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Cigarrinha do milho: conheça agora as 3 formas de controle!

Cigarrinha do milho: conheça agora as 3 formas de controle!

A cigarrinha do milho é a praga vetora de doenças como Spiroplasma kunkelli (enfezamento pálido) e fitoplasma (enfezamento vermelho).

Essas doenças são mais comuns em regiões quentes, podendo atingir um dano de 70% na produção da lavoura.

Quer saber mais detalhes sobre a cigarrinha do milho e métodos de controle?

Venha comigo na leitura desse artigo.

 

Cigarrinha do milho: conheça agora as 3 formas de controle!

 

O que é a cigarrinha do milho?

A cigarrinha D. maidis é um inseto de cor branco-palha, podendo apresentar cor levemente acinzentada, com cerca de 0,5 cm.

Ela se alimenta da seiva da planta de milho e realiza postura sob a epiderme da folha, preferencialmente na nervura central de folhas do cartucho da plântula.

A infecção com molicutes ocorre na plântula de milho em estádios iniciais de desenvolvimento.

Esses micro-organismos patogênicos proliferam nos tecidos do floema e a planta apresenta os sintomas do enfezamento apenas na fase de produção.

Esse inseto-vetor dos molicutes sobrevive apenas no milho, habitualmente, migra de lavouras com plantas adultas para lavouras com plântulas recém emergidas.

 

Pós-graduação Fitossanidade

 

Importância do controle da cigarrinha do milho

A família Poaceae reúne espécies de interesse agrícola de extrema importância para a alimentação humana, a produção animal, bem como, para a geração de bioenergia, tendo como um dos principais representantes dessa família, o milho (Zea mays).

A safra de milho 2019/2020 do Brasil foi estimada pela Safras & Mercado em 105,8 milhões de toneladas.

Por isso a importância do controle da cigarrinha, onde, seu ataque pode causar grandes prejuízos ao produtor.

Logo abaixo vamos apresentar as principais doenças causada pela cigarrinha do milho.

 

Enfezamentos na cultura do milho

Há dois tipos de enfezamento na cultura do milho, o enfezamento pálido e o enfezamento vermelho.

Primeiramente, uma grande dificuldade é a distinção da doença, até porque, os agentes que causam os enfezamentos (espiroplasma e o fitoplasma) podem ser transmitidos simultaneamente.

Uma vez, que ambos são transmitidos pela cigarrinha do milho (Dalbulus maidis).

Devido ao difícil controle químico, a opção é o uso de um manejo integrado da doença.

Neste manejo incluem-se operações em que se deve considerar a multiplicação e o desenvolvimento tanto do inseto vetor como do fitoplasma ou espiroplasma.

As principais medidas que podem ser adotadas são o uso de cultivares resistentes, adequação da época de plantio, evitar plantios consecutivos e eliminar plantas voluntárias no campo que possam servir de hospedeiras.

Vejamos a caracterização de cada um dos enfezamentos separadamente.

 

Enfezamento pálido

O enfezamento pálido é caudado por um espiroplasma (Spiroplasma kunkelii).

Seus sintomas são aumento do número de espigas, com pouco ou nenhum grão e o encurtamento dos internódios da planta.

O enfezamento pálido inicialmente apresenta a clorose (cor esbranquiçada ou pálida) na base foliar e depois se estende por toda a folha.

 

Enfezamento vermelho

Esta doença é causada por um fitoplasma (Candidatus Phytoplasma asteris).

Os sintomas dessa doença são avermelhamento das folhas, inicialmente com clorose marginal e seguida do avermelhamento das pontas das folhas, que se manifesta na fase de produção do milho.

Nas plantas doentes, você pode observar maior número de espigas.

Mas, essas espigas produzem poucos ou nenhum grão e também há um encurtamento dos internódios das plantas.

 

Raiado Fino

Esse vírus é transmitido pelo mesmo inseto vetor que transmite os agentes causais do enfezamento vermelho e do enfezamento pálido, geralmente ocorre simultaneamente com essas doenças.

Contudo, sua incidência é variável em áreas e em anos distintos, em geral sem atingir os mesmos níveis de incidência e danos dos enfezamentos.

Os primeiros sintomas aparecem como pequenos pontos cloróticos na base e ao longo das nervuras das folhas jovens.

Tornam-se evidentes com grande número de pontos cloróticos, que se fundem, tomando aspecto de riscas curtas.

