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Semente: as melhores opções e diferenças!

Semente: as melhores opções e diferenças!

Escolher a semente certa é essencial para alcançar o sucesso na jardinagem e na agricultura. Este artigo oferecerá uma visão abrangente das melhores opções de sementes disponíveis, abordando suas principais características, vantagens e diferenças.

 

Semente: as melhores opções e diferenças!

 

A escolha das sementes é um passo crucial para o sucesso de qualquer jardineiro ou agricultor. Afinal, as sementes que você seleciona determinarão o futuro das suas plantas, influenciando o crescimento, a qualidade e o sabor dos frutos e vegetais que você cultivará.

Com uma variedade incrível de sementes disponíveis no mercado, pode ser desafiador saber por onde começar.

Neste artigo, exploraremos as melhores opções de sementes e destacaremos suas principais diferenças para ajudá-lo a tomar decisões informadas e colher os melhores resultados em seu jardim.

 

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Definição e características

Uma semente é uma estrutura biológica que faz parte do ciclo de reprodução de plantas com sementes, um grupo que inclui a maioria das plantas terrestres.

A semente é a forma pela qual essas plantas desenvolvem e protegem seus embriões, permitindo-lhes sobreviver em condições adversas e viajar para novos locais para crescer e se reproduzir.

Uma semente geralmente é composta por algumas partes principais:

  • Casca ou casca: A camada externa da semente, que a protege contra danos, dessecação e infecções enquanto está inativa.
  • Embrião: O embrião é a parte da semente que se desenvolverá em uma nova planta. Ele contém a futura raiz, caule e folhas da planta.
  • Cotilédones: Estas são folhas embrionárias que armazenam nutrientes e ajudam no crescimento inicial da planta após a germinação.
  • Reserva de alimentos: A semente geralmente contém nutrientes armazenados, como amido, óleos ou proteínas, que fornecem energia e nutrientes para o embrião durante a germinação até que a planta seja capaz de produzir seus próprios alimentos por meio da fotossíntese.

A semente é um exemplo incrível de adaptação evolutiva que permite que as plantas colonizem diferentes ambientes e garantam a sobrevivência de suas espécies.

Elas podem ser encontradas em uma ampla variedade de formas e tamanhos, desde as pequenas sementes de uma planta de flores até as grandes sementes de uma árvore.

A germinação ocorre quando a semente é colocada nas condições adequadas de temperatura, umidade e luz, desencadeando o crescimento do embrião e dando origem a uma nova planta.

 

Opções de semente

As melhores opções de sementes dependem do que você deseja cultivar, das condições do seu local de cultivo e das suas preferências pessoais.

Aqui estão algumas categorias de sementes comuns e suas melhores opções:

 

Semente de hortaliças:

  • Tomate: Variedades como “Roma” para molhos e “Cherry” para lanches são populares.
  • Pimentão: “Bell” é uma escolha clássica, e “Jalapeño” para um toque picante.
  • Alface: “Lollo Rossa” e “Romaine” são amplamente apreciadas.
  • Cenoura: “Nantes” e “Babette” são boas escolhas.

 

Semente de ervas:

  • Manjericão: Variedades como “Genovese” ou “Thai” para diferentes usos culinários.
  • Salsa: “Italian Flat-Leaf” ou “Curled” para sabor e aparência.
  • Hortelã: A hortelã-pimenta é popular para chás e culinária.

 

Semente de flores:

  • Girassol: “Sunflower Giant” é uma opção impressionante.
  • Margarida: “Shasta Daisy” é uma escolha clássica de jardim.
  • Zínia: “Zinnia Elegans” vem em várias cores vibrantes.

 

Semente de árvores e arbustos

  • Carvalho: Para uma árvore majestosa em seu jardim.
  • Arbustos de Borboleta: A Buddleja davidii atrai borboletas.
  • Sementes de Grama:
  • Grama Bermuda: Ideal para climas quentes.
  • Grama Kentucky Bluegrass: Boa para climas frios.
  • Sementes de Plantas de Cobertura:
  • Trevo-vermelho: Enriquece o solo com nitrogênio.
  • Centeio: Excelente para proteger o solo de erosão.

 

Semente de plantas atrativas para polinizadores

  • Borragem: Atrai abelhas e é comestível.
  • Lavanda: Adorada por abelhas e borboletas.

 

Semente de plantas medicinais

  • Camomila: Ótima para chás relaxantes.
  • Calêndula: Usada em pomadas e cuidados com a pele.

Lembre-se de considerar fatores como o clima, o espaço disponível, o tipo de solo e a disponibilidade de luz solar ao escolher suas sementes.

Além disso, sempre verifique se as sementes são de fontes confiáveis e de qualidade para garantir o sucesso do seu cultivo.

 

Tratamento de semente

Tratamento de sementes é um processo importante na agricultura que visa melhorar a germinação, vigor e saúde das sementes, contribuindo para o sucesso da colheita.

Existem vários métodos de tratamento de sementes disponíveis, e a escolha do método depende do tipo de cultura, das condições de crescimento e dos objetivos do agricultor.

