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Textura do solo: o que é e como identificar!

Textura do solo: o que é e como identificar!

A textura do solo envolve o tamanho e a dimensão de componentes minerais integrados a terra. Sendo mais específico, é referente a quantidade de areia, silte e argila contida no solo. Neste artigo vamos abordar tudo sobre esse assunto!

Vamos lá!

 

Textura do solo: o que é e como identificar!

 

O que é solo?

Os solos são formados a partir da desagregação e decomposição das rochas preexistentes, por isso, e assim como existem diferentes tipos de rochas, os solos também são variados.

Os solos são formados a partir de partículas minerais, matéria orgânica, água e ar. E os fatores de formação dos solos são o material de origem, o clima, o relevo, os organismos e a própria ação do tempo.

 

 

A importância do solo

Um solo bem equilibrado é responsável por fornecer nutrientes e água aos cultivos, assim, sua importância é essencial.

Os elementos essenciais exigidos em maiores quantidades pelas culturas são chamados macronutrientes (entre eles: N, P, K, Ca, Mg e S). Já aqueles demandados em menores quantidades são chamados micronutrientes (B, Cl, Cu, Fe, Mn, Mo e Zn,)

Por causa principalmente do clima, a maioria dos solos tropicais contam com níveis de acidez de médio a alto (pH em água < 6,0) e baixos teores de elementos essenciais. É por esse motivo que a análise do solo faz toda a diferença, seja para fazer a calagem ou a adubação.

 

Importância da textura do solo

O conhecimento da textura permite indicar as tendências do solo quanto às suas qualidades físicas. Por exemplo, solos ricos em areia são permeáveis, filtrantes, especialmente porque a areia é grossa. Se os elementos grossos, adicionar muita areia fina e silte. Eles tendem a selar os interstícios entre os elementos grosseiros, tornando o solo mais ou menos impermeável.

Se forem adicionadas quantidades suficientes de argila aos siltes e areias, especialmente na presença de húmus, pode surgir uma estrutura fragmentária. Assegurando a permeabilidade enquanto retém água suficiente para a vegetação.

No campo, a avaliação tátil é possível diretamente, mas requer um mínimo de experiência. Vários elementos podem modificar as sensações: o estado de umidade, a presença de cascalhos finos, etc..

 Alguns critérios de apreciação permitem, pelo menos, organizar as terras entre as grandes categorias: solos argilosos ou arenosos.

 

 

Propriedades de um solo: textura

A textura corresponde a uma das propriedades físicas de um solo e corresponde à proporção em que se encontram no solo os seus constituintes (e que têm interesse agrícola).

Assim sendo, os solos podem apresentar diversas texturas: argilosa, arenosa e franca.  Aprenda neste artigo a distingui-las.

 

Propriedades de um solo

 

Solo com textura argilosa

Um solo com este tipo de textura é um solo que, de uma forma geral, é um solo rico em nutrientes e que confere um grande poder de fixação e sustentação às raízes.

No entanto, possui a desvantagem de apresentar um solo com uma fraca circulação do ar, infiltração de água e penetração de raios solares.

Os solos com textura argilosa são caracterizados por encharcarem com relativa facilidade no Inverno e tornarem-se excessivamente secos no Verão.

Um solo com textura argilosa é também considerado um “solo pesado” e por essa razão revela-se difícil de ser trabalhado. Um solo argiloso possui um grande poder de retenção de água e nutrientes.

 

O que é um solo arenoso?

Solo arenoso também chamados de solo leve ou que possuem textura leve. São aqueles que se destacam pela grande proporção de areia em sua composição (70%) e menor parte de argila (menos de 15%).

Os solos arenosos são constituídos quase que exclusivamente por grãos de areia, ou seja, quartzo, desta maneira são pobres em nutrientes.

 Grande parte desses solos está alocado na nas regiões do nordeste brasileiro onde temos os maiores problemas na agricultura.

Os solos arenosos distribuem-se em extensas do país. São mais suscetíveis à degradação e perda da capacidade produtiva quando comparado aos de textura mais fina. E em condições ambientais semelhantes pois são pobres em nutrientes.

Em razão da baixa capacidade tampão, relacionada aos baixos teores de argila e de matéria orgânica ou adubo orgânico, geralmente apresentam baixa capacidade de retenção de nutrientes e de água.

