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Picão-preto: tudo o que você precisa saber!

Picão-preto: tudo o que você precisa saber!

Picão-preto: entenda como controlar essa planta daninha e impedir que se torne um problema ainda maior na lavoura. Acompanhe!

O picão-preto, cientificamente conhecido como Bidens pilosa, é uma planta que desafia as fronteiras entre utilidade e incômodo. Originária das Américas, essa erva herbácea é dotada de sementes com ganchos adesivos, que lhe conferem o apelido peculiar de “picão-preto”.

Embora essa planta seja conhecida por suas possíveis propriedades medicinais em algumas culturas, ela também é reconhecida como uma praga na agricultura em diversas regiões tropicais e subtropicais ao redor do mundo.

Seu rápido crescimento e capacidade de competir com as culturas cultivadas por recursos essenciais fazem com que o controle do picão-preto seja uma tarefa desafiadora para os agricultores. Neste contexto, exploraremos a dualidade do picão-preto, discutindo tanto seu potencial valor medicinal como sua influência negativa nas práticas agrícolas.

 

Tudo que você precisa saber sobre o picão-preto!

 

O que é picão- preto?

Picão-preto é o nome popular de uma planta herbácea conhecida cientificamente como Bidens pilosa. Ela é originária das Américas e é encontrada em várias regiões tropicais e subtropicais ao redor do mundo.

O nome “picão-preto” refere-se às suas sementes, que têm pequenas estruturas semelhantes a ganchos que grudam facilmente em roupas e pelos de animais. Essa planta é utilizada na medicina tradicional em algumas culturas.

Acredita-se que o picão-preto tenha propriedades medicinais, como anti-inflamatórias e antimicrobianas, e pode ser usado para tratar uma variedade de condições de saúde, incluindo problemas gastrointestinais, feridas e inflamações.

No entanto, pode ser considerado uma praga na agricultura em algumas regiões. Essa planta daninha é conhecida por crescer rapidamente e competir por recursos, como água, nutrientes e luz solar, com as culturas cultivadas.

Sua capacidade de se espalhar facilmente e produzir sementes com estruturas adesivas que se prendem a roupas, equipamentos agrícolas e animais torna o controle do picão-preto desafiador.

 

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Contexto histórico

O picão-preto, também conhecido como Bidens pilosa, é uma planta daninha que tem uma história de resistência no contexto da agricultura brasileira.

Essa resistência refere-se à capacidade da planta de sobreviver e se adaptar a várias tentativas de controle por parte dos agricultores e dos métodos convencionais de manejo de plantas daninhas.

Historicamente, o picão-preto se estabeleceu em diferentes regiões do Brasil devido à sua alta capacidade de dispersão de sementes.

As sementes aderentes da planta são facilmente transportadas por animais, roupas e equipamentos agrícolas, o que contribuiu para a disseminação da planta em áreas de cultivo.

Uma das principais razões para a resistência do picão-preto é sua capacidade de desenvolver resistência a herbicidas comuns. O uso excessivo e inadequado de herbicidas levou ao desenvolvimento de populações de picão-preto resistentes a esses produtos químicos em algumas regiões do Brasil.

Isso representa um desafio significativo para os agricultores, pois as opções de controle químico se tornam limitadas quando as plantas desenvolvem resistência.

Além disso, o picão-preto compete com as culturas cultivadas por recursos essenciais, como água, nutrientes e luz solar, o que pode reduzir a produtividade das lavouras e aumentar os custos de produção.

 

Benefícios do picão-preto

O picão-preto (Bidens pilosa) tem sido tradicionalmente usado em algumas culturas para uma variedade de propósitos medicinais, e acredita-se que tenha vários benefícios potenciais para a saúde.

No entanto, é importante observar que a eficácia e segurança do picão-preto como planta medicinal não foram amplamente comprovadas por estudos científicos, e seu uso deve ser feito com cautela. Alguns dos benefícios tradicionalmente associados ao picão-preto incluem:

  • Propriedades anti-inflamatórias: acredita-se que o picão-preto contenha compostos que possuem propriedades anti-inflamatórias, o que pode ser útil no tratamento de condições inflamatórias, como artrite e doenças de pele.
  • Propriedades antimicrobianas: alguns estudos sugerem que o picão-preto pode ter propriedades antimicrobianas, o que significa que pode ajudar a combater bactérias e fungos. Isso levou ao seu uso tradicional no tratamento de infecções.
  • Auxílio digestivo: em algumas culturas, o picão-preto é usado para aliviar distúrbios gastrointestinais, como diarreia e cólicas, devido às suas propriedades antiespasmódicas e anti-inflamatórias.
  • Cicatrização de feridas: a planta é às vezes utilizada topicamente para promover a cicatrização de feridas e úlceras de pele.
  • Uso antiparasitário: em algumas regiões, o picão-preto é usado tradicionalmente para tratar infecções parasitárias, como vermes intestinais.
  • Potencial antioxidante: a planta contém compostos que têm propriedades antioxidantes, que podem ajudar a combater os danos causados pelos radicais livres no corpo.
  • Lembre-se de que, embora esses benefícios sejam mencionados na medicina tradicional, a falta de estudos clínicos rigorosos e evidências científicas sólidas torna importante ser cauteloso ao usar o picão-preto para tratar condições de saúde.

