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Pragas agrícolas que mais afetam a agricultura!

Pragas agrícolas que mais afetam a agricultura!

As pragas agrícolas são organismos que reduzem a produção das culturas, seja por atacá-las, por serem transmissores de doenças ou por reduzirem a qualidade dos produtos agrícolas. Neste post você irá conhecer as principais pragas agrícolas e diferentes métodos para seu controle.

Acompanhe, e não fique de fora!

 

Pragas agrícolas que mais afetam a agricultura!

 

Em meio a todo o esforço para manter a plantação saudável e produtiva, as pragas agrícolas surgem como um pesadelo na rotina dos agricultores. Silenciosas no começo, chegam sem despertar suspeita, e quando o produtor nota a presença, muitas vezes, já se espalharam pela plantação.

Conceitualmente, podemos dizer que um inseto se torna uma praga quando ele aumenta em população, ao ponto de ocasionar perturbações no desenvolvimento da lavoura, além de, prejuízos econômicos.

Impulsionados pelo cultivo de monoculturas em grandes extensões, os surtos de ataque de pragas estão cada vez mais frequentes, o que, consequentemente, exige a adoção de estratégias para o controle.

 

Fatores que favorecem o ataque de pragas

Veja os principais fatores que influencia no aparecimento de pragas nas diferentes culturas agrícolas

  • Descaso pelas medidas de controle.
  • Plantio de variedades suscetíveis ao ataque das pragas;
  • Falta de rotação de culturas nos agro ecossistemas;
  • Plantio em regiões ou estações favoráveis ao ataque de pragas;
  • Adoção de plantio direto (geralmente há um aumento de insetos que atacam o sistema radicular das plantas);
  • Adubação desequilibrada (as plantas mal nutridas são mais susceptíveis ao ataque de pragas);
  • Uso inadequado de praguicidas (uso de dosagem, produto, época de aplicação e metodologia inadequados).

 

Pós-graduação Fitossanidade

 

Métodos de controle de pragas

Os métodos devem ser selecionados com base em parâmetros técnicos (eficácia), econômicos, que preservam o ambiente. Os principais métodos usados no controle de pragas são:

  • Métodos culturais: emprego de práticas agrícolas normalmente utilizadas no cultivo das plantas objetivando o controle de pragas.
  • O controle biológico: ação de inimigos naturais na manutenção da densidade das pragas em nível inferior àquele que ocorreria na ausência desses inimigos naturais.
  • O controle químico: aplicação de substâncias químicas que causam mortalidade no controle de pragas.
  • Além do controle mecânico: uso de técnicas que possibilitem a eliminação direta das pragas.
  • E o controle físico: consiste no uso de métodos como fogo, drenagem, inundação, temperatura e radiação eletromagnética no controle de pragas.

 

Principais pragas agrícolas

O primeiro passo para proteger sua lavoura do ataque de pragas é conhecer esses agentes. Listamos a seguir os principais inimigos dos agricultores.

 

Lagarta helicoverpa (Helicoverpa armigera)

A lagarta helicoverpa é uma praga emergente, gerando um problema iminente no Brasil desde 2013, quando foram relatados ataques expressivos em soja e algodão.

Atualmente, está presente em todas regiões de cultivos e com potencial de danos em diversas culturas, como soja, algodão, feijão e até mesmo milho.

A identificação da lagarta no campo é dificultada devido à similaridade com outras espécies como Helicoverpa Zea e Heliothis Virescens.

 

Lagarta helicoverpa (Helicoverpa armigera)

 

Danos na cultura

As vias de ingresso da Helicoverpa armigera nas plantas são a parte aérea (flor, folha, gemas, fruto/vagem, estruturas reprodutivas e pontos de crescimento).

Os estágios imaturos alimentam-se em todos os estágios de desenvolvimento da planta, danificando todas as estruturas. As larvas atacam ramos, flores e cápsulas da semente.