 

Solo com textura franca

Um solo com textura franca é um solo que, quando comparado com os solos acima indicados, é um solo relativamente fácil de se trabalhar (sendo, no entanto, um pouco mais pesado que o arenoso).

No que diz respeito ao arejamento, infiltração e capacidade de retenção de água e nutrientes bem como penetração dos raios solares. Situa-se na posição intermédia entre o solo argiloso e arenoso.

Podemos assim referir que um solo franco é um solo intermédio, que se possuir na sua constituição de uma forma razoável argila é considerado um solo franco-argiloso.

O mesmo acontece se possuir na sua constituição uma boa percentagem de areia, designando-se por franco-arenoso.

 

 

Textura do solo e poluentes agrícolas

A definição de “bom solo” varia de acordo com o uso que se faz dele e sua localização geográfica. Os solos com alta proporção de argila são os mais produtivos.

Solos argilosos têm boa capacidade de retenção de umidade. No entanto, em um clima com precipitação abundante, os mesmos solos argilosos seriam difíceis de explorar sem um sistema de drenagem elaborado.

Isso está ligado à erosão de sedimentos ou dissolvido no escoamento superficial que os poluentes são transportados para corpos d’água superficiais.

 Os sedimentos são transportados pela água ou pelo vento. Materiais dissolvidos também podem infiltrar-se nas águas subterrâneas. O risco de tal situação depende em grande parte da textura do solo.

Seja qual for o tipo de solo, é sempre aconselhável estabelecer boas práticas de conservação do solo e da água. No entanto, o gestor responsável também considera os vários riscos associados a cada textura do solo. Felizmente, algumas práticas de gerenciamento ajudam a reduzir esses riscos.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

A textura do solo é um dos principais parâmetros utilizados como indicadores de qualidade física do solo. Através da sua determinação é possível inferir sobre outros parâmetros. Além de compreender o comportamento e manejo do solo, importantes para a produtividade agrícola.

Neste artigo mostramos a importância em conhecer a textura e a classificação de cada um deles e suas características.

 já sabia como classificar o solo quanto à sua textura? Qual o tipo de solo que possui? Diga-me nos comentários.

Escrito por Michelly Moraes.

O que são microrganismos? Veja a importância no solo!

O que são microrganismos? Veja a importância no solo!

O solo é considerado o ecossistema mais biodiverso do planeta, em razão da grande quantidade e diversidade de microrganismos. Estima-se que, em apenas 1 colher de chá de solo, possam existir mais de 50 bilhões de microrganismos. Esses seres podem favorecer, entre outras coisas, a resistência, produtividade e qualidade das culturas agrícolas. Mas o que são microrganismos?

 

O que são microrganismos? Veja a importância no solo!

 

A saúde do solo, essencial para um bom cultivo, depende diretamente da quantidade de microrganismos ali presentes.

É através desses pequenos seres vivos que a terra ganha suas propriedades produtoras, deixando de ser um composto de rocha para se tornar o solo fértil que poderá ser utilizado.

Os microrganismos sempre estiveram presentes e são, em sua maioria, seres que vivem em contato direto com a terra e que, por fazerem daquele ambiente seu habitat.

Acabam influenciando de maneira positiva na qualidade do solo daquele espaço.

 

 

O que são os microrganismos?

Os microrganismos são seres extremamente pequenos! Para se ter ideia, alguns deles possuem uma célula ou nenhuma. Isso mesmo, nenhuma!

Por conta do tamanho, são invisíveis à olho nu e só podem ser vistos com a ajuda do microscópio. São eles: vírus, bactérias, protozoários, fungos e vermes. Que apesar de pequenos são capazes de causar doenças gravíssimas para todos os humanos e demais seres vivos.

Todo ser que vive em nosso planeta possui microrganismos e a gente já te adianta que nem todos os são maléficos para a vida humana. Hoje vamos abordar sobre os microrganismos no solo, vamos lá?

 

Qual é a importância dos microrganismos?

Os microrganismos do solo são uma parte indispensável dos agroecossistemas. Sendo responsáveis por desempenhar diversas funções importantes que vão desde participação na ciclagem de nutrientes à promoção do crescimento das plantas.

Avalia-se que 97% de todos os microrganismos conhecidos sejam benéficos a outros organismos, como as plantas, formando um verdadeiro exército do bem que auxilia o agricultor no manejo das lavouras.