 

Malefício

O picão-preto, também conhecido como Bidens pilosa, é considerado uma planta daninha em muitas regiões agrícolas e, como tal, pode causar malefícios significativos para a agricultura.

Alguns dos principais malefícios do picão-preto para a agricultura incluem:

  • Competição por recursos: o picão-preto é altamente competitivo e pode competir com as culturas cultivadas por recursos essenciais, como água, nutrientes e luz solar. Isso pode resultar em uma redução significativa do rendimento das culturas, levando a perdas econômicas para os agricultores.
  • Interferência na colheita: as sementes adesivas do picão-preto podem se prender às colheitadeiras, tratores e outros equipamentos agrícolas, tornando o processo de colheita mais difícil e demorado. Isso pode aumentar os custos de produção e reduzir a eficiência da colheita.
  • Resistência a herbicidas: em algumas regiões, o picão-preto desenvolveu resistência a herbicidas comuns, o que torna o seu controle químico mais desafiador. Isso exige o uso de herbicidas mais caros e a aplicação de estratégias de manejo mais complexas.
  • Aumento nos custos de produção: o controle do picão-preto e de outras plantas daninhas pode representar um custo adicional para os agricultores, seja por meio da compra de herbicidas mais caros ou da implementação de práticas de manejo mais intensivas.
  • Redução da qualidade do produto: quando o picão-preto cresce em meio às culturas, pode contaminar os produtos colhidos, reduzindo a qualidade e o valor de mercado desses produtos.

Portanto, o picão-preto é amplamente considerado prejudicial para a agricultura devido à sua capacidade de competir com as culturas cultivadas e ao seu impacto negativo sobre a produção agrícola.

 

Manejo de picão- preto

O manejo eficaz do picão-preto (Bidens pilosa) em áreas agrícolas é fundamental para controlar o impacto negativo que essa planta daninha pode ter sobre as culturas cultivadas.

Aqui estão algumas estratégias e técnicas de manejo que os agricultores podem adotar para controlar o picão-preto:

 

Controle mecânico

O controle mecânico envolve a remoção física das plantas de picão-preto. Isso pode ser feito por meio de capina manual, uso de enxadas ou implementos de jardinagem para arrancar as plantas.

É importante realizar essa prática quando as plantas ainda estão jovens, antes de produzirem sementes.

 

Rotação de culturas

A rotação de culturas é uma estratégia eficaz para controlar o picão-preto. Ao alternar as culturas plantadas em uma área, você pode interromper o ciclo de vida da planta daninha e reduzir sua presença.

O cultivo de culturas diferentes a cada estação pode quebrar a continuidade do picão-preto.

 

Plantio direto

O plantio direto envolve a semeadura de culturas sem o preparo do solo. Essa prática pode reduzir a germinação do picão-preto, pois as sementes das plantas daninhas não são expostas à superfície do solo.

 

Tecnologias que agregam qualidade à pulverização

 

Uso de cobertura morta

A cobertura morta, como palha, restos de culturas anteriores ou materiais orgânicos, pode ser espalhada sobre o solo após o plantio das culturas.

Isso ajuda a inibir o crescimento do picão-preto, bloqueando a luz solar e dificultando a germinação das sementes.

 

Uso de herbicidas

Herbicidas específicos podem ser usados para controlar o picão-preto. No entanto, é importante escolher herbicidas apropriados e seguir as instruções de aplicação para garantir a eficácia e minimizar o desenvolvimento de resistência.

 

Manejo integrado de plantas daninhas (MIPD)

O MIPD envolve a combinação de várias práticas de manejo, como o uso de herbicidas, rotação de culturas, controle mecânico e outras estratégias.

A abordagem varia de acordo com as condições específicas do local e a cultura cultivada.

 

Monitoramento constante

É importante monitorar regularmente as áreas de cultivo em busca de infestações de picão-preto e tomar medidas de controle assim que as plantas daninhas forem detectadas.

 

Prevenção da disseminação de semente

Reduza a disseminação do picão-preto retirando as plantas antes que elas produzam sementes. Além disso, limpe equipamentos agrícolas e roupas que possam estar contaminados com sementes aderentes.

 

 

Plataforma Agropós

Conclusão

O picão-preto (Bidens pilosa) é uma planta que possui benefícios potenciais na medicina tradicional, mas é considerada uma praga na agricultura devido à sua capacidade de competir com as culturas cultivadas.

O manejo eficaz envolve estratégias como controle mecânico, rotação de culturas e uso de herbicidas. É essencial equilibrar seus possíveis benefícios medicinais com os impactos negativos na agricultura, adotando práticas de controle apropriadas.

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Escrito por Michelly Moraes.

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Guanxuma: aprenda a combater essa planta daninha!

Guanxuma: aprenda a combater essa planta daninha!

Plantas daninhas estão presentes em todas as áreas e em todas as culturas é necessário fazer o controle. Existem diversas espécies que afetam o desenvolvimento e produção das culturas de importância agronômica como a guanxuma. Com isso preparamos esse artigo para auxiliar os produtores no combate dessa daninha!

Acompanhe!

 

Guanxuma: aprenda a combater essa planta daninha!

 

Certamente você já ouviu falar ou precisou combater a guanxuma em sua lavoura. Esta planta daninha representa um grande problema, não é verdade?

