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Acácia negra: entenda o que é e para que serve!

Acácia negra: entenda o que é e para que serve!

Essa é uma árvore ornamental e tem o fruto em forma de vagem torcida. Ela pode crescer até 6 metros de altura e possui 4 metros de diâmetro. As folhas são pequenas e lineares. Mas, você sabe para que serve a acácia negra?

Descubra!

 

Acácia negra: entenda o que é e para que serve!

 

Acácia negra

Uma das espécies vegetais exóticas que se destacam economicamente no Rio Grande do Sul é a Acacia mearnsii, conhecida popularmente como acácia-negra.

Essa planta apresenta uma grande importância socioeconômica. Principalmente, na região do Vale dos Sinos, onde é estimado que de 40 mil famílias vivam dessa cultura.

No Brasil, a plantação de acácia-negra tem característica multifuncional. Ou seja, tem ação recuperadora dos solos de baixa fertilidade, através da fixação de nitrogênio, permite o plantio consorciado de culturas agrícolas e presta-se à criação de gado em seu interior. De suas árvores, utiliza-se a casca e a madeira, para fins industriais.

 

 

Benefícios de cultivo

O cultivo de florestas de acácia-negra se tornou uma atividade econômica atrativa. Por gerar benefícios para diversos produtores, destacando-se:

  • Geração de renda;
  • Redução da jornada de trabalho;
  • Aproveitamento de áreas com uso restrito para agricultura;
  • Integração com outros cultivos agrícolas e com a pecuária.

 

Características da acácia negra

As 1.200 a 1.300 espécies do gênero Acacia (Família Mimosácea) estão distribuídas naturalmente pelo mundo, exceto na Europa e Antártida. O gênero é característico de regiões.

Acacia mearnsii De Wild, ou acácia-negra, ocorre naturalmente no sudeste da Austrália, especialmente na região costeira, em declives adjacentes aos planaltos da região de Sydney, no Estado de Nova Gales do Sul, até o extremo sudeste do Estado da Austrália do Sul e em áreas de baixa e média altitude do Estado da Tasmânia.

A folhagem adulta é de cor verde-escura, daí o nome acácia-negra, com brotos suavemente amarelos. As folhas são bipinadas, com 8 a 21 pares de pinas, cada um com 15 a 70 pares de folíolos. Estes medem 1,5 a 4,0 mm de comprimento por 0,5 a 0,7 mm de largura.

A folhagem das mudas apresenta de 4 a 8 pares opostos de pinas, de coloração verde-escuro. E cada pina é formada por 20 a 25 pares de folíolos oblongos. As inflorescências são panículas terminais hermafroditas, de cor amarelo-creme.

 

Importância econômica

O plantio da acácia negra é economicamente importante para as propriedades pequenas nas regiões de plantio. Especialmente no Rio Grande do Sul, onde cerca de 60% da produção é realizada por pequenos produtores que plantam e colhem a acácia na entressafra e associada a outras produções.

Para muitos produtores é a principal fonte de renda rural. E para outros ainda, o plantio de acácia é a atividade principal.

Mesmo considerando-se apenas o processo de produção primária do ciclo da acácia, que é o preparo do solo, o plantio, a trato da cultura, o descascamento, a derrubada, o corte e o baldeio da madeira e da casca. O cultivo da acácia é responsável pela geração de milhares de empregos diretos e indiretos e o sustento de muitas famílias que vivem da cultura da acácia.

 

Importância ambiental

A produção de acácia-negra também é muito importante do ponto de vista ambiental sob o ponto de vista ambiental. Pois o cultivo de acácia é responsável pela incorporação ao solo de matéria orgânica além de fixar nitrogênio atmosférico.

Estas duas capacidades da cultura da acácia são responsáveis pela manutenção e proteção produtiva do solo, no entanto é fundamental o estudo do ciclo de nutrientes em cada região. Pois a alternância entre plantio e colheita podem comprometer o ciclo de nutrientes e a produtividade.

 

Nutrição Mineral de Plantas: Macronutrientes.

 

Utilizações comerciais desta espécie

Agora vamos ver a utilizações comerciais das partes descartadas desta espécie vegetal. Vamos lá?

 

Cascas de acácia negra

A casca dessa espécie vegetal é muito conhecida como uma importante fonte de taninos. Estes metabólitos secundários são compostos produzidos por certas espécies vegetais, com o intuito de proteger a planta contra o ataque de animais e insetos.

Os taninos são notoriamente conhecidos pela capacidade em precipitar proteínas. Desta forma, são muito empregados na indústria coureira, no curtimento de couros e peles, permitindo maior resistência do couro frente às abrasões.

