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Adubação de soja: importância e manejo!

Adubação de soja: importância e manejo!

Nesse artigo você vai conhecer a importância de se fazer uma boa adubação de soja. E entender o que fazer para melhorar seu manejo de adubação.

No cenário atual, em questões de produtividade, o Brasil lidera a lista contribuindo com aproximadamente 37% do total produzido no mundo.

Tendo, o Brasil, em números absolutos (para a safra 2019/20) uma produção de 124,845 milhões de toneladas, em uma área plantada total de 36,950 milhões de hectares resultando uma produtividade média de 3.379 kg/ha.

Porém um dos fatores que pode limitar a produtividade da soja, assim como para outras culturas importantes, está ligado ao manejo de adubação de soja empregado.

Sendo a adubação da soja um pilar do seu sistema produtivo, quando realizado de maneira correta e otimizada. Resultara não somente em ganhos na produtividade da soja, mas também uma melhor sanidade além de evitar perdas de fertilizantes.

Então, como muitos já devem saber, para iniciar um bom manejo de adubação é necessário realizar uma análise das condições nutricionais do solo.

Outra maneira excelente de entender as condições de nutrição da sua área é através da diagnose junto a análise foliar da soja.

 

Adubação de soja: importância e manejo!

 

Todo esse processo pode ser auxiliado com por profissionais relacionados as agrarias, exto a recomendação da adução em sim que é necessário ser realizada por engenheiros agrônomos.

Mas entender alguns aspectos básicos e até mesmo mais refinados relacionados a adubação da soja pode ser muito importante para qualquer um relacionado a esse enorme setor produtivo agrícola.

Assim, ao ler esse artigo, você vai conferir desde a diagnose foliar, os requerimentos nutricionais de macro e micronutrientes da soja até os momentos em que cada um deles são requeridos pela soja.

 

 

Quais nutrientes que a soja necessita?

Assim como outras plantas, a soja necessita de minerais considerados essências (nutrientes) para conseguir completar seu ciclo de vida.

Os nutrientes são comumente divido em duas categorias: os macronutrientes e os micronutrientes.

Se você quiser saber mais sobre esse assunto confira esse outro artigo do nosso blog: Nutrição de Plantas: como a Falta de Nutrientes Afeta as Plantas?

Pois, nesse artigo vamos focar em algumas particularidades relacionas a alguns macros e micronutrientes e a adubação de soja.

 

Macronutrientes

Nitrogênio: é um macronutriente muito importante para a soja, a qual é uma leguminosa que tem em suas raízes uma associação com bactérias que otimizam a fixação biológica de nitrogênio.

Esse processo de fixação na soja é realizado por bactérias do gênero Bradyrhizobium e é comumente aplicado via tratamento sementes.

Se você quer entender um pouco mais afundo esse assunto recomento a leitura desse outro artigo do blog da Agropós: Inoculação de Sementes: Conheça os Benefícios!

Contudo, isso não significa, que não será necessário realizar de um manejo de adubação sem se preocupar com nitrogênio.

 

Nutrição Mineral de Plantas: Macronutrientes.

 

Pelo contrário, será necessário avaliar se está havendo boa nodulação das raízes em sua área de plantio.

Uma vez que o nitrogênio está altamente relacionado com estruturar (p. ex. proteína) que influenciam em aspecto produtivos na fase vegetativa até no momento do enchimento dos grãos.

Os sintomas de deficiência de nitrogênio na soja se caracterizam por uma clorose total das folhas mais velhas, seguida de necrose.

Sendo essa situação também relacionada a falta do micronutriente molibdênio o qual abordaremos mais adiante.

 

Fósforo:

O fósforo é o segundo, do conhecido trio de fertilizantes inorgânico NKP, sendo importante para a nutrição da soja pois participa de uma série de processos metabólicos.

Na composição das plantas o fosforo está presente em moléculas como a de ATP, nos fosfolipídios constituintes das membranas e dos ácidos nucleicos.