Também conhecida como vassourinha, tupixá e chá-da-índia, a guanxuma é uma planta daninha que, assim como as outras, se não controlada, diminui o potencial de produção do pasto, afetando a capacidade de suporte das pastagens e, consequentemente, o resultado econômico da propriedade.

Por essa razão ponderar medidas para o combate da Guanxuna é necessidade comum entre agricultores, caso contrário as perdas em produtividade podem ser consequências nada agradáveis. Com isso preparamos algumas dicas para ajudar no combate dessa planta daninha.

 

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Afinal, o que é Ganxuma?

A guanxuma (Sida carpinifolia) é uma planta subarbustiva. A infestação da planta ocorre por meio da disseminação da semente, associada ao manejo inadequado da pastagem.

De cultura perene, com altura entre 0,3 e 0,7 metros, a guanxuma produz flores amarelas, normalmente, com cinco pétalas, o que facilita sua identificação na pastagem.

Além disso, a avaliação periódica dos animais também é outro fator que pode auxiliar o produtor, uma vez que a intoxicação resulta em sinais clínicos perceptíveis.

 

Principais características

Nativa da América, a guanxuma é uma planta perene e subarbustiva da família Malvaceae. Ela é particularmente resistente às condições adversas de clima e solo.

Esta é uma planta daninha recorrentes em lavouras, apresentando ampla variabilidade genética devido a sua capacidade de disseminação por via seminífera, sendo este um mecanismo de sobrevivência importante desta espécie. Sua germinação é favorecida com alternância de temperatura em 20°C a 30°C.

Essa variedade de planta daninha produz em média 510 sementes por planta, podendo a chegar até 28 mil sementes m2. Também são indiferentes à luz, sendo capazes de germinar tanto no claro quanto no escuro.

Por fim, a presença dessa planta daninha pode indicar uma possível compactação do solo, demonstrando que o cultivo é suscetível à seca e ao tombamento.

 

Interferência no desenvolvimento das culturas

A Guanxuma apresenta-se como uma planta que tem crescimento relativamente lento, fazendo com que ela seja pouco competitiva quando jovem.

Porém, quando não há o controle inicial, e a planta atinge estádios mais avançados, a competitividade com as culturas de maior interesse se torna maior, fazendo com que o controle seja mais difícil.

Quando adulta, suas folhas possuem excessivo acúmulo de tricomas (pelos) e ceras, dificultando a absorção do herbicida na planta. Além disso, vários são os fatores que influenciam a disseminação desta espécie, tais como:

  • Adaptabilidade ecológica;
  • Prolificidade de indivíduos;
  • Longevidade;
  • Alta capacidade de florescimento; e
  • Capacidade de emergir a partir de grandes profundidades no perfil do solo.

Vale citar que, mesmo podendo emergir a partir de grandes profundidades, a deposição de matéria orgânica na superfície do solo (palhada) dificulta a emergência das sementes dessa planta.

 

Principais tipos de guanxuma no Brasil

Em nosso país as principais espécies de guanxuma que infestam as lavouras são:

 

Guanxuma – Sida spinosa

Essa planta apresenta frequência média, infestando geralmente cultivos anuais ou perenes, além de pomares e pastagens essencialmente nas regiões centro e sul do País.

Plântulas: hipocótilo verde com finos pelos glandulares; folhas pecioladas de limbo ovalado; a partir da 3ª folha apresenta pequenos espinhos aos lados dos pecíolos.

Plantas adultas: caule lenhoso e ramificado; ramos novos são verdes e pilosos e os velhos são amarronzados; apresenta espinhos na base dos pecíolos; folhas verdes, porém apresentam coloração púrpura nas margens.

Culturas afetadas: cultivos anuais; pomares e pastagens. Tem maior frequência em solos arenosos (tolerando solos ácidos), nas Regiões Centro e Sul.

 

Checklist agrícola

 

Guanxuma – Sida glaziovii

Esse tipo de Guanxuma ocorre frequentemente em solos arenosos das regiões tropicais do Brasil. Tem por característica infestar áreas de pastagens, beiras de estrada, carreadores pomares, além de culturas perenes em geral.

É uma das maiores infestantes em áreas de novos canaviais no cerrado, sendo também a mais frequente, dentre as suas espécies. Seu reconhecimento ocorre através da coloração prateada de suas folhas.

 

Guanxuma – Sida rhombifolia

Dentre as espécies de guanxuma, essa é a mais encontrada em áreas cultivadas do país. Ela infesta principalmente lavouras anuais e perenes, assim como pomares e pastagens. Também é frequente em cultivos de cereais que trabalham com sistema de plantio direto.

Plântulas: hipocótilo curto com pelos retorsos; folhas cotiledonares com pecíolos com pelos simples e pouco perceptíveis; limbo de base truncada de margens inteiras.

Plantas adultas: caule cilíndrico, fibroso, de coloração verde e recobertos por uma fina pilosidade; partes mais velhas têm coloração amarronzada e perdem os pelos. Encontradas em quase todas as regiões do país.

 

Plataforma Agropós

 

Manejo e combate dessa planta daninha

O monitoramento dos pastos é importante, uma vez que a rápida identificação da planta daninha pode fazer com que o pecuarista faça o controle da infestação antes que haja a intoxicação do rebanho.

