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Como funciona os sensores de umidade na agricultura?

Como funciona os sensores de umidade na agricultura?

Os sensores de umidade, seja do ar ou solo, são importantes ferramentas de otimização para os diversos manejos empregados hoje na agricultura.

Você tem conhece dos princípios básicos de funcionamento de um sensor de umidade?

Sabe como as informações obtidas por esses dispositivos podem ser aplicadas na agricultura?

 

Como funciona os sensores de umidade na agricultura?

 

Para isso é importante manter se atualizado sobre esse enorme setor da agricultura de precisão.

Assim abordaremos nesse artigo sobre as funções gerais dos sensores de umidade, as diferenças em medir a umidade atmosférica e do solo. Além de exemplos de como os sensores podem e são aplicados na agricultura.

Mas antes disso tudo gostaria de recordar brevemente alguns conceitos fundamentais relacionados a meteorologia.

Afinal você lembra a definição de umidade? Em um primeiro momento pode parecer algo trivial.

Talvez por ser algo muito presente em nosso cotidiano atual. Mas isso não a faz menos importante de ser pontuada.

Assim, a umidade pode ser entendida como sendo um dos elementos que formam o clima de uma dada região.

Essas grandezas meteorológicas são responsáveis por comunicar ao meio atmosférico suas propriedades físicas.

Além da umidade, são elementos de clima a:

  • Temperatura;
  • Pressão;
  • Precipitação;
  • Velocidade e direção do vento;
  • Radiação Solar;
  • Quantidade, tipo e altura de nuvens.

Sendo que a umidade apresenta influência direta, junto aos fatores listados, em processo como o do ciclo hídrico e de evapotranspiração das plantas.

Com isso você já pode ter tido noção da importância de se mensurar e monitorar uma grandeza como a umidade.

E é nisso também que os sensores de umidade podem contribuir imensamente, assim vamos entender quais são as funções possíveis de serem aplicados.

 

Irrigação

 

Qual é a função de um sensor de umidade?

Sensores de umidade podem ter como função medir, mensurar e acompanhar as condições de umidade seja do ar ou solo.

Se partimos de uma definição de umidade considerando seus aspectos físicos e na forma de uma unidade mensurável.

Podemos pensar a umidade, do ar por exemplo, como a quantidade de vapor de água disperso em dado volume de atmosfera.

Já a umidade do solo vai apresentar uma dinâmica diferente, pois medi a proporção de água em relação as outras fases do solo.

Assim apenas o fato de serem estados diferentes da água, já faz com que os princípios de medição e aplicação de sensores de umidade do ar e do solo sejam completamente diferentes.

 

Como funciona os sensores de umidade do ar?

Em estações meteorológicas podem ser utilizados como sensores de umidade do ar, aparelhos também conhecidos como:

  • Conjunto psicrométrico ou psicrômetro, trata se de dois termômetros um de bulbo seco e outro úmido, e com suas medições aplicadas em cálculos pode se chegar ao valor de umidade;
  • Higrômetro de fio de cabelo, o nome desse aparelho pode soar engraçado em um primeiro momento. Mas faz todo o sentido, pois se utiliza da dilatação de um fio de cabelo para realizar medidas em um papel milimetrado;
  • Sensores capacitivos de umidade relativa, já são um tipo de sensor são mais modernos que é constituído de um filme de polímero que ao absorver vapor d´água do ar altera a capacitância de um circuito ativo;

Determinar o período de molhamento trata se de quantificar do tempo em que dada superfície vegetal (folhas, frutos, flores e colmo) permanecem molhada.

Condições que em dado ponto induzes a condensação de orvalho. Sendo essa variável é de extrema importância no contexto da fitossanidade vegetal, já que ela é fundamental para o processo infeccioso de doenças fúngicas e bacterianas.

Sendo esse tipo de informação muito importante para montar sistemas de previsão e aviso para pragas e doenças.

Assim como criar banco de informações como o de Zoneamento Agroclimático, ao indicar as condições de temperatura e umidade, por exemplo, de menor risco para o cultivo de alguma cultura na melhor época.

 

Como funciona os sensores de umidade do solo?

Antes de falar propriamente dos sensores de umidade do solo é preciso recordar os conceitos e a dinâmica de cada um dos estágios de umedecimento do solo, sendo eles:

  • Capacidade máxima de retenção de água, vai ser a situação em que o solo vai estar com todos seus poros preenchidos com água da chuva ou irrigação. Denominado também como um solo saturado.;
  • Capacidade de campo é quando se tem a umidade retida no solo depois que o excesso de água foi drenado, é um importante parâmetro para a realização de operações com maquinário;
  • Ponto de murcha permanente, como o próprio nome pode sugerir não é uma condição boa de água no solo para as plantas;
  • Umidade higroscópica pode ser definida como a quantidade máxima de água que o solo é capaz de absorver da atmosfera, na forma de vapor, e manter o equilíbrio com o ambiente;
  • Capacidade de água disponível é a água do solo que pode ser retida pelas plantas entre o ponto de capacidade de campo e o ponto de murcha permanente.

 

Métodos de determinação da umidade

Os métodos de determinação da umidade do solo podem ser divididos em diretos, sendo relativamente fácil de ser realizado quando se desponte de estufas e balanças.

Já os métodos indiretos podem ser através da medição e correlação de algumas propriedades do solo que é afetada pela umidade ou por sensores de umidade baseado em princípios de equilíbrio com a umidade do solo.

Sensores de umidade do solo são utilizados para medir o conteúdo volumétrico de água de maneira indireta através de constantes dielétricas, interação com nêutrons, resistência elétrica.