Assim uma planta de soja apresentando deficiência de fósforo vai ter seu crescimento reduzido com aspecto raquítico, baixa inserção de vagens.

Sendo o seu sintoma típico diagnosticado em folhas mais velhas apresentando coloração verde azulada.

O fósforo apresenta uma série de particularidades em relação ao solo. O que por sua vez irá influenciar totalmente em seu manejo de adubação de soja.

Se você deseja saber mais afundo sobre as interações do fósforo com solo e as plantas, recomendo a leitura desse outro artigo: Fósforo para plantas: Conheça a dinâmica desse macronutriente!

 

Potássio:

Já o terceiro do trio de formulações NPK, o potássio, diferente de seus companheiros não está ligado as estruturas da planta em si.

Em vez disso o potássio vai desempenhar funções relacionadas a regulação osmótica das células guardas dos estômatos.

Além de atuar na ativação de uma série de enzimas relacionadas a síntese do amido, proteína e energia.

Os sintomas característicos da deficiência de potássio consistem em clorose com posterior necrose das margens e pontas das folhas, inicialmente, nas folhas mais velhas.

Outros sintomas dessa deficiência pode ser apresentam plantas com retenção foliar.

 

Cálcio, Magnésio e Enxofre:

Esses outros três macronutriente pode ser menos preocupante caso já seja realizado os processos de calagem e gessagem do solo.

Devido ao fato desses insumos agrícola, calcário e gesso, possuírem cálcio, magnésio (calcário) e enxofre (gesso agrícola) em sua composição.

Essas operações além de ajudar a fornecer esses macronutrientes para a soja, vai ajudar a manejar o pH do solo. O que vai refletir diretamente na disponibilidade de todos os macros e micronutrientes no solo.

Já o processo de gessagem além de fornecer o enxofre, vai melhorar as condições em camadas mais profundas do solo.

O que vai possibilitar que as raízes aproveitei melhor o solo para absorção de água e nutrientes.

Contudo quando a planta de soja estiver deficiente de cálcio, os sintomas típicos serão primeiro nas folhas novas da soja ficando enroladas e com aspecto encarquilhado.

Isso se dá ao fato de o cálcio compor as estruturas da lamela média da parede celular vegetal.

Já quanto se tem planta de soja deficiente de magnésio os sintomas típicos serão visualizados nas folhas mais velhas com inicial clorose marginal evoluindo para internerval.

O magnésio é extremamente importante para o crescimento da planta pois estão presentes na estrutura de moléculas como a clorofila.

No caso de deficiência de enxofre pode ser confundida, aos mais desavisados, com a deficiência de nitrogênio.

Sendo elas diferenciadas pela folha em que se inicia o sintoma, que devido à baixa mobilidade do enxofre, ocorre em folhas novas da soja.

O enxofre desenvolve papel estrutural em aminoácidos. Os quais foram as proteínas além de estar presentes em vitaminas e outros produtos ligados ao metabolismo secundário da planta.

Em leguminosas como soja a deficiência de enxofre vai afetar a eficiência da nodulação com as bactérias fixadoras de nitrogênio.

 

Micronutrientes

 

Zinco:

O zinco é um dos micronutrientes que apresenta função constituinte de enzimas importantíssimas como a RNA polimerase.

Assim como também desempenha a função de ativar algumas enzimas que sintetizam os precursores da auxina, um hormônio vegetal.

Seus sintomas típicos estão relacionados com a diminuição no comprimento dos internódios, folhas novas menores, estreitas e lanceoladas e diminuição da produção de sementes.

Sendo absorção do zinco inibida quando a concentração do fósforo no solo estiver maior. Sendo esse um exemplo de interação possível entre os nutrientes.

 

Manganês

O manganês é uma micronutriente importante para muitas plantas por desempenhar papel estrutural, ativação enzimática e participação na fotossíntese no momento da quebra da molécula de água.

Seus sintomas visuais típicos vão ser uma clorose internerval nas folhas novas, seguido de branqueamento com necrose e deformação.

