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Uso de agentes biológicos na agricultura cresce

A produção de açúcar e álcool passa por processo inovador e o uso de agentes biológicos na agricultura cresce. Até então, os fertilizantes químicos eram empregados no controle de pragas. A intenção é que esses microrganismos possam ser utilizados com total controle nas plantações e também sejam comercializados. É uma realidade que também tende a mudar o quadro de alta dependência do Brasil em relação ao mercado de fertilizantes.

Uma das usinas que adotou os biológicos para aumento de produtividade na plantação de cana-de-açúcar é a Santo Ângelo, instalada em Pirajuba, no Triângulo Mineiro. A empresa firmou parceria com a Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias (FCV) da Universidade Estadual Paulista (Unesp), localizada em Jaboticabal, na Região Metropolitana de Ribeirão Preto, em São Paulo.

Estudos Sobre os Agentes Biológicos

Até estudos recentes, os agentes biológicos eram utilizados somente para o controle de pragas, principalmente na cana-de-açúcar. Em outras plantações, como os campos de soja, essa cultura já era comum. Everlon Cid Rigobel, professor da Unesp, destaca os benefícios do microrganismo para a plantação.

“O microrganismo mineraliza, trata o fósforo e a planta. Ele não mexe. A agricultura tem passado por transformação. O desafio é reduzir custo de produção, diminuir quantidade de defensivo agrícola (fertilizante) e buscar mecanismos com esse potencial. Não falamos de substituição, mas acredito que teremos benefícios, ganhos. Talvez utilizando solubilizador de fosfato eu use menos fósforo”, disse o especialista ao Estado de Minas.

Fator Fósforo nos Agentes Biológicos

O fósforo é fundamental para a plantação por uma série de questões, envolvendo fotossíntese, respiração e toda formação das plantas. Já é comprovado pelos testes que os biológicos não produzem fósforo, mas atuam de outra maneira atuando sobre esse macronutriente.

“Temos microrganismos que têm capacidade de fornecer nutrientes para plantas, mas eles não produzem nutrientes. Pode ser como um fixador de nitrogênio, de forma que a planta consiga assimilar melhor. Isso facilita na produção de ácido orgânico ou enzimas, para que o biológico mineralize o fósforo do solo. E outra, o que a planta não assimila, deixa disponível no solo”, explicou o professor da Unesp.

Uso de biológicos nos canaviais avança

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a empresa Bioma desenvolveram, em agosto do ano passado, trabalho semelhante ao realizado na Usina Santo Ângelo, mas não em escala experimental. Um produto, também baseado nas bactérias, tornou capaz o aumento da absorção de fósforo em plantações de milho.

“Nenhuma bactéria produz fósforo, como não produz potássio, cálcio, nada. Ela ajuda a processar um fósforo que está indisponível, porque a bactéria vai produzir ácidos orgânicos, mecanismos que solubilizam esse fósforo, e a raiz, então, poderá se apoderar dele. O ganho de produtividade é de 10%, é o que está preconizando” disse Verônica Reis, pesquisadora da Embrapa, sobre o uso dos biológicos no milho e no sorgo.

Luz no Fim do Túnel

Por fim, Everlon Rigobel destacou a importância dessa possível luz no fim do túnel em relação à dependência da utilização de fertilizantes. Os ganhos, segundo o professor da Funesp, são econômicos, ambientais e até relacionados à saúde.

“Na cana, os custos são altos. Se investe cada vez mais e não há um retorno nessa utilização. Com os agentes biológicos, vimos uma alternativa. Ainda há desconhecimento e a agricultura ainda tenta entender isso, mas estamos avançando. Esse movimento é sem volta, o agricultor não aguenta mais aumentar a carga de fertilizante, de veneno, para conseguir aumento de produtividade”, afirma. O controle biológico passou a ser entendido como opção que permite sustentabilidade.

Safra Segundo levantamento feito pela União da Indústria de Cana de Açúcar (Unica), pelo menos 34,29% da cana processada na safra 2019/2020 serão destinados para a produção de açúcar, ante os 35,21% registrados no ciclo anterior. A produção de açúcar esperada para o final do ciclo é de 26,70 milhões de toneladas, aumento de 0,72% na comparação com a oferta da safra 2018/2019.