 

Checklist agrícola

 

O monitoramento da umidade do solo é um fator decisivo na atividade do produtor e importantíssimo para a otimização do uso dos recursos hídricos. Sem contar no aumento da eficiência da irrigação de cultivos.

Assim obter essas informações através do uso de sensores de umidade pode contribuir numa maior precisão dos manejos de irrigação, em relação a quantidade de água a ser aplicada e se essa quantidade foi adequada.

Pois de nada vale, um sistema de irrigação de alta eficiência se o manejo da irrigação estiver deficiente.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Espero que com a leitura desse artigo você tenha ampliado os seus conhecimentos quanto aos princípios básicos de funcionamento dos sensores de umidade e além de sua importância aplicada a agricultura.

Para ler mais artigos como esse e de outros assuntos de seu interesse continue navegando em nosso blog. Além de nos acompanhar no perfil do Instagram.

 

Irrigação

Elabore um plano de manejo florestal em 10 passos!

Elabore um plano de manejo florestal em 10 passos!

Plano de manejo florestal é um documento técnico mediante o qual se estabelece o zoneamento e as normas que devem presidir o uso da área e o manejo dos recursos naturais, inclusive a implantação das estruturas físicas necessárias à sua gestão. Neste artigo vamos discutir sobre o que é e como elaborar o Plano de manejo florestal. Além de conhecer seus benefícios.

Acompanhe!

 

Elabore um plano de manejo florestal em 10 passos!

 

O que é plano de manejo florestal?

manejo florestal sustentável é um conjunto de técnicas usadas para capturar recursos naturais sem danificar o meio ambiente, garantindo a continuação e renovação destes recursos permitindo o seu uso constante.

Contribui para a manutenção e utilização de maneira adequada da cobertura florestal e favorece o desenvolvimento de técnicas de análises quantitativas nas decisões sobre composição, estrutura e localização de uma floresta.

De maneira que esta forneça benefícios ambientais, econômicos e sociais, na quantidade e na qualidade necessária, mantendo a diversidade e garantindo a sustentabilidade da floresta.

Além do mais, o manejo pode conciliar a colheita dos produtos florestais com a conservação da biodiversidade da floresta, garantindo, assim, uma fonte de recursos de igual tamanho para as próximas gerações.

 

 

Quais são os benefícios do manejo florestal

O objetivo do manejo florestal é abastecer as unidades de produção de carvão com madeira de eucalipto em regime sustentável, baixo custo e alta qualidade. As vantagens de se utilizar as técnicas de manejo florestal são:

  • Continuidade da produção: a adoção do manejo garante a produção de madeira na área indefinidamente e requer a metade do tempo necessário na colheita não-manejada.
  • Rentabilidade: os benefícios econômicos do manejo superam os custos. Estes benefícios decorrem do aumento da produtividade do trabalho e da redução dos desperdícios de madeira.
  • Segurança de trabalho: as técnicas de manejo diminuem drasticamente os riscos de acidentes de trabalho.
  • Respeito à lei: o manejo florestal é obrigatório por lei. As empresas que não fazem manejo estão sujeitas a diversas penas. Embora a ação fiscalizadora tenha sido pouca efetiva até o momento, é certo que essa situação vai mudar. Recentemente, têm aumentado as pressões da sociedade para que as leis ambientais e florestais sejam cumpridas.
  • Conservação florestal: o manejo da floresta garante a cobertura florestal da área, retém a maior parte da diversidade vegetal original e pode ter pequeno impacto sobre a fauna, se comparado à colheita não-manejada.
  • Oportunidades de mercado: as empresas que usam as técnicas de manejo florestal são também beneficiadas, pois, sustentabilidade gera bons créditos como o selo verde, por exemplo, boa reputação no mercado e na sociedade.

 

O que é plano de manejo florestal sustentável (PMFS)?

O manejo florestal sustentável prioriza a permanência da floresta “em pé”, já que essa existência garante a sobrevivência econômica da atividade florestal.

A aplicação das técnicas de manejo florestal sustentável tem a finalidade de reduzir os impactos da exploração e possibilitar a sustentabilidade da produção florestal através do controle e planejamento da colheita e do monitoramento do crescimento da floresta.

É fundamental ter o conhecimento da equipe de engenharia ambiental que faz o estudo de levantamento das espécies de madeireiras que possibilite harmonizar os conceitos de fitossociologia (estudo das características, distribuição, relações, classificação de comunidades vegetais naturais).

Tudo isso engloba as distribuições espacial e diamétricas das espécies. Os responsáveis pelo manejo devem respeitar o aspecto social da floresta e as práticas de regeneração, além de considerar a biodiversidade para que o manejo seja realizado com sucesso.

 

Manejo florestal sustentável comunitário

É o manejo florestal elaborado e realizado por uma comunidade, que acerta os interesses comuns e divide as tarefas e os ganhos entre todos. De maneira isolada, fica difícil e custoso para uma família elaborar e protocolar um PMFS.

Unidas, as famílias têm maior poder para negociar contratos, conseguir assistência técnica, etc. O manejo de uso múltiplo propõe que as comunidades possam usufruir dos benefícios florestais, durante todo o ano, respeitando os períodos de colheita e descanso da floresta.

Este manejo garante também a continuidade de remuneração às famílias, pois os períodos de safra dos diversos produtos se alternam.

 

Benefícios

Com o manejo florestal comunitário, o produtor também economiza tempo e dinheiro, pois, as despesas para elaboração do Plano de Manejo Florestal Sustentável são menores, já que se elabora somente um Plano para todo o grupo.

O crédito adquirido junto aos órgãos de financiamento também pode ser maior quando requisitado por uma comunidade.