Os taninos obtidos das cascas da acácia-negra também são empregados nas mais diferentes finalidades, como na perfuração do solo para exploração petrolífera, na produção de agentes anticorrosivos, na indústria de cana de açúcar e álcool, na produção de sanitizantes, na clarificação de cervejas e vinhos.

 

Madeira de acácia negra

A madeira vem tendo destaque por ser mais rentável, já que é exportada em quase sua totalidade como cavacos para as indústrias de celulose Kraft no Japão.

A madeira de acácia-negra é matéria-prima de qualidade não apenas para a fabricação de celulose. Mas também de rayon (seda artificial), papel, chapas de aglomerados e energia (carvão vegetal e carvão ativado).

 

Folhas e flores de acácia negra

Quantidades importantes de nutrientes podem retornar ao solo pela deposição das folhas e das flores sobre ele, principalmente pela capacidade de fixar nitrogênio atmosférico. Assim fertilizando e recuperando solos degradados e permitindo o cultivo consorciado da acácia negra com as culturas agrícolas e silviculturas.

As folhas são mais predominantes na serrapilheira devolvida ao solo do que as flores, mas isso se deve em parte à sazonalidade das flores, que não estão presentes o ano todo.

As folhas são ricas em nitrogênio, cálcio, fósforo, potássio e magnésio, as flores apresentam esses mesmos nutrientes, porém em menores quantidades.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Portando, o cultivo da acácia negra tem grande importância econômica, social e ambiental para a sociedade moderna.

A facilidade com que a planta se adapta a locais com diferentes características de solo e seu rápido crescimento fazem com que ela seja muito utilizada. Sendo todas suas partes aproveitadas e reaproveitadas para as mais diversas finalidades.

Gostou de saber mais sobre o assunto?  Deixe seu comentário e acompanhe nosso blog e fique por dentro dos próximos artigos!

Escrito por Michelly Moraes.

 

ILPF: conheça as vantagens desse sistema na sua propriedade!

ILPF: conheça as vantagens desse sistema na sua propriedade!

Na Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF), é estabelecido o cultivo da espécie florestal com espaçamento ampliado nas entrelinhas, possibilitando a implantação de uma cultura de interesse comercial na região.

 

ILPF: conheça as vantagens desse sistema na sua propriedade!

 

Após colheita, há a implantação da cultura forrageira para o pasto nas entrelinhas da floresta cultivada, permitindo a implantação da atividade de pecuária e a sua exploração até o corte da madeira.

Neste post teremos alguns esclarecimentos sobre a adoção deste sistema, que vem como uma ótima proposta de diversificação da produção na propriedade.

Boa leitura!

 

O que é o Sistema ILPF?

O aumento populacional mundial tem gerado crescente demanda por matérias-primas, alimentos, fibras e agroenergia, consequentemente forte pressão sobre os preços desses produtos.

Uma maneira de produção de alimento de forma eficiente é através da adoção do Sistema Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF).

A ILPF, consiste na implantação de diferentes sistemas produtivos de grãos, fibras, carne, leite e outros na mesma área, em plantio consorciado, sequencial ou rotacionado.

Esse sistema aproveita as sinergias existentes no ambiente, aliado a práticas conservacionistas como o Sistema Plantio Direto (SPD). É uma alternativa econômica e sustentável para recuperar áreas de pastagens degradadas.

Estudos técnico-científicos e experiências de produtores mostram que a implantação da ILPF resulta em importantes benefícios econômicos, ambientais e sociais.

Este é um tipo de sistema agroflorestal diversificado, no qual se implanta a pastagem utilizando-se diferentes espécies de gramíneas nativas ou exóticas. Que podem ser consorciadas com leguminosas rasteiras ou arbustivas, juntamente com espécies de árvores, preferencialmente nativas da região.

Destaca-se que, além de melhorar o ambiente para a produção animal, esses sistemas têm grande potencial para produzirem boa diversidade de serviços ambientais.

A escolha das espécies de árvores é muito importante, pois pode render lucros com a venda de produtos florestais não madeireiros ou outros produtos com valor agregado, da madeira, além de outras possibilidades de geração de renda.

 

 

Benefícios e limitações do Sistema ILPF

Na ILPF as árvores proporcionam uma melhoria climática no ambiente da pastagem, o capim permanece verde e palatável por mais tempo, inclusive na época de seca.

Os animais têm mais conforto em relação à pastagem aberta e ficam menos estressados.

Desta forma, o gado neste ambiente mais ameno, responde com maior produtividade de carne ou leite.

Os resultados obtidos com a ILPF apontam que ela é uma alternativa economicamente viável, ambientalmente correta e socialmente justa para o aumento da produção de alimentos seguros.

Este sistema possibilita a diversificação de atividades na propriedade, a redução dos riscos climáticos e de mercado, a melhoria da renda e da qualidade de vida no campo.

