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Inseticida natural: 7 benefícios na utilização!

Inseticida natural: 7 benefícios na utilização!

Há diversas formas de se controlar a invasão indesejada de insetos que podem causar danos na sua lavoura, uma delas é através do inseticida natural.

Eles são bem-vistos por serem menos danosos ao meio ambiente e podendo gerar um controle de pragas com uma maior harmonia e sustentabilidade.

Pois estes inseticidas naturais trata-se de substâncias desenvolvidas a partir de elementos naturais para matar insetos em geral.

Quer saber como fazer esse controle na sua lavoura?

Então, venha comigo!

 

Inseticida natural: 7 benefícios na utilização!

 

O que é como e qual a importância do inseticida natural?

O inseticida natural é um produto agrícola feito na propriedade rural, fácil de ser feito, atóxico, líquido, protetor da planta contra doenças.

Uma vez que serve para proteger a planta ao ataque de insetos que podem causar doenças. Além de alguns casos, nutrir a planta por ter nutrientes essenciais disponíveis.

Um dos interesses nesse tipo de controle de doença, é a contribuição para evitar a contaminação do produtor e do consumidor. Manter o equilíbrio da natureza, preservando a fauna e os mananciais.

Além de diminuir os gastos com a condução das culturas e atender a crescente procura por produtos sadios.

O produtor antes de fazer qualquer intervenção utilizando produto alternativo para o controle de praga ou doença. Deve certificar se realmente o ataque é intenso e se justifica tal intervenção.

Lembrar sempre que os princípios básicos agricultura orgânica estabelecem que toda praga tem inimigos naturais. E que todas as plantas podem suportar um ataque de determinada praga e/ou doença.

Como exemplo, para controle de pulgão, são caldas feitas à base de fumo, cinzas de madeira e calda de sabão. Para demonstrar que sempre se deve prezar por produtos naturais.

Mas no geral, os inseticidas naturais são usados para proteger plantações e combater pragas que atacam lavouras ou até mesmo hortas caseiras.

Sendo assim, podem ser utilizados no controle de diversas pragas como, larvas e borboletas, formigas, pulgões (citado acima), cochonilhas, lagartas, moscas e mosquitos.

 

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Benefícios do uso de inseticidas naturais

Os inseticidas naturais representam uma alternativa para produtores rurais que não querem utilizar agentes químicos em suas lavouras. E que estão atrás de uma solução útil contra o ataque de pragas.

Além disso, hoje estão ganhando destaque como uma opção viável para proteger as culturas contra o ataque de insetos.

Os inseticidas naturais são importantes não apenas para produtores orgânicos. Eles vêm da época em que ainda não se utilizavam produtos químicos para controle de pragas.

São menos agressivos ao meio ambiente e ao ser humano, sendo inúmeros os benefícios de se usar os inseticidas naturais, podemos citar:

  • Em certos cultivos e em certas épocas do ano, necessitam de ajuda para manter sua sanidade ou sua saúde, para isso usamos esses inseticidas.
  • O inseticida natural é atóxico aos animais e não agressiva para a maioria das plantas cultivadas.
  • Possui concentração de produtos naturais.
  • Em sua grande maioria nutre a planta e ativa seu sistema de defesa.
  • Não é tóxico ao ser humano.
  • Produção de alimentos livres de agrotóxicos.
  • Possui baixo custo e pode ser feito em casa.

 

Como manipular corretamente o inseticida natural?

Embora seja produzido com elementos naturais, estes inseticidas também devem ser utilizados com precauções. Por isso tenha cuidado no preparo e aplicação.

Dentre os cuidados que o produtor rural deve tomar estão, evitar o contato com a pele, utilizando medidas de prevenção e vestimenta adequada, evitar a ingestão e inalação dos vapores.

Quanto aos recipientes utilizados na preparação devem ser utilizados unicamente para este fim.

Após a manipulação ou em caso de contato com a pele, lavar com água corrente em abundância. E por fim, evitar o consumo de produtos colhidos antes de cinco dias após a última aplicação.

 

Outras formas de controle naturais de pragas

Além do uso de caldas, há outras formas naturais de se combater a infestação de insetos na sua lavoura de maneira natural, são as principais maneiras:

controle biológico: é um fenômeno natural entre organismos vivos que formam cadeias de relações complexas entre vegetais (produtores) e as diversas castas de animais (consumidores).

Este controle resulta em equilíbrio de populações e em comunidades estáveis. Sendo realizado principalmente pela joaninha.

Controle manual: para matar alguns insetos, pode ser feita a eliminação manualmente com ajuda de um chumaço de algodão embebido em uma mistura de água e álcool ou vinagre, em partes iguais.

Esse controle pode ser realizado semanalmente, sempre que monitorado e tenha necessidade.

