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Ácaro rajado: conheça os danos e controle!

Ácaro rajado: conheça os danos e controle!

O Ácaro Rajado nada mais é do que uma praga agrícola que vem causando muitos prejuízos em danos expressivos em muitas culturas. No conteúdo de hoje, vamos contar tudo sobre o que é, quais as principais características e claro, como fazer o controle.

Acompanhe!

 

Ácaro rajado: conheça os danos e controle!

 

O que é ácaro rajado?

O ácaro rajado (Tetranychus urticae) é uma das principais pragas das plantas cultivadas ao redor do mundo e ataca mais de 150 tipos de cultivo.

O Ácaro Rajado nada mais é do que uma praga agrícola que vem causando muitos prejuízos em danos expressivos em muitas culturas.

A seguir, vamos te explicar algumas das principais características desse ácaro!

 

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Conheça as principais características 

Pode ser que você não saiba, mas os ácaros não são insetos. Estão no mesmo filo, Arthropoda, mas são de classe distinta.

Os ácaros pertencem à classe Arachnida e subclasse Acari. E, dentre eles, está o ácaro-rajado, Tetranychus urticae, que é um ácaro tetraniquídeo (família Tetranychidae).

Há características muito particulares que irão te ajudar a identificá-lo melhor. Uma delas é a capacidade de formar teias, que têm a função de proteger contra ataques de predadores e cria um microclima ideal para o desenvolvimento da população.

As ninfas e os adultos produzem teias que podem encobrir a planta por completo. E, quando a infestação está muito alta, ocorre um aumento significativo, sinal de que a população está prestes a dispersar.

 

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Ciclo de vida

Os ovos são esféricos, macios, esbranquiçados e translúcidos após a postura, e menores que 0,1 mm de diâmetro. A larva tem tamanho reduzido variando de incolor a amarelada e possui três pares de pernas.

Já a ninfa possui oito pares de pernas. Os adultos possuem cor amarelada com duas manchas verde-escuras, uma em cada lado do dorso. As fêmeas possuem 0,5 mm de comprimento, sendo os machos menores (0,3 mm) e mais delgados.

Seu ciclo de vida se completa em 14 dias e é favorecido por temperaturas altas e tempo seco. Possui alta capacidade reprodutiva, onde as fêmeas colocam até 100 ovos, cerca de 10 por dia.

 

Hábito alimentar/ danos

Tanto adultos quanto formas imaturas de T. urticae apresentam preferência por folhas mais velhas para alimentar-se. O processo de alimentação ocorre através da introdução dos estiletes nas células vegetais e ingestão do conteúdo intracelular extravasado.

Em altas infestações, as folhas mais jovens também são atacadas

A injúria causada pelo ácaro-rajado leva à formação de pontuações cloróticas nas folhas, evoluindo para manchas bronzeadas e secas; por fim, ocorre a queda dessas folhas.

Outros danos causados às plantas incluem redução de crescimento e formação de teias, cuja função é proteger os ácaros contra predadores e criar um microclima ideal para o seu desenvolvimento.

Tanto ninfas quanto adultos produzem teias, que em alguns casos podem encobrir a planta por completo. Em altas infestações, ocorre um aumento na produção de teia, indicando que a população está prestes a dispersar-se para outras plantas.

 

Dispersão 

A dispersão pode ocorrer por meio de órgão vegetais transportados pelo homem, levando os ácaros para longas distâncias.

Outra maneira é pela migração de poucos metros por caminhamento dos ácaros. Quando há alta densidade populacional, abandonam as folhas muito danificadas e migram para outras menos atacadas da mesma planta ou de plantas diferentes.

dispersão mais frequente ocorre pelo vento: as fêmeas procuram a periferia da planta hospedeira e deixam-se levar pela corrente de ar.

 

Manejo do ácaro-rajado 

Estudos têm indicado que no Brasil, em culturas com intenso uso de produtos químicos, existem populações resistentes aos acaricidas:

  • abamectina;
  • clorfenapir;
  • dimetoato;
  • enxofre;
  • fenpiroximato;
  • milbemectina; e
  • propargito.

Esse uso intenso ainda pode causar problemas de ressurgência da praga, devido à eliminação dos inimigos naturais da área.

Além disso, esse ácaro tem alta capacidade reprodutiva, ciclo curto, se aloja na parte inferior das folhas e tecem as teias que o auxiliam ainda mais para se manter no ambiente.

Por isso, é importante que o manejo deste ácaro seja realizado de forma integrada. Com o Manejo Integrado de Pragas (MIP) existe uma grande chance de evitar que esses problemas ocorram e controlar o ácaro-rajado de maneira eficiente.

 

Monitoramento/ tipos de controle

Para que o MIP seja realizado, é importante fazer o monitoramento constante. Isso mostrará se a população do ácaro-rajado está ou não no nível de controle.

Cada cultura requer pontos de amostragens diferentes, mas é necessário que esta ação seja feita.

A partir dos resultados, toma-se a decisão de controle que, atualmente, é o uso de produtos químicos e biológicos registrados pelo Mapa e o controle cultural. 