 

Os diferentes tipos de microrganismos no solo

Os microrganismos podem ser divididos entre diversos seres vivos, desde bactérias e fungos, até algas. Cada solo possui suas principais características e a forte presença dos microrganismos, faz com que o uso de produtos químicos seja facilmente dispensável. Uma vez que o equilíbrio do solo é atingido de forma natural.

Dentre os principais grupos de microrganismos do solo, algumas espécies têm se destacado frente ao potencial dos seus benefícios no meio agrícola, como:

  • Bradyrhizobium japonicum;
  • Bacillus amyloliquefaciens;
  • Trichoderma harzianum;
  • Metarhizium anisopliae;
  • Azospirillum brasilense;
  • Paenibacillus ;
  • Bacillus megaterium;
  • Bacillus aryabhattai;
  • Beauveria bassiana;
  • Bacillus subtilis;

 

Benefícios de fungos e bactérias para a lavoura

Embora não sejam vistos, fungos e bactérias sustentam toda a vida que pulsa no solo. Nesse sentido, um solo vivo e saudável é indispensável para uma lavoura produtiva. Com as condições que podem garantir a expressão de todo o potencial do plantel cultivado.

Por essa razão, é tão importante que essa comunidade se mantenha ativa e receba condições de continuar oferecendo os benefícios que as plantas não dispensam. Veja a seguir o que o produtor e a lavoura ganham com o trabalho de fungos e bactérias no solo.

 

Promovem a reciclagem da matéria orgânica

O primeiro aspecto do trabalho de fungos e bactérias no solo é a atuação deles como decompositores. Durante o processo de reciclagem, há uma fase intermediária na qual a matéria orgânica sob ação desses microrganismos se transforma em húmus.

O húmus é o principal responsável pela qualidade de frescor e umidade do solo. Essencial para um bom desenvolvimento do sistema radicular. Além de manter as temperaturas mais amenas, apresenta grande capacidade de retenção de umidade. Evitando que a água do solo se disperse ou evapore.

 

Disponibilizam nutrientes para as plantas

Pela decomposição da matéria orgânica, fungos e bactérias degradam a matéria orgânica até a liberação de seus componentes minerais que constituem os nutrientes indispensáveis às plantas.

 A liberação de minerais representa a fase final do processo de decomposição, isto é, a missão cumprida daqueles microrganismos no processo de reciclagem.

Existem ainda outras formas pelas quais esses grandes parceiros do solo e das plantas facilitam o acesso a nutrientes: são as parcerias tecnicamente denominadas de simbiose.

 

Participam de simbiose com as plantas

Simbioses são relações entre seres vivos do tipo ganha-ganha, isto é, todos saem ganhando com a relação. Uma das simbioses entre bactérias e plantas mais exaustivamente estudadas é a da fixação do nitrogênio do ar: as plantas abrigam as bactérias em suas raízes e recebem nitrogênio em troca.

Embora cerca de 78% do ar seja constituído por nitrogênio, a forma gasosa (N2) em que esse elemento se encontra não é absorvida pelas plantas. O que as bactérias fazem é pegar esse nitrogênio gasoso e transformá-lo em amônia (NH3), forma que a lavoura utiliza e agradece.

 

Funcionam como indicadores da qualidade do solo

A biomassa microbiana (conjunto dos microrganismos do solo) é um dos principais indicadores microbiológicos de qualidade do solo.

Assim, as porções vivas da matéria orgânica do solo (bactérias, fungos e outros microrganismos) são, além de tudo, um importante reserva de nutrientes capazes de se tornarem disponíveis às plantas devido à sua rápida reciclagem.

Como é bastante dinâmica e facilmente influenciada pelas formas de uso e manejo do solo, ou qualquer outro distúrbio ocasionado. Sua avaliação permite qualificar as condições do solo. Por essa razão, constituem excelentes indicadores da qualidade da saúde do solo.

 

Solos no Brasil

 

Recuperar solos degradados

Fungos e bactérias têm eficácia na recuperação de solos degradados. Mesmo em áreas de solo completamente exposto. A presença de fungos e bactérias permite uma revegetação mais acelerada, viabilizando sua recuperação.

