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Ervas daninhas: identificação e controle!

Ervas daninhas: identificação e controle!

As ervas daninhas são um dos maiores desafios enfrentados pelos agricultores em todo o mundo. Essas plantas competem com as culturas principais por luz, água, nutrientes e espaço, podendo causar significativas reduções na produtividade agrícola.

Além de impactar a colheita, a presença de ervas daninhas pode aumentar os custos de produção devido à necessidade de controle e manejo.

Neste blog, exploraremos as principais ervas daninhas que afetam a agricultura, suas características distintivas e os métodos eficazes para seu controle. Abordaremos tanto as técnicas tradicionais quanto as práticas sustentáveis e inovadoras que visam minimizar o uso de herbicidas químicos, promovendo um equilíbrio ecológico e uma agricultura mais sustentável.

Venha conosco nesta jornada para entender melhor como lidar com essas indesejadas companheiras de cultivo e garantir o sucesso da sua produção agrícola.

 

Ervas Daninhas: Identificação e Controle para uma Agricultura Sustentável!

 

O que são ervas daninhas?

Plantas daninhas, também conhecidas como ervas daninhas, são plantas que crescem em locais indesejados, especialmente em áreas cultivadas.

Elas competem com as culturas agrícolas por recursos essenciais como luz, água, nutrientes e espaço, o que pode resultar em uma diminuição significativa na produtividade das culturas desejadas. Além disso, as plantas daninhas podem hospedar pragas e doenças que afetam as plantas cultivadas.

 

Pós-graduação Fitossanidade

 

Características das ervas daninhas

As plantas daninhas possuem várias características que as tornam particularmente problemáticas para a agricultura:

  1. Crescimento Rápido: Muitas ervas daninhas crescem mais rápido do que as culturas agrícolas, permitindo que se estabeleçam rapidamente e superem as plantas desejadas.
  2. Alta Capacidade de Reprodução: Elas produzem uma grande quantidade de sementes ou outros meios de reprodução vegetativa, o que facilita sua disseminação e persistência.
  3. Adaptabilidade: As plantas daninhas podem crescer em uma ampla variedade de condições ambientais e solos, tornando-se difíceis de erradicar.
  4. Resistência a Herbicidas: Algumas ervas daninhas desenvolvem resistência a herbicidas, tornando os métodos químicos de controle menos eficazes.

 

Impactos das ervas daninhas na agricultura

A presença de plantas daninhas na agricultura pode causar diversos impactos negativos:

  • Redução da Produtividade: Ao competir com as culturas agrícolas por recursos, as plantas daninhas podem reduzir significativamente os rendimentos das colheitas.
  • Aumento dos Custos de Produção: O controle de ervas daninhas requer tempo e recursos, incluindo o uso de herbicidas, mão de obra e equipamentos.
  • Qualidade da Colheita: As plantas daninhas podem afetar a qualidade da colheita, contaminando produtos e dificultando a colheita e o processamento.
  • Impacto Ecológico: O uso intensivo de herbicidas para controlar plantas daninhas pode ter efeitos negativos sobre o meio ambiente, incluindo a poluição do solo e da água e a redução da biodiversidade.

 

Classificação das ervas daninhas

A classificação das plantas daninhas é essencial para entender sua biologia e escolher os métodos mais eficazes de controle.

As plantas daninhas podem ser classificadas de várias maneiras, incluindo seu ciclo de vida, morfologia e habitat. Aqui estão algumas das principais categorias:

 

Classificação por ciclo de vida

 

Anuais

Características: Completam seu ciclo de vida (germinação, crescimento, reprodução e morte) em um ano ou menos.

Exemplos:

  • Capim-colchão (Digitaria spp.)
  • Picão-preto (Bidens pilosa)

 

Bienais

Características: Levam dois anos para completar seu ciclo de vida. No primeiro ano, crescem vegetativamente e, no segundo, florescem, produzem sementes e morrem.

Exemplos:

  • Cenoura-brava (Daucus carota)
  • Erva-de-São-João (Hypericum perforatum)

 

Perene

Características: Vivem por mais de dois anos, muitas vezes sobrevivendo a condições adversas e regenerando de partes subterrâneas como rizomas, tubérculos ou raízes.

Exemplos:

  • Tiririca (Cyperus rotundus)
  • Grama-seda (Cynodon dactylon)

 

Classificação por morfologia

 

Monocotiledôneas

Características: Plantas que possuem um único cotilédone na semente. Frequentemente apresentam folhas estreitas e longas.

Exemplos:

  • Capim-colchão (Digitaria spp.)
  • Grama-seda (Cynodon dactylon)

 

Dicotiledôneas

Características: Plantas que possuem dois cotilédones na semente. Geralmente têm folhas mais largas.

Exemplos:

  • Picão-preto (Bidens pilosa)
  • Erva-de-São-João (Hypericum perforatum)

 

Classificação por habitat

 

Plantas daninhas de áreas cultivadas

Características: Crescem em áreas agrícolas, competindo diretamente com as culturas por recursos.

Exemplos:

  • Capim-colchão (Digitaria spp.)
  • Picão-preto (Bidens pilosa)

 

Plantas daninhas de pastagens

Características: Afectam a produção de pastagens, reduzindo a disponibilidade de forragem para o gado.