 

Controle da praga

Realizar Manejo Integrado de Pragas, utilizar cultivares geneticamente modificadas expressando a toxina Bt, utilizar inseticidas biológicos e químicos, seletivos aos inimigos naturais.

 

Lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda)

É considerado a principal praga da cultura do milho no Brasil, ocorrendo em todas as regiões produtoras, tanto nos cultivos de verão como nos de segunda safra (“safrinha”). O inseto está sempre presente a cada ano de cultivo e ataca a planta desde sua emergência até a formação de espigas.

 

Lagarta do cartucho: como essa praga acomete a cultura do milho?

 

Danos na cultura

Folhas raspadas e perfuradas, cartucho destruído e espigas danificadas. Observam-se excreções das lagartas nas plantas, reduzindo a área foliar das plantas. Favorece o ataque de patógenos.

As lagartas perfuram a base da planta, causando o sintoma de “coração morto”. A lagarta ataca preferencialmente o cartucho, destruindo-o, principalmente na fase próxima do florescimento podem causar danos expressivos que se acentuam em períodos de seca.

Os danos são maiores quando o ataque ocorre em plantas com 8 a 10 folhas. As plantas são cortadas rente ao solo, causando falhas.

 

Controle da praga

O controle da lagarta-do-cartucho, quando o ataque é verificado na região da espiga, é difícil pela falta de equipamentos adequados.

Muitas vezes o agricultor é obrigado a utilizar a aplicação aérea ou a aplicação via água de irrigação. Mesmo através dessas modalidades a eficiência é baixa, com a praga instalada na espiga.

 

Pulgões ou afídeos (Hemiptera, Aphididae)

Os pulgões são insetos pequenos (1,5 a 3,0 mm), de corpo mole e piriforme, com antenas longas. O aparelho bucal é do tipo picador-sugador e o desenvolvimento paurometabólico. São altamente prolíficos e reproduzem-se por viviparidade e partenogênese telítoca.

Vivem sobre a planta em colônias formadas por adultos (fêmeas) alados e ápteros e por ninfas de diferentes tamanhos. As formas de disseminação podem voar centenas de quilômetros com auxílio do vento.

 

Pulgão branco: saiba tudo sobre essa praga!

 

Danos na cultura                                                                         

Os pulgões causam declínio rápido da planta, seca dos galhos a partir das extremidades e folhas amareladas. As radicelas apodrecem, folhas e frutos ficam menores e surgem sintomas de deficiência nutricional.

A extensão dos prejuízos causados pelo pulgão às plantas depende da densidade populacional e do estágio de desenvolvimento, vigor e suprimento de água das plantas.

O inseto infesta a face inferior das folhas, mas também podem ser observadas manchas necrosadas na face superior. Devido à intensa sucção de seiva, eles produzem um volume significativo de excrementos que cobrem as folhas inferiores, deixando-as pegajosas ou cobertas com fumagina.

 

Controle da praga

Os pulgões são naturalmente controlados pela ação das chuvas e do inimigos naturais. Na ausência desses agentes, a população pode aumentar em até 10 vezes a cada semana.

Preventivamente, a infestação pode ser evitada por meio da aplicação de inseticidas sistêmicos via tronco ou drench (deve-se dar preferência a esta modalidade de aplicação, que é mais seletiva aos inimigos naturais).

 A pulverização só é recomendada quando ocorrer ataque muito intenso e não houver a presença de inimigos naturais.

 

Tudo o que você precisa saber sobre a mosca branca (Bemisia tabaci)

 

Mosca branca (Aleyrodidae)

É um inseto encontrado nas principais regiões agrícolas do mundo, adaptado especialmente às regiões de clima quente e umidade elevada.

É um inseto polífago, cujos hospedeiros preferenciais são: algodão, brócolis, couve-flor, repolho, abobrinha, melão, chuchu, melancia, pepino, berinjela, fumo, pimenta, tomate, pimentão, soja, uva e algumas plantas ornamentais como o bico-de-papagaio.