A atuação dos microrganismos no solo facilita a disponibilidade de água, nitrogênio e fósforo para as plantas. Trabalhos de fitotecnia e seleção de estirpes permitem definir os melhores microrganismos para cada lavoura.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Portanto, podemos concluir que os microrganismos do solo são essenciais para a nutrição de plantas e devem sempre ser preservados pelo agricultor. Com a escolha adequadas de práticas de manejo dos sistemas agrícolas, usando fertilizantes adequados e que favoreçam a saúde da microbiota do solo.

Em caso de dúvidas, é importante consultar um especialista da área, que irá te orientar de forma segura. Gostou de nosso artigo? Compartilhe e comente!

Escrito por Michelly Moraes.

Solo do cerrado: como alcançar a produtividade!

Solo do cerrado: como alcançar a produtividade!

Pensando em te ajudar nessa missão, reunimos 5 dicas para melhorar a fertilidade e produtividade do solo do cerrado. Confira!

Cerca de 60% da produção brasileira de grãos acontece nos solos do cerrado. O cuidado com a fertilidade destes solos é fundamental para os ganhos de produtividade na produção nacional. Para aumentar a capacidade produtiva. É preciso buscar alternativas para a construção do perfil do solo.

O grande problema dos solos do cerrado encontra-se no fato de que mais de 95% destes solos possuem a fertilidade nas camadas superficiais. O que dificulta alcançar todo o potencial produtivo das culturas implantadas.

 

Solo do cerrado: como alcançar a produtividade!

 

Solo do cerrado

O solo do cerrado é pobre em nutrientes e possui nível elevado de acidez. Devido a tais características, o solo possui o tom avermelhado. Como a região conta com falta de chuva, o solo é seco.

Há alguns anos, o solo não era apropriado para a agricultura. Entretanto, com o advento da tecnologia, técnicas de irrigação e plantio têm sido empregadas para diminuir as deficiências do solo e deixá-lo mais produtivo.

O emprego da tecnologia nesse sentido foi chamado de Revolução Verde e começou a partir da década de 1970.

 

 

Características do solo do cerrado

Considerado o segundo maior bioma do Brasil, o cerrado cobre uma área de 2 milhões de km² ou 204 milhões de hectares  cobrindo quase um quarto de toda a extensão territorial do país.

Os solos do cerrado estão presentes, principalmente, nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, aparecendo no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, dentre outros estados.

O solo do cerrado caracteriza-se pela predominância dos latossolos e pela sua acentuada acidez. Esses solos foram bastante trabalhados pelos agentes intempéricos. Como clima, água e vento, o que afetou sua fertilidade e qualidade para a produção agrícola.

Além disso, a camada externa do solo do cerrado sofreu ação da água das chuvas, o que diminuiu, em elevado grau, a sua fertilidade ao longo do tempo. Por isso, não é um solo naturalmente propício ao desenvolvimento de plantações agrícolas.

Os solos do cerrado também são considerados bastante profundos e com elevada capacidade de infiltração da água. Apesar do grande índice de infiltração, é um solo que apresenta  limitada capacidade de armazenamento da água.

Devido à sua acentuada acidez, o solo do cerrado apresenta baixa disponibilidade de nutrientes essenciais. Como nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K), cálcio (Ca), magnésio (Mg), etc. Esse tipo de solo possui, ainda, alta concentração de alumínio.

 

Solos no Brasil

 

Benefícios da construção do perfil do solo

Por mais que seja um desafio, a construção do perfil do solo em profundidade deve fazer parte dos objetivos dos produtores do cerrado. Afinal, com o aprofundamento do sistema radicular, é possível obter uma série de benefícios, como:

  • Aumento na capacidade de produção;
  • Maior aproveitamento de nutrientes móveis, como nitrogênio, boro e enxofre;
  • Redução de perdas causadas por doenças radiculares e nematoides;
  • Contribui para a atividade biológica do solo;
  • Formação de agregados do solo;
  • Ciclagem de nutrientes;
  • Adição de carbono em profundidade;
  • Maior absorção e retenção de água
  • Alto teor de matéria orgânica no solo;
  • Descompactação do solo.

Por fim, vale destacar que a construção do perfil do solo reflete diretamente na fertilidade. Solos com fertilidade construída proporcionam efeitos residuais cumulativos. Resultando em teores de macro e micronutrientes altos ou muitos altos. Consequentemente, o solo pode manter sua estabilidade produtiva por mais tempo.

 

Como melhorar a fertilidade do solo do cerrado?

Existem algumas práticas que são recomendadas para melhorar a qualidade de diversos tipos de solo e, principalmente, dos solos do cerrado. Veja o que você pode fazer em sua propriedade!