Para uso de acaricidas, é muito importante a rotação com diferentes modos de ação para o manejo da resistência e manutenção da eficiência do controle.

 

 

Controle químico

Um ponto importante para realizar o controle químico é a preferência por produtos seletivos aos inimigos naturais. Como falado anteriormente, quanto mais seletivos, menor o risco de ocorrer pressão de seleção ao ácaro.

 

Controle biológico

E o uso de controle biológico pode conter 80% das infestações. Pode ser realizado com o uso de ácaros predadores da família Phytoseiidae. As espécies Neoseiulus californicus e Phytoseiulus macropilis têm registro no Mapa e são comercializadas por biofábricas.

Esses ácaros predadores devem ser liberados na cultura quando existe uma baixa população da praga para que o controle seja eficiente.

As liberações massais com essas espécies têm sido a melhor maneira de controle em diversas culturas.

Um outro produto biológico seria o entomopatógeno Beauveria bassiana, que é também comercializado por biofábricas, aplicado em temperaturas mais amenas e clima mais úmido.  Outros inimigos naturais ocorrem de forma natural no ambiente.

 

Controle cultural

Você também pode realizar o controle cultural, com destruição de restos culturais e manejo de plantas invasoras, que podem servir de hospedeiras.  Ou realizar a destruição das teias com jatos de água sobre as plantas.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

O ácaro-rajado é uma praga altamente polífaga que ataca diversas culturas agrícolas de importância econômica, incluindo a soja.

Embora não seja um inseto e sim um aracnídeo, esse artrópode apresenta diversas fases de desenvolvimento e um ciclo de vida consideravelmente rápido, o que contribui para a disseminação nas lavouras.

Portanto, faz-se necessário o monitoramento constante das lavouras e, quando necessário, o controle eficaz das populações infestantes.

 

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Cigarrinha das pastagens: conheça tudo sobre essa praga!

Cigarrinha das pastagens: conheça tudo sobre essa praga!

Quando um produtor identifica em seu pasto uma espuma de origem estranha, a certeza é uma só, a forrageira está sofrendo ataque de cigarrinha das pastagens. A praga que mais ataca os pastos, principalmente as braquiárias, é um inseto conhecido como sugador. Quer saber mais sobre esse assunto?

Acompanhe!

 

Cigarrinha das pastagens: conheça tudo sobre essa praga!

 

Cigarrinha das pastagens, é uma das principais pragas que ameaçam as pastagens, capazes de reduzir a produção de pasto em 10 dias.

Pode ser encontrada em fazendas, ao longo de estradas e em prados. Saiba como controlar a presença desses animais, que são considerados pragas.

Esses insetos preferem áreas úmidas e podem causar muitos danos econômicos às suas plantações, principalmente de alfafa, milho, trigo e aveia. No entanto, eles foram apontados como consumidores de mais de 400 espécies de plantas.

A Deois flavopicta ocorre em toda a América Tropical. No Brasil, é encontrada especialmente nas regiões Sudeste e Centro-Oeste.

 

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Afinal, o que é a cigarrinha das pastagens?

A cigarrinha das pastagens, Deois flavopicta, é um inseto sugador que causa grandes prejuízos às pastagens cultivadas no Brasil, reduzindo de forma acentuada sua capacidade produtiva, comprometendo a alimentação bovina e gerando queda no peso do animal, com prejuízos para os pecuaristas.

 

Característica da praga

O adulto da cigarrinha mede 8,7 a 11,1 mm de comprimento por 3,7 a 4,9 mm de largura. Apresenta coloração geral castanho-escuro a negra, com manchas creme. A cabeça, o pronoto e o escutelo são pretos.

As asas são pretas, com duas faixas transversais amarelas e uma faixa longitudinal também amarelada em cada asa anterior, havendo casos onde essas manchas são praticamente ausentes.

O abdome e as pernas são avermelhados. Ao longo da margem externa da tíbia da perna posterior apresenta dois espinhos proeminentes, e no seu ápice, uma ou duas coroas de espinhos menores.

O aparelho bucal inclui dois pares de estiletes: o par externo (mandíbulas modificadas), com pontas serrilhadas, que perfura o tecido vegetal, e o par interno (maxilas modificadas).

Os estiletes que compõem o par interno acoplam-se um ao outro de tal forma a originarem dois canais: um para a sucção da seiva e outro para a introdução de secreções salivares.

 

Ciclo reprodutivo

Durante seu desenvolvimento, ela passa por três fases: ovo; ninfa e adulta. Vamos explicar um pouco delas.

 

1ª fase: ovo

As fêmeas fazem a postura ao nível do solo ou sobre restos vegetais, bem próximas da base da planta hospedeira. O ovo tem uma forma alongada e o número de ovos por fêmea depende de cada espécie.

O período de incubação também muda de acordo com a espécie, mas pode chegar até 200 dias, que seria o caso dos ovos em diapausa, devido à baixa umidade para as ninfas desenvolverem.

