(31) 9 8720 -3111 contato@agropos.com.br
Tiririca planta: conheça como controlá-las!

Tiririca planta: conheça como controlá-las!

As plantas daninhas do gênero Cyperus são conhecidas por muitos nomes e têm alta frequência nas lavouras. As plantas desta espécie aguentam qualquer tipo de clima e solo, portanto, elas nascem e multiplicam-se durante o ano todo. Neste artigo vamos falar um pouquinho sobre os tipos e as formas de controle da tiririca planta. Quer ficar por dentro de tudo?

Venha Comigo!

 

Tiririca planta: conheça como controlá-las!

 

A tiririca é uma planta herbácea, bulbosa, conhecida por ser uma infestante em gramados, canteiros e na agricultura de forma geral.

Ela é possivelmente originária da Índia, mas atualmente encontra-se espalhada por todas as regiões tropicais e subtropicais do planeta, incluindo áreas temperadas.

Se você já teve a infelicidade de se deparar com a planta, deve lembrar como funciona: no começo, parece um simples capim inofensivo, que você mesmo arranca com as próprias mãos.

O problema é que logo depois o que era só uma planta se multiplica e toma conta do jardim, com várias ramificações para todos os lados prontas para conquistar uma área ainda maior do seu terreno.

 

Pós-graduação Fitossanidade

 

Afinal, o que é tiririca?

A tiririca é considerada a planta daninha mais importante na agricultura principalmente devido a sua forma eficiente de reprodução. Mesmo em regiões inóspitas, a planta Tiririca tem grande potencial de sobrevivência.

Pertence a outra família botânica, que é a família Cyperaceae, produzindo uma grande quantidade de tubérculos, bulbos basais e rizomas, além das sementes.

Portanto, é uma das plantas daninhas de maior eficiência reprodutiva que existe. Assim, ela é considerada pelos especialistas como a pior planta daninha que existe.

 

Característica

Mas você sabe quais são as suas características e como ela se desenvolve?

Apresenta folhas lineares, de cor verde intensa, brilhantes, que surgem de um bulbo subterrâneo e profundo. De cada bulbo despontam rizomas, que percorrem paralelamente o solo, e a cada pequenos intervalos, formam áreas hipertrofiadas que darão origem a novos bulbos.

Assim, muitas vezes, uma área extensa com a planta é na verdade um único espécime. Com o tempo, estes rizomas se rompem naturalmente, dividindo os indivíduos. Desta forma, a planta se alastra rapidamente.

Apesar do porte pequeno, que varia entre 15 e 50 centímetros, a tiririca pode atingir cerca de um metro de profundidade com seu sistema radicular.

As inflorescências surgem em qualquer época do ano, e são do tipo espigueta, de cor castanho-avermelhada.

 

Importância da tiririca planta

Essa planta pode ser encontrada em 92 países e, aqui no Brasil, está presente em todo o território nacional.

A sua infestação pode trazer grandes prejuízos para a lavoura. Isso acontece porque ela compete com a plantação por sol, espaço, água e nutrientes.

tiririca consegue formar até 40 toneladas de massa vegetal por hectare cada 30 toneladas extraem 815 kg de sulfato de amônio, 320 kg de cloreto de potássio e 200 kg de superfosfato por hectare números significativos de substâncias que farão falta à cultura original.

 

Quais as diferentes espécies da tiririca planta?

Existem muitas espécies da planta tiririca. Cada uma delas tem as suas características físicas, lavouras em que é mais comum e manejo adequado.

 

Cyperus difformis

Também chamada de junça, junquinho, tiririca-do-brejo e três-quinas, essa espécie de tiririca é uma planta anual, herbácea e ereta.

Ela é encontrada principalmente no sul do país e prefere ambientes úmidos ou alagados. A Cyperus difformis tem um ciclo de vida curto, o que facilita a sua propagação.

 

Cyperus distans

É uma espécie conhecida por junquinha, junça, tiririca, tiririca-de-três-quina, é uma herbácea, perene, e desenvolve por todo o país.

As folhas da base da planta saem da altura diferentes, possui caule rizomatoso curto. A inflorescência tem cor castanha.

