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Agregados do solo: benefícios e como evitar a agregação

Agregados do solo: benefícios e como evitar a agregaçãoAlguns agricultores podem se confundir quando o tema são os agregados do solo, pois esses componentes se parecem muito com torrões de terra.

Porém, os torrões e os agregados são bem distintos e se referem a situações opostas. Quando há bolotas de terra no solo, isso é um indicativo para a compactação do solo.

Ou seja, aquele espaço deixou de ser ideal para plantio, pois no chão não há mais porosidade para a passagem de ar, água e nutrientes. No caso dos agregados do solo a situação é bem diferente, inclusive positiva.

A diferença positiva que os agregados do solo fazem

Como os agregados do solo são partículas minerais rugosas, elas ajudam na infiltração de água, passagem de nutrientes, na respiração do solo e agem contra a compactação e erosão.

Somente o fato de evitar a compactação já desencadeia diversos outros benefícios que estão relacionados:

  • formigas, minhocas e outros seres que fazem parte do ciclo natural do solo são preservadas;
  • os micro-organismos que ficam na terra e nos minerais conseguem respirar melhor e continuam desempenhando seu papel no ciclo;
  • o desenvolvimento das raízes acontecem normalmente, sem prejudicar a estrutura da planta como um todo.

Por isso, podemos afirmar que as principais diferenças que os agregados fazem é na penetração e retenção de água, ar e nutrientes. Também, no desenvolvimento da planta e na preservação dos organismos que vivem no solo.

 

Práticas que prejudicam a agregação do solo

O fato de cada vez mais agricultores trocarem o plantio convencional pelo plantio direto e rotação de culturas também está relacionado a preservação da agregação do solo.

https://agropos.com.br/pos-graduacao-solos-e-nutricao-de-plantas/

Infelizmente, no plantio convencional algumas práticas se mostraram capazes de influenciar na compactação do solo ao longo do tempo. Por exemplo, o revolvimento, que deteriora os agregados e tira a proteção da matéria orgânica e organismos.

O uso sem controle de substrato e a queima de palha após o ciclo do cultivo também pode ser um responsável por prejudicar a agregação do solo.

 

Como conservar o solo através do manejo

Plantio direto

Como o plantio direto é a prática de conservar os restos da plantação anterior na superfície do terreno de plantio, se evita toda a etapa de preparação do solo (que se faz no plantio convencional).

Manejo integrado

O manejo integrado são as técnicas que envolvem, principalmente, a ILP (Integração Lavoura-Pecuária). Com a rotação de culturas, uma das principais práticas do manejo integrado, o solo não se desgasta com a mesma plantação sempre.

Somente isso já faz diferença na preservação da composição natural do solo e estabiliza o ecossistema local.

http://materiais.agropos.com.br/webinar-recuperacao-de-areas-degradadas

Irrigação de sequeiras

Depender somente das chuvas, o que acontece nas sequeiras, também pode influenciar na degradação do solo. A erosão vai acontecer aos poucos e eliminar a agregação do solo, prejudicando a absorção dos recursos.

Por isso que um sistema de irrigação adequado para o seu porte de produção ajuda na preservação dos agregados do solo.

 

Resumo

O principal benefício dos agregados do solo é facilitar a passagem de água, ar e nutrientes para as plantas. Também, manter os seres e micro-organismos que fazem parte do ciclo do solo.

Quanto as práticas que podem prejudicar a agregação e ocasionar a compactação e erosão, em maioria, estão ligadas ao preparo do solo no sistema convencional de plantio.

Fonte: Irrigat/

Como reduzir os riscos da agricultura?

 Como reduzir os riscos da agricultura?A agricultura pode ser comparada a uma indústria a céu aberto, onde vários fatores controláveis e não controláveis atuam simultaneamente. A produção de grãos, fibra, bioenergia e carne depende fundamentalmente de água, luz, temperatura ambiente e disponibilidade de nutrientes. Esses fatores são essenciais para a produção biológica de uma planta e para que uma determinada espécie vegetal tenha crescimento satisfatório. A produção de qualquer vegetal depende fundamentalmente da fotossíntese, que é a transformação da energia solar em energia química, tendo como resultado a produção de substâncias imprescindíveis para o crescimento e desenvolvimento das plantas.