Os benefícios ecológicos também são muito importantes, principalmente em comparação com roça e pasto: com o manejo, a floresta se mantém, abriga animais silvestres, protege o solo contra erosão, protege os rios e nascentes, ajuda a diminuir a incidência de fogo na região, etc.

 

Qualidade e Uso da Madeira

 

Elaboração de plano de manejo sustentável?

Hoje trago a todos vocês uma roteiro básico para elaboração de um plano de manejo florestal esse roteiro segue a nossa legislação. Seguir são descritos os passos para elaboração de um plano de manejo florestal:

 

1º Passo – Informações gerais

  • Categoria do plano de manejo florestal;
  • Titularidade da floresta: floresta pública ou particular
  • Tipo de vegetação predominante: floresta estacional semi decidual, floresta Estacional decidual, floresta ombrófila densa, floresta ombrófila aberta;
  • Estado da floresta manejada: floresta primária ou secundária.

 

2º Passo – Responsáveis técnicos

 

3º Passo – Objetivos do plano de manejo

Exemplos:

  • Maximizar a produção de toras para serraria, garantindo a perpetuidade da produção florestal ao longo dos ciclos de corte, com a máxima eficácia e eficiência;
  • Desenvolver o manejo de produtos florestais não-madeireiros em escala industrial e/ou junto às comunidades;
  • Buscar parcerias com as instituições de pesquisa nacionais e internacionais para desenvolvimento de pesquisas ligadas aos diferentes temas relacionados ao manejo florestal.

 

4º Passo – Justificativa técnica e econômica

Sintetizar as técnicas de manejo utilizadas no plano e a análise econômica do produto ou dos produtos obtidos do manejo florestal.

 

5º Passo – Informações sobre a propriedade

  • Localização da área;
  • Região;
  • Estado;
  • Municípios abrangidos;
  • Marcos limites da área (Norte, Sul, Leste e Oeste);
  • Coordenadas geográficas;
  • Forma de acesso à área;
  • Área a ser manejada.

 

6º Passo – Descrição do ambiente

  • O meio físico;
  • O meio biológico;
  • E o meio socioeconômico.

 

7º Passo – Uso atual da terra

Macro zoneamento da área a ser manejada. Elaboração do mapa da área com:

  • Hidrografia;
  • Altitude;
  • Divisão das Unidades de Produção Anual (UPA).

 

8° Passo – Descrição dos recursos florestais (inventário florestal)

  • Metodologia utilizada;
  • Resultados;
  • Análise florística;
  • Estrutura e densidade;
  • Capacidade produtiva.

 

9º Passo – Informações sobre o manejo florestal

  • Fundamentos do manejo florestal sustentável;
  • Sistema silvicultura;
  • Espécies florestais a serem manejadas;
  • Espécies florestais a serem protegidas;
  • Regulação da produção (Intensidade de corte, produção da floresta, Ciclo de corte inicial, Estimativa de produção anual);
  • Descrição das atividades da colheita florestal em cada UPA (Elaboração de mapas contendo o local das estradas, abertura e manutenção das estradas, corte e traçamento das árvores, planejamento do arraste, carregamento e transporte das toras, tratamentos silviculturais pós colheita.

 

10º Passo – Considerações

  • Investimentos e custos do manejo florestal;
  • Identificação e elaboração dos impactos ambientais e sociológicos;
  • Medidas de proteção das florestas.

 

Certificação do manejo florestal

A certificação de Manejo Florestal garante que a floresta é manejada de forma responsável, de acordo com os princípios e critérios da certificação FSC. 

Todos os produtores podem obter o certificado, sejam pequenas, grandes operações ou associações comunitárias. Essas florestas podem ser naturais ou plantadas, públicas ou privadas.

A certificação de manejo florestal pode ser caracterizada por tipo de produto: madeireiros, como toras ou pranchas; ou não madeireiros, como óleos, sementes e castanhas.

Desde 1996 a Sociedade Brasileira de Silvicultura SBS em parceria com algumas associações do setor, instituições de ensino e pesquisa, organizações não-governamentais e com apoio de alguns órgãos do governo, vem trabalhando com um programa voluntário denominado Cerflor  Programa Brasileiro de Certificação Florestal, que surgiu em agosto de 2002, para atender uma demanda do setor produtivo florestal do país.

 

certificação florestal

O processo de certificação florestal pode ser resumido em etapas sendo elas;

  • Contato inicial: a operação florestal entra em contato com a certificadora;
  • Avaliação: consiste em uma análise geral do manejo, da documentação e da avaliação de campo. O seu objetivo é preparar a operação para receber a certificação. Nesta fase são realizadas as consultas públicas, quando os grupos de interesse podem se manifestar;
  • Adequação: após a avaliação, a operação florestal deve se adequar às não conformidades (quando houver);
  • Certificação da operação: a operação florestal recebe a certificação. Nesta etapa, a certificadora elabora e disponibiliza um resumo público;

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Entende-se que o manejo é uma atividade econômica oposta ao desmatamento, pois não há remoção total da floresta e mesmo após o uso o local manterá sua estrutura florestal.

O manejo bem feito segue três princípios fundamentais: deve ser ecologicamente correto, economicamente viável e socialmente justo. Com isso a elaboração do plano de manejo florestal é de extrema importância, uma vez que bem planejada e monitora.

Se você gostou desse conteúdo e te ajudou e esclareceu suas dúvidas. Comente e compartilhe em suas redes sociais!

Escrito por Michelly Moraes.

 

Evapotranspiração: entenda o que é e quais os tipos!