Aqui estão alguns dos tratamentos de sementes mais comuns:

 

Tratamento químico

Isso envolve a aplicação de produtos químicos às sementes para protegê-las contra doenças, insetos e pragas. Os produtos químicos mais comuns incluem fungicidas, inseticidas e nematicidas.

O tratamento químico também pode incluir a aplicação de micronutrientes para melhorar a saúde das plantas.

 

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Tratamento térmico

Alguns patógenos podem ser eliminados ou reduzidos através do aquecimento das sementes a temperaturas específicas.

Isso é conhecido como tratamento térmico e pode ajudar a prevenir doenças transmitidas por sementes.

 

Tratamento biológico

O uso de microrganismos benéficos, como bactérias e fungos, pode ser benéfico para melhorar a saúde das plantas.

Isso é especialmente comum em culturas leguminosas, onde bactérias fixadoras de nitrogênio são aplicadas para melhorar a disponibilidade de nitrogênio para as plantas.

 

Tratamento de película

Isso envolve a aplicação de uma película protetora nas sementes para melhorar a sua resistência ao estresse ambiental, como a seca. Isso pode ser feito com polímeros ou substâncias naturais.

 

Tratamento de envelhecimento acelerado

Este teste é usado para avaliar o potencial de armazenamento das sementes. As sementes são submetidas a condições controladas de umidade e temperatura para acelerar o processo de envelhecimento, ajudando a determinar a longevidade das sementes.

 

Tratamento de inoculação

Isso envolve a aplicação de microrganismos benéficos diretamente nas sementes, como a inoculação de sementes de leguminosas com rizóbios para melhorar a fixação de nitrogênio.

 

Tratamento físico

Alguns tratamentos físicos, como a abrasão, podem ser usados para remover as camadas duras externas das sementes e melhorar a germinação.

 

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Tratamento de revestimento

Nesse processo, as sementes são revestidas com materiais que melhoram a semeadura, como agentes adesivos, fertilizantes, inoculantes e microrganismos benéficos.

É importante notar que o tratamento de sementes deve ser realizado com cuidado, seguindo as orientações do fabricante e as regulamentações locais.

O uso excessivo de produtos químicos pode ter impactos negativos no meio ambiente e na saúde humana, por isso é fundamental seguir as práticas recomendadas de manejo e segurança.

 

Conclusão

Em conclusão, a escolha das sementes desempenha um papel fundamental no sucesso de qualquer empreendimento de jardinagem ou agricultura.

Também discutimos a importância do tratamento de sementes, destacando métodos como o tratamento químico, térmico, biológico e de revestimento. Que podem melhorar a germinação, a saúde e o vigor das sementes, contribuindo para o sucesso da colheita.

No entanto, é crucial realizar o tratamento de sementes com responsabilidade, seguindo as orientações do fabricante e considerando os impactos ambientais e de saúde.

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Escrito por Michelly Moraes.

Melhoramento Genético de Plantas

Tratamento de sementes de soja: entenda sua importância!

Tratamento de sementes de soja: entenda sua importância!

O tratamento de sementes é considerado um dos principais processos que antecedem o plantio e o cultivo das plantas de soja e milho. Entenda o porquê desta técnica ser tão importante para assegurar um bom estabelecimento da lavoura e, consequentemente, um alto potencial produtivo. Se quer saber mais sobre esse assunto?

Acompanhe!

 

Tratamento de sementes de soja: entenda sua importância!

 

O tratamento de soja é uma técnica pré-colheita muito importante para o sojicultor. Ela garante que ele terá a semente protegida no solo, caso a semeadura ocorra com períodos de seca ou de baixa disponibilidade hídrica.

De acordo com Pesquisadores da Embrapa, os principais patógenos presentes em sementes de soja podem ser controlados por fungicidas do grupo dos benzimidazóis.

Dentre os fungicidas sistêmicos, carbendazin, tiofanato metílico e tiabendazol são os mais indicados para o tratamento de sementes de soja.

 

 

Importância da soja

A expansão da soja no Brasil começa mesmo nos anos 1970, quando a indústria de óleo começa a ser ampliada.

O aumento da demanda internacional pelo grão é outro fator que contribui para o início dos trabalhos comerciais e em grande escala da sojicultora.

 

Sementes de soja: o que considerar antes produzir?

 

A soja é a principal fonte de renda do país e dos produtores rurais, tanto que lidera o ranking de produtos mais exportados há mais de 22 anos, ou seja, desde de que o Brasil passou a registrar e divulgar os dados de vendas ao exterior.

Nos últimos anos a cultura vem ganhando ainda mais espaço, devido a rentabilidade quase garantida das lavouras.

 

O que é e para que serve o tratamento de sementes?     

O tratamento de sementes consiste em aplicar defensivos químicos e/ou biológicos às sementes para controlar fungos e pragas que atacam sementes, mudas e plantas.

Se feita adequadamente, essa prática protegerá a semente nas fases iniciais da lavoura, desde a semeadura até a emergência da plântula.

Atualmente, o tratamento de sementes pode englobar não apenas os defensivos, mas todas as tecnologias aplicadas à semente, como:

Após a realização do tratamento, as sementes são destinadas exclusivamente ao plantio e não podem ser usadas para alimentação humana ou animal.