 

Cyperus esculentus

Também chamada de tiririca mansa ou tiriricão, essa planta herbácea e perene se desenvolve em todo o país. É uma das espécies mais indesejadas de tiririca por causa do seu difícil controle.

 

Cyperus flavus

Essa espécie é mais conhecida como tiririca-de-três-quinas e também se desenvolve em todo o Brasil.

As folhas da base da planta crescem em número de até 10 e são mais curtas que o eixo da inflorescência que, por sua vez, é do tipo espiga cilíndrica e tem cor verde-amarela da ou castanha.

 

Cyperus iria    

Esta espécie de tiririca é uma planta anual, ereta e herbácea, que se desenvolve em todo o território nacional. Ela não tem rizomas, mas tem estruturas capazes de originar perfilhos.

Em sua base, você encontra duas ou três folhas verdes e mais curtas do que o eixo da inflorescência que tem cor amarelo-ferrugem.

 

Cyperus odoratus

Essa espécie é conhecida por junça, tiririca, tiririca vermelha ou tiririca-de-três-quinas. De todas as tiriricas, essa espécie é a mais agressiva, apresenta caules do tipo bulbo e rizoma

É uma planta herbácea, perene, ereta, tuberosa, rizomatosa e que se desenvolve por todo o país. O caule é triangular liso sem ramificação, com 3 brácteas no ápice com uma delas de destacando pelo seu comprimento. A inflorescência é do tipo espiga de coloração vermelho ferrugínea.

 

 

Cyperus rotundus

O capim-dandá, ou Cyperus rotundus, é uma espécie perene que se desenvolve em todo o Brasil. De todos os tipos de tiririca, este é o mais agressivo.

As folhas da base da planta são menores que o eixo da inflorescência e as flores têm coloração vermelho-ferrugem. Ela se propaga através de sementes, bulbos, tubérculos e rizomas.

 

Manejo adequado da tiririca planta

 

Quanto a prevenção

Existem algumas formas de controlar a propagação da tiririca em uma propriedade e a primeira delas é a prevenção.

O processo deve ser iniciado ainda na etapa de preparação do solo, que deve ser adubado e verificado cuidadosamente para que não haja ali nenhum rizoma ou ramificação de tiririca.

Outras técnicas utilizadas são a cobertura do solo com palha ou capim seco, limpeza das ferramentas utilizadas e a garantia da qualidade das sementes.

 

Checklist agrícola

 

Como controlar a tiririca planta

Antes de mais nada é essencial diagnosticar corretamente o problema e a sua dimensão. Nesta etapa, é importante contar com um profissional especializado, que pode identificar a extensão da infestação e definir o melhor método de controle para cada caso.

De forma geral, a maneira mais eficiente de resolver o problema é utilizando um herbicida seletivo, que elimina a tiririca, mas não causa mal ao gramado e outros tipos de planta.

Além do controle químico (herbicida), outra opção é o controle mecânico, que abrange ações como trazer os rizomas da tiririca para a superfície do solo, a fim de exterminá-los por meio da seca e do sol forte. Porém, esse método exige controle contínuo e pode demorar para trazer bons resultados.

 

Plataforma Agropos

 

Conclusão

Como você viu, a tiririca é mesmo uma espécie difícil de lidar, mas com algumas ações preventivas fica mais fácil evitar que ela se instale no seu jardim ou lavou. Além disso, existem boas estratégias de controle.

Para que esse controle seja realizado é ideal consultar um profissional especializado, para obter o sucesso na exterminar essa planta daninha.

Se você gostou desse conteúdo e te ajudou e esclareceu suas dúvidas. Comente e compartilhe em suas redes sociais!

Escrito por Michelly Moraes.

Pós-graduação Fitossanidade

Corda de viola: saiba tudo sobre essa planta!

Ano após ano, produtores enfrentam infestação de plantas daninhas em suas culturas. Algumas são mais fáceis de serem removidas, enquanto outras daninhas tem seu combate bem mais complexo. É o caso da corda de viola.  Neste artigo vamos abordar tudo sobre esse assunto, não fique de fora.

Acompanhe!

 

Corda de viola: saiba tudo sobre essa planta!