O solo é o meio do qual a planta retira água e nutrientes. Se o solo apresenta algum tipo de limitação para a infiltração da água e/ou crescimento das raízes, quando a principal fonte de água é aquela quem vem das chuvas, a planta, com certeza, sofrerá prejuízos em consequência da deficiência hídrica.

Desta forma, ter um solo que apresente boa capacidade de infiltração e armazenamento de água, sem a presença de limitações ao crescimento das raízes, mesmo em camadas mais profundas, é uma estratégia para reduzir o impacto de eventuais períodos de estiagem quando se trata de agricultura não irrigada. Práticas que favorecem a infiltração e reduzem o escorrimento são fundamentais para que o solo possa armazenar água para utilização das plantas, além de evitar o empobrecimento decorrente do processo de erosão.

Assim, o plantio em nível e o uso de práticas de conservação são fundamentais para assegurar a capacidade produtiva do solo. A utilização de plantas de cobertura como braquiárias, crotalárias cultivadas isoladas ou em consórcio são importantes para melhoria dos atributos físicos e biológicos do solo, e, por isso, devem fazer parte do sistema de produção. Também cabe destacar que cultivares de soja de ciclo mais longo toleram mais a ocorrência de períodos com falta de chuva, quando comparadas com cultivares de ciclo precoce. Daí a importância de diversificar as cultivares.

Como a luz solar é fundamental para a fotossíntese, processo básico da produção vegetal, havendo deficiência de luz, a atividade fotossintética será prejudicada. Como resultado, não haverá produção de fotoassimilados em quantidade suficiente para atender as demandas do crescimento vegetativo e reprodutivo das plantas. Consequentemente, mesmo que os outros fatores limitantes à produção estejam sendo disponibilizados adequadamente, a produtividade biológica das plantas será afetada negativamente. Uma das estratégias para minimizar a falta de luz, ocasionada principalmente por dias nublados, é a semeadura na época recomendada pela pesquisa.

Cabe também destacar que algumas plantas, como a soja, o algodão e a mandioca, são muito sensíveis à deficiência de luz. Algumas espécies, como a soja, são altamente dependentes da luz para que ocorra a floração. O uso de cultivares/variedades indicadas para uma determinada região, em determinada época de semeadura é indispensável quando se busca produtividades elevadas.

Tanto a temperatura do ar como a do solo têm efeito marcante sobre a produtividade de determinada espécie vegetal. Em relação à temperatura do ar, pouco pode ser feito para alterá-la. No entanto, a época de semeadura é uma prática agrícola, com custo zero, que pode minimizar os efeitos da temperatura do ar, tanto as altas como as muito baixas. A Embrapa disponibiliza aos produtores brasileiros o Zoneamento Agrícola de Risco Climático, ZARC, onde encontra-se informações sobre as melhores época de semeadura para cada condição. Estas informações estão disponíveis num aplicativo denomina ZARC – Plantio Certo.

A maioria das plantas tropicais produz bem quando a temperatura do ambiente oscila entre 22º C a 30º C. Tão importante quanto a temperatura é  o tempo que predomina a temperatura do ar. A temperatura do solo, da mesma forma, apresenta um grande efeito sobre o crescimento e desenvolvimento das plantas. Neste caso o homem pode interferir, tanto positivamente como negativamente.

Em um solo descoberto, que foi “preparado” utilizando grade, dependendo se o solo é mais ou menos argiloso, a temperatura da superfície do solo pode chegar a 60º C, interferindo negativamente no crescimento das plantas. Ressalta-se que a grade é um implemento utilizado em obras rodoviárias para compactação do solo. O adequado espaçamento entre fileiras e entre plantas também proporciona melhor cobertura do solo. Além disso, num solo descoberto, a amplitude térmica é grande.

O contrário se verifica em solo onde se adota o sistema plantio direto, que consiste em um tripé: não revolvimento (preparo) do solo, solo permanentemente coberto com palha ou plantas em crescimento e rotação de culturas. A palha de qualquer espécie constitui em uma barreira que impede a elevação da temperatura, além de reduzir a perda de água do solo por evaporação. Numa condição de temperatura do solo muito alta, as raízes das plantas não conseguem extrair do solo água e nutrientes que as plantas precisam. Desta forma, não há dúvida que, para as condições brasileiras, o sistema plantio direto é o mais indicado.