 

Mosca branca: conhecendo o inimigo!

 

Danos na cultura

Os danos causados pela mosca branca podem ser diretos ou indiretos. O processo alimentar do inseto se inicia com a penetração intercelular dos estiletes através de tecidos foliares do mesofilo até atingir o floema, onde ocorre a sucção de seiva elaborada, consistindo em um dano direto no vegetal.

Além disto, o inseto pode provocar fitotoxemias pelo seu processo alimentar, com alterações fisiológicas na planta.

 

Controle da praga

Tratamento de sementes com inseticidas carbamatos sistêmicos ou sistêmico granulado no sulco de plantio ou, ainda, pulverizar com fosforados sistêmicos. Uso de armadilhas de cor amarela ajudam a diminuir número de adultos na área.

 

Córos (larvas de besouro)

Corós são larvas de besouros de diversas espécies que atacam gramados e outras culturas em determinadas fases de desenvolvimento.

O padrão de elos na ponta do abdomem destas larvas ajudam na identificação, contudo, a análise dos adultos é necessária para uma identificação exata das espécies.

A irrigação noturna durante a época dos voos dos adultos pode atrair as fêmeas, especialmente se as áreas circunvizinhas estiverem secas. Os adultos também são atraídos para as luzes à noite, o que explica altos níveis de ataque próximos a postes de iluminações ou luminárias de jardins.

 

Córos (larvas de besouro)

 

Danos na cultura

Quando os corós se alimentam das raízes de gramíneas, estas gradualmente ficam mais fracas, amareladas, podendo até morrer, pois a lesão na raiz reduz a capacidade da grama de absorver água, nutrientes e resistir ao stress hídrico.

Na sequência aparecem manchas mais escuras, espalhadas e irregulares no gramado, que aumentam de tamanho ao longo do tempo. Quando o gramado está sofrendo com uma alta infestação ele solta-se facilmente do solo.

A intensidade dos danos depende da espécie e da saúde do gramado. Portanto, um bom programa de irrigação e de fertilidade do solo, entre outras operações de manutenção, ajudam a tolerar ou superar infestações moderadas.

 

Controle da praga

Devido às restrições no uso de inseticidas em áreas urbanas, o controle biológico passa se torna uma ótima opção. Com a utilização de nematoides, bactérias, fungos e parasitoides da ordem Díptera.

 

Percevejo marrom (Euschistus heros)

Os percevejos são uma praga‑chave da cultura de soja vem várias regiões do Brasil, principalmente nas de clima quente.

Predominante nas lavouras de soja no Estado de Mato Grosso, esse inseto pode ocasionar danos irreversíveis à cultura. Pois, para se alimentar, suga diretamente os grãos de soja, o que acarreta redução na produção e na qualidade das sementes.

Os prejuízos resultam da sucção de seiva dos ramos ou hastes e de vagens. Podendo causar prejuízos de até 30% do potencial produtivo. Também injetam toxinas, provocando a “retenção foliar”.

 

Percevejo Marrom

 

Danos na cultura

Atingem as sementes através da introdução do aparelho bucal nos legumes, tornando-os chochos e enrugados, afetando, consequentemente, a produção e a qualidade dos grãos.

Podem, ainda, abrir caminho para doenças fúngicas e causar distúrbios fisiológicos, como a retenção foliar da soja.

Os principais sintomas são produção limitada devido a sucção de seiva dos ramos, hastes e vagens, provavelmente, devido à toxinas que injetam. Vagens marrons e murchas. Queda e apodrecimento das estruturas florais e frutos.

 

Controle da praga

O controle desses insetos deve ser feito utilizando-se produtos em pulverização. Escolhendo-se aqueles mais seletivos aos inimigos naturais e menos tóxicos ao homem. Utilizar produtos de carência curta, principalmente se a produção for destinada ao consumo verde.

