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Como fazer o cálculo de adubo por hectare?

Como fazer o cálculo de adubo por hectare?

Adubação é um processo de grande relevância para o estímulo do crescimento de plantas, trata-se de um método de conservar e/ou recuperar a fertilidade do solo. A adição de nutrientes permite fortalecer as culturas vegetais. Mas você sabe realizar o cálculo de adubo por hectare? Esse artigo irá te ajudar nesse processo.

Venha Comigo!          

 

Como fazer o cálculo de adubo por hectare?

 

Um dos maiores desafios da agricultura moderna é aumentar as produtividades. Sem aumentar também a áreas de cultivo. E uma das alternativas encontradas foi o estudo aprofundado sobre a necessidade nutricional das culturas agrícolas.

Hoje já conhecemos o quanto culturas como sojamilho algodão exportam de nutrientes do solo e, com este conhecimento prévio, pode-se então criar uma recomendação de adubação para as necessidades ímpares da cultura.

Com isso preparamos esse artigo para auxiliar os agricultores a realizar o cálculo de adubação, uma vez que é indispensável durante todo cultivo de sua lavoura.

 

 

Importância da adubação para as culturas

A adubação é um processo de extrema importância numa plantação, já que é responsável pela qualidade dos produtos cultivados.

A prática nutre a planta com substâncias necessárias para seu crescimento saudável. E isso se reflete na produtividade e lucratividade do produtor. Para que uma planta cresça de maneira saudável, ela necessita de elementos essenciais.

 

Quais são os nutrientes essenciais?

Os nutrientes podem ser classificados em essenciais para o crescimento e desenvolvimento das plantas, e não essenciais, porém benéficos. Para tanto, alguns critérios são usados para definir a essencialidade dos nutrientes.

Dessa forma, para o nutriente ser considerado essencial ele deve ter as seguintes características:

  • A ausência do nutriente impede que a planta complete seu ciclo;
  • A deficiência do nutriente é específica, podendo ser prevenida ou corrigida somente mediante seu fornecimento;
  • O nutriente deve estar diretamente envolvido na nutrição da planta, sendo que sua ação não pode decorrer de correção eventual de condições químicas ou microbiológicas desfavoráveis do solo ou do meio de cultura, ou seja, por ação indireta.

Sendo assim, os nutrientes essenciais podem ser separados em dois grupos: macro e micronutrientes.

Todavia, seis nutrientes são absorvidos e exigidos em quantidades superiores aos demais: nitrogênio (N), fósforo (P), enxofre (S), potássio (K), cálcio (Ca) e magnésio (Mg), formando os chamados macronutrientes.

Por outro lado, os micronutrientes, são exigidos em quantidades inferiores aos anteriormente citados, são: ferro (Fe),manganês (Mn),zinco (Zn),cobre (Cu),boro (B),molibdênio (Mo) e cloro (Cl).

 

Tipos de adubação

Para classificar os adubos, falamos em dois tipos principais, os orgânicos e os minerais.

Ambos ajudam a corrigir, conservar ou recuperar a fertilidade do solo, disponibilizando nutrientes para as plantas de modo que esta obtenha melhor desenvolvimento. Claro que cada um tem suas especificidades e é sobre isso que falamos na sequência.

  • Adubos orgânicos: são aqueles obtidos por fontes naturais como restos de plantas, estercos de animais, farinha de ossos, ação de microrganismos e minhocas.
  • Adubos minerais: originalmente obtidos a partir de elementos minerais disponíveis no ambiente.

Na prática, grande parte dos adubos podem ser aplicados diretamente no solo, para que possam ser gradativamente incorporados pelas plantas através das raízes.

Por isso, é muito importante que após a aplicação ocorra a rega para que os nutrientes possam penetrar no substrato de forma mais rápida.

 

 

Cálculo de adubo por hectare com ênfase na cultura de soja

No geral, para realizar o cálculo de adubação, é necessário se basear nas tabelas oficiais de cada Estado, onde há especificação de cada cultura.

Em síntese, elas são desenvolvidas com base nos resultados de pesquisa em adubação. Nos quais são determinadas faixas de nutrientes do solo. Que podem ser classificadas em muito baixo, baixo, médio, alto ou muito alto.

No caso do fósforo e do potássio, é necessário verificar em que faixas os teores da análise de solo são incluídos. Feito isto, é mostrada uma recomendação de P2O5 e K2O, em kg/ha.

 

Cálculo de adubação com ênfase na cultura de soja

(Fonte: Agronomia Gismonti)

 

Cálculo de adubo por hectare: cultura de soja

Em primeiro lugar, podemos verificar que pela  análise do solo, o teor de fósforo (P) é igual a 3,2 mg/dm³ e para o potássio (K) é 24 mg/dm³ ou 0,06 cmolc/dm³.

Nota-se que a tabela recomendada para esta faixa (assinaladas), N = 0, P2O5 = 70 a 80 kg/ha e K2O = 90 kg/ha. Portanto, a relação NPK é 00-75-90. Utilizamos 75 que é a média de 70-80.

No entanto, para simplificar essa relação, dividimos por 10, e teremos: 00-7,5-09. Já multiplicando esta relação por 3 teremos: 00-22-27. Por fim, é uma formulação de fertilizantes que pode ser aplicada.

 

Quantos kg/ha?

A princípio, se for preciso 90 kg/ha de K2O, então (90/27) x 100 = 333 kg. Arredondamos para uma aplicação de 340 kg/ha. Portanto, esses 340 kg/ha x 22 (garantia de P2O5 da fórmula) divididos por 100 vão fornecer 75 kg/ha de P2O5.

No entanto, se multiplicarmos a relação por 2 teremos uma outra formulação: 00-15-18. Para achar a quantidade: (75/15) x 100 = 500 kg/ha.

Dessa forma, esses 500 kg/ha x 18 (garantia de K2O na fórmula) divido por 100 vai fornecer 90 kg/ha de K2O. Quanto ao P2O5, 500 kg/ha x 15 dividido por 100 é igual a 75 kg P2O5/ha.

 

O que fazer para ter uma adubação mais eficiente?

Não existe uma fórmula definida sobre como fazer uma adubação. Por isso, você precisará adotar algumas práticas para evitar que a plantação não receba os nutrientes necessários.

 O primeiro passo é analisar o nível de fertilidade do solo. É fundamental conhecer quais os nutrientes estão faltando para poder escolher o adubo mais adequado.

Outro ponto é se preocupar com a qualidade dos produtos que estão sendo usados. Esteja seguro sobre a confiabilidade do seu fornecedor, caso use adubo comprado.

Não se esqueça de seguir as recomendações do agrônomo. Nada melhor do que um profissional para determinar quais as necessidades da propriedade rural, qual o tipo de adubação mais eficiente e também a quantidade necessária.

Se possível utilize equipamentos e processos da agricultura de precisão para aprimorar os seus resultados. Isso ajuda a evitar uma superdose em ou mesmo descuido com áreas da propriedade, ainda mais considerando grandes extensões.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Vimos que para resultados produtivos na plantação de cana é necessário o suprimento adequado dos nutrientes.

A adubação consiste em um processo que tem por finalidade repor nutrientes que auxiliam no crescimento das plantas. Dessa forma, promove a boa fertilização no solo para que o cultivo se desenvolva de forma adequada.

Isso porque a incorporação desses nutrientes através da adubação ajuda a restituir aqueles perdidos pelo solo em processos de lixiviação, erosão, complexação, imobilização, fixação, volatilização e, de absorção pelas plantas.

Então, o que você achou do nosso artigo? Se você gostou, não deixe de compartilhá-lo nas suas redes sociais e ajude mais pessoas a se informar sobre esse assunto!

Escrito por Michelly Moraes.

Importância do cálculo de adubação para o plantio!

Importância do cálculo de adubação para o plantio!

Sabemos que o desenvolvimento inadequado das plantas está ligado a diversos fatores como a falta de nutrientes no solo. Diante disso, o cálculo de adubação surge como solução eficiente para indicar a quantidade necessária de nitrogênio, fósforo, potássio entre outros.

Neste artigo, você vai entender como é feito o cálculo de adubação e como ele pode te ajudar a garantir o desenvolvimento saudável da sua lavoura.

Acompanhe!

 

Importância do cálculo de adubação para o plantio!

 

A adubação é um processo de extrema importância numa plantação, já que é responsável pela qualidade dos produtos cultivados. A prática nutre a planta com substâncias necessárias para seu crescimento saudável, e isso se reflete na produtividade e lucratividade do produtor.

Para que uma planta cresça de maneira saudável, ela necessita de elementos essenciais. Através do ar, ela retira o carbono, o oxigênio e o hidrogênio.

Os demais compostos são absorvidos do solo através de suas raízes e, como o solo nem sempre possui todos eles em quantidade suficiente, muitas vezes é necessária uma complementação.

 

 

O que é adubação?

A adubação é um processo de extrema importância numa plantação, já que é responsável pela qualidade dos produtos cultivados.

A prática nutre a planta com substâncias necessárias para seu crescimento saudável, e isso se reflete na produtividade e lucratividade do produtor.

Para que uma planta cresça de maneira saudável, ela necessita de elementos essenciais. Através do ar, ela retira o carbono, o oxigênio e o hidrogênio.

Os demais compostos são absorvidos do solo através de suas raízes e, como o solo nem sempre possui todos eles em quantidade suficiente, muitas vezes é necessária uma complementação.

 

Importância da adubação para agricultura

A agricultura é a atividade que garante a produção mundial de alimentos e outros produtos utilizados no dia a dia das pessoas.

Para atender a demanda atual, altos níveis de produtividade devem ser tingidos, fazendo com que aplicações de adubos, corretivos e fertilizante sejam essenciais.

Além do esgotamento natural das propriedades nutricionais existentes no solo, as chuvas e as regas também eliminam boa parte dos nutrientes, fazendo com que eles precisem ser repostos.

Uma boa maneira de fazer isso é alternando os adubos orgânicos e os químicos, de acordo com a formulação, época do ano e espécie da planta.

Ressaltamos que muito mais importante do que adubar, é preciso adubar sempre. Assim, além de deixá-la com mais vigor e beleza, aumentará sua resistência a pragas e doenças.

 

Sintomas da deficiência de nutrientes nas plantas

Se a vegetação sofre de um mau fornecimento de N, P, K e Mg, pode ser compreendida através de sintomas visuais em folhagens maduras. A deficiência de Ca ou S se manifesta primeiro em folhas mais novas.

 

Nitrogênio (N)

Como N fornece cor de vegetação verde graças ao pigmento clorofila, os principais sinais de deficiência de nutrientes nas plantas são folhas maduras mais novas e amareladas.

Sinais iniciais não verificados se desenvolvem em folhas secundárias ruins, listras roxas na haste, desmatamento de plantas ou atrofiamento. Um amarelo em forma de V ou grãos brilhantes são sinais específicos de deficiência N no milho. O arroz manifesta baixa produção de dossel e plantio.

 

Fósforo (P)

As plantas precisam de fósforo para construir proteínas, brotos, sementes e flores. Um sinal típico de deficiência de fósforo nas plantas é a coloração avermelhada, arroxeada ou avermelhada nas partes inferiores da folhagem madura.

Às vezes, a fome severa resulta em pontilhamento marrom e necrose. Deficiência de P nas plantas de grãos (por exemplo, trigo) resulta em má lavoura.

 

Potássio (K)

Usando K, as culturas resistem a doenças e fazem açúcares para sintetizar proteínas, duplicar células ou desenvolver raízes.

A deficiência de potássio nas plantas revela amarelamento irreparável da margem de folha, apodrecendo, queimando, enrugando, enrolando, encolhendo e necrose da nervura central.

 

Enxofre (S)

A nutrição sulfúrica promove o uso de nitrogênio e a criação de clorofila e proteínas. A nova folhagem verde-pálida para amarelo-escuro é um sintoma comum de deficiência de nutrientes vegetais por causa da deficiência de oferta de S. Em algumas culturas (por exemplo, canola), a folhagem pode rolar e girar roxa.

 

Cálcio (Ca)

Este produto químico ajuda na formação de novas células. Por essa razão, os pontos fracos de crescimento são um sintoma distinto da deficiência de Ca em umas plantas:

  • queimaduras nas pontas;
  • malformação de partes recém-cultivadas;
  • apodrecimento das pontas das flores;
  • queda de flores;
  • frutas pequenas.

Ao lado de outros nutrientes, as culturas requerem Mg para clorofila. Assim, o sub-abastecimento de Mg também afeta a coloração da cultura.

Os sinais frequentes de deficiência de Mg são veias de folhas verde-profundas, seções amareladas (posteriormente necroticas), folhas pequenas e queda das folhas inferiores.

 

Sinais de deficiência de nutrientes nas plantas de micro elementos

A vegetação utiliza micro nutrientes em doses menores, mas mesmo tais quantidades ainda importam para um crescimento saudável.

Sua deficiência pode ser compreendida através de sintomas visuais começando em folhas novas ou maduras. As novas folhagens é típico sofrerem de deficiência de Fe, Zn, B, Mn, ou Suprimentos. Sinais de quantidades insuficientes de Mo começam em folhas maduras.

 

Cobre (Cu)

Esses nutrientes impulsiona múltiplas atividades da vegetação, da fotossíntese à respiração. A fome de Cu é clara através do amarelamento e necrose, murcha de folhagem, floração pobre, desenvolvimento prejudicado, etc.

Um sinal reconhecível é a folhagem azul-esverdeado em alguns tipos de culturas (por exemplo, legumes e milho).

Cu é responsável pela produção de sementes, por isso sua deficiência resultará em pequenos grãos levando à perda de rendimento.

 

Ferro (Fe)

A vegetação usa Fe para fazer enzimas e proteínas, por isso sua deficiência afetará o crescimento. Folhas verde-pálidas, amareladas ou esbranquiçadas com pontos necrosos sinalizam deficiência de nutrientes fe nas plantas

O clareamento da folhagem superior por causa da sub-abastecimento de Fe é típico do algodão.

 

Molibdênio (Mo)

Mo participa na conversão de nitrogênio em amônia (fixação de nitrogênio), de modo que pequenas doses deste produto químico nos campos são vitais.

A deficiência de Mo nas culturas é diagnosticada através de margens amareladas e centros verde-pálidos de folhas maduras. A soja faminta por Mo fica verde-pálida. Danos não corrigidos progridem para necrose.

 

Zinco (Zn)

Juntamente com outros nutrientes, o zinco impulsiona o crescimento da vegetação. As culturas sinalizam a deficiência de Zn através de:

  • folhagens novas pequenas, clorolóticas, bronze ou irregulares;
  • brotos prejudicados;
  • amarelamento.
  • Brotos brancos são sinais peculiares de deficiência de Zn no milho.

 

Manganês (Mn)

A vegetação requer suprimentos de Mn para múltiplos fins, por exemplo, duplicação celular, clorofila predial ou respiração.

Os efeitos de uma deficiência de nutrientes nas plantas para Mn compreendem um tamanho minúsculo, enraizamento e enraizamento fraco, fragmentos amarelados entre veias e pontos escuros ou pontos necrosos.

 

Boro (B)

Fornecido como boráto, B é utilizado para duplicação celular, uso adequado da água e movimento de açúcares. Um sinal reconhecível de fome de boro é a chamada “vassoura das bruxas” devido a um broto lateral anormal.

Tal aparência espessa ou “roseta” é comum para alfafa ou carinata. Outros sinais são, folhas novas deformadas, minúsculas, frágeis e, às vezes enferrujadas. Folhagens maduras ficam brilhantes e verde-profundas.

 

Como identificar a necessidade de adubação?

análise do solo é fundamental para que o agricultor possa diagnosticar as condições do solo tanto químicas como físicas, como os teores nutricionais, acidez e o tamanho das partículas, permitindo avaliar a necessidade de calagem, quanto e qual tipo de calcário deve ser utilizado e quais nutrientes devem ser fornecidos por meio de adubação.

Análise do solo

Fonte: SBCS

Ou seja, a garantia de uma alta produtividade aliada a preservação do meio ambiente passa por um solo fértil e conservado e a análise do solo é fundamental para propiciar as melhores condições para as culturas desejadas.

 

 

Cálculo de adubação

No geral, para realizar o cálculo de adubação, é necessário se basear nas tabelas oficiais de cada Estado, onde há especificação de cada cultura.

Em síntese, elas são desenvolvidas com base nos resultados de pesquisa em adubação, nos quais são determinadas faixas de nutrientes do solo, que podem ser classificadas em muito baixo, baixo, médio, alto ou muito alto.

 

Cálculo de adubação cultura de soja

Nosso cálculo de adubação será baseado na cultura de soja.

Em primeiro lugar, podemos verificar que pela análise do solo, o teor de fósforo (P) é igual a 3,2 mg/dm³ e para o potássio (K) é 24 mg/dm³ ou 0,06 cmolc/dm³.

Nota-se que a tabela recomendada para esta faixa (assinaladas), N = 0, P2O5 = 70 a 80 kg/ha e K2O = 90 kg/ha. Portanto, a relação NPK é 00-75-90. Utilizamos 75 que é a média de 70-80.

No entanto, para simplificar essa relação, dividimos por 10, e teremos: 00-7,5-09. Já multiplicando esta relação por 3 teremos: 00-22-27.

Por fim, é uma formulação de fertilizantes que pode ser aplicada.

 

Quantos kg/ha?

A princípio, se for preciso 90 kg/ha de K2O, então (90/27) x 100 = 333 kg. Arredondamos para uma aplicação de 340 kg/ha. Portanto, esses 340 kg/ha x 22 (garantia de P2O5 da fórmula) divididos por 100 vão fornecer 75 kg/hade P2O5.

No entanto, se multiplicarmos a relação por 2 teremos uma outra formulação: 00-15-18. Para achar a quantidade: (75/15) x 100 = 500 kg/ha.

Dessa forma, esses 500 kg/ha x 18 (garantia de K2O na fórmula) divido por 100 vai fornecer 90 kg/ha de K2O. Quanto ao P2O5, 500 kg/ha x 15 dividido por 100 é igual a 75 kg P2O5/ha.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Os custos com a aplicação de fertilizantes na lavoura são muito elevados. Por isso, um bom manejo da adubação pode promover grande economia de recursos.

Diante disso, o cálculo de adubação assume um papel determinante para o sucesso de uma lavoura, uma vez que, indica a quantia ideal de nutrientes necessários para que ela cresça de forma saudável.

Com estas informações, espero que você possa fazer o melhor manejo de adubação na sua lavoura de soja.

Escrito por Michelly Moraes.

Calcário Magnesiano o que é e sua função!

Na agricultura moderna a aplicação de calcário para correção de acidez de solo é uma técnica muito difundida e recomendada. Porém, ainda se faz necessário esclarecer algumas dúvidas a respeito do assunto. Neste artigo vamos abordar sobre os três tipos de calcário com ênfase no magnesiano. Quer ficar por dentro de tudo?

Venha comigo!

 

Calcário Magnesiano

 

Os solos brasileiros, assim como os demais solos tropicais são, na sua maior parte, ácidos, característica que favorece o aparecimento de elementos tóxicos para as plantas, afetando negativamente a lavoura e dificultando o aproveitamento, pelas plantas, dos elementos nutritivos existentes.

O calcário é o principal produto utilizado para corrigir a acidez do solo. Em linhas gerais age reduzindo a quantidade dos elementos nocivos, aumentando o nível de Cálcio e Magnésio, tornando assim o solo mais aerado, permitindo maior circulação de água e melhor desenvolvimento das raízes e, em consequência, proporcionando o aumento da atividade dos microrganismos fazendo com que a adubação renda mais.

 

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O que é o calcário?

O calcário é uma rocha sedimentar composta por diversos minerais, sendo que tem quantidades acima de 30% de carbonato de cálcio (aragonita ou calcita). Por essa riqueza de minerais, ele ajuda a tornar os solos mais férteis e melhorar a produtividade das safras.

Esse tipo de rocha é formada pelo acúmulo de organismos inferiores como as cianobactérias ou no meio marinho pela precipitação de carbonato de cálcio na forma de bicarbonato. O calcário também é encontrado em rios, lagos e no subsolo.

O que é o calcário

 

Vale dizer que o Brasil está entre os principais países que produzem esse tipo de rocha, por isso a prática de fazer a calagem é uma frequente por aqui.

Além da aplicação de calcário no solo para mais produtividade, essa rocha é usada na produção de cimento, cal e vidro, além de ser um dos fundentes na metalurgia e também tem seu valor como pedra ornamental.

 

Para que serve a calagem? 

Como dito anteriormente, de modo resumido a calagem busca diminuir a acidez do solo e fornecer cálcio e magnésio para as plantas.

Nesse momento, é importante alcançar um índice de pH entre 5,5 e 6,5, já que são essas as quantidades adequadas para melhorar o aproveitamento de nutrientes pelas plantas.

No caso do Brasil, esse processo é ainda mais importante, uma vez que os solos do país podem ser muito ácidos, além de apresentarem uma quantidade considerável de alumínio, o que é tóxico para as plantas.

 

Quais são os benefícios da calagem?

De maneira mais específica, os benefícios desse processo incluem o aumento da disponibilidade dos nutrientes, redução na disponibilidade de alumínio, estímulo ao crescimento das raízes, exploração mais eficiente de água e nutrientes, aumento da tolerância à seca, melhora nas propriedades físicas e biológicas do solo, estímulo ao desenvolvimento da vida microbiana, redução de custos, aumento na produtividade, entre muitos outros.

 

Quais são os tipos de calcário?

A calagem é feita através da aplicação de corretivos de acidez do solo. Eles podem ser classificados por:

 

Calcário calcítico

Como vimos, o calcário calcítico é o que tem maior concentração de carbonato de cálcio (CaCo3) e baixo teor de carbonato de magnésio. Não é por outra razão que o seu nome leva a expressão “calcítica”.

Este tipo de calcário é muito utilizado para correção do solo, visto que é rico em carbonato de cálcio e extremamente eficaz para neutralizar a acidez do solo e deixá-lo favorável para a plantação. Sua qualidade é determinada pelo seu poder neutralizante.

 

Calcário dolomítico

O calcário dolomítico, por sua vez, possui maior teor de carbonato de magnésio (MgCO3). Na agricultura, ele é largamente utilizado em todo tipo de plantação, seja pequena, média ou grande.

Normalmente, é recomendado para correção dos solos que apresentam deficiência tanto em cálcio quanto em magnésio. Sua função será elevar o o pH (potencial hidrogeniônico) do solo, diminuindo, portanto, a acidez e deixando o solo em melhores condições para plantio.

O magnésio e o cálcio também são relevantes para a nutrição das plantas e diminuição da ação de elementos tóxicos como alumínio e o manganês. Por fim, vale dizer que esse processo de recuperação com calcário é conhecido como calagem.

 

 

Calcário magnesiano

Este tipo de calcário é considerado o intermediário. O teor de MgCO3 varia entre 10 % e 25%. O teor de CaO varia de 40% a 42%. O calcário magnesiano é obtido de rochas, cujo mineral predominante é a magnesita.

Em solo com teores equilibrados de cálcio e magnésio, este tipo de calcário é sugerido para manter estes elementos nas quantidades adequadas.

 

Mas, afinal, qual calcário utilizar?

Isso deve ser decidido através de sua análise de solo e observando os teores de pH, cálcio e magnésio do seu solo e do calcário que você tem à disposição.

No calcário, se atente ao poder de neutralização (PN) e reatividade do corretivo (RE), os quais definem o PRNT (Poder Relativo de Neutralização Total). Você pode ver o PRNT do calcário na própria embalagem do produto.

Se você estiver na dúvida entre dois calcários com mesmo PRNT, escolha aquele que possuir maior PN. Isso porque o PN representa a porção do calcário que tem capacidade de reagir no solo e, consequentemente, corrigir sua acidez.

 

qual calcário utilizar

 

Além disso, há algumas situações especiais que posso indicar alguns tipos específicos de calcário. No Sul do país, os calcários da região contém mais magnésio. Sendo indicado nessa situação o uso do calcário calcítico.

Já na região Sudeste, especialmente Minas Gerais, notamos teores baixos de magnésio no solo, já que na região é comum o calcário calcítico.

Assim, nesse caso recomendo o uso de calcário dolomítico.

Quanto ao aspecto econômico, já vimos a fórmula de custo da calagem no primeiro item deste texto, finalizando a etapa de escolha do calcário.

 

Conclusão

A aplicação de calcário é uma técnica da agricultura moderna usada para corrigir a acidez do solo, sendo muito difundida e recomendada para melhorar a produtividade das culturas agrícolas.

Vale lembrar que o tipo de calcário a ser usado é identificado com as análises do solo, já que seu uso fará a correção dos nutrientes da terra. Além desse ponto, cada cultura pede um grau de pH do solo específico.

Se você gostou desse conteúdo e te ajudou e esclareceu suas dúvidas. Comente e compartilhe em suas redes sociais!

Escrito por Michelly Moraes.

 

Pós-Graduação em Solos e Nutrição de Plantas

Saturação de bases: conceitos e aplicações práticas

Saturação de bases: conceitos e aplicações práticas

A Saturação de bases é uma característica química do solo, através dessas características conhecemos o status nutricional do solo e podemos traçar estratégias basais para a sustentabilidade agrícola.

A saturação por base guarda forte relação com o pH do solo e por isso pode ser considerado para os cálculos de necessidade de calagem, mas para sua correta aplicação é necessário compreender os conceitos básicos.  Bem como a correta forma de aplicação desta variável. Contudo, este texto traz uma abordagem conceitual e aplicada de Saturação por base.

Vamos juntos aprender!

 

Saturação de bases: conceitos e aplicações práticas

 

Saturação de bases é um dos muitos atributos obtidos a partir de uma análise química de solo.

Esse atributo tem cunho prontamente informativo, demonstra o status nutricional do solo e sua capacidade de fornecer nutrientes para as plantas. Além disso, permite a inferência da necessidade e quantidade de calcário necessárias para possíveis correções de pH do solo.

Diante de sua importância e praticidade, faz se necessário compreender os conceitos e a forma correta de utilizar esse parâmetro, como será abordado nesse artigo.

 

 

O que é Saturação por base?

Saturação de bases é uma característica química do solo e trata-se da proporção da capacidade de trocas catiônicas realizadas pelos cátions: cálcio, magnésio, potássio e sódio, em detrimento da capacidade de trocas catiônicas (CTC) total.

Sendo assim, a sua unidade de medida é porcentagem pois, é obtida através de um cálculo de índice, como será apresentado a seguir:

V% = (SB x 100) / CTC

Em que:

SB = Ca+2 +Mg+2 + K+ + Na+

CTC = Ca+2 +Mg+2 + K+ + Na+ + (H+Al)

SB trata-se da soma de bases que está no solo. No entanto, para o cálculo da soma de bases (SB), todos os elementos devem estar expressos na mesma unidade (cmolc/dm3).

 

Saturação por base e suas implicações nas reações químicas do solo

 

Saturação por base e suas implicações nas reações químicas do solo

Fonte: Ebook Interpretação de Análise de solo, Agropós.

 

Os cátions são normalmente adsorvidos pelas partículas sólidas orgânicas e inorgânicas do solo. As partículas inorgânicas do solo possuem arranjos tetraédricos de cátions (Al+3 e Si+4) com átomos de oxigênio, conhecidos como aluminatos e silicatos.

No entanto, os cátions de silício e alumínio são facilmente substituídos por cátions de menor carga, como:  cálcio, magnésio, potássio e ferro, o que torna as partículas do solo negativamente carregadas.

Adicionalmente, as partículas orgânicas liberam H+ de grupos carboxílicos e compostos fenólicos durante o processo de decomposição da matéria orgânica no solo. Torna-se negativamente carregada e pode adsorver cátions como potássio.

Nesse sentido, quando as partículas do solo estão carregadas negativamente, estão aptas a trocar cátions com a solução do solo e este processo disponibiliza os nutrientes para as plantas.

 

 

Esse processo é conhecido como a capacidade de trocas catiônicas (CTC).

Diante do exposto, cabe ressaltar que a saturação por base deseja computar a proporção de íons que estão contribuindo para esse processo. Mas que também contribuem para basificar o solo, e por isso passou a ser uma característica considerada nos cálculos de correção da acidez do solo.

 

Correção do solo considerando a Saturação por base 

Ao fazer breves observações na fórmula de Saturação por base é possível observar uma relação direta dessa característica com a acidez do solo pois, se a proporção de V% for menor que 50%, possivelmente as cargas do solo são proporcionalmente maiores para H+ e Al+3 . No entanto se o V% for maior que 70% as cargas do solo são prioritariamente as que o basificam, ou seja, não há necessidade de calagem.

Nesse sentido, essas observações demonstram a importância e a necessidade de considerar a Saturação por base nos cálculos de correção de acidez do solo.

O método de determinação da necessidade de calagem (NC) pela Saturação por base considera-se que para corrigir a saturação por base com calagem é necessário corrigir o pH do solo pois. Solos ácidos (pH de menor valor) apresentam menor Saturação por base e menor CTC do solo.

 Essas características levam ao empobrecimento do solo, pois os nutrientes serão perdidos por lixiviação ou estarão indisponíveis para as plantas.

O manual de recomendação de adubação e calagem para o estado de Minas Gerais traz a seguinte formula para o cálculo de NC (em t/ha) com base na SB:

NC = T (Ve – Va) / 100

Em que:

T = CTC a pH 7 = SB + (H + Al), em cmolc/dm3

SB = Soma de bases = Ca2+ + Mg2+ + K+ + Na+ em cmolc/dm3

Va = Saturação por bases atual do solo = 100 SB/T, em %.

Ve = Saturação por bases desejada ou esperada, previamente determinada para a cultura.

 

Aplicação prática

Para a aplicação dos conceitos apresentados é preciso lembrar que Ve é encontrado nos manuais de recomendação de adubação e calagem para cada estado, para o exemplo utilizamos o manual para estado de Minas Gerais.

Veja um exemplo prático:

Aplicação prática

Figura 2: Análise de solo para o cultivo da batata.

 

De acordo com a análise de solo acima, T = 6,63 cmolc/dm3, Va = 30,66% e Ve para batata é de 60%.

NC = 6,63 (60-30,66) / 100

NC = 1,945 t/há

 

Impactos na agricultura moderna

A saturação por base, está intimamente associada a outras características químicas do solo que afeta a nutrição das plantas. Dessa forma, uma boa Saturação por base (V) normalmente está associado a aspectos químicos como: maior CTC do solo, pH ideal e nutrientes essenciais disponíveis para as plantas, contribuindo para uma maior produtividade das culturas.

A CTC do solo demonstra o potencial produtivo do solo pois, trata-se da capacidade do solo de adsorver nutrientes, e mantê-los próximos ao sistema radicular das plantas. No entanto, quando as cargas negativas dos coloides do solo estão sendo ocupada ou direcionadas a ligações com H+ e Al+, não conseguem ligar-se a nutrientes essenciais as plantas como Ca, Mg e K.

Adicionalmente, o pH também afeta a produtividade das culturas, solos ácidos normalmente apresentam menor disponibilidade de nutrientes essenciais e aumentam a solubilidade de Al+3 o que causa toxicidade as plantas.

 

 

A CTC do solo

Por outro lado, solos com pH básico apresentam menor disponibilidade de importantes micronutrientes como Zn, Cu, Fe e Mn. Sendo assim, recomenda-se a correção dos solos agricultáveis para mantê-los com pH em torno de 6 a 6,5, intervalo que mantém a disponibilidade dos nutrientes essenciais às plantas.

Sendo assim, para solos com baixa V, pH ácido e elevado teor de Al+3 recomenda-se a correção com calcário, prática conhecido como calagem do solo.  Este elemento é o mais utilizado pelos agricultores devido menor preço, fornecimento de nutrientes e boa eficiência.

Durante o processo de solubilização e dissociação do calcário aplicado no solo forma-se íons de Mg+2, Mg+2 e HCO3. O HCO3 reage com água na solução do solo, formando íons de hidroxila (OH), água e dióxido de carbono (CO2) e neutraliza o pH do solo.

Neste contexto, a hidroxilas outrora formada reage com Al+3 (forma tóxica) formando Al (OH)3 (forma atóxica e insolúvel). Por fim, as cargas antes ocupadas com H+ e Al+3 são liberadas. O que permite a adsorção de nutrientes essenciais como Ca e Mg, que também são fornecidos pelo calcário. Contudo, a calagem melhora aspectos químicos e físicos do solo, aumentando a CTC, V e a capacidade produtiva dos solos agrícolas.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Inegavelmente a Saturação de bases é uma importante característica obtida de uma amostra de solo, portanto, considera-la para entender a natureza química e a fertilidade do solo é fundamental para a agricultura moderna.

Pois solos agrícolas que apresentam uma boa capacidade de fornecer nutrientes às plantas, bem como evitar perdas por lixiviação são desejáveis em um cenário global onde se busca a sustentabilidade do setor agrícola.

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Cupim do solo: conheça seus danos e controle!

Cupim do solo: conheça seus danos e controle!

O cupim de solo, também chamado de cupim subterrâneo ou de concreto, é um dos tipos de cupins que está infestando os centros urbanos com certa frequência. Como consequência da invasão, podemos perceber grandes prejuízos em construções e edificações. Diferentemente dos cupins de madeira, essa espécie é mais difícil de ser controlada por conta dos seus hábitos. Quer saber tudo sobre esse assunto?

Acompanhe!

 

Cupim do solo: conheça seus danos e controle!

 

Os Cupins Subterrâneos também conhecidos como cupins de parede, concreto, alvenaria ou solo são a praga urbana que mais causam danos aos patrimônios públicos e privados. Estima-se que o prejuízo ocasionado por esses insetos, é de 10 bilhões de dólares pelo mundo a cada ano.

A busca incessante do cupim subterrâneo por fontes de celulose, causa a destruição de armários, pisos, lambris, batentes, papéis e tecidos de fibras naturais.

Quando encontram fatores favoráveis para seu crescimento nos locais, acabam se instalando com facilidade e formando ninhos.

 

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O que é cupim?

O cupim é um inseto, portanto invertebrado, pertencente a ordem Isoptera, também sendo conhecido como térmita, siriri ou aleluia, dependendo da região.

Com mais de 2.000 espécies catalogadas em todo o mundo, os cupins são famosos por causar prejuízos econômicos, destruindo objetos de madeira e outros materiais com base em celulose.

Também causam grandes prejuízos em plantações e cultivos agrícolas, apesar de apenas 10% das espécies serem conhecidas por atacar plantas.

Dadas essas características, é natural que sejam reconhecidos como pragas, mas possuem também uma importante função ecológica na natureza. Se considerarmos a quantidade de espécies, a ordem dos cupins é intermediária entre os insetos.

Mas, em termos de biomassa e quantidade de indivíduos, os cupins se assemelham às formigas, minhocas e até mesmo aos seres humanos, estando entre os animais mais abundantes do planeta. Para entendermos melhor, vamos conhecer um pouco sobre os tipos de cupim.

 

Tipos de cupim

Como mencionamos, existem milhares de espécies diferentes de cupins. Mas, para fins de estudo, podemos classificá-los em dois tipos: os cupins de madeira e os cupins subterrâneos, afinal de contas são esses os que mais afetam a vida do ser humano.

 

Cupim de madeira seca

Os cupins de madeira seca se instalam dentro de peças e móveis de madeira com baixa umidade. É muito comum que apareçam em telhados, batentes, móveis e outros objetos feitos de madeira.

Embora as colônias não sejam muito grandes, esses cupins causam sérios estragos, pois sua detecção só é possível quando o ataque já está em níveis avançados de destruição.

O ataque acontece pela criação de galerias dentro da madeira, onde os cupins se locomovem e se reproduzem. Geralmente só se percebe a presença da colônia quando as fezes são descartadas para o lado de fora da peça de madeira.

Entre os períodos de setembro a dezembro, os cupins abandonam os abrigos e voam, até se desprenderem de suas frágeis asas. Assim, fugindo da luz, buscam construir novas colônias em objetos de madeira, dando início às infestações.

 

Tudo o que você precisa saber sobre a mosca branca (Bemisia tabaci)

 

Cupim subterrâneo

Os cupins subterrâneos são considerados uma praga urbana de grande potencial de destruição. Alimentam-se não apenas de madeira, mas também de qualquer outro material que contenha celulose e, diferentemente dos citados acima, precisam de umidade para sobreviver.

Por esse motivo, geralmente a colônia é desenvolvida no solo. Nas construções, não importa se a madeira está em contato direto com o solo para que seja atacada.

Construções de alvenaria são as mais visadas, pois esse tipo de cupim constrói as galerias de acesso através de fundações, paredes, tubulações, entre outras estruturas, enquanto o núcleo da colônia se mantém em solo.

Os indivíduos operários desse tipo de cupim se deslocam entre colônia e construção em busca de alimento, retornando diariamente para a colônia em busca de umidade. Tubos de lama são os principais indicativos de uma infestação por cupins subterrâneos.

Esse artigo foca no cupim subterrâneo, para aquele quem tem um terreno e está projetando ou está iniciando a construção.

 

Tudo sobre o cupim de solo

 

Quanto ao seu habitat

Os cupins subterrâneos constroem suas colônias preferencialmente no solo, em local subterrâneo, pois dependem da umidade para se desenvolver.

A população das colônias do cupim subterrâneo é enorme, podendo até chegar a milhões de indivíduos.

 

Colônia

Nesses locais supracitados, o cupins de solo iniciam sua colônia. Eles são organizados em uma sociedade dividida em castas: casal real, operários, soldados, alados e reprodutores.

Uma única colônia pode ter mais de 1 milhão de habitantes. Além disso, os cupins podem chegar até 100 m de distância do foco dos seus rastros.

 

Ninho

O cupim de solo não constrói seu ninho dentro da madeira. Ele busca o alimento e o leva para o restante da colônia. Logo, sua área de atuação se estende para além do seu local de habitat.

Os ninhos são formados por uma mistura de madeira, fezes animais, barro e saliva dos próprios insetos.

 

Identificação

A melhor forma de identificar um cupim de solo é se atentar ao soldado. Ele possui uma cabeça amarelada/alaranjada, possui pinças é mais claro que o cupim de madeira seca.

 

 

Consumo

O consumo é bem característico desse tipo de cupim. Para buscar o alimento e levá-lo até a colônia, os cupins de solo criam trilhas de forjamento.

Eles constroem esses túneis para se protegerem da luz e conseguirem buscar alimentos em locais mais afastados.

 

Riscos

A presença de cupins de solo em imóveis pode gerar grandes prejuízos financeiros. Eles possuem alta capacidade de degradação de estruturas de madeira e concreto.

Além da construção, também podem danificar interruptores, fiações elétricas e de telefonia. Ou seja, essas pragas urbanas são o verdadeiro pesadelo dos proprietários!

 

Funções

O cupim de solo possui funções importantes para o meio ambiente. Veja:

  • degradação da celulose desprezada pela natureza;
  • aeração do solo;
  • transporte de nutrientes.

Portanto, o ideal é prevenir que esse inseto chegue até sua casa, mas que ainda continue na natureza para manter o equilíbrio desta.

 

Controle de cupins

O controle de cupins depende da espécie e de suas características biológicas. Os cupins de monte podem ser controlados mecanicamente através da broca perfuradora de solo, acoplada ao trator, durante o inverno, antes da fase reprodutiva.

Dois meses após, deve-se repassar a broca nos cupinzeiros que continuam em atividade. A injeção de inseticidas, através de uma abertura no topo do monte, é outra alternativa eficiente de controle da praga.

O controle biológico aplicado, através do uso de fungos multiplicados em laboratório, pode ser adotado para cupinzeiros-de-monte.

Resultados com a injeção de Beauveria bassiana e de Metarhizium anisopliae em cupins-de-monte, são promissores. Entretanto, esses fungos ainda não estão sendo comercializados para controle de cupins.

Os cupins subterrâneos são de difícil controle. O tratamento de sementes ou a aplicação de inseticidas no sulco de semeadura são as alternativas de proteção de sementes e plântulas de milho.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Como dito acima os cupins representam grande risco para residências e prédios em todo o mundo. É considerado uma das pragas que mais causam prejuízos materiais, afetando imóveis em diversas circunstâncias.

Neste artigo falamos tudo que você precisa saber sobre esse inseto que causa tantos prejuízos, além de mostramos a forma de controlar o mesmo.

Então, o que você achou do nosso artigo? Se você gostou, não deixe de compartilhá-lo nas suas redes sociais e ajude mais pessoas a se informar sobre esse assunto.

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