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Colheita do milho: aprenda a ter o sucesso!

Colheita do milho: aprenda a ter o sucesso!

É de extrema importância que o agricultor entenda melhor sobre o processo de colheita do milho e como obter uma safra de sucesso. Afinal o milho é o cereal de maior volume de produção no mundo. Neste artigo vamos falar tudo sobre esse assunto, não fique de fora.

Venha comigo!

 

Colheita do milho: aprenda a ter o sucesso!

 

O que é o milho?

O milho é uma gramínea pertencente à família Poaceae, e sua espécie é a Zea mays L. Esse cereal é a base energética da alimentação de aves, suínos e bovinos, além de ser destinado à alimentação humana.

Tendo um papel fundamental para a nossa rotação de culturas, pois produz uma grande quantidade de palha que auxilia na proteção do solo. Na reciclagem de nutrientes e no incremento de matéria orgânica no solo.

No Brasil, a produção de milho atingiu 100 milhões de toneladas em 2019. Segundo pesquisa do Cepea, o mercado brasileiro de milho produziu e exportou volumes recordes no último ano

No processo de produção de milho, a colheita caracteriza-se como uma fase muito importante, uma vez que é durante a sua execução, se bem realizada dentro de alguns princípios e critérios, que se define menos perdas e maiores ganhos.

 

 

Importância da cultura na colheita do milho

O milho é a segunda maior cultura de importância na produção agrícola no Brasil, sendo superado apenas pela soja que lidera a produção de grãos no país.

A econômica da cultura de milho é caracterizada pelas diversas formas de sua utilização. Que vai desde a alimentação humana e animal, até a indústria de alta tecnologia

No Brasil o 84% do milho é utilizado na alimentação animal, principalmente avicultura e suinocultura, e 11% é consumido pela indústria, para diversos fins. Seu uso industrial não se restringe a alimentos.

Além de seu alto prestígio no agronegócio, o milho também é uma das culturas mais cultivadas pela agricultura familiar brasileira. Tanto para a subsistência quanto para a venda local.

 

A colheita do milho

O aumento da produtividade, necessariamente há que se aprimorar o processo de colheita do milho e as condições de armazenagem de grãos.

Uma característica positiva dos grãos é a possibilidade de serem armazenados por longo período de tempo, sem perdas significativas da qualidade.

O agricultor deve integrar a colheita ao sistema de produção e planejar todas as fases. Para que o grão colhido apresente bom padrão de qualidade. Nesse sentido, várias etapas como;

 

Planejamento da colheita do milho

Dentre as etapas de cultivo de grãos, muitos processos são importantes e influência no planejamento, como:

  • Escolha da área de plantio;
  • Época de plantio e colheita;
  • A necessidade de cada cultura.

Ou seja, sem realizar um bom plantio, as perdas podem gerar um atraso econômico em sua lavoura e se estender até a época da colheita.

 

Manejo Integrado de Plantas Daninhas

 

Época da colheita do milho

A colheita de milho pode ser iniciada quando o grão se encontra maduro fisiologicamente.

Essa maturação é definida quando as sementes atingem a máxima matéria seca, que geralmente coincide com a máxima germinação e o máximo vigor na maioria das espécies.

E ainda, uma lavoura de milho é considerada fisiologicamente madura quando as plantas estão totalmente secas, os grãos apresentam umidade na faixa de 30% a 35% e conta com a identificação de uma camada preta na região da extremidade anterior do grão.

 

Escolha o tipo de colheita do milho

Outro fator que influenciará o seu planejamento de colheita será o tipo de colheita ideal para o seu terreno e sistema de plantio. Sendo elas:

 

Colheita manual

 A colheita manual também pode ser executada por um outro processo denominado de “colheita direta”, que é mais rápido e não apresenta os inconvenientes que acabamos de descrever acima.

 

Colheita manual

 

Os colhedores nesse caso conforme vão colhendo as espigas, atiram-nas em uma carroça ou carreta que os acompanha na mesma marcha que se desenvolve a colheita.