 

2ª fase: ninfa

Essa fase é considerada muito característica do inseto. É quando, ao longo do desenvolvimento, a ninfa produz uma espuma ao se alimentar em raízes superficiais ou na base da planta, e passa a viver nela.

Segundo especialistas no assunto, a espuma se torna uma fonte de umidade e de proteção a alguns inimigos.

A duração dessa fase é relativa à espécie da cigarrinha e às condições climáticas do local. O que se sabe é que altas temperaturas e níveis de umidade aceleram esse desenvolvimento.

Durante esse período, o inseto passa por várias trocas de pele e permanece envolto pela espuma até alcançar a fase adulta.

 

3ª fase: adulta

A cigarrinha adulta explora a parte aérea da planta, ao contrário da ninfa que permanece na base. Sua movimentação é feita em voos baixos e curtos e pequenos saltos. Ao se alimentar, acaba por introduzir substâncias tóxicas.

Entre os prejuízos estão a grave redução do crescimento do pasto, afetando a produção e qualidade (aumento dos teores de fibras, menor digestibilidade) e as folhas atacadas ficam queimadas (amarelecimento, secamento e morte).

Esses danos afetam diretamente na capacidade de produção de carne e leite da propriedade, logo, o controle da cigarrinha é essencial.

 

Checklist agrícola

 

Prejuízos da cigarrinha das pastagens

Considerada o maior pesadelo para as pastagens, o inseto atinge todo território nacional. Devido aos seus hábitos alimentares, a cigarrinha se alimenta da planta sugando a seiva e injetando toxinas.

O ataque causa grandes prejuízos a planta, os sintomas iniciam com estrias cloróticas que evoluem para o total secamento das folhas, o que é facilmente reconhecido e chamado de “queima das pastagens”.

Com as folhas secando e morrendo, há uma menor disponibilidade e qualidade na forragem. Como consequência, as perdas na produtividade animal são enormes, e muitas vezes levam o produtor a reduzir a taxa de lotação.

 

Identificação dos principais gêneros de cigarrinha das pastagens

Os gêneros Deois, Zulia e Mahanarva são as cigarrinhas que causam mais danos em pastagens. Veja as principais espécies que você pode encontrar no seu pasto:

  • Deois flavopicta: O inseto apresenta coloração preta com duas faixas transversais amarelas nas asas. O abdômen e as pernas são vermelhos.
  • Deois schach: O inseto apresenta coloração preto-esverdeado com uma faixa transversal de cor alaranjada no terço da asa. O abdômen e pernas são vermelhos.
  • Zulia entreriana: O inseto apresenta coloração preta brilhante com uma faixa transversal no terço apical da asa e coloração branco-amarelada.
  • Mahanarva fimbriolata: O inseto apresenta coloração avermelhada nos machos e marrom avermelhado nas fêmeas. Esta espécie se tornou uma importante praga em canaviais e atualmente é uma ameaça às pastagens.

 

Monitoramento da área

O primeiro passo antes de se pensar no manejo integrado de pragas (MIP) é realizar o monitoramento. Este consiste em métodos de amostragens com o pano-de-batida, exame de plantas (danos) e exame de amostras de solos.

Em pastagens, a amostragem deve ser realizada semanalmente ou quinzenalmente. Para levantamento dos adultos a amostragem deve ser realizada por uma rede-entomológica através de dez “redadas” em forma de zig-zag.

O monitoramento de ninfas pode ser realizado demarcando 5 pontos de 1m² no pasto e fazer a contagem do número de espumas, ambas coletas devem ser realizadas a cada 1ha.

Agora que ficou claro como monitorar o seu pasto, ao longo dos anos pode-se criar um histórico da área e obtendo uma visão anual de quais serão os possíveis meses problemáticos da praga de acordo com o ciclo de vida da cigarrinha.

 

Medidas de controle da cigarrinha das pastagens

As medidas de controle da cigarrinha devem ser adotadas de maneira integrada e ecológica, visando a redução do nível populacional da praga, a preservação dos inimigos naturais e a proteção das gramíneas forrageiras na sua fase de maior suscetibilidade ao ataque, com o Manejo Integrado de Pragas (MIP). Como alternativas, são utilizados os controles cultural, biológico e químico:

 

Controle cultural

Diversificar as pastagens na propriedade com a inclusão de gramíneas resistentes às cigarrinhas-das-pastagens; manter o pasto bem nutrido, bem manejado e o solo fértil e descompactado; evitar a formação de um ambiente favorável à sobrevivência das cigarrinhas, ajustando a carga animal para evitar sobras e, consequentemente, o acúmulo de palha no nível do solo.

 

Controle biológico

Utilizar o fungo entomopatogênico Metarhizium anisopliae, que age parasitando a ninfa do inseto. Aplicado no momento certo e em condições ambientais adequadas, a eficiência do controle chega a 95%.

O melhor momento é quando a infestação atinge nível mediano que, embora varie conforme o capim adotado, em geral, fica em torno de 15 ninfas por m².