 

Solos no brasil

 

Tratamento de sementes de soja com inseticida

O primeiro passo antes de definir qual inseticida será utilizado em seu tratamento, é identificar quais as principais pragas que afetam a cultura.

Além disso, você deve se atentar a alguns fatores como:

  • Histórico da área;
  • Tipo de manejo utilizado (cultivo mínimo, plantio direto);
  • Cultura anterior utilizada;
  • Pragas comuns na região e na fazenda.

Com essas informações em mãos, você poderá escolher qual o melhor inseticida a ser utilizado contra o ataque dessas pragas em sua lavoura.

Isso irá proporcionar melhor manejo e minimizar o custo com produtos. Quando for escolher seu inseticida, leve em consideração o modo de ação, espectro de controle e se o mesmo pode causar fitotoxidade à semente.

 

Tratamentos de sementes de soja com fungicidas

As doenças são um grande problema na produção de soja, podendo diminuir consideravelmente o potencial produtivo da cultura.

Deste modo, identificar qual o melhor tratamento de sementes de soja é fundamental para garantir o estabelecimento do estande inicial e maior rentabilidade.

O primeiro passo antes de escolher qual fungicida irá utilizar é realizar a análise sanitária de sua semente. Assim, você poderá identificar quais patógenos estão presentes em seu lote de sementes e pode escolher com precisão qual o melhor fungicida.

Quando for escolher seu fungicida, leve em consideração: modo de ação, espectro de controle e se o mesmo causa fitotoxidade à semente.

De acordo com a Embrapa Soja, combinar fungicidas sistêmicos com de contato tem sido uma excelente alternativa de controle, já que o espectro de ação da mistura é ampliado pela ação de mais produtos.

 

Tipos de tratamento de sementes

Atualmente, são possíveis duas formas de se fazer o tratamento de sementes:

 

Tratamento de sementes “on farm”

É o tratamento convencional, realizado na própria fazenda. Tem um custo mais baixo em comparação ao tratamento de sementes industrial, no entanto necessita de mão de obra qualificada e treinada para o correto e seguro manuseio dos produtos.

Um ponto importante é que as técnicas de tratamento permitam a boa uniformidade e recobrimento das sementes, sendo imprescindível seguir à risca as recomendações da bula, como a utilização correta de doses, e ter atenção à interação dos produtos para evitar que aconteça fitotoxicidade nas plantas.

 

Dicas para o tratamento na fazenda:

Para você que prefere realizar o tratamento de sementes de soja em sua fazenda, vamos mostrar dicas para o sucesso da operação:

  • Opte apenas por produtos registrados para a cultura da soja;
  • Dê preferência aos produtos que combinem: fungicidas e inseticidas. Contudo, observe se o princípio ativo dos produtos escolhidos controlam as principais pragas e doenças de sua região;
  • Escolha um local adequado para tratar suas sementes longe de animais e pessoas. Utilize o equipamento de proteção individual;
  • Use luvas sempre que manusear sementes tratadas. Os produtos utilizados apresentam alto nível de toxidade;
  • Fique atento ao volume de calda! O indicado é que o volume de calda final não ultrapasse 600 mL/100 Kg de sementes. Isso inclui: produtos + água;
  • Caso utilize inoculantes, confira algumas orientações sobre essa técnica.

 

Tratamento industrial de sementes (TIS)

Os principais benefícios do tratamento industrial estão relacionados à eficiência do método. De forma industrializada, o ajuste da dose e cobertura da sementes são melhores.

Além disso, os riscos de contaminação da equipe e do meio ambiente são menores, pois o manejo dos produtos químicos concentrados não é feito na fazenda.

Como desvantagem deste método temos a exposição das sementes aos produtos químicos por um período maior.

Esse fato ocorre pois a indústria não trata a semente na pré-semeadura, ocorrendo um período de armazenamento. Por isso, certifique-se que as sementes compradas não foram tratadas há muito tempo.

 

Benefícios do tratamento de sementes

Independentemente se feito on farm ou industrialmente, os benefícios do tratamento de sementes serão vistos do plantio à colheita:

  • Estabelecimento da população de plantas por controlar patógenos e pragas importantes transmitidos pelas sementes, diminuindo a chance de sua introdução em novas áreas.
  • Estabelecimento do estande desejável da lavoura (número adequado de plantas para determinada área).
  • Proteção do potencial genético da variedade que o produtor escolheu para plantar.
  • Pode ter influência positiva na fisiologia da planta (melhor enraizamento, germinação mais uniforme e maior resistência a nematoides);
  • É um investimento relativamente baixo que ajuda a melhorar a produtividade da lavoura.

 

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Conclusão

Com este texto concluímos que o tratamento de sementes é um método bastante eficiente e, a longo prazo, diminui os custos da produção na lavoura.

Vimos que o tratamento de sementes pode ser feito tanto da forma convencional (on farm) quanto industrial (TIS).

De um jeito ou de outro, ele melhora a qualidade das sementes e traz muitos benefícios ao produtor, vistos desde a semeadura até a colheita.