 

Tudo o que você precisa saber sobre a mosca branca (Bemisia tabaci)

 

Uso de armadilhas: as armadilhas com feromônio podem ser usadas para detecção, monitoramento, confusão e coleta massal das pragas agrícolas.

Na detecção o objetivo é atrair os insetos para um ponto, no qual ele será identificado e até mesmo podendo ser controlado.

As armadilhas podem ser por feromônio, luz ou adesiva.

Monitoramento: a detecção é um método bastante utilizado para identificar e quantificar as pragas.

Com o monitoramento conseguimos verificar o melhor momento para entrar com o controle.

Uso da homeopatia: sendo executados com preparados homeopáticos na forma de nosódios. Que nada mais é que o bioterápico preparado com o próprio causador do dano.

Manejo Integrado de Pragas (MIP): é o conjunto de boas práticas agrícolas que implica no monitoramento da população de insetos e combina métodos e estratégias de controle, visando evitar o dano econômico.

 

Prevenção é ainda a melhor solução

Mesmo que se conheçam maneiras de se prevenir ataques de pragas, ainda é fácil ser surpreendido por elas.

Para os produtores que sofrem com esse problema e precisa saber como realizar o combate é necessária muita atenção.

 

Plataforma Agropós

 

A primeira maneira de se livrar de organismos indesejáveis na sua lavoura é com a prevenção.

Eliminando plantas fracas, cuidando do solo com cobertura morta e compostos orgânicos.

Faça rotação de culturas para quebra de ciclos do inseto, tenha diversidade de cultivos e desinfete suas ferramentas.

Esta é uma maneira de atrair inimigos naturais para sua lavoura e assim fazer o controle, como os louva-deus e as joaninhas.

Por fim, o monitoramento dos insetos e seu controle são essenciais para garantia de produtividade, o diagnóstico precoce é importante para a escolha do melhor método de manejo.

Escrito por Juliana Medina.

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Agroquímicos: vantagens e desvantagens!

Na agricultura moderna existem diferente tipos de agroquímicos que cumpre um papel indispensável no meio agrícola, neste artigo vamos discutir; o que são os agroquímicos; sua importância, além de conhecermos os diferentes tipos e a forma correta de aplicação.

Não fique de fora, acompanhe!

 

O que são agroquímicos?

 

O que são agroquímicos?

Chamados também de produtos agroquímicos ou agrotóxicos, os defensivos agrícolas são produtos destinados à proteção de culturas agrícolas. Os produtos agroquímicos, segundo as formas de aplicação, classificam-se em inseticidas, fungicidas, herbicidas e outros grupos menores, como os raticidas, acaricidas e nematicidas

São utilizados nos setores de produção, armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens e na proteção de florestas nativas ou implantadas e de outros ecossistemas.

Também são usados em ambientes urbanos, hídricos e industriais, com a finalidade de alterar a composição da flora e da fauna, de modo a preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados nocivos.

 

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Agroquímicos: vantagens e desvantagens

 Veja abaixo as vantagens e desvantagens no uso dos agroquímicos

 

Vantagens

  • Os agrotóxicos, quando utilizados de acordo com a dose recomendada, atuam no controle de pragas e doenças que prejudicam as plantações.
  • Ao controlar possíveis danos às plantações, os agrotóxicos garantem o aumento da produtividade.
  • Os preços dos produtos com agrotóxicos são mais baratos do que os preços de produtos orgânicos.

 

Desvantagens

  • O uso de agrotóxicos está associado a diversos problemas crônicos, como alterações cromossômicas, câncer, doenças hepáticas, doenças respiratórias, entre outros.
  • O uso incorreto dos agrotóxicos pode provocar danos ao meio ambiente, como contaminação do solo e dos recursos hídricos.
  • E o uso acima do permitido em alimentos pode trazer riscos à saúde dos consumidores.
  • Há riscos de intoxicação por parte dos trabalhadores que manuseiam os agrotóxicos.
  • Alguns agrotóxicos são persistentes ao meio ambiente, ou seja, neles permanecem por muito tempo.

 

Quanto aos tipos de agroquímicos

Os agrotóxicos podem ser classificados de acordo com as pragas que controlam, com a estrutura química que os compõe ou com os danos que provocam à natureza e à saúde humana. Segundo o tipo de praga controlado, os agrotóxicos são classificados em:

 

Fungicidas

Atuam na prevenção, controle e cura da ação de fungos. Sua demanda é muito alta em virtude das diferentes culturas plantadas no território nacional e as diferentes condições climáticas que favorecem o aparecimento destes microrganismos.