 

Molibdênio:

O molibdênio é um micronutriente que apresenta relação com o a nutrição do nitrogênio por constituir o centro ativo da redutase do nitrato. Essencialmente para a soja uma planta que tem a produção nódulos de fixação.

Quando uma planta esta deficiente desse micronutriente sua aparência geral é de uma clorose malhada com folhas murcha e encurvadas nos bordos.

Em leguminosas os sintomas podem ser similares a da falta de nitrogênio, além de ser característico também a supressão da fase de floração da planta.

Mas esse são só alguns exemplos de micronutrientes que a soja irá necessitar, mas todos eles necessitam cuidados no momento da adubação.

Uma questão primordial da adubação de micronutrientes é a quantidade a ser suplementada para a planta. Que como o próprio nome pode indicar, são quantidades relativamente pequenas (micro).

Assim muito cuidado ao realizar uma adubação de soja com micronutrientes pois alguns erros de calcula em sua recomendação facilmente pode causar sintomas de toxidez na planta.

Se você quer saber mais sobre outros micronutrientes recomendo a leitura desse outro texto que aborda cada um deles: Micronutrientes para Plantas: quais são e suas funções!

 

Qual o melhor adubo para a soja?

Essa pergunta geralmente vem acompanhada de outras dúvidas relacionados a realização da adubação de soja, como por exemplo, quais formulações de NPK podem ser utilizadas na adubação de soja.

Ou como pode ser feito a adubação nitrogenada na soja? Em cobertura? Via foliar? Inoculante na semente?

A verdade é que a primeira resposta para todas essas dúvidas é de que vai depender da situação em que se deseja cultivar a soja.

Pois cada local apresenta suas condições particulares de nutrição do solo, microbiologia, além da grande influência dos diferente de sistema de cultivo e manejo da soja.

Porém, em qualquer situação em que você se encontre é recomendado que se faça a análise dos teores dos nutrientes no solo.

Caso você queria entender melhor essa etapa tão importante do manejo de adubação de soja confira esse nosso outro artigo: Amostragem de Solo: quais os procedimentos corretos?

Amostrado corretamente seu solo, enviado para o laboratório de análise e quanto estiver com os resultados em mão procure um engenheiro agrônomo para que possa realizar a recomendação.  E que também poça te auxiliar no planejamento da adubação da soja.

Mas se você já faz tudo isso que eu disse acima e ainda está tendo problemas com a nutrição da sua soja, veja o que pode ser feito no próximo tópico.

 

Como você pode melhorar seu manejo de adubação de soja?

Para aqueles que já tem o costume de realizar análises de solo periódicas, em suas áreas de produção, mas gostaria refinar os cuidados com seu manejo de adubação, pode se realizar também, uma análise dos teores de nutrientes da folha.

Onde a amostragem para realizar uma análise foliar da soja recomendasse ser realizada na época de pleno florescimento. Coletando-se de 30 à 40 folhas totalmente desenvolvidas jovens junto do pecíolo dentro de hectares ou talhões homogêneos.

Cuidados como não coletar folhas danificadas e depois de períodos intensos de chuva ou operações de adubação e aplicação agroquímicos.

Se possível envie as amostras para o laboratório no mesmo dia, caso contrário será necessário adquirir informações de como deve ser armazenado as mostras nesses casos, para não comprometer a análise.

As amostras de folhas de soja devem ser enviadas contendo o máximo de informações como o número do talhão, local de coleta, data e quais são os nutrientes a serem analisados.

Essas informações bem-organizadas vão te ajudar posteriormente em tomada de decisões mais precisas no momento de adubar a soja.

Se você quer saber mais sobre os diferentes modos de realizar uma adubação de soja e assim pensar qual forma pode ser mais adequada para a sua situação recomendo a leitura desse outro texto do nosso blog: Adubação: os diferentes tipos e como realizar essas técnicas!

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Espero que após a leitura desse artigo não restem mais dúvidas em caprichar em um bom plano de manejo de adubação de soja.