 

Manejo integrado de pragas (MIP)

O desafio do agronegócio brasileiro está na difusão de métodos sustentáveis para o manejo de pragas. Trazendo para o dia-a-dia do produtor as inovações tecnológicas e, assim, manter as cadeias produtivas competitivas no mercado.

O Manejo Integrado de Pragas (MIP) é um conjunto de boas práticas agrícolas que implica no monitoramento da população de insetos e combina métodos e estratégias de controle como cultural, biológico, físico, legislativo, mecânico e químico, visando evitar o dano econômico.

Reconhecer cada tipo de inseto é muito importante para proteger aqueles que são úteis e controlar apenas os que são pragas, quando necessário.

A visita semanal à lavoura para reconhecer e monitorar a quantidade de pragas agrícolas. Em cada parte da planta, permite decidir sobre o controle no momento correto, evitando danos, perdas e prejuízos na produção.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

As pragas listadas aqui são altamente adaptadas ao sistema agrícola. De extrema importância econômica e quase sempre de difícil controle. Para isso é importante planejarmos e fazer o uso correto das ferramentas de MIP disponíveis.

Lembramos que é importante que você faça o MIP na sua lavoura para evitar problemas com relação ao abuso no uso de inseticidas. Para começar esse manejo é importante conhecer o histórico da área e fazer monitoramentos semanais.

Escrito por Michelly Moraes.

Pós-graduação Fitossanidade

Agricultura sustentável: aprenda a fazer!

Agricultura sustentável: aprenda a fazer!

Neste artigo você irá entender a importância da agricultura sustentável para o meio social e ambiental, além de aprender estratégias para trazer mais sustentabilidade para a produção do seu negócio.

Venha Comigo!

 

Agricultura sustentável: aprenda a fazer!


A agricultura sustentável envolve o manejo adequado dos recursos naturais, evitando a degradação do ambiental de forma a permitir a satisfação das necessidades humanas das gerações futuras.

Esse enfoque altera as prioridades dos sistemas convencionais de agricultura em relação ao uso de fontes não renováveis, principalmente de energia, e muda a visão sobre os níveis adequados do balanço entre a produção de alimentos e os impactos no ambiente.

Com o aumento da população cresce a necessidade de consumo alimentício, por isso a nova agricultura precisa de técnicas de produção sustentáveis que gerem lucros aos produtores, alimentos de qualidade para os consumidores e visando o respeito à natureza, garantindo a curto e a longo prazo a continuidade de produção sem a degradação do solo, do ar ou dos recursos hídricos.

 

Pós-graduação Gestão e Economia do Agronegócio

 

Característica da agricultura sustentável

 A agricultura sustentável é um tipo de agricultura ecologicamente equilibrada e justa do ponto de vista social. Algumas ações importantes são características desse tipo de agricultura, como:

  • A diminuição do uso de produtos químicos e de técnicas que poluam o ar, o solo ou a água;
  • O aumento da prática da agricultura orgânica e da criação e uso de sistemas que recolham as águas das chuvas para a irrigação;
  • Espaço não desmate das florestas e matas para ampliar as áreas agrícolas;
  • E ainda, o respeito às leis trabalhistas dos trabalhadores do campo.

 

Agricultura para os consumidores e varejistas

Esses dois setores representam uma grande importância na agricultura sustentável, uma vez que, se eles tiverem preocupados com a sustentabilidade, eles tendem a procurar alimentos “baseados em valores” que são cultivados usando métodos que promovem o bem estar dos trabalhadores rurais, que são ecologicamente corretos, ou que fortaleçam a economia local.

 

Agricultura para os consumidores e varejistas

No entanto, a agricultura sustentável é mais do que uma coleção de práticas. É também um processo de negociação: um empurrão e puxão entre os interesses às vezes concorrentes de um agricultor individual ou de pessoas de uma comunidade, enquanto eles trabalham para resolver problemas complexos sobre como cultivamos nossos alimentos e fibras.

