila.

Assim quando imaginamos uma planta que esteja em condições de deficiência de nitrogênio. Logo podemos pensar em uma planta com sintomas de folhas mais velhas amareladas. Menor tamanho de folha e senescência precoce.

Tendo como efeito a redução no teor de clorofila. O crescimento da parte área reduzido com aumento no comprimento das raízes todos esses fatores refletindo na redução da produtividade.

Quando em excesso causa o aumento da fase vegetativa da planta. O atraso no florescimento e pode haver a redução na frutificação.

 

Fósforo

O fósforo (P) é outro nutriente importante para a nutrição de planta. Uma vez que, também participa de uma série de processos metabólicos.

Sendo que situações em que sua deficiência pode ser comum. Dado ao fato, de solos apresentarem teores muito baixo e da sua adubação apresentar baixa eficiência.

Na composição da planta o fosforo está presente em moléculas como a adenosina trifosfato (ATP), os fosfolipídios que constituem membranas e os demais ácidos nucleicos.

Os sintomas de deficiência são diagnosticados quando nas folhas mais velhas apresentar a coloração verde azulada com tons arroxeados ou amareladas e menor área foliar.

Como efeito da má nutrição da planta por fósforo as gemas laterais ficam dormentes. Ocorre a redução no número de frutos e sementes.

Assim como resultando no atraso no florescimento. Na maturação de grãos desuniforme onde somados acarretam a redução na produtividade da planta.

Em especial para gramíneas na ausência de fósforo há uma redução no perfilhamento.

O fósforo na forma de fitato necessário nas reservas iniciais de sementes para a formação inicial do sistema radicular. Sendo assim determinante para o crescimento e no poder germinativo das sementes.

Já na forma de fosfito, não servem como fonte de nutrientes, porem são utilizados com a finalidade de induzir resistência a doenças.

 

Potássio

O potássio (K) em muitas das plantas é o segundo nutriente mais exigido. Em especial nas espécies que produzem amido, açúcar e fibra.

A necessidade de potássio para a nutrição da planta não está ligada com aspectos estruturais como visto para o N e P.

Em vez disso o potássio desempenha funções ligadas a regulação osmótica das células. Responsáveis pelo fechamento dos estômatos e na ativação de uma série de enzimas relacionadas a síntese do amido, de proteína e energia.

Sintomas da deficiência de potássio são característicos por apresentarem clorose. Com posterior necrose das margens e pontas das folhas, inicialmente, nas mais velhas.

Assim a deficiência de potássio tem como efeitos em plantas a redução no crescimento, na taxa fotossintética, na menor resistência a geadas, secas e doenças.

Uma planta de citrus sem uma nutrição adequada dos níveis de potássio apresentam uma redução no tamanho dos frutos.

 

Cálcio

O cálcio (Ca) sendo um macronutriente de caráter relativamente secundário. E que muitas das vezes é adicionado ao solo pelo manejo de calagem e gessagem.

Mesmo assim para algumas espécies como citrus e eucalipto a absorção de cálcio pode alcançar maiores níveis em relação a absorção de N e K.

A deficiência de cálcio no campo é frequente para algumas culturas. Como: tomate, maçã, amendoim, citros e banana. Sendo essas culturas mais exigente de cálcio.

Assim como ser mais exigido na nutrição de plantas dicotiledôneas do que por plantas monocotiledôneas.

Mas independente a qual grupo pertença o cálcio é utilizado pela planta na forma o pectato de cálcio que irá compor a lamela média que é responsável pela rigidez da parede celular e integridade das membranas.

O cálcio pode atuar também como mensageiro secundário, na ativação de enzimas, no controle do volume e da divisão celular.

Sendo as plantas com deficiência nutricional de cálcio presentes de sintomas típicos como o amarelecimento de regiões limitadas a margem das folhas novas e o crescimento desuniforme das folhas.

Assim como o murchamento e morte do meristema apical, gemas laterais dormentes e a deformação de tubérculos podem ser vistos também como sintomas de deficiência.

Isso tem como efeitos às plantas a redução e morte do sistema radicular, frutos pequenos ou anormais e até mesmo uma menor nodulação em leguminosas.

 

Magnésio

O magnésio (Mg) assim como o Ca é um macronutriente de caráter secundário e adicionado ao solo pelo manejo da calagem.

Do total de magnésio presente na folha, 15 a 20%, está ligado a molécula de clorofila como também atua na ativação enzimáticas e garante a estabilidade na síntese proteica.

Sendo para esse nutriente os sintomas caraterísticos de sua deficiência uma clorose internerval. As vezes seguida de necrose nas folhas velhas.

 

Enxofre

Em culturas como rabanete, cebola, pimenta, algodão, feijão, soja entre outras as exigências de enxofre (S) são maiores que as de P. Sendo esse nutriente relacionado com características qualitativas dos alimentos de odor e sabor.

Sendo o enxofre presentes na estrutura de aminoácidos como a metionina, cisteína, cistina. Podendo assim dar origem a proteínas, coenzimas, vitaminas e outros produtos ligados ao metabolismo secundário.