 

A corda de viola, Ipomoea grandifolia ou Ipomea triloba ou Ipomoea aristolochiaefolia, se destaca como uma das plantas daninhas mais problemáticas em lavouras agrícolas no Brasil. O difícil controle da corda-de-viola nos cultivos é causado por características da própria planta.

A Ipomoea grandifolia apresenta vasta distribuição geográfica, desde o sudeste dos Estados Unidos até a Argentina. No Brasil, sua presença já foi assinalada nas regiões Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-Oeste.

Características estas as quais incluem sementes dormentes, que podem permanecer viáveis no solo por vários anos, e hábito de crescimento entrelaçado (volúvel, com hastes flexíveis), o que lhe permite escalar as plantas, diminuindo a disponibilidade de luz e reduzindo a capacidade fotossintética da cultura, bem como a eficiência da colheita mecânica.

Neste artigo, você vai conhecer mais sobre a corda-de-viola e seus potenciais prejuízos, além de aprender também como realizar o seu manejo, evitando que ela se alastre!

 

Pós-graduação Fitossanidade

 

Afinal, o que é corda de viola?

Ipomea sp. ou corda-de-viola é uma planta daninha com coloração vistosa. Seus outros nomes populares são corriola, campainha e jetirana.

Por ter diferentes espécies, (estudos indicam que existam mais de 140 tipos de corda-de-viola espalhados por todas as regiões do país) essa erva pode apresentar folhas tanto inteiras quanto recortadas. Sua flor também varia em tonalidades que vão do branco ao roxo.

A corda-de-viola é uma erva trepadeira e invasora anual, com alta adaptabilidade ao solo e que se reproduz por sementes. Em um curto espaço de tempo, ela se enrola nas culturas, podendo atingir até três metros de altura.

 

Características da corda de viola

As inflorescências são axilares, com a formação de uma a oito flores curto-pediceladas. Os frutos são cápsulas septíferas esféricas, possuem de 6-8 mm de diâmetro, de cor castanho-claro na maturação. A altura varia de 1-3 m de altura.

Com caule e ramos finos, fibrosos e longos, a corda-de-viola é muito resistente, se espalha pelo chão, conseguindo subir em obstáculos que encontra pelo caminho. Isso torna a colheita de determinadas culturas muito mais difícil, como é o caso da soja e do milho, já citados.

 

 

Ciclo reprodutivo da corda de viola

Essa espécie tem propagação via sementes, com germinação no fim do inverno e ciclo até a maturação de 150-180 dias, podendo ser reduzido para 120 dias se a germinação ocorrer no verão.

A entrada de sementes da corda-de-viola no solo pode ocorrer de duas formas: pela produção de sementes oriundas das plantas presentes na área ou pela introdução de sementes originárias de outras áreas por agentes de dispersão.

A partir da germinação das sementes há formação de raízes e caules, produção de flores e frutos e, com a produção de sementes, o ciclo se reinicia.

 

Desenvolvimento e condições do ambiente

Popularmente conhecida como corda-de-viola ou corriola, essa planta daninha trepadeira de ciclo anual se reproduz por sementes e se adapta facilmente em qualquer tipo de solo, com ou sem incidência luminosa, podendo atingir até 3 metros de comprimento.

Suas sementes apresentam grande quantidade de reserva e as respectivas plântulas conseguem emergir sob camadas consideráveis de palhada no solo.

Alguns estudos relatam que o microclima induzido pela palhada no solo pode inclusive estimular a germinação e o crescimento da Ipomoea spp., fato bastante relevante no sistema de plantio direto ou no sistema de cana crua.

 

Danos causados pela corda de viola 

A corda-de-viola causa um transtorno no processo de colheita. Quando as colhedoras passam, as daninhas podem bloquear o cilindro, fazendo com que a eficácia na colheita caia consideravelmente.

Já foi identificado em estudos que a corda-de-viola pode ser muito prejudicial, por exemplo, para a soja, a oleaginosas mais cultivadas no Brasil. Além de afetar o bolso do produtor, sua produção, em alguns casos, chega reduzir 45%.

Sem contar que seus ramos, quando se entrelaçam nas plantas, competem por recursos essenciais como água, luz e nutrientes. No período crítico de competição, que se estende, em geral, até 50 dias após a emergência das plantas, a redução da produtividade se torna mais acentuada.