 

Agricultura sustentável no Brasil

Diferentemente das últimas décadas atualmente o Brasil é o quarto maior produtor orgânico do mundo. Ele destaca um crescimento de 20% ao ano em sua produção, de acordo com a EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Por isso, a agricultura sustentável no Brasil faz uso de alternativas de produção sustentáveis como:

  • Agricultura orgânica: visa o uso de compostos de recursos naturais, como adubos;
  • Produção integrada agropecuária: objetiva práticas agrícolas que substituem o uso de elementos poluentes;
  • Produção agroflorestal: agrega a preservação do meio ambiente de forma que não ocorra uma degradação ambiental;
  • Integração de Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF): integra benefícios de sustentação para todas as atividades produtivas, agrícolas e pecuárias.

Contudo, a boa perspectiva do Brasil em relação ao desenvolvimento sustentável de seus terrenos se dá pelas boas iniciativas no campo, as propostas de desenvolvimento de técnicas agrícolas sustentáveis e orientação aos agricultores para seguir o caminho da sustentabilidade.

 

Principais problemas para a agricultura sustentável

  • O Brasil é, atualmente, um dos países que mais utilizam pesticidas no mundo;
  • Ainda é comum o desmatamento de florestas e matas para abrir espaço para a prática da agricultura. Temos vários exemplos na floresta Amazônia;
  • Muitos agricultores pagam salários baixos aos camponeses, além de não respeitarem direitos trabalhistas. Infelizmente, ainda ocorrem casos escondidos de trabalho escravo e emprego de mão de obra infantil no campo.

 

Técnicas de plantio na agricultura sustentável

Segundo os Dados da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) indicam que um terço dos solos do mundo está degradado. Isso significa que perderam, em algum grau de intensidade, sua capacidade de gerar serviços ecossistêmicos, como regulação hidrológica, sequestro de carbono ou retenção de nutrientes para a produção de alimentos.

Para evitar que esse quadro se intensifique, a agricultura tem um papel fundamental. Por meio de técnicas sustentáveis de plantio é possível aumentar a qualidade do solo, permitindo que esse sistema agrícola continue sendo uma importante fonte de serviços naturais que beneficiam toda a sociedade.

Veja, agora, algumas das melhores estratégias para trazer mais sustentabilidade para a produção do seu negócio.

 

Checklist agrícola

 

Agricultura vertical

Uma fazenda vertical é um conjunto espacial destinado para a produção de alimentos e remédios em camadas verticais.

A ideia por trás do conceito é utilizar instalações automatizadas que, com o auxílio de tecnologias, visam provocar o menor impacto ambiental possível e aumentar consideravelmente a produção agrícola.

 

Agricultura vertical

 

Nesse sistema fechado, todos os fatores ambientais, como luz, temperatura, gases, umidade e fertigação, podem ser ajustados de acordo com a necessidade de cada planta. Esse controle permite o uso consciente de recursos, em especial dos naturais que estão se tornando escassos, como a água.

A fazenda indoor ainda protege a plantação de intempéries, como fortes chuva, intensa luz do sol, vento e até mesmo ataques de pragas e insetos. Com isso, a agricultura vertical permite o cultivo de alimentos orgânicos sem o uso de agrotóxicos.

 

Agricultura de precisão

Cada pedaço da fazenda necessita de quantidades e tipos de insumos diferentes. Entretanto, a solução de entender grandes áreas como homogêneas, utilizadas em larga escala pelos produtores, prevê a aplicação de quantidades de adubos, fertilizantes e insumos iguais em toda a propriedade, considerando uma média. O resultado? Discrepâncias e não uniformidade de produção.

É exatamente nesse ponto que entra a agricultura de precisão. Com a utilização de tecnologias de referenciamento e posicionamento dadas por sistemas de GPS avançados, é possível gerir o campo metro a metro.

Dessa maneira, aplica-se a quantidade de insumos, fertilizantes e defensivos exata para cada área, no momento mais adequado. A utilização da agricultura de precisão gera economia financeira, poupa o meio ambiente e pode aumentar a produtividade das áreas consideravelmente.