Em geral, os primeiros sintomas dessa virose aparecem em plantas jovens no campo, cerca de 30 dias após a semeadura, e permanecem visíveis mesmo nas plantas em fase de produção.

Os sintomas da risca podem ser melhor discriminados observando-se as folhas infectadas contra a luz.

Plantas infectadas podem apresentar espigas e grãos menores que o tamanho normal.

 

Controle da cigarrinha do milho

Primeiramente, para o seu controle eficaz, é necessário o conhecimento da época que ela ocorre, desse modo, facilitando seu monitoramento.

A incidência das doenças está associada à alta densidade populacional da cigarrinha, que ocorre no final do verão (plantios tardios). Também causa danos diretos pela sucção de seiva dos adultos e ninfas.

Evitar o plantio de milho pipoca e milho doce em áreas com histórico recente de alta incidência dos enfezamentos dado à alta susceptibilidade da maioria dessas cultivares.

Em seguida veremos mais detalhados os principais métodos de controle da cigarrinha do milho.

 

Manejo Integrado de Plantas Daninhas

 

3 métodos de controle da cigarrinha do milho.

 

Controle cultural da cigarrinha do milho:

Os métodos de controle mais eficientes são os culturais evitando-se a multiplicação do vetor em plantios sucessivos, erradicação de plantas voluntárias na área antes do plantio e uso de cultivares menos susceptíveis aos patógenos.

Adequar a época de plantio, evitar sobreposição de ciclos da cultura e a realização da rotação de cultura são formas de manejar a cigarrinha na sua lavoura.

 

Controle químico da cigarrinha do milho:

O melhor método químico é através do tratamento das sementes com inseticidas, o que vai propiciar uma maior proteção as plântulas de milho.

 

Controle biológico da cigarrinha do milho:

O controle biológico  é feito através de produtos que contenham como ingrediente ativo o fungo Beauveria bassiana.

Os fungos têm a capacidade de penetrar na cutícula do inseto e se multiplicar no seu interior.

Há diversos produtos já registrado no mercado para manejar a cigarrinha.

 

Plataforma Agropós

 

Monitoramento para bons resultados na lavoura

A cigarrinha do milho é considerada uma praga de grande importância econômica, quando medimos a produtividade da lavoura, podendo gerar grandes prejuízos ao produtor.

Neste artigo conhecemos as principais doenças causadas pela cigarrinha do milho, sintomas e formas de controle.

Porém, é bom lembrar a importância da consulta de um profissional da área qualificado para identificar corretamente a doença, antes de utilizar qualquer produto químico ou realização de algum tipo de controle.

Por fim, para evitar e eliminar o aparecimento de doenças na plantação de milho, é fundamental realizar o monitoramento constante, desde o plantio até a colheita.

 

Pós-graduação Fitossanidade

Plantação de milho: veja 10 passos o sucesso!

Plantação de milho: veja 10 passos o sucesso!

Quer saber detalhes de cultivo e da plantação de milho, época de plantio, espaçamento e muito mais?

A família Poaceae reúne espécies de interesse agrícola de extrema importância para a alimentação humana. A produção animal, bem como, para a geração de bioenergia, tendo como um dos principais representantes dessa família, o milho (Zea mays).

Venha comigo nessa leitura, para conhecer mais detalhes sobre a plantação do milho e de como essa cultura impulsiona o agronegócio do Brasil e do mundo.

 

Plantação de milho

 

Métodos de plantação de milho

As mudanças que vem ocorrendo nos sistemas de produção de milho no Brasil comprovam a profissionalização dos produtores.

Essas mudanças, associadas ao papel cada vez mais importante de técnicos, consultores e extensionistas das redes públicas e privadas. Tem levado o produtor a cada vez mais se profissionalizar no setor produtivo do agronegócio.

Além disso, várias tecnologias ligadas à cultura do milho foram implementadas, ou ainda estão sendo implementadas no setor agrícola brasileiro.

Dentre elas, vou destacar 10 passos importantíssimos para o bom desenvolvimento da sua plantação de milho.