 

Manejo Integrado de Plantas Daninhas

 

Inseticidas

Atuam na prevenção e controle de insetos pragas. São muito importantes pois os danos causados são muito intensos, destruindo tecido vegetal em alta velocidade e em todas as fases de desenvolvimento das culturas, com queda vertiginosa da produção em condições de controle ineficiente.

 

Modo de ação

Os principais modos de ação dos inseticidas são por contato direto do produto no alvo ou a ingestão de folhas que contenham o princípio ativo. Além disso, os produtos podem ser considerados fisiológicos ou de choque.

 

Herbicida

Os herbicida são componentes importantíssimos no manejo. Eles atuam na dessecação de culturas para colheita ou formação de palhada e no controle de plantas daninhas.

 

Bactericida

O Bactericida é uma substância antibacteriana, ou seja, tem a função da matar as bactérias. Esse agente atua no ambiente contaminado de forma a impedir que os microrganismos possam desempenhar atividades vitais básicas.

 

Acaricidas

São substâncias utilizadas para combater ácaros que se alimentam de plantas, introduzem doenças, destroem lavouras atacadas e reduzem sua produção. Existem acaricidas de diversos tipos e com os mais variados princípios ativos, cada qual melhor indicado para determinado tipo de ácaro.

 

Agroquímico: classificação toxicológica

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) classifica os agrotóxicos em quatro classes de danos à saúde humana: pouco tóxicos, medianamente tóxicos, altamente tóxicos e extremamente tóxicos. Nos rótulos desses produtos, além das cores que representam cada classe, são indicadas também as doses de letalidade de cada uma.

 

Classificação toxicológica

 

Regulamento no Brasil

A maior parte das regulamentações relacionada ao uso dos defensivos está na Lei nº 7.802/1989. No texto constam informações sobre fiscalização e liberações.

Também é possível encontrar outras informações no site da ANVISA, a agência reguladora do assunto no Brasil. Umas das questões, por exemplo, é que os agrotóxicos devem, obrigatoriamente, ser registrados no órgão federal competente, de acordo com o Decreto nº 4.074/2002.

 

Principais problemas no uso de agroquímicos

Veja abaixo os principais problemas ocasionado pelo uso incorreto dos agroquímicos

 

Saúde humana

A maior parte dos casos de intoxicação por agrotóxicos se dá pela falta de controle do uso destas substâncias tóxicas e pela falta de conscientização da população com relação aos riscos provocados à saúde humana.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), para cada caso noticiado de intoxicação por agrotóxicos, outros 50 não são notificados.

A intoxicação pode ocorrer de forma direta (por meio de contato direto, manuseio, aplicação, entre outros) ou indireta (pela ingestão de alimentos ou água contaminados). A ação dos agrotóxicos na saúde humana costuma ser nociva, até mesmo fatal.

Os tipos de intoxicação por agrotóxicos são:

 

Aguda

Quando a vítima é exposta a altas doses de agrotóxicos. Os sintomas são quase imediatos, ou levam poucas horas pra aparecer, sendo eles: dores de cabeça, náusea, sudorese, cãibra, vômitos, diarreia, irritação dos olhos e pele, dificuldade respiratória, visão turva, tremores, arritmias cardíacas, convulsões, coma e morte.

 

Crônica

Quando a vítima é exposta a doses menores de agrotóxicos por um longo período de tempo (meses ou anos).

Esse tipo de intoxicação por agrotóxicos pode ter consequências graves, como: paralisia, esterilidade, abortos, câncer, danos ao desenvolvimento de fetos, entre outros.

 

Agrotóxicos nos alimentos

Os Ministérios do meio ambiente e da saúde estão junto nessa luta para diminuir o uso dos agrotóxicos no país, pois além de afetar o meio ambiente, ele também afeta a saúde humana.

Entretanto, o país ainda tem um grande problema com a falta de fiscalização, seja pela quantidade permitida ou ainda, pela venda ilegal desses produtos.

Segue abaixo a imagem que ilustra a presença de agrotóxico em alguns alimentos que está em nossa mesa no dia a dia.

 

Porcentagem de alimentos que contem agrotóxicos.

Porcentagem de alimentos que contem agrotóxicos.

(Fonte: Impacto Ambiental, 2016).

 

Agrotóxicos e meio ambiente

Os defensivos agrícolas, independente da forma de uso, possuem grande potencial de atingir o solo e águas subterrâneas, ainda mais na presença de ventos e chuvas, que facilitam sua chegada, seja qual for o seu percurso, atingindo a humanidade e outros seres vivos.

Grande parte dos agrotóxicos são bioacumulativos, ou seja, se um animal contaminado morrer e outro se alimentar deste, também será contaminado.

Isso acontece porque o composto permanece no corpo do animal após sua morte, acarretando assim um maior alcance do problema.

Essas substâncias podem causar diversos danos ao meio ambiente, uma vez que passam por processos químicos, físicos e biológicos, que levam à modificação de suas propriedades e influenciam em seu comportamento.