Assim como ter relembrado alguns pontos fundamentais relacionados a adubação da soja.

Se quiser ler mais artigos como esse e de outros assuntos de seu interesse continue navegando em nosso blog. E deixe seu comentário abaixo sobre o que achou desse conteúdo.

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Sorgo: aprenda um pouco as características dessa cultura!

Sorgo: aprenda um pouco as características dessa cultura!

O sorgo é o quinto cereal mais produzido no mundo, depois do trigo, arroz, milho e cevada.

E nos últimos anos, a cultura tem tomado lugar de destaque no Brasil, principalmente no período da safrinha.

Sendo assim, para ampliar seu conhecimento acerca desse cereal, neste texto vamos focar em práticas para a implantação do sorgo, apresentando um pouco das características da cultura.

Confira!

 

Sorgo: aprenda um pouco as características dessa cultura!

 

O que é sorgo?

O sorgo (Sorghum bicolor L.) é um cereal originário da África, que foi domesticado entre 3 mil e 5 mil anos atrás.

A cultura é conhecida por sua utilização na alimentação animal, principalmente nos EUA, América do Sul e Austrália.

Ele também pode ser uma rica matéria-prima para alimento humano, como a farinha de sorgo. Principalmente por ser rico em fibras, ácidos fenólicos e taninos.

A cultura, nos últimos anos, tem apresentado uma expressiva expansão no Brasil, principalmente na sucessão às culturas de verão.

Atualmente o país é o 9º maior produtor mundial, sendo 65% para consumo interno e a maior parte destinada para alimentação animal.

Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção de sorgo esperada nesta safra é de 2,174 milhões de toneladas, sendo os estados de Goiás e Minas Gerais os maiores produtores.

Agronomicamente, o cultivo pode ser classificado em quatro tipos, sorgo granífero, sorgo sacarino, sorgo vassoura e sorgo forrageiro.

 

 

Tipos de sorgo cultivados

 

Sorgo granífero

Esse tipo é constituído por plantas de porte baixo, de até 170cm, com uma panícula na sua extremidade superior, onde ficam os grãos, seu principal produto.

No entanto, após a colheita dos grãos o restante da planta pode ser usada como feno, pastejo ou incorporada ao solo.

 

Sorgo sacarino

São plantas de porte alto, fracas em produção de sementes e com caules muito rico em açúcares, sendo apropriado para silagem e/ou para produção de açúcar e álcool.

Toda cultivar de sorgo sacarino pode também ser utilizada como forrageira.

 

Sorgo forrageiro

O sorgo forrageiro é um tipo de porte alto, com plantas superiores a dois metros, elevada produção de forragem e adaptado principalmente ao Agreste e Sertão de Alagoas e regiões similares.

Este tipo é utilizado principalmente para pastejo, complemento alimentar para gado, fenação e cobertura morta.

 

Sorgo vassoura

Como o nome sugere, esse sorgo é usado na fabricação de vassouras, principalmente na região do Rio Grande do Sul.

A sua principal característica é a panícula em forma de vassoura, mas as outras partes da planta podem ser utilizadas na alimentação animal.

 

Características para a implantação do sorgo

 

Clima

O sorgo possui um sistema radicular profundo e ramificado, o que aumenta a eficiência na extração de água da solução de solo, tornando a cultura bastantes tolerante à seca.

A quantidade de água exigida durante o ciclo da cultura varia de 450 a 500 mm e ocorrendo déficit hídrico a taxa de crescimento da cultura diminui.

A cultura também é resistente a altas temperaturas, possibilitando que se desenvolva em condições consideradas desaforáveis para o cultivo de outros cereais

Na fase de florescimento, o cultivo necessita de temperaturas médias diárias superiores a 18ºC, sendo as melhores condições térmicas entre 26 e 30ºC.

Devido as estas características a cultura se adapta facilmente a locais áridos e com escassez de chuva.

 

Cultivares

A escolha da cultivar é essencial para alcançar elevadas produtividades. Portanto, o produtor deve ser bem criterioso antes de tomar esta decisão.

