Cigarrinha do milho: conheça agora as 3 formas de controle!

Cigarrinha do milho: conheça agora as 3 formas de controle!

A cigarrinha do milho é a praga vetora de doenças como Spiroplasma kunkelli (enfezamento pálido) e fitoplasma (enfezamento vermelho). Essas doenças, por sua vez, são mais comuns em regiões quentes, podendo atingir um dano de até 70% na produção da lavoura.

Além disso, os efeitos dessas doenças podem comprometer significativamente o rendimento das culturas, o que torna seu controle essencial para a manutenção da produtividade.

Quer saber mais detalhes sobre a cigarrinha do milho e métodos de controle? Então, venha comigo na leitura desse artigo, onde exploraremos as melhores práticas para enfrentá-la e proteger suas lavouras.

Cigarrinha do milho: conheça agora as 3 formas de controle!

 

O que é a cigarrinha do milho?

A cigarrinha D. maidis é um inseto de cor branco-palha, podendo apresentar uma cor levemente acinzentada, com cerca de 0,5 cm. Ela se alimenta da seiva da planta de milho e realiza a postura sob a epiderme da folha, preferencialmente na nervura central das folhas do cartucho da plântula.

Além disso, a infecção com molicutes ocorre na plântula de milho, especialmente em estádios iniciais de desenvolvimento. Esses micro-organismos patogênicos proliferam nos tecidos do floema, e a planta apresenta os sintomas do enfezamento apenas na fase de produção.

Esse inseto-vetor dos molicutes sobrevive exclusivamente no milho. Habitualmente, ele migra de lavouras com plantas adultas para lavouras com plântulas recém-emergidas, estabelecendo uma dinâmica de transmissão contínua.

 

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Importância do controle da cigarrinha do milho

A família Poaceae reúne espécies de interesse agrícola de extrema importância para a alimentação humana, a produção animal, bem como, para a geração de bioenergia, tendo como um dos principais representantes dessa família, o milho (Zea mays).

A Safras & Mercado estimou a safra de milho 2019/2020 do Brasil em 105,8 milhões de toneladas.

Por isso a importância do controle da cigarrinha, onde, seu ataque pode causar grandes prejuízos ao produtor.

Logo abaixo vamos apresentar as principais doenças causada pela cigarrinha do milho.

 

Enfezamentos na cultura do milho

Há dois tipos de enfezamento na cultura do milho: o enfezamento pálido e o enfezamento vermelho. Primeiramente, uma grande dificuldade surge na distinção entre essas doenças, pois os agentes causadores dos enfezamentos (espiroplasma e fitoplasma) podem ser transmitidos simultaneamente.

Além disso, a cigarrinha do milho (Dalbulus maidis) transmite ambos. Consequentemente, devido ao difícil controle químico, a melhor opção é adotar um manejo integrado da doença.

Nesse contexto, o manejo inclui operações que devem considerar a multiplicação e o desenvolvimento tanto do inseto vetor quanto do fitoplasma ou espiroplasma.

Portanto, as principais medidas que podem ser adotadas são o uso de cultivares resistentes, a adequação da época de plantio, a evitação de plantios consecutivos e a eliminação de plantas voluntárias no campo que possam servir de hospedeiras.

Agora, vejamos a caracterização de cada um dos enfezamentos separadamente.

Em relação ao enfezamento pálido, ele é causado por um espiroplasma (Spiroplasma kunkelii). Seus sintomas incluem aumento do número de espigas, com pouco ou nenhum grão, e o encurtamento dos internódios da planta.

Inicialmente, o enfezamento pálido apresenta clorose (cor esbranquiçada ou pálida) na base foliar e depois essa clorose se estende por toda a folha.

Enfezamento vermelho

Esta doença é causada por um fitoplasma (Candidatus Phytoplasma asteris).

Os sintomas dessa doença são avermelhamento das folhas, inicialmente com clorose marginal e seguida do avermelhamento das pontas das folhas, que se manifesta na fase de produção do milho.