Se você gostou desse conteúdo e te ajudou e esclareceu suas dúvidas. Comente e compartilhe em suas redes sociais!

Inoculação de sementes: conheça os benefícios!

Inoculação de sementes: conheça os benefícios!

A inoculaçao é uma técnica  que contém microrganismos como bactérias e fungos com ação benéfica para as plantas. O uso de inoculantes é prática comum na cultura da soja no Brasil, mas essa não é a única cultura que pode se beneficiar.  A aplicação desses insumos biológicos pode suprir total ou parcialmente as necessidades de nitrogênio das culturas. Aprenda sobre essa técnica neste artigo.

 

Inoculação de sementes: conheça os benefícios!

 

O que é inoculação ou inoculante?

O inoculante é um insumo biológico que contém microrganismos como bactérias e fungos com ação benéfica para as plantas.

Os microrganismos mais utilizados são as bactérias fixadoras do Nitrogênio, um dos macronutrientes fundamentais para o desenvolvimento as plantas.

Boa parte do nitrogênio fixado em ambientes terrestres é resultado da interação simbiótica entre bactérias e plantas.

 

 

Essas bactérias formam nódulos nas raízes da planta, em uma relação simbiótica essencial para o seu crescimento e desenvolvimento.

As bactérias assimilam o nitrogênio atmosférico e o convertem a uma forma que as plantas podem absorver, enquanto utilizam carbono fixado pela fotossíntese das plantas.

Os benefícios agrícolas são alcançados quando são utilizadas estirpes recomendadas, obtidas das bactérias mais eficientes na fixação de nitrogênio para cada cultura.

Em associação com as plantas leguminosas, como feijão e soja, encontramos as bactérias dos gêneros Rhizobium e Bradyrhizobium, utilizadas na produção de inoculantes.

No setor agrícola brasileiro, cerca de 80% do inoculante é a base de Bradyrhizobium sp., 10% à base de Azospirillum sp.

Menos de 10% corresponde a todas as outras espécies e cepas disponíveis, como Sinorhizobium sp., Mesorhizobium sp. Rhizobium sp. e Nitrospirillum amazonense.

Embora esses microrganismos sejam encontradas na natureza, os inoculantes comerciais devem ser registrados no Ministério da Agricultura e sua produção segue normas e protocolos específicos.

A entidade responsável pelo estabelecimento das normas e protocolos é a Rede de Laboratórios para a Recomendação, Padronização e Difusão de Tecnologia de Inoculantes Microbianos de Interesse Agrícola (RELARE).

A RELARE foi fundada em 1985, traçou as políticas fundamentais para Fixação Biológica do Nitrogênio, tanto em seus aspectos científicos, a elaboração de protocolos de pesquisa e ensaios em rede, como nas sugestões técnicas para a legislação de inoculantes no Brasil.

 

Quais microrganismos podem ser usados como inoculantes?

A seleção dos microrganismos com potencial para uso como inoculante normalmente é realizada em laboratórios de institutos de pesquisa e universidades.

Os cientistas estudam e selecionam diversas espécies de bactérias diazotróficas, fixadoras de nitrogênio, que podem ser usadas para produzir inoculantes para plantas de importância agrícola e florestal.

Com base nesses estudos, são elaborados relatórios técnicos para a recomendação e registro das cepas junto ao Ministério da Agricultura (MAPA).

Todos os testes necessários para averiguar a eficiência dos inoculantes constam em Instruções Normativas do MAPA.

Para que uma empresa possa produzir um inoculante comercial, ele deve obter uma cepa registrada e recomendada a partir de um banco de germoplasma homologado.

No Brasil, há uma lista de microrganismos e cepas registrados no MAPA e autorizados para produção de inoculantes para cada cultura.

Essa lista é parte da Instrução Normativa SDA nº 13 (2011), atualizada periodicamente de acordo com os avanços da pesquisa científica e registro de novos microrganismos.

Abaixo temos 9 espécies autorizadas para uso como inoculantes, veja:

  • Soja Bradyrhizobium japonicum e B. elkanii
  • Grão de bico – Mesorhizobium ciceri
  • Lentilha e Ervilha – Rhizobium leguminosarum bv viciae
  • Feijão comum (Phaseolus vulgaris) – Rhizobium tropici
  • Feijão de corda, feijão miudo, caupi (Vigna unguiculata) – Bradyrhizobium sp.
  • Amendoim forrageiro (Arachis pintoi) – Bradyrhizobium japonicum
  • Guandu (Cajanus cajan) – Bradyrhizobium sp.
  • Acácia (Acacia angustissima, Acacia auriculiformis) – Mesorhizobium amorphae
  • Milho (Zea mays), Trigo (Triticum spp.) e arroz (Oriza sativa) – Azospirillum brasiliense

 

Benefícios proporcionados pelos inoculantes

O uso de inoculantes frequentemente está associado a:

  • melhoria na resistência aos estresses ambientais
  • maior eficiência na absorção de água e de outros nutrientes.
  • redução do custo de produção pela menor necessidade de uso de adubação nitrogenada

Na soja, em que o nitrogênio é o nutriente requerido em maior quantidade, as bactérias são capazes de suprir toda a necessidade pela fixação biológica do nitrogênio (FBN).