Outro prejuízo causado é a elevação da umidade dos locais onde a corda-de-viola se encontra. Essa umidade é transferida para os grãos, levando a uma depreciação da qualidade da cultura e aumentando os gastos com a secagem.

Ela também favorece o aumento de pragas na armazenagem, o que representa mais uma desvantagem para o produtor na hora de comercialização das sacas, visto que qualidade entregue ao consumidor pode ficar comprometida. Durante esse período, os prejuízos provocados são irreversíveis.

 

Checklist agrícola

 

Manejo da corda de viola

A corda-de-viola exige um manejo minucioso e integrado para eliminar os problemas que ela causa.

Quando essa daninha é da espécie de folhas largas, o combate se torna ainda mais difícil.  Veja a seguir alguns controles eficazes.

 

Controle preventivo

Adotar algumas ações podem reduzir o aparecimento de plantas daninhas na lavoura. São medidas que estão ao alcance do produtor, como a limpeza rigorosa de implementos e maquinário e uso de sementes certificadas.

Essas práticas previnem a entrada de sementes de plantas daninhas no campo de cultivo e impedem que se proliferem.

 

Controle cultural

O controle cultural consiste na:

  • Escolha de espécies adaptadas à região de plantio
  • Escolha da época de plantio
  • Densidade e no espaçamento entre as plantas
  • Rotação de cultura.

Dentre essas associações de estratégias, temos plantio direto como base de formação de uma massa de cobertura sobre o solo.

A cobertura inibe a emergência de algumas espécies de plantas daninhas (principalmente gramíneas e espécies de ciclo anual) que necessitam mais luz para germinar.

 

Controle físico

O controle físico pode ser realizado por meio da solarização do solo, com fogo e/ou inundação. Para se fazer a solarização, utiliza-se uma cobertura de polietileno transparente. Com isso, a temperatura do solo aumenta, matando o embrião da planta daninha a plântula.

Quantidade de luz, umidade do solo, tempo de permanência da cobertura são fatores que influenciam no sucesso da prática.

O uso do fogo eleva a temperatura da planta em um curto espaço de tempo, ocasionando a sua morte. Já na inundação são usadas lâminas de água em espaços abertos no terreno, chamados de tabuleiros ou quadros.

 

Controle químico

O controle químico de plantas daninhas é feito com uso de defensivos, mais especificamente de herbicidas. É de fundamental importância o conhecimento sobre a dinâmica dos herbicidas e seus diferentes mecanismos de ação na planta invasora.

É preciso saber a dose correta do produto associada à tecnologia de aplicação. O momento correto de aplicação de acordo com o estádio de desenvolvimento da planta daninha e número de aplicações. Muitas vezes é utilizado como tática uma única aplicação ou aplicações sequenciais.

A tecnologia tem otimizado a aplicação de defensivos químicos no campo. O controle químico, hoje, é feito com o uso de pulverizadores tratorizados e aéreos.

 

Plataforma Agropós

 

Controle mecânico

O controle mecânico de plantas daninhas é feito por meio do arranquio manual ou uso de equipamentos como a enxada e cultivadores (enxada fixa ou rotativa).

Mesmo após a introdução de herbicidas no mercado, o uso desses equipamentos é muito comum. Principalmente em pequenas propriedades, em que o emprego de outros métodos de controle é limitado devido à falta de equipamentos e à topografia do terreno.

Já em grandes propriedades, o uso do controle mecânico de plantas daninhas é bastante reduzido, em razão da necessidade de maior agilidade.

 

Conclusão

Planta invasora muito comum, infestando principalmente linhas de cercas, terrenos baldios, lavouras perenes como pomares, cafezais entre outras culturas.

A corda-de-viola tem um potencial negativo no crescimento, desenvolvimento e produtividade de diferentes culturas, como mostrado ao longo do artigo.

Por essa razão é tão importante realizar o manejo integrado para evitar que ela traga mais prejuízos à propriedade.    Se você gostou desse conteúdo e te ajudou e esclareceu suas dúvidas. Comente e compartilhe em suas redes sociais!