 

Calagem

A calagem é uma técnica de preparo do solo realizada com dois objetivos principais: reduzir a acidez e, consequentemente, aumentar o pH do solo. E fornecer cálcio e magnésio para o correto desenvolvimento das plantas. Essa técnica deve manter o pH do solo entre 5,5 a 6,5, já que nessa faixa os nutrientes se tornam disponíveis para as plantas.

 

Calagem: conheça 5 benefícios dessa aplicação!

 

Além de eliminar a acidez, a calagem aumenta a CTC, favorece a disponibilidade de nutrientes para as plantas, neutraliza a toxicidade do alumínio. Estimula o crescimento das raízes, melhora as propriedades físicas e biológicas do solo. Além de cumprir diversas outras funções importantes para a correção dos solos do cerrado.

 

Sistema de plantio direto

O Sistema de plantio direto (SPD) tem como base o revolvimento mínimo do solo e a presença da cobertura de palhada. Essas técnicas favorecem a fixação biológica de nitrogênio e a presença de microrganismos benéficos à produção. Que são importantes meios para a conservação e melhoria da produtividade dos solos do cerrado.

O acúmulo de resíduos vegetais na superfície do solo aumenta ainda mais a eficiência do plantio direto, cumprindo importantes funções. Como redução da perda de nutrientes por lixiviação, diminuição da perda de água por evaporação, redução da erosão, favorecimento do crescimento vegetal, entre outras.

 

 

Rotação de culturas

O solo do cerrado é muito sensível à monocultura e se degrada rapidamente sob essa condição. Por isso, a rotação de culturas – técnica que também deve fazer parte do sistema de plantio direto – é essencial para reduzir os impactos da monocultura na qualidade do solo.

A rotação ajuda a melhorar as condições físicas, químicas e biológicas do solo no longo prazo, contribui para a redução de doenças, plantas daninhas e pragas, possibilita a reposição de matéria orgânica e aumenta a retenção de água. Tudo isso contribui para o enriquecimento e construção de um solo mais fértil.

 

Construção do perfil do solo em profundidade

O solo do cerrado requer a correção da fertilidade em profundidade para que as raízes das plantas tenham condições favoráveis para explorar um maior volume de solo. Para a correção do problema, é fundamental levar nutrientes em profundidade.

Isso porque a fertilidade desse tipo de solo encontra-se principalmente nas camadas superficiais, impedindo assim o potencial produtivo das culturas.

Por outro lado, o aprofundamento do sistema radicular propiciado pela construção do perfil do solo em profundidade permite o correto desenvolvimento das plantas durante seu ciclo produtivo.

 

Fertilizantes organominerais

O uso de fertilizantes é essencial para aumentar a fertilidade e produtividade nos solos do cerrado. Nesse sentido, os organominerais podem ser grandes aliados do produtor. Esses insumos são produzidos com matéria orgânica selecionada, levando ao aumento da atividade microbiológica do solo.

A presença de matéria orgânica ainda ajuda a criar um solo rico e saudável, com uma boa biodiversidade. Permitindo à planta obter do solo nutrientes e umidade suficientes, resultando em uma cultura saudável e com alta resistência a doenças, pragas e plantas daninhas. Além disso, os organominerais proporcionam uma série de benefícios, como:

  • Disponibilidade gradual de nutrientes;
  • Redução da perda de nutrientes;
  • Redução de erosão;
  • Aumento na capacidade de absorção de água;
  • Menor necessidade de insumos químicos.

 

Outras práticas recomendadas para o solo do cerrado

Adição de carbono em profundidade em função do desenvolvimento de raízes e da adição de exsudatos que são importantes para atividade biológica. Com esta adição de carbono, ocorre uma melhoria da estrutura do solo que irá facilitar o aprofundamento das raízes das próximas culturas.

Aumento da eficiência do uso da precipitação. Para isto, é muito importante incrementar a infiltração de água no solo, aumentar a armazenagem e finalmente aumentar o uso da água armazenada em camadas mais profundas do solo. Procure manter o solo coberto, com uma estrutura favorável à infiltração, formada por agregados estáveis.