Sem contar que contribui na mitigação do desmatamento, para a redução da erosão, para a diminuição da emissão de gases de efeito estufa e para o sequestro de carbono.

Enfim, possibilitando a produção sustentável e proporcionando um mundo melhor para as próximas gerações.

Mas a ILPF tem suas limitações, muitas vezes o tradicionalismo e resistência à adoção de novas tecnologias por parte dos produtores é um grande obstáculo na sua adoção.

Há uma exigência de maior qualificação e dedicação por parte dos produtores, gestores, técnicos e colaboradores.

Seu retorno apenas em médio a longo prazo, especialmente, do componente florestal é um grande entrave na sua adoção.

Por fim, a produção depende da disponibilidade e manutenção de máquinas e equipamentos, e também de fatores externos à unidade produtiva, como energia, armazenamento e transporte.

 

As principais doenças bióticas da eucaliptocultura no Brasil

 

Do planejamento ao plantio

No planejamento da ILPF deve-se escolher árvores que possibilitem o bom desenvolvimento das pastagens, evitando o excesso de sombreamento.

Assim, é importante priorizar espécies leguminosas (fixam o nitrogênio do ar a partir de associações com micro-organismos do solo).

Espécies que facilitem a passagem parcial da radiação solar por dentro da copa até atingir o solo. Além de possuírem raízes profundas para promoverem a ciclagem de nutrientes com mais eficiência.

A ILPF caracterizam-se por diferentes consórcios, onde a combinação entre espécies varia para cada formação vegetal ou cada fase do sistema.

Esses sistemas inicialmente, podem ser compostos por plantas tipicamente pioneiras, secundárias e tardias.

Os representantes de todas as fases crescem juntos, porém, em cada fase da sucessão haverá uma comunidade dominando, direcionando a sucessão.

Para cada consórcio, os indivíduos das espécies mais avançadas na sucessão não se desenvolvem satisfatoriamente enquanto as iniciais não dominam.

Assim, as plantas de crescimento mais rápido criam condições ambientais mais favoráveis àquelas que se desenvolvem mais lentamente.

As árvores podem ser plantadas em fileiras, para facilitar o manejo, ou dispostas ao acaso, mas é importante que estejam bem distribuídas nas áreas de pastagens.

A ILPF é uma boa opção para melhorar as condições dos pastos, além de proporcionar maior conforto aos animais.

 Uma vez que, aumenta a sua resistência às adversidades climáticas e eventuais enfermidades, possibilitando a obtenção de maiores produtividades de leite ou carne.

 

Plataforma Agropós

 

Produção consciente

Com a introdução do sistema de ILPF, além da intensificação e maior eficiência do uso da terra, são gerados, também, outros benefícios ao ambiente.

 Onde podemos destacar o maior sequestro de carbono, aumento da matéria orgânica do solo, redução da erosão, melhoria das condições microclimáticas e do bem-estar animal.

Quanto aos benefícios econômicos gerados pela diversificação do sistema de produção. Pode ser notado a redução dos custos de produção, aumento de produtividade e diminuição do risco inerente à agropecuária, especialmente por variações climáticas.

Portanto, devemos promover a adoção do Sistema de Integração Lavoura Pecuária Floresta não apenas produtivos, mas que sejam sadios, possibilitando a transição para uma produção agroflorestal sustentável.

Para alcançar este objetivo, devemos promover uma passagem dos modelos agroquímicos de produção para alternativas agroecológicas ou orgânicas, limpas, ambiental e economicamente sustentáveis. Porém também socialmente justas.

Apesar de alguns entraves iniciais à sua adoção, os sistemas de ILPF, por sua maior complexidade de gestão, acabam por incorporar posturas mais corretas pelo produtor.

E para potencializar o sistema, busca-se a formação de redes sistêmicas e contínuas. Envolvendo de forma participativa a pesquisa, assistência técnica, produtores rurais e parceiros estratégicos com o objetivo de capacitar agentes multiplicadores.

 

Elabore um plano de manejo florestal em 10 passos!

Elabore um plano de manejo florestal em 10 passos!

Plano de manejo florestal é um documento técnico mediante o qual se estabelece o zoneamento e as normas que devem presidir o uso da área e o manejo dos recursos naturais, inclusive a implantação das estruturas físicas necessárias à sua gestão. Neste artigo vamos discutir sobre o que é e como elaborar o Plano de manejo florestal. Além de conhecer seus benefícios.

Acompanhe!

 

Elabore um plano de manejo florestal em 10 passos!

 

O que é plano de manejo florestal?

manejo florestal sustentável é um conjunto de técnicas usadas para capturar recursos naturais sem danificar o meio ambiente, garantindo a continuação e renovação destes recursos permitindo o seu uso constante.