 

Aplicação de agroquímicos

A aplicação de defensivos agrícolas é uma prática eficiente e segura para controlar o surgimento e a proliferação de pragas e doenças na lavoura. Somente com essa tecnologia é possível atender à crescente demanda por alimentos.

Mas essa alternativa não dispensa cuidados. É necessário responsabilidade e a adoção das melhores práticas de aplicação para garantir a segurança alimentar e a eficiência da operação.

 

Priorizar a segurança

Os defensivos agrícolas são produtos químicos que podem trazer danos à saúde do operador caso não sejam seguidas as normas de segurança.

Por isso, o uso de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) é indispensável. Eles reduzem os riscos de contaminação do trabalhador. São compostos de:

  • Viseira
  • Respirador
  • Touca árabe
  • Jaleco
  • Avental
  • Luva
  • Calça
  • Bota

Outro fator que deve ser levado em conta é a segurança alimentar. É preciso seguir as recomendações do engenheiro agrônomo. Obedecendo às dosagens e aos prazos indicados entre a aplicação e o consumo.

 

Escolher o produto certo

Cada defensivo tem uma aplicabilidade específica e atua de forma diferenciada conforme o alvo biológico em questão. Dessa forma, eles são categorizados em:

  • Fungicidas
  • Inseticidas
  • Herbicidas
  • Bactericidas
  • Acaricidas

A nomenclatura já deixa claro o tipo ação que esses produtos apresentam. No entanto, eles não atuam sozinhos. Há no mercado alguns produtos complementares que são adicionados à calda, como óleos, antiespumantes e reguladores de pH, que aprimoram a eficiência da aplicação.

 

Fazer um bom planejamento

A falta de planejamento ainda é um grande problema nas propriedades rurais brasileiras. Essa falha causa um impacto direto no desenvolvimento das plantas e na produtividade geral da lavoura.

Planejamento da pulverização é a pesquisa e identificação correta de pragas e doenças presentas na lavoura e a subsequente seleção de defensivos que atuam exatamente sobre esse alvo biológico. Com isso, é possível alcançar um alto grau de eficiência no controle de pragas sem comprometer a produção.

Esse planejamento deve ser feito a cada safra. Afinal, a cada ano surgem novas variedades mais resistentes no mercado, além de novos inimigos da lavoura.

 

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Dar atenção à pulverização

Durante a aplicação, é importante estar atento a alguns detalhes que podem fazer toda a diferença:

  • Selecione, regule e calibre corretamente o pulverizador, verificando o volume, a velocidade e as especificações de vazão/pressão de trabalho conforme as indicações do fabricante e do fornecedor do produto;
  • Avalie as condições meteorológicas necessárias para a aplicação a fim de evitar perdas por evaporação ou deriva. Os principais aspectos a serem levados em conta são a umidade do ar, a velocidade do vento e a temperatura;
  • Treine o operador para que ele seja capaz de adotar as melhores práticas e saiba lidar com novas tecnologias que o maquinário embarca;
  • Evite água de lagos, bebedouros ou riachos, pois podem conter resíduos que prejudicam a qualidade da calda. Materiais orgânicos presentes nessas águas podem reagir quimicamente com os defensivos e comprometer a eficácia da aplicação.

 

Conclusão

Os agroquímico não são, necessariamente, os vilões sem razão de existir. Como aparecem no noticiário e mesmo no entendimento popular, muitas vezes. É claro que o seu mau uso pode trazer prejuízos ao meio ambiente e a saúde da população.

Porém, se aplicar de forma consciente e em conjunto com outras tecnologias de Manejo Integrado de Pragas, os riscos diminuem bastante.

O segredo é se guiar um pouco nas dicas de aplicação que trouxemos neste artigo e conhecer a fundo os agrotóxicos que pretende usar. Em caso de dúvidas o ideal é consultar um especialista da área.

Escrito por Michelly Moraes.

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Tratamento de sementes: o que é e por que fazer?

Tratamento de sementes: o que é e por que fazer?

Mas você sabe o que é uma semente de qualidade e como o tratamento de sementes pode melhorar as características desejáveis para o agricultor?

A maioria das culturas agronômicas de grande importância como arroz, soja, milho e feijão, é propagada por sementes.

Portanto, o uso de sementes de qualidade é essencial para o sucesso da agricultura.

Neste artigo, você também aprenderá como essa prática pode ser realizada e as principais doenças e pragas que podem ser evitadas com sua utilização.

 

Tratamento de sementes: o que é e por que fazer?

 

4 aspectos da qualidade da semente

A qualidade da semente engloba quatro componentes ou atributos com importância mais ou menos equivalente: físicos, fisiológicos, genéticos e sanitários.