Do ponto de vista de estratégias biológicas, a alternância de sistemas radiculares com diferentes características é fundamental. Isto é relevante para que a taxa de fotossíntese se mantenha elevada, com isto as plantas terão mais vigor, resistência aos estresses bióticos e abióticos e irão produzir mais.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Como dito acima o solo do cerrado é impróprio para a agricultura devido aos seus atributos físicos, químicos e biológicos. Onde os agricultores se preocupam com a situação.

Neste artigo citamos algumas técnicas que podem te ajudar colocamos algumas dicas para que vocês alcancem a alta produtividade neste solo.

Gostaram? Curta e comente!

Escrito por Michelly Morais.

 

Entenda como o solo é formado e sua importância!

Entenda como o solo é formado e sua importância!

O solo é a camada mais superficial da crosta terrestre. No agronegócio, ele assume um papel de grande importância, uma vez que é essencial para o desenvolvimento das atividades agrícolas. Mas, você já se perguntou como o solo é formado?

Acompanhe!

 

Entenda como o solo é formado e sua importância!

 

O que é solo?

O solo é definido como uma mistura complexa de materiais orgânicos e minerais, formada a partir do fenômeno de intemperismo. O intemperismo se trata do conjunto de alterações físicas, químicas e biológicas que as rochas sofrem quando ficam expostas na superfície da Terra.

Na prática, são decomposições e desagregações que, aos poucos, vão formando os tipos de solo que conhecemos. As características morfológicas presentes e observáveis dos solos permitem discernir determinado tipo de solo dos outros.

Características observadas:

  • Cor: a fim de ter um padrão para a identificação da cor do solo, é comum utilizar as Tabelas de Cores Munsell, pensadas para as variações de cor em escalas de três elementos – matiz, valor e croma.
  • Textura: tem muita influência na ação da água e na química do solo, portanto essa avaliação tem grande importância para o manejo deste.

Vale dizer que o processo de formação do solo é bastante lento. De acordo com a Embrapa, levam-se cerca de 400 anos para se formar apenas 1 centímetro de solo, acredita?

 

 

Importância do solo

O solo corresponde à camada mais superficial presente na crosta terrestre e é muito importante para o desenvolvimento de basicamente todas as atividades humanas. Sendo base para todos os objetos técnicos oriundos das relações dos seres humanos com a natureza.

Ele é aproveitado para diversas atividades econômicas, principalmente pela exploração de recursos minerais e energéticos, que servem de matéria-prima para a atividade industrial, da construção civil e para a produção de objetos do nosso uso diário.

O solo também é importante no armazenamento de água, devido ao abastecimento dos lençóis freáticos, dos aquíferos e o surgimento de nascentes.

É um consenso que a qualidade de vida dos solos influencia diretamente na qualidade de vida de todos os fatores bióticos (vivos) e abióticos (não vivos) do planeta Terra. Sendo assim, existe um debate diário sobre o processo de manutenção e cuidado em relação aos impactos ambientais no solo, com o objetivo principal de proteger a natureza e recursos naturais.

 

Como o solo é formado?

Os solos se formam principalmente a partir da decomposição de rochas de origem, também chamadas de rochas mãe, no processo conhecido como pedôgenese. Ele é resultado da ação de diversos agentes, como o clima, relevo e certos organismos, que atuam sobre o material de origem durante um período de tempo.

O processo é composto tanto de perdas quanto de adições, transformações e transportes de materiais e envolve diversos agentes.

No caso, pode-se dizer que nem sempre houve solo onde ele existe atualmente, mas apenas grupos rochosos que sofreram ações de desagregação dos agentes de intemperismo e deram origem às camadas de solo presentes. No caso, fenômenos como os ventos e as chuvas retiraram partes das rochas que se juntaram e formaram os solos.

Para isso acontecer se leva muito tempo. A formação de um centímetro de solo pode demorar 400 anos. É um processo muito lento, por isso é preciso bastante cuidado para não deixar o solo inútil.

 

A pedôgenese tem uma sequência natural de fenômenos, que se dá assim:

  • Decomposição da rocha pelos agentes de intemperismo;
  • Acúmulo de material orgânico sobre os detritos;
  • Enriquecimento do solo a partir da decomposição do material orgânico e formação dos horizontes do solo;
  • Constituição dos diversos horizontes do solo e apresentação de camada superficial própria para o plantio.

 

Quantas são as camadas do solo?

 

Os horizontes são as camadas dos solos, elas são 4 ao todo:

  • O Horizonte O: é o horizonte orgânico, a