Contribui para a manutenção e utilização de maneira adequada da cobertura florestal e favorece o desenvolvimento de técnicas de análises quantitativas nas decisões sobre composição, estrutura e localização de uma floresta.

De maneira que esta forneça benefícios ambientais, econômicos e sociais, na quantidade e na qualidade necessária, mantendo a diversidade e garantindo a sustentabilidade da floresta.

Além do mais, o manejo pode conciliar a colheita dos produtos florestais com a conservação da biodiversidade da floresta, garantindo, assim, uma fonte de recursos de igual tamanho para as próximas gerações.

 

 

Quais são os benefícios do manejo florestal

O objetivo do manejo florestal é abastecer as unidades de produção de carvão com madeira de eucalipto em regime sustentável, baixo custo e alta qualidade. As vantagens de se utilizar as técnicas de manejo florestal são:

  • Continuidade da produção: a adoção do manejo garante a produção de madeira na área indefinidamente e requer a metade do tempo necessário na colheita não-manejada.
  • Rentabilidade: os benefícios econômicos do manejo superam os custos. Estes benefícios decorrem do aumento da produtividade do trabalho e da redução dos desperdícios de madeira.
  • Segurança de trabalho: as técnicas de manejo diminuem drasticamente os riscos de acidentes de trabalho.
  • Respeito à lei: o manejo florestal é obrigatório por lei. As empresas que não fazem manejo estão sujeitas a diversas penas. Embora a ação fiscalizadora tenha sido pouca efetiva até o momento, é certo que essa situação vai mudar. Recentemente, têm aumentado as pressões da sociedade para que as leis ambientais e florestais sejam cumpridas.
  • Conservação florestal: o manejo da floresta garante a cobertura florestal da área, retém a maior parte da diversidade vegetal original e pode ter pequeno impacto sobre a fauna, se comparado à colheita não-manejada.
  • Oportunidades de mercado: as empresas que usam as técnicas de manejo florestal são também beneficiadas, pois, sustentabilidade gera bons créditos como o selo verde, por exemplo, boa reputação no mercado e na sociedade.

 

O que é plano de manejo florestal sustentável (PMFS)?

O manejo florestal sustentável prioriza a permanência da floresta “em pé”, já que essa existência garante a sobrevivência econômica da atividade florestal.

A aplicação das técnicas de manejo florestal sustentável tem a finalidade de reduzir os impactos da exploração e possibilitar a sustentabilidade da produção florestal através do controle e planejamento da colheita e do monitoramento do crescimento da floresta.

É fundamental ter o conhecimento da equipe de engenharia ambiental que faz o estudo de levantamento das espécies de madeireiras que possibilite harmonizar os conceitos de fitossociologia (estudo das características, distribuição, relações, classificação de comunidades vegetais naturais).

Tudo isso engloba as distribuições espacial e diamétricas das espécies. Os responsáveis pelo manejo devem respeitar o aspecto social da floresta e as práticas de regeneração, além de considerar a biodiversidade para que o manejo seja realizado com sucesso.

 

Manejo florestal sustentável comunitário

É o manejo florestal elaborado e realizado por uma comunidade, que acerta os interesses comuns e divide as tarefas e os ganhos entre todos. De maneira isolada, fica difícil e custoso para uma família elaborar e protocolar um PMFS.

Unidas, as famílias têm maior poder para negociar contratos, conseguir assistência técnica, etc. O manejo de uso múltiplo propõe que as comunidades possam usufruir dos benefícios florestais, durante todo o ano, respeitando os períodos de colheita e descanso da floresta.

Este manejo garante também a continuidade de remuneração às famílias, pois os períodos de safra dos diversos produtos se alternam.

 

Benefícios

Com o manejo florestal comunitário, o produtor também economiza tempo e dinheiro, pois, as despesas para elaboração do Plano de Manejo Florestal Sustentável são menores, já que se elabora somente um Plano para todo o grupo.

O crédito adquirido junto aos órgãos de financiamento também pode ser maior quando requisitado por uma comunidade.

Os benefícios ecológicos também são muito importantes, principalmente em comparação com roça e pasto: com o manejo, a floresta se mantém, abriga animais silvestres, protege o solo contra erosão, protege os rios e nascentes, ajuda a diminuir a incidência de fogo na região, etc.

 

Qualidade e Uso da Madeira

 

Elaboração de plano de manejo sustentável?

Hoje trago a todos vocês uma roteiro básico para elaboração de um plano de manejo florestal esse roteiro segue a nossa legislação. Seguir são descritos os passos para elaboração de um plano de manejo florestal:

 

1º Passo – Informações gerais

  • Categoria do plano de manejo florestal;
  • Titularidade da floresta: floresta pública ou particular
  • Tipo de vegetação predominante: floresta estacional semi decidual, floresta Estacional decidual, floresta ombrófila densa, floresta ombrófila aberta;
  • Estado da floresta manejada: floresta primária ou secundária.