Esse processo é mais racional, evitando a exposição das espigas à umidade e pragas, e o milho pode facilmente ser transportado a locais abrigados, sem ter necessidade de ficar amontoado na roça.

 

Colheita mecanizada

A colheita mecanizada é executada por colhedeiras e seu emprego somente se justifica em áreas, acima de 50 ha.

A colheita mecanizada possui um elevado desempenho operacional. Tanto é, que no caso de colheita direta, o método mais empregado em nossa agricultura, a partir de uma única operação são realizados o corte e a trilha do material.

A colheita mecanizada tende a expandir-se rapidamente, não só pelas facilidades de financiamento, mas também pela aquisição por cooperativas e alocadas a seus associados, pequenos agricultores que não tem condições de adquiri-las.

 

Regulagem correta dos equipamentos

Revise as máquinas que serão utilizadas na colheita como colhedoras, bazucas, tratores e caminhões. Evitando, assim, surpresas desagradáveis

A regulagem do espaçamento do cilindro e do côncavo, bem como a velocidade de rotação do cilindro, pode variar de acordo com a umidade presente nos grãos.

Para a cultura do milho, o cilindro adequado é o de barras. A distância entre este cilindro e o côncavo varia de lavoura para lavoura, com base no diâmetro das espigas.

A distância entre eles deve ser calculada de modo que a espiga seja debulhada sem ser quebrada. O sabugo deve sair inteiro.

Quanto ao teor de umidade dos grãos, sua relação com a rotação do cilindro batedor é diretamente proporcional. Ou seja, quanto mais umidade presente nos grãos, maior terá de ser a velocidade de rotação do cilindro.

 

Secagem e armazenamento

O processo correto de secagem e armazenamento de grãos é fundamental para manter a boa qualidade alcançada na colheita.

Isso minimiza riscos na venda do produto enquanto condições impróprias podem comprometer os ganhos da safra inteira.

 

Secagem

Secagem é a operação que tem por finalidade reduzir o teor de umidade do produto a nível adequado à sua estocagem por um período prolongado, mantendo ao máximo a sua qualidade

A operação correta dos secadores permite economizar tempo, mão de obra, combustível, e reduzir os riscos de incêndios. A umidade do produto após secagem deve ser de acordo com os valores recomendados para armazenagem.

Secagem

 

Para secar os grãos de maneira correta, é necessário fazer antes uma pré-limpeza do produto. Objetivando retirar o excesso de impurezas e matérias estranhas do produto.

Essa operação é importante porque as eliminações desses materiais vão permitir obter um maior rendimento do secador, maior economia de combustível e menores riscos de incêndios.

 

Armazenamento

É importante destacar que os principais problemas para o armazenamento dos grãos são o ataque de pragas e doenças e a umidade do grão.

Para evitá-las, existem diversas formas de armazenamento do milho e o que vai determinar a escolha do método é o nível tecnológico, a disponibilidade de recursos e o volume a ser armazenado.

É importante ressaltar que a armazenagem interfere na qualidade do produto. No caso das pequenas propriedades, tradicionalmente, o milho é guardado como espiga ou em paiol. Mas tais práticas por elas mesmas não são garantias de que o milho não sofrerá danos.

 

Armazenamento de espigas

Um método simples e que exige baixo investimento, mas também tem vantagens e desvantagens.

Esse método é mais dependente da cultivar utilizada para a manutenção da qualidade do produto. O melhor empalhamento das espigas favorece a boa conservação, desfavorecendo o ataque de pragas. Mas, mesmo assim, uma desvantagem é que ocorrem grandes perdas.

 

Armazenamento a granel

Neste caso, o milho vai para o depósito depois do processo de debulha. Nem a palha nem o sabugo são armazenados. Já que dessa forma os grãos ocupam menor espaço. Ela é recomendada para produções em grande quantidade.

Para isso, mesmo as pequenas propriedades costumam usar máquinas que colhem e debulham simultaneamente.

Nesse método, os grãos são guardados em sacos e os locais designados para a conservação deles podem ser tanto os paióis quanto os silos e armazéns.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Como vimos acima o milho tem um papel fundamental na agricultura e cada tópico acima é preciso ser levado em consideração.