Contudo, altos rendimentos apenas são alcançados quando as boas práticas de inoculação são seguidas, não sendo necessária nenhuma complementação com fertilizante nitrogenado, em qualquer estágio de desenvolvimento da cultura.

Por outro lado, no milho, a inoculação com Azosipirillum brasiliensis não é capaz de suprir toda a necessidade de Nitrogênio da cultura.

Dessa forma, o produtor deve realizar adubação nitrogenada na semeadura e também de cobertura para garantir o sucesso do cultivo.

 

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Como os inoculantes são aplicados?

Os inoculantes comerciais são apresentados na forma líquida, gel ou sólidos (turfosos).

Na forma líquida, o inoculante pode ser aplicado via semente ou toletes para produção de mudas e via sulco de semeadura, enquanto o inoculante turfoso só pode ser aplicado via semente.

Em leguminosas e milho, normalmente é aplicado nas sementes.

Em cana-de-açúcar, a aplicação é feita nos toletes, para produção de cana-planta e, posteriormente, pode ser aplicado na cana-soca.

Os inoculantes são microrganismos vivos e, por isso, deve-se evitar a exposição direta aos defensivos utilizados no Tratamento de Sementes, que podem matar as bactérias.

Assim, é recomendado fazer a aplicação dos defensivos e esperar secar, para só então fazer a aplicação do inoculante.

Outra opção é realizar o Tratamento de Sementes com defensivos e fazer a inoculação no sulco (em dose maior). Assim se evita o contato das bactérias com os agroquímicos.

Nesse caso, para soja recomenda-se usar 2,5 vezes a dose do inoculante que seria usada nas sementes e diluída em pelo menos 50 L de água/ha.

Algumas empresas já comercializam os inoculantes “longa vida”, que permitem que a inoculação seja feita até 60 dias antes da semeadura.

Contudo, a maioria dos estudos aponta que o maior sucesso é obtido quando a semeadura é realizada no mesmo dia da inoculação.

 

Coinoculação de sementes

Recentemente tem-se estudado os efeitos a inoculação de sementes de soja e feijão com mais de uma bactéria: a chamada coinoculação.

Pesquisas conduzidas pelas Embrapa Soja e pela EMATER Paraná apontaram que essa prática pode aumentar ainda mais a produtividade pelo sinergismo entre as bactérias inoculadas.

Enquanto a inoculação apenas com Bradyrhyzobium spp. aumentou a produtividade de soja em 8,4%, a coinoculação com Azospirillum brasiliensis é capaz de aumentar para16,1%.

O mesmo ocorreu em feijão, onde o incremento na produtividade chegou a 20% (EMATER Paraná safra 2017/2018).

Esse resultado estaria relacionado à uma nodulação precoce e ao efeito hormonal causado por A. brasiliensis, que aumenta a emissão de raízes secundárias da planta.

Por consequência, com mais raízes secundárias, há mais sítios para a entrada do Bradyrhyzobium.

 

Boas práticas de inoculação

Para alcançar a eficiência prometida pelos produtos comerciais, é necessário que todos os cuidados recomendados sejam seguidos.

As Boas Práticas de Inoculação são uma série de recomendações essenciais que o produtor deve realizar.

Primeiro, é necessário sempre utilizar produtor registrados no MAPA, dentro do prazo de validade, transportados e conservados de maneira adequada.

Afinal, os inoculantes são produtos que contém microrganismos vivos, que não resistem a altas temperaturas.

Dessa forma, a inoculação precisa ser feita em local protegido do sol, de preferência com a semeadura logo após a inoculação.

Se a semente for tratada anteriormente com fungicidas e micronutrientes, esses cuidados são ainda mais importantes.

Os micronutrientes molibdênio e cobalto são muito importantes para a FBN, mas também não podem ficar em contato prolongado com as bactérias nas sementes.

A inoculação das sementes deve ser feita seguindo todas as orientações técnicas do fabricante, para que seja alcançada a máxima aderência e distribuição uniforme do produto.

Para obter melhor aderência do inoculante turfoso, por exemplo, recomenda-se que as sementes sejam umedecidas com água açucarada a 10%.

O inoculante precisa ser uniformemente espalhado pela superfície da semente para que se obtenha o benefício máximo da fixação biológica do nitrogênio em todas as plantas.

 

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Conclusão

O uso de inoculante à base de bactérias fixadoras de nitrogênio aumenta a produtividade e reduz o custo com fertilizantes.

Na soja, as bactérias são capazes de suprir toda a necessidade de Nitrogênio da cultura. Já em outras culturas, como o milho, é necessária a complementação com adubação nitrogenada.

Além da soja, o uso de inoculantes pode beneficiar diversas culturas, desde que seguidas as boas práticas inoculação.

 

Tratamento de sementes: o que é e por que fazer?

Tratamento de sementes: o que é e por que fazer?

Mas você sabe o que é uma semente de qualidade e como o tratamento de sementes pode melhorar as características desejáveis para o agricultor?