 

Rotação de culturas

É o revezamento de culturas em uma certa área agrícola. O objetivo dessa prática é aproveitar melhor a fertilidade do solo pela diferente escavação das raízes, a diversidade biológica, a melhoria da drenagem e o controle de doenças e pragas.

Ao definir as culturas que participarão do sistema de rotação, é necessário considerar diversos fatores: topografia, condições do solo, mão de obra, clima, implementos agrícolas disponíveis, mercado consumidor disponível e características das plantas.

 

Plantio Direto 

O plantio direto é muito eficiente no controle da erosão. A palha sobre a superfície protege o solo contra o impacto das gotas de chuva, reduzindo a desagregação e o selamento da superfície, garantindo maior infiltração de água e menor arraste de terra.

O plantio direto reduz até 90% as perdas de terra e até em 70% a enxurrada. No plantio direto, necessita-se de menor volume de chuvas para as operações de plantio e tratos culturais.

 

Reflorestamento

Solos com alta suscetibilidade à erosão e baixa fertilidade devem ser preenchidos com vegetação densa e permanente. As florestas, por exemplo, são indicadas para recuperar solos erodidos ou degradados, bem como para a proteção de cursos d’água e mananciais.

Além disso essa cobertura é um ótimo empreendimento econômico para solos com restrições para cultivo de culturas anuais, pois pode ser utilizada racionalmente para a produção de celulose, madeira, carvão etc.

Como regra, áreas sem capacidade agrícola ou pecuária devem ser reflorestadas para fins de conservação, de acordo com regras definidas no Código Florestal.

 

Compostagem

A compostagem é um processo que contribui para a conservação do meio ambiente, pode-se definir como uma forma sustentável de devolver a natureza o que foi retirado.

O processo de compostagem se dá através de um processo biológico em que os microorganismos transformam a matéria orgânica (folhas, estrume, restos de papel, restos de comida, cinzas, penas, aparas de gramas, rocha moída e conchas, feno ou palha, podas de arbustos e cerca viva, resíduos de cervejaria, resíduos de couro, serragens e ervas daninha), num material semelhante ao solo, o que chamamos de composto, podendo ser utilizado como adubo.

 

Adubação verde

A adubação verde está relacionada à semeadura de plantas que possuem grande potencial de produção de massa vegetal. Elas também podem possuir características morfológicas ou fisiológicas que trarão benefícios ao solo quando bem manejadas, como a fixação de nitrogênio.

Adubação verde é uma prática de cultivo milenar que visa o fornecimento de nutrientes ao solo. Assim, após o ciclo da cultura for completado, nós passamos a grade, revolvendo a massa verde com o solo, e acelerando a ciclagem e, consequentemente, o fornecimento de nutrientes.

Os animais e as leguminosas também podem aproveitar bastante desse tipo de tecnologia sustentável, uma vez que ela é responsável pela fixação de nitrogênio no solo.

 

Captação de água da chuva

Criação e uso de sistemas de captação de águas das chuvas para ser utilizada na irrigação. A agricultura é a principal usuária dos recursos hídricos disponíveis, uma média de 70% do consumo mundial.

A escassez de água e energia em quantidade e qualidade em certas regiões brasileiras (para uso em irrigação sem gerar conflitos entre os demais usuários) é uma grande dificuldade, exige melhor gestão e planejamento do uso adequado e sustentável dos recursos.

 

Manejo de pastos

Quando bem manejados, os pastos proporcionam boa proteção ao solo contra a erosão. No entanto, o manuseio incorreto pode causar um grave problema do ponto de vista conservacionista. Para evitar que isso aconteça, é possível usar um sistema de pastoreio rotativo, com uso de piquetes, e fazer as adubações e ressemeaduras periódicas.

Isso assegura a manutenção do pasto com cobertura e densidade capazes de garantir suporte razoável ao gado, além de boa proteção contra a erosão do solo.