Exemplos:

  • Tiririca (Cyperus rotundus)
  • Erva-de-São-João (Hypericum perforatum)

 

Plantas daninhas aquáticas

Características: Crescem em ambientes aquáticos, podendo obstruir cursos d’água e impactar ecossistemas aquáticos.

Exemplos:

  • Alface-d’água (Pistia stratiotes)
  • Aguapé (Eichhornia crassipes)

 

Plantas daninhas de áreas urbanas

Características: Crescem em áreas urbanas, como calçadas, jardins e terrenos baldios.

Exemplos:

  • Dente-de-leão (Taraxacum officinale)
  • Trevo (Trifolium spp.)

 

Sustentabilidade no controle de plantas daninhas

A sustentabilidade é um princípio fundamental na agricultura moderna, buscando equilibrar a necessidade de produção agrícola com a preservação ambiental e o bem-estar social. No contexto do controle de plantas daninhas, a sustentabilidade envolve o uso de práticas que minimizem o impacto ambiental, promovam a saúde do solo e dos ecossistemas, e garantam a viabilidade econômica a longo prazo.

 

Manejo Integrado de Plantas Daninhas

 

Práticas sustentáveis de manejo de plantas daninhas

Rotação de culturas

  • Descrição: Alternar diferentes culturas no mesmo campo em sucessivas temporadas.
  • Benefícios: Reduz a pressão das plantas daninhas específicas de uma cultura, interrompe ciclos de pragas e melhora a saúde do solo.

 

Plantio direto

  • Descrição: Plantar diretamente sobre a palhada da cultura anterior, sem revolver o solo.
  • Benefícios: Diminui a erosão do solo, conserva a umidade e reduz a emergência de plantas daninhas.

 

Cobertura do solo

  • Descrição: Uso de plantas de cobertura ou cobertura morta para proteger o solo.
  • Benefícios: Suprime o crescimento de plantas daninhas, melhora a estrutura do solo e aumenta a matéria orgânica.

 

Controle biológico

Inimigos naturais

  • Descrição: Utilização de insetos, fungos ou outros organismos naturais que atacam as plantas daninhas.
  • Benefícios: Reduz a dependência de herbicidas químicos, promovendo um controle mais equilibrado e sustentável.

 

Exemplos de controle biológico no Brasil:

  • Fungo Phytophthora palmivora utilizado para controlar a tiririca (Cyperus rotundus).
  • Besouro Zygogramma bicolorata para o controle de Chromolaena odorata, uma planta daninha invasora.

 

Uso Racional de Herbicidas

Rotação de herbicidas

  • Descrição: Alternar diferentes classes de herbicidas para evitar a resistência.
  • Benefícios: Reduz o risco de desenvolvimento de resistência em plantas daninhas, prolongando a eficácia dos produtos.

 

Aplicação seletiva

  • Descrição: Uso de tecnologias de precisão, como drones e sensores, para aplicar herbicidas apenas onde necessário.
  • Benefícios: Reduz o uso de herbicidas, minimizando o impacto ambiental e os custos.

 

Técnicas mecânicas e manuais

Capina manual

  • Descrição: Remoção manual de plantas daninhas, geralmente em pequena escala ou em áreas específicas.
  • Benefícios: Método seletivo e ecológico, sem uso de químicos.

 

Controle mecânico

  • Descrição: Uso de ferramentas e máquinas, como enxadas e roçadeiras.
  • Benefícios: Eficaz em áreas maiores, reduz a necessidade de herbicidas.

 

Educação e treinamento

Capacitação de agricultores

  • Descrição: Programas de formação e workshops para ensinar práticas sustentáveis de manejo de plantas daninhas.
  • Benefícios: Melhora o conhecimento e a implementação de técnicas sustentáveis, promovendo uma agricultura mais responsável.

 

Iniciativas comunitárias

  • Descrição: Projetos comunitários que envolvem agricultores na adoção de práticas sustentáveis.
  • Benefícios: Fomenta a cooperação e a troca de experiências, fortalecendo a sustentabilidade local.

 

Legislação e políticas de apoio

Regulamentações

  • Descrição: Normas que controlam o uso de herbicidas e promovem práticas agrícolas sustentáveis.
  • Benefícios: Protegem o meio ambiente e incentivam práticas agrícolas responsáveis.

 

Incentivos governamentais

  • Descrição: Subsídios e programas de apoio para a adoção de tecnologias e práticas sustentáveis.
  • Benefícios: Facilitam a transição para uma agricultura mais sustentável, oferecendo suporte financeiro e técnico.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

A sustentabilidade no controle de plantas daninhas é crucial para garantir a longevidade e a saúde da agricultura.

Ao adotar práticas como rotação de culturas, controle biológico, uso racional de herbicidas, e educação contínua, os agricultores podem reduzir os impactos negativos sobre o meio ambiente, melhorar a produtividade e assegurar a viabilidade econômica a longo prazo.

A combinação dessas abordagens integradas promove uma agricultura mais resiliente e sustentável, beneficiando tanto as gerações presentes quanto futuras.

Escrito por Michelly Moraes.

Pós-graduação Fitossanidade

O uso de inseticida para mosca branca!

O uso de inseticida para mosca branca!

A mosca branca é encontrada nas principais regiões agrícolas do mundo. E é de grande importância por causar grandes perdas na produtividade em diversas culturas. Com isso preparamos esse artigo onde iremos abordar o uso de inseticida para mosca branca.

Acompanhe!

 

O uso de inseticida para mosca branca!

 

O que é mosca branca?

A mosca branca pode ser definida como um inseto sugador comum em diversas culturas. Acredita-se que atualmente ela possui um complexo de espécies com cerca de 20 biótipos.

Na prática, os ataques desse inseto são capazes de afetar o desenvolvimento das plantas, reduzir a produtividade e a qualidade da produção. Sendo que, a gravidade dos danos pode variar de acordo com a cultura.

Contudo, a melhor forma de eliminar essa praga é conhecer de perto como ela age na lavoura e as técnicas de combate mais eficazes.

 

Pós-graduação Fitossanidade

 

Como identificar o inseto?

A mosca-branca possui uma coloração amarelada e, nas asas, apresenta um tipo de “pó branco”. Característico dessa espécie, que define o seu nome.

Os insetos possuem um aparelho bucal sugador, usado visando inserir no tecido das plantas e ao mesmo tempo se alimentar da seiva. O que também prejudica as plantas. O ciclo de vida desse inseto é de 15 a 21 dias, desde a fase de ovo até adulto.

Quando se alimenta, a mosca-branca introduz toxinas na planta, o que altera o desenvolvimento reprodutivo e vegetativo da cultura. Dessa forma, a praga reduz a produtividade e a qualidade da produção das lavouras.

 

Qual é a sua origem?

Sabe-se que a mosca branca se disseminou pelo planeta por meio da comercialização e do transporte de plantas ornamentais realizada entre os países da Europa, Bacia do Mediterrâneo, Ásia e Américas.

Assim, devido à facilidade de adequação a regiões de climas tropical, subtropical e temperado. A mosca branca se transformou também no vetor de mais de uma centena de viroses descritas em diferentes partes do mundo.

No Brasil, esse inseto é conhecido desde 1923 e ressurgiu nos anos 90 com índice populacional elevado.

Dessa forma, apareceu primeiramente na região Sudeste e em seguida nas regiões Centro-Oeste, Sul e Nordeste provocando grandes perdas à agricultura brasileira, atacando, inicialmente, plantas ornamentais e logo depois as demais culturas.

 

Ciclo

O ciclo de vida da B. tabaci pode durar entre 25 e 50 dias, dependendo das condições ambientais, sendo a temperatura e a umidade os fatores determinantes.

O ciclo biológico da mosca branca é dividido nas fases adulto, ovo, 3 instar da ninfa e pulpa.

Ciclo

Ciclo de vida da Mosca Branca (Bemisia tabacci)

 

Os adultos possuem de 1 a 2 mm de comprimento, sendo a fêmea um pouco maior que o macho. Apresentam coloração amarelo-pálido, aparelho bucal tipo sugador e dois pares de asas membranosas que são recobertas por uma substância pulverulenta de cor branca.

 

Danos

Devido à sua característica polífaga, alta capacidade reprodutiva e desenvolvimento de resistência a alguns inseticidas, este inseto tem causado danos altamente significativos à agricultura.

Os danos causados pela mosca branca podem ser classificados como diretos ou indiretos. Os danos diretos da mosca branca são causados pelas ninfas e adultos, através da sucção de seiva e injeção de toxinas, quando se alimentam.

Esses danos podem causar alterações no desenvolvimento vegetativo e reprodutivos da planta, diminuindo à produção.

Como dano indireto, pode-se ocorrer a formação de fumagina sobre as folhas. B. tabacci secreta um líquido açucarado que favorece o crescimento de fungos formadores de fumagina, o que acarreta a perda de área fotossintética das folhas, prejudicando a produção.

No entanto, o dano indireto mais preocupante causado por essa praga é a transmissão de várias viroses. Sabe- se que cerca de 120 espécies de vírus podem ser transmitidas por B. tabaci, representando um grave problema fitossanitário em várias culturas agrícolas.

Entre estes estão o vírus do mosaico dourado do feijoeiro, o vírus do mosaico anão e o vírus do mosaico crespo em soja, o vírus do mosaico comum do algodoeiro e geminivírus em tomateiro, pimentão e batata.

 

Tudo o que você precisa saber sobre a mosca branca (Bemisia tabaci)

 

O uso de inseticidas ao combate a Mosca Branca

O controle químico com uso de inseticidas para mosca-branca registrados deve ser realizado considerando a rotação de modos de ação diferentes.

Alguns desses conhecidos venenos para mosca-branca, devido ao uso contínuo, perderam a eficiência devido ao desenvolvimento da resistência.

Segundo o Agrofit, os seguintes grupos químicos e ingredientes ativos registrados podem ser utilizados em rotação para o controle da mosca-branca:

Piretroides como o lambda-cialotrina, o alfa-cipermetrina. No entanto, este grupo é de amplo espectro de ação;

  • Tiadiazinona como buprofezina;
  • Neonicotinoide como acetamiprido, acetamiprido, dinotefuram, tiametoxam;
  • Sulfoxaflor como sulfoxaminas.

Sempre verifique se o produto tem registro para a cultura em que você queira controlar a mosca-branca. Para a cultura da soja, os inseticidas de maior eficiência nas últimas safras foram os à base de:

  • Imidacloprido + piriproxifem;
  • Diafentiurom + bifentrina;
  • Acetamiprido + piriproxifem;
  • Ciantranliprole,
  • Sulfoxaflor (dose de 144 gramas de ingrediente ativo por hectare);
  • Acetamiprido + piriproxifem e;
  • Abamectina + ciantraniliprole.

Antes de fazer o controle químico, fique de olho nos seguintes detalhes: não utilize controle preventivo, sem a presença de insetos na lavoura. Essa prática reduz a população de inimigos naturais e causa o desperdício de produto.

Além disso, a rotação de ingredientes ativos e o uso da dose recomendada é indispensável para um manejo eficiente.

A observação da fase predominante do inseto também é fundamental. Pois alguns inseticidas possuem controle efetivo de uma fase e da outra não. Você pode precisar fazer a associação de ingredientes ativos. A observação das condições climáticas no momento da aplicação também é necessária (vide recomendações da bula).

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

A mosca branca, Bemisia tabaci é uma praga que tem causado perdas cada vez maiores em diversas culturas de interesse econômico. Além de causar danos diretos, também é vetor de vários vírus causadores de doenças em plantas.

O uso dos inseticidas ao controle dessa praga é indispensável, mas, vale ressaltar que a utilização é precisa seguir as orientações, em caso de dúvidas procure um profissional da área.

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Escrito por Michelly Moraes.

 

Pós-graduação Fitossanidade

Mancha Branca do Milho: causas e sintomas!

Mancha branca do milho: entenda o que causa, sintomas, condições favoráveis, disseminação e manejo da doença.

Acompanhe!

 

Mancha Branca

 

Conhecida como mancha-foliar-de-Phaeosphaeria (MFP), pinta-branca, feosferia ou apenas mancha-branca, essa doença do milho pode causar grandes estragos na cultura. Em condições favoráveis para sua ocorrência, as perdas podem chegar a 60% da produção.

Especialmente devido à safrinha, nos últimos anos a mancha-branca está entre as doenças mais frequentes no Mato Grosso e outras importantes regiões produtoras do grão.

No entanto, existem maneiras de evitar que essa doença ocorra na sua lavoura e mesmo de manejá-la quando ela já se encontra no campo.

Aqui veremos como fazer isso, além de saber realizar sua correta identificação e entender mais sobre seu desenvolvimento. Veja a seguir!

 

Fitossanidade

 

Afinal, quem é o agente causal da mancha branca no milho?

Embora as discussões sobre quem de fato é o agente causal da mancha-branca, diversos pesquisadores defendem que a mesma seja causada pelo fungo Phaeosphaeria maydis em associação a bactéria Pantoea ananatis.

No entanto, alguns autores justificam que, partindo do princípio de que os fungicidas são a forma de controle químico mais eficiente para o manejo da doença, o fungo seria o principal agente causal.

mancha-branca no milho

Já em estudos de isolamento e reisolamento do patógeno em sintomas característicos da doença, em muitos casos, a bactéria tem sido determinada como o principal agente causal. Dessa maneira, ambos têm sido descritos como agentes causais.

Como diferenciar a mancha branca de outros problemas na lavoura?

Em meio a tantas doenças que ocorrem na cultura do milho, por uma infinidade de patógenos, sejam eles fungos, bactérias, molicutes, vírus ou nematoides, pode parecer complexo diferenciar sintomas para a diagnose correta de uma doença. No entanto, salvo algumas situações, o processo é mais simples do que parece.

Embora alguns estresses, especialmente causados por condições ambientais, ou por aplicações de defensivos (como sintomas de fitotoxicidade), ou por deficiências nutricionais, as doenças causadas por patógenos possuem algumas distinções que permitem o reconhecimento. Por exemplo, no caso da ocorrência de fitotoxicidade, geralmente, o local onde o defensivo entrou em contato com as plantas, será, de forma geral, afetado.

 

a mancha-branca de outros problemas na lavoura

(Fonte: Revista Cultiva)

 

Em deficiências nutricionais, por outro lado, os sintomas costumam ocorrer em pontos da planta, e de forma geral. No entanto, quando falamos de doenças causadas por patógenos, os sintomas ocorrem de forma e distribuição aleatória, isso porque onde o patógeno entra em contato com a planta, a doença pode ocorrer.

Por exemplo, quando a estrutura de disseminação do patógeno é depositada por meio de chuva ou vento, na superfície da folha, é nesse local onde a doença terá início, podendo, dessa maneira, manifestar sintomas em diversos pontos aleatórios da planta e da lavoura, o que não ocorre nas situações anteriormente descritas.

 

Fungos causadores de doenças em plantas.

 

Sintomas da doença mancha branca

Inicialmente, você vai observar sintomas nas folhas inferiores da planta de milho. Porém, com a evolução da doença, as folhas superiores também podem apresentar sintomas.  As lesões começam na ponta das folhas. À medida que a doença avança, as manchas foliares progridem para a base das folhas do milho.

Inicialmente, você vai observar sintomas nas folhas inferiores da planta de milho. Porém, com a evolução da doença, as folhas superiores também podem apresentar sintomas.

 

Sintomas na folha do Milho

(Fonte:  Semente Biomatrix)

 

As lesões começam na ponta das folhas. À medida que a doença avança, as manchas foliares progridem para a base das folhas do milho. Dependendo da severidade da doença, os sintomas também podem ser observados na palha das espigas.

A severidade da doença está relacionada ao nível de suscetibilidade do híbrido de milho. Condições ambientais também podem agravar a mancha-branca. A mancha-branca provoca a seca prematura das folhas. Ela também pode causar prejuízos ao processo de enchimento de grãos.

Em geral, não é comum observar sintomas de mancha-branca em plântulas de milho. Os sintomas da doença são mais severos durante a fase reprodutiva da lavoura, especialmente após o pendoamento.

 

Como fazer manejo preventivo da mancha branca do milho

Melhor que cuidar da mancha-branca no milho é conseguir evitar que a doença chegue na lavoura. Isso é possível de três formas: através do manejo de resistência, da antecipação de semeadura e evitando as condições favoráveis.

 

Faça o manejo de resistência

O primeiro passo do manejo preventivo é a resistência genética. Essa é uma alternativa eficiente e de baixo impacto ambiental no manejo dessa doença.

Os híbridos desenvolvidos pela Embrapa (BRS 1010, BRS 1030 e BRS 1035) são exemplos de milho com resistência à mancha-branca.

 

Evite as condições favoráveis da mancha branca

O segundo passo é evitar as condições climáticas que favorecem a doença. A mancha-branca se desenvolve em alta umidade relativa do ar (acima de 60%) e temperaturas amenas (14 °C a 20 °C).

Geralmente, as lavouras de milho plantadas na segunda safra têm maior ocorrência da mancha-branca. Nesse período, outros fatores podem contribuir para o desenvolvimento da doença:

  • elevado índice de chuvas;
  • noites com temperaturas mais baixas;
  • formação de orvalho.

A fase mais comum de início da doença é durante o estádio V9 de desenvolvimento do milho. A fase mais crítica acontece entre os estádios VT — R5.

 

Antecipe a semeadura

Outra boa forma de evitar a mancha-branca é a rotação com culturas não suscetíveis à doença. A antecipação da semeadura do milho também é uma boa opção.

 

Antecipe a semeadura

 

 Isso reduz as chances de que a fase de maior suscetibilidade da cultura coincida com condições climáticas favoráveis à doença.

 

Melhores fungicidas para mancha branca do milho

Se você identificou a doença na lavoura, é necessário fazer o manejo químico quanto o antes. A aplicação de fungicidas para milho é indicada para plantações suscetíveis à doença.

Uma pesquisa realizada pela Embrapa concluiu que alguns produtos têm baixa eficiência no controle da mancha-branca. São eles:

  • carbendazim (fungicida);
  • triazóis (fungicida);
  • oxitetraciclina (antibiótico);
  • kasugamicina (antibiótico).

O estudo também apontou que os fungicidas do grupo químico das estrobilurinas têm muita eficiência no controle dessa doença.

No controle químico, é essencial fazer a rotação dos produtos com diferentes ingredientes ativos. Isso previne o desenvolvimento de resistência dos patógenos.

Também é fundamental seguir as recomendações do fabricante quanto à dosagem, modo e época de aplicação dos produtos. Esses fatores interferem na eficiência do defensivo agrícola no controle da mancha-branca.

 

Melhores fungicidas para mancha-branca do milho

 

Além de tudo, faça monitoramentos periódicos na lavoura. Essa ação permite identificar a doença ainda em fase inicial.

Você também poderá quantificar a área afetada, estabelecer como é a distribuição na lavoura (reboleiras, bordaduras, etc) e quais os sintomas das plantas.

O diagnóstico correto da doença, as informações coletadas no monitoramento e os dados meteorológicos são fundamentais para a tomada de decisão.  A partir disso, é possível traçar um plano de manejo preciso para a doença.

Vale lembrar que, no controle da mancha-branca, é fundamental a necessidade de adotar estratégias integradas de manejo.

 

Conclusão

A mancha-branca no milho é uma doença que vem ganhando destaque devido ao aumento do plantio direto e cultivo na safrinha, o que favorece sua ocorrência.

Aqui vimos como é seu desenvolvimento e sua identificação a campo, além no manejo preventivo e controle químico.  Aproveite o conhecimento e realize o monitoramento de sua lavoura para saber se essa doença está em sua área!

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Fitossanidade

Cigarrinha verde: veja as diferentes formas de controle!

Cigarrinha verde: veja as diferentes formas de controle!

Estes insetos sugadores de seiva causam prejuízos decorrentes de suas picadas, onde injetam toxinas nas plantas atacadas. Esta espécie ocorre em várias culturas de importância econômica, como algodão, amendoim, batata, ervilha, feijão, feijão-vagem, soja, tomate, trigo. Com isso preparamos este artigo para aprendermos a manejar essa a cigarrinha verde.

Venha comigo!

 

Cigarrinha verde: veja as diferentes formas de controle!

 

Embora a cigarrinha do milho (Dalbulus maidis) não seja uma praga tradicional das lavouras de milho gauchas, sua participação em áreas de cultivo no Sul do Brasil vem aumentando ano após ano.

O fato é extremamente preocupante visto que a praga possui um elevado potencial em causar danos, podendo inclusive comprometer a produtividade das culturas de grãos.

Embora seja considerado um inseto sugador, seus maiores danos estão relacionados a transmissão de viroses, mais especificamente os enfezamentos.

Neste artigo vamos abordar tudo que você precisa saber sobre essa praga, não fique de fora acompanhe.

 

Pós-graduação Fitossanidade

 

O que são enfezamentos?

Os enfezamentos são doenças do milho causadas pela infecção da planta por microrganismos denominados molicutes (classe Mollicutes-Reino Bacteria), que são um espiroplasma (Spiroplasma kunkelii) e um fitoplasma (Maize bushy stunt).

Há dois tipos de enfezamentos: o enfezamento-pálido (causada por espiroplasma) e o enfezamento-vermelho (causada por fitoplasma), ambos transmitidos pelo mesmo inseto vetor, a cigarrinha-do-milho (Dalbulus maidis).

 

Checklist agrícola

 

Cigarrinha-verde (Dalbulus maidis)

Essa espécie pertence a Ordem Hemiptera e família Cicadellidae. É uma praga bem adaptada às condições tropicais do Brasil. Se reproduz somente no milho, estando presente em áreas de primeira safra quanto de segunda safra e possui a capacidade de migrar a longas distâncias.

Pode colonizar desde campos recém germinados (vindo de outras lavouras de milho) até o florescimento, tendo um aumento da população ao longo dos estádios da cultura, provenientes de novas gerações e também de entradas continuas de adultos.

 

Características da cigarrinha-verde

A Cigarrinha-verde pertence à ordem Hemiptera, a mesma dos percevejos pulgões. A família Cicadellideae, onde está inclusa, é a maior da ordem, com mais de 21 mil espécies descritas.

O inseto adulto possui coloração verde-clara e corpo de aproximadamente 3 mm. É extremamente ágil e pode se dispersar rapidamente na lavoura.

Os ovos são postos nas nervuras no lado inferior das folhas e eclodem entre uma e duas semanas. As cigarrinhas ninfas (inseto jovem) são verdes-translúcidas e tornam-se adultas com aproximadamente 15 dias.

 

Quanto aos sintomas e danos

A Cigarrinha do milho (Dalbulus maidis) causa injúrias nas plantas de milho através da alimentação, onde fazem a sucção da seiva, porém o dano mais expressivo causado pelo ataque dessa praga é indireto, pois ela transmite patógenos que vão causar o enfezamento pálido e enfezamento vermelho do milho, e também a virose do raiado fino.

A praga ao se alimentar de uma planta infectada, torna-se vetor do patógeno, transmitindo posteriormente para uma planta sadia.

Enfezamento pode ser vascular ou sistêmico sendo que plantas com a doença podem ser pequenas e improdutivas, ter espigas pequenas e falhas na granação, possuir os internódios curtos, sem falar que formam menos raízes que plantas sadias, reduzindo a absorção e assimilação de nutrientes pela planta.

Essa doença é causada por microrganismos da classe dos Mollicutes, conhecidos como espiroplasma e fitoplasma.

O enfezamento pálido é causado pelo Spiroplasma kunkelii, onde ocorre o aparecimento de estrias cloróticas da base para o ápice das folhas, enquanto que o enfezamento vermelho é causado pelo Maize Bushy Stunt Phytoplasma, tendo como característica o avermelhamento das folhas a partir das margens e do ápice, seguido por folha seca.

Os sintomas aparecem na fase reprodutiva. A virose do raiado fino causa uma redução no crescimento e abortamento das gemas florais, sendo que os sintomas aparecem entre 7 e 10 dias.

Após a inoculação, iniciando com pequenos pontos cloróticos na base e ao longo das nervuras das folhas jovens, tornando-se evidentes com a grande quantidade de pontos cloróticos que se fundem e tomam o aspecto de riscas curtas. Geralmente ocorre simultaneamente com os enfezamentos.

 

Condições que favorecem o inseto

A multiplicação dos moliculites na cigarrinha é favorecida por temperaturas acima de 25ºC. Temperatura média entre 27 °C e 32 °C causa encurtamento do ciclo da cigarrinha, favorecendo sua proliferação e, portanto, aumento a incidência do inseto-vetor.

 

Fatores que contribuem para a severidade dos enfezamentos

  • Chuvas seguidas de altas temperaturas;
  • Plantio não escalonado do milho, com lavouras velhas e jovens ocorrendo ao mesmo tempo;
  • Utilização de híbridos que não são resistentes aos molicutes;
  • A presença de cigarrinhas nas lavouras, mesmo na fase de maturação;
  • A presença de fungos associados à podridão de colmo, facilitando a alimentação da cigarrinha;
  • Períodos de secas durante a safra, o que agrava os efeitos dos enfezamentos, já que as doenças prejudicam a absorção de nutrientes, o que piora na estiagem.

 

Quanto as diferentes formas de controle

Várias estratégias de manejo podem e devem ser adotadas para controlar a população de cigarrinhas. Veja algumas a seguir:

 

Tudo o que você precisa saber sobre a mosca branca (Bemisia tabaci)

 

Monitore a cigarrinha

Monitore a presença de cigarrinha nas lavouras em todas as safras e considerar o histórico de ocorrência de insetos na sua área.

E monitore, inclusive, antes do plantio, verificando se será preciso aplicações de inseticidas ou de controle biológico antes do plantio.

 

Controle biológico

O fungo Beauveria tem sido muito utilizado com grande eficiência, especialmente em condições de ambiente úmido.

Os esporos do fungo penetram na cutícula do inseto, colonizando seus órgãos internos para de se alimentar, causando a morte da praga. Esse processo ocorre entre 2 a 7 dias após a aplicação, dependendo das condições climáticas.

Aliás, a Beauveria bassiana é um agente microbiológico utilizado também no controle da mosca-branca, ácaro rajado. Aproveite mais essa opção de controle na sua fazenda.

 

 

Controle químico

É importante tratar as sementes com inseticidas e pulverizar a lavoura no início (V3 e V4), reduzindo os níveis de incidência.

Aplicações após na cultura devem ser nos estágios iniciais das plantas, também para evitar a incidência.

Listei alguns inseticidas de grupos e ingredientes ativos recomendados para controle de sugadores no algodão, feijão e soja.

 

Neonicotinoides

  • Acetamiprido– Aceta 200SP; Acetamiprid 200SP; AutenticoBR 200SP;
  • Imidacloprido– Gaucho FS; Imidagold 700WG;
  • Tiacloprido– Calypso 480SC;
  • Tiametoxam– Actara 250WG.

 

Organofosforados

  • Cloropirifós– Ciclone 480EC; Catcher 480EC;
  • Terbufós– Counter 150GR.

 

Piretroides

  • Fenpropatina– Meothrin 300EC; Damimen 300EC;
  • Bifentrina– Brigade 25EC; Seizer 100EC;
  • Etofenpoxi – Safety 300EC.

Usar uma combinação de ingredientes ativos é uma ótima alternativa por unir ação sistêmica e de contato.

Sempre utilize produtos registrados para a cultura e na dose recomendada, de acordo com o receituário agronômico.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

A cigarrinha-verde tem causado infestações cada vez maiores e danos em diversas culturas. A praga suga a seiva na parte inferior das folhas, que apresentam sintomas de encarquilha mento, secamento e amarelamento das bordas e necrose nos pontos de injúria.

Neste artigo mostramos diferentes formas de controle, onde todos podem ser eficiente neste combate. Sugerimos que em caso de dúvidas chamem um especialista na área.

Gostou de saber mais sobre o assunto?  Deixe seu comentário e acompanhe nosso blog e fique por dentro dos próximos artigo.

 

Pós-graduação Fitossanidade

Adjuvantes agrícolas: entenda o que são e sua importância!

Adjuvantes agrícolas: entenda o que são e sua importância!

Com o crescimento da produção agrícola é indicado a utilização de adjuvantes junto com os defensores agrícolas como meio de otimizar a proteção das plantações. Quer saber mais sobre? Neste post vamos abordar tudo sobre adjuvantes do conceito a sua importância.

Acompanhe! 

 

Adjuvantes agrícolas: entenda o que são e sua importância!

 

Para atingirem o efeito desejado, os herbicidas necessitam ser absorvidos pelas plantas. Para isso, são usadas substâncias na calda de defensivos capazes de aumentar a absorção destes produtos tóxicos. Estas substâncias são os adjuvantes agrícolas.

Todo adjuvante agrícola é usado para aumentar a eficácia dos defensivos, contribuindo para o ganho de produtividade nas lavouras, com consequente redução no uso de produtos no campo. Veja então o conceito, tipos e importância dos adjuvantes para sua lavou.

 

Pós-graduação Fitossanidade

 

O que é adjuvante agrícola?

Os adjuvantes agrícolas são indicados para garantir uma melhor absorção de herbicidas, inseticidas e fungicidas pelas plantas, para que eles façam o efeito necessário na proteção delas.

Sendo uma substância fitossanitária, ou seja, não protege as plantas das doenças, ervas daninhas, insetos ou fungos, é necessário que os adjuvantes sejam utilizados com o defensivo agrícola.

Com isso aumentando a eficácia ou modificando as propriedades, para que haja uma boa cobertura das folhas, através da pulverização, otimizando seus efeitos de proteção.

Por isso, para quem deseja potencializar a ação de um determinado ativo, a escolha do produto adjuvante correto é ação essencial. Várias são as opções, como veremos a seguir.

 

Grupos de adjuvantes

Os adjuvantes agrícolas são divididos em dois grupos: os surfactantes, que alteram as propriedades de superfície dos defensivos, e os aditivos, que aumentam a absorção da calda agindo sobre a cutícula das plantas. Cada grupo possui vários tipos de adjuvantes.

Abaixo vamos falar um pouco sobre cada um, veja:

 

Tecnologias que agregam qualidade à pulverização

 

Adjuvantes aditivos

Essa classe de adjuvante aumenta a absorção dos herbicidas devido à sua ação direta sobre a cutícula das plantas. Os principais aditivos são:

 

Óleos

 São os óleos minerais ou vegetais. Eles agem dissolvendo as gorduras componentes da cutícula e membranas celulares, eliminando assim as barreiras que diminuem a absorção dos herbicidas e provocam o extravasamento do conteúdo da célula.

Quando usados como adjuvantes, os óleos podem aumentar a absorção dos herbicidas, além de atuarem como herbicidas de contato, dependendo da dose empregada.

Ao serem adicionados a calda, os óleos:

  • Aumentam a absorção do herbicida;
  • Reduzem a deriva;
  • Retardam a evaporação da gota;
  • Atuam como espalhante e adesivo.

 

Sulfato de amônio

 É um composto nitrogenado que quando dissociado forma íons de sulfato e amônio. O íon sulfato reage com íons presentes na água imobilizando-os e impedindo que estes reajam com a molécula do herbicida.

Já o íon amônio tem ação sobre a cutícula, rompendo ligações e abrindo caminho para absorção do herbicida.

Além disso, o íon amônio penetra na célula e reduz o pH do apoplasto, devido aos H+, que são bombeados para o exterior da célula, aumentando a absorção do herbicida pelo efeito do pH sobre as moléculas.

 

Ureia

É um composto nitrogenado que exerce ação sobre a cutícula, rompendo ligações e abrindo caminho para absorção do herbicida.

 

Adjuvantes surfactantes

Os surfatantes são classificados de acordo com suas principais propriedades em:

 

Aderente                                                       

Indicado para áreas com grande incidência de chuvas, pois com essa solução a calda apresenta maior adesão à cerca e à cutina da planta, aumentando a absorção do líquido e reduzindo seu escorrimento.

 

Detergente

Utilizado para que se tenha um bom contato entre a folha e a calda por promover a limpeza da sujeira em sua superfície, fazendo com que a aplicação tenha maior eficácia.

 

Dispersante

Indicado para usar com defensivos pós-molháveis, para que não haja aglomeração das partículas da calda, da parte sólida, evitando que caiam da superfície.

 

Espalhante

Utilizado para obter uma melhor absorção entre a calda e a superfície da planta, pois ele diminui a tensão superficial das gotas, garantindo uma melhor espalhabilidade.

 

Molhante

Indicado para áreas com alta temperatura e baixa umidade relativa do ar por proporcionar um maior tempo da calda na superfície da planta atrasando sua evaporação.

 

Adjuvantes e a economia para o produtor

Ao promoverem um ganho de eficácia na aplicação, os adjuvantes acabam por reduzir a dose de defensivos necessários, o que pode gerar uma economia de até 50% com relação aos gastos com esses produtos usados na proteção da lavoura, segundo dados da Embrapa.

Como os adjuvantes são divididos em diferentes categorias, para que haja maior eficácia no seu uso e consequente economia para o bolso do produtor, é necessário que sejam feitos estudos detalhados sobre a lavoura por especialistas agrônomos.

Alguns critérios que devem ser levados em consideração nessas pesquisas de campo, veja abaixo:

  • Análises sobre o alvo a ser atingido, como ervas daninhas, doenças na plantação e pragas;
  • O tipo de cultivo;
  • As condições ambientais e climáticas da área de pulverização;
  • A qualidade química da água usada na aplicação;
  • Os maquinários e pulverizadores disponíveis;
  • Os tipos de defensivos usados na lavoura.

A partir da avaliação rigorosa desses critérios, é possível escolher um bom adjuvante agrícola, que potencializará o efeito dos defensivos, gerando gastos mais baixos e, consequentemente, causando menos danos ao meio ambiente, já que há diminuição do uso de defensivos.

 

Como escolher adjuvantes agrícolas?

Como vimos, os adjuvantes agrícolas têm diversas funcionalidades. Justamente por isso, para definir o melhor para a sua lavoura, é preciso verificar aspectos como a cultura, o defensivo agrícola usado e as condições climáticas na área.

É importante que olhe a bula com atenção, pois é lá que vão estar as informações que você precisa saber sobre quando utilizar e como aplicar o adjuvante.

Além disso, na bula também estará as quantidades necessárias para cada aplicação. É essencial seguir a recomendação, já que o excesso pode causar um efeito negativo na sua cultura por conta da fitotoxicidade e também aumentar os seus custos de produção à toa.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Portanto os adjuvantes melhoram o desempenho de inseticidas nas pulverizações agrícolas, potencializam suas características e aumentam a eficiência. Entretanto, sua escolha deve levar em conta a necessidade do produto e do alvo que se busca atingir, com o objetivo de melhorar o efeito no controle das pragas.

Nesse sentido, o indicado é sempre consultar um profissional especializado para receber a orientação correta de acordo com as características da sua produção.

E então, ficou alguma dúvida sobre a importância dos adjuvantes agrícolas? Deixe seu comentário se você quiser saber ainda mais em relação ao assunto!

 

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