Escrito por Michelly Moraes.

Pós-graduação Fitossanidade

Adjuvantes agrícolas: entenda o que são e sua importância!

Adjuvantes agrícolas: entenda o que são e sua importância!

Com o crescimento da produção agrícola é indicado a utilização de adjuvantes junto com os defensores agrícolas como meio de otimizar a proteção das plantações. Quer saber mais sobre? Neste post vamos abordar tudo sobre adjuvantes do conceito a sua importância.

Acompanhe! 

 

Adjuvantes agrícolas: entenda o que são e sua importância!

 

Para atingirem o efeito desejado, os herbicidas necessitam ser absorvidos pelas plantas. Para isso, são usadas substâncias na calda de defensivos capazes de aumentar a absorção destes produtos tóxicos. Estas substâncias são os adjuvantes agrícolas.

Todo adjuvante agrícola é usado para aumentar a eficácia dos defensivos, contribuindo para o ganho de produtividade nas lavouras, com consequente redução no uso de produtos no campo. Veja então o conceito, tipos e importância dos adjuvantes para sua lavou.

 

Pós-graduação Fitossanidade

 

O que é adjuvante agrícola?

Os adjuvantes agrícolas são indicados para garantir uma melhor absorção de herbicidas, inseticidas e fungicidas pelas plantas, para que eles façam o efeito necessário na proteção delas.

Sendo uma substância fitossanitária, ou seja, não protege as plantas das doenças, ervas daninhas, insetos ou fungos, é necessário que os adjuvantes sejam utilizados com o defensivo agrícola.

Com isso aumentando a eficácia ou modificando as propriedades, para que haja uma boa cobertura das folhas, através da pulverização, otimizando seus efeitos de proteção.

Por isso, para quem deseja potencializar a ação de um determinado ativo, a escolha do produto adjuvante correto é ação essencial. Várias são as opções, como veremos a seguir.

 

Grupos de adjuvantes

Os adjuvantes agrícolas são divididos em dois grupos: os surfactantes, que alteram as propriedades de superfície dos defensivos, e os aditivos, que aumentam a absorção da calda agindo sobre a cutícula das plantas. Cada grupo possui vários tipos de adjuvantes.

Abaixo vamos falar um pouco sobre cada um, veja:

 

Tecnologias que agregam qualidade à pulverização

 

Adjuvantes aditivos

Essa classe de adjuvante aumenta a absorção dos herbicidas devido à sua ação direta sobre a cutícula das plantas. Os principais aditivos são:

 

Óleos

 São os óleos minerais ou vegetais. Eles agem dissolvendo as gorduras componentes da cutícula e membranas celulares, eliminando assim as barreiras que diminuem a absorção dos herbicidas e provocam o extravasamento do conteúdo da célula.

Quando usados como adjuvantes, os óleos podem aumentar a absorção dos herbicidas, além de atuarem como herbicidas de contato, dependendo da dose empregada.

Ao serem adicionados a calda, os óleos:

  • Aumentam a absorção do herbicida;
  • Reduzem a deriva;
  • Retardam a evaporação da gota;
  • Atuam como espalhante e adesivo.

 

Sulfato de amônio

 É um composto nitrogenado que quando dissociado forma íons de sulfato e amônio. O íon sulfato reage com íons presentes na água imobilizando-os e impedindo que estes reajam com a molécula do herbicida.

Já o íon amônio tem ação sobre a cutícula, rompendo ligações e abrindo caminho para absorção do herbicida.

Além disso, o íon amônio penetra na célula e reduz o pH do apoplasto, devido aos H+, que são bombeados para o exterior da célula, aumentando a absorção do herbicida pelo efeito do pH sobre as moléculas.

 

Ureia

É um composto nitrogenado que exerce ação sobre a cutícula, rompendo ligações e abrindo caminho para absorção do herbicida.

 

Adjuvantes surfactantes

Os surfatantes são classificados de acordo com suas principais propriedades em:

 

Aderente                                                       

Indicado para áreas com grande incidência de chuvas, pois com essa solução a calda apresenta maior adesão à cerca e à cutina da planta, aumentando a absorção do líquido e reduzindo seu escorrimento.