Quanto ao momento da aplicação, é indicado que se pulverize o produto no final do dia ou em dias nublados e com umidade relativa do ar superior a 65%.

 

 

Controle químico

Esse controle é voltado ao combate das cigarrinhas adultas, por estarem mais expostas nas folhas. A aplicação do inseticida deve ser feita no momento adequado, ou seja, por ocasião da emergência da cigarrinha adulta, para não desperdiçar o insumo.

Utilizar somente produtos inseticidas registrados para uso em pastagens. Ressalta-se que os animais deverão ser retirados das áreas a serem tratadas pelo período recomendado pelos respectivos fabricantes.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

O Brasil é atualmente o terceiro maior produtor mundial de leite e segundo maior produtor mundial de carne bovina.

A ocorrência cada vez mais generalizada e intensa de ataque das cigarrinhas nas pastagens brasileiras, nativas ou cultivadas, vem refletindo de maneira relevante na produtividade do rebanho bovino.

A cigarrinha-da-pastagem é um dos fatores mais limitantes na produção de carne e leite no Brasil, causando prejuízos que variam de dezenas a centenas de milhões de dólares anualmente. Com isso neste artigo abordamos tudo sobre essa praga, e mostramos a importância do monitoramento da praga e as diferentes formas de controle.

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Brusone do trigo: aprenda a manejar essa doença!

Brusone do trigo: aprenda a manejar essa doença!

A brusone do trigo é uma doença fúngica que afeta as espigas do trigo e que, em anos epidêmicos, pode destruir lavouras inteiras. Com isso preparamos esse artigo para ajudar os agricultores, e a mostrar alguns métodos de manejo da doença.

Venha comigo!

 

Brusone do trigo: aprenda a manejar essa doença!

 

A Brusone caracteriza-se por ser uma doença policíclica de difícil controle e com grande ocorrência nas lavouras de trigo do Brasil. a Brusone caracteriza-se por ser uma doença policíclica de difícil controle e com grande ocorrência nas lavouras de trigo do Brasil.

Esta moléstia pode vir a causar até 72,5% de dano ao peso das espigas de acordo com o período de infecção e localização da região tritícola.

Uma vez infectados, os grãos tornam-se menores, deformados, enrugados e com baixo peso específico.

Em consequência, grande parte destes é eliminada nos processos de colheita e beneficiamento da produção, acarretando em perdas significativas de produtividade. Para que o produtor evite perdas preparamos esse artigo, onde iremos mostrar algumas formas de controle.

 

Pós-graduação Fitossanidade

 

Produção de trigo no Brasil

O trigo foi trazido para o Brasil pelos portugueses, que criaram as primeiras plantações desse cereal na região do estado de São Paulo.

A adaptação do trigo ao clima brasileiro foi tão rápida e eficiente, que outras regiões do país também começaram a desenvolver suas próprias culturas.

A princípio, o cultivo do trigo se limitava às regiões do Sul do Brasil. Contudo, os novos cultivares e as técnicas de manejo que foram desenvolvidas possibilitaram sua expansão para outras regiões.

Atualmente, a produção brasileira de trigo está concentrada, principalmente, na região Sul e Sudeste.

O potencial produtivo de trigo no Brasil é bem animador. Pois, dependendo do cultivar utilizado, da região produtora e dos manejos praticados, o rendimento pode chegar a 6.136 kg/ha.

 

Afinal, o que é brusone do trigo?

A brusone do trigo é uma doença fúngica que pode manifestar-se nas folhas, no caule e na espiga do trigo, onde promove os maiores danos econômicos nesta cultura. Atualmente, são reconhecidos os fungos Pyricularia oryzae e Pyricularia graminis-tritici como causadores da doença.

Estes fungos encontram condições ideais para o seu desenvolvimento em ambientes onde as temperaturas mínimas são superiores a 15ºC, umidade relativa do ar acima de 40% e período de molhamento das superfícies onde crescem superior a 10 horas.

A última epidemia de brusone no Brasil foi observada em 2012, quando danos acima de 40% comprometeram lavouras de trigo no norte PR, MS e sul de SP.

 

Fatores favoráveis à ocorrência da brusone

Temperatura e umidade são os principais fatores responsáveis pela ocorrência da brusone. As condições ambientais favoráveis são “temperaturas entre 25ºC e 28ºC e umidade relativa acima de 90%”.

Outro fator que reforça sua ocorrência é a inexistência de cultivares totalmente resistentes aos diferentes tipos do fungo.

O agente causal da brusone no trigo apresenta uma alta variabilidade genética, superando com facilidade e rapidez a resistência dos cultivares disponíveis no mercado.

 

Checklist agrícola

 

Danos da brusone do trigo

Sua sintomatologia baseia-se na exteriorização de sintomas por toda a parte aérea da planta, principalmente nas espigas.

Nestas ocorre o branqueamento do ráquis a partir do ponto de infecção, onde a lesão possui coloração escura-brilhante.