 

Métodos de controle da guanxuma

Como as sementes de guanxuma possuem dormência, o uso de herbicidas pré-emergentes é essencial, pois reduzem a necessidade de aplicações em pós-emergência.

Já quando o manejo é necessário em pós-emergência, deve-se aplicar herbicidas quando as daninhas ainda são pequenas (até 4 folhas).

Isso porque, quando adultas, suas folhas possuem maior acúmulo de pêlos e cera, o que dificulta a absorção e o transporte do herbicida na planta.

Nesse caso, como a guanxuma pode ter menor capacidade de absorção, é importante:

  • garantir uma boa cobertura do alvo;
  • utilizar bons adjuvantes, de acordo com as necessidades dos herbicidas;
  • aplicar em condições climáticas ideais.

 

 

Conclusão

Neste artigo podemos conhecer melhor sobre as guanxumas e seus os diferentes tipos. Além de abordar um pouco sobre seu manejo.

Apesar dos prejuízos que essa espécie pode causar à pecuária, quando se utiliza o controle químico adequado, a guanxuma é considerada uma planta de fácil controle.

Contudo, vale a ressalva de que o produto utilizado deve ser corretamente manejado, para que se tenha o resultado esperado.

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Tiririca planta: conheça como controlá-las!

Tiririca planta: conheça como controlá-las!

As plantas daninhas do gênero Cyperus são conhecidas por muitos nomes e têm alta frequência nas lavouras. As plantas desta espécie aguentam qualquer tipo de clima e solo, portanto, elas nascem e multiplicam-se durante o ano todo. Neste artigo vamos falar um pouquinho sobre os tipos e as formas de controle da tiririca planta. Quer ficar por dentro de tudo?

Venha Comigo!

 

Tiririca planta: conheça como controlá-las!

 

A tiririca é uma planta herbácea, bulbosa, conhecida por ser uma infestante em gramados, canteiros e na agricultura de forma geral.

Ela é possivelmente originária da Índia, mas atualmente encontra-se espalhada por todas as regiões tropicais e subtropicais do planeta, incluindo áreas temperadas.

Se você já teve a infelicidade de se deparar com a planta, deve lembrar como funciona: no começo, parece um simples capim inofensivo, que você mesmo arranca com as próprias mãos.

O problema é que logo depois o que era só uma planta se multiplica e toma conta do jardim, com várias ramificações para todos os lados prontas para conquistar uma área ainda maior do seu terreno.

 

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Afinal, o que é tiririca?

A tiririca é considerada a planta daninha mais importante na agricultura principalmente devido a sua forma eficiente de reprodução. Mesmo em regiões inóspitas, a planta Tiririca tem grande potencial de sobrevivência.

Pertence a outra família botânica, que é a família Cyperaceae, produzindo uma grande quantidade de tubérculos, bulbos basais e rizomas, além das sementes.

Portanto, é uma das plantas daninhas de maior eficiência reprodutiva que existe. Assim, ela é considerada pelos especialistas como a pior planta daninha que existe.

 

Característica

Mas você sabe quais são as suas características e como ela se desenvolve?

Apresenta folhas lineares, de cor verde intensa, brilhantes, que surgem de um bulbo subterrâneo e profundo. De cada bulbo despontam rizomas, que percorrem paralelamente o solo, e a cada pequenos intervalos, formam áreas hipertrofiadas que darão origem a novos bulbos.

Assim, muitas vezes, uma área extensa com a planta é na verdade um único espécime. Com o tempo, estes rizomas se rompem naturalmente, dividindo os indivíduos. Desta forma, a planta se alastra rapidamente.

Apesar do porte pequeno, que varia entre 15 e 50 centímetros, a tiririca pode atingir cerca de um metro de profundidade com seu sistema radicular.

As inflorescências surgem em qualquer época do ano, e são do tipo espigueta, de cor castanho-avermelhada.

 

Importância da tiririca planta

Essa planta pode ser encontrada em 92 países e, aqui no Brasil, está presente em todo o território nacional.

A sua infestação pode trazer grandes prejuízos para a lavoura. Isso acontece porque ela compete com a plantação por sol, espaço, água e nutrientes.

tiririca consegue formar até 40 toneladas de massa vegetal por hectare cada 30 toneladas extraem 815 kg de sulfato de amônio, 320 kg de cloreto de potássio e 200 kg de superfosfato por hectare números significativos de substâncias que farão falta à cultura original.

 

Quais as diferentes espécies da tiririca planta?

Existem muitas espécies da planta tiririca. Cada uma delas tem as suas características físicas, lavouras em que é mais comum e manejo adequado.

 

Cyperus difformis

Também chamada de junça, junquinho, tiririca-do-brejo e três-quinas, essa espécie de tiririca é uma planta anual, herbácea e ereta.

Ela é encontrada principalmente no sul do país e prefere ambientes úmidos ou alagados. A Cyperus difformis tem um ciclo de vida curto, o que facilita a sua propagação.

 

Cyperus distans

É uma espécie conhecida por junquinha, junça, tiririca, tiririca-de-três-quina, é uma herbácea, perene, e desenvolve por todo o país.