 

2º Passo – Responsáveis técnicos

 

3º Passo – Objetivos do plano de manejo

Exemplos:

  • Maximizar a produção de toras para serraria, garantindo a perpetuidade da produção florestal ao longo dos ciclos de corte, com a máxima eficácia e eficiência;
  • Desenvolver o manejo de produtos florestais não-madeireiros em escala industrial e/ou junto às comunidades;
  • Buscar parcerias com as instituições de pesquisa nacionais e internacionais para desenvolvimento de pesquisas ligadas aos diferentes temas relacionados ao manejo florestal.

 

4º Passo – Justificativa técnica e econômica

Sintetizar as técnicas de manejo utilizadas no plano e a análise econômica do produto ou dos produtos obtidos do manejo florestal.

 

5º Passo – Informações sobre a propriedade

  • Localização da área;
  • Região;
  • Estado;
  • Municípios abrangidos;
  • Marcos limites da área (Norte, Sul, Leste e Oeste);
  • Coordenadas geográficas;
  • Forma de acesso à área;
  • Área a ser manejada.

 

6º Passo – Descrição do ambiente

  • O meio físico;
  • O meio biológico;
  • E o meio socioeconômico.

 

7º Passo – Uso atual da terra

Macro zoneamento da área a ser manejada. Elaboração do mapa da área com:

  • Hidrografia;
  • Altitude;
  • Divisão das Unidades de Produção Anual (UPA).

 

8° Passo – Descrição dos recursos florestais (inventário florestal)

  • Metodologia utilizada;
  • Resultados;
  • Análise florística;
  • Estrutura e densidade;
  • Capacidade produtiva.

 

9º Passo – Informações sobre o manejo florestal

  • Fundamentos do manejo florestal sustentável;
  • Sistema silvicultura;
  • Espécies florestais a serem manejadas;
  • Espécies florestais a serem protegidas;
  • Regulação da produção (Intensidade de corte, produção da floresta, Ciclo de corte inicial, Estimativa de produção anual);
  • Descrição das atividades da colheita florestal em cada UPA (Elaboração de mapas contendo o local das estradas, abertura e manutenção das estradas, corte e traçamento das árvores, planejamento do arraste, carregamento e transporte das toras, tratamentos silviculturais pós colheita.

 

10º Passo – Considerações

  • Investimentos e custos do manejo florestal;
  • Identificação e elaboração dos impactos ambientais e sociológicos;
  • Medidas de proteção das florestas.

 

Certificação do manejo florestal

A certificação de Manejo Florestal garante que a floresta é manejada de forma responsável, de acordo com os princípios e critérios da certificação FSC. 

Todos os produtores podem obter o certificado, sejam pequenas, grandes operações ou associações comunitárias. Essas florestas podem ser naturais ou plantadas, públicas ou privadas.

A certificação de manejo florestal pode ser caracterizada por tipo de produto: madeireiros, como toras ou pranchas; ou não madeireiros, como óleos, sementes e castanhas.

Desde 1996 a Sociedade Brasileira de Silvicultura SBS em parceria com algumas associações do setor, instituições de ensino e pesquisa, organizações não-governamentais e com apoio de alguns órgãos do governo, vem trabalhando com um programa voluntário denominado Cerflor  Programa Brasileiro de Certificação Florestal, que surgiu em agosto de 2002, para atender uma demanda do setor produtivo florestal do país.

 

certificação florestal

O processo de certificação florestal pode ser resumido em etapas sendo elas;

  • Contato inicial: a operação florestal entra em contato com a certificadora;
  • Avaliação: consiste em uma análise geral do manejo, da documentação e da avaliação de campo. O seu objetivo é preparar a operação para receber a certificação. Nesta fase são realizadas as consultas públicas, quando os grupos de interesse podem se manifestar;
  • Adequação: após a avaliação, a operação florestal deve se adequar às não conformidades (quando houver);
  • Certificação da operação: a operação florestal recebe a certificação. Nesta etapa, a certificadora elabora e disponibiliza um resumo público;

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Entende-se que o manejo é uma atividade econômica oposta ao desmatamento, pois não há remoção total da floresta e mesmo após o uso o local manterá sua estrutura florestal.

O manejo bem feito segue três princípios fundamentais: deve ser ecologicamente correto, economicamente viável e socialmente justo. Com isso a elaboração do plano de manejo florestal é de extrema importância, uma vez que bem planejada e monitora.

Se você gostou desse conteúdo e te ajudou e esclareceu suas dúvidas. Comente e compartilhe em suas redes sociais!

Escrito por Michelly Moraes.

 

Produtos florestais não madeireiros: conheça agora a importância!

Produtos florestais não madeireiros: conheça agora a importância!