Em primeiro lugar, deve-se levar em consideração a finalidade à qual o plantio se destina, se à produção de grãos, à produção de silagem ou ao pastejo dos animais.

Além disso, devem-se considerar também se as cultivares são adaptadas à região onde será realizado o plantio.

 

Plantio

A época de plantio do sorgo depende se o cultivo será de verão ou de safrinha.

No cultivo de verão, a semeadura é realizada no início do período chuvoso. Já no cultivo de safrinha, o mesmo é realizado logo em seguida à colheita da safra normal.

Ele pode ser plantado através de plantio convencional, quando o solo é arado, gradeado e nivelado. Ou através do plantio direto na palhada, com o mínimo de revolvimento do solo.

A semeadura da cultura pode ser feita com o mesmo maquinário usado para soja, arroz, trigo, ou outros grãos.

 

Adubação e nutrição

A adubação de plantio deve ser realizada conforme os resultados da análise do solo, que deve ser realiza antes da implementação da cultura.

A maior exigência nutricional do sorgo é o nitrogênio e potássio, seguindo-se cálcio, magnésio e fósforo.

O fósforo e o nitrogênio são quase todos translocados para os grãos. Portanto, a incorporação dos restos culturais da plantação pode devolver ao solo parte dos nutrientes contidos na palhada, como potássio, cálcio e magnésio.

Contudo, mesmo com a manutenção da palhada na lavoura, faz-se necessária a reposição desses nutrientes em cultivos seguinte.

 

Principais doenças do sorgo

O sorgo está sujeito à incidência de várias doenças, das quais podem ser limitantes à produção da cultura.

Dentre as principais doenças que afetam a cultura no Brasil, estão:

  • Antracnose (Colletotrichum graminicola),
  • Míldio (Peronosclerospora sorghi),
  • Helmintosporiose (Exserohilum turcicum),
  • Ferrugem (Puccinia purpurea),
  • Doença açucarada do Sorgo ou ergot (Claviceps africana),
  • Podridão seca (Macrophomina phaseolina).

 

Nutrição Mineral de Plantas: Macronutrientes.

 

Nos últimos anos, a antracnose tem sido a principal doença da cultura no Brasil, gerando perdas na produção que podem ser superiores a 70%.

Já a helmintosporiose tem chegado a causar perdas superiores a 50% da produção, quando ocorre antes da emergência da panícula.

O míldio e a ferrugem do sorgo são doenças que podem ser encontradas em todas as regiões de plantio da cultura no Brasil.

Medidas como rotação de culturas, eliminação de plantas doentes, eliminação de hospedeiros alternativos/invasoras e resistência genética, podem diminuir significativamente a população do patógeno na área de cultivo.

 

Principais pragas do sorgo

O produtor deve estar sempre atento a ocorrência de pragas na cultura do sorgo, pois elas podem ocorrer do plantio até a colheita.

Dentre as pragas que requerem maior atenção do produtor estão:

  • cupins subterrâneos (Heterotermes, Syntermes e Proconitermes),
  • lagarta elasmo (Elasmopalpus lignosellus),
  • lagarta do cartucho (Spodoptera frugiperda),
  • broca-da-cana (Diatraea saccharalis),
  • pulgão-verde (Schizaphis graminum)
  • lagarta da panícula (Helicoverpa armigera)

Deste modo, é importante visitar com frequência a lavoura para identificar as espécies que estão causando danos e adotar medidas de controle

 

Plantas daninhas do sorgo

O crescimento lento do sorgo nos estádios iniciais torna-o susceptível às plantas daninhas e um dos principais problemas na cultura tem sido o seu controle.

O período crítico para o controle das plantas daninhas na cultura está entre 20 e 42 dias após emergência da plântula.

Se não controladas no momento correto, as plantas daninhas podem ocasionar perdas na produtividade de 30 a 75%.

Portanto, o manejo integrado de plantas daninhas deve ser empregado para permitir a obtenção de produção máxima.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

A cultura do sorgo vem ganhando importância em todo mundo nos últimos anos. Sua boa adaptação a ambientes secos, alta produção e sua versatilidade, são fatores que tem contribuído para o aumento da área plantada desta cultura.

No entanto, o planejamento e manejo adequado da cultura, são de grande importância para a obtenção de rendimentos elevados.

 

Análise do solo: ferramenta indispensável na agricultura!

Análise do solo: ferramenta indispensável na agricultura!

Você já parou para pensar a importância da análise do solo para agricultura? Neste artigo você vai encontrar as repostas para essa pergunta, além de conhecer os procedimentos adequados para diagnosticar o solo em que deseja cultivar.

Venha comigo!

 

Análise do solo: ferramenta indispensável na agricultura!

 

A análise do solo é fundamental para que o agricultor possa diagnosticar as condições do solo tanto químicas como físicas, como os teores nutricionais, acidez e o tamanho das partículas, permitindo avaliar a necessidade de calagem, quanto e qual tipo de calcário deve ser utilizado e quais nutrientes devem ser fornecidos por meio de adubação.

Ou seja, a garantia de uma alta produtividade aliada a preservação do meio ambiente passa por um solo fértil e conservado e a análise do solo é fundamental para propiciar as melhores condições para as culturas desejadas.

 

Principais objetivos da análise do solo  

Essas amostras a serem coletadas do solo anualmente, geralmente é feita antes do plantio das culturas, sejam anuais ou perenes. Através dessa técnica é possível;

  • Identificar fatores limitantes de rendimento de cada propriedade;
  • Indicar a capacidade de fornecimento de nutrientes do solo, servindo de ponto de partida para o uso de recomendação de fertilizante e calcário;
  • Identificar e entender a variabilidade natural da sua fazenda;
  • Monitora a fertilidade do solo e as tendência a longo prazo, de forma que os programas de manejo de nutrientes possam ser ajustado para atender as metas.

 

 

Tipos de análise do solo

 A análise de solo mais utilizados pelo produtor rural são:

Análise química básica:  Assim você saberá como está a integridade frente ao manejo do solo, já que tanto o plantio direto ou convencional, com ou sem rotação, adubação verde, diferentes culturas, entre outros, influenciam na disponibilidade de nutrientes no solo.

Analise química completa: A principal ferramenta utilizada para avaliar a fertilidade do solo é a análise química de solo. É o tipo de verificação que é feita quando é necessário que sejam avaliados todos os macronutrientes e os micronutrientes do solo. Ou seja, o dimensionamento é em cima de todo nutriente que a planta necessita em grande quantidade (macronutrientes) e também os que são necessários em doses menores (micronutrientes).

Análise granulométrica: Determina a proporção de constituintes do solo (areia, silte, argila) que influenciam no correto uso e manejo, indicando risco de erosão, disponibilidade de água para as plantas, o uso econômico de adubos, a mecanização adequada e qual a melhor cultura. Complementa a análise química, garantindo maior segurança para o diagnóstico.

É importante que elas sejam realizadas em conjunto, para que seja possível relacionar as proporções de nutrientes e acidez com o potencial de uso e manejo do solo. O resultado das duas análises permite a elaboração de um diagnóstico de fertilidade mais preciso.

 

Nutrição Mineral de Plantas: Macronutrientes.

 

Importância da análise química no planejamento agrícola

A importância da análise química do solo é de avaliar a fertilidade do solo informando os parâmetros associados à acidez, teor de matéria orgânica, e disponibilidade de nutrientes, em razão de que a análise influencia na qualidade de todo planejamento agrícola.

Abaixo na tabela mostra a os nutrientes base das plantas, pois cada macro e micronutriente são essências ao crescimento das plantas e importantes para todo o processo agrícola.

 

Tabela 1: Nutrientes e as formas químicas como são absorvidas pelas plantas

Tabela 1: Nutrientes e as formas químicas como são absorvidas pelas plantas

(Fonte: Agropos,2019)

 

Esse tipo de análise é muito eficaz quando não há nenhuma informação sobre a propriedade, para novas áreas ou mudança brusca de sistema produtivo. Outra indicação é nos casos em que ocorreu algum problema nutricional na safra anterior e ele não ficou claro.

A partir do resultado do laudo é feita a prescrição para o uso prudente de fertilizantes e corretivos, possibilitando maior produtividade e ao mesmo tempo lucratividade ao agricultor, além de um maior cuidado com o meio ambiente.

 

Importância da análise física no planejamento agrícola

Através da análise física você conhece a textura do solo, ou seja se contem argila, silte e areia. Identificando as diferenças em cada pedaço de sua propriedade você consegue perceber os melhores manejos para cada talhão.

Essa diferenciação possibilita conhecer o potencial de uso e manejo do solo na área, como por exemplo, a disponibilidade de água para as plantas, risco de erosão e potencial de mecanização, entre outros.

 

Tabela 2: Relação entre textura e propriedades do solo.

Tabela 2: Relação entre textura e propriedades do solo.

 (Fonte: Agropós, 2020)

 

Metodologia de amostragem

Para realização de uma boa análise do solo é preciso saber os procedimentos adequados de forma cuidadosa para que não tenha interferência no resultado como;

 

Divisão da área

A área deve ser dividida em partes que sejam mais homogêneas, para que as amostras coletadas sejam representativas. Assim, devemos considerar quais culturas existiam anteriormente, quais as práticas de adubação, a posição na paisagem (topo, encosta ou várzea).

 

Divisão e seleção de Glebas

A divisão e seleção de Glebas é fundamental para sucesso na coleta de amostras, a área total (heterogênea) pode ser dividida em glebas (homogêneas) delimitadas e dimensionadas de acordo com alguns aspectos de maior relevância, uma vez que se entende que normalmente as áreas não são homogêneas.

Dentre esses aspectos, têm-se coloração e textura do solo, relevo, histórico de manejo, matéria orgânica, nível de nutrientes, cobertura vegetal e produtividade.

Exemplo de separação de glebas e caminhamento em zigue- zague para coleta.

 

DIVISÃO E SELEÇÃO DE CLEBAS

(Fonte: Agropos,2019)

 

Ferramentas a utilizar

Para que realize a coleta das amostras para a análise do solo é preciso que escolha a ferramenta adequada pra o tipo de solo. Tais como: enxadeco ou enxadão, pá reta, tubo tipo sonda de amostragem, trados (Holandês, caneco, etc.), pá de jardinagem entre outros.

Em seguida escolher a profundidade desejada na amostragem do solo, as mais comuns são de 0-20 cm e de 20-40 cm.

 

Coleta da amostragem

As amostras devem ser retiradas separadamente em cada talhão homogêneo, caminhando-se ao acaso em zigue-zague na área, para formar a amostra composta.

O número de amostras simples não deve ser inferior a 10 pontos por talhão homogêneo, sendo ideal em torno de 20 pontos. Não se deve coletar a amostra do solo próximas a casas, galpões, brejos, voçorocas, caminhos de pedestres, formigueiros etc., evitando introduzir erros na amostragem.

As amostras podem ser simples e compostas: Amostras simples devem ter o mesmo volume de solo e coletadas na mesma profundidade, e posteriormente homogeneizadas para a formação de uma amostra coma das glebas.

 

Amostragem de solo

 

Além disso, são coletadas aleatoriamente dentro de uma área homogênea, normalmente utilizadas apenas para a realização da classificação de solo. Amostras compostas são formadas a partir da união de diversas amostras simples, coletadas aleatoriamente, em área homogênea e enviadas ao laboratório.

 

Época da amostragem

As análises do solo pode ser realizada em qualquer época do ano, mas devemos nos atentar para o fato de que a correção de acidez precisa ser realizada de 3 a 6 meses antes.

Assim, antes desse prazo, precisamos coletar as amostras, enviar para o laboratório de análise, interpretar os resultados, fazer as recomendações e comprar os corretivos e fertilizantes.

Também, devemos evitar a amostragem logo após uma aplicação de fertilizantes, caso a área possuir uma cultura anual, pois ela ainda irá absorver e exportar esses nutrientes nos grãos.

 

Envio das amostras ao laboratório

Retirando as amostras é feita a homogeneização, formando as amostras compostas, essas devem ser embaladas com sacos plásticos para evitar contaminação, identificadas corretamente e enviadas ao laboratório de sua confiança.

É importante informar que erros na amostragem não podem ser corrigidos no laboratório. Por isso é necessário seguir corretamente os procedimentos descritos e principalmente evitar contaminações durante a coleta, secagem, embalagem e transporte das amostras.

E extremamente importante que os formulários sejam devidamente preenchidos, já que servirão para ajudar na interpretação dos resultados da análise e na recomendação de calagem e adubação, além de manter um histórico de uso das áreas.

 

Interpretação de análise do solo

Após a coleta e análise do solo, a interpretação da acidez ativa é feita conforme figura abaixo a escala de pH varia entre 0-14 e pode ser classificada como:

 

INTERPRETAÇÃO DE ANÁLISE DO SOLO

(Fonte: Agropós, 2020)

 

Um valor de pH igual a 7,0 é neutro, ou seja, as atividades dos íons H+ e OH- na solução são iguais. Valores abaixo de 7,0 são ácidos (predomina o H+) e acima de 7,0 são básicos (predomina o OH- na solução do solo).

Normalmente, o pH da solução do solo (fase líquida do solo) varia entre valores de pH 4 e 9. No entanto, a maioria das espécies cultivadas crescem e tem maior produtividade numa faixa de pH de 5,5 a 6,5.

Isso implica o manejo do solo para adequação de seu pH a valores que beneficiam o crescimento e produtividade das culturas, quando possível. A Interpretação é feita conforme a tabela abaixo.

 

Tabela 3: Interpretação de Acidez ativa do solo.

(Fonte: Agropós, 2019)

 

Com a interpretação da acidez ativa do solo podemos identificar uma melhor disponibilidade de Nutrientes para as plantas.

Os nutrientes são subdivididos em Macronutrientes e Micronutrientes. Os Macronutrientes são nutrientes requeridos em maior quantidade pelas plantas (da ordem de g/kg de matéria seca da planta) e os Micronutrientes são absorvidos pelas plantas em pequenas quantidades (da ordem de mg/kg de matéria seca da planta).

Dessa forma, normalmente os agricultores tendem a aplicar grandes quantidade por hectare de nutrientes como nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K), cálcio (Ca), magnésio (Mg) e enxofre (S), considerados macronutrientes.

Enquanto, nutrientes como boro (B), ferro (Fe), zinco (Zn), manganês (Mn), cobre (Cu), molibdênio (Mo) e cloro (Cl), são considerados micronutrientes e, normalmente, são fornecidos em algumas fases do ciclo da planta, principalmente, via adubações foliar.

 

Benefícios da análise do solo

Os principais benefícios que a amostragem e análise de solo podem proporcionar incluem:

  • Aumento da produtividade por meio da identificação de nutrientes ou fatores químicos do solo que estão limitando o crescimento das plantas;
  • Aumento da eficiência com a recomendação de adubação necessária, ou seja em proporções de fertilizantes adequadas para os diferentes solos e culturas;
  • Se feito com agricultura de precisão, ou mesmo baseado em talhões, permite o manejo diferenciado em cada área, otimizando ainda mais as operações;
  • São análises rápidas e, em geral, de baixo custo.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Portanto com a análise do solo é possível estabelecer correções nutricionais do mesmo e com isso, promover a melhoria e manutenção da fertilidade do solo, levando a um aumento expressivo na produtividade das culturas e qualidade de alimentos.

Além do fornecimento dos nutrientes, a análise do solo, é fundamental para uma correta correção do PH do solo, permitindo, assim, uma melhor disponibilidade dos nutrientes para as plantas.