Para ter sucesso em sua safra é preciso realizar o planejamento de colheita do milho. Todo o processo precisa ser previamente definido e estudado de acordo com a extensão e condição da área plantada. Em caso de dúvidas o ideal é consultar um especialista na área.

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Escrito por Michelly Moraes.

 

Descubra tudo sobre a origem do milho!

Descubra tudo sobre a origem do milho!

O milho é um dos mais importantes produtos do setor agrícola no Brasil e se destaca pela sua versatilidade e importância econômica em vários setores. Sendo na indústria, na alimentação humana e animal. México é a origem mais provável do milho, depois o grão se firmou na América do Sul, onde a origem do milho está mais precisamente no sul Peru.

O milho é pertencente a família Poaceae que é composta por várias espécies, sendo o milho (Zea mays) um dos principais. No cenário mundial o Brasil tem se destacado como terceiro maior produtor de milho.

No solo brasileiro o milho já era cultivado pelos povos indígenas, antes mesmo que os colonizadores adentrassem em nosso território.

Quer saber mais? Origem do milho no mundo e no Brasil, como cultivar, época de plantio e produtividade por área? Então vamos lá nessa viagem em uma das culturas com maior expressão econômica no agronegócio do país, o milho.

 

origem do milho

 

Origem do milho no mundo

O México é a origem mais provável do milho. Os primeiros registros de seu cultivo foram feitos em ilhas próximas ao litoral mexicano. Há pelo menos 7.300 anos o milho participa da história alimentar mundial. A família Poaceae reúne espécies de interesse agrícola de extrema importância para a alimentação humana, a produção animal, bem como, para a geração de bioenergia.

Uma vez difundido no México, o grão se firmou como produto em países da América Central com clima propício para seu cultivo, como o Panamá, e também pela América do Sul, segundo as informações da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).

Na América do Sul, a origem do milho está mais precisamente no sul Peru.

Grânulos de milho foram encontrados há 4 mil anos, revelando que há cerca de 40 séculos, pelo menos, já se cultivava o alimento por essa região do continente.

No entanto, com o período de colonização do continente americano e as chamadas grandes navegações que ocorreram durante o século XVI. O milho se expandiu para outras partes do mundo. Se tornando um dos primeiros itens na cultura mundial.

Com a chegada de Colombo ao continente americano, o milho embarcou em direção a Europa e se consolidou como fonte alimentar das populações mais humildes.

Por esse motivo e também por ser utilizado como ração animal, o cereal, no entanto, era discriminado pela elite europeia.

 

 

Origem do milho no Brasil

No país o milho já era cultivado pelos índios antes mesmo da chegada dos portugueses. Já que eles utilizavam o grão como um dos principais itens de sua dieta.

Mas foi com a chegada dos colonizadores, há mais de 500 anos atrás, que o consumo do cereal no país aumentou consideravelmente. E passou a integrar o hábito alimentar da população.

De acordo com a Fundação Joaquim Nabuco, no período Brasil-Colônia, os escravos africanos tinham no milho, além da mandioca, como um de seus principais alimentos.

 

Produtividade x área

Por suas características fisiológicas, a cultura do milho tem alto potencial produtivo. Já tendo sido obtida produtividade superior a 17ton/ha em concursos de produtividade de milho conduzidos por órgãos de assistência técnica e extensão rural e por empresas produtoras de semente.

No entanto, o nível médio nacional de produtividade está por volta de 4.864  kg ha-1, ainda considerado baixo pelo potencial produtivo da cultura.

Demonstrando que o manejo cultural do milho deve ser ainda bastante aprimorado para se obter aumento na produtividade e na rentabilidade que a cultura pode proporcionar.

 

Checklist agrícola

 

Métodos de plantio do milho

As mudanças que vêm ocorrendo nos sistemas de produção de milho no Brasil comprovam a profissionalização dos produtores.