Em conjunto, esses atributos fazem com que sementes de qualidade apresentem alto poder germinativo associado a alto vigor.

Uma elevada qualidade física significa que as sementes têm estrutura íntegra e são uniformes quanto ao tamanho e forma, têm elevado peso volumétrico, por exemplo.

Essas características permitem maior uniformidade na distribuição das sementes durante a semeadura e maior disponibilidade de reservas para o estabelecimento da plântula.

Já a qualidade fisiológica engloba a viabilidade, representada pela germinação de um lote, e vigor, relacionado à tolerância ao estresse durante a germinação e emergência.

Por sua vez, um lote tem alta qualidade genética se as sementes são realmente da cultivar ou híbrido que se quer cultivar, sem contaminantes. A essa característica dá-se o nome de pureza varietal.

Por fim, temos a qualidade sanitária, que significa que a semente está livre de patógenos e sementes de plantas daninhas que podem prejudicar o cultivo.

 

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Objetivo do tratamento de sementes

O tratamento de sementes objetiva proteger a semente contra patógenos e pragas desde a semeadura à germinação.

Além disso, serve para descontaminá-la de patógenos, evitando introduzi-los em áreas livres. Uma vez que muitas doenças podem ser transmitidas por sementes.

Portanto, é uma prática que visa à qualidade sanitária da semente. Mas que também potencializa a genética da semente, contribuindo para o sucesso do plantio.

 

O que é e para que serve o tratamento de sementes?

O tratamento de sementes consiste em aplicar defensivos químicos e/ou biológicos às sementes para controlar fungos e pragas que atacam sementes, mudas e plantas.

Se feita adequadamente, essa prática protegerá a semente nas fases iniciais da lavoura, desde a semeadura até a emergência da plântula.

Atualmente, o tratamento de sementes pode englobar não apenas os defensivos, mas todas as tecnologias aplicadas à semente, como:

Após a realização do tratamento, as sementes são destinadas exclusivamente ao plantio e não podem ser usadas para alimentação humana ou animal.

 

Importância do tratamento de sementes

Como vimos, o Tratamento de Sementes melhora a qualidade sanitária protegendo contra pragas e doenças nos estágios iniciais da cultura, antes, durante e depois da geminação.

Sementes que poderiam ser ameaçadas por doenças, pragas ou até interferências climáticas, conseguem crescer mais fortes, com germinação mais uniforme e com melhor enraizamento.

Ao melhorar a qualidade sanitária, essa prática previne a entrada de pragas nas áreas de cultivo ao eliminar ou reduzir o inóculo presente na semente.

Além disso, tem grande importância no desenvolvimento de plantas vigorosas e sadias.

Consequentemente, o Tratamento de Sementes terá efeito sobre a produtividade.

 

Nutrição Mineral de Plantas: Macronutrientes.

 

Como é feito o tratamento de sementes?

A qualidade das sementes é o objetivo maior e é preciso enfatizar que nem sempre o tratamento de sementes com defensivos é necessário!

Ele deve ser recomendado com base no teste de sanidade, um dos testes da Análise de Qualidade das Sementes.

O teste de sanidade fornece informações sobre a qualidade sanitária da semente destinada à semeadura.

Ele também pode esclarecer as causas da baixa germinação, comum em amostras com elevados índices de infecção

Se a semente está livre de patógenos e a área em que ela será semeada também, por que aplicar defensivos, aumentando o custo da semente?

A recomendação ideal é feita de acordo a realidade da área em que a semente será cultivada.

Outros componentes do tratamento de sementes, como inoculantes e micronutrientes, nesse caso, talvez já sejam suficientes para o sucesso da cultura nos estágios iniciais.

 

Componentes do tratamento de sementes

Os componentes do tratamento de sementes são os produtos e ingredientes encontrados na calda.

Podem incluir produtos para tratamento de semente (defensivos), corantes, polímeros, água, micronutrientes, inoculantes, revestimentos, reguladores de crescimento, agentes de proteção a herbicidas e outros produtos.

Os produtos destinados ao tratamento de sementes ou defensivos são geralmente fungicidas, inseticidas e nematicidas, mas pode-se incluir ainda bactericidas e outros produtos.

Os defensivos podem ser de contato, quando agem somente na superfície da planta ou da semente, ou sistêmico, quando absorvidos e translocados dentro da planta.