  1. Utilização de cultivares de alto potencial genético e de cultivares não transgênicas e transgênicas com resistência a lagartas, doenças do milho e ao uso do herbicida glifosato.
  2. Espaçamento reduzido associado à maior densidade de plantio, permitindo a otimização das máquinas plantadoras.
  3. Controle de erosão pelo melhor aproveitamento de água.
  4. Melhoria na qualidade das sementes associada ao tratamento dos grãos, especialmente o tratamento industrial.
  5. Máquinas e equipamentos de melhor qualidade, que garantam boa plantabilidade e boa distribuição das plantas emergidas. Garantindo assim maior índice de sobrevivência do plantio à colheita.
  6. Uso intensivo do manejo integrado de pragas, doenças e plantas daninhas (MIP).
  7. Correção do solo baseando em dados de análise e levando em consideração o sistema, e não a cultura individualmente.
  8. Adubação do solo de acordo com a demanda nutricional indica pela análise realizada previamente.
  9. Escolha da época de plantio, se será safra ou safrinha.
  10. Por fim, a colheita e o armazenamento bem planejados, garantindo a qualidade da produção.

 

Solos e Nutrição de Plantas

 

Plantio direto na cultura do milho vs plantio convencional

Sistema de plantio direto é uma forma de manejo, onde a palha e os demais restos culturais derivados da colheita são deixados na superfície do solo.

No SPD, há pouco revolvimento solo ou nenhum revolvimento, entre a colheita e o plantio do cultivo seguinte. Mantendo assim a palhada sobre o solo antes e depois do plantio.

Um dos desafios para a expansão do sistema de plantio direto são os custos iniciais com a implantação. Podendo variar bastante de região para região.

Já o plantio convencional, será necessário um planejamento prévio de todas as atividades de preparo do solo, pensando na sua fertilidade e conservação.

 

Nutrição Mineral de Plantas Macronutrientes.

 

Para ambas as formas de cultivo é necessário um bom planejamento e condução da lavoura. Respeitado cada etapa desde a implantação da cultura, até o transporte, secagem e armazenamento dos grãos tem de estar bem planejadas.

Dessa forma, a escolha de qual sistema utilizar na produção de milho depende muito de cada produtor. Da tecnologia empregada e o quanto de investimento disponível.

 

Época de plantio de milho

A produção de milho no Brasil é caracterizada pelo plantio em duas épocas: primeira safra (ou safra de verão) e segunda safra (ou safrinha).

Os plantios de verão são realizados em todos os estados. Na época tradicional, durante o período chuvoso, que ocorre no final de agosto, na região Sul. Até os meses de outubro/novembro, no Sudeste e Centro-Oeste. Na região Nordeste, esse período ocorre no início do ano.

A safrinha refere-se ao milho de sequeiro, plantado geralmente de janeiro a março ou até meados de abril. Quase sempre depois da soja precoce e predominantemente na região Centro-Oeste e nos estados do Paraná, São Paulo e Minas Gerais.

No entanto, vem se notado uma queda nas área plantadas da primeira safra. Mas compensado pelo aumento do plantio no período da safrinha e no aumento do rendimento de grãos das lavouras de milho. Tanto na primeira safra quanto na safrinha.

Apesar das condições desfavoráveis de clima, os sistemas de produção da safrinha têm sido aprimorados e adaptados a essas condições. O que tem contribuído para elevar os rendimentos das lavouras também nessa época.

 

O processo da colheita da plantação de milho

A colheita do milho é uma etapa da produção em que o produtor deve ter bastante atenção.

Primeiramente deve ser feito um bom planejamento, para que haja a integração da colheita ao sistema de produção. Sempre na busca de um produto que apresente bom padrão de qualidade.

Para isso, várias etapas tem que ser adotas, desde a implantação da cultura, até o transporte, secagem e armazenamento dos grãos têm de estar diretamente relacionadas.

O milho está pronto para ser colhido a partir da maturação fisiológica do grão.

O que acontece no momento em que 50% das sementes na espiga apresentam uma pequena mancha preta no ponto de inserção das mesmas com o sabugo. E o milho pode começar a ser colhido quando o teor de umidade for superior a 13%.

Por tanto, se houver a necessidade de antecipação da colheita, esta pode ser iniciada quando o teor de umidade estiver na faixa entre 18-20%.

Porém, o produtor deve levar em consideração a necessidade e disponibilidade de secagem, o risco de deterioração, o gasto de energia na secagem e o preço do milho na época da colheita.

Para facilitar a etapa da colheita as áreas devem ser divididas de forma a facilitar a movimentação da colhedora e do escoamento dos grãos colhidos.