Nas plantas doentes, você pode observar maior número de espigas.

Mas, essas espigas produzem poucos ou nenhum grão e também há um encurtamento dos internódios das plantas.

 

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Esse vírus é transmitido pelo mesmo inseto vetor que transmite os agentes causais do enfezamento vermelho e do enfezamento pálido, geralmente ocorre simultaneamente com essas doenças.

Contudo, sua incidência é variável em áreas e em anos distintos, em geral sem atingir os mesmos níveis de incidência e danos dos enfezamentos.

Os primeiros sintomas aparecem como pequenos pontos cloróticos na base e ao longo das nervuras das folhas jovens.

Tornam-se evidentes com grande número de pontos cloróticos, que se fundem, tomando aspecto de riscas curtas.

Em geral, os primeiros sintomas dessa virose aparecem em plantas jovens no campo, cerca de 30 dias após a semeadura, e permanecem visíveis mesmo nas plantas em fase de produção.

Os sintomas da risca podem ser melhor discriminados observando-se as folhas infectadas contra a luz.

Plantas infectadas podem apresentar espigas e grãos menores que o tamanho normal.

 

Controle da cigarrinha do milho

Primeiramente, para o seu controle eficaz, é necessário o conhecimento da época que ela ocorre, desse modo, facilitando seu monitoramento.

A incidência das doenças está associada à alta densidade populacional da cigarrinha, que ocorre no final do verão (plantios tardios). Também causa danos diretos pela sucção de seiva dos adultos e ninfas.

Evitar o plantio de milho pipoca e milho doce em áreas com histórico recente de alta incidência dos enfezamentos dado à alta susceptibilidade da maioria dessas cultivares.

Em seguida veremos mais detalhados os principais métodos de controle da cigarrinha do milho.

 

Manejo Integrado de Plantas Daninhas

 

3 métodos de controle da cigarrinha do milho.

 

O controle cultural da cigarrinha do milho envolve métodos eficazes que visam evitar a multiplicação do vetor. Em primeiro lugar, deve-se evitar plantios sucessivos, o que ajuda a interromper o ciclo da praga. Além disso, é fundamental erradicar plantas voluntárias na área antes do plantio, pois essas podem servir como hospedeiras para o inseto. Outra prática recomendada é o uso de cultivares menos suscetíveis aos patógenos, o que contribui para a resistência das plantas à infecção.

Ademais, adequar a época de plantio é uma medida importante, pois isso pode reduzir a pressão do vetor. Além disso, é essencial evitar a sobreposição de ciclos da cultura, o que ajuda a minimizar os períodos favoráveis para a proliferação da cigarrinha. Por fim, a realização da rotação de culturas é uma estratégia eficaz para manejar a cigarrinha, quebrando o ciclo de vida do inseto e reduzindo sua população nas lavouras.

 

Controle químico da cigarrinha do milho:

O melhor método químico é através do tratamento das sementes com inseticidas, o que vai propiciar uma maior proteção as plântulas de milho.

 

Controle biológico da cigarrinha do milho:

O controle biológico  é feito através de produtos que contenham como ingrediente ativo o fungo Beauveria bassiana.

Os fungos têm a capacidade de penetrar na cutícula do inseto e se multiplicar no seu interior.

Há diversos produtos já registrado no mercado para manejar a cigarrinha.

 

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Monitoramento para bons resultados na lavoura

A cigarrinha do milho é considerada uma praga de grande importância econômica, quando medimos a produtividade da lavoura, podendo gerar grandes prejuízos ao produtor.

Neste artigo conhecemos as principais doenças causadas pela cigarrinha do milho, sintomas e formas de controle.

Porém, é bom lembrar a importância da consulta de um profissional da área qualificado para identificar corretamente a doença, antes de utilizar qualquer produto químico ou realização de algum tipo de controle.

Por fim, para evitar e eliminar o aparecimento de doenças na plantação de milho, é fundamental realizar o monitoramento constante, desde o plantio até a colheita.

 

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