As folhas da base da planta saem da altura diferentes, possui caule rizomatoso curto. A inflorescência tem cor castanha.

 

Cyperus esculentus

Também chamada de tiririca mansa ou tiriricão, essa planta herbácea e perene se desenvolve em todo o país. É uma das espécies mais indesejadas de tiririca por causa do seu difícil controle.

 

Cyperus flavus

Essa espécie é mais conhecida como tiririca-de-três-quinas e também se desenvolve em todo o Brasil.

As folhas da base da planta crescem em número de até 10 e são mais curtas que o eixo da inflorescência que, por sua vez, é do tipo espiga cilíndrica e tem cor verde-amarela da ou castanha.

 

Cyperus iria    

Esta espécie de tiririca é uma planta anual, ereta e herbácea, que se desenvolve em todo o território nacional. Ela não tem rizomas, mas tem estruturas capazes de originar perfilhos.

Em sua base, você encontra duas ou três folhas verdes e mais curtas do que o eixo da inflorescência que tem cor amarelo-ferrugem.

 

Cyperus odoratus

Essa espécie é conhecida por junça, tiririca, tiririca vermelha ou tiririca-de-três-quinas. De todas as tiriricas, essa espécie é a mais agressiva, apresenta caules do tipo bulbo e rizoma

É uma planta herbácea, perene, ereta, tuberosa, rizomatosa e que se desenvolve por todo o país. O caule é triangular liso sem ramificação, com 3 brácteas no ápice com uma delas de destacando pelo seu comprimento. A inflorescência é do tipo espiga de coloração vermelho ferrugínea.

 

 

Cyperus rotundus

O capim-dandá, ou Cyperus rotundus, é uma espécie perene que se desenvolve em todo o Brasil. De todos os tipos de tiririca, este é o mais agressivo.

As folhas da base da planta são menores que o eixo da inflorescência e as flores têm coloração vermelho-ferrugem. Ela se propaga através de sementes, bulbos, tubérculos e rizomas.

 

Manejo adequado da tiririca planta

 

Quanto a prevenção

Existem algumas formas de controlar a propagação da tiririca em uma propriedade e a primeira delas é a prevenção.

O processo deve ser iniciado ainda na etapa de preparação do solo, que deve ser adubado e verificado cuidadosamente para que não haja ali nenhum rizoma ou ramificação de tiririca.

Outras técnicas utilizadas são a cobertura do solo com palha ou capim seco, limpeza das ferramentas utilizadas e a garantia da qualidade das sementes.

 

Checklist agrícola

 

Como controlar a tiririca planta

Antes de mais nada é essencial diagnosticar corretamente o problema e a sua dimensão. Nesta etapa, é importante contar com um profissional especializado, que pode identificar a extensão da infestação e definir o melhor método de controle para cada caso.

De forma geral, a maneira mais eficiente de resolver o problema é utilizando um herbicida seletivo, que elimina a tiririca, mas não causa mal ao gramado e outros tipos de planta.

Além do controle químico (herbicida), outra opção é o controle mecânico, que abrange ações como trazer os rizomas da tiririca para a superfície do solo, a fim de exterminá-los por meio da seca e do sol forte. Porém, esse método exige controle contínuo e pode demorar para trazer bons resultados.

 

Plataforma Agropos

 

Conclusão

Como você viu, a tiririca é mesmo uma espécie difícil de lidar, mas com algumas ações preventivas fica mais fácil evitar que ela se instale no seu jardim ou lavou. Além disso, existem boas estratégias de controle.

Para que esse controle seja realizado é ideal consultar um profissional especializado, para obter o sucesso na exterminar essa planta daninha.

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Escrito por Michelly Moraes.

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Corda de viola: saiba tudo sobre essa planta!

Ano após ano, produtores enfrentam infestação de plantas daninhas em suas culturas. Algumas são mais fáceis de serem removidas, enquanto outras daninhas tem seu combate bem mais complexo. É o caso da corda de viola.  Neste artigo vamos abordar tudo sobre esse assunto, não fique de fora.

Acompanhe!

 

Corda de viola: saiba tudo sobre essa planta!

 

A corda de viola, Ipomoea grandifolia ou Ipomea triloba ou Ipomoea aristolochiaefolia, se destaca como uma das plantas daninhas mais problemáticas em lavouras agrícolas no Brasil. O difícil controle da corda-de-viola nos cultivos é causado por características da própria planta.

A Ipomoea grandifolia apresenta vasta distribuição geográfica, desde o sudeste dos Estados Unidos até a Argentina. No Brasil, sua presença já foi assinalada nas regiões Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste.

Características estas as quais incluem sementes dormentes, que podem permanecer viáveis no solo por vários anos, e hábito de crescimento entrelaçado (volúvel, com hastes flexíveis), o que lhe permite escalar as plantas, diminuindo a disponibilidade de luz e reduzindo a capacidade fotossintética da cultura, bem como a eficiência da colheita mecânica.

Neste artigo, você vai conhecer mais sobre a corda-de-viola e seus potenciais prejuízos, além de aprender também como realizar o seu manejo, evitando que ela se alastre!

 

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Afinal, o que é corda de viola?

Ipomea sp. ou corda-de-viola é uma planta daninha com coloração vistosa. Seus outros nomes populares são corriola, campainha e jetirana.