Utilização de agentes biológicos cresceu na agricultura moderna

Mas estima-se que a indústria brasileira tenha registrado aumento de 77%, entre 2017 e 2018, os dados mais recentes disponíveis, na comercialização de insumos de agentes biológicos. As vendas teriam ultrapassado a marca de R$ 464 milhões. Entre os agentes biológicos, estão vírus, bactérias, fungos, nematoides, insetos, ácaros, algas e plantas.

É também crescente o uso de agentes biológicos na agricultura moderna, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Controle Biológico (ABCBio). Com as chamadas tecnologias digitais adotadas no agronegócio, por meio de softwares, sistemas e equipamentos, o uso de agentes biológicos de controle é beneficiado, segundo a associação.

A ABCBio estima que existam no Brasil mais de 194 produtos registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) que apresentam algum organismo benéfico em sua formulação. A maioria deles é composta por fungos. Ainda assim, é considerada baixa a diversidade das espécies distribuídas em bactérias, fungos, nematoides, insetos, ácaros e algumas cepas de vírus. “Isso evidencia a necessidade de mais investimentos em pesquisa nessa área”, afirma a associação.

Inimigos naturais Uma das mais recentes publicações especializadas sobre controle biológico e biodiversidade funcional nas Américas Central e do Sul foi lançado pelos professores Brígida Souza e Rosângela Marucci, da Universidade Federal de Lavras (Ufla), e Luis Vázquez, da Central Universyty os Las Villas, de Cuba. O livro “Natural enemiesofinsectpests in Neotropical agorecosystems” (Inimigos naturais de pragas de insetos em agroecossistemas neotropicais, na tradução para o português) descreve uma série de aspectos relacionados à conservação e aumento de inimigos naturais de pragas.

A publicação reúne 42 capítulos distribuídos em 500 páginas. Num dos trabalhados, a pesquisadora Madelaine Venzon escreveu sobre o uso de plantas espontâneas para controle biológico conservativo. Ela discute como usar plantar não cultivadas para atrair e manter inimigos naturais nas plantações.

3 passos para garantir a fertilidade do solo e aumentar a produtividade

 

Passo 1-  Faça a análise do solo

 

O primeiro passo para analisar o solo é identificar se ele é arenoso, por exemplo, no qual seus nutrientes são lavados mais naturalmente, sendo mais adequado o parcelamento das adubações.

Após a descoberta, é preciso coletar amostras do campo para que sejam feitas pesquisas e análises, a fim de:

  • identificar os nutrientes presentes no solo;
  • disponibilizar os dados corretos para o uso de fertilizantes;
  • otimizar o aumento e a rentabilidade da fertilização; e
  • exemplificar a variabilidade natural da sua lavoura.

Ao ser identificada a variabilidade do solo é possível aplicar práticas individuais em cada parte da propriedade, otimizando o manejo e fazendo um estudo mais profundo. Tais ações irão ajudar a minimizar os gastos ao descobrir o fertilizante e o adubo ideais para o solo.

Além disso, a análise do solo pode ser feita em qualquer época do ano, porém o mais adequado é no período de entressafra, pois assim haverá tempo de preparar o solo e fazer o planejamento agrícola.

 

 

Passo 2 – Planejamento de fertilizantes

 

Esse passo está ligado diretamente à sua plantação, já que as necessidades de nutrientes, cuidados e especificações para um desenvolvimento saudável variam de acordo com cada espécie.

Por isso, para os agricultores que buscam otimizar a produção, um bom começo pode ser a escolha dos fertilizantes, substâncias que, ao serem aplicadas no solo, proporcionam nutrientes fundamentais para a vitalidade das plantas.

Os fertilizantes agrícolas inorgânicos, utilizados principalmente em lavouras de soja, milho, algodão, entre outros, possuem a base química de Nitrogênio, Fósforo e Potássio (NPK), que servem para trazer benefícios específicos para as plantas, como:

  • nitrogênio: responsável pelo forte crescimento das plantas, as deixando mais saudáveis e verdes, portanto, é ótimo para as folhas e caule;
  • fósforo: importante para a floração, frutificação e enraizamento, ou seja, esse elemento é essencial para o plantio;
  • potássio: melhora a qualidade e resistência das plantas, tornando-as mais fortes para resistir ao pisoteio e os danos de pragas e doenças.