Evapotranspiração: entenda o que é e quais os tipos!

A evapotranspiração é a junção de dois fenômenos que, em algumas situações, são estudados em separado, sendo eles a evaporação e a transpiração. Neste Post iremos mostrar o que é como ocorre. Além de abordarmos os tipos de evapotranspiração.

Venha comigo!

 

Evapotranspiração: entenda o que é e quais os tipos!

 

O que é evapotranspiração?

A evapotranspiração é a forma pela qual a água da superfície terrestre passa para a atmosfera no estado de vapor, tendo papel importantíssimo no Ciclo Hidrológico em termos globais.

Esse processo envolve a evaporação da água de superfícies de água livre (rios, lagos, represas, oceano etc.), dos solos e da vegetação úmida (que foi interceptada durante uma chuva) e a transpiração dos vegetais.

Ela depende de diversos fatores, como manejo e uso do solo, condições climáticas e características da vegetação em questão.

 

Irrigação

 

Importância da evapotranspiração

A evapotranspiração é fundamental no ciclo hidrológico da água. De acordo com estudos, cerca de 70% da quantidade de água precipitada sobre a superfície terrestre retorna à atmosfera por meio desse processo.

Além disso, a mensuração desse processo permite estimar a capacidade de reservatórios ou aquíferos, determinar o rendimento de bacias hidrográficas, elaborar projetos de irrigação voltados para a agricultura e controlar a disponibilidade de água para o abastecimento da população urbana, por exemplo.

 

O fenômeno na agricultura

Atualmente a irrigação no Brasil é uma prática pouca utilizada, comparando com o total de área destinada à agricultura no país. Do total, apenas 10% das áreas são irrigadas, o que corresponde, segundo o IBGE, a 6,7 milhões de hectare.

Mesmo se tratando de uma pequena parcela da agricultura brasileira, o uso consciente da água para irrigação deve ser feito de modo planejado e correto, a fim de evitar desperdícios e prejuízos ao meio ambiente.

Para que isso ocorra, é fundamental que você realize constantemente monitoramento de sua lavoura. Principalmente das condições meteorológicas como: precipitação, radiação solar, vento, evapotranspiração e outros.

 

Evapotranspiração na Amazônia

A produção de umidade na Amazônia ocorre em larga escala, com centenas de milhões de litros d’água em forma gasosa ao longo do dia, formando uma massa de ar que se desloca para outras regiões.

Geralmente, graças aos ventos alíseos, esse ar úmido desloca-se em direção ao oeste, onde encontra um “paredão” formado pelas montanhas da Cordilheira dos Andes.

Nesse local, além de ocorrerem algumas chuvas (chamadas de chuvas orográficas), o ar carregado de vapor d’água desloca-se para o interior do continente sul-americano e, portanto, do Brasil, alcançando as demais regiões brasileiras e distribuindo chuvas.

 

O que causa a evapotranspiração?

Pode ser explicada como o processo de transferência de vapor d’água para a atmosfera pela evaporação de solos úmidos e pela transpiração das plantas, no qual a água da superfície terrestre passa para a atmosfera no estado de vapor.

 

Processo de Evapotranspiração

Evapotranspiração

 

Ao contrário da precipitação a evapotranspiração ocorre todo dia, sua intensidade depende principalmente da demanda atmosférica e da disponibilidade de água no solo. A demanda atmosférica está diretamente relacionada com o aquecimento do ar.

O aumento da temperatura do ar aumenta a quantidade de vapor d’água necessária para saturar o ar, em outras palavras o aumento de temperatura permite que o ar armazene mais vapor d’água em um mesmo volume.

 

5 tipos de evapotranspiração

Existem cinco tipos conhecidos deste fenômeno:

  • Evapotranspiração de referência (ETo);
  • A Evapotranspiração Real (ETR);
  • A Evapotranspiração de oásis (ETO);
  • Evapotranspiração de Cultura (ETc).
  • E a Evapotranspiração da real da cultura (ETr)

 

1 – Evapotranspiração potencial (ETp) ou de referência (ETo)

É determinada como a quantidade de água transferida para a atmosfera, por evaporação e transpiração, em condições do solo sem restrição hídrica, e com uma cultura rasteira em pleno desenvolvimento.

Assim como na evapotranspiração real (ETR), a área para estudo da ETp ou ETo tem bordadura para evitar trocas de água e calor com área em volta.

 

Nutrição Mineral de Plantas: Macronutrientes.

 

2 – Evapotranspiração real (ETR)

É determinada como a quantidade de água transferida para a atmosfera, por evaporação e transpiração, em condições reais de fatores atmosféricos e umidade do solo.

A área considerada para estudo da ETR apresenta ampla área de bordadura para evitar a troca de calor do solo. Mantendo as condições reais de transpiração e evaporação.

 

3 – Evapotranspiração de oásis (ETO)

É determinada pela evapotranspiração de uma área vegetada e irrigada, circundada por uma área seca, ou seja, sem a presença de área de bordadura.

Desse modo, a ETO tem a troca de calor pelas condições meteorológicas e pela transmissão de calor e perda de água para a área que a envolve.

 

4 – Evapotranspiração da cultura (ETc)

Esse tipo considera uma cultura sadia, a fase de desenvolvimento que se encontra e sem falta de água.

Assim, para determinar a ETc há presença de bordadura para evitar troca de calor e água com a área ao redor.

 

5 – Evapotranspiração da real da cultura (ETr)

Esse tipo difere da ETc apenas por não apresentar bordadura. Considera as condições reais da cultura, com ou sem a presença de água.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

A Evapotranspiração é definida como sendo o processo simultâneo de transferência de água para a atmosfera por evaporação da água do solo e da vegetação úmida e por transpiração das plantas.