Os produtos florestais não madeireiros, como o próprio nome indica, são todos os produtos advindos da floresta que não sejam madeira, como: folhas, frutos, flores, sementes, plantas, castanhas, palmitos, raízes, bulbos, ramos, cascas, fibras, óleos essenciais, óleos fixos, látex, resinas e gomas.

Hoje no mundo todo, os recursos florestais não madeireiros consistem na principal fonte de renda e alimento de milhares de famílias que vivem da extração florestal e que são dependentes desses produtos.

A atividade extrativista assume um importante papel, econômico, social e cultural de várias populações.

Vamos conferir juntos um pouco mais sobre esse assunto?

 

Produtos florestais não madeireiros: conheça agora a importância!

 

Importância dos produtos florestais não madeireiros

Os produtos florestais não madeireiros PFNMs, são fundamentais para a subsistência de muitas pessoas em todo o mundo, especialmente para aquelas que vivem no interior ou próximo das florestas.

Além disso, os PFNMs são utilizados na alimentação, produção de medicamentos, usos cosméticos, construção de moradias, tecnologias tradicionais, produção de utensílios e tantos outros usos.

Tem uma significativa importância como alternativa econômica que pode diminuir o êxodo rural e as taxas de desmatamento, onde, em boa parte dos casos os produtos podem ser manejados de forma simples, alguns dentro da própria reserva extrativista que os povos e comunidades já conduzem.

De acordo com a FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), cerca de 80% da população de países em desenvolvimento usam os PFNMs para suprir algumas de suas necessidades vitais.

Os produtos florestais não madeireiros, podem ser provenientes de florestas plantadas ou de florestas naturais, independentes de sua origem o manejo florestal é de suma importância para manutenção da atividade.

 

Por que fazer o manejo de produtos florestais não madeireiros?

Como já vimos a importância dos PFNMs, é importante também ter consciência dos riscos do aumento de sua escala de produção, aos anos devido a extração, passando do uso de subsistência para uma escala comercial e o que isso pode causar.

Portanto, é importante ressaltar que a atividade extrativista vegetal dos PFNM’s pode ser classificada em dois grupos, extrativismo de coleta:  extração do recurso que compreende à coleta sem danificar a matriz e o extrativismo de aniquilamento: atividade implica na destruição da planta.

Desse modo, torna-se fundamental o seu manejo, objetivando o controle e a diminuição do impacto de sua extração/coleta sobre a floresta.

O manejo consciente é importante também, porque, mantém a floresta praticamente sem alterações, pois não envolve a morte de seus componentes, promovendo a manutenção não só de sua estrutura e funções ecológicas, como também a integralidade de sua biodiversidade.

 

Principais fases do manejo de produtos florestais não madeireiros

O manejo dos PFNMs passa essencialmente por três fases distintas: pré-coleta, coleta e pós-coleta, cada uma em seu tempo e atividades.

Nem sempre essas fases seguem uma ordem linear, a necessidade da execução é que vai determinar o seu momento.

 A figura a seguir, apresenta como cada uma das fases de forma estruturada e ordenada.

 

Principais fases do manejo de produtos florestais não madeireiros

 

Os principais produtos florestais não madeireirios

Vamos listar abaixo os principais produtos florestais não madeireiros e como são encontrados na natureza.

 

Resina

A resina é uma secreção formada especialmente em canais de resina de algumas plantas como, por exemplo, árvores coníferas.

Sua obtenção é normalmente realizada através de um corte na casca da árvore.

O setor brasileiro de produção de goma-resina ocupa uma posição de destaque no mercado mundial, passando de importador para a de exportador destes produtos e de seus derivados.

Hoje o Brasil, é o segundo maior produtor mundial, tendo à frente apenas a China, onde, 73,7% da produção se concentra na região Sudeste.

 

Borracha natural

A borracha é extraída da Seringueira (Hevea brasiliensis), sendo uma das principais espécies florestais nativas do Brasil.

No início do século, o Brasil ocupava a primeira posição mundial na produção e exportação de borracha natural.

Porém, a partir de 1913, o Brasil perdeu mercado, disputando hoje com vários países.

 

Tanino

Taninos são polifenóis de origem vegetal.

Eles inibem o ataque às plantas por predadores, pois diminuem a palatabilidade, causa dificuldades na digestão, produz compostos tóxicos a partir da hidrólise dos taninos e também por microrganismos patogênicos.

São geralmente divididos em dois tipos: hidrolisáveis e condensados.

 

Óleos essenciais

Os óleos essenciais são substâncias voláteis extraídas de plantas aromáticas, constituindo matérias-primas de grande importância para as indústrias cosmética, farmacêutica e alimentícia.

Essas substâncias orgânicas, puras e extremamente potentes são os principais componentes bioquímicos de ação terapêutica das plantas medicinais e aromáticas.