Veja os principais requisitos para um defensivo destinado ao tratamento das sementes são:

  • ser tóxico aos patógenos e às pragas-alvo
  • não ser fitotóxico
  • não ser acumulável no solo
  • ter alta persistência nas sementes
  • ter grande capacidade de aderência e cobertura às sementes (podem ser usados polímeros para promover a adesão e retenção dos ingredientes ativos às sementes)
  • deve ser compatível com outros produtos para tratamento de sementes
  • ser efetivo sob diferentes condições agroclimáticas
  • não deixar resíduos nocivos na planta
  • ser seguro para os operadores durante o manuseio e a semeadura
  • ser economicamente viável

 

Ação dos fungicidas utilizados no tratamento de sementes

A ação dos fungicidas usados no tratamento das sementes pode ser classificada como desinfectante, desinfestante, protetor e erradicante.

Desinfectante – atua no controle dos patógenos localizados dentro das sementes (endosperma e embrião) ou nos tecidos do pericarpo. Geralmente têm ação sistêmica, sendo absorvidos e difundidos dentro das sementes. Ex: thiabendazol

Desinfestante – atua no controle de patógenos localizados na superfície externa das sementes. Ex: captan, thiram, quintozene e tolyfluanid.

Protetor – protege as sementes e as plântulas contra o ataque dos fungos das sementes e do solo.

Erradicante – elimina o patógeno que está associado às sementes, quer seja fungo infectante ou infestante. Fungicidas sistêmicos podem atuar como desinfectantes e erradicantes.

 

2 tipos de tratamento de sementes

Atualmente, são possíveis duas formas de se fazer o tratamento de sementes:

 

Tratamento convencional, na fazenda (on farm)

  • Geralmente é feito na própria fazenda, logo antes da semeadura.
  • Realizado em tambores, betoneiras ou utilizando máquinas específicas para o tratamento de sementes.
  • Esse tipo de tratamento deve ser feito pelo responsável técnico (agrônomo) ou sob sua supervisão.

Os principais cuidados a serem tomados nesta modalidade são:

  • Verificar se o produto utilizado no procedimento seja registrado para as sementes da cultura que se pretende fazer o tratamento.
  • Escolher corretamente o produto químico de acordo com o objetivo do tratamento.
  • Verificar se o equipamento de aplicação esteja calibrado.
  • Seguir as instruções da bula do produto e das Fichas de Informações de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ).
  • Preferir os produtos que possuem baixo volume de calda e boa adesão à semente.
  • Não misturar produtos incompatíveis e preferir produtos que combinem, em uma só fórmula, mais de um tipo de defensivo.

As principais vantagens do tratamento convencional são:

  • custo relativamente menor ao TIS
  • recomendação de produtos personalizada de acordo com a necessidade (das sementes e da área de cultivo)

 

Tratamento Industrial de Sementes (TIS)

Pode-se dizer que é a escolha mais prática, uma vez que as sementes são compradas já prontas para a semeadura.

O TIS faz parte das etapas do beneficiamento das sementes em diversas empresas, geralmente realizado no pré-ensaque ou no momento da entrega ao produtor.

É um processo que consiste em aplicações automatizadas por meio de equipamentos de alta tecnologia. Normalmente realizado nas Unidades de Beneficiamento de Sementes (UBS).

Utiliza equipamentos especiais que combinam a aplicação de fungicidas, inseticidas, micronutrientes, nematicidas entre outros.

Para ser considerado TSI, é indispensável a utilização de polímeros para adesão dos produtos às sementes.

A EMBRAPA estima que cerca de 40% das sementes de soja no Brasil são tratadas neste sistema.

É importante ressaltar que o produtor também pode realizar o TSI.

A ABRASEM define TSI como:

“(…) o processo realizado pelo produtor de sementes, reembalador, beneficiador ou por empresa especializada que utiliza técnicas profissionais, produtos, máquinas e equipamentos específicos para o tratamento de sementes e que garante a taxa de aplicação recomendada pelo fabricante (dose e qualidade do recobrimento).  (…) realizado por profissionais especializados, sob normas de segurança e visando preservar a qualidade física e fisiológica das sementes, bem como assegurar a saúde dos operadores e a preservação do meio ambiente.

As principais vantagens do TSI em relação ao tratamento on farm são:

  • menor risco de intoxicação dos operadores
  • maior precisão no volume de calda utilizado para o tratamento das sementes.
  • melhor cobertura da semente com o produto químico
  • maior rendimento por hora

As principais desvantagens do TSI são:

  • maior custo de aquisição das sementes
  • utilização padronizada de produtos, às vezes desnecessários.

Essa desvantagem que pode ser corrigida se o produtor (ou seu responsável técnico) tiver liberdade de escolher com quais produtos sua semente deveria ser tratada.

 

Benefícios do tratamento de sementes

Independentemente se feito on farm ou industrialmente. Os benefícios do tratamento de sementes serão vistos do plantio à colheita:

  • Estabelecimento da população de plantas por controlar patógenos e pragas importantes transmitidos pelas sementes, diminuindo a chance de sua introdução em novas áreas.
  • Proteção do potencial genético da variedade que o produtor escolheu para plantar.
  • Estabelecimento do estande desejável da lavoura (número adequado de plantas para determinada área).
  • Pode ter influência positiva na fisiologia da planta (melhor enraizamento, germinação mais uniforme e maior resistência a nematoides);
  • É um investimento relativamente baixo que ajuda a melhorar a produtividade da lavoura.