Neste artigo abordamos a importância e os tipos de evapotranspiração e como como ela está relacionada em alguns assuntos como: o rendimento de bacias hidrográficas; projetos de irrigação voltados para a agricultura; e a disponibilidade de água para o abastecimento da população urbana.

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Irrigação

CTC do solo: 6 perguntas para ficar por dentro do assunto!

CTC do solo: 6 perguntas para ficar por dentro do assunto!

O que é CTC do solo, quais fatores a influência e outras dúvidas frequentes sobre esse assunto você pode conferir com a leitura desse artigo.

 

CTC do Solo: 6 Perguntas para Ficar por Dentro do Assunto!

 

Você sabia que um solo apresenta cargas? E sabia que essa propriedade, a CTC do solo, pode influenciar o aspecto nutricional do seu solo?

Tal capacidade de retenção de partículas de um solo, pode ser visualizada, ao passar líquidos contaminados ou ricos em matéria orgânica por um solo.

Capitado o liquido passado pelo solo será notável sua diferença em cor e composição química, por exemplo. Sendo assim levantada a hipótese do solo apresentar cargas.

Mas afinal o que a CTC do solo quer dizer?

Essa e mais outras perguntas relevantes sobre esse importante conceito relacionado ao solo você pode conferir seguir…

 

 

O que é CTC do solo?

CTC é sigla para capacidade de troca catiônica de um solo. Em outras palavras, a CTC expressa a quantidade de cargas negativas presentes no solo.

Outra forma de entendimento do conceito de CTC é através da quantidade de cátions que um solo pode reter sob determinadas condições.

Sendo o magnésio, cálcio, potássio, sódio, amônia, e o alumínio exemplos de elementos catiônicos que podem ficar adsorvido no complexo coloidal.

Antes de entender quais são as condições que influencia a CTC, vamos visualizar melhor onde se encontra tais cargas e qual a sua importância na hora do manejo de um solo.

As cargas de um solo vão estar presente no chamado complexo coloidal. O qual trata se de um sistema característico por duas fases solido-liquido.

Sendo a fase sólida composta por fragmentos na escada de 1µm a 1nm (argila e matéria orgânica) os quais ficam disperso na suspensão do solo.

As cargas do complexo coloidal podem ser de dois tipos: permanente ou variável.

Cargas do tipo permanente ocorrem no momento da formação do mineral de argila, devido as substituições isomórficas que podem ocorrer. O que consiste na troca de um átomo de silício por um de alumínio na estrutura mineral, por exemplo.

Já a carga de tipo variável apresenta relação com fatores externo do complexo coloidal. Vejamos a seguir quais são eles.

 

Quais são os fatores que influenciam a CTC do solo?

 

Textura do solo

Dos tipos de partícula que compõem a textura de um solo, somente a argila exerce influência sobre a CTC.

Sendo assim, você já deve imaginar que solos de textura argilosa vão apresentar maior CTC do que solos de textura arenosa.

 

Reação do solo

Outro fator que apresenta influência sobre a CTC são as condições de pH que está solo. Onde se tem uma relação diretamente proporcional do pH com a CTC.

Uma vez que a variação do pH está relacionada com o nível de dissociação das hidroxilas presentes no coloide.

 

Nutrição Mineral de Plantas: Macronutrientes.

 

Tipo de material coloidal

A CTC também vai ser influencia conforme o tipo de material coloidal mais presente no seu solo. Desse modo temos da maior para a menor CTC as argilas 2:1, 1:1 e os óxidos de ferro e alumino.

 

Matéria orgânica

Assim como se sabe que o aumento de matéria orgânica junto com o aumento no pH faz com que a CTC também aumente.

 

Qual a diferença de CTC e CTA do solo?

Sendo a CTC a sigla para capacidade de troca catiônica a CTA, por sua vez, refere-se à capacidade de troca aniônica.

É para entender melhor as diferenças entre as duas é necessário ter em mente também o conceito de PCZ, ou em outras palavras o ponto de carga zero.

O PCZ como o próprio nome pode indicar é o momento em que o solo não apresentara cargas residuais.

Sendo esse momento, o valor de pH da solução do solo em que a somatória das cargas é igual a zero.

Assim, manejos que venham a alterar o pH do solo, como exemplo, o uso de matéria orgânica, adubação fosfatada e a aplicação de calcário também alteram o ponto de PCZ desse solo.

Dessa maneira as condições de CTA são atingidas quando o pH estiver abaixo do ponto de PCZ, ocorrendo comumente nas camadas mais profundas do solo onde se tem baixo teor de matéria orgânica e pH.

 

O que é CTC efetiva do solo?

O termo CTC efetiva ou t é comumente utilizado em um contexto mais técnico relacionado a interpretação e análise do solo.

Sendo a CTC efetiva definida pela concertação da soma de bases mais a de Al3+. Onda a soma de bases leva em conta a concentração do K+, Ca2+, Mg2+ e do Na2+.

Já a CTC total diferente da efetiva também é somado a concertação de H+ do solo. Tais indicadores apresentam relação direta com os valores de saturação por base (V%) e pH.

 

Como faz para aumentar a CTC do seu solo?

Se você captou bem os pontos apresentados até aqui já deve imaginar algumas maneiras para fazer com que a CTC do seu solo aumente.

De toda forma é recomendável que consulte um engenheiro antes de qualquer manejo do seu solo. Onde todo o processo vai ter início com a realização adequada da análise de solo.

Com análise em mãos vai ser possível identificar as condições gerais de CTC do solo, de pH e o teor de matéria orgânica, por exemplo.