Os óleos essenciais estão presentes em várias partes das plantas como folhas, flores, madeiras, ramos, galhos, frutos e rizomas.

Alguns exemplos de óleos essenciais são, óleo de andiroba, óleo de açaí, óleo de Buriti e óleo de eucalipto.

 

Produtos vegetais

Vários tipos de frutos e castanhas são produzidos em árvores ou arbustos lenhosos. Fazendo parte de atividades extrativistas, movendo um mercado que cresce cada vez mais, o de produtos naturais advindos de fontes renováveis e sustentáveis.

O extrativismo vegetal não madeireiro, é regionalizado e abaixo podemos conferir a representatividade das regiões e sua produção nesse cenário:

  • Região Norte: Açaí 93,1% e a castanha-do-pará, que hoje denomina-se, castanha-do-brasil 94,9%.
  • Região Nordeste: Produção de amêndoas de babaçu 99,7%, fibras de piaçava 96,1% e pó de carnaúba 100,0%.
  • Já na Região Sul: Entra com a participação da erva-mate 99,9% e pinhão 85,5% e cascas de acácia-negra.
  • Por fim, na Região Sudeste: Com a produção de folhas de eucalipto 94,7%.

 

Os produtos florestais não madeireiros e as futuras gerações

Vimos nesse artigo que as florestas além de madeira elas oferecem os produtos florestais não-lenhosos de origem vegetal, tais como resina, óleos essenciais e dentre outros.

Os produtos florestais não madeireiros muitas das vezes são uma fonte de renda familiar, aumentando o bem estar de povos e comunidades da floresta e de seu entorno.

Estes recursos não madeireiros, beneficiam não só a pessoas que são envolvidas nos seus processos de extração, mas também é uma forma de acompanhar ou monitorar fatores relacionados com a sustentabilidade ambiental, social, cultural e econômica.

Alguns casos, o manejo sustentável é uma das premissas para o licenciamento da atividade pelos órgãos ambientais. Essa base de dados, também pode ser um requerimento para um possível processo de certificação e alcance de selos de qualidade para os produtos gerados.

Dessa forma, a sistematização de conhecimentos tradicionais, valorizando-os dentro e fora dos povos e comunidades florestais é uma maneira de garantir que as futuras gerações possam também usufruir dessa atividade.

Florestas plantadas e as suas principais contribuições!

Florestas plantadas e as suas principais contribuições!

A indústria brasileira de árvores plantadas é uma referência mundial por sua atuação pautada pela sustentabilidade, competitividade e inovação.

As florestas plantadas reduzem a pressão sobre as florestas naturais, contribuindo para a conservação da biodiversidade, além de muitos outros serviços ambientais.

Vejamos a seguir quais são as principais contribuições do setor florestal para a conservação de toda nossa riqueza de fauna e flora.

 

Florestas plantadas e as suas principais contribuições!

 

A importância das florestas plantadas

Hoje no Brasil, as florestas plantadas em sua grande maioria é composta de pinus e eucalipto.

A produção é destinada à indústria de papel e celulose, carvão vegetal, madeira serrada, produtos de madeira sólida e madeira processada, além da borracha.

Segundo dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em 2016, cerca de 7 milhões de hectares de nossos solos, eram destinados ao plantio comercial de florestas.

E ainda segundo a CNA, o estado de Minas Gerais lidera em área plantada, contando 1,49 milhão de hectares. Seguido por São Paulo, com 1,18 milhão, Paraná, 817 mil, Bahia 616 mil e Santa Catarina com 645 mil hectares. Juntos, estes estados abrangem 72% da superfície nacional de florestas plantadas.

Aqui no Brasil, a Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), é a associação responsável pela representação institucional da cadeia produtiva de árvores plantadas, do campo à indústria.

Ter um órgão que representa o setor é de suma importância, para que as empresas atuem muito além do compromisso com a legislação, como o Código Florestal Brasileiro e o Licenciamento Ambiental.

 

 

Os investimentos na melhoria das práticas de manejo, são constantes e têm como principal objetivo mitigar os impactos no meio ambiente e promover a conservação da biodiversidade. Sempre levando em conta a escala e intensidade das cadeias produtivas.

É importante destacar que 125 mil hectares dessas áreas conservadas pelo setor estão classificadas, nos processos de certificação florestal, como áreas de alto valor de conservação (AAVC).

Essas áreas são consideradas de extrema importância para a conservação de espécies da flora e da fauna, manutenção de ecossistemas, prestação de serviços ambientais e conservação da identidade cultural tradicional de comunidades locais.

 

Florestas plantadas: benefícios econômicos, ecológicos e sociais

A atuação do setor brasileiro de árvores plantadas, busca no uso eficiente e sustentável dos recursos ambientais significativa contribuição para a conservação, preservação e recuperação de ambientes naturais.