Por ter diferentes espécies, (estudos indicam que existam mais de 140 tipos de corda-de-viola espalhados por todas as regiões do país) essa erva pode apresentar folhas tanto inteiras quanto recortadas. Sua flor também varia em tonalidades que vão do branco ao roxo.

A corda-de-viola é uma erva trepadeira e invasora anual, com alta adaptabilidade ao solo e que se reproduz por sementes. Em um curto espaço de tempo, ela se enrola nas culturas, podendo atingir até três metros de altura.

 

Características da corda de viola

As inflorescências são axilares, com a formação de uma a oito flores curto-pediceladas. Os frutos são cápsulas septíferas esféricas, possuem de 6-8 mm de diâmetro, de cor castanho-claro na maturação. A altura varia de 1-3 m de altura.

Com caule e ramos finos, fibrosos e longos, a corda-de-viola é muito resistente, se espalha pelo chão, conseguindo subir em obstáculos que encontra pelo caminho. Isso torna a colheita de determinadas culturas muito mais difícil, como é o caso da soja e do milho, já citados.

 

 

Ciclo reprodutivo da corda de viola

Essa espécie tem propagação via sementes, com germinação no fim do inverno e ciclo até a maturação de 150-180 dias, podendo ser reduzido para 120 dias se a germinação ocorrer no verão.

A entrada de sementes da corda-de-viola no solo pode ocorrer de duas formas: pela produção de sementes oriundas das plantas presentes na área ou pela introdução de sementes originárias de outras áreas por agentes de dispersão.

A partir da germinação das sementes há formação de raízes e caules, produção de flores e frutos e, com a produção de sementes, o ciclo se reinicia.

 

Desenvolvimento e condições do ambiente

Popularmente conhecida como corda-de-viola ou corriola, essa planta daninha trepadeira de ciclo anual se reproduz por sementes e se adapta facilmente em qualquer tipo de solo, com ou sem incidência luminosa, podendo atingir até 3 metros de comprimento.

Suas sementes apresentam grande quantidade de reserva e as respectivas plântulas conseguem emergir sob camadas consideráveis de palhada no solo.

Alguns estudos relatam que o microclima induzido pela palhada no solo pode inclusive estimular a germinação e o crescimento da Ipomoea spp., fato bastante relevante no sistema de plantio direto ou no sistema de cana crua.

 

Danos causados pela corda de viola 

A corda-de-viola causa um transtorno no processo de colheita. Quando as colhedoras passam, as daninhas podem bloquear o cilindro, fazendo com que a eficácia na colheita caia consideravelmente.

Já foi identificado em estudos que a corda-de-viola pode ser muito prejudicial, por exemplo, para a soja, a oleaginosas mais cultivadas no Brasil. Além de afetar o bolso do produtor, sua produção, em alguns casos, chega reduzir 45%.

Sem contar que seus ramos, quando se entrelaçam nas plantas, competem por recursos essenciais como água, luz e nutrientes. No período crítico de competição, que se estende, em geral, até 50 dias após a emergência das plantas, a redução da produtividade se torna mais acentuada.

Outro prejuízo causado é a elevação da umidade dos locais onde a corda-de-viola se encontra. Essa umidade é transferida para os grãos, levando a uma depreciação da qualidade da cultura e aumentando os gastos com a secagem.

Ela também favorece o aumento de pragas na armazenagem, o que representa mais uma desvantagem para o produtor na hora de comercialização das sacas, visto que qualidade entregue ao consumidor pode ficar comprometida. Durante esse período, os prejuízos provocados são irreversíveis.

 

Checklist agrícola

 

Manejo da corda de viola

A corda-de-viola exige um manejo minucioso e integrado para eliminar os problemas que ela causa.

Quando essa daninha é da espécie de folhas largas, o combate se torna ainda mais difícil.  Veja a seguir alguns controles eficazes.

 

Controle preventivo

Adotar algumas ações podem reduzir o aparecimento de plantas daninhas na lavoura. São medidas que estão ao alcance do produtor, como a limpeza rigorosa de implementos e maquinário e uso de sementes certificadas.

Essas práticas previnem a entrada de sementes de plantas daninhas no campo de cultivo e impedem que se proliferem.

 

Controle cultural

O controle cultural consiste na:

  • Escolha de espécies adaptadas à região de plantio
  • Escolha da época de plantio
  • Densidade e no espaçamento entre as plantas
  • Rotação de cultura.

Dentre essas associações de estratégias, temos plantio direto como base de formação de uma massa de cobertura sobre o solo.

A cobertura inibe a emergência de algumas espécies de plantas daninhas (principalmente gramíneas e espécies de ciclo anual) que necessitam mais luz para germinar.

 

Controle físico

O controle físico pode ser realizado por meio da solarização do solo, com fogo e/ou inundação. Para se fazer a solarização, utiliza-se uma cobertura de polietileno transparente. Com isso, a temperatura do solo aumenta, matando o embrião da planta daninha a plântula.

Quantidade de luz, umidade do solo, tempo de permanência da cobertura são fatores que influenciam no sucesso da prática.

O uso do fogo eleva a temperatura da planta em um curto espaço de tempo, ocasionando a sua morte. Já na inundação são usadas lâminas de água em espaços abertos no terreno, chamados de tabuleiros ou quadros.