Após a interpretação desses aspectos vai ser possível decidir a melhor maneira de se manejar o aumento da CTC desse solo em questão.

Onde muitas das vezes será visado o ajuste para um pH adequado através de manejos de calagem, assim como a adição de matéria orgânica no solo.

 

Qual a CTC ideal do solo?

A resposta dessa pergunta não é algo exato, pois cada situação vai apresentar condições e necessidades diferentes.

Mesmo é natural desejar uma CTC do solo alta devido a série de interações que esse fator vai influenciar na dinâmica dos nutrientes do solo.

Pois quanto maior for a CTC de um solo maior será sua capacidade de reter elementos de carga positiva como o K+, Ca2+ e o Mg2+.

Por outro lado, um solo com alta CTC, mas com descuidos de outros parâmetros como pH e teor de matéria orgânica terá maior potencial para reter elementos tóxicos como o Al3+.

De modo geral ao interpretar a CTC em uma análise de solo tense os seguintes referenciais:

  • A CTC baixa: < 50 mmolc dm-3
  • A CTC média: 50 – 100 mmolc dm-3
  • E a CTC alta: > 100 mmolc dm-3

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Nesse artigo pudemos abordar os principais pontos de duvidas, assim como quais os outros aspectos do solo que estão intimamente ligados nesse parâmetro.

E espero que assim ficou mais fácil de se visualizar como esse conceito fundamental pode traduzir muito sobre as condições nutricionais de um solo.

Para mais conteúdos como esse continue navegando em nosso blog.

 

Conheça 4 exigências para instalar uma estação meteorológica!

Conheça 4 exigências para instalar uma estação meteorológica!

A estação meteorológica é uma ferramenta fundamental para monitorar as condições meteorológicas na lavoura e assim ajudar agricultores a tomarem decisões.

O clima e o tempo são um dos assuntos mais abordados em uma conversa, mas também alguns dos temas que mais preocupam os produtores.

Neste artigo, esclarecemos os principais aspectos relacionados à estes equipamentos para auxiliar quem está buscando entender melhor sobre o funcionamento e seu uso na agricultura.

Boa leitura!

 

Conheça 4 exigências para instalar uma estação meteorológica!

 

A importância da estação meteorológica para agricultura

Saber se vai chover, ventar, ter seca ou gear influencia em muitas decisões do produtor.

Por esse motivo, muitos têm buscado cada vez mais informações, muitas vezes devido a estações climáticas cada vez mais irregulares.

A observação meteorológica, consiste da coleta diária de dados referentes as diversas variáveis atmosféricas, que caracterizam as mudanças no tempo.

Dessa forma, monitorar essas variáveis é de suma importância para uma melhor tomada de decisão no campo e o registro a longo prazo dessas variáveis fornece suporte para um planejamento agrícola mais eficaz.

 

Irrigação

 

Além disso, com a estação meteorológica é possível fazer o manejo de irrigação, pois através dos dados registrados na estação é possível quantificar as principais formas de entrada e saída de água para a planta.

A precipitação atua como suprimento de água para as plantações e a evapotranspiração atua como perda de água pela plantação.

Por esses motivos as informações geradas pelas estações meteorológicas tornam-se fundamentais para o sucesso agrícola.

Mas, para uma coleta de dados de precisão é necessário seguir algumas normas com relação à localização, tipo e instalação dos equipamentos.

 Como também, a padronização dos horários de observação e dos procedimentos operacionais, como calibração e aferição dos instrumentos de medição se faz necessária.

Mas afinal, o que é a estação meteorológica propriamente dita?

 

Caracterização de uma estação meteorológica

Atualmente, é possível encontrar uma estação meteorológica em um único dispositivo integrado, com vários sensores e dispositivos que trabalham juntos.

Dessa forma, uma estação meteorológica é um conjunto de instrumentos ou sensores que geram dados para análise do tempo meteorológico.

Esses instrumentos são capazes de registrar a temperatura do ar, velocidade e direção do vento, umidade do ar, radiação solar, chuva, pressão atmosférica entre outras variáveis.

Existem dois tipos de estação meteorológica, as automáticas e as convencionais.

  • Estações automáticas: Nesse tipo de estação os sensores emitem sinais elétricos, que são captados por um sistema de aquisição de dados (Datalogger). Esse tipo de estação realiza o armazenamento e o processamento dos dados de forma informatizada e totalmente automática.
  • Estações convencionais: Nesse tipo de estação exige a presença diária de uma pessoa para coletar os dados medidos. Os instrumentos que compõe esse tipo de estação são normalmente de leitura direta, como os termômetros, ou com sistema mecânico de registro, como o termohigrógrafo, o pluviógrafo, o anemógrafo. Elas se dividem em classes de acordo com a finalidade e o número de variáveis observadas.

Primeira classe: São aquelas que medem todos os elementos meteorológicos.

Segunda classe: Não realizam as medidas de pressão atmosférica, radiação solar e vento.

Terceira classe: Medem apenas a temperatura máxima, mínima e a chuva.

A seguir vamos abordar quais são os sensores que compõem uma estação meteorológica automática, uma vez, que é a mis utilizada nos dias de hoje.

 

Sensores das estações meteorológicas automáticas

Como já citado anteriormente, atualmente a estação meteorológica automática é a mais utilizada, devido a sua maior praticidade.

 Além disso, com esse tipo de estação também é possível verificar pela internet os dados em tempo real.