A integração lavoura-pecuária é uma alternativa muito usada atualmente e consiste em conciliar a produção de grãos com a pecuária em uma mesma área. Assim, a propriedade os custos de produção reduzem, aumentando o lucro.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Produzir mais, sem degradar o meio ambiente. Esse é o principal desafio da produção de alimentos no Brasil e no mundo. E nessa busca pela agricultura sustentável, o uso racional de agrotóxico, o investimento em novas tecnologias e a qualificação do produtor rural ganham, cada vez mais, o foco das atenções.

Portanto a agricultura sustentável é uma alternativa que propõe uso de estratégias de produção sustentáveis que deem benefícios para os produtores, alimentação de alta qualidade aos compradores e, principalmente, a preservação e sustentabilidade da natureza e fornecendo uma qualidade de vida para gerações atuais e futuras.

Escrito por Michelly Moraes.

Pós-graduação Gestão e Economia do Agronegócio

Defesa sanitária do Acre está em alerta

Defesa sanitária do Acre está em alerta

Fiscais fazem barreiras na fronteira com a Bolívia e Peru para tentar impedir a entrada de um fungo. A doença atinge o cacau e o cupuaçu.

A defesa sanitária do Acre está em alerta. Fiscais fazem barreiras na fronteira com a Bolívia e Peru para tentar impedir que um fungo perigoso entre no país.

São 6.395 quilômetros de fronteira entre o Brasil, o Peru e a Bolívia. E toda esta área está em situação de alerta fitossanitário por conta da ameaça da monilíase do cacaueiro. Uma doença causada pelo fungo Moniliophthora roreri, que ainda não foi registrado no Brasil. Mas o órgão responsável pela defesa agropecuária da Bolívia confirmou uma área contaminada no departamento de Pando, a apenas 55 quilômetros de Brasileia, no Acre.

“Como nós temos poucos plantios de cacau, o problema vai ser maior no cupuaçu, já que essa doença ataca os plantios de cacau e também do cupuaçu e aqueles que existem na natureza”, diz Pedro Arruda Campos, coordenador de identificação de pragas -Idaf/AC (Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre)

O principal sintoma da doença é uma lesão escura na casca do fruto com formação de grande quantidade de um pó esbranquiçado que se desprende facilmente. “A monilíase é tão perigosa para a cultura do cacau e do cupuaçu porque ela ataca diretamente o fruto. É a parte comercial dessa planta. Ela causa sintomas que danificam o fruto. Pode causar prejuízos de 50% a 100% ao produtor”, diz Ligiane Amorim, engenheira agrônoma do Idaf/AC (Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre).

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Assista
Videoaula: Diagnose de Doenças Florestais – Prof. Acelino Alfenas
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Doença pode chegar ao Brasil
Seu Francisco Ocivaldo produz cacau e cupuaçu em Senador Guiomard, em uma área de dois hectares e meio. Nunca tinha ouvido falar da doença, até uma equipe do Idaf – Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre, visitar a propriedade. A inspeção na lavoura mostrou que está tudo bem.

“Mas essa observação dos frutos é importante, porque na hora que aparecer um sintoma parecido a gente precisa vir checar”, diz Ligiane Amorim, engenheira agrônoma do Idaf/AC.

A disseminação natural da praga pode se dar pelo vento, chuva ou córregos. Daí a preocupação por estar tão próximo do território brasileiro. Além das visitas nas áreas rurais, a fiscalização foi intensificadas também nas barreiras próximas as regiões de fronteira. Aqui as cargas são vistoriadas e os motoristas recebem orientações sobre a doença.

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Avanços no Manejo Integrado de Pragas em Culturas Agrícolas e Florestais
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“Como uma forma de inibir mesmo a entrada desse produto. Se entrar, chega aqui, a gente vai, infelizmente, é sequestrar esse produto e dar fim nele. Tocar fogo, enterrar, fazer alguma coisa”, diz Pedro Arruda Campos, coordenador de Identificação de Pragas do Idaf/AC.