 

Controle químico

O controle químico de plantas daninhas é feito com uso de defensivos, mais especificamente de herbicidas. É de fundamental importância o conhecimento sobre a dinâmica dos herbicidas e seus diferentes mecanismos de ação na planta invasora.

É preciso saber a dose correta do produto associada à tecnologia de aplicação. O momento correto de aplicação de acordo com o estádio de desenvolvimento da planta daninha e número de aplicações. Muitas vezes é utilizado como tática uma única aplicação ou aplicações sequenciais.

A tecnologia tem otimizado a aplicação de defensivos químicos no campo. O controle químico, hoje, é feito com o uso de pulverizadores tratorizados e aéreos.

 

Plataforma Agropós

 

Controle mecânico

O controle mecânico de plantas daninhas é feito por meio do arranquio manual ou uso de equipamentos como a enxada e cultivadores (enxada fixa ou rotativa).

Mesmo após a introdução de herbicidas no mercado, o uso desses equipamentos é muito comum. Principalmente em pequenas propriedades, em que o emprego de outros métodos de controle é limitado devido à falta de equipamentos e à topografia do terreno.

Já em grandes propriedades, o uso do controle mecânico de plantas daninhas é bastante reduzido, em razão da necessidade de maior agilidade.

 

Conclusão

Planta invasora muito comum, infestando principalmente linhas de cercas, terrenos baldios, lavouras perenes como pomares, cafezais entre outras culturas.

A corda-de-viola tem um potencial negativo no crescimento, desenvolvimento e produtividade de diferentes culturas, como mostrado ao longo do artigo.

Por essa razão é tão importante realizar o manejo integrado para evitar que ela traga mais prejuízos à propriedade.    Se você gostou desse conteúdo e te ajudou e esclareceu suas dúvidas. Comente e compartilhe em suas redes sociais!

Escrito por Michelly Moraes.

Pós-graduação Fitossanidade

Buva: como manejar essa planta daninha!

Buva: como manejar essa planta daninha!

A buva é uma planta daninha que tem causado grandes preocupações e prejuízos aos agricultores. Neste artigo vamos discutir um pouco sobre algumas curiosidades dessa planta, além de aprendemos como maneja-las.

Venha comigo!

 

Buva: como manejar essa planta daninha!

 

O que é buva?

A buva é uma planta classificada como invasora, muito frequente nas regiões que vão do Sul ao Centro-Oeste do Brasil.

Seu nome científico é Conyza bonariensis e ela pode ser um problema principalmente nas lavouras de trigo, soja e milho.

Na lavoura é sempre sinal de alerta. Essa planta invasora se alastra muito rapidamente e interfere no desenvolvimento da planta, o que afeta a produtividade da safra.

Só que controlar essa planta daninha não é simples. Inúmeros casos de resistência fazem com que muitos herbicidas não funcionem mais para seu combate.

 

Pós-graduação Fitossanidade

 

Características da buva

  • As plantas de buva pertencem a família Asteraceae, são anuais ou bianuais, eretas, chegando até 2,5 m de altura;
  • Possuem fácil disseminação através do vento;
  • Toleram bem condições de seca;
  • Uma planta é capaz de produzir de 100.000 a 200.000 sementes;
  • As sementes não possuem dormência;
  • Ótima germinação entre 20 a 25 °C.

 

Plantas daninhas: o que é?

Plantas daninhas são todas as plantas que estão na lavoura e não são parte da cultura principal.

Elas também podem ser conhecidas como erva daninha, mato, planta invasora, planta infestante, erva má, entre outros nomes.

O manejo e controle das plantas daninhas é considerado difícil porque elas são plantas pioneiras, com vasta produção de sementes e poder de adaptação a diversos lugares, inclusive com intempéries para o seu desenvolvimento.

Além disso, elas possuem um sistema de dormência em suas sementes, podendo ficar no solo sem germinar por um longo período.

E neste caso a buva é uma dessas ervas afetando diversas culturas como; Feijão, soja, girassol, cana de açúcar, algodão, arroz, soja e pastagens entre outras.

 

Espécies de buva

Distinguir as espécies no campo é difícil, mas algumas diferenças existentes na inflorescência auxiliam nessa identificação. Conheça algumas delas;

  • O Conyza bonariensis – os ramos laterais passam do ramo terminal e as inflorescências ficam na ponta dos ramos.
  • O Conyza sumatrensis – a inflorescência é na forma piramidal, com alta densidade de pelos na haste principal
  • E o Conyza canadensis – a inflorescência também é na forma piramidal, mas com baixa densidade ou mesmo sem pelos na haste principal.

 

Buva no brasil

A buva pode produzir até 200 mil sementes durante sua fase de reprodução. Com o vento, então, estas sementes chegam a quilômetros de distância, fazendo com que a invasora alcance culturas muito distantes.

Essa planta daninha está amplamente disseminada na região Sul, expandindo-se rapidamente para outros locais do Brasil. É uma espécie que causa sérios prejuízos na produtividade de diversas culturas.

Uma boa maneira de evitar o aparecimento da planta, então, é através do manejo de plantas. Ou seja, prevenir o seu nascimento no campo.

 

Manejo Integrado de Plantas Daninhas

 

Como prevenir o aparecimento da buva?

Podendo causar danos de até 80% na lavoura, as plantas daninhas exigem cuidados de prevenção que, muitas vezes, passam despercebidos pelos produtores.

Um deles é utilizar a rotação dos princípios ativos de herbicidas. Ou seja, utilizando diferentes tipos de herbicidas e trocando os princípios ativos, a planta invasora não tem “meios” para se tornar resistente ao produto.

Além do controle químico, então, é importante que se faça rotação de cultura entre as plantações – o que pode quebrar o ciclo de desenvolvimento da buva.

 

Resistência aos herbicidas

A resistência de plantas daninhas aos herbicidas é consequência da ocorrência de um ou mais mecanismos na planta, responsáveis por não deixarem o herbicida atuar de forma eficiente sobre o local de ação.

O manejo que tem se mostrado eficiente para o controle de buva compreende a aplicação na pré-semeadura de paraquate, porém nos últimos anos confirmou-se a presença de resistência a este importante herbicida em biótipos de buva (Conyza sumatrensis).

Havendo a possibilidade de que resistência tenha se desenvolvido também nas outras espécies. A dificuldade de manejo, principalmente em um cenário de impossibilidade de uso do paraquate.

Tanto pelos casos de resistência como pelo seu banimento, faz com que se faça necessário o uso de outros mecanismos de ação herbicida, de maneira combinada para que não se selecione novamente resistência a um outro mecanismo de ação.

 

Prática de manejo

Nas áreas com a presença de biótipos de plantas resistentes é indispensável a adoção de práticas de manejo que incluam ações como:

  1. Não utilizar, por mais do que duas vezes seguidas, na mesma área, herbicidas com o mesmo mecanismo de ação. Em casos de seleção de espécies resistentes e/ou tolerantes, deve ser implantado um sistema de rotação de mecanismos de ação de herbicidas eficazes sobre as espécies-problema;
  2. Monitorar e destruir plantas suspeitas de resistência. Após a aplicação do herbicida, as plantas que sobreviverem devem ser arrancadas, capinadas, roçadas, ou seja, controladas de alguma forma para evitar a produção e disseminação de sementes na área;
  3. Implantar programa de rotação de culturas baseado em sistema de produção. A rotação de culturas oportuniza a utilização de um número maior de mecanismos de ação herbicidas;
  4. Limpar máquinas e equipamentos. Máquinas e implementos utilizados em áreas infestadas podem disseminar as plantas daninhas, especialmente entre propriedades que adotam o aluguel de equipamentos, como colhedoras.

As oportunidades de manejo de buva ocorrem em diferentes épocas do ano, e incluem ações no inverno, dessecação pré-semeadura e controle ou catação na pós emergência da cultura.

 

Manejo no inverno

Todas as estratégias possíveis devem ser utilizadas, objetivando reduzir o número e o tamanho de plantas de buva presentes na área, para facilitar o controle com uso de herbicidas na pré-semeadura de culturas de verão.

 

Uso de herbicidas

Os herbicidas usados na cultura do trigo, como iodosulfurom, metsulfurom e o 2,4-0 controlam buva, mas seu uso deve atender as recomendações de uso para a cultura e para a planta daninha com relação ao estádio, época de aplicação e dose.

Metsulfurom deve ser utilizado, no mínimo, 60 dias antes da semeadura da soja ou do milho. A decomposição deste produto no solo pode ser reduzida, pela falta de umidade ou por temperaturas muito baixas por longos períodos, exigindo, assim, um intervalo maior entre a sua aplicação e a semeadura da soja.

 

Manejo pré-semeadura (dessecação)

As aplicações sequenciais têm apresentado excelentes resultados. Nesse caso, o glifosato associado ao 2,4-0 ou ao clorimurom é aplicado 10 a 15 dias antes da segunda aplicação.

Na qual deve ser 13 feita um a dois dias antes da semeadura, usando-se dicloreto de paraquate (2,0 Llhade produto comercial) ou dicloreto de paraquate + diurom (1,5 a 2,0 Llha de produto comercial) ou, ainda, amônioglufosínato (1,5 a 2,0 Llha de produto comercial).

 

Controle em pré-emergência

Esses herbicidas, quando utilizados na pré-emergência da soja (semear/aplicar ou aplicar/semear), proporcionam controle residual de, aproximadamente, 20 dias.

 

Controle em pós-emergência

Na pós-emergência da soja, podem ser utilizados herbicidas à base de clorimurom ou cloransulam.

Entretanto, estes herbicidas não apresentam altos níveis de controle nestas condições e muitas vezes proporcionam somente efeito supressor sobre a buva, que se recupera e completa seu ciclo, produzindo semen14 teso.

Além disso, a aplicação de herbicidas pós-emergentes associados ao glifosato pode provocar fitotoxicidade para a cultura da soja, resultando em perdas de rendimento de grãos.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Como vimos acima a Buva na lavoura é sempre sinal de alerta, pois essa erva daninha pode gerar sérios prejuízos em sua safra. Com isso, é importante que o agricultor conheça essa erva daninha e como maneja-las.

A importância na prevenção da buva é de extrema importância, pois uma vez que encontrada em sua cultura o manejo precisa ser feito de imediato, em caso de dúvidas o ideal é que o agricultor procure um especialista da área.

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