A maioria das culturas agronômicas de grande importância como arroz, soja, milho e feijão, é propagada por sementes.

Portanto, o uso de sementes de qualidade é essencial para o sucesso da agricultura.

Neste artigo, você também aprenderá como essa prática pode ser realizada e as principais doenças e pragas que podem ser evitadas com sua utilização.

 

Tratamento de sementes: o que é e por que fazer?

 

4 aspectos da qualidade da semente

A qualidade da semente engloba quatro componentes ou atributos com importância mais ou menos equivalente: físicos, fisiológicos, genéticos e sanitários.

Em conjunto, esses atributos fazem com que sementes de qualidade apresentem alto poder germinativo associado a alto vigor.

Uma elevada qualidade física significa que as sementes têm estrutura íntegra e são uniformes quanto ao tamanho e forma, têm elevado peso volumétrico, por exemplo.

Essas características permitem maior uniformidade na distribuição das sementes durante a semeadura e maior disponibilidade de reservas para o estabelecimento da plântula.

Já a qualidade fisiológica engloba a viabilidade, representada pela germinação de um lote, e vigor, relacionado à tolerância ao estresse durante a germinação e emergência.

Por sua vez, um lote tem alta qualidade genética se as sementes são realmente da cultivar ou híbrido que se quer cultivar, sem contaminantes. A essa característica dá-se o nome de pureza varietal.

Por fim, temos a qualidade sanitária, que significa que a semente está livre de patógenos e sementes de plantas daninhas que podem prejudicar o cultivo.

 

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Objetivo do tratamento de sementes

O tratamento de sementes objetiva proteger a semente contra patógenos e pragas desde a semeadura à germinação.

Além disso, serve para descontaminá-la de patógenos, evitando introduzi-los em áreas livres. Uma vez que muitas doenças podem ser transmitidas por sementes.

Portanto, é uma prática que visa à qualidade sanitária da semente. Mas que também potencializa a genética da semente, contribuindo para o sucesso do plantio.

 

O que é e para que serve o tratamento de sementes?

O tratamento de sementes consiste em aplicar defensivos químicos e/ou biológicos às sementes para controlar fungos e pragas que atacam sementes, mudas e plantas.

Se feita adequadamente, essa prática protegerá a semente nas fases iniciais da lavoura, desde a semeadura até a emergência da plântula.

Atualmente, o tratamento de sementes pode englobar não apenas os defensivos, mas todas as tecnologias aplicadas à semente, como:

Após a realização do tratamento, as sementes são destinadas exclusivamente ao plantio e não podem ser usadas para alimentação humana ou animal.

 

Importância do tratamento de sementes

Como vimos, o Tratamento de Sementes melhora a qualidade sanitária protegendo contra pragas e doenças nos estágios iniciais da cultura, antes, durante e depois da geminação.

Sementes que poderiam ser ameaçadas por doenças, pragas ou até interferências climáticas, conseguem crescer mais fortes, com germinação mais uniforme e com melhor enraizamento.

Ao melhorar a qualidade sanitária, essa prática previne a entrada de pragas nas áreas de cultivo ao eliminar ou reduzir o inóculo presente na semente.

Além disso, tem grande importância no desenvolvimento de plantas vigorosas e sadias.

Consequentemente, o Tratamento de Sementes terá efeito sobre a produtividade.

 

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Como é feito o tratamento de sementes?

A qualidade das sementes é o objetivo maior e é preciso enfatizar que nem sempre o tratamento de sementes com defensivos é necessário!

Ele deve ser recomendado com base no teste de sanidade, um dos testes da Análise de Qualidade das Sementes.

O teste de sanidade fornece informações sobre a qualidade sanitária da semente destinada à semeadura.

Ele também pode esclarecer as causas da baixa germinação, comum em amostras com elevados índices de infecção

Se a semente está livre de patógenos e a área em que ela será semeada também, por que aplicar defensivos, aumentando o custo da semente?

A recomendação ideal é feita de acordo a realidade da área em que a semente será cultivada.

Outros componentes do tratamento de sementes, como inoculantes e micronutrientes, nesse caso, talvez já sejam suficientes para o sucesso da cultura nos estágios iniciais.

 

Componentes do tratamento de sementes

Os componentes do tratamento de sementes são os produtos e ingredientes encontrados na calda.

Podem incluir produtos para tratamento de semente (defensivos), corantes, polímeros, água, micronutrientes, inoculantes, revestimentos, reguladores de crescimento, agentes de proteção a herbicidas e outros produtos.

Os produtos destinados ao tratamento de sementes ou defensivos são geralmente fungicidas, inseticidas e nematicidas, mas pode-se incluir ainda bactericidas e outros produtos.

Os defensivos podem ser de contato, quando agem somente na superfície da planta ou da semente, ou sistêmico, quando absorvidos e translocados dentro da planta.