Sintomas característicos a deficiência de enxofre consiste em clorose. Em folhas novas com coloração adicional em algumas plantas, folhas pequenas e o enrolamento das margens.

Tendo como efeitos o desenvolvimento de internódios curtos. A redução do florescimento e menor nodulação em leguminosas.

 

Micronutrientes

 

Boro

Utilizado estruturalmente interligando moléculas de polissacarídeos como a pectina da parede celular. Relacionado a síntese de bases nitrogenadas como a uracila e a germinação do tubo polínico.

São sintomas típicos da deficiência as folhas ficarem pequenas com cloroses irregulares deformadas. Geralmente mais grossas e quebradiças.

Tendo por sintoma reflexo a morte do meristema apical do caule e da raiz. Aparecimento de rachaduras no caule (tomateiro e eucalipto). Pode não ocorre florescimento.

 

Cloro

O cloro tem papel de cofator, junto com o Molibdênio, a enzima que catalisa a fotólise da água no fotossistema II. Resultando na liberação de oxigênio.

E também age na ativação enzimática (ATPase) dado ao fato de ser o íon contrário do potássio no abrimento e fechamento dos estômatos.

Tem como sintomas visíveis típicos a diminui no tamanho da folha. De aspecto clorótico a bronzeado e posterior necrose.

Podendo estar relacionado a uma suspensão da frutificação e a raízes curtas não ramificadas.

 

Molibdênio

O molibdênio (Mo) é o centro ativo da redutase do nitrato. Assim quando em deficiência desse micronutriente há o excesso do nitrato forma a qual o nitrogênio não pode ser incorporado.

Participa também do complexo da nitrogenase, na síntese do ácido ascórbico e na síntese de açucares.

Clorose malhada generalizada na planta, murcha das margens e encurvamento da folha para cima ou para baixo e floração suprimida são características de sintomas típicos de deficiência.

Em leguminosas os sintomas podem ser similares a da falta de nitrogênio. Enquanto nas brássicas as folhas apresentam somente a nervura principal sem o desenvolvimento do limbo foliar.

 

Níquel

O níquel é um constituinte da uréase exigência pela hidrogenase do processo de fixação biológica de nitrogênio e também inibem a produção de etileno o que diminui o número de flores mal formadas.

Plantas as quais apresentarem deficiência por níquel terão necrose característica nas pontas das folhas novas assim como um baixo aproveitamento do nitrogênio proveniente da ureia.

 

Ferro

Já o ferro (Fe) constituindo enzimas chaves como a ferridoxina, nitrogenase, redutase do nitrito e redutase do nitrato e atuação na respiração da planta pelo transporte de elétrons nas mitocôndrias.

Sendo os sintomas visuais típicos de sua deficiência a clorose nas folhas novas seguido de branqueamento e diminuição no crescimento e na frutificação.

 

Manganês

O manganês (Mn) tem papel estrutural, ativador enzimático, atuação na fotossíntese com a fotólise da água e como catalizador da redutase do nitrito.

Esse micronutriente também pode estar relacionado com a proteção contra a entrada de patógenos pela otimização da síntese de lignina e fenóis.

São sintomas visuais típicos a clorose internerval nas folhas novas. Seguido de branqueamento em manchas pequenas e necróticas e apresentando deformações.

 

Cobre

Similar ao manganês o cobre (Cu) é constituinte, ativador e catalisador de proteínas ligados a processos de fotossíntese, lignificação e de redutase do nitrito.

Folhas com pontas cloróticas seguido de necrose, inicialmente verde escura junto a ramos aquosos caracterizam alguns dos sintomas típicos de deficiência.

Assim como a presença de folhas encurvas com nervuras que podem ficar salientes, falta de perfilhamento e rachaduras nos caules com exsudação de goma.

 

Zinco

E por fim o zinco (Zn) sendo um constituinte de enzimas, como a RNA polimerase. Ativador de enzimático e com atuação na síntese do triptofano que é percurso da auxina.

Auxiliando na proteção contra patógenos. Pois ajuda a manter a integridade da membrana e no controle da permeabilidade celular.

Apresentando como sintomas a diminuição no comprimento dos internódios. Folhas novas estreitas e lanceoladas e diminuição da produção de sementes.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Assim com a leitura desse artigo espero que tenha notado que a nutrição de plantas é uma área que apresenta uma riqueza de conhecimento dos mais específicos.

Mas que ainda tem se muito a descobrir e estudar quando as múltiplas interações que pode haver entre os nutrientes tanto no solo quanto na planta.

Tendo as condições próximas de algo que se considere nutricionalmente equilibrado através de um bom plano de manejo nutricional.

Que leve em conta todo um histórico de monitoramento da nutrição do solo e das plantas cultivadas na área em questão.

Sendo necessário para tal acompanhamento a realização periódica das análises de solo e de tecido foliar. Para que assim possa ser realiza reposição dos nutrientes.

Escrito por Juliana Medina.

 

Como reduzir os riscos da agricultura?