 

Pragas e doenças controladas com o tratamento de sementes

O tratamento de sementes evita a transmissão e danos diretos causados por patógenos e pragas em sementes, raízes e plântulas na fase inicial das culturas. Já as sementes mais tratadas no Brasil são as de milho e de soja.

As principais pragas e doenças de soja, milho e algodão que são controladas com o tratamento de sementes são:

  • As lagartas Helicoverpa (Helicoverpa spp), Lagarta-da-soja (Anticarsia gemmatalis), Lagarta-do-cartucho (Spodoperta frugiperda), Lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus), que se alimentam do colo da planta, logo após a germinação.
  • Os corós (Coleoptera: Scarabaeoidea) que vivem no solo e se alimentam exclusiva ou facultativamente de raízes, causando danos a diversas culturas. Entre as pragas-de-solo, os corós rizófagos têm se constituído em um dos grupos mais importantes em diversas culturas de alto valor econômico.
  • Nematoides
  • Fungos fitopatogênicos transmitidos por sementes como Phomopsis , Cercospora spp., Fusarium spp. e Colletotrichum spp.
  • Fungos de grãos armazenados como Penicillium e Aspergillus spp.
  • Patógenos presentes no solo como Rhizoctonia, Pythium spp. e Stenocarpella sp. podem causar danos na fase de muda, causar tombamento e redução do estande.

 

Tratamento de sementes de soja

Após a semeadura, as sementes podem encontrar condições desfavoráveis à germinação da semente e a emergência da plântula, que tornam o processo mais demorado.

Assim, a semente estará mais tempo exposta a patógenos presentes no solo (Rhizoctonia, Pythium) que podem deteriorar ou causar a morte da plântula.

Para patógenos transmitidos pela semente de soja, o controle mais eficaz é realizado com fungicidas do grupo dos benzimidazois. Isso é válido para Cercospora kikuchii, Fusarium pallidoroseum (=F. semitectum), Phomopsis spp. e Colletotrichum truncatum.

Para esses patógenos, os produtos mais indicados para tratamento de sementes são carbendazin, tiofanato metílico e thiabendazole. Esses produtos também são eficientes para o controle de  Sclerotinia sclerotiorum quando presente na semente, na forma de micélio interno, dormente.

Fungicidas de contato como Captan, Thiram e Tolylfluanid, que têm bom desempenho no campo quanto à emergência, não controlam, totalmente esses fungos, principalmente Phomopsis spp. e F. pallidoroseum nas sementes que apresentam índices maiores que 40% desses patógenos.

 

Plataforma Agropós

 

Tratamento de sementes de milho

A aplicação de produtos fitossanitários via sementes de milho é uma prática comum e estima-se que 85% das sementes no Brasil sejam tratadas.

As sementes de milho híbrido carregam um dos mais modernos pacotes tecnológicos da agricultura moderna e é comum o uso do TIS.

E a pesquisa tem se intensificado nos últimos anos para melhorar essa tecnologia. Isso porque os tratamentos químicos aplicados tendem, com o aumento das dosagens, a gerar efeitos latentes, desfavoráveis ao desempenho das sementes, intensificados com o prolongamento do período de armazenamento.

Os principais defensivos utilizados são fungicidas e inseticidas.

No Brasil, há vários produtos formulados disponíveis para o tratamento de sementes de milho.

Os princípios ativos e combinações registradas no Ministério da Agricultura para tratamento de sementes são os seguintes:

  • carbendazim (benzimidazol) + tiram (dimetilditiocarbamato)
  • piraclostrobina (estrobilurina) + tiofanato-metílico (benzimidazol)
  • fipronil (pirazol) + piraclostrobina (estrobilurina) + tiofanato-metílico (benzimidazol)
  • fluazinam (fenilpiridinilamina) + tiofanato-metílico (benzimidazol),
  • piraclostrobina (estrobilurina) + tiofanato-metílico (benzimidazol)
  • ipconazol (triazol)
  • fipronil (pirazol) + piraclostrobina (estrobilurina) + tiofanato-metílico (benzimidazol)
  • tiametoxam (neonicotinoide)
  • abamectina (avermectina)
  • ciantraniliprole (antranilamida)
  • carbossulfano (metilcarbamato de benzofuranila)
  • tiodicarbe (metilcarbamato de oxina)

 

Conclusão

Semente de alta qualidade em termos de pureza, genética, vigor e germinação é um dos insumos mais importantes para o sucesso do cultivo.