Em resumo, a adoção de práticas agrícolas simples, muitas de custo desprezível, pode fazer toda a diferença quando ocorre um longo período de estiagem, chuvas excessivas, temperaturas elevadas ou muito baixas e períodos de pouca luminosidade, reduzindo assim, os riscos da agricultura.

Fonte: EMBRAPA

3 passos para garantir a fertilidade do solo e aumentar a produtividade

 

Passo 1-  Faça a análise do solo

 

O primeiro passo para analisar o solo é identificar se ele é arenoso, por exemplo, no qual seus nutrientes são lavados mais naturalmente, sendo mais adequado o parcelamento das adubações.

Após a descoberta, é preciso coletar amostras do campo para que sejam feitas pesquisas e análises, a fim de:

  • identificar os nutrientes presentes no solo;
  • disponibilizar os dados corretos para o uso de fertilizantes;
  • otimizar o aumento e a rentabilidade da fertilização; e
  • exemplificar a variabilidade natural da sua lavoura.

Ao ser identificada a variabilidade do solo é possível aplicar práticas individuais em cada parte da propriedade, otimizando o manejo e fazendo um estudo mais profundo. Tais ações irão ajudar a minimizar os gastos ao descobrir o fertilizante e o adubo ideais para o solo.

Além disso, a análise do solo pode ser feita em qualquer época do ano, porém o mais adequado é no período de entressafra, pois assim haverá tempo de preparar o solo e fazer o planejamento agrícola.

 

 

Passo 2 – Planejamento de fertilizantes

 

Esse passo está ligado diretamente à sua plantação, já que as necessidades de nutrientes, cuidados e especificações para um desenvolvimento saudável variam de acordo com cada espécie.

Por isso, para os agricultores que buscam otimizar a produção, um bom começo pode ser a escolha dos fertilizantes, substâncias que, ao serem aplicadas no solo, proporcionam nutrientes fundamentais para a vitalidade das plantas.

Os fertilizantes agrícolas inorgânicos, utilizados principalmente em lavouras de soja, milho, algodão, entre outros, possuem a base química de Nitrogênio, Fósforo e Potássio (NPK), que servem para trazer benefícios específicos para as plantas, como:

  • nitrogênio: responsável pelo forte crescimento das plantas, as deixando mais saudáveis e verdes, portanto, é ótimo para as folhas e caule;
  • fósforo: importante para a floração, frutificação e enraizamento, ou seja, esse elemento é essencial para o plantio;
  • potássio: melhora a qualidade e resistência das plantas, tornando-as mais fortes para resistir ao pisoteio e os danos de pragas e doenças.

Além dos fertilizantes inorgânicos, existem no mercado vários tipos de fertilizantes agrícolas orgânicos. Segue abaixo os principais exemplos:

  • esterco – os mais utilizados são: de gado, por possuir mais fibras, o que dificulta a compactação do solo e ajuda na retenção de água; e de frango, rico em nutrientes, porém pode causar acidez no solo se utilizado em excesso;
  • farinha de ossos – rica em fósforo, matéria orgânica, cálcio e no controle da acidez do solo, sendo muito indicada para plantas floríferas e frutíferas;
  • húmus de minhoca – contém bastante matéria orgânica, que auxilia na fertilização e na recuperação das características físicas, químicas e biológicas do solo, contribuindo para o bom desenvolvimento das plantas;
  • torta de mamona – tem ação nematicida e é rica em nitrogênio, porém deve haver cuidado com seu uso perto de animais de estimação, pois a mamona contém altas taxas de ricina (veneno) e metais pesados, como cádmio e chumbo.

Como você pôde ver até aqui, há uma vasta variedade de solos, apresentando formas, texturas e cores diferentes. Portanto, é preciso analisar quais são os tratamentos preferenciais para aumentar a produtividade do solo em um curto espaço de tempo.