 Como reduzir os riscos da agricultura?A agricultura pode ser comparada a uma indústria a céu aberto, onde vários fatores controláveis e não controláveis atuam simultaneamente. A produção de grãos, fibra, bioenergia e carne depende fundamentalmente de água, luz, temperatura ambiente e disponibilidade de nutrientes. Esses fatores são essenciais para a produção biológica de uma planta e para que uma determinada espécie vegetal tenha crescimento satisfatório. A produção de qualquer vegetal depende fundamentalmente da fotossíntese, que é a transformação da energia solar em energia química, tendo como resultado a produção de substâncias imprescindíveis para o crescimento e desenvolvimento das plantas.

O solo é o meio do qual a planta retira água e nutrientes. Se o solo apresenta algum tipo de limitação para a infiltração da água e/ou crescimento das raízes, quando a principal fonte de água é aquela quem vem das chuvas, a planta, com certeza, sofrerá prejuízos em consequência da deficiência hídrica.

Desta forma, ter um solo que apresente boa capacidade de infiltração e armazenamento de água, sem a presença de limitações ao crescimento das raízes, mesmo em camadas mais profundas, é uma estratégia para reduzir o impacto de eventuais períodos de estiagem quando se trata de agricultura não irrigada. Práticas que favorecem a infiltração e reduzem o escorrimento são fundamentais para que o solo possa armazenar água para utilização das plantas, além de evitar o empobrecimento decorrente do processo de erosão.

Assim, o plantio em nível e o uso de práticas de conservação são fundamentais para assegurar a capacidade produtiva do solo. A utilização de plantas de cobertura como braquiárias, crotalárias cultivadas isoladas ou em consórcio são importantes para melhoria dos atributos físicos e biológicos do solo, e, por isso, devem fazer parte do sistema de produção. Também cabe destacar que cultivares de soja de ciclo mais longo toleram mais a ocorrência de períodos com falta de chuva, quando comparadas com cultivares de ciclo precoce. Daí a importância de diversificar as cultivares.

Como a luz solar é fundamental para a fotossíntese, processo básico da produção vegetal, havendo deficiência de luz, a atividade fotossintética será prejudicada. Como resultado, não haverá produção de fotoassimilados em quantidade suficiente para atender as demandas do crescimento vegetativo e reprodutivo das plantas. Consequentemente, mesmo que os outros fatores limitantes à produção estejam sendo disponibilizados adequadamente, a produtividade biológica das plantas será afetada negativamente. Uma das estratégias para minimizar a falta de luz, ocasionada principalmente por dias nublados, é a semeadura na época recomendada pela pesquisa.

Cabe também destacar que algumas plantas, como a soja, o algodão e a mandioca, são muito sensíveis à deficiência de luz. Algumas espécies, como a soja, são altamente dependentes da luz para que ocorra a floração. O uso de cultivares/variedades indicadas para uma determinada região, em determinada época de semeadura é indispensável quando se busca produtividades elevadas.

Tanto a temperatura do ar como a do solo têm efeito marcante sobre a produtividade de determinada espécie vegetal. Em relação à temperatura do ar, pouco pode ser feito para alterá-la. No entanto, a época de semeadura é uma prática agrícola, com custo zero, que pode minimizar os efeitos da temperatura do ar, tanto as altas como as muito baixas. A Embrapa disponibiliza aos produtores brasileiros o Zoneamento Agrícola de Risco Climático, ZARC, onde encontra-se informações sobre as melhores época de semeadura para cada condição. Estas informações estão disponíveis num aplicativo denomina ZARC – Plantio Certo.

A maioria das plantas tropicais produz bem quando a temperatura do ambiente oscila entre 22º C a 30º C. Tão importante quanto a temperatura é  o tempo que predomina a temperatura do ar. A temperatura do solo, da mesma forma, apresenta um grande efeito sobre o crescimento e desenvolvimento das plantas. Neste caso o homem pode interferir, tanto positivamente como negativamente.

Em um solo descoberto, que foi “preparado” utilizando grade, dependendo se o solo é mais ou menos argiloso, a temperatura da superfície do solo pode chegar a 60º C, interferindo negativamente no crescimento das plantas. Ressalta-se que a grade é um implemento utilizado em obras rodoviárias para compactação do solo. O adequado espaçamento entre fileiras e entre plantas também proporciona melhor cobertura do solo. Além disso, num solo descoberto, a amplitude térmica é grande.

O contrário se verifica em solo onde se adota o sistema plantio direto, que consiste em um tripé: não revolvimento (preparo) do solo, solo permanentemente coberto com palha ou plantas em crescimento e rotação de culturas. A palha de qualquer espécie constitui em uma barreira que impede a elevação da temperatura, além de reduzir a perda de água do solo por evaporação. Numa condição de temperatura do solo muito alta, as raízes das plantas não conseguem extrair do solo água e nutrientes que as plantas precisam. Desta forma, não há dúvida que, para as condições brasileiras, o sistema plantio direto é o mais indicado.

Em resumo, a adoção de práticas agrícolas simples, muitas de custo desprezível, pode fazer toda a diferença quando ocorre um longo período de estiagem, chuvas excessivas, temperaturas elevadas ou muito baixas e períodos de pouca luminosidade, reduzindo assim, os riscos da agricultura.

Fonte: EMBRAPA