 

Detergente

Utilizado para que se tenha um bom contato entre a folha e a calda por promover a limpeza da sujeira em sua superfície, fazendo com que a aplicação tenha maior eficácia.

 

Dispersante

Indicado para usar com defensivos pós-molháveis, para que não haja aglomeração das partículas da calda, da parte sólida, evitando que caiam da superfície.

 

Espalhante

Utilizado para obter uma melhor absorção entre a calda e a superfície da planta, pois ele diminui a tensão superficial das gotas, garantindo uma melhor espalhabilidade.

 

Molhante

Indicado para áreas com alta temperatura e baixa umidade relativa do ar por proporcionar um maior tempo da calda na superfície da planta atrasando sua evaporação.

 

Adjuvantes e a economia para o produtor

Ao promoverem um ganho de eficácia na aplicação, os adjuvantes acabam por reduzir a dose de defensivos necessários, o que pode gerar uma economia de até 50% com relação aos gastos com esses produtos usados na proteção da lavoura, segundo dados da Embrapa.

Como os adjuvantes são divididos em diferentes categorias, para que haja maior eficácia no seu uso e consequente economia para o bolso do produtor, é necessário que sejam feitos estudos detalhados sobre a lavoura por especialistas agrônomos.

Alguns critérios que devem ser levados em consideração nessas pesquisas de campo, veja abaixo:

  • Análises sobre o alvo a ser atingido, como ervas daninhas, doenças na plantação e pragas;
  • O tipo de cultivo;
  • As condições ambientais e climáticas da área de pulverização;
  • A qualidade química da água usada na aplicação;
  • Os maquinários e pulverizadores disponíveis;
  • Os tipos de defensivos usados na lavoura.

A partir da avaliação rigorosa desses critérios, é possível escolher um bom adjuvante agrícola, que potencializará o efeito dos defensivos, gerando gastos mais baixos e, consequentemente, causando menos danos ao meio ambiente, já que há diminuição do uso de defensivos.

 

Como escolher adjuvantes agrícolas?

Como vimos, os adjuvantes agrícolas têm diversas funcionalidades. Justamente por isso, para definir o melhor para a sua lavoura, é preciso verificar aspectos como a cultura, o defensivo agrícola usado e as condições climáticas na área.

É importante que olhe a bula com atenção, pois é lá que vão estar as informações que você precisa saber sobre quando utilizar e como aplicar o adjuvante.

Além disso, na bula também estará as quantidades necessárias para cada aplicação. É essencial seguir a recomendação, já que o excesso pode causar um efeito negativo na sua cultura por conta da fitotoxicidade e também aumentar os seus custos de produção à toa.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Portanto os adjuvantes melhoram o desempenho de inseticidas nas pulverizações agrícolas, potencializam suas características e aumentam a eficiência. Entretanto, sua escolha deve levar em conta a necessidade do produto e do alvo que se busca atingir, com o objetivo de melhorar o efeito no controle das pragas.

Nesse sentido, o indicado é sempre consultar um profissional especializado para receber a orientação correta de acordo com as características da sua produção.

E então, ficou alguma dúvida sobre a importância dos adjuvantes agrícolas? Deixe seu comentário se você quiser saber ainda mais em relação ao assunto!

 

Pós-graduação Fitossanidade

Cercosporiose no café: saiba como identificar e manejar!

Cercosporiose no café: saiba como identificar e manejar!

O Brasil é um dos maiores produtores de café do mundo. Apesar disso, alguns problemas tendem a prejudicar as lavouras. Como a Cercosporiose, com isso preparamos esse artigo onde você irá saber tudo sobre essa doença.

Venha Comigo!

 

Cercosporiose no café: saiba como identificar e manejar!

 

O café é hoje um dos principais e mais importantes itens de exportação do Brasil, sendo responsável por movimentar a economia e gerar inúmeros empregos ao longo de todo o território nacional.

Esse fruto, além de representar uma tradição cultural muito forte para o país, é também a segunda bebida mais consumida em todo o mundo, o que nos evidencia ainda mais sua grande importância e notoriedade.