 

Passo 3 – Adubação do solo

 

Adubação é o processo de aplicação de fertilizantes orgânicos ou sintéticos, visando aumentar a quantidade de nutriente das plantas e expandir a produtividade da lavoura. A aplicação é feita diretamente no solo por meio de máquinas pulverizadoras (fertilizantes foliares) ou irrigação.

Adubo orgânico

Derivado de resíduos animais e vegetais (compostagem), quando colocadas no solo, se decompõem e liberam seus nutrientes extraídos das folhas, dos ossos e de fezes de animais, garantindo o desenvolvimento da flora microbiana.

Contudo, esse processo de liberação e absorção é lento. Somado a isso, pelo fato de não ter como controlar a quantidade de nutrientes nem saber se há presença de agentes patogênicos, seu uso pode resultar em acidificação do solo.

Adubo inorgânico

É produzido por meio da extração mineral, baseado em nutrientes necessários para o desenvolvimento da planta. Ao utilizar a quantidade exata, o crescimento torna-se mais eficaz. Porém, é preciso ter cuidado com a porção aplicada para não diminuir a oxigenação das plantas e o seu crescimento.

O que é fertilidade do solo? Aumente sua produtividade!

O que é fertilidade do solo? Aumente sua produtividade!

O que é fertilidade do solo? A fertilidade do solo é à capacidade do solo em suprir elementos essenciais às plantas. A boa fertilidade do solo implica em suprir quantidades e proporções adequadas de nutrientes para o crescimento e produtividade das plantas.

Esse um dos recursos naturais mais importantes na produção agrícola.

A fertilidade do solo desempenha papel principal na produtividade, solo produtivo é um solo fértil, ou seja, que contém os nutrientes essenciais em quantidades adequadas e balanceadas para o normal crescimento e desenvolvimento das plantas cultivadas.

Apresenta ainda boas características físicas e biológicas, está livre de elementos tóxicos e encontra-se em local com fatores climáticos favoráveis.

Assim, um solo pode ser fértil sem necessariamente ser produtivo.

O solo fértil é quem sustenta as plantas, armazena água e filtra a poluição.

Além disso, é primordial fonte de alimentos. Por isso, se não estiver bem cuidado, como proverá a plantação?

 

O que é fertilidade do solo? Aumente sua produtividade!

 

Nesse momento, cuidar da fertilidade do solo é essencial. Pois é o cuidado e a capacidade do solo de prover os nutrientes para as plantas que vai ajudá-las na sobrevivência e no desenvolvimento.

Variados problemas que os agricultores sofrem atualmente estão relacionados a erros cometidos no gerenciamento da fertilidade do solo.

 

As principais formas de fertilidade são:

  • Fertilidade natural – é a formação natural do solo: material de origem + ambiente + organismos + tempo;
  • Fertilidade potencial – pode manifestar determinadas condições, as quais vão identificar o que pode estar limitando a real capacidade do solo em fornecer nutrientes à plantação. Como acontece com os solos denominados ácidos;
  • A fertilidade atual – é a fertilidade do solo depois da ação antrópica (do homem). Práticas de manejo por meio da correção e adubação mineral ou adubação orgânica do solo são exemplos de práticas humanas e;
  • E a fertilidade pperacional – diferentemente das outras, essa é feita a partir dos teores de nutrientes no solo por determinados extratores químicos.

Diante disso, é preciso fazer uma análise completa do solo para estudar a fertilidade do solo e quais são os elementos que estão impactando na plantação.

Essa análise se faz fundamental porque um solo fértil pode não ter alta produtividade. Mas um solo altamente produtivo necessariamente se traduz em um solo fértil.

 

 

Como melhorar a fertilidade do solo e alcançar a produtividade?

Cerca de 50% dos solos da América Latina estão sofrendo algum tipo de degradação.

No Brasil, estamos passando por grandes problemas, como erosão, perda de carbono orgânico e desequilíbrio de nutrientes.

O Brasil é o país que mais contém áreas que podem ser agregadas à agricultura. Entretanto necessita crescer na adoção de mecanismos sustentáveis para a produção de alimentos.