Esta mudança de coloração da espiga se dá em consequência da interrupção de translocação de água e nutrientes, prejudicando o enchimento de grãos e conferindo-lhes características não desejáveis para a sua comercialização.

 

Ciclo da doença

O fungo apresenta uma gama de hospedeiros, pertencentes, em sua maioria, à família Poaceae, dentre eles: o trigo, o arroz, a cevada e o milheto.

O ciclo da Brusone tem início com a propagação e disseminação de conídios gerados nas fontes de inóculo de P. oryzae, que podem ser:

  1. sementes, na forma de micélio dormente, atuando como veículos de disseminação passiva para a próxima safra;
  2. restos culturais, onde o cultivo de trigo, aliado a prática do plantio direto, favorece a sobrevivência do fungo;
  3. ocorrência de diferentes hospedeiros secundários; e
  4. presença de plantas voluntárias durante o período de entressafra.

A água da chuva e o vento são os principais agentes de disseminação e transporte de P. oryzae a curtas e longas distâncias, respectivamente. Uma vez em contato com o hospedeiro, o fungo necessita de água livre para sua germinação.

Por se tratar de uma doença com presença de ciclo secundário, o processo descrito acima se repete diversas vezes no decorrer da safra, de forma sequenciada, sem a existência de períodos de repouso.

Os esporos produzidos durante o ciclo da cultura são responsáveis pela propagação e aumento dos danos causados pela moléstia, onde poderá ocorrer elevado número de plantas infectadas, com várias lesões por planta.

 

Fungos causadores de doenças em plantas.

 

Manejo da brusone do trigo

Os danos causados pela Brusone podem ser minimizados com o emprego de medidas conjuntas de manejo cultural e de controle químico, principalmente relacionado com a prevenção da doença.

 

Planejamento e instalação

O uso de cultivares resistentes e rotação de culturas são medidas importantes para o controle da doença e de fácil implementação pelo produtor.

O uso de sementes sadias e o tratamento químico de sementes ajudarão a evitar o estabelecimento da doença logo no início do ciclo da cultura.

Deve-se ainda respeitar a época de semeadura indicada para a região, evitando ao máximo a semeadura tardia.

A densidade de plantas adequada para a cultivar é outro cuidado que o produtor deve ter a fim de evitar o microclima favorável à doença que se forma em lavouras muito adensadas.

 

Boas práticas

O controle de plantas daninhas e de plantas de trigo voluntárias também ajuda no manejo da doença pois eliminam possíveis fontes de inóculo.

Propiciar um bom desenvolvimento radicular das plantas por meio da gessagem e calagem quando necessárias e a nutrição equilibrada ajudam a não predispor as plantas ao ataque do patógeno.

No sistema irrigado, o controle da irrigação é imprescindível no manejo da doença, já que a elevada umidade relativa e longos períodos de molhamento foliar favorecem o desenvolvimento de epidemias.

 

Controle químico e sua limitação

São poucos os ingredientes ativos registrados no Brasil para o controle da doença, e sua eficiência média de controle é de cerca de 50%.

Essa baixa eficiência está associada às dificuldades no atingimento do alvo, em decorrência das características inerentes ao sítio de infecção (espiguetas da planta), além da própria efetividade do princípio ativo do fungicida utilizado contra o patógeno.

Desta forma, evidencia-se a importância de se realizar manejo integrado para prevenir a entrada da doença, visto que, uma vez presente na lavoura em nível de dano econômico, o controle da Brusone não se mostra satisfatório e economicamente viável.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Portanto com a leitura desse artigo podemos concluir que brusone no trigo é uma doença causada pelo fungo Magnaporthe oryzae, que ataca a ráquis da espiga, produzindo grãos deformados e com baixo peso específico, implicando em perdas no rendimento.

Sendo uma doença de difícil controle o ideal é o controle preventivo, assim evitando dor de cabeça ao produtor rural. Se você gostou desse conteúdo e te ajudou e esclareceu suas dúvidas. Comente e compartilhe em suas redes sociais!

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Conheça as principais pragas de grãos armazenados e como controla-las!

Conheça as principais pragas de grãos armazenados e como controla-las!

Quando o local destinado ao depósito de grãos não está protegido de forma adequada, pragas de grãos podem aparecer e resultar em danos financeiros em função do comprometimento dos alimentos. Com isso listamos as principais pragas de grãos armazenados e como realizar o controle. Quer saber mais sobre o assunto?

Venha comigo!

 

Conheça as principais pragas de grãos armazenados e como controla-las!

 

A armazenagem de grãos é sinônimo de preservação dos investimentos feitos durante toda uma safra. Além disso, alguns produtores optam por guardar parte da produção para comercializá-la futuramente aguardando um preço melhor, ou ainda facilitar a colheita, de modo que não precise esperar a comercialização para continuar a operação.

No entanto, as pragas vem sendo um grande problema neste armazenamento. Com isso é de extrema importância realizar a identificação destas pragas e realizar um controle eficiente.

Abaixo vamos abordar tudo que precisa saber sobre esse assunto. Onde irá ajudar o agricultor a realizar os procedimentos adequados.

 

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O que é armazenagem de grãos e qual é a sua importância?

A armazenagem de grãos é o processo de guardar os grãos produzidos com o intuito de preservar suas qualidades físicas e químicas desde a colheita até o abastecimento.

Em síntese, esse processo envolve uma sequência de operações como limpeza, secagem, tratamento fitossanitário, transporte, classificação, entre outros.

Sendo assim, a armazenagem é um dos meios mais eficazes de obter um produto fora de sua sazonalidade.

No entanto, isso só é possível com uso de boas práticas de armazenamento, que garantem a conservação da qualidade física e fisiológica dos grãos.

 

Quais são os benefícios da armazenagem de grãos?

  • Diminui as perdas quantitativas e qualitativas que ocorrem no campo pelo atraso na colheita ou devido o armazenamento em locais inapropriados;
  • Reduz o gasto com transporte, que tem seu preço máximo no “pico de safra”, pois evita a espera dos caminhões nas filas das unidades coletoras ou intermediárias;
  • Contribui para o aumento do rendimento na colheita, por conta da eliminação das impurezas e do excesso de água;
  • Garante a qualidade do produto, evitando o processamento inadequado devido ao grande volume a ser processado no período da safra;
  • Ajuda na obtenção de financiamento por meio das linhas de crédito específicas para a pré-comercialização;
  • Disponibiliza a utilização do produto no momento mais oportuno;
  • Aumenta o poder de barganha dos produtores, já que permite a escolha da época de comercialização.

 

Checklist agrícola

 

Onde é feita a armazenagem de grãos?

O mercado disponibiliza diferentes tipos de armazenagem de grãos, como:

  • Os Silos metálicos
  • Silo de espera
  • Silo de concreto
  • O Silo secador
  • Silo armazenador
  • Silo de expedição
  • Os Silos bag
  • Silos-bolsa
  • Armazém graneleiro

Para cada tipo de estrutura, o produtor deve avaliar o custo-benefício, o tempo que pretende deixar sua produção armazenada, o volume e os riscos que corre ao deixar seu produto guardado naquele determinado modelo de armazenagem.

O mercado disponibiliza diferentes tipos e opções de sítios para armazenamento dos grãos, como silos metálicos, silo de concreto, armazém graneleiro ou estruturas temporárias conhecidas como silos bag, ou silos-bolsa.

 

Quanto a classificação das pragas

As pragas são classificadas conforme seu hábito alimentar:

 

Pragas primárias: atacam os grãos sadios

Pragas primárias internas: perfuram e penetram nos grãos para seu desenvolvimento. Exemplo: besouros (R. dominica, S. oryzae e S. zeamais). Estes citados, são os principais insetos que ocorrem durante o armazenamento.

Pragas primárias externas: destroem a casca dos grãos e consomem o seu conteúdo. A diferença é que não vivem em seu interior, apenas se alimentam. Exemplo: traças (P. interpunctella);

 

Pragas secundárias

Não conseguem atacar os grãos inteiros, pois precisam que estejam danificados os quebradiços para se alimentarem.

Causam grandes prejuízos. Sua presença indica que já foram atacados por pragas primárias. Exemplo: besouros (C. ferrugineus, O. surinamensis e T. castaneum) (Lorini, 2015).

O que essas pragas provocam?

  • Redução do peso do produto;
  • Diminuição do valor nutritivo;
  • Depreciação da qualidade e da estrutura dos grãos/sementes;
  • Potencial de reduzir vigor e germinação;
  • Valor comercial comprometido.

 

As pragas de grãos mais frequentes

Dentre as principais espécies de pragas de grãos armazenados, pode-se salientar algumas mais frequentes, veja abaixo:

 

Besouro de cereais e farinhas (Rhyzopertha dominica)

Bastante comum em grãos armazenados de milho, essa praga ainda pode ocorrer em arroz, centeio, cevada, sorgo e trigo. O bichinho cabeçudo, de corpo cilíndrico e coloração escura, deposita ovos em meio aos grãos.

Tanto o inseto adulto quanto a larva podem causar danos. O estrago é tão intenso que o produto fica imprestável para a comercialização e o consumo.

 

Traça dos cereais (Sitotroga cereallela)

Essa espécie afeta apenas a superfície da massa de grãos, sendo incapaz de penetrar nas camadas mais profundas.

O seu dano está vinculado com as larvas que penetram no interior dos grãos, onde se alimentam e completam a fase larval, prejudicando o peso e a qualidade dos mesmos.

Afeta as culturas do arroz, aveia, cevada, centeio, milho e trigo. Além disso, as traças apresentam a peculiaridade de atacar a farinha produzida a partir dos grãos, causando deterioração no produto pronto para consumo.

 

Traça indiana da farinha (Plodia interpunctella)

Esse exemplar atinge culturas de fumo, soja, trigo, feijão, milho e arroz. O modo de ataque se assemelha ao das outras traças.

Cabe destacar que essa espécie apresenta um potencial destrutivo importante nas sacarias e, em menor escala, nos grãos armazenados a granel.

O maior prejuízo é a redução de peso da mercadoria, o que interfere na quantidade a ser comercializada posteriormente.

Além disso, o produto danificado fica vulnerável a pragas secundárias, que encontram caminho aberto para se alimentar.

 

Gorgulho (Sitophilus oryzae)

Mais uma das pragas de grãos armazenados de arroz, cevada, milho e trigo. Vive na massa estocada, às vezes em conjunto com outras espécies, e pode ameaçar um volume significativo da produção.

Como consequência da infestação, nota-se redução do peso e da qualidade do insumo. O grande problema é que gorgulhos e carunchos são mais resistentes que as traças, podendo chegar a regiões profundas do silo.

Para piorar, ocasionalmente carregam fungos e outros parasitas que alteram as propriedades da mercadoria.

 

Fungos causadores de doenças em plantas.

 

5 Dicas de como realizar o controle de pragas de grãos armazenados:

 

1ª Dica – Análise do local

Todo o ambiente é analisado pela equipe da empresa de controle de pragas e vetores para entendimento dos processos, desde a entrada do produto até a saída do mesmo, além do período de armazenamento.

Essa análise tem o objetivo de antever pontos de falha que as pragas podem acessar e também se abrigar.

 

2ª Dica – Aplicação de inseticidas

Após a higienização e secagem, os grãos devem ter tratamento preventivo com produtos de origem química ou biológica. Essa prevenção garante a eliminação da praga durante o período de armazenamento.

 

3ª Dica – Limpeza e higienização

Essa fase é importante para eliminar os focos de infestação e preparar o terreno para o armazenamento correto dos grãos.

 

4ª Dica – Realização do expurgo

O expurgo é uma forma de eliminar as pragas através da utilização de gás. Essa técnica é também chamada de fumigação.

O local deve ser perfeitamente vedado e o serviço é feito respeitando das normas de segurança dos produtos em uso.

 

5ª Dica – Medidas educativas

Por fim, devem ser propagadas medidas para a mudança de comportamento das unidades armazenadoras e de seus profissionais, para realizarem os procedimentos corretos desde o recebimento até a saída dos grãos.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

A armazenagem de grãos é o método mais eficaz de se obter um produto fora de sua sazonalidade, logo, as boas práticas de armazenamento são essenciais para manter sua qualidade e quantidade, pois nada adianta ter todo um controle rigoroso no campo para evitar as perdas.

E esse controle não ter seguimento no armazenamento, aos cuidados que devem estar presentes em todas as sequências de operações das etapas do beneficiamento dos grãos, tais como pré- limpeza, limpeza, secagem e controle de fungos e pragas.

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Mancha aureolada: veja seus danos e diagnostico na cultura de café!

Mancha aureolada: veja seus danos e diagnostico na cultura de café!

A mancha aureolada, causada pela bactéria Pseudomonas syringae pv. garcae, tornou-se uma doença muito importante da cafeicultura, especialmente em algumas regiões, como o sul e o cerrado mineiro, além dos estados de São Paulo e Paraná. Neste post vamos abordar tudo que você precisa saber sobre essa doença que vem trazendo uma grande dor de cabeça os produtores rurais.

 


Mancha aureolada: veja seus danos e diagnostico na cultura de café!

 

O que é mancha aureolada?

A Mancha aureolada é uma doença causada pelo ataque da bactéria Pseudomonas seryngae pv garcae, que causa sintomas sobre as folhas, rosetas, frutos novos, ramos laterais e, ainda, ramos do ponteiro das plantas, atacando tanto mudas no viveiro, como plantas novas no campo e, também, cafeeiros adultos.

Comum na região do Alto Paranaíba (MG) sendo os primeiros relatos da década de 1980 em São Gotardo, em épocas chuvosas, provocando intensa seca de ramos.

Possui esta denominação em decorrência da formação de um halo amarelo circundando as lesões é conhecida também como crestamento bacteriano ou mancha bacteriana. Neste artigo vamos abordar abaixo sobre essa bactéria na cultura de café.

 

Importância do café

A cafeicultura é uma das atividades mais representativas do agronegócio nacional, com grande relevância do ponto de vista social e econômico, nas regiões onde está instalada.

O Brasil lidera a produção e a exportação de café verde no mundo, além de ser um dos maiores consumidores da bebida.

No país, são cultivadas duas espécies de café: a arábica e a conilon. A maior produção é representada pela espécie arábica, com 76% da produção nacional.

O Brasil é o maior produtor de café do mundo. Os principais Estados produtores são Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rondônia, Espírito Santo, Bahia e Goiás.

Atualmente, o país tem registro de mais de 280 mil produtores de café. São mais de 2.720.520.000 quilos por ano.

 

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Mancha aureolada no cafeeiro

As condições ideais para o desenvolvimento da mancha aureolada são umidades elevadas e temperaturas amenas entre 18-22-23°C. Lavouras situadas em locais de elevada altitude devem ser monitoradas com maior rigor, justamente por estarem sujeitas a mais vento e orvalho.

Ao contrário de que muitos pensam a doença não ocorre somente no período chuvoso, uma vez que a bactéria fica em estágio “latente” de desenvolvimento, sendo necessário seu monitoramento durante o ano todo.

 

Danos ocasionados

As folhas mais velhas apresentam manchas de coloração pardo escura, formato irregular, envolvidas por um anel amarelo (auréola), estas manchas estão distribuídas em toda a superfície das folhas sendo mais frequentes nas bordas.

 Normalmente, as áreas necrosadas rompem-se, formando uma perfuração no centro da mancha. Nas folhas novas, as manchas são circulares e a aureola amarela característica não é facilmente visível, sendo possível somente observar a transparência das lesões contra a luz.

Com a evolução da doença, os halos amarelos coalescem formando grandes áreas necróticas, causando a queda prematura das folhas.

Quando ocorre nos ramos, a doença causa requeima. Frutos infectados na fase de chumbinho apresentam necrose. P. garcae ocorre principalmente em lavouras novas com 3 a 4 anos, causando desfolha, seca de ponteiros, superbrotamento e retardamento no desenvolvimento das plantas. Em viveiros P. garcae causa desfolha, morte de ponteiros e pode causar até a morte de mudas.

 

Forma de controle da doença é a prevenção

Os viveiros devem ser instalados em locais protegidos do vento e do frio. Quando a doença se manifestar, as mudas infectadas devem ser eliminadas para reduzir a fonte de inóculo na área, e também recomenda-se realizar aplicações de fungicidas cúpricos (0,3%) associados ou não a antibióticos na concentração de 0,2%.

 No caso de ataques mais severos, deve-se realizada uma poda à altura do terceiro par de folhas, visando eliminar as pontas danificadas.

No campo, o controle deve ser preventivo através do plantio de barreiras quebra-vento ao redor da cultura, manter um maior espaçamento entre as plantas, evitando assim um acúmulo de umidade por longos períodos, e em áreas favoráveis à ocorrência da doença é recomendado a aplicação preventiva de fungicidas cúpricos, principalmente no período das chuvas.

Estas aplicações podem coincidir com o controle da ferrugem do cafeeiro e da mancha de olho pardo.

 

Diferenças entre mancha aureolada e cercosporiose

Os sintomas são parecidos e geram dúvidas até mesmo nos profissionais mais experientes. Mas esse erro gera grandes prejuízos para o bolso e para a produção com isso vamos esclarecer as diferenças entre elas.

 

Mancha aureolada

Causada por uma bactéria chamada Pseudomonas Syrigae.

Condições favoráveis: A mancha aureolada é favorecida por temperaturas de 25° a 30°C, pluviosidade elevada e alta umidade relativa, além disso, os ferimentos servem como porta de entrada para esse patógeno, podendo ser causado por áreas sujeitas a ação dos ventos (maiores altitudes), por chuva de granizo ou frio intenso que podem provocar essas lesões.

A mancha aureolada pode infectar desde mudas de café no viveiro, lavouras novas até lavouras adultas, causando manchas de cores pardas, circundadas por um grande halo amarelo, o que caracteriza o nome mancha-aureolada.

Para diferenciar a mancha aureolada da cercosporiose, pode-se observar a seca de ramos, que é um sintoma característico, em que os ramos secam e ficam inicialmente com as folhas murchas, caindo posteriormente as folhas, sintoma esse que não é observado pela incidência de Cercospora coffeicola.

 

Fungos causadores de doenças em plantas.

 

Cescosporiose

Causada por um fungo chamado Cercospora coffeicola

Condições favoráveisA cercosporiose é favorecida pela radiação solar, uma vez que locais mais expostos ao sol ativam a enzima cercosporina, aumentando assim a incidência da doença.

Outra condição favorável é o desequilíbrio nutricional principalmente entre potássio e cálcio, assim como temperaturas de 10° a 25°C e alta umidade relativa.

A Cercosporiose é uma doença que também pode infectar desde mudas no viveiro, até lavouras novas e adultas, e pode apresentar sintomas nas folhas e nos frutos.

As folhas apresentam manchas circulares de coloração castanho-clara a escura, com centro branco-acinzentado, que não é verificado no sintoma da mancha aureolada.

Essas manchas quase sempre são envolvidas por um halo amarelado, como o sintoma causada pela bactéria Pseudomonas Syrigae, porém com coloração amarelo menos acentuada.

 

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Conclusão

Contudo a mancha aureolada é uma doença causada pelo ataque da bactéria Pseudomonas seryngae pv garcae, que causa sintomas sobre as folhas, rosetas, frutos novos, ramos laterais e, ainda, ramos do ponteiro das plantas, atacando tanto mudas no viveiro.

Neste post você pode observar como essa bactéria pode gerar grandes prejuízos a lavoura de café, e a importância do controle da doença. Em caso de dúvidas o ideal é contratar um especialista na área, para que não haja erros durante o processo.

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