 

Manejo Racional da Irrigação

 

As estações automáticas possuem 4 sensores essenciais: o anemômetro, piranômetro, o sensor de temperatura e umidade e o pluviômetro, vejamos cada um separadamente:

Anemômetro: É um instrumento que mede a velocidade e a direção do vento. Esse instrumento deve ser instalado a 2 metros de altura em relação ao solo.

Piranômetro: Registra a radiação solar global e deve ser instalado entre 1,5 e 2 metros de altura.

Sensor de temperatura e umidade: Geralmente são termistores que medem a temperatura e a umidade do ar. Esse sensor deve ficar no abrigo meteorológico para não ser danificado e a altura de sua instalação é aproximadamente 1,5 metros.

Pluviômetro: mede a precipitação e o tipo de pluviômetro mais utilizado é o de báscula. A área de captação de água do pluviômetro deve ficar a 1,5 metros do solo.

 

Mas o que é necessário para a instalação de uma estação meteorológica?

Graças às estações meteorológicas é possível mensurar diversos fatores que influenciam no gerenciamento das atividades do produtor, como, a direção dos ventos, a precipitação acumulada na safra, a temperatura média em um período, entre outros.

Porém, para instalação de uma estação meteorológica, o produtor terá que dispor de um valor de investimento, tendo em vista equipamentos e toda a construção   da estação.

Esses valores podem variar muito, por causa da escolha dos equipamentos e até mesmo o tipo de estação que for adquirir.

Além disso, ter disponibilidade de um local adequado, afim de evitar interferências no registro de dados precisos, é necessário atender algumas exigências, são elas:

  1. Local plano para evitar o acúmulo de água e longe de instalações elétricas.
  2. Horizontes amplos, sem barreiras que impeçam a radiação solar ou mudem as características do vento. Para isso a distância recomendada entre a estação e o obstáculo é de pelo menos 10 vezes a sua altura.
  3. Distantes de cursos d’água, lagos e banhados, evitando distúrbios na medição da umidade relativa do ar.
  4. Solo gramado ou com vegetação rasteira para minimizar a influência dos diferentes tipos de textura de solo.

Agora que sabemos a importância, equipamentos e principias cuidados ao instalar uma estação meteorológica, vamos saber mais sobre o assunto quanto às principais estações meteorológicas do Brasil.

 

Plataforma Agropos

 

Estações meteorológicas no Brasil

O Brasil conta com diversas redes de estações meteorológica, onde, a mais importante a coordenada pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET).

Outra rede de estações, é a sistematizada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que possui várias estações meteorológicas pelo país.

Também há redes coordenadas por instituições estaduais como o Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e o Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR) juntamente com o Sistema Meteorológico do Paraná (SIMEPAR).

O Centro Integrado de Meteorologia e Recursos Hídricos de Santa Catarina (CLIMERH), entre outras.

Algumas empresas também coordenam rede de estações meteorológicas como Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) e também universidades federais e empresas privadas.

 

Distribuição das estações meteorológicas no Brasil

Distribuição das estações meteorológicas no Brasil

Fonte: INMET

 

Investimento x economia

Vimos nesse artigo, que uma estação meteorológica é um local onde são recolhidos dados para análise do tempo meteorológico.

Encontram-se equipadas com instrumentos de medição e registro das variáveis meteorológicas/climáticas, como pressão atmosférica, temperatura, umidade, precipitação e radiação.

Essas informações são de suma importância na tomada de decisão por parte dos produtores, que buscam cada vez mais precisão e economia na sua produção agrícola.

Há o investimento inicial, mas esse investimento é diluído ao longo dos anos, com o amortecimento dos benefícios que a estação meteorológica traz.

Entretanto, vimos aqui neste artigo, que algumas exigências quanto ao local de instalação devem ser observadas para que realmente sejam alcançados benefícios de se ter uma estação meteorológica na propriedade.

 

Irrigação

Geada: entenda o que é e como se formam!

Geada: entenda o que é e como se formam!

O que é a geada? Geadas são classificadas como fenômeno atmosférico de baixa temperatura que provoca a morte de plantas e suas parte, como folhas, ramos. Neste artigo vamos abordar sobre o conceito e sua formação além de entendermos os seu impactos na agricultura.

Venha comigo!

 

Geada: entenda o que é e como se formam!

 

O que é geada?

Geada é uma espécie de orvalho congelado que forma uma fina camada de gelo na superfície. Esse fenômeno que ocorre em boa parte do mundo, mas tem diferentes consequências.

Algumas regiões sofrem sérios danos na agricultura, como por exemplo o sul do Brasil, Uruguai, centro-norte da Argentina, sudeste dos Estados Unidos, algumas regiões da Austrália e sudeste da China, entre outros.

As culturas de climas tropicais e subtropicais são as mais afetadas, como por exemplo o café e a laranja, que tem pouca resistência a baixa temperatura.

 

 

Conceito agronômico

Geada é um fenômeno atmosférico que provoca a morte das plantas ou de suas partes (folhas, ramos, frutos), devido à ocorrência de baixas temperaturas que acarretam o congelamento dos tecidos vegetais, havendo ou não a formação de gelo sobre as plantas.

 

Qual a diferença entre neve e geada?

Os dois fenômenos aparecem quando o vapor de água passa para o estado sólido a diferença é que em cada um deles o processo acontece em lugares distintos, com temperaturas também diferentes.

A neve surge nas nuvens, quando o vapor de água das grandes altitudes se transforma em cristais de gelo. “Se o cristal de gelo passar por faixas de ar acima de 0 ºC, ele derrete e cai na forma de chuva ou de garoa”.

A geada é formada no chão e não no céu, quando o vapor de água próximo ao solo congela, dando origem a uma camada de pequenas agulhas geladas. Para que ela ocorra, a temperatura do ar deve cair abaixo de zero.