Além dos fertilizantes inorgânicos, existem no mercado vários tipos de fertilizantes agrícolas orgânicos. Segue abaixo os principais exemplos:

  • esterco – os mais utilizados são: de gado, por possuir mais fibras, o que dificulta a compactação do solo e ajuda na retenção de água; e de frango, rico em nutrientes, porém pode causar acidez no solo se utilizado em excesso;
  • farinha de ossos – rica em fósforo, matéria orgânica, cálcio e no controle da acidez do solo, sendo muito indicada para plantas floríferas e frutíferas;
  • húmus de minhoca – contém bastante matéria orgânica, que auxilia na fertilização e na recuperação das características físicas, químicas e biológicas do solo, contribuindo para o bom desenvolvimento das plantas;
  • torta de mamona – tem ação nematicida e é rica em nitrogênio, porém deve haver cuidado com seu uso perto de animais de estimação, pois a mamona contém altas taxas de ricina (veneno) e metais pesados, como cádmio e chumbo.

Como você pôde ver até aqui, há uma vasta variedade de solos, apresentando formas, texturas e cores diferentes. Portanto, é preciso analisar quais são os tratamentos preferenciais para aumentar a produtividade do solo em um curto espaço de tempo.

 

Passo 3 – Adubação do solo

 

Adubação é o processo de aplicação de fertilizantes orgânicos ou sintéticos, visando aumentar a quantidade de nutriente das plantas e expandir a produtividade da lavoura. A aplicação é feita diretamente no solo por meio de máquinas pulverizadoras (fertilizantes foliares) ou irrigação.

Adubo orgânico

Derivado de resíduos animais e vegetais (compostagem), quando colocadas no solo, se decompõem e liberam seus nutrientes extraídos das folhas, dos ossos e de fezes de animais, garantindo o desenvolvimento da flora microbiana.

Contudo, esse processo de liberação e absorção é lento. Somado a isso, pelo fato de não ter como controlar a quantidade de nutrientes nem saber se há presença de agentes patogênicos, seu uso pode resultar em acidificação do solo.

Adubo inorgânico

É produzido por meio da extração mineral, baseado em nutrientes necessários para o desenvolvimento da planta. Ao utilizar a quantidade exata, o crescimento torna-se mais eficaz. Porém, é preciso ter cuidado com a porção aplicada para não diminuir a oxigenação das plantas e o seu crescimento.

O que é fertilidade do solo? Aumente sua produtividade!

O que é fertilidade do solo? Aumente sua produtividade!

O que é fertilidade do solo? A fertilidade do solo é à capacidade do solo em suprir elementos essenciais às plantas. A boa fertilidade do solo implica em suprir quantidades e proporções adequadas de nutrientes para o crescimento e produtividade das plantas.

Esse um dos recursos naturais mais importantes na produção agrícola.

A fertilidade do solo desempenha papel principal na produtividade, solo produtivo é um solo fértil, ou seja, que contém os nutrientes essenciais em quantidades adequadas e balanceadas para o normal crescimento e desenvolvimento das plantas cultivadas.

Apresenta ainda boas características físicas e biológicas, está livre de elementos tóxicos e encontra-se em local com fatores climáticos favoráveis.

Assim, um solo pode ser fértil sem necessariamente ser produtivo.

O solo fértil é quem sustenta as plantas, armazena água e filtra a poluição.

Além disso, é primordial fonte de alimentos. Por isso, se não estiver bem cuidado, como proverá a plantação?

 

O que é fertilidade do solo? Aumente sua produtividade!

 

Nesse momento, cuidar da fertilidade do solo é essencial. Pois é o cuidado e a capacidade do solo de prover os nutrientes para as plantas que vai ajudá-las na sobrevivência e no desenvolvimento.

Variados problemas que os agricultores sofrem atualmente estão relacionados a erros cometidos no gerenciamento da fertilidade do solo.