Veja os principais requisitos para um defensivo destinado ao tratamento das sementes são:

  • ser tóxico aos patógenos e às pragas-alvo
  • não ser fitotóxico
  • não ser acumulável no solo
  • ter alta persistência nas sementes
  • ter grande capacidade de aderência e cobertura às sementes (podem ser usados polímeros para promover a adesão e retenção dos ingredientes ativos às sementes)
  • deve ser compatível com outros produtos para tratamento de sementes
  • ser efetivo sob diferentes condições agroclimáticas
  • não deixar resíduos nocivos na planta
  • ser seguro para os operadores durante o manuseio e a semeadura
  • ser economicamente viável

 

Ação dos fungicidas utilizados no tratamento de sementes

A ação dos fungicidas usados no tratamento das sementes pode ser classificada como desinfectante, desinfestante, protetor e erradicante.

Desinfectante – atua no controle dos patógenos localizados dentro das sementes (endosperma e embrião) ou nos tecidos do pericarpo. Geralmente têm ação sistêmica, sendo absorvidos e difundidos dentro das sementes. Ex: thiabendazol

Desinfestante – atua no controle de patógenos localizados na superfície externa das sementes. Ex: captan, thiram, quintozene e tolyfluanid.

Protetor – protege as sementes e as plântulas contra o ataque dos fungos das sementes e do solo.

Erradicante – elimina o patógeno que está associado às sementes, quer seja fungo infectante ou infestante. Fungicidas sistêmicos podem atuar como desinfectantes e erradicantes.

 

2 tipos de tratamento de sementes

Atualmente, são possíveis duas formas de se fazer o tratamento de sementes:

 

Tratamento convencional, na fazenda (on farm)

  • Geralmente é feito na própria fazenda, logo antes da semeadura.
  • Realizado em tambores, betoneiras ou utilizando máquinas específicas para o tratamento de sementes.
  • Esse tipo de tratamento deve ser feito pelo responsável técnico (agrônomo) ou sob sua supervisão.

Os principais cuidados a serem tomados nesta modalidade são:

  • Verificar se o produto utilizado no procedimento seja registrado para as sementes da cultura que se pretende fazer o tratamento.
  • Escolher corretamente o produto químico de acordo com o objetivo do tratamento.
  • Verificar se o equipamento de aplicação esteja calibrado.
  • Seguir as instruções da bula do produto e das Fichas de Informações de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ).
  • Preferir os produtos que possuem baixo volume de calda e boa adesão à semente.
  • Não misturar produtos incompatíveis e preferir produtos que combinem, em uma só fórmula, mais de um tipo de defensivo.

As principais vantagens do tratamento convencional são:

  • custo relativamente menor ao TIS
  • recomendação de produtos personalizada de acordo com a necessidade (das sementes e da área de cultivo)

 

Tratamento Industrial de Sementes (TIS)

Pode-se dizer que é a escolha mais prática, uma vez que as sementes são compradas já prontas para a semeadura.

O TIS faz parte das etapas do beneficiamento das sementes em diversas empresas, geralmente realizado no pré-ensaque ou no momento da entrega ao produtor.

É um processo que consiste em aplicações automatizadas por meio de equipamentos de alta tecnologia. Normalmente realizado nas Unidades de Beneficiamento de Sementes (UBS).

Utiliza equipamentos especiais que combinam a aplicação de fungicidas, inseticidas, micronutrientes, nematicidas entre outros.

Para ser considerado TSI, é indispensável a utilização de polímeros para adesão dos produtos às sementes.

A EMBRAPA estima que cerca de 40% das sementes de soja no Brasil são tratadas neste sistema.

É importante ressaltar que o produtor também pode realizar o TSI.

A ABRASEM define TSI como:

“(…) o processo realizado pelo produtor de sementes, reembalador, beneficiador ou por empresa especializada que utiliza técnicas profissionais, produtos, máquinas e equipamentos específicos para o tratamento de sementes e que garante a taxa de aplicação recomendada pelo fabricante (dose e qualidade do recobrimento).  (…) realizado por profissionais especializados, sob normas de segurança e visando preservar a qualidade física e fisiológica das sementes, bem como assegurar a saúde dos operadores e a preservação do meio ambiente.

As principais vantagens do TSI em relação ao tratamento on farm são:

  • menor risco de intoxicação dos operadores
  • maior precisão no volume de calda utilizado para o tratamento das sementes.
  • melhor cobertura da semente com o produto químico
  • maior rendimento por hora

As principais desvantagens do TSI são:

  • maior custo de aquisição das sementes
  • utilização padronizada de produtos, às vezes desnecessários.

Essa desvantagem que pode ser corrigida se o produtor (ou seu responsável técnico) tiver liberdade de escolher com quais produtos sua semente deveria ser tratada.

 

Benefícios do tratamento de sementes

Independentemente se feito on farm ou industrialmente. Os benefícios do tratamento de sementes serão vistos do plantio à colheita:

  • Estabelecimento da população de plantas por controlar patógenos e pragas importantes transmitidos pelas sementes, diminuindo a chance de sua introdução em novas áreas.
  • Proteção do potencial genético da variedade que o produtor escolheu para plantar.
  • Estabelecimento do estande desejável da lavoura (número adequado de plantas para determinada área).
  • Pode ter influência positiva na fisiologia da planta (melhor enraizamento, germinação mais uniforme e maior resistência a nematoides);
  • É um investimento relativamente baixo que ajuda a melhorar a produtividade da lavoura.