A secagem natural do milho no campo traz benefícios no sentido de economizar energia na secagem artificial. Porém nesse período diminui a sua concorrência com as plantas invasoras, aumentando a sua incidência.

 

Plataforma Agropós

 

A importância da produção de milho no agronegócio brasileiro    

A safra de milho 2019/2020 do Brasil foi estimada pela Safras e Mercado em 105,8 milhões de toneladas.

A consultoria elevou a projeção de colheita do milho cultivado na primeira safra, para 23,2 milhões de toneladas. Enquanto reduziu a perspectiva da segunda safra, a safrinha, para 73,8 milhões de toneladas.

Por suas características fisiológicas, a cultura do milho tem alto potencial produtivo, porém, o quanto que é produzido ainda é considerado baixo.

Uma vez, que o manejo cultural do milho deve ser ainda bastante aprimorado para se obter aumento na produtividade e na rentabilidade que a cultura pode proporcionar.

 

Potencial produtivo do milho

A importância no cultivo da cultura do milho se dá na indústria, alimentação humana e animal. Sendo um vegetal de fácil propagação e um dos maiores impulsionadores da economia do país e do mundo.

Pelo pequeno, médio ou grande produtor, o milho, sempre foi e será um potencial de cultivo, seja pelo apelo comercial, seja para subsistência.

Além do mais, deve ser enfatizada a utilização de tecnologias como o sistema de plantio direto, a integração lavoura-pecuária, a agricultura de precisão e melhores técnicas de irrigação. Que têm permitido uma melhoria do potencial produtivo das plantação de milho.

Mesmo apresentando alto potencial de produção, o rendimento de milho, no Brasil, ainda é muito baixo.

É notável a necessidade de aperfeiçoamento dos sistemas de produção semente. Que ainda com predominância dos híbridos simples, possam expressar ao máximo seu potencial genético, alcançando altas produtividades em sistemas de produção sustentáveis.

Escrito por Juliana Medina.

Solos e Nutrição de Plantas

Doenças do milho: conheça as 8 principais!

Doenças do milho: conheça as 8 principais!

Para que não ocorra grandes prejuízos, o monitoramento e conhecimento sobre as doenças do milho é de suma importância.

Conduzir um determinado cultivo não é uma tarefa fácil, são muitos os fatores que a serem analisados e muitas decisões a serem tomadas.

E com o milho não é diferente, principalmente quando falamos nas doenças que acometem a cultura.

Quer saber mais sobre as principais doenças do milho?

Então, vamos lá!

 

doenças do milho

 

Por que conhecer as doenças do milho?

A importância no cultivo do milho se dá na indústria, alimentação humana e animal. Sendo um vegetal de fácil propagação e um dos maiores impulsionadores da economia do país e do mundo.

A safra de milho 2019/2020 do Brasil foi estimada pela Safras & Mercado em 105,8 milhões de toneladas.

Dessa forma, conhecer quais são as principais doenças do milho e suas formas de controle é de suma importância na hora da tomada de decisão e garantir maior produtividade da sua lavoura.

Confira comigo!

 

Pós-graduação Fitossanidade

 

Principais doenças do milho

Uma das grandes preocupações e atenção que os produtores de milho devem ter, são as doenças que acometem a cultura.

Mesmo com todas as tecnologias disponíveis, para atingir a alta produtividade da lavoura, é necessário percorrer um longo caminho entre o plantio até a colheita.

Uma vez, que a ocorrência de doenças no milho, podem gerar grandes prejuízos econômicos. Dessa forma, é de extrema importância o conhecimento das suas características para manter uma lavoura prevenida e livre de infestações.

As doenças do milho, podem ser causadas por microorganismos (fungos, bactérias, vírus), como também, por fatores ambientais, como temperatura, luz e umidade.

Assim como, é toda alteração que ocorre no desenvolvimento fisiológico da planta ou na sua estrutura.

Entre as doenças do milho mais comuns, destacam-se 8, como principais, veja:

  1. Cercosporiose (Cercospora zeae-maydis)
  2. Mancha Branca (Phaeosphaeria maydis)
  3. Ferrugem
  4. Helmintosporiose (Exserohilum turcicum)
  5. Mosaico na cultura do milho
  6. Antracnose na cultura do milho
  7. Mancha branca (Bipolaris maydis)
  8. Enfezamentos na cultura do milho

 

1. Cercosporiose (Cercospora zeae-maydis)

A cercosporiose (Cercospora zeae-maydis) é uma das mais importantes doenças do milho, não apenas pelo seu potencial em causar danos, mas também pela sua ampla distribuição nas regiões de cultivo do Brasil.