Essas mudanças, associadas ao papel cada vez mais importante de técnicos, consultores e extensionistas das redes públicas e privadas. Além do maior fluxo de informações via medias especializadas. Têm levado o produtor a cada vez mais se profissionalizar no setor produtivo do agronegócio.

Além disso, várias tecnologias ligadas à cultura do milho foram implementadas. Ou ainda estão sendo implementadas no setor agrícola brasileiro. Dentre elas, destacam-se:

  • Utilização de cultivares de alto potencial genético (híbridos simples e triplos) e de cultivares não transgênicas e transgênicas com resistência a lagartas e ao uso do herbicida glifosato.
  • Espaçamento reduzido associado à maior densidade de plantio. Permitindo melhor controle de plantas daninhas, controle de erosão, melhor aproveitamento de água, luz e nutrientes. Além de permitir uma otimização das máquinas plantadoras.
  • Melhoria na qualidade das sementes associada ao tratamento dos grãos. Especialmente o tratamento industrial, máquinas e equipamentos de melhor qualidade. Que garante boa plantabilidade e boa distribuição das plantas emergidas, garantindo assim maior índice de sobrevivência do plantio à colheita.
  • Uso intensivo do Manejo Integrado de Pragas, Doenças e Plantas Daninhas (MIP).
  • Correção do solo baseando-se em dados de análise. E levando em consideração o sistema, e não a cultura individualmente.

 

Qual a época ideal para o plantio?

A produção de milho no Brasil é caracterizada pelo plantio em duas épocas: primeira safra (ou safra de verão) e segunda safra (ou safrinha).

Os plantios de verão são realizados em todos os estados. Na época tradicional, durante o período chuvoso, que ocorre no final de agosto, na região Sul. Até os meses de outubro/novembro, no Sudeste e Centro-Oeste.

Na região Nordeste, esse período ocorre no início do ano.

A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) classifica como segunda safra a safrinha propriamente dita e a safra de inverno plantada em Rondônia, Tocantins e em determinadas regiões da Bahia e de Sergipe.

A safrinha refere-se ao milho de sequeiro. Plantado extemporaneamente, geralmente de janeiro a março ou até, no máximo, meados de abril.

Quase sempre depois da soja precoce e predominantemente na região Centro-Oeste e nos estados do Paraná, São Paulo e Minas Gerais.

Tem–se verificado, nos últimos anos, decréscimo nas área plantadas da primeira safra. Mas compensado pelo aumento do plantio no período da safrinha e no aumento do rendimento de grãos das lavouras de milho. Tanto na primeira safra quanto na safrinha.

Apesar das condições desfavoráveis de clima, os sistemas de produção da safrinha têm sido aprimorados e adaptados a essas condições. O que tem contribuído para elevar os rendimentos das lavouras também nessa época.

 

Plataforma Agropós

 

Produção de milho no Brasil

A safra de milho 2019/2020 do Brasil foi estimada pela Safras & Mercado em 105,8 milhões de toneladas. Ante previsão de 104,75 milhões de toneladas divulgada no mês passado.

A consultoria elevou a projeção de colheita do milho cultivado na primeira safra, para 23,2 milhões de toneladas. Enquanto reduziu a perspectiva da segunda safra, a safrinha, para 73,8 milhões de toneladas.

O recuo nas projeções para a safrinha deve-se à ocorrência de estiagem nas lavouras de Mato Grosso do Sul e Paraná.

 Você conhece a origem do milho? Descubra já!

Fonte: Conab (Companhia Nacional de Abastecimento)

 

Portanto, a importância no cultivo da cultura do milho se dá na indústria, alimentação humana e animal. Sendo um vegetal de fácil propagação e um dos maiores impulsionadores da economia do país e do mundo.

Pelo pequeno, médio ou grande produtor, o milho, sempre foi e será um potencial de cultivo. Seja pelo apelo comercial, seja para subsistência.

Além do mais, deve ser enfatizada a utilização de tecnologias como o sistema de plantio direto, a integração lavoura-pecuária, a agricultura de precisão e melhores técnicas de irrigação. Que têm permitido uma melhoria do potencial produtivo das lavouras de milho.

Escrito por Juliana Medina.