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A Ferrugem é considerada por muitos como uma das principais doenças que atacam e causam prejuízos para o cafeeiro. Além de causar uma grande quantidade de desfolha nas plantas, ela compromete também o vigor e a produtividade das lavouras. Neste Post vamos abordar tudo que você precisa saber sobre o ferrugem do cafeeiro, fique por dentro do assunto. Acompanhe!

 

FERRUGEM NO CAFÉ

(Fonte: PERFECT DAILY GRIND, 2020)

 

Atualmente, o Brasil é responsável por exportar um terço da produção mundial de café, e nós, brasileiros, somos a segunda população que mais consome!

Mas para manter essa grande produção, é necessário atentar-se ao bom manejo dos cafezeiros, pois situações adversas podem influenciar na safra.

 Uma delas é a ferrugem do cafeeiro, doença originada do fungo Hemileia Vastatrix, que sobrevive somente no pé de café. Abaixo vamos mostrar os prejuízos e algumas técnicas de manejo dessa doença.

 

 

O que é Ferrugem do Café?

Conhecida como ferrugem alaranjada, a Ferrugem do Cafeeiro é uma mazela causada por um fungo chamado Hemileia vastatrix, que está no Brasil desde 1970. Este fungo é do tipo biotrófico, o que quer dizer que ele se alimenta das células vivas da planta.

Para isso ele entra no estômago das folhas. Já dentro desse ambiente, ele gemina e se desenvolve, mas sem causar a morte da célula.

Quando não controlada, essa é a doença que mais provoca prejuízos durante os anos de alta produção da cultura. Por isso, há a exigência de controle preventivo constante do patógeno, por meio da aplicação de fungicidas.

Quer saber mais sobre o assunto? Clique aqui e assista um vídeo sobre a ferrugem do cafeeiro com o professor Laercio Zambolim:

 

Principais características da ferrugem do café

A doença se caracteriza pelo aparecimento de pústulas com esporos de coloração que vão do amarelo escuro ao marrom na superfície das folhas, a partir da emergência até o estádio de maturação, provocando desfolha.

O problema se torna maior a partir do momento que as folhas caem e a planta tem sua taxa fotossintética reduzida. Com isso ela perde a capacidade de produzir carboidrato e, consequentemente, de auxiliar no crescimento do cafeeiro e no desenvolvimento dos frutos.

Além disso, há algumas condições que são mais favoráveis ao desenvolvimento desta doença, tais como:

  • Temperatura: ideal entre 21 °C e 23 °C;
  • Umidade alta;
  • Plantas com muitos galhos;
  • Ausência de luz direta para germinação

As perdas podem ser bastante intensas, ficando em 35% quando em condições climáticas favoráveis ao desenvolvimento da doença.

Mas, em condições que coincidem com períodos de estiagem prolongada com alta incidência do fungo, os prejuízos em produtividade podem, segundo estudos da área, ultrapassar 50%.

 

Ciclo do Ferrugem do Café

O ciclo da ferrugem ocorre, na maioria das vezes, de forma bem definida e esperada pelos produtores.  A primeira fase da doença ocorre entre novembro e dezembro e ela evolui de acordo com o clima. Durante esse estágio a infecção aumenta, mas só atinge o seu ápice entre julho e agosto.

 

Ciclo do Ferrugem do café

(Fonte: Agrionline, 2021)

 

Entre esses dois meses, é quando a mazela fica mais aparente. Depois desse período, por conta da desfolhagem natural da planta e também da causada pela colheita, a incidência da doença diminui consideravelmente, mas não sem antes causar um bom estrago.

Sem esquecer, é claro, que mesmo a quantidade de folhas eliminadas já com a doença ser grande, não quer dizer que o problema está totalmente erradicado.

 

Sintomas e danos causados

O sinal mais característico da Ferrugem é a presença de uma pequena massa de esporos de cor amarelada/alaranjada, com aspecto poroso na face inferior das folhas, à qual ocasiona em uma mancha clorótica percebida na face superior.

A sua disseminação ocorre de diversas formas, e é uma doença que possui alta capacidade de infestação nas lavouras. Ela pode ser disseminada tanto pela ação dos ventos, quanto por insetos, respingos de água de chuva, etc.

 

Sintomas do Ferrugem na Lavoura de café

(Fonte: Revista Attalea Agronegócio, 2019)

 

Outra característica importante e que faz essa doença ser ainda mais devastadora, é que além de comprometer na produção atual e gerar uma alta quantidade de desfolha nas plantas, ela compromete ainda a safra seguinte, influenciando e prejudicando no crescimento dos ramos da planta. O que causa grandes prejuízos ao produtor e perdas de rentabilidade.

 

Como ocorre a disseminação?

Essa disseminação ocorre de diversas formas, entre elas:

  • Por meio de insetos;
  • Através do vento;
  • Respingos da água da chuva.

 

Como fazer o controle-combate dessa doença?

O controle da ferrugem passou a envolver uma série de ferramentas, como o uso de variedades resistentes e uso de fungicidas protetores e sistêmicos aplicados na parte aérea e no solo.

Estas ferramentas, quando associadas ao manejo de adubação, espaçamento entre plantas e técnicas de irrigação fizeram com que o Brasil não só convivesse com a ferrugem, como aumentasse o nível de produtividade das áreas produtivas.

 

Identificação da doença no café

(Fonte: G1, 2017)

Diante dessas estratégias, fica claro que o controle químico da doença é fundamental na cultura, seja através da utilização de fungicidas sistêmicos, no solo ou nas folhas, seja pelo controle preventivo com o uso combinado de fungicidas protetores.

 

Tecnologia e eficácia no controle da doença

Neste cenário de constante busca por eficiência, cabe ao cafeicultor sempre adotar inovações que tornem o controle da ferrugem do café ainda mais eficiente.

Assim, o uso de um fungicida com uma tecnologia inovadora torna-se a mais nova arma dos cafeicultores.

 

Aplicação de Fungicida na Lavoura de Café

(Fonte: AgroSlim, 2021)

 

Esse é um fungicida sistêmico que possui uma molécula inédita e tecnologia inovadora de formulação que apresenta controle preventivo e também curativo.

 

Dano causado pela ferrugem da soja.

 

Essa ferramenta inédita se apresenta como uma opção importante para o manejo de resistência, com alta velocidade de absorção, proporcionando melhor desempenho mesmo em condições climáticas desfavoráveis, permitindo a manutenção do potencial produtivo da cultura.

Por fim, cabe ao produtor seguir o calendário de aplicação priorizando sempre realizar de forma preventiva ou com base em um sistema de aviso fitossanitário, e conforme a amostragem da doença na lavoura.

 

Conclusão

O produtor deve se manter informado e preparado para realizar a prevenção e tratamentos contra doenças que podem surgir na cultura do café, garantindo a saúde da lavoura.

O ferrugem é uma doença, que é uma das grandes preocupações dos produtores, se não for controlada, pode se espalhar em boa parte da plantação, trazendo inúmeros prejuízos.

Com isso o produtor tem que se planejar para evitar ou, se for o caso da contaminação já ter ocorrido, tomar atitudes para acabar com a mazela o mais rápido possível. Em caso de dúvidas o ideal é consultar um especialista na área.

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