 

 

Os nutrientes compostos no solo, chamados de componentes de compostos orgânicos. São fundamentais para o bom desenvolvimento das plantas, constituindo de 90 a 96% dos seus tecidos vegetais. São eles: carbono (C), hidrogênio (H) e oxigênio (O).

No entanto, esses elementos são prioritariamente produzidos pelo ar e pela água. Ou seja, tratam-se de elementos naturais que acabam negligenciados nos estudos acerca da fertilidade so solo fertilidade do solo.

No desenvolvimento de pesquisas sobre fertilidade do solo, os nutrientes são categorizados de acordo com a sua concentração nas plantas:

 

Nutrientes das Plantas

FONTE: APOSTILA AGROPÓS 2020

 

  • Macronutrientes primários – nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K);
  • Macronutrientes secundários – cálcio (Ca), magnésio (Mg) e enxofre (S);
  • Micronutrientes – boro (B), ferro (Fe), zinco (Zn), manganês (Mn), cobre (Cu), molibdênio (Mo) e cloro (Cl).

Para o bom desenvolvimento e crescimento vegetal é necessário que haja disponibilidade e absorção desses nutrientes em proporções adequadas, pois, o desequilíbrio em suas proporções pode causar deficiência ou o excesso desses nutrientes, e em ambos casos o erro no fornecimento dos nutrientes (seja para mais ou para menos) pode causar limitações ao crescimento e produtividade das plantas, sintomas de deficiência/fitotoxidez ou mesmo levar a planta à morte.

Por isso, fazer a gestão completa dos nutrientes visa aumentar a eficiência do uso agronômico dos recursos e aprimorar a produtividade das plantas.

Dessa forma, o manejo correto do solo e a criação um plano de estruturação se tornam pontos fundamentais no cultivo de qualquer lavoura.

 

Nutrição Mineral de Plantas: Macronutrientes.

 

3 Formas para garantir a fertilidade do solo e aumentar a produtividade

 

1° passo – Faça a análise do solo

O primeiro passo para analisar o solo é identificar se ele é um solo arenoso. Por exemplo, no qual seus nutrientes são lavados mais naturalmente. Sendo mais adequado o parcelamento das adubações.

Após a descoberta, é preciso coletar amostras do campo para que sejam feitas pesquisas e análises, a fim de:

  • identificar os nutrientes presentes no solo;
  • disponibilizar os dados corretos para o uso de fertilizantes;
  • otimizar o aumento e a rentabilidade da fertilização; e
  • exemplificar a variabilidade natural da sua lavoura.

Portanto, ao ser identificada a variabilidade do solo é possível aplicar práticas individuais em cada parte da propriedade, otimizando o manejo e fazendo um estudo mais profundo.

Tais ações irão ajudar a minimizar os gastos ao descobrir o fertilizante e o adubo ideais para o solo.

Além disso, a análise do solo pode ser feita em qualquer época do ano. Porém o mais adequado é no período de entressafra, pois assim haverá tempo de preparar o solo e fazer o planejamento agrícola.

 

Amostragem do solo

Para que o agricultor conheça a disponibilidade nutricional do solo é necessário a realização de uma adequada coleta e análise do solo. E com isso propor a recomendação correta de fertilizantes e corretivos, que, por sua vez, serão responsáveis por parte considerável da produtividade da cultura de interesse.

Para realização da correta amostragem do solo, alguns questionamentos frequentes devem ser considerados.

 

Como retirar as amostras?

Inicialmente, é preciso separar área de cultivo em sub-áreas mais homogêneas, denominadas de glebas.

Considerando-se a topografia, cobertura vegetal natural ou uso agrícola, textura, cor, condições de drenagem do solo e histórico de manejo. Isso, porque, dentro das glebas, a variabilidade da distribuição dos nutrientes é menor.

Portanto, permite a estimativa da fertilidade média do solo com um menor número de amostras e também menor erro.

Dentro de cada gleba, deve-se realizar a extração de amostras simples. Retiradas em pontos representativos da área, através de um caminhamento em zig-zag.

Ressalta-se que antes da coleta é necessário a retirada da vegetação ou partes mais superficiais do solo.

As amostras simples devem ter o mesmo volume de solo e coletadas na mesma profundidade. E posteriormente homogeneizadas para a formação de uma amostra composta da gleba.