Dessa forma, as florestas plantadas trazem inúmeros benefícios para o sistema produtivo, podendo ser destacado:

  1. Contribuição direta na regulação do fluxo hídrico, na polinização;
  2. Controle do clima;
  3. Formação de estoques de carbono;
  4. Conservação do solo;
  5. Dispersão de sementes;
  6. Ciclagem de nutrientes;
  7. Formação de corredores ecológicos;
  8. Atividades culturais, científicas, recreativas e educacionais.

 

As principais doenças bióticas da eucaliptocultura no Brasil

 

Florestas plantadas e sistemas agroflorestais (SAF’S)

O SAF nada mais é que uma floresta plantada, onde temos combinados espécies arbóreas (frutíferas e madeireiras) com cultivos agrícolas e criação de animais. De forma simultânea ou em sequência temporal, que promovem benefícios sociais econômicos e ecológicos.

O sistema agroflorestal está inserido num conjunto de práticas que já vimos em outros artigos nossos, tais como, a rotação de cultura, plantio direto e adubação verde,.

Todas essas práticas culminam em um ponto em comum, que é a melhoria e conservação do solo.

Um exemplo bem clássico é a cafeicultura em SAF’s. Podendo aliar diversidade vegetal, conservação dos recursos naturais à produção, podendo gerar dessa forma, mercados diferenciados com maior valor agregado para o produto final.

 

Florestas plantadas e a conservação da biodiversidade brasileira

A indústria nacional de florestas plantadas tem dado importantes demonstrações de seu comprometimento para com a biodiversidade brasileira. Dedicando recursos a pesquisas que envolvam o levantamento, monitoramento e manejo da fauna e fitossociologia, restauração da flora e gestão da paisagem.

O setor está atento a estes dados valiosos e buscam conservar a natureza e suas riquezas.

Uma vez que, estudos desenvolvidos por empresas do setor traz dados relevantes, havendo muitas razões para se comemorar que mais da metade das espécies registradas no Brasil foram encontradas nos registros das empresas florestais.

Os indicadores apontaram ainda para a existência de 161 espécies de anfíbios, 174 répteis, 241 mamíferos e uma rica flora de mais de 1570 espécies.

Além de suprir a demanda por produtos madeireiros, o setor florestal atua também na recomposição dos biomas, na implantação e manejo adequado de APPs e áreas de RL.

 

Produtos e mais produtos direto da floresta para o mercado

Destinadas, principalmente, à produção de celulose, papel, painéis de madeira, pisos, carvão vegetal e biomassa, as árvores plantadas também são fonte de centenas de outros produtos e subprodutos presentes em nosso cotidiano.

Por sua relevância para o desenvolvimento social, ambiental e econômico nacional. O setor tem investido para transformar subprodutos e resíduos dos processos industriais em produtos inovadores, renováveis e que contribuam para o fortalecimento da economia.

Quando falamos da mitigação dos efeitos das mudanças climáticas, temos que a indústria brasileira de árvores é um setor de base 100% renovável. Baseada na formação e manutenção de estoques de carbono das árvores plantadas e nativas conservadas pelas empresas.

Em 2016, os 7 milhões de hectares de árvores plantadas no Brasil foram responsáveis pelo estoque de aproximadamente 1,7 bilhão de toneladas de dióxido de carbono equivalente (CO²eq) – métrica utilizada para comparar as emissões dos vários gases de efeito estufa.

A atual expectativa é que em breve a utilização das tecnologias mais avançadas permita aproveitar 100% da floresta. Possibilitando novos usos, como a lignina, o etanol de segunda geração, bioplásticos, nanofibras e óleos que já estão bem difundidos no mercado.

Outro mercado é a produção de suplementos alimentares, cosméticos, embalagens e cimento de alto desempenho a partir de nanofibras.

Assim, as árvores serão também provedoras de matéria-prima para outros segmentos produtivos, como as indústrias automobilística, farmacêutica, química, cosmética, têxtil e alimentícia.

 

Plataforma Agropos

 

Desafio do setor 

As florestas plantadas, com a utilização das mais avançadas técnicas de manejo sustentável, são responsáveis por mais de 90% de toda a madeira utilizada para fins produtivos.

Outro ponto altamente relevante é sua contribuição para a conservação da biodiversidade, recuperação de áreas degradadas e geração de energia renovável.

Portanto, o setor florestal brasileiro ainda tem como desafio: intensificar a sua produção para atender à crescente demanda. Por fibras, madeira, energia e tantas novas aplicações ainda em fase de pesquisa e desenvolvimento, de maneira comprometida com o manejo sustentável das florestas, ao exercer papel relevante na proteção e conservação dos ecossistemas.