Havendo perda de área foliar fotossintética, especialmente das folhas medianas e superiores, que contribuem com 70% a 90% dos fotoassimilados utilizados no enchimento de grãos.

Desse modo, a perda de área foliar leva à redução no número de grãos por espiga, redução na massa de grãos, consequentemente, redução da produtividade.

Seu controle pode ser realizado com o plantio de cultivares resistentes, como também, evitar a permanência de restos da cultura de milho em áreas em que a doença ocorreu, e quebra do ciclo da doença com realização da rotação de culturas.

 

2. Mancha branca (Phaeosphaeria maydis)

A mancha branca, é uma das doenças do milho de ampla distribuição pelo territó­rio brasileiro.

As perdas podem chegar até 60% em condições favoráveis e com o plantio de híbridos suscetíveis.

O plantio tardio beneficia o aparecimento da doença na lavoura, como também, a ausência de rotação de culturas, cul­tivo safrinha e presença de restos culturais no solo.

Seu controle pode ser realizado com cultivo de cultivares resistentes, aplicação de fungicidas, realização da rotação de culturas e retirada dos restos culturais.

 

3. Ferrugem

Para realizar o manejo da ferrugem de forma mais assertiva, é importante saber qual tipo de ferrugem você tem na lavoura.

Vejamos a seguir cada uma delas separadamente!

 

Ferrugem comum

Das três ferrugens que ocorrem como doenças do milho, a ferrugem comum é a menos severa, devido ao melhoramento genético que levou a seleção adequada para resistência.

A doença caracteriza-se pela presença de manchas elípticas e alongadas, em ambas faces da folha.

Temperaturas baixas e alta umidade relativa favorecem o desenvolvimento da doença.

Seu controle pode ser realizado através de cultivares resistentes e o plantio em épocas desfavoráveis ao desenvolvimento da doença

 

Ferrugem polissora (Puccinia polysora)

Das três, a ferrugem polissora, pode ser considerada a mais deletéria, podendo representar danos econômicos de até 65% nas lavouras.

Temperaturas mais altas e umidade relativa do ar não tão alta como na ferrugem comum, são fatores favoráveis ao aparecimento da doença.

A principal medida de controle para a polissora tem sido a resistência genética do híbrido e o uso de fungicidas.

 

Ferrugem tropical ou ferrugem branca (Physopella zeae)

Os sintomas da ferrugem tropical ocorrem em ambas as faces da folha, as manchas dispostas em pequenos grupos, paralelos às nervuras de cor amareladas a castanho.

O fungo é altamente destrutivo, podendo causar grandes danos econômicos quando a planta é afetada antes do florescimento.

O desenvolvimento da doença do milho é favorecido por ambiente úmido e quente, sendo que, a luminosida­de é também um fator importante.

E o uso de fungicidas em aplica­ção foliar após o aparecimento das primei­ras manchas pode ser uma prática eficiente, como também, plantio de híbridos resistentes.

 

4. Helmintosporiose (Exserohilum turcicum)

O fungo que causa a doença do milho é Exserohilum turcicum, causando lesões primeiramente nas folhas mais velhas da cultura.

As perdas podem chegar até 50% em ataques antes do período de floração, em cultivo do milho safrinha.

Os sintomas da doença são lesões necróticas e elípticas com coloração do tecido necrosado, tendo variações na coloração de verde-cinza a marrom.

O controle da doença pode ser realizado pelo plantio de cultivares com resistência genética.

 

5. Mosaico na cultura do milho

O mosaico é uma virose importante na cultura do milho, causando prejuízos na produção.

Fator importante que contribui para o aumento da incidência do mosaico no milho é que o vírus Sugarcane mosaic virus (SCMV), agente causal da doença, infecta também outras gramíneas cultivadas e plantas daninhas.

O vetor do mosaico comum são várias espécies de afídeos, sendo o mais comum o pulgão do milho (Rhopalosiphum maidis).

Os sintomas são áreas verde-claras a amareladas entremeadas com áreas de coloração normal da planta (mosaico), podendo chegar no nível de necrose nas folhas.

O principal método de controle é realizado pelo uso de variedades resistentes a doença.