Dentre os principais fatores que influenciam diretamente na produtividade e na qualidade dos frutos do cafeeiro estão as doenças, que, se não diagnosticadas e combatidas de forma e no tempo correto, podem colocar em risco toda uma lavoura, causando prejuízos ao produtor e também à sua produção.

Uma das principais e mais conhecidas doenças que atacam o cafeeiro é a cercosporiose. Então vamos conhecer mais sobre essa doença?

 

Pós-graduação Fitossanidade

 

O que é a cercosporiose?

A cercosporiose do café é uma doença causada pelo fungo Cercospora coffeicola. Também conhecida como mancha-de-cercospora ou mancha de olho pardo, ela ataca as folhas e também os frutos do café, trazendo prejuízos à qualidade dos grãos.

A primeira vez que a doença foi identificada no Brasil foi em 1887. Um problema antigo, que preocupa os produtores de café do país.

A doença está presente em praticamente todas as áreas produtivas do Brasil e causa prejuízos ao cafeeiro desde a sua fase jovem até a adulta. Cabe destacar que ela fica apenas atrás da ferrugem em importância para as doenças do café.

 

Ciclo da doença

A disseminação do fungo ocorre através do vento, água ou até mesmo por insetos. Após atingir a planta e sob as condições favoráveis de umidade e temperatura, ocorre a sua germinação e a penetração através da cutícula.

A ocorrência se dá pelas aberturas naturais da folha. A doença é favorecida em temperaturas entre 18°C e 25°C, com elevada umidade relativa e elevada radiação solar. Após períodos de chuva seguidos de veranicos ou em períodos de intensa radiação solar e déficit hídrico, a doença pode ser intensificada.

O desequilíbrio nutricional também pode influenciar na incidência dessa doença. Em sistemas convencionais, outros fatores podem resultar em maior suscetibilidade da cercosporiose no café:

  • menores teores de cálcio;
  • magnésio foliares nas fases de granação e maturação dos frutos;
  • carência de nitrogênio.

 

Fungos causadores de doenças em plantas.

 

Sintomas da doença

Os sintomas nas folhas manifestam-se como manchas de configuração mais ou menos circular, com 0,5-1,5 cm de diâmetro, de coloração pardo-clara ou marrom-escura, com centro branco-acinzentado, envolvidas por anel arroxeado, dando a ideia de um olho.

No centro das lesões, em estádio mais avançado, geralmente são observadas pequenas pontuações pretas, que constituem as estruturas de frutificação do fungo. As folhas atacadas caem rapidamente, ocorrendo desfolha e seca dos ramos.

A desfolha é causada pela grande produção de etileno no processo de necrose, bastando uma lesão por folha para causar sua queda. Nos frutos, as lesões começam a aparecer quando estes estão ainda pequenos, aumentando o ataque no início da granação.

As lesões permanecem até o amadurecimento dos frutos. Seu aparecimento ocorre principalmente nas partes mais expostas à insolação, na forma de pequenas manchas castanhas, deprimidas, que se alongam no sentido das extremidades.

À medida que as manchas envelhecem, assumem um aspecto ressecado e escuro, fazendo com que a casca, nessa parte, fique aderente à semente, o que, em ataques mais severos, causa seu chochamento.

 

Prevenção da cercosporiose

Um método eficiente e que surte efeito na plantação é a manutenção do equilíbrio nutricional do solo. Por exemplo, quando há falta ou excesso de nitrogênio na matéria seca, o crescimento da planta sofre interferência, mais especificamente um desenvolvimento debilitado e o retardo da sua maturação, respectivamente.

A partir do momento que esses níveis estão bons, é possível encontrar um cafeeiro com crescimento mais vigoroso e também com menor propensão a ter doenças.

O bom tratamento do solo deve vir acompanhado de sementes de qualidade. É importante que elas estejam limpas, sadias e tenham recebido tratamento adequado.

O mais indicado é que elas sejam cultivadas em áreas drenadas, bem arejadas e que tenham sombreamento. Lembre-se também de evitar a irrigação excessiva, pois ela é vetor para a cercosporiose do café.

No momento de plantio é importante que o solo tenha uma matéria orgânica rica e não esteja compactado, a fim de que as sementes possam se desenvolver e as raízes da planta não sejam afetadas em sua absorção de nutrientes.

 

Controle cercosporiose

Em lavouras adultas é recomendado um cuidado maior no momento da adubação, com o objetivo de evitar o desequilíbrio da relação parte aérea/sistema radicular, condição essa que favorece o desenvolvimento da doença.

Este cuidado deve ser redobrado quando utilizadas cultivares que possuem uma alta produção precoce, levando a uma necessidade maior de adubação nitrogenada em equilíbrio com a adubação potássica.

O controle químico da cercosporiose, assim com as medidas citadas anteriormente, deve ter caráter preventivo, ou seja, os produtos (fungicidas) devem ser aplicados com o objetivo de prevenir o surgimento da doença, e não a combater após sua proliferação na lavoura. É recomendado que o controle seja feito entre os meses de dezembro e fevereiro.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

A cercosporiose do café é uma doença séria para a cultura. É muito importante fazer um constante monitoramento da área, especialmente, pois a doença se desenvolve devido a condições que podem ser tratadas antes mesmo do plantio.

Não dá para perder produtividade ou ter um fruto de má qualidade, não é mesmo? Por isso, escolha os cuidados certos.

Gostou de saber mais sobre o assunto?  Deixe seu comentário e acompanhe nosso blog e fique por dentro dos próximos artigo sobre o tema!

 

Pós-graduação Fitossanidade

Pesquisadores registram problemas de fitossanidade em cultivos de tomate em SP

Pesquisadores registram problemas de fitossanidade em cultivos de tomate em SP

A demanda partiu da empresa de processamento Cepêra, instalada no município paulista de Monte Alto, e mobilizou – no período de 13 a 15 de maio último – pesquisadores da Embrapa Hortaliças (Brasília, DF) com o objetivo de diagnosticar os problemas fitossanitários das lavouras que vinham afetando a produção de tomate indústria na região.

No cenário encontrado pelas pesquisadoras Alice Quezado e Alice Nagata (fitopatologistas) e pelo pesquisador Miguel Michereff Filho (entomologista) foram observadas evidências preocupantes relacionadas à presença do vírus causador da doença vira-cabeça, que pode necrosar e matar as plantas do tomateiro em poucas semanas e que tem os tripes (insetos-praga) como vetor.

A proteção contra o vira-cabeça envolve mudanças nas formas de manejo, e que incluem o plantio longe das lavouras de amendoim, por exemplo, “uma difícil receita, tendo em vista a importância econômica da oleaginosa para a região”, conforme explica a pesquisadora Alice Nagata. Segundo ela, essas visitas “in loco” ajudam a traçar linhas de atuação mais precisas nos projetos de pesquisa.

“Por enquanto, a mosca-branca é o nosso principal foco, em termos de combate às pragas que ameaçam as lavouras de tomate no Brasil, e não podemos ficar no meio caminho sem apresentar resultados consistentes”, avalia Nagata. “Por outro lado, o tripes está batendo à nossa porta, então vamos ter que olhar também nessa direção”, acrescenta.

Além do vira-cabeça, todas as lavouras apresentavam sintomas de mancha bacteriana, favorecida pelos longos períodos de molhamento foliar que se observa na região em função do orvalho e da irrigação por pivô-central.

“Nessas condições, a doença pode levar a perdas na produção, sendo necessário o emprego de produtos de proteção fitossanitária para a sua contenção”, afirma a pesquisadora Alice Quezado. De acordo com a pesquisadora, pelo aspecto dos sintomas, com as lesões necróticas foliares associadas a perfurações é quase certo que a espécie Xanthomonas perforans esteja presente nas lavouras visitadas, o que será confirmado após testes laboratoriais.
—–
Pós-graduação lato sensu a distância em Avanços no Manejo Integrado de Pragas em Culturas Agrícolas e Florestais
—–
Ao longo da visita, foram apresentadas medidas de controle de pragas em geral, considerando a baixa eficiência de alguns produtos de proteção fitossanitária para o controle do tripes e a importância do manejo integrado de pragas, priorizando também o plantio de variedades com algum nível de resistência às doenças observadas.

Anelise Macedo (MTB 2.749/DF)
Embrapa Hortaliças