Se a vigilância sanitária ou os agricultores encontrarem frutos doentes, eles precisam ser eliminados porque ainda não existe nenhum produto aprovado para combater a doença no Brasil.

Veja a reportagem:

Fonte: Globo Rural

Conheça empresas que faturam alto criando insetos para a “guerra agrícola”

Conheça empresas que faturam alto criando insetos para a “guerra agrícola”

Conheça empresas que faturam alto criando insetos para a “guerra agrícola”

Impulsionado pela adoção de novas tecnologias, o segmento de controle biológico de pragas cresce 15% ao ano no país. Empresas usam até drones para espalhar minivespas e ácaros sobre as lavouras

Abelha: inseto ajuda setor de agronegócios (Foto: Reprodução)

Por Pequenas Empresas & Grandes Negócios

Nuvens de insetos sobrevoando plantações costumam significar tempos difíceis para produtores agrícolas. A não ser quando esses mesmos insetos são liberados por aviões para exterminar pragas em lavouras. Conhecida como controle biológico aplicado, a técnica tem crescido exponencialmente no Brasil. “A demanda por alimentos com menos resíduos químicos é a principal razão para a popularização do segmento”, afirma a engenheira agrônoma Amália Borsari.

Atualmente, existem cerca de 50 empresas que oferecem esse tipo de serviço no país. Entre elas, está a BUG. Fundada em 2005, a startup paulista possui uma carteira composta por mais de 300 clientes — a maioria deles agricultores de cana-de-­açúcar. “Comecei a estudar o segmento enquanto fazia um mestrado em entomologia. Percebi que o mercado apresentava grande potencial comercial e ainda era pouco explorado por aqui”, afirma o sócio Diogo Carvalho, 47 anos. A startup deve fechar 2017 com um faturamento de R$ 18 milhões.


Baseadas no uso de insetos e ácaros que se alimentam de ovos e larvas de pragas, soluções de empresas como a BUG vêm sendo adotadas em conjunto com agrotóxicos. O objetivo é reduzir o uso de produtos químicos e os seus impactos sobre o solo e os lençóis freáticos, além de melhorar o grau de salubridade para agricultores e consumidores.

Conheça as técnicas para reduzir o uso de defensivos e aumentar a produção com a pós-graduação a distância em Avanços no Manejo Integrado de Pragas em Culturas Agrícolas e Florestais.

Em tempos de incerteza econômica, a diminuição de custos (agentes biológicos exigem menos aplicações do que defensivos tradicionais) é outra característica que tem ajudado a impulsionar o crescimento do setor.

Segundo Mateus Mondin, gestor da incubadora ESALQTec, especializada em tecnologias para o agronegócio, a popularização dos drones deve dar ainda mais fôlego para empresas da área. “Estamos alterando uma cultura de uso de veneno construída ao longo de cinco décadas. O aprimoramento e o acesso a novas tecnologias tende a derrubar custos e ajudar o mercado de agentes biológicos a crescer ainda mais rapidamente”, afirma Mondin.

Três empresas de controle biológico

Promip
Fundada em 2006 pelos engenheiros agrônomos Marcelo Poletti e Roberto Konno, a empresa paulista aposta em microvespas e ácaros para combater pragas em plantações de tomate, milho e hortaliças. Em 2014, recebeu um investimento de R$ 4 milhões do FIP (Fundo de Inovação Paulista ).

Stoller
A empresa americana opera no mercado brasileiro desde a década de 1970. No ano passado, a Stoller adquiriu a Rizoflora Biotecnologia, startup mineira especializada no controle natural de nematoides (parasitas de formato cilíndrico que atacam as raízes de plantas).

Gênica
Spin-off da FertiAgro, produtora goiana de fertilizantes especiais. A empresa é sediada em Rondonópolis e comercializa sete tipos de produtos.Compostos por fungos e bactérias, seus agentes combatem pragas que atacam lavouras de grãos (soja, milho e algodão).

Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios