A habilidade de mensurar o nível de chuva é importante em muitos setores, não surpreendendo ter sido o pluviômetro um dos primeiros instrumentos climáticos inventados pelo homem.
As condições de chuva são fundamentais para a agricultura, pois é um dos principais fatores que determinam a produtividade de uma cultura.
Saber como escolher o melhor pluviômetro, é o primeiro passo antes da sua aquisição.
Quer descobrir como? Só continuar na leitura deste artigo.
Pluviômetro: saiba o que é!
O pluviômetro é um reservatório usado para coletar e mensurar em milímetros a quantidade de chuva, granizo, orvalho, garoa ou neve durante um determinado tempo em um local.
Acredita-se que o pluviômetro já era usado há 2.000 anos atrás, na Índia. Desde então, essa mensuração ajuda os produtores a tomar decisões sobre o plantio, a colheita e a irrigação, sendo um aparelho fundamental para compor uma estação meteorológica.
O resultado é medido em milímetros (mm), ou seja, caso sejam coletados 10mm de precipitação, isso significa que existem 10 litros de água em um 1m2 do solo.
Para que serve o pluviômetro?
Sem dúvida, a adoção de recursos tecnológicos tem representado um avanço enorme em diversos empreendimentos, principalmente na agricultura, o pluviômetro é um desses recursos.
Desse modo, a sua função é puramente para calcular a quantidade de água de chuva em uma área.
Com seu bocal capta a chuva que está caindo, essa água vai ser armazenada no seu interior. Após a coleta da chuva que caiu em um determinado tempo, aí é feita a medição.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia do Brasil – INMET, é importante saber o volume da precipitação das chuvas, para que assim seja estimado a quantidade de água que caiu em determinado período e acompanhar essas medidas durante um tempo.
Também é possível saber as médias das chuvas no decorrer dos meses e anos, ajudando a identificar períodos chuvosos e de estiagens, apontando riscos de secas e inundações.
Monitorar e registrar esses dados são ações fundamentais para entender o climaem determinada região, tornando o pluviômetro um instrumento de suma importância para medição de chuva para agricultura de precisão.
Importante também, para os estudos meteorológicos e hidrológicos, o pluviômetro ainda pode ser ligado em um datalogger, registrando assim os dados coletados.
Agora que temos em mente o que é o pluviômetro e para que serve, vamos conhecer quais tipos encontramos no mercado?
Quais os tipos?
Existem dois tipos de pluviômetro, o convencional e o automático.
Saber qual deles escolher pode ser a dúvida de alguns agricultores e é de suma importância esse discernimento.
Uma vez que, esse aparelho registra o volume de chuvas na lavouraao longo do ano, que é fundamental para a definição do plantio, colheita e irrigação.
A ocorrência mais comum, é o produtor medir o volume de chuva em apenas um ponto da fazenda, utilizando um pluviômetro convencional.
Ou até mesmo coletar dados diariamente, em pluviômetros espalhados pela fazenda. Isso acaba consumindo muito tempo e dependendo do tamanho da propriedade e da quantidade de pluviômetros, pode chegar a uma conta assustadora de horas por mês.
Além do custo de mão de obra, essa forma de registrar a chuva pode não representar a situação real do volume de chuvas em diferentes regiões da fazenda, podendo comprometer a qualidade das decisões tomadas em relação ao manejo da produção.
Esse fator demanda, uma pessoa para ir até os pluviômetros e anotar a precipitação armazenada todos os dias, e após esse registro transcrever essa informação em uma planilha.
Porém essa rotina é muito desgastante e gera muitos erros, por isso que atualmente em algumas fazendas que visam alta produtividade, os produtores estão instalando os pluviômetros automáticos.
Dessa forma, a instalação de pluviômetros automáticos, conectado à internet é considerado como mais ágil e preciso na hora da coleta e análise dos dados.
Esses pluviômetros registram os dados e enviam para uma plataforma via internet, gerando um dado de precipitação em tempo real.
Vejamos a seguir, cada um separadamente.
Pluviômetro convencional
Dentre os pluviômetros convencionais o mais comum é o que consiste basicamente em armazenar a chuva e com o auxílio de uma proveta medir o volume captado no dia.
Mas tudo tem vantagens e desvantagens, vamos conferir:
Vantagens
Custo inicial baixo.
Demanda pouca manutenção.
Desvantagens
Deslocamento até local do pluviômetro para coleta de dados.
Erros humanos ao transcrever e registrar os dados.
Gastos com funcionário para essa atividade.
Perdas de dados e dias sem registros.
Possui capacidade limitada de armazenar a chuva.
Pluviômetro digital automático
O pluviômetro automático mais comum é o pluviômetro de báscula.
Como o nome mesmo já diz, ao acumular um certo volume de água, o mecanismo basculante tomba para o lado, esvaziando a água coletada e emitindo um pulso eletrônico que será registrado.
Vamos conferir as suas vantagens e desvantagens:
Vantagens
Dados em tempo real.
Possui histórico de registros.
Maior precisão e capacidade de registros.
Economia na mão de obra e no deslocamento até o pluviômetro para coleta de dados.
Desvantagens
Custo maior na implantação.
Necessita de maior manutenção.
Cuidados ao adquirir
Vimos nesse artigo a importância de ser ter um pluviômetro em sua fazenda, pois as condições de chuva são fundamentais para uma boa produtividade na lavoura.
Além do mais, a distribuição das chuvas acaba determinado o calendário de atividades das fazendas como, plantio, irrigação e colheita.
Abordamos as vantagens e desvantagens de cada pluviômetro e quais seus benefícios ao ser implantado.
Entretanto, para garantir uma medição precisa, é importante além da tecnologia própria do aparelho, que o equipamento seja utilizado da forma correta.
O pluviômetro deve ser instalado em local aberto, longe de edifícios, árvores e qualquer obstáculo que possa dificultar a medição pelo instrumento.
Também deve ser evitada a instalação em áreas expostas a vento, como lugares mais elevados.
O equipamento pode ser instalado no chão ou a 500 mm do chão, desde que com acessórios adequados.
Agora que você tem as informações básicas sobre a instalação de um pluviômetro, cabe uma análise crítica e ponderada sobre cada tipo e o que cada um oferece, para assim, ser realizada uma aquisição que realmente venha somar na sua fazenda.
A evapotranspiração é a junção de dois fenômenos que, em algumas situações, são estudados em separado, sendo eles a evaporação e a transpiração. Neste Post iremos mostrar o que é como ocorre. Além de abordarmos os tipos de evapotranspiração.
Venha comigo!
O que é evapotranspiração?
A evapotranspiração é a forma pela qual a água da superfície terrestre passa para a atmosfera no estado de vapor, tendo papel importantíssimo no Ciclo Hidrológico em termos globais.
Esse processo envolve a evaporação da água de superfícies de água livre (rios, lagos, represas, oceano etc.), dos solose da vegetação úmida (que foi interceptada durante uma chuva) e a transpiração dos vegetais.
Ela depende de diversos fatores, como manejo e uso do solo, condições climáticase características da vegetação em questão.
Importância da evapotranspiração
A evapotranspiração é fundamental no ciclo hidrológico da água. De acordo com estudos, cerca de 70% da quantidade de água precipitada sobre a superfície terrestre retorna à atmosfera por meio desse processo.
Além disso, a mensuração desse processo permite estimar a capacidade de reservatórios ou aquíferos, determinar o rendimento de bacias hidrográficas, elaborar projetos de irrigaçãovoltados para a agricultura e controlar a disponibilidade de água para o abastecimento da população urbana, por exemplo.
O fenômeno na agricultura
Atualmente a irrigação no Brasil é uma prática pouca utilizada, comparando com o total de área destinada à agricultura no país. Do total, apenas 10% das áreas são irrigadas, o que corresponde, segundo o IBGE, a 6,7 milhões de hectare.
Mesmo se tratando de uma pequena parcela da agricultura brasileira, o uso consciente da água para irrigação deve ser feito de modo planejado e correto, a fim de evitar desperdícios e prejuízos ao meio ambiente.
Para que isso ocorra, é fundamental que você realize constantemente monitoramento de sua lavoura. Principalmente das condições meteorológicas como: precipitação, radiação solar, vento, evapotranspiração e outros.
Evapotranspiração na Amazônia
A produção de umidade na Amazônia ocorre em larga escala, com centenas de milhões de litros d’água em forma gasosa ao longo do dia, formando uma massa de ar que se desloca para outras regiões.
Geralmente, graças aos ventos alíseos, esse ar úmido desloca-se em direção ao oeste, onde encontra um “paredão” formado pelas montanhas da Cordilheira dos Andes.
Nesse local, além de ocorrerem algumas chuvas (chamadas de chuvas orográficas), o ar carregado de vapor d’água desloca-se para o interior do continente sul-americano e, portanto, do Brasil, alcançando as demais regiões brasileiras e distribuindo chuvas.
O que causa a evapotranspiração?
Pode ser explicada como o processo de transferência de vapor d’água para a atmosfera pela evaporação de solos úmidos e pela transpiração das plantas, no qual a água da superfície terrestre passa para a atmosfera no estado de vapor.
Processo de Evapotranspiração
Ao contrário da precipitação a evapotranspiração ocorre todo dia, sua intensidade depende principalmente da demanda atmosférica e da disponibilidade de água no solo. A demanda atmosférica está diretamente relacionada com o aquecimento do ar.
O aumento da temperatura do ar aumenta a quantidade de vapor d’água necessária para saturar o ar, em outras palavras o aumento de temperatura permite que o ar armazene mais vapor d’água em um mesmo volume.
5 tipos de evapotranspiração
Existem cinco tipos conhecidos deste fenômeno:
Evapotranspiração de referência (ETo);
A Evapotranspiração Real (ETR);
A Evapotranspiração de oásis (ETO);
Evapotranspiração de Cultura (ETc).
E a Evapotranspiração da real da cultura (ETr)
1 – Evapotranspiração potencial (ETp) ou de referência (ETo)
É determinada como a quantidade de água transferida para a atmosfera, por evaporação e transpiração, em condições do solo sem restrição hídrica, e com uma cultura rasteira em pleno desenvolvimento.
Assim como na evapotranspiração real (ETR), a área para estudo da ETp ou ETo tem bordadura para evitar trocas de água e calor com área em volta.
2 – Evapotranspiração real (ETR)
É determinada como a quantidade de água transferida para a atmosfera, por evaporação e transpiração, em condições reais de fatores atmosféricos e umidade do solo.
A área considerada para estudo da ETR apresenta ampla área de bordadura para evitar a troca de calor do solo. Mantendo as condições reais de transpiração e evaporação.
3 – Evapotranspiração de oásis (ETO)
É determinada pela evapotranspiração de uma área vegetada e irrigada, circundada por uma área seca, ou seja, sem a presença de área de bordadura.
Desse modo, a ETO tem a troca de calor pelas condições meteorológicas e pela transmissão de calor e perda de água para a área que a envolve.
4 – Evapotranspiração da cultura (ETc)
Esse tipo considera uma cultura sadia, a fase de desenvolvimento que se encontra e sem falta de água.
Assim, para determinar a ETc há presença de bordadura para evitar troca de calor e água com a área ao redor.
5 – Evapotranspiração da real da cultura (ETr)
Esse tipo difere da ETc apenas por não apresentar bordadura. Considera as condições reais da cultura, com ou sem a presença de água.
Conclusão
A Evapotranspiração é definida como sendo o processo simultâneo de transferência de água para a atmosfera por evaporação da água do solo e da vegetação úmida e por transpiração das plantas.
Neste artigo abordamos a importância e os tipos de evapotranspiração e como como ela está relacionada em alguns assuntos como: o rendimento de bacias hidrográficas; projetos de irrigação voltados para a agricultura; e a disponibilidade de água para o abastecimento da população urbana.
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Em algum momento, há cerca de 12 mil anos, os humanos começaram a plantar. A agricultura foi aprimorada ao longo da história e em diferentes partes do mundo. Hoje contamos diversos tipos lavouras, ainda mais em nosso território, que possui grande aptidão agrícola e abrange diversos setores.
Quer saber quais são os 05 culturas mais cultivadas em nossas lavouras?
Sigamos juntos nessa leitura!
O impacto do surgimento da agricultura
Pelos registros arqueológicos a agricultura surgiu em uma região apelidada de Crescente Fértil, uma área banhada por rios no Oriente Médio.
Os primeiros grupos de agricultores, através da lavoura, tinham vantagens em relação a seus colegas que apenas caçavam e coletavam plantas.
Eles comiam melhor, se tornaram mais prósperos, numerosos e graças a esse sucesso, a ideia de cultivar o próprio alimento e criar animais para o abate se popularizou.
Trabalhar o solopara realizar o plantio, para fins de obter o alimento foi uma das primeiras preocupações do homem.
As primitivas ferramentas foram construídas toscamente de madeira, ossos e pedras, com elas que se removia um pequeno sulco no solo para o plantio.
Desta maneira, a área que se podia trabalhar e semear era muito limitada.
Porém, há décadas, arqueólogos buscam por vestígios deixados por esses povos, na tentativa de descobrir como a agricultura se desenvolveu e se espalhou por aquela região e mais tarde, pelo resto da Ásia e da Europa.
A agricultura no Brasil
Desde a época do Brasil colonial, construiu uma vocação para exportação especialmente de gêneros alimentícios, com um cultivo diverso em suas lavouras.
De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), os segmentos com maiores volumes de venda são o complexo da soja (+US$ 6,30 bilhões), produtos florestais (+US$ 1,30 bilhão) e carnes (+US$ 1,26 bilhão).
Cultivar produtos agrícolas em um país com dimensões continentais têm seus desafios.
O território brasileiro é rico em biomas , e cada região tem particularidades climáticasque favorecem o cultivo de alguns produtos e impossibilitam o de outros.
Mas, para entendermos melhor sobre as principais culturas produzidas em nosso território, vamos conhecer mais sobre as formas de se conduzir uma lavoura.
Principais tipos de lavoura
Lavoura convencional ou tradicional
É feito o trabalho do solo anterior ao plantio com maquinário, que corta e inverte total ou parcialmente o solo.
O solo é revolvido, o que facilita o rendimento de água, a mineralização de nutrientes, a redução de pragas e doençasem superfície.
Mas também, reduz rapidamente a cobertura do solos, acelera os processos de degradação da matéria orgânicae aumentam os riscos de erosão.
Geralmente, a lavoura convencional implica mais de uma operação com corte e invertimento do solo.
Cultivo mínimo ou conservacionista
Implica o trabalho anterior ao plantio com um mínimo de revolvimento de solo.
Proporciona a aeração do solo e acelera os processos de mineralização de nutrientesmas a menor ritmo que no caso anterior.
Ficam mais resíduos vegetais em superfície e ancorados na massa do solo, dessa forma, o risco de erosão é menor.
Plantio direto
O sistema de plantio direto é um conjunto de técnicas que consiste em não revolver ou revolver minimamente o solo, onde, o plantio é feito sobre a palhada.
Esse sistema traz diversos benefícios, tais como, maior retenção de água no solo, reduzindo a erosão e perda de nutrientes.
O cultivo em plantio direto pode ser mais lucrativo se realizado corretamente, para isso o conhecimento prévio é de suma importância.
Agricultura de precisão
Agricultura de precisão (AP) é a forma mais precisa de monitorar as atividades agrícolas, através da utilização de tecnologias avançadas.
Embora, tenha chegado no Brasil no início dos anos 90, por meio da utilização de máquinas agrícolas com receptores GNSS (Global Navigation Satelite System).
Hoje se tem visto cada vez mais forte a utilização das mais diversas ferramentas advindas da agricultura de precisão.
Agora que conhecemos os modelos de agricultura disponíveis para o cultivo da lavoura, vamos conhecer as principais culturas que movem o agronegócio brasileiro.
As 5 culturas mais cultivadas nas lavouras brasileiras
As pesquisas de órgãos como o IBGE, CONAB e CNA, representam uma importante fonte de dados, para acompanhamento das informações agropecuárias no Brasil.
A seguir vamos explorar um pouco desses dados, para apresentar as 5 culturas que mais são cultivadas nas lavouras brasileiras:
1 – Soja
Com a expansão do consumo de carne e derivados, o cultivo da soja, usado como alimento para gado de corte, frangos e vacas em lactação, por exemplo, se expandiu nas últimas décadas.
Além da expansão do seu uso na alimentação humana e até mesmo o popular óleo de soja.
O Brasil é o segundo maior produtor de soja no mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. O Mato Grosso é o estado que mais produz o grão, seguido pelo Paraná.
2 – Cana-de-açúcar
Primeira cultura agrícola extensiva usada em solo brasileiro, a cana-de-açúcar foi a principal responsável por viabilizar economicamente a colonização do país.
Com a cana, são produzidos dois produtos essenciais para a economia mundial: o açúcar, parte indispensável da alimentação humana, o álcool, utilizado nas bebidas alcoólicas como a cachaça ou como combustível para veículos, conhecido como etanol.
O Brasil é um dos maiores consumidores e é o maior produtor do mundo da cana-de-açúcar.
3 – Milho
Com uma ampla variedade de aplicações, desde o consumo humano à pecuária extensiva, o milho, está entre os principais grãos produzidos no Brasil.
O Brasil é o terceiro maior produtor de milho do mundo. Nos dois primeiros lugares estão os Estados Unidos e a China.
O milho é cultivado em duas safras no Brasil, sendo denominadas, como: safra e safrinha, isso, possibilita ainda mais o seu cultivo em lavouras brasileiras em épocas distintas e consequentemente maior produção anual.
4 – Algodão
Ao lado da soja, é uma das culturas com maior liquidez e rentabilidade, o que favorece o aumento da área plantada.
Estados como Mato Grosso e Bahia contam com as melhores condições climáticas para a produção de algodão. No entanto, a sua produção exige altos padrões de tecnologia e gestão.
Uma vez que, uma dificuldade apontada pelo setor é a infraestrutura de exportação, com problemas que vão de contêineres até a capacidade dos navios para receber o produto.
5 – Café
O Brasil é o maior produtor de cafédo mundo e a sua produção gira em torno das duas principais variedades, o arábica e o conilon.
A área total cultivada chega a quase 2 milhões de hectares, o equivalente a aproximadamente 3 milhões de campos de futebol, sendo 345 mil hectares em formação e 1,8 milhões de hectares em produção.
Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo são os principais estados produtores.
Fonte: MAPA, CNA e IBGE
Impacto da agricultura na economia
Vimos nesse artigo como a agricultura impacta na economia nacional e até mesmo mundial, devido parte de sua produção serem destinadas à exportação.
A importância da agricultura é indiscutível, pois é a partir dela que se produzem os alimentos e os produtos primários utilizados pelas indústrias, pelo comércio e pelo setor de serviços, tornando-se a base para a manutenção da economia mundial.
Desse modo, podemos perceber que o meio rural sempre foi a atividade econômica mais importante para a constituição e manutenção das sociedades.
Isso, desde quando as técnicas agrícolas primitivas permitiam a existência de um excedente na produção, iniciando assim, as primeiras trocas comerciais.
Por tanto, é possível concluir que, todas as práticas rurais e urbanas, dependem principalmente do campo, da lavoura.
O feijão, é um dos grãos que está presente praticamente todo dos dias no cardápio dos brasileiros e também de outros povos da Américas e Ásia. Ao ler esse Ebook Exclusivo você vai obter um panorama geral sobre importantes pontos relacionados a cultura do feijão e quais são os diferentes tipos. Clique e faça o download gratuitamente!
Os diversos tipos de solo existentes no Brasil podem ser diferenciados segundo a tonalidade, composição e granulação. Neste post vamos apresentar os diferentes tipos de solos brasileiros, Além de conhecer sua importância.
Veja abaixo os 13 tipos de solo existentes no Brasil, que vamos abordar:
Argissolos
Cambissolos
Chernossolos
Espodossolos
Gleissolos
Latossolos
Luvissolos
Neossolos
Litossolos
Organossolos
Planossolos
Plintossolos
Vertissolos
Acompanhe!
O que é solo?
Solo é uma massa composta por areia, silte e argila. Assim, é caracterizado como toda massa natural que está presente na superfície terrestre e possui a capacidade de suportar plantas.
O principal material que compõe os solosé a rocha. Ou seja, o solo é formado a partir da ação do relevo, clima e da biosfera sobre o material rochoso. Visto isso, as partículas que compõem o solo são divididas em areia, silte e argila.
Formação do solo
O processo que dá origem à formação do solo é chamado de intemperismo, ou seja, a desagregação das partículas das rochas e minerais que altera suas propriedades químicas.
São fatores que contribuem para a formação do solo o material originário (rocha matriz ou rocha mãe), o clima, a atividade biológica, ligada aos organismos vivos presentes no lugar de origem do solo, o tempo, a hidrografia e a topografia da área.
Todos esses elementos agem em conjunto ao promoverem a separação das partículas das rochas. Assim o solo é formado por meio de processos que fazem a desintegração de partículas, promovendo sua evolução e seu crescimento.
Camadas do solo
Os solos são divididos em camadas que possuem características específicas. Porém, conforme a profundidade da terra, essas camadas passam a compartilhar das mesmas características.
As camadas são, também, chamadas de horizontes e são divididas em camadas superficiais e camadas subsuperficiais.
Camadas superficiais
Horizonte O– horizonte formado pela matéria orgânica em vias de decomposição, razão de sua cor escura.
Horizonte A– zona com mistura de matéria orgânica e substâncias minerais, com bastante influência do clima e alta atividade biológica.
Camadas subsuperficiais
Horizonte B– horizonte caracterizado pela cor forte e pela acumulação de argilas procedentes dos horizontes superiores e também de óxidos e hidróxidos de ferro e alumínio.
Horizonte C– mistura de solo pouco denso com rocha-matriz pouco alterada.
E Horizonte D– Entre os horizontes A e B é possível, às vezes, delimitar um horizonte E, caracterizado pela remoção de argila, matéria orgânica e óxidos e hidróxidos de ferro e alumínio, que vão se acumular no horizonte logo abaixo.
Classificação do solo
O Brasil é formado por uma variedade de solos formados a partir do clima, do material de origem, o relevo, os organismos e o tempo. São solos importantes para a agricultura no país, além de outras funções essenciais para a vida.
Os diferentes tipos de solo são classificados de acordo com as variáveis de cor, a textura, porosidade, quantidade de matéria orgânica.
De acordo com Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS), tipos de solo presentes do Brasil são:
Argissolos
O solo argiloso tem pelo menos 30% de argila em sua composição de grãos. Esse solo tem partículas muito pequenas.
Os espaços entre os grãos são bem pequenos também e assim retêm mais água. Geralmente, o solo argiloso fica encharcado depois da chuva e isso melhora a sua manipulação. São predominantes em 26,9 % das unidades de mapeamento no Mapa de Solos do Brasil.
Cambissolos
São solos geralmente pouco espessos e que apresentam horizonte B ainda em estágio inicial de formação, São solos mais evoluídos que os Neossolos, pois já possuem horizonte B.
A maioria dos Cambissolos apresentam baixa fertilidadequímica natural, o que demanda o uso de grandes quantidades de corretivos e fertilizantespelos agricultores.
São predominantes em 5,3 % das unidades de mapeamento no Mapa de Solos do Brasil.
Chernossolos
Além disso, são férteise possuem a camada superficial densa e escura, além da presença de argila. Presentes nas regiões Sul e Nordeste, correspondem 5% do território do Brasil.
Espodossolos
Espodossolos são solos constituídos por material mineral, apresentando horizonte B espódico imediatamente abaixo de horizonte E, A ou horizonte hístico dentro de 200 cm a partir da superfície do solo ou de 400 cm.
Se a soma dos horizontes A+E ou dos horizontes hístico (com menos de 40 cm) + E ultrapassar 200 cm de profundidade.
Gleissolos
São solos que apresentam horizonte de subsuperfície (B ou C) de cor acinzentada, devido à perda de ferro em ambiente redutor (com excesso de água).
São predominantes em regiões planas e abaciadas (várzeas e banhados dos rios). São predominantes em 4,7 % das unidades de mapeamento no Mapa de Solos do Brasil.
Latossolos
Representam cerca de 39% do solo brasileiro e são encontrados em quase todo o país. De maneira geral, são muito porosos, permeáveis, com boa drenagem (não tem problemas de excesso de água). As cores são muito variadas (vermelho, amarelo, vermelho amarelado, etc.).
Luvissolos
São formados por argila nas camadas superficiais, além de serem rasos e possuírem a cor vermelha ou amarela. São comuns no Nordeste e ocupam cerca de 3% do território brasileiro.
Neossolos
São solos rasos em estádio inicial de evolução, apresentando mais comumente apenas horizonte A sobre o horizonte C ou sobre a rocha de origem (camada R).
Estes solos são tão jovens que não tem horizonte B. A maioria dos Neossolos possuem pouca espessura (Neossolos Litólicos e Neossolos Regolíticos).
Nitossolos
As cores entre as camadas são bem superficiais, sendo solos profundos, formados por argila de cor avermelhada.
Além disso, são bem drenados, estruturados, moderadamente ácidos e de fertilidade natural muito variável. Representam cerca de 15% do território, sendo comuns nas regiões Sudeste e Sul.
Organossolos
Os solos mal drenados e com muita matéria orgânica. Portanto, não possuem áreas de representatividade no território brasileiro, pois, são pequenas manchas e se encontram de maneira dispersa.
Planossolos
Encontrados na região Nordeste, Centro-Oeste e Sul. Correspondem à um total de 2% da área do país, sendo formados por argila e, quando secos, são duros e possuem baixa permeabilidade.
Plintossolos
São solos que apresentam concentração de ferro em algum horizonte, o que leva a endurecimento na forma de concreções cascalhentas), ou de um horizonte contínuo endurecido por ferro e/ou alumínio (chamado de horizonte F) que facilmente pode ser confundido com rocha (embora seja de origem pedológica).
Ocorrem predominantemente Amazonas, Pará, Amapá, Roraima, Maranhão, Piauí, Tocantins, Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal.
Vertissolos
São compostos por grande quantidade de argila e correspondem à 2% do território do país. Além disso, são comuns na zona seca do Nordeste, no Pantanal Mato-grossense, na Campanha Gaúcha e no Recôncavo Baiano. Assim, são solos férteis, ricos em cálcio, magnésio e rochas básicas.
Qual a importância do solo?
A importância do solo para a vida dos seres vivos está relacionada com os benefícios que esse recurso pode proporcionar.
Entre eles é possível citar: o fornecimento de nutrientes para a terra, proporcionando o plantio de alimentos ricos em vitaminas e minerais necessários aos seres humanos.
Além disso, o solo possui importantes funções, desde o armazenamento e escoamento e infiltração da água na superfície, sendo um componente fundamental para o desenvolvimento de diversos ecossistemas.
Conclusão
O solo é uma parte importante para o Brasil e a vida em geral. Por conta disso, conhecer os tipos de solos e a importância de cada um é de extrema importância.
Isso porque, a partir do conhecimento dos tipos de solo é possível manejar a área e, assim, atender as especificidades de cada tipo. Além disso, é por meio desse conhecimento que as potencialidades e funções de cada tipo de solo são reconhecidas.
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