O tratamento de sementes é uma das práticas que pode assegurar estande adequado, plantas vigorosas, atraso no início de epidemias e aumento do rendimento.

Além disso, pode prevenir a entrada de pragas e patógenos veiculados pelas sementes em áreas livres.

Vimos que o tratamento de sementes pode ser feito tanto da forma convencional (on farm) quanto industrial (TIS).

De um jeito ou de outro, ele melhora a qualidade das sementes e traz muitos benefícios ao produtor, vistos desde a semeadura até a colheita.

Escrito por Debora Cerviere.

Pós-graduação Fitossanidade

Parceria trará gigante dos bioinseticidas para a Região Sul

Parceria trará gigante dos bioinseticidas para a Região Sul

Um acordo comercial realizado entre a maior fabricante global de baculovírus ou defensivos agrícolas biológicos, a australo-americana AgBiTech com a distribuidora Agro 100, trará novas opções para a safra 2019/2020 na Região Sul do Brasil. A expectativa é de atingir 2 milhões de hectares de lavouras tratados com sua linha de lagarticidas.

De acordo com o diretor-presidente da Agro 100, Renato Seraphim, a parceria comercial com a AgBiTech está ancorada na inovação proposta pela empresa australo-americana, e também no elevado potencial de crescimento do controle biológico dentro do manejo de pragas do produtor. “Nos antecipamos para ajudar ao produtor a fazer controle mais eficaz de lagartas e entendemos que a união entre a tecnologia dos químicos e a dos biológicos permitirá elevar a rentabilidade do campo”, resume Seraphim.

Para Seraphim, a quebra da resistência da soja Intacta ou Bt constitui outro aspecto que deverá contribuir ao crescimento do mercado de baculovírus. “Chegamos quase ao limite do conhecimento em relação aos químicos. Estes exigem altos custos em pesquisa e a obtenção de registros demora, particularmente no Brasil. Novas soluções virão da genética, da nutrição e do controle biológico”, avalia ele. “Não temos dúvidas de que o mercado de baculovírus terá crescimento significativo e crescente. Tais produtos tendem a ser integrados de vez ao manejo de lagartas do produtor”, completa.

Ele justifica a importância  alertando que o aparecimento de lagartas já no início do plantio, em regiões de soja com escassez de chuvas, pode se repetir no Sul do País em algum momento “Essa parceria certamente impulsionará o negócio da AgBiTech Brasil ao mesmo tempo que levará inovação e novas práticas de manejo para transferir mais rentabilidade ao cliente da Agro 100”, reforça Adriano Vilas Boas, diretor geral da AgBiTech na América Latina.

 

Fonte: Agrolink
Dia de Campo na TV – Inseticida à base de vírus favorece produtividade nas lavouras

Dia de Campo na TV – Inseticida à base de vírus favorece produtividade nas lavouras

Foto: Sandra Brito

Sandra Brito -

Os trabalhos com o baculovírus para o controle da lagarta-do-cartucho na Embrapa Milho e Sorgo tiveram início em 1984. Atualmente, o banco de baculovírus conta com 22 isolados eficientes contra a lagarta do cartucho amostrados em diversas regiões do Brasil. O inseticida é apresentado em forma de pó molhável e não causa danos ao meio ambiente.

A lagarta-do-cartucho é a principal praga do milho e do sorgo e ataca também outras culturas, como soja, algodão e hortaliças. O pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo Fernando Hercos Valicente ressalta que controlar pragas que atacam o milho e o sorgo é um grande desafio. “O desenvolvimento desse produto biológico foi feito à base do agente Baculovirus spodoptera e é indicado para controlar a lagarta-do-cartucho nas culturas em que ela ocorre. Este inseticida tem melhor eficácia para controle da lagarta em campo, quando estas têm no máximo até um centímetro de comprimento. Testes de biossegurança comprovaram que esses vírus são inofensivos a microrganismos, plantas, vertebrados e outros invertebrados que não sejam insetos.

O Dia de Campo na TV vai apresentar a lagarta-do-cartucho em diferentes instares, estágios de crescimento, e como o inseticida é preparado para aplicação no campo. Também vai falar sobre os cuidados para armazenar o produto, que tem um ano de validade. “Este prazo permite ao produtor planejar o uso do inseticida ao longo da safra, desde que sejam observadas as condições de armazenamento ideais”, diz Valicente.

A Embrapa Milho e Sorgo possui acordo de parceria com empresas que produzem os inseticidas biológicos à base de microrganismos. No Brasil existem duas biofábricas de Baculovirus spodoptera. Em Uberaba-MG, o CartuchoVit é produzido pela Vitae Rural. E, em Cruz Alta-RS, o VirControl Sf é produzido pela Simbiose.