 

6. Antracnose na cultura do milho

A antracnose, provocada pelo fungo Colletotrichum graminicola, pode reduzir a produção do milho em até 40%, quando utilizadas cultivares suscetíveis e as condições de umidade forem favoráveis à enfermidade.

O fungo é bem agressivo, uma vez, que é capaz de infectar praticamente todas as partes da planta.

O emprego de materiais geneticamente resistentes à doença é uma das principais estratégias para o correto manejo, sendo que, o uso de adubação equilibrada pode ser uma medida de grande ajuda no controle da doença.

 

7. Mancha branca (Bipolaris maydis)

A mancha branca é uma das doenças do milho que ocorre em todo o território brasileiro.

O sintoma inicial é o aparecimento de manchas aquosas de aspecto encharcado e bem escuras, de acordo com evolução da doença as manchas vão clareando até atingir um tom bem claro.

A sobrevivência do patógeno ocorre em restos culturais infectados e em grãos remanescentes na área após a colheita.

O plantio de cultivares resistentes e a rotação de culturas são as principais medidas recomendadas para o manejo dessa doença, como também, a ocorrência de longos períodos de seca e de dias com muito sol.

 

8. Enfezamentos na cultura do milho

Há dois tipos de enfezamento na cultura do milho, o enfezamento pálido e o enfezamento vermelho.

Essas doenças do milho são mais comuns em regiões quentes, podendo atingir um dano de 70% na produção da lavoura.

Primeiramente, uma grande dificuldade é a distinção da doença, até porque, os agentes que causam os enfezamentos (espiroplasma e o fitoplasma) podem ser transmitidos simultaneamente.

Uma vez, que ambos são transmitidos pela cigarrinha do milho (Dalbulus maidis).

Devido ao difícil controle químico, a opção é o uso de um manejo integrado da doença.

Neste manejo incluem-se operações em que se deve considerar a multiplicação e o desenvolvimento tanto do inseto vetor como do fitoplasma ou espiroplasma.

As principais medidas que podem ser adotadas são o uso de cultivares resistentes, adequação da época de plantio, evitar plantios consecutivos e eliminar plantas voluntárias no campo que possam servir de hospedeiras.

Vejamos a caracterização de cada um dos enfezamentos separadamente.

 

Fungos causadores de doenças em plantas.

 

Enfezamento pálido

O enfezamento pálido é caudado por um espiroplasma (Spiroplasma kunkelii).

Seus sintomas são aumento do número de espigas, com pouco ou nenhum grão e o encurtamento dos internódios da planta.

O enfezamento pálido inicialmente apresenta a clorose (cor esbranquiçada ou pálida) na base foliar e depois se estende por toda a folha.

 

Plataforma Agropós

 

Enfezamento vermelho

Esta doença do milho é causada por um fitoplasma (Candidatus Phytoplasma asteris).

Os sintomas dessa doença são avermelhamento das folhas. Inicialmente com clorose marginal e seguida do avermelhamento das pontas das folhas, que se manifesta na fase de produção do milho.

Nas plantas doentes, você pode observar maior número de espigas.

Mas, essas espigas produzem poucos ou nenhum grão e também há um encurtamento dos internódios das plantas.

 

Época de ocorrência das doenças do milho

Primeiramente, para o controle eficaz das doenças do milho é o conhecimento da época que elas ocorrem. Desse modo, facilitando seu monitoramento.

Confira abaixo, o calendário da ocorrência de algumas das principais doenças do milho abordadas nesse artigo.

 

Época de ocorrência das doenças do milho

Fonte: Agronomia – DuPont Pioneer

 

Monitoramento X controle de doenças do milho

As doenças do milho é um fator importante quando medimos a produtividade da lavoura, podendo gerar grandes prejuízos ao produtor.

Neste artigo conhecemos as principais doenças que acometem a cultura, sintomas e formas de controle.

Porém, é bom lembrar a importância da consulta de um profissional da área qualificado para identificar corretamente a doença, antes de utilizar qualquer produto químico ou realização de algum tipo de controle.

Por fim, para evitar e eliminar o aparecimento de doenças na plantação de milho. É fundamental realizar o monitoramento constante, desde o plantio até a colheita.

Espero que com essas dicas você consiga ótimos resultados no controle das doenças do milho e aumente ainda mais a produção da sua lavoura.

Escrito por Juliana Medina.

Pós-graduação Fitossanidade