Exemplo de separação de glebas e caminhamento em zigue-zague para coleta das amostras simples.

 

Amostragem de solo

FONTE: AGROPÓS 2020

 

2° Passo – Planejamento de fertilizantes

Esse passo está ligado diretamente à sua plantação, já que as necessidades de nutrientes, cuidados e especificações para um desenvolvimento saudável variam de acordo com cada espécie.

Por isso, para os agricultores que buscam otimizar a produção, um bom começo pode ser a escolha dos fertilizantes. Substâncias que, ao serem aplicadas no solo, proporcionam nutrientes fundamentais para a vitalidade das plantas.

 

Fertilizantes agrícolas inorgânicos:

Utilizados principalmente em lavouras de soja, milho, algodão, cana-de-açúcar, entre outros, possuem a base química de nitrogênio, fósforo e potássio (NPK), que servem para trazer benefícios específicos para as plantas, como:

  • nitrogênio: responsável pelo forte crescimento das plantas, as deixando mais saudáveis e verdes, portanto, é ótimo para as folhas e caule;
  • fósforo: importante para a floração, frutificação e enraizamento, ou seja, esse elemento é essencial para o plantio;
  • potássio: melhora a qualidade e resistência das plantas, tornando-as mais fortes para resistir ao pisoteio e os danos de pragas e doenças.

 

Fertilizantes agrícolas orgânicos:

Segue abaixo os principais exemplos:

  • esterco – os mais utilizados são: de gado, por possuir mais fibras, o que dificulta a compactação do solo e ajuda na retenção de água; e de frango, rico em nutrientes, porém pode causar acidez no solo se utilizado em excesso;
  • farinha de ossos – rica em fósforo, matéria orgânica, cálcio e no controle da acidez do solo, sendo muito indicada para plantas floríferas e frutíferas;
  • húmus de minhoca – contém bastante matéria orgânica, que auxilia na fertilização e na recuperação das características físicas, químicas e biológicas do solo, contribuindo para o bom desenvolvimento das plantas;
  • torta de mamona – tem ação nematicida e é rica em nitrogênio, porém deve haver cuidado com seu uso perto de animais de estimação, pois a mamona contém altas taxas de ricina (veneno) e metais pesados, como cádmio e chumbo.

Contudo, como você pôde ver até aqui, há uma vasta variedade de solos, apresentando formas, texturas e cores diferentes.

Portanto, é preciso analisar quais são os tratamentos preferenciais para aumentar a produtividade do solo em um curto espaço de tempo.

 

3° passo  – Adubação do solo

Adubação é o processo de aplicação de fertilizantes orgânicos ou sintéticos. Visando aumentar a quantidade de nutriente das plantas e expandir a produtividade da lavoura.

A aplicação é feita diretamente no solo por meio de máquinas pulverizadoras (fertilizantes foliares) ou irrigação.

 

Adubo orgânico

Derivado de resíduos animais e vegetais (compostagem), quando colocadas no solo. Se decompõem e liberam seus nutrientes extraídos das folhas, dos ossos e de fezes de animais, garantindo o desenvolvimento da flora microbiana.

Contudo, esse processo de liberação e absorção é lento.

Somado a isso, pelo fato de não ter como controlar a quantidade de nutrientes nem saber se há presença de agentes patogênicos, seu uso pode resultar em acidificação do solo.

 

Adubo inorgânico

É produzido por meio da extração mineral, baseado em nutrientes necessários para o desenvolvimento da planta.

Ao utilizar a quantidade exata, o crescimento torna-se mais eficaz.

Porém, é preciso ter cuidado com a porção aplicada para não diminuir a oxigenação das plantas e o seu crescimento.

 

Plataforma Agropós

 

Recomendação de adubação e calagem

Após a coleta e análise do solo, para a recomendação de calcário e fertilizantes químicos ou orgânicos é necessário a comparação dos resultados da análise com valores recomendados para a cultura de interesse. De acordo com o tipo de solo, tecnologia que se deseja utilizar e também com a produtividade almejada.

Com a análise química do solo é possível estabelecer correções nutricionais do mesmo e, com isso, promover a melhoria e manutenção da fertilidade do solo.

Levando a um aumento expressivo na produtividade das culturas e qualidade de alimentos.

Além do fornecimento dos nutrientes, a análise do solo, é fundamental para uma correta correção do ph do solo, permitindo. Assim, uma melhor disponibilidade dos nutrientes para as plantas.

Sabe se que o solo é meio no qual as culturas se desenvolvem- se para alimentar e abrigar o mundo.

Entender a fertilidade do solo é compreender a necessidade básica para o desenvolvimento das plantas.

A análise da fertilidade do solo quando feita de maneira correta se torna um método indispensável para que o agricultor conheça a carência nutricional do solo que irá trabalhar.

Onde poderá fazer a recomendação de fertilizante para o sucesso do seu plantio e aumento de produtividade.

 

Compactação do solo durante a semeadura aumenta as chances de doença

Compactação do solo durante a semeadura aumenta as chances de doença

A expectativa de normalização das chuvas no Centro-Oeste anima e relembra que ainda temos muita lavoura a semear e, portanto, um prazo a cumprir.  Mas, cuidado, a pressa para recuperar o tempo perdido na implantação das lavouras pode gerar problemas. Frequentemente agricultores e consultores procuram os laboratórios e instituições de pesquisa após a semeadura trazendo algumas plantas com sintomas de murcha, tombamento ou mal desenvolvidas, tentando compreender porque as plantas não se desenvolvem normalmente. E muitas vezes a resposta é que as doenças são apenas oportunistas. As enfermidades em plantas logo após a semeadura, em geral, revelam problemas de manejo do solo, principalmente relacionados à compactação, dificultando o desenvolvimento normal do sistema radicular e predispondo as plantas a toda sorte de doenças.

Evitar as doenças custa muito menos e é muito mais eficaz do que tentar controlar depois que elas ocorrem. E pensando em doenças de solo, que são causadas por microrganismos habitantes naturais do solo, pouco ou nada podemos fazer depois de constatada a doença. Por isso, nesta fase de semeadura, a principal atitude para evitar doenças consiste em evitar a compactação do solo.

Leia também:
-> Microrganismos compõem o sistema imunológico do solo e impactam a saúde das plantas
-> Conservação do solo e o papel das florestas
-> Planeta perde 24 bilhões de toneladas de solo fértil por ano, alerta ONU

E como evitar a compactação do solo? Durante a semeadura, é importante evitar a operação e o trânsito de máquinas na lavoura com solo muito úmido, principalmente em solos argilosos. O produtor sabe, mas não custa lembrar: operações agrícolas com solo muito úmido promovem a compactação do solo, o processo de descompactação é difícil, e solo compactado predispõe as plantas a doenças. A compactação pode ocorrer tanto pela pressão dos pneus do maquinário agrícola sobre o solo, como também nos sulcos de semeadura, pela ação do facão de distribuição do adubo e/ou pelos discos de semeadura, promovendo o espelhamento das paredes do sulco e facilitando assim o acúmulo de água, o que favorece a ocorrência de doenças.

Algumas doenças de solo favorecidas pela compactação são: podridão da raiz e da haste da soja causada por Phytophthora sojae, que causa o escurecimento ascendente, a partir da base da haste, subindo homogeneamente na planta até as ramificações da haste principal. O tombamento de pré e pós emergência causado por Rhizoctonia solani, que causa o estrangulamento do colo da planta, com lesões circulares a elípticas marrom-avermelhadas, que se tornam alongadas e deprimidas. E a podridão cinza da haste e da raiz causada por Macrophomina phaseolina. Esta doença é observada mais no final do ciclo, devido a antecipação da maturação (maturação forçada) nas reboleiras com a doença.

Além dessas, solos mal conservados em geral predispõem as plantas a diversas outras doenças, como as doenças-de-final-de-ciclo, o mofo-branco, e as nematoses. O cuidado com a estrutura e conservação do solo pode fazer com que muitas doenças não ocorram ou não atinjam o limiar de dano. Essas informações reforçam que muito do êxito nas lavouras, está relacionado ao nosso cuidado com o solo.

 

Fonte: Embrapa