 

As principais formas de fertilidade são:

  • Fertilidade natural – é a formação natural do solo: material de origem + ambiente + organismos + tempo;
  • Fertilidade potencial – pode manifestar determinadas condições, as quais vão identificar o que pode estar limitando a real capacidade do solo em fornecer nutrientes à plantação. Como acontece com os solos denominados ácidos;
  • A fertilidade atual – é a fertilidade do solo depois da ação antrópica (do homem). Práticas de manejo por meio da correção e adubação mineral ou adubação orgânica do solo são exemplos de práticas humanas e;
  • E a fertilidade pperacional – diferentemente das outras, essa é feita a partir dos teores de nutrientes no solo por determinados extratores químicos.

Diante disso, é preciso fazer uma análise completa do solo para estudar a fertilidade do solo e quais são os elementos que estão impactando na plantação.

Essa análise se faz fundamental porque um solo fértil pode não ter alta produtividade. Mas um solo altamente produtivo necessariamente se traduz em um solo fértil.

 

 

Como melhorar a fertilidade do solo e alcançar a produtividade?

Cerca de 50% dos solos da América Latina estão sofrendo algum tipo de degradação.

No Brasil, estamos passando por grandes problemas, como erosão, perda de carbono orgânico e desequilíbrio de nutrientes.

O Brasil é o país que mais contém áreas que podem ser agregadas à agricultura. Entretanto necessita crescer na adoção de mecanismos sustentáveis para a produção de alimentos.

 

 

Os nutrientes compostos no solo, chamados de componentes de compostos orgânicos. São fundamentais para o bom desenvolvimento das plantas, constituindo de 90 a 96% dos seus tecidos vegetais. São eles: carbono (C), hidrogênio (H) e oxigênio (O).

No entanto, esses elementos são prioritariamente produzidos pelo ar e pela água. Ou seja, tratam-se de elementos naturais que acabam negligenciados nos estudos acerca da fertilidade so solo fertilidade do solo.

No desenvolvimento de pesquisas sobre fertilidade do solo, os nutrientes são categorizados de acordo com a sua concentração nas plantas:

 

Nutrientes das Plantas

FONTE: APOSTILA AGROPÓS 2020

 

  • Macronutrientes primários – nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K);
  • Macronutrientes secundários – cálcio (Ca), magnésio (Mg) e enxofre (S);
  • Micronutrientes – boro (B), ferro (Fe), zinco (Zn), manganês (Mn), cobre (Cu), molibdênio (Mo) e cloro (Cl).

Para o bom desenvolvimento e crescimento vegetal é necessário que haja disponibilidade e absorção desses nutrientes em proporções adequadas, pois, o desequilíbrio em suas proporções pode causar deficiência ou o excesso desses nutrientes, e em ambos casos o erro no fornecimento dos nutrientes (seja para mais ou para menos) pode causar limitações ao crescimento e produtividade das plantas, sintomas de deficiência/fitotoxidez ou mesmo levar a planta à morte.

Por isso, fazer a gestão completa dos nutrientes visa aumentar a eficiência do uso agronômico dos recursos e aprimorar a produtividade das plantas.

Dessa forma, o manejo correto do solo e a criação um plano de estruturação se tornam pontos fundamentais no cultivo de qualquer lavoura.

 

Nutrição Mineral de Plantas: Macronutrientes.

 

3 Formas para garantir a fertilidade do solo e aumentar a produtividade

 

1° passo – Faça a análise do solo

O primeiro passo para analisar o solo é identificar se ele é um solo arenoso. Por exemplo, no qual seus nutrientes são lavados mais naturalmente. Sendo mais adequado o parcelamento das adubações.

Após a descoberta, é preciso coletar amostras do campo para que sejam feitas pesquisas e análises, a fim de:

  • identificar os nutrientes presentes no solo;
  • disponibilizar os dados corretos para o uso de fertilizantes;
  • otimizar o aumento e a rentabilidade da fertilização; e
  • exemplificar a variabilidade natural da sua lavoura.

Portanto, ao ser identificada a variabilidade do solo é possível aplicar práticas individuais em cada parte da propriedade, otimizando o manejo e fazendo um estudo mais profundo.

Tais ações irão ajudar a minimizar os gastos ao descobrir o fertilizante e o adubo ideais para o solo.

Além disso, a análise do solo pode ser feita em qualquer época do ano. Porém o mais adequado é no período de entressafra, pois assim haverá tempo de preparar o solo e fazer o planejamento agrícola.

 

Amostragem do solo

Para que o agricultor conheça a disponibilidade nutricional do solo é necessário a realização de uma adequada coleta e análise do solo. E com isso propor a recomendação correta de fertilizantes e corretivos, que, por sua vez, serão responsáveis por parte considerável da produtividade da cultura de interesse.

Para realização da correta amostragem do solo, alguns questionamentos frequentes devem ser considerados.

 

Como retirar as amostras?

Inicialmente, é preciso separar área de cultivo em sub-áreas mais homogêneas, denominadas de glebas.

Considerando-se a topografia, cobertura vegetal natural ou uso agrícola, textura, cor, condições de drenagem do solo e histórico de manejo. Isso, porque, dentro das glebas, a variabilidade da distribuição dos nutrientes é menor.

Portanto, permite a estimativa da fertilidade média do solo com um menor número de amostras e também menor erro.

Dentro de cada gleba, deve-se realizar a extração de amostras simples. Retiradas em pontos representativos da área, através de um caminhamento em zig-zag.

Ressalta-se que antes da coleta é necessário a retirada da vegetação ou partes mais superficiais do solo.

As amostras simples devem ter o mesmo volume de solo e coletadas na mesma profundidade. E posteriormente homogeneizadas para a formação de uma amostra composta da gleba.

Exemplo de separação de glebas e caminhamento em zigue-zague para coleta das amostras simples.

 

Amostragem de solo

FONTE: AGROPÓS 2020

 

2° Passo – Planejamento de fertilizantes

Esse passo está ligado diretamente à sua plantação, já que as necessidades de nutrientes, cuidados e especificações para um desenvolvimento saudável variam de acordo com cada espécie.

Por isso, para os agricultores que buscam otimizar a produção, um bom começo pode ser a escolha dos fertilizantes. Substâncias que, ao serem aplicadas no solo, proporcionam nutrientes fundamentais para a vitalidade das plantas.

 

Fertilizantes agrícolas inorgânicos:

Utilizados principalmente em lavouras de soja, milho, algodão, cana-de-açúcar, entre outros, possuem a base química de nitrogênio, fósforo e potássio (NPK), que servem para trazer benefícios específicos para as plantas, como:

  • nitrogênio: responsável pelo forte crescimento das plantas, as deixando mais saudáveis e verdes, portanto, é ótimo para as folhas e caule;
  • fósforo: importante para a floração, frutificação e enraizamento, ou seja, esse elemento é essencial para o plantio;
  • potássio: melhora a qualidade e resistência das plantas, tornando-as mais fortes para resistir ao pisoteio e os danos de pragas e doenças.

 

Fertilizantes agrícolas orgânicos:

Segue abaixo os principais exemplos:

  • esterco – os mais utilizados são: de gado, por possuir mais fibras, o que dificulta a compactação do solo e ajuda na retenção de água; e de frango, rico em nutrientes, porém pode causar acidez no solo se utilizado em excesso;
  • farinha de ossos – rica em fósforo, matéria orgânica, cálcio e no controle da acidez do solo, sendo muito indicada para plantas floríferas e frutíferas;
  • húmus de minhoca – contém bastante matéria orgânica, que auxilia na fertilização e na recuperação das características físicas, químicas e biológicas do solo, contribuindo para o bom desenvolvimento das plantas;
  • torta de mamona – tem ação nematicida e é rica em nitrogênio, porém deve haver cuidado com seu uso perto de animais de estimação, pois a mamona contém altas taxas de ricina (veneno) e metais pesados, como cádmio e chumbo.

Contudo, como você pôde ver até aqui, há uma vasta variedade de solos, apresentando formas, texturas e cores diferentes.

Portanto, é preciso analisar quais são os tratamentos preferenciais para aumentar a produtividade do solo em um curto espaço de tempo.

 

3° passo  – Adubação do solo

Adubação é o processo de aplicação de fertilizantes orgânicos ou sintéticos. Visando aumentar a quantidade de nutriente das plantas e expandir a produtividade da lavoura.

A aplicação é feita diretamente no solo por meio de máquinas pulverizadoras (fertilizantes foliares) ou irrigação.

 

Adubo orgânico

Derivado de resíduos animais e vegetais (compostagem), quando colocadas no solo. Se decompõem e liberam seus nutrientes extraídos das folhas, dos ossos e de fezes de animais, garantindo o desenvolvimento da flora microbiana.

Contudo, esse processo de liberação e absorção é lento.

Somado a isso, pelo fato de não ter como controlar a quantidade de nutrientes nem saber se há presença de agentes patogênicos, seu uso pode resultar em acidificação do solo.

 

Adubo inorgânico

É produzido por meio da extração mineral, baseado em nutrientes necessários para o desenvolvimento da planta.

Ao utilizar a quantidade exata, o crescimento torna-se mais eficaz.

Porém, é preciso ter cuidado com a porção aplicada para não diminuir a oxigenação das plantas e o seu crescimento.

 

Plataforma Agropós

 

Recomendação de adubação e calagem

Após a coleta e análise do solo, para a recomendação de calcário e fertilizantes químicos ou orgânicos é necessário a comparação dos resultados da análise com valores recomendados para a cultura de interesse. De acordo com o tipo de solo, tecnologia que se deseja utilizar e também com a produtividade almejada.

Com a análise química do solo é possível estabelecer correções nutricionais do mesmo e, com isso, promover a melhoria e manutenção da fertilidade do solo.

Levando a um aumento expressivo na produtividade das culturas e qualidade de alimentos.

Além do fornecimento dos nutrientes, a análise do solo, é fundamental para uma correta correção do ph do solo, permitindo. Assim, uma melhor disponibilidade dos nutrientes para as plantas.

Sabe se que o solo é meio no qual as culturas se desenvolvem- se para alimentar e abrigar o mundo.

Entender a fertilidade do solo é compreender a necessidade básica para o desenvolvimento das plantas.

A análise da fertilidade do solo quando feita de maneira correta se torna um método indispensável para que o agricultor conheça a carência nutricional do solo que irá trabalhar.

Onde poderá fazer a recomendação de fertilizante para o sucesso do seu plantio e aumento de produtividade.

 

Agricultura vertical pode ser a solução para a produtividade

A agricultura vertical pode ser a solução para aumentar a produtividade, ao ponto em que ajuda a combater a questão da porcentagem decrescente de terras aráveis, que é um dos maiores desafios enfrentados pela agricultura em todo o mundo. A agricultura vertical é a prática de cultivar culturas em camadas empilhadas verticalmente em um ambiente controlado, onde um ambiente natural é modificado para aumentar o rendimento da colheita.

No layout físico, as plantas são empilhadas verticalmente em uma estrutura semelhante a uma torre. Dessa forma, podemos minimizar a área necessária para o cultivo de plantas. Outro aspecto que altera o cenário natural é o uso de luzes artificiais, é necessária uma combinação de luzes naturais e artificiais para manter um ambiente perfeito para um crescimento eficiente das plantas. O terceiro aspecto é o meio de crescimento para as plantas

Em vez de solo, meios de cultivo aeropônico, hidropônico ou aquapônico são usados. O quarto aspecto que torna a agricultura vertical muito mais benéfica é o fator de sustentabilidade que ela oferece. A agricultura vertical é sustentável, pois requer 95% menos água em comparação com outros métodos agrícolas.

Uma das maiores vantagens da agricultura vertical é que ela permite que os agricultores cultivem plantas em ambientes internos. Muitos agricultores não têm terras aráveis, portanto, para eles, a agricultura vertical é uma solução.

Outra é que ela permite que os agricultores cultivem mais plantas em áreas menores. Como a agricultura vertical nos permite cultivar plantas em uma estrutura semelhante a uma torre, o cultivo de uma área de 1 hectare pode chegar a 4 a 5 acres, dessa maneira você pode plantar mais culturas do que em qualquer outra fazenda.

Fonte: Agrolink

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Aplicativo faz análise financeira e socioambiental de sistemas agroflorestais

Aplicativo faz análise financeira e socioambiental de sistemas agroflorestais

Produtores rurais que cultivam sistemas agroflorestais (SAFs) – formas de produção que auxiliam na redução do desmatamento e na promoção do reflorestamento em diferentes ecossistemas – contam agora com um aplicativo para auxiliar na gestão financeira e socioambiental de suas atividades: o AnaliSAFs. O aplicativo é um sistema digital que realiza análise financeira e socioambiental de sistemas agroflorestais. O objetivo é auxiliar produtores rurais, técnicos extensionistas, pesquisadores e manejadores de SAFs no aprimoramento de suas técnicas e melhoria dos resultados produtivos, sociais e ambientais de seus plantios.

“Os sistemas agroflorestais lidam com diversos tipos de cultivos na mesma área e praticamente ao mesmo tempo. Portanto, o planejamento e a constante análise são fundamentais para o sucesso do empreendimento”, explica Marcelo Arco Verde, da Embrapa Florestas, pesquisador responsável pelo módulo de análise financeira. “Uma ferramenta que auxilie nesse acompanhamento e a fazer simulações é de fundamental importância”, explica.

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Como funciona?

O AnaliSAFs funciona em duas plataformas: em dispositivos Android, como celulares e tablets, e em computadores. A inserção dos dados pode ser feita diretamente no campo, mesmo em locais sem acesso à internet. O aplicativo armazena os dados e, quando é possível o acesso à internet, as informações são enviadas ao sistema. No computador, o usuário tem acesso aos dados coletados e à análise financeira. A ferramenta auxilia também no planejamento e na fase de acompanhamento devido à sua praticidade na obtenção dos dados parciais.

São abordadas informações sobre todas as atividades e operações necessárias para cada cultura do SAF, como custos de mão de obra e insumos, além da taxa de juros. Para cada cultivo do SAF, seja ele de curto, médio ou longo prazo, o usuário pode inserir dados individualizados. Com isso, o sistema disponibiliza uma análise financeira que possibilita ao usuário saber o impacto de cada item nos custos e receitas da produção agroflorestal.

“É possível, também, fazer simulações e projeções com análise de cenários”, explica Arco Verde. “Dessa forma, o usuário pode analisar as implicações de cada escolha feita na condução do seu sistema agroflorestal, compor cenários diferentes para cada cultura e ter a análise do SAF como um todo”, completa.

Já a análise socioambiental pode ser feita em campo mesmo e, por meio de gráficos radiais, o usuário pode analisar in loco as condições da área que está sendo trabalhada, de forma integrada. São seis grupos categorizados de perguntas que avaliam o grau de acesso que os agricultores têm a diferentes tipos de recursos: humanos; sociais e políticos; físicos; financeiros e comercialização; produtivos e resiliência ambiental; além de um grupo específico a respeito dos sistemas de produção, sua composição e manejo.

No total, são analisados 40 indicadores para, com isso, ter um retrato da situação do produtor rural em aspectos sociais e ambientais. “A partir dos resultados gerados, é possível auxiliar o produtor agroflorestal no aprimoramento e replanejamento da sua produção agroflorestal”, afirma Andrew Miccolis, coordenador nacional do Centro Internacional de Pesquisa Agroflorestal – ICRAF, na sigla em inglês, responsável por esse módulo.

“Com isso, avaliamos as vulnerabilidades e potencialidades para auxiliar no planejamento e desenho de um sistema que se encaixe naquele contexto ou, então, para avaliar um sistema já existente e analisar os principais pontos que podem ser melhorados, com SAFs que se encaixem no perfil social e ambiental daquele contexto específico”, completa Miccolis.

Thais Ferreira Maier, especialista em restauração florestal na The Nature Conservancy (TNC Brasil), que trabalhou no desenvolvimento e validação da ferramenta, analisa que o acesso aos dispositivos móveis já é uma realidade para muitos produtores e técnicos extensionistas e que o aplicativo vai justamente dar o suporte pela facilidade com que foi criado. “Se, por exemplo, o produtor comercializou algum produto que está trabalhando na propriedade, ele já pode fazer o registro dessa informação, off-line mesmo. O mesmo acontece com os custos. Isso é sincronizado e faz parte, depois, de uma análise do aplicativo”, explica Maier.

O processo de construção do aplicativo levou um ano e a validação foi feita com produtores de SAFs em São Félix do Xingu, no Pará. Segundo a produtora rural Valcilene dos Santos Primo, “fazer análise financeira é importante porque você se ‘autoeduca’: sabe no que tem que ser investido, em quanto tempo vai ter retorno, e no que não vale a pena investir”. Ela implantou há três anos e meio um SAF com cacau, açaí, jatobá, mogno africano, banana, acerola, gulosa e maracujá.

Não adianta fazer o trabalho de forma desregrada, trabalhar de qualquer forma, isso não é legal porque pode dar muito prejuízo. A rentabilidade e o lucro têm que ser levados em conta. É preciso que a gente se eduque em relação a isso para não se desgastar tanto lá na lavoura. O desgaste físico é muito grande. e então, para ganhar tempo tem que se educar sim”, reflete a produtora.

O aplicativo é uma junção da planilha AmazonSaf, desenvolvida pela Embrapa, e do sistema PlantSAFs, do ICRAF, e foi desenvolvido por meio de uma parceria entre a TNC, ICRAF, Embrapa e International Union for Conservation of Nature (IUCN). Segundo Rodrigo Mauro Freire, vice-coordenador da estratégia de restauração da TNC Brasil e coordenador do projeto Cacau Floresta, “a TNC encampou essa iniciativa para fomentar o desenvolvimento e o aprimoramento de sistemas agroflorestais sucessionais na lógica de criar alternativas ao desmatamento ou à conversão de áreas naturais pela geração de renda”.

Para ele, essa é uma forma de proporcionar um melhor manejo dos recursos naturais e também de promover a restauração florestal via sistemas agroflorestais, fazendo uso das espécies nativas com agregação de renda.

O desenvolvimento do AnaliSAFs foi feito pela Terras App Solutions, empresa especializada no desenvolvimento de aplicativos que conectam pessoas e produzem dados para a tomada de decisão rumo a uma produção responsável e sustentável, tendo trabalhado em outras soluções como por exemplo o MapBiomas.

Levantamento inédito de dados

Ao acessar o aplicativo, os usuários concordam em disponibilizar seus dados para uso em pesquisas e levantamento de informações. “Saberemos, por exemplo, que regiões e estados estão acessando mais, quais espécies estão sendo mais trabalhadas, como isso está se refletindo financeiramente e também nos aspectos socioambientais. Será um passo muito importante para quem trabalha com SAFs”, explica Maier.

“Essa pode ser uma revolução nos dados sobre SAFs no Brasil, já que não existe uma base ou mesmo um levantamento nesse sentido no País”, anima-se Arco Verde. Futuramente, a análise desses dados poderá subsidiar a formulação de políticas públicas e até mesmo o direcionamento de pesquisas e treinamentos em determinadas regiões do País que se mostrem mais carentes ou com baixo desempenho na geração de renda e impacto ambiental com SAFs.

Rodrigo Freire, da TNC, explica que “um aspecto importante é que esse aplicativo pode ser fortemente vinculado à pesquisa e à inovação, pois pode e deve contribuir para o aprofundamento das análises de sistemas agroflorestais”.

Marcelo Arco Verde explica que a planilha AmazonSaf continuará existindo e será constantemente atualizada, pois cumpre outras funções que o aplicativo ainda não atende. “Nossa intenção é sempre aprimorar as ferramentas aos produtores rurais. Os SAFs têm uma capacidade fantástica de expansão no País, mas precisam ser feitos com planejamento e muita análise”, alerta.

Capacitação

Para uso do sistema, o site disponibiliza tutoriais, vídeos e manual sobre como utilizar o AnaliSAFs. Programas de treinamento também devem ser incorporados às atividades da TNC, Embrapa e Icraf.

Para acessar o AnaliSAFs, clique aqui.

Serviço:
O AnaliSAFs foi lançado nesta quarta-feira, 29/08, às 11h30, ao fim do minicurso “Análise da Viabilidade Financeira de Sistemas Agroflorestais”, ministrado pelo pesquisador Marcelo Arco Verde, da Embrapa Florestas, durante o Congresso Brasileiro de Sistemas Agroflorestais (CBSAF), que aconteceu de 27 a 31 de agosto, em Aracaju/SE.

Notícia por Embrapa