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Carrapicho: tudo que você precisa saber! 

Carrapicho: tudo que você precisa saber! 

O capim-carrapicho é uma erva daninha que traz grandes prejuízos para a agricultura. Ela é muito comum em diversas regiões do Brasil e se espalha rapidamente pelas lavouras, podendo causar danos significativos às plantações. Saiba mais sobre essa erva daninha.  

Acompanhe! 

 

Carrapicho: tudo que você precisa saber! 

 

O que é o capim-carrapicho?

O capim-carrapicho é uma planta herbácea perene, da família das gramíneas, conhecida cientificamente como Cenchrus echinatus. É nativa das Américas e pode ser encontrada em diversos países, incluindo o Brasil. 

Essa planta apresenta folhas longas e finas, com coloração verde-claro, e uma inflorescência de espigas com cerdas rígidas e pontiagudas, semelhantes a carrapichos, o que lhe confere o nome popular.  

Os carrapichos são estruturas reprodutivas da planta e ficam aderidos aos pelos de animais, roupas e sapatos, facilitando a disseminação das sementes. 

 

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Maléfico ou benéfico? 

O capim-carrapicho é considerado uma erva daninha em muitas áreas, pois cresce de forma agressiva e pode se espalhar rapidamente em pastagens, áreas cultivadas e margens de estradas.  

Além disso, suas cerdas são capazes de perfurar a pele de animais e pessoas, causando desconforto e irritação. 

No entanto, o capim-carrapicho também possui algumas propriedades medicinais. Suas raízes são utilizadas na medicina tradicional para tratar problemas relacionados ao sistema circulatório, como varizes e hemorroidas.  

Além disso, a planta também é utilizada como fitorremediadora para ajudar na descontaminação de solos e águas contaminadas com substâncias tóxicas. 

 

Tipos de capim:

Existem vários tipos de capim-carrapicho, sendo os mais comuns: 

  

Capim-carrapicho comum (Cenchrus echinatus)

É uma planta anual, que cresce até cerca de 30-60 cm de altura. Suas folhas são estreitas e rígidas, com bordas serrilhadas.  

As inflorescências são formadas por espigas cilíndricas, cobertas por espinhos pontiagudos, que se prendem facilmente aos animais e roupas. 

 

Capim-carrapicho-do-rio (Cenchrus villosus)

Também conhecido como capim-babachuru, é uma planta perene que cresce até cerca de 50-80 cm de altura. Suas folhas são largas e ásperas, com bordas serrilhadas.  

As inflorescências são formadas por espigas cilíndricas, também cobertas por espinhos pontiagudos. 

 

Capim-carrapicho-de-espinho (Cenchrus spinifex)

É uma planta perene que cresce até cerca de 1-1,5 metros de altura. Suas folhas são longas e estreitas, com bordas serrilhadas.  

As inflorescências são formadas por espigas cilíndricas, cobertas por longos espinhos pontiagudos. 

 

Capim-carrapicho-de-pluma (Cenchrus setaceus)

 Também conhecido como capim-pena-de-águia, é uma planta perene que cresce até cerca de 1-1,5 metros de altura.  

Suas folhas são finas e macias, com bordas serrilhadas. As inflorescências são formadas por espigas cilíndricas, cobertas por espiguetas em forma de pluma. 

É importante destacar que todos os tipos de capim-carrapicho possuem espinhos que podem causar ferimentos e são considerados invasivos em algumas regiões.  

Por isso, é necessário tomar cuidado ao manejar essas plantas e adotar medidas para controlar sua disseminação. 

 

Os métodos de prevenção e controle 

O capim-carrapicho é uma planta invasora de pastagens e cultivos agrícolas que causa prejuízos econômicos e dificulta o manejo dos campos. Para prevenir e controlar essa infestação, são adotados alguns métodos, como: 

  1. Monitoramento constante das áreas susceptíveis à infestação de capim-carrapicho, para identificar a presença da planta o mais cedo possível. 
  2. Manutenção adequada das pastagens, através de adubação equilibrada, rotação de culturas e manejo correto do gado. Para promover o estabelecimento de uma cobertura vegetal densa e competitiva, que dificulte a entrada e o crescimento do capim-carrapicho. 
  3. Controle manual ou mecânico, que consiste na retirada da planta manualmente ou por meio de máquinas específicas, como roçadeiras ou cortadores de capim. Esse método é mais eficaz quando a infestação é recente e a área afetada ainda é pequena. 
  4. Controle químico, realizado através da aplicação de herbicidas seletivos, que são capazes de combater o capim-carrapicho sem prejudicar outras plantas. O uso de herbicidas deve ser feito com cuidado, seguindo as recomendações dos fabricantes e dos órgãos reguladores. Para garantir a eficácia e a segurança do controle. 
  5. Uso de animais controladores, como ovinos ou caprinos, que se alimentam do capim-carrapicho, reduzindo sua proliferação. Essa prática é mais comum em áreas de pastagem, onde é possível o manejo dos animais. 
  6. Prevenção da entrada de sementes de capim-carrapicho nas propriedades, através da limpeza dos equipamentos agrícolas e do controle do tráfego de animais e veículos. A adoção de medidas preventivas é fundamental para evitar a dispersão da planta e a infestação de novas áreas. 

Além disso, a conscientização dos produtores e agricultores sobre a importância do controle do capim-carrapicho e a adoção de boas práticas agrícolas são fundamentais para prevenir a infestação e minimizar os impactos causados pela planta.  

 

A importância da adubação na redução dos danos  

Uma forma eficiente de reduzir os danos causados pelo capim-carrapicho é por meio da adubação adequada. A adubação consiste na aplicação de fertilizantes no solo, com o objetivo de fornecer os nutrientes necessários para o desenvolvimento das plantas cultivadas.  

Ao adubar o solo, é possível melhorar a disponibilidade de nutrientes necessários para a planta cultivada. O que resulta em um maior crescimento e desenvolvimento dela. Isso, por sua vez, reduz o espaço disponível para o crescimento do capim-carrapicho, tornando mais difícil a sua expansão.  

Além disso, uma adubação correta também pode aumentar a resistência da cultura à infestação do capim-carrapicho. Isso ocorre porque as plantas cultivadas com uma nutrição adequada tendem a ser mais saudáveis e consequentemente mais resistentes a doenças e pragas.  

É importante ressaltar que a adubação precisa ser feita de forma balanceada e de acordo com as necessidades da cultura.  

A quantidade e o tipo de fertilizante a ser utilizado deve ser definido com base em análises do solo e nas recomendações técnicas específicas para cada cultura.  

Portanto, a adubação adequada desempenha um papel fundamental na redução dos danos causados pelo capim-carrapicho. Ela contribui para o crescimento e desenvolvimento saudável das plantas cultivadas, além de aumentar a sua capacidade de competição com as plantas daninhas, como o capim-carrapicho.

É importante também contar com o apoio de órgãos de extensão rural e pesquisa agrícola. Que podem fornecer orientações e capacitação técnica para o manejo adequado do capim-carrapicho. 

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão 

O capim-carrapicho é uma erva daninha que pode causar grandes prejuízos às culturas agrícolas. Contudo, existem diversas medidas preventivas e ações de controle que podem ser adotadas pelos agricultores para evitar a infestação e minimizar os seus impactos. 

São práticas como a identificação precoce e o tratamento imediato, que são fundamentais para evitar que o capim-carrapicho se espalhe e comprometa a produção agrícola. 

Além disso, é importante que o agricultor esteja atento a adubação adequada da lavoura, que deve ser feita com fertilizantes eficientes e vantajosos para o manejo nutricional, para que as plantas possam estar mais bem preparadas para lidar com essa planta daninha enquanto os métodos de controle não agem. 

Escrito por Michelly Moraes.

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Conheça as principais micotoxinas!

Conheça as principais micotoxinas!

Micotoxinas são metabólitos secundários tóxicos sintetizados por fungos filamentosos que comumente contaminam alimentos como trigo, milho e outras culturas.  Quer saber tudo sobre esse assunto?

Acompanhe!

 

Conheça as principais micotoxinas!

 

Muitos fungos são comestíveis e utilizados na alimentação humana, como é o caso dos cogumelos (champignon e shitake).

Além disso, podem ser utilizados na fabricação de alimentos, como o queijo e o pão, e de bebidas alcoólicas, como o vinho e a cerveja.

 Porém alguns fungos podem ser nocivos para a saúde, eles produzem toxinas perigosas, as chamadas micotoxinas. Continue a leitura!

 

O que são micotoxinas

As micotoxinas são metabólitos tóxicos secundários que os fungos filamentosos produzem. Assim, o crescimento e proliferação dos fungos ocorrem em grãos quando em condições ideais de temperatura, umidade e presença de oxigênio.

Desse modo, a identificação do fungo é de suma importância para o fornecimento de uma orientação para testar possíveis micotoxinas. Entretanto, destaca-se que a presença do fungo nem sempre confirma a presença ou identificação de uma micotoxina.

Essas toxinas são bastante perigosas. Isso por conta do seu poder de se conservar bem nos ambientes ideais. Isso porque a maioria das micotoxinas pode permanecer estável, por anos em alimentos para animais, e muitas sobrevivem a ensilagem e processamento de alimentos.

Ainda, elas podem ser concentradas várias vezes em subprodutos de cereais. E geralmente se concentram três vezes em destiladores ou coprodutos de glúten de milho.

 

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Efeitos das micotoxinas

As micotoxinas podem causar uma variedade de efeitos adversos à saúde e representam riscos à saúde humana e animal. Os efeitos adversos das micotoxinas à saúde variam de intoxicação aguda a efeitos de longo prazo, como deficiência imunológica e câncer.

A aflatoxina B1 é um conhecido carcinógeno e demonstrou ter vários efeitos nocivos. A ocratoxina A foi menos estudada, mas acredita-se que seja um carcinógeno fraco e pode ser prejudicial ao cérebro e aos rins

Em baixas doses, as micotoxinas são neutralizadas pelo fígado e não se acumulam no corpo enquanto a exposição permanece baixa. Já em grandes doses de aflatoxinas podem causar intoxicação aguda (aflatoxicose) e podem ser fatais, geralmente por danos ao fígado. Também há evidências de que elas podem causar câncer de fígado em humanos.

 

Principais micotoxinas

As principais micotoxinas de ocorrência em grãos e subprodutos utilizados na nutrição animal no Brasil são: aflatoxinas, fumonisinas, zearalenona, tricotecenos e ocratoxina.

A Outras micotoxinas, mesmo que ocorram em menor frequência, provocam importantes perdas econômicas quando contaminam os alimentos.

 

Aflatoxinas

As aflatoxinas são produzidas por fungos do gênero Aspergillus e relatadas como hepatotóxicas, mutagênicas, imunossupressoras e neoplásicas.

A depender da quantidade ingerida, frequência de ingestão e idade do indivíduo, podem relacionar-se à cirrose, necrose do fígado, encefalopatia e aumento da susceptibilidade à hepatite B.

 Dentre as aflatoxinas destacam-se as denominadas B1, G1, B2 e G2, especialmente a B1, que tem elevada hepatotoxicidade. A biotransformação das aflatoxinas ocorre principalmente no fígado e diferentes enzimas podem atuar na detoxificação.

 

Fumonisinas

As fumonisinas formam um grupo de micotoxinas produzidas pelo metabolismo secundário de fungos toxígenos dos gêneros Fusarium e Alternaria, sendo as linhagens de F. moniliforme as maiores produtoras. Aproximadamente duas dezenas de fumonisinas são conhecidas, mas somente as fumonisinas B1, B2 e B3 apresentam ocorrência e importância toxicológica reconhecidas.

Ocorrem em diversos cereais, sobretudo no milho, atingindo concentrações que geralmente induzem intoxicações subclínicas em diversas espécies.

A diminuição do ganho de peso geralmente é decorrente de afecções entéricas e hepáticas. Os equinos têm a maior sensibilidade à FB1, apresentando sinais clínicos de afecção nervosa e lesões de leucoencefalomalácia. Os suínos também apresentam alta sensibilidade às fumonisinas.

Os sinais clínicos característicos da fumonisina-toxicose aguda em suínos são evidenciados pela dificuldade respiratória e cianose resultantes de edema pulmonar. As intoxicações crônicas são mais frequentes, havendo diminuição da produtividade do rebanho. Além de produzir lesões características nessas espécies, as afecções hepáticas estão presentes em todos os surtos da fumonisina-toxicose.

 

Fungos causadores de doenças em plantas.

 

Zearalenona

A zearalenona é um metabólito fúngico estrogênico não esteroide. É produzida por várias espécies de fungos do gênero Fusarium, incluindo F. culmorum, F. graminearum e F. crookwellense.

Essas espécies colonizam cereais e tendem a se tornar particularmente importantes durante estações de alta umidade, acompanhadas de temperaturas amenas. É uma micotoxina contaminante natural de diversos cereais, como trigo, cevada, arroz e particularmente o milho, em vários países.

A toxina pode produzir efeitos estrogênicos quando os cereais ou subprodutos contaminados são ingeridos pelos animais. Os suínos possuem a maior sensibilidade entre os animais domésticos, podendo apresentar sinais clínicos de intoxicação a partir de 0,1 mg da toxina/kg de alimento consumido.

 

Ocratoxina

A ocratoxina A é uma micotoxina produzida por algumas espécies de fungos filamentosos pertencentes aos gêneros Aspergillus e Penicillium e é, entre todas as ocratoxinas, a mais tóxica e por isso a mais relevante. Apresenta propriedades carcinogênicas, nefrotóxicas, teratogênicas, imunotóxicas e neurotóxicas. A ocratoxina

A está associada à nefropatia em humanos, podendo haver uma relação entre a exposição a essa toxina e a Nefropatia Endêmica dos Balcãs, uma doença progressiva caracterizada por redução da função renal e frequentemente fatal.

 

Tricotecenos

Tricotecenos são produzidos por fungos dos gêneros Fusarium, Cefalosporium, Myrothecium, Stachybotrys e Trichoderma. Estão divididos em grupo A (toxina T-2, toxina HT-2 e diacetoxyscirpenol) e grupo B (deoxinivalenol – DON ou vomitoxina, 3-acetil-deoxinivalenol, 15-acetil-deoxinivalenol, fusarenon-X e nivalenol). São contaminantes naturais de grãos, sendo produzidos em condições de alta umidade.

DON ocorre com maior frequência, havendo associação a outras micotoxinas de Fusarium (ex. fumonisinas e zearalenona). Monogástricos, como os suínos, são muito sensíveis à ação dos tricotecenos.

 

Como minimizar o risco de exposição às micotoxinas

Para evitar a contaminação por fungos, é importante observar que os que produzem micotoxinas podem crescer em uma variedade de culturas e alimentos diferentes, penetrando profundamente os alimentos e não apenas a casca.

Os fungos não crescem em alimentos devidamente secos e armazenados, portanto, a secagem eficiente e armazenamento adequado são medidas eficazes contra a produção de micotoxinas.

Além disso, para evitar a exposição à alimentos contaminados por micotoxinas, procure inspecionar grãos inteiros (especialmente milho, sorgo, trigo, arroz), figos secos e oleaginosas, como amendoim, pistache, amêndoa, nozes, coco, castanha-do-pará e avelãs, que normalmente são contaminados com aflatoxinas. Descarte qualquer um que parecer mofado, descolorido ou enrugado.

Também é preciso evitar danos aos grãos antes e durante a secagem e no armazenamento, pois os danificados são mais propensos à contaminação por fungos. Outras medidas eficazes incluem:

  • Adquirir grãos e nozes o mais frescos possível;
  • Certificar-se de que os alimentos são armazenados adequadamente mantidos livres de insetos, secos e não muito quentes;
  • Não guardar os alimentos por longos períodos de tempo antes de serem consumidos;
  • Garantir uma dieta diversificada – isso não só ajuda a reduzir a exposição às micotoxinas, mas também melhora a nutrição.
  • Preste atenção na alimentação animal – a comida seca com grãos pode produzir a toxina.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Em resumo, a presença de micotoxinas nos alimentos é danosa tanto a saúde animal quanto à saúde humana.

Por isso, medidas preventivas devem ser tomadas em todo o estágio de plantio, colheita, transporte, estocagem e processamento do produto finalpara garantir a seguridade dos alimentos que serão consumidos.

Agora que você conhece melhor sobre as micotoxinas bem como seus possíveis efeito, esse conhecimento pode te ajudar a encontrar soluções para os problemas.  Nos conte, gostou do conteúdo?

Escrito por Michelly Moraes.

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Conheça as principais pragas urbanas!

Conheça as principais pragas urbanas!

Sempre ouvimos falar nelas, mas, afinal, o que, e quais, são as pragas urbanas? Então, continue lendo e saiba mais sobre esses animais e insetos e como evitá-los no seu imóvel.

Acompanhe!

 

Conheça as principais pragas urbanas!

 

O que são as pragas urbanas?

As pragas urbanas são animais conhecidos por muitas pessoas, pois elas estão presentes em todas as cidades ao redor do mundo.

 Devido ao fato de que são um grupo dotado de diversas habilidades, sobretudo a alta capacidade de adaptação aos centros urbanos, as pragas urbanas são temidas em todos os lugares que passam por conta do seu potencial transmissor de doenças perigosas.

Por conta disso, é extremamente importante conhecer quais espécies fazem parte desse grupo para que assim as pessoas possam se precaver contra uma possível infestação, o que pode levar a consequências muito piores quando não são contidas a tempo.

Visto que esses animais podem adentrar qualquer espaço e fazê-los de abrigo para o seu desenvolvimento, a Imuneplace separou as 5 principais pragas urbanas encontradas tanto em ambientes residenciais, quanto em ambientes comerciais e corporativos.

 

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Quais são as pragas urbanas?

São muitas as espécies que podem estar vivendo de baixo de nossos telhados sem que nem percebamos. Veja abaixo algumas delas:

  • Insetos: baratas, formigas, cupins, brocas, pulgas, aranhas, moscas, mosquitos, vespas, grilos, percevejos, entre outros.
  • Roedores: ratos e ratazanas
  • Voadores: Pombos e morcegos

 

Quais animais são considerados pragas urbanas?

Veja a seguir algumas das principais pragas urbanas que podem afetar diretamente o nosso dia a dia:

 

Moscas

As moscas são um problema recorrente no dia a dia, elas costumam depositar seus ovos em fezes ou materiais em decomposição.

Após crescerem elas voam entre comida e fezes expostas pelo ambiente, fazendo delas insetos bem sujos e causadores de problemas a nossa saúde.

 

Como evitar as moscas

Guarde os alimentos como carne e verduras em recipientes fechados ou na geladeira. Dessa forma, as moscas não vão poder pousar neles, diminuindo o risco de contaminação.

 

Como eliminar as moscas

O melhor a se fazer é cobrar por políticas de limpeza em áreas públicas, obras de saneamento básico e o tratamento do esgoto. Você pode até usar alguns mosquicidas para acabar com algumas delas na sua casa, mas não é isso que vai acabar com elas de vez.

 

Formigas

As formigas não costumam nos incomodar muito no dia a dia, quando nos deparamos com algum grupo nem damos tanta importância para elas. Mas as formigas são um grande problema.

As formigas são responsáveis por ajudar a espalhar boa parte das infecções hospitalares no mundo inteiro, pois carregam consigo diferentes tipos de bactérias.

Elas conseguem entrar em qualquer ambiente e andam grandes distâncias em pouco tempo, levando junto as bactérias.

 

Como evitar as formigas

Assim como na dica de como evitar as moscas, guardar os alimentos da forma correta serve para prevenir-se das formigas também. Tente não deixar migalhas de comida, além de deixar as pias do banheiro e da cozinha sempre secas.

 

Como eliminar as formigas

Existem produtos próprios para acabar com as formigas, como alguns formicidas em gel. Evite jogar inseticidas genéricos nelas, pois isso só vai espalhar ainda mais o ninho e aumentar o problema.

 

Tudo o que você precisa saber sobre a mosca branca (Bemisia tabaci)

 

Escorpião

O escorpião é um artrópode muito perigoso, o seu veneno em crianças e idosos mexe com o sistema nervoso e altera a pressão, podendo até mesmo levar à morte. Nessa situação, o indivíduo precisa receber o soro antiescorpiônico rapidamente.

Em outros casos a picada traz uma dor intensa, mas que pode ser aliviada com o uso de analgésicos. De qualquer maneira, o ideal é evitar o contato com esse tipo de praga urbana.

Uma das espécies mais comuns aqui no Brasil é o Tityus serrulatus ou escorpião-amarelo, que pode ser encontrado nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste.

 

Como evitar o escorpião

Não deixe juntar pilhas de materiais de construção, madeira, telhas, tijolos. Além disso, não deixe caixas encostadas nas paredes, os escorpiões adoram esses locais.

 

Como eliminar o escorpião

Caso encontre um escorpião, tente matar ele por esmagamento e não com inseticida. Se você encontrar vários escorpiões, entre imediatamente em contato com as autoridades da sua cidade para resolver o problema.

 

Pombo

Os pombos são tão comuns que até passam despercebidos por nós, são utilizados como símbolo de paz e parecem não trazer problemas. Mas, na verdade, essas aves carregam consigo diversas doenças.

Elas montam seus ninhos nos telhados das casas e deixam muitas fezes, onde existem muitos micróbios causadores de várias doenças em seres humanos.

 

Como evitar os pombos

Não deixe lixeiras expostas com restos de comida e não dê comida ou água para eles. Além disso, procure consertar os buracos no telhado e feche todas as frestas existentes, com isso você deve conseguir evitar os pombos na sua residência.

 

Como eliminar os pombos

Os pombos são protegidos por leis ambientais, ou seja, você não deve mexer com eles por conta própria. Procure uma empresa autorizada para fazer o controle deles e reduzir os seus problemas. Provavelmente, os profissionais recorrerão a um repelente de pássaros.

 

Ratos

Os ratos são talvez uma das pragas urbanas mais temíveis e detestadas de toda a história, eles foram um dos responsáveis de uma das maiores pandemias da história da humanidade e trazem consigo diversas doenças.

Algumas espécies, como a ratazana (Rattus norvegicus), podem atingir 25 cm de tamanho. Já os camundongos (Mus musculus) são bem menores e conseguem passar por diversos lugares.

Eles podem transmitir através das suas fezes, saliva, pelos, urina e sangue várias enfermidades. São atraídos sempre pelo acesso à água e alimentos.

 

Como evitar os ratos

Para evitar esses animais, a melhor coisa é deixar sua despensa de comida sempre limpa. Se você tem um pet, evite deixar a ração dele espalhada na casa. Outra dica é instalar telas nas aberturas da residência, como os ralos do banheiro.

 

Como eliminar os ratos

Para eliminar essa praga, use iscas de raticida atrás de armários, eletrodomésticos e gavetas. Você pode usar também as tradicionais ratoeiras, apesar de não serem tão práticas como as iscas de raticida.

 

Baratas

As baratas são insetos que causam nojo e repulsa nas pessoas, mas além dessa sensação elas também causam doenças. Como vivem em lugares bem sujos como o esgoto, as baratas carregam várias bactérias e vírus.

Uma das espécies mais temidas é a Periplaneta americana, ou a famosa barata voadora. Outra bem fácil de encontrar em mercados e fábricas é a Blatella germanica, sendo de menor tamanho, mas causadora de grandes problemas.

Como evitar as baratas

Para evitá-las, a melhor dica é: mantenha sempre a higiene. Faça faxinas frequentemente e não deixe alimentos espalhados na sua casa, mantenha também os ralos do banheiro sempre fechados.

 

Como eliminar as baratas

Você pode usar baraticidas em aerossol ou o tradicional chinelo para acabar com elas. Mas se houver uma infestação, é melhor procurar uma empresa de dedetização para cuidar disso.

 

Percevejos

Os percevejos também são pragas que já fazem parte do folclore popular, encontrados muitas vezes debaixo dos colchões e saindo à noite para sugar o sangue do ser humano que estiver dormindo ali.

São muito comuns em hotéis e pousadas, podendo atrapalhar a sua noite de sono com uma enorme coceira.

 

Como evitar os percevejos

Antes de se deitar, verifique a cama, frestas e costuras do lençol. Se achar alguns pontos pretos, são eles. Então, tente manter esses itens sempre limpo.

 

Como eliminar os percevejos

Existem alguns produtos de uso profissional que podem acabar com os percevejos, mas trocar a roupa de cama semanalmente, fazer faxinas com o aspirador de pó e deixar o colchão no sol são dicas que vão te ajudar a eliminar os percevejos.

 

 Aranhas

As aranhas não costumam fazer mal aos seres humanos, porém, aqui no Brasil existem 3 espécies que podem causar algum tipo de problema.

São as aranhas marrons, armadeiras e viúva-negras. A aranha marrom é muito comum no estado do Paraná, achada em frestas e armários.

A aranha armadeira está presente em todo o país, sendo uma espécie grande e bem agressiva. No caso da aranha viúva-negra, ela é mais presente em áreas de litoral e são menos agressivas do que as armadeiras. Suas picadas podem causar dor e necrose na pele.

Como evitar as aranhas

Limpe o seu teto a cada 15 dias, pelo menos, com um pano úmido para impedir a formação de teias grandes. Faça poda de árvores e arbustos, cuide da limpeza do jardim e aspire os móveis da sua casa.

 

Como eliminar as aranhas

Se você tem alguma aranha incomodando na sua casa, tire uma foto dela e envie para os serviços de controle sanitário ou secretaria de saúde da sua cidade. Eles vão poder te orientar sobre o melhor procedimento para eliminar a espécie encontrada.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Os problemas trazidos pelas pragas urbanas são conhecidos por diversas pessoas, pois a transmissão de doenças é a principal característica do grupo e prejuizos na agricultura. Neste artigo abordamos as principais pragas urbanas e as formas de prevenção e controle.

Mas, caso nenhuma dessas precauções resolva o problema, pode ser necessário procurar por empresas especializadas na manipulação de inseticidas e outros produtos para eliminar pragas urbanas. Que poderão resolver o problema de forma eficiente e segura.

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Escrito por Michelly Moraes.

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As 5 principais doenças causadas por fungos!

As 5 principais doenças causadas por fungos!

A maior parte das doenças são causadas por fungos, bactérias ou vírus. Geralmente, os dois primeiros são os mais preocupantes. Com isso preparamos esse artigo onde vamos abordar tudo sobre as doenças causadas por fungos na agricultura.

Acompanhe!

 

As 5 principais doenças causadas por fungos!

 

O que são os fungos?

Os fungos são organismos que fazem parte do reino biológico chamado Fungi, em que existem fungos de variados tamanhos e formas.

Eles são capazes de viver em praticamente todos os ambientes terrestres, e, apesar dos diversos tamanhos, alguns só podem ser vistos microscopicamente.

Esses são formados por apenas uma célula, de modo que são classificados como unicelulares; um exemplo desse tipo são as leveduras. Apesar disso, também existem os que podem ser vistos a olho nu, por exemplo, os cogumelos e os bolores.

 

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Características dos fungos

Eles são seres heterótrofos, isto é, não produzem o próprio alimento; sendo assim, eles dependem da ingestão de matéria orgânica viva ou morta; só assim conseguem sobreviver.

As espécies que se nutrem de matéria orgânica morta são essenciais na decomposição de animais e vegetais e são chamadas de saprófagas.

A reprodução deles pode ser tanto assexuada, com brotamento, fragmentação ou produção de esporos, quanto sexuada, por meio do encontro de indivíduos de sexos diferentes.

O corpo das espécies que têm mais de uma célula, os pluricelulares, é formado por duas partes: o micélio e o corpo de frutificação.

O micélio é um emaranhado de filamentos longos e microscópicos chamados de hifas, e o corpo de frutificação é a estrutura reprodutiva dos fungos.

Um exemplo disso é o bolor preto, que cresce nos pães velhos, conhecido como mofo; ele corresponde ao corpo de frutificação. Já a parte que fica no interior do pão é o micélio.

 

E quanto às doenças causadas por fungos?

Os fungos nem sempre são positivos; pelo contrário, esses microrganismos são os causadores do maior número de doenças de plantas.

Vale ressaltar que o controle das doenças causadas por fungos requer principalmente medidas preventivas.

Ou seja, é preciso estar atento desde a escolha da área a ser cultivada até as ações feitas após as colheitas. Para o controle químico de doenças, há diversos produtos disponíveis no mercado, de vários fabricantes.

Para te ajudar a pensar nos melhores insumos para evitar o desenvolvimento dos fungos, é preciso conhecer, de maneira geral, as principais doenças fúngicas e como elas atacam as plantações. São elas:

 

1 – Antracnose

Uma das principais doenças da soja é a antracnose. O responsável por esta doença é o fungo Colletotrichum truncatum. Este fungo é muito comum em lavouras de soja.

 Entretanto, ele também infecta outras culturas. Porém, na soja, a antracnose é responsável por grandes perdas de produtividade. Além disso, ela também provoca a perda da qualidade dos grãos.

A entrada do fungo que causa antracnose em uma lavoura ocorre através de sementes infectadas. Porém ela também se dá a partir de restos de culturas. Ou então, a partir de outras plantas que são infectadas por ele. Contudo, uma vez estabelecido em uma planta, o fungo se disseminar de forma passiva.

Nós podemos observar os sintomas de antracnose em várias partes das plantas. Eles incluem manchas de coloração castanha a escura nas folhas, nos pecíolos e nas vagens.

A antracnose é mais intensa no cerrado. Isto se dá, pois as condições da região são propícias ao fungo que a causa.

 

Controle

O controle da antracnose envolve o manejo integrado. Ele inclui o uso de sementes sadias e o tratamento com fungicidas. Além disso, a rotação de culturas pode ser usada de maneira eficaz para controlar o fungo. Também há a opção de utilizar cultivares mais resistentes a esta doença.

 

Fungos causadores de doenças em plantas.

 

2 – Mancha-de-estenfílio

A mancha-de-estenfílio é uma doença fúngica muito destrutiva, mas nos últimos anos isso tem diminuído, devido ao plantio de variedades resistentes e à aplicação periódica de fungicidas para o controle.

Segundo a Embrapa, eis o que você precisa saber sobre essa doença:

  • ela fica mais suscetível em temperaturas entre 24°C e 27°C;
  • a frequência de muita água proveniente de chuva, irrigação ou nevoeiro pode dar início à doença;
  • as mudas infectadas são a causa do início das epidemias em plantios comerciais;
  • a doença ataca mais as folhas novas de plantas adultas;
  • plantas com deficiência nutricional são mais vulneráveis;
  • o patógeno é transmitido pela semente.

Além disso, essa doença causa manchas pequenas, escuras e angulares nas folhas; com isso, é comum as folhas ficarem fracas e perfuradas.

O ataque severo da doença provoca intensa queima das folhas, mas os frutos não apresentam sintomas.

 

Controle

Para o controle dessa doença, indicam-se os cultivares resistentes. Para cultivares suscetíveis, é indicado o controle químico com fungicidas registrados, como os usados para pinta-preta.

 

3 – Ferrugem asiática

Nós diagnosticamos a ferrugem asiática no Brasil em 2001. Atualmente, ela está presente em quase todas as regiões que produzem soja.

O fungo que causa esta doença é a espécie Phakopsora pachyrhizi. Os seus sintomas são manchas de coloração castanha e a desfolha precoce. De qualquer maneira, o efeito resultante é a redução de produtividade.

 

Controle

A medida de controle mais eficaz é química. Porém o controle de plantas invasoras contribui para suprimir a doença. Além disso, pode-se buscar cultivares resistentes ao fungo. No entanto isto parece ser mais difícil de se obter. Isto ocorre, pois as respostas das plantas às raças do fungo diferem bastante.

 

4 – Pinta-preta

Também conhecida como mancha-de-alternária, essa é a doença mais comum que ataca o tomateiro. Está presente por todas as regiões do país, e pode se manifestar em todas as fases de desenvolvimento de uma planta.

Ela causa muitos danos em razão de sua incidência nas folhas e frutos e, em alguns casos raros, no caule.  Essa doença afeta toda a parte aérea da planta, a partir das folhas mais velhas e próximas ao solo, na forma de pequenas pontuações pardo-escuras.

Um ataque severo desse fungo pode causar desfolha e expõe o fruto à queima de sol, gerando podridão. A doença ocorre tanto em épocas de chuva quanto na seca, e temperatura e umidade relativa altas também favorecem o ataque do fungo.

Ele sobrevive em restos culturais e infecta outras hortaliças, como a batata e a berinjela, e pode ser transmitido pela semente.

 

Controle

Para o controle dessa doença, deve-se pulverizar preventivamente os fungicidas registrados, se possível orientado por sistemas de previsão.

 

Plataforma Agropós

 

5 – Mela-de-rizoctonia

Também chamada de mela, damping-off e tombamento, trata-se de vários fungos habitantes de solo ou aderidos às sementes das plantas, que podem causar o tombamento das mudas.

Essa doença se agrava mais devido à umidade do que pela temperatura, isto é, irrigação excessiva ou chuva no final do ciclo da cultura causam alta umidade do ambiente abaixo das plantas.

Isso facilita a infecção dos frutos e outros órgãos em contato com o solo; costuma ocorrer na fase da floração, formação e maturação dos frutos. Essa doença costuma deixar uma lesão amarronzada na base de plantas jovens, o que provoca tombamento e morte.

As folhas e hastes infectadas caracterizam-se pela podridão mole ou aquosa (mela), nas partes que ficam em contato direto com o solo.

Os frutos em contato com o solo desenvolvem um apodrecimento marrom-claro, que fica recoberto com partículas de solo e micélio esbranquiçado do fungo.

A doença costuma se agravar em plantações com alta densidade de plantas, que contam com solos orgânicos, argilosos ou compactados e nos quais há acúmulo de água na superfície.

 

 

Conclusão

Neste artigo vimos tudo que precisamos saber sobre as principais doenças causadas por fungos nas plantas e o quanto podem afetar sua produtividade.

Com isso é de extrema importância que o agricultor faça monitoramento pois quanto mais cedo identificar a doença melhor para realizar o diagnóstico correto e assim realizar medidas de manejo para o controle em sua lavoura.

Gostou de saber mais sobre o assunto?  Deixe seu comentário e acompanhe nosso blog e fique por dentro dos próximos artigo.

Escrito por Michelly Moraes.

Pós-graduação Fitossanidade

Fungo branco nas plantas: técnicas e manejo!

Fungo branco nas plantas: técnicas e manejo!

O fungo branco é muito comum em várias plantações, inclusive nos vegetais. Neste artigo você aprende mais sobre a presença de fungo branco nas plantas. Apresentamos informações sobre como surgem, as principais características e as formas de prevenção e controle.

Venha comigo!

 

Fungo branco nas plantas: técnicas e manejo!

 

Você já notou uma cobertura branca nas suas plantas? O que as pessoas costumam chamar de mofo popularmente, na verdade é um conjunto de microrganismos que pertence ao reino fungi.

Essa camada que pode revestir as folhas e os caules dos vegetais é o oídio, um fungo muito comum em plantações. Mas todo cuidado é pouco, pois, quando a infestação é grande, ele pode se espalhar para as flores e frutos, além de danificar os órgãos das plantas.

Os danos causados por essas pragas levam a planta à morte e podem até chegar às raízes. Por exemplo, danificando até mesmo o solo para prejudicar o cultivo futuro de outras culturas.

 

Pós-graduação Fitossanidade

 

Fungo branco nas plantas

O mofo branco é causado por um fungo ascomiceto chamado Sclerotinia sclerotiorum, nome científico do agente causador da doença.

É uma das doenças que mais provocam prejuízo na lavoura de grandes culturas, tais como algodão, soja, feijão, girassol, entre outras.

Estima-se que essa doença atinja pelo menos 400 espécies diferentes de plantas. Ou seja, trata-se de uma doença que possui uma ampla gama de hospedeiras, o que dificulta seu controle.

Um dos fatores que contribuem para esse comportamento é que o fungo causador da doença possui alta resistência e desenvolve estruturas que podem permanecer viáveis durante anos.

Além disso, o fungo se dispersa com facilidade, contribuindo para a contaminação de diferentes lavouras. Após serem contaminadas, as plantas desenvolvem sintomas como hastes e vagens com lesões encharcadas e tecido com coloração parda/marrom.

 

Infecção do fungo branco nas plantas

As flores das plantas são porta de entrada para que ocorra a infecção do patógeno, que será capaz de penetrar e colonizar tecidos sadios do hospedeiro, sendo o processo de florescimento do hospedeiro o momento crítico da doença, onde o processo de infecção será intensificado.

O primeiro sintoma da doença são lesões encharcadas nas folhas. A colonização para outros órgãos da planta progride de forma rápida, tornando o caule escuro e, posteriormente, necrótico devido a toxinas liberadas pelo patógeno.

O processo de apodrecimento também pode ser observado em hastes laterais, folhas, vagens e, geralmente, resultam em morte da planta. Nesta fase pode ser visto um micélio branco, que lembra o aspecto de algodão e constitui a origem do nome da doença.

 

Quais são as condições ideias?

Regiões chuvosas, alta umidade no solo e temperatura amena são condições ideais para a germinação do escleródio.

A germinação pode ser carpogência, que dá origem ao apotécio, estrutura com formato parecido com um pequeno cogumelo que libera esporos, chamados de ascósporos que irão infectar os tecidos das plantas, produzindo micélio e posteriormente os escleródios.

Através da germinação carpogênica, o patógeno irá colonizar partes internas e externas das plantas e esta será a principal forma de infecção a campo.

 

Fungos causadores de doenças em plantas.

 

Quais são os danos provocados pelo fungo branco nas plantas?

Na prática, os prejuízos provocados pelo desenvolvimento desses sintomas variam de acordo com a cultura. Por isso, te apresentamos abaixo como esse fungo afeta as culturas mais suscetíveis à infecção por mofo branco.

 

Cultura de soja

O mofo branco é uma das principais doenças que atingem a cultura da soja. Caso a doença não seja controlada, pode reduzir em até 70% a produção do grão.

O período crítico de contágio coincide com a época do florescimento e de formação das vagens, já que o patógeno ataca as estruturas reprodutivas.

O fungo se concentra principalmente nas inflorescências, pecíolos e ramos das plantas. Nas vagens infectadas, o fungo compromete o enchimento dos grãos, que se tornam menores, enrugados e com uma coloração anormal.

 

Cultura de feijão

A podridão-de-esclerotinia apresenta um potencial altamente destrutivo quando contamina a cultura do feijão. Em geral, o patógeno ataca em áreas irrigadas durante o período de outono-inverno, quando as temperaturas estão mais amenas.

Nessa cultura, os sintomas ocorrem em reboleiras, onde os caules apodrecem, provocando o murchamento da planta. O fungo também infecta as flores, folhas, ramos e vagens.

 

Cultura de algodão

O mofo branco é uma das principais doenças que atingem o algodoeiro no Brasil. Isso ocorre porque as áreas de plantio de algodão estão localizadas em regiões que oferecem condições favoráveis ao desenvolvimento do fungo.

Apesar de preferir ambientes úmidos, o patógeno pode ocorrer em áreas de Cerrado de forma esporádica, principalmente no período de chuva ou em áreas irrigadas.

No algodoeiro, os primeiros sintomas aparecem no pecíolo, haste, folhas e maçãs. No período de floração do algodão, a disseminação do fungo ocorre de forma mais rápida.

 

Conheça as principais técnicas de controle e manejo

A forma mais eficiente para proteger sua lavoura do fungo branco nas plantas envolve a adoção de várias estratégias e técnicas de controle e manejo. Conheça cada uma delas a seguir.

 

Utilize sementes certificadas

As sementes certificadas se diferenciam por conta da sua qualidade, garantindo um bom desenvolvimento das plântulas nas fases iniciais de plantio.

Porém, é importante investir em sementes provenientes de empresas confiáveis e com responsabilidade na produção desse tipo de grão.

 

 

Invista no tratamento das sementes

O tratamento das sementes também contribui para a proteção da plântula nos estádios iniciais de desenvolvimento.

Isso ocorre porque o produto utilizado impede que os propágulos do fungo consigam se fixar na superfície das sementes.

Para investir nesse processo, o produtor pode optar pelo Tratamento de Sementes Industrial (TSI) ou pela aplicação on farm, ou seja, com produtos específicos para a cultura.

 

Escolha cultivares eretas

Mesmo que a lavoura esteja localizada numa região de clima mais seco, é possível que a associação entre plantas e irrigação crie um microclima favorável ao desenvolvimento do fungo.

Para evitar esse problema, uma das soluções é cultivar variedades que se desenvolvam de forma mais ereta. Isso permite uma boa aeração, dificultando o estabelecimento do patógeno.

 

Respeite o espaçamento entre as linhas

Estabelecer um espaçamento maior entre as linhas também contribui para aeração entre as plantas. Isso dificulta a formação do microclima ideal para o desenvolvimento do fungo.

 

Cuidado com a época do plantio

Como o mofo branco tem preferência por climas mais amenos e com alta umidade, o ideal é evitar o plantio durante o período de chuvas.

 

Limpe os equipamentos e máquinas agrícolas

Os escleródios do fungo podem ser transportados por equipamentos e máquinas agrícolas que tiveram contato com plantas ou solo contaminados.

Por isso, é importante limpar o maquinário antes de realizar qualquer procedimento na lavoura. Assim, você pode evitar a contaminação da área de plantio.

 

Faça a rotação de culturas

Em áreas suscetíveis ao ataque do mofo branco, a rotação e/ou sucessão de cultura deve ser feita com plantas que não são hospedeiras desse fungo, como as gramíneas. Assim, você consegue interromper o ciclo de vida do patógeno.

 

Faça a cobertura do solo com palhada

A palhada atua como uma barreira física que impede a exposição dos escleródios à luz solar. Isso dificulta a formação de apotécios e, por consequência, prejudica o ciclo de vida do fungo.

Porém, é preciso tomar cuidado com a composição da palhada. O ideal é que a palhada seja formada por gramíneas, como as brachiarias, que não são hospedeiras desse patógeno.

 

Revolva o solo

Revolver o solo antes do plantio ajuda a empurrar os escleródios para camadas mais profundas do terreno.

Assim, você impede que essa estrutura de resistência tenha acesso a condições favoráveis ao seu desenvolvimento.

 

Invista no controle biológico do fungo

O controle biológico ainda é a melhor forma de fazer o controle do mofo branco nas plantas. Como ainda não existem estratégias de controle genético disponíveis para a eliminação dessa doença, esse método pode ser associado ao uso de fungicidas, que ainda são poucos no mercado.

Para fazer esse tipo de controle, você pode utilizar diversos microorganismos, como as bactérias Bacillus subtilis.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Neste artigo vimos tudo que precisamos saber sobre o fungo branco nas plantas e o quanto podem afetar sua produtividade.

Com isso é de extrema importância que o agricultor faça monitoramento pois quanto mais cedo identificar a doença melhor para realizar o diagnóstico correto e assim realizar medidas de manejo para o controle em sua lavoura.

Gostou de saber mais sobre o assunto?  Deixe seu comentário e acompanhe nosso blog e fique por dentro dos próximos artigo.

Escrito por Michelly Moraes.

Pós-graduação Fitossanidade