 

Como se forma a geadas?

Quando a temperatura do ar de uma região cai abaixo do ponto de congelamento da água (0° C), pode ocorrer uma geada. Ela ocorre, pois o vapor de água existente no ar, ao cair da noite, se transforma em cristais de gelo.

Elas podem ocorrer sob duas circunstâncias: a advecção de ar frio ou perda radiativa. Vamos falar sobre cada uma delas abaixo;

 

Principais estudos ambientais.

 

Geada advectiva

Ocorre devido a advecção de ar frio, que é a entrada de uma intensa massa de ar frio, normalmente associado a passagem de frentes frias, que provocam significativas quedas de temperatura a partir de seus ventos frios.

 

Geada radiativa

Ocorre quando o céu está limpo, ou seja, sem a presença de nuvens. Com isso, a superfície da Terra perde energia para a atmosfera causando assim o resfriamento. Geralmente, o ar é frio e seco, com a presença de vento calmo e temperaturas inferiores a 0°.

 

Geada mista

Quando as duas situações ocorrem ao mesmo tempo ou uma após a outra, ocasionando os dois tipos de geada.

 

Geada: sua diferença no aspecto visual

Além de se diferirem pela sua origem, as geadas também se diferem pelo seu aspecto visual, sendo elas;

 

Geada branca

É a típica geada de radiação, com deposição de gelo sobre as plantas, o que confere uma coloração branca sobre a vegetação.

Muitas vezes a geada branca não provoca danos para culturas mais tolerantes, pois embora a água congele a 0ºC, a temperatura letal pode estar bem abaixo deste valor.

 

Geada negra

A geada negra típica ocorre quando o ar está muito seco e a planta morre antes que ocorra formação e congelamento do orvalho.

Nas condições brasileiras normalmente se conhece como geada negra os danos de ventos frios que desidratam os tecidos expostos.

Por isso também se chama a geada negra de geada de vento.

 

Geadas no Brasil

As regiões afetadas pela geada é toda a região sul, parte de São Paulo, sul de Minas Gerais e sul do Mato Grosso do sul com raros registros em outras localidades.

As geadas no Brasil ocorrem pela inclusão de massas de ar polar e a ocorrência do fenômeno depende da intensidade da massa de ar e da época do ano, sendo estas duas diferentes nas regiões do Brasil com maior ou menor probabilidade de geada.

As condições para que ocorra esse fenômeno são as seguintes e é fácil prever se vai ou não ter geada no dia anterior.

 

Impacto da geada na agricultura

Quando algumas plantas, são expostas a geada, sofrem alterações físicas em sua estrutura. Isso porque, em muitos casos, as mesmas acabam ficando congeladas.

Os resultados do congelamento são inúmeros, desde o rompimento da parede celular a até mesmo a morte parcial ou total dos produtos que estão crescendo na lavoura.

Vale destacar que a geada não só pode prejudicar a planta e seus frutos, mas o solo também. A geada pode acabar queimando a superfície em que toca, quando muito fria. Isso pode gerar perdas para o agricultor.

 

Como minimizar o efeito das geadas?

Para evitar grandes perdas, existem algumas medidas que o produtor rural pode adotar para minimizar os efeitos desse fenômeno sobre sua plantação. Veja algumas delas;

 

Planejamento do cultivo

Antes do plantio é importante avaliar os dados climáticos da região e verificar a sua probabilidade de ocorrência de geada.

Além disso, é necessário conhecer a cultura a ser cultivada, conhecer a sua temperatura letal e ver se ela se adequa ao local escolhido.

 

Escolha do local de plantio

A avaliação da região e de suas características ambientais é essencial para o planejamento agrícola. Desse modo, o produtor poderá escolher o tipo de cultura ideal para o clima da região.

 

Utilização de variedades resistentes

Em uma mesma cultura as variedades podem apresentar diferentes tolerâncias ao frio. Como por exemplo o abacate, a variedade chamada geada tolera temperaturas de até -4°C, diferente da Pollock, que resiste somente até -1°C.

 

Arborização ou sombreamento:

 A utilização de coberturas artificiais ou o plantio de árvores de porte maior que a cultura cultiva também colaboram com o microclima da região, diminuindo a perda radiativa do solo.

 

Irrigação por aspersão

Essa técnica de proteção é ideal para aplicar quando a geada realmente atingir a lavoura. Nas noites em que houver a ocorrência do fenômeno, realizar a irrigação por aspersão de 2 mm a 6 mm por hora ajudará a reduzir a temperatura. E a manter estabilizada por volta dos 0ºC o que impede a formação da camada de gelo.

 

Nebulização artificial

Consiste na aplicação de uma neblina artificial sobre a plantação, para imitar o papel das nuvens. Evitando a perda radiativa de calor pela superfície.

 

Alguns produtores necessitam da geada

Por mais que a geada traga grandes problemas para muitos agricultores, em alguns cultivos a sua espera é desejada.

No período do inverno, ela diminui as doenças e pragas das nossas plantas. E ainda, ajudam na produção das plantas que precisam frio para entrar em dormência.

O frio e a geada diminuem a população das pragas. Em anos frios, as pragas demoram mais a se restabelecer no período de primavera verão.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Portanto neste artigo abordamos dês do conceitos da geada até seu impacto positivo e negativo na agricultura. Com isso entendemos podemos observar alguns métodos de prevenção que os agricultores pode adotar em sua lavora.

Em caso de dúvidas do que fazer o ideal é consultar um especialista da área, onde irá orientar em todo seu planejamento.

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Escrito por Michelly Moraes.