 

Pragas e doenças controladas com o tratamento de sementes

O tratamento de sementes evita a transmissão e danos diretos causados por patógenos e pragas em sementes, raízes e plântulas na fase inicial das culturas. Já as sementes mais tratadas no Brasil são as de milho e de soja.

As principais pragas e doenças de soja, milho e algodão que são controladas com o tratamento de sementes são:

  • As lagartas Helicoverpa (Helicoverpa spp), Lagarta-da-soja (Anticarsia gemmatalis), Lagarta-do-cartucho (Spodoperta frugiperda), Lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus), que se alimentam do colo da planta, logo após a germinação.
  • Os corós (Coleoptera: Scarabaeoidea) que vivem no solo e se alimentam exclusiva ou facultativamente de raízes, causando danos a diversas culturas. Entre as pragas-de-solo, os corós rizófagos têm se constituído em um dos grupos mais importantes em diversas culturas de alto valor econômico.
  • Nematoides
  • Fungos fitopatogênicos transmitidos por sementes como Phomopsis , Cercospora spp., Fusarium spp. e Colletotrichum spp.
  • Fungos de grãos armazenados como Penicillium e Aspergillus spp.
  • Patógenos presentes no solo como Rhizoctonia, Pythium spp. e Stenocarpella sp. podem causar danos na fase de muda, causar tombamento e redução do estande.

 

Tratamento de sementes de soja

Após a semeadura, as sementes podem encontrar condições desfavoráveis à germinação da semente e a emergência da plântula, que tornam o processo mais demorado.

Assim, a semente estará mais tempo exposta a patógenos presentes no solo (Rhizoctonia, Pythium) que podem deteriorar ou causar a morte da plântula.

Para patógenos transmitidos pela semente de soja, o controle mais eficaz é realizado com fungicidas do grupo dos benzimidazois. Isso é válido para Cercospora kikuchii, Fusarium pallidoroseum (=F. semitectum), Phomopsis spp. e Colletotrichum truncatum.

Para esses patógenos, os produtos mais indicados para tratamento de sementes são carbendazin, tiofanato metílico e thiabendazole. Esses produtos também são eficientes para o controle de  Sclerotinia sclerotiorum quando presente na semente, na forma de micélio interno, dormente.

Fungicidas de contato como Captan, Thiram e Tolylfluanid, que têm bom desempenho no campo quanto à emergência, não controlam, totalmente esses fungos, principalmente Phomopsis spp. e F. pallidoroseum nas sementes que apresentam índices maiores que 40% desses patógenos.

 

Plataforma Agropós

 

Tratamento de sementes de milho

A aplicação de produtos fitossanitários via sementes de milho é uma prática comum e estima-se que 85% das sementes no Brasil sejam tratadas.

As sementes de milho híbrido carregam um dos mais modernos pacotes tecnológicos da agricultura moderna e é comum o uso do TIS.

E a pesquisa tem se intensificado nos últimos anos para melhorar essa tecnologia. Isso porque os tratamentos químicos aplicados tendem, com o aumento das dosagens, a gerar efeitos latentes, desfavoráveis ao desempenho das sementes, intensificados com o prolongamento do período de armazenamento.

Os principais defensivos utilizados são fungicidas e inseticidas.

No Brasil, há vários produtos formulados disponíveis para o tratamento de sementes de milho.

Os princípios ativos e combinações registradas no Ministério da Agricultura para tratamento de sementes são os seguintes:

  • carbendazim (benzimidazol) + tiram (dimetilditiocarbamato)
  • piraclostrobina (estrobilurina) + tiofanato-metílico (benzimidazol)
  • fipronil (pirazol) + piraclostrobina (estrobilurina) + tiofanato-metílico (benzimidazol)
  • fluazinam (fenilpiridinilamina) + tiofanato-metílico (benzimidazol),
  • piraclostrobina (estrobilurina) + tiofanato-metílico (benzimidazol)
  • ipconazol (triazol)
  • fipronil (pirazol) + piraclostrobina (estrobilurina) + tiofanato-metílico (benzimidazol)
  • tiametoxam (neonicotinoide)
  • abamectina (avermectina)
  • ciantraniliprole (antranilamida)
  • carbossulfano (metilcarbamato de benzofuranila)
  • tiodicarbe (metilcarbamato de oxina)

 

Conclusão

Semente de alta qualidade em termos de pureza, genética, vigor e germinação é um dos insumos mais importantes para o sucesso do cultivo.

O tratamento de sementes é uma das práticas que pode assegurar estande adequado, plantas vigorosas, atraso no início de epidemias e aumento do rendimento.

Além disso, pode prevenir a entrada de pragas e patógenos veiculados pelas sementes em áreas livres.

Vimos que o tratamento de sementes pode ser feito tanto da forma convencional (on farm) quanto industrial (TIS).

De um jeito ou de outro, ele melhora a qualidade das sementes e traz muitos benefícios ao produtor, vistos desde a semeadura até a colheita.

Escrito por Debora Cerviere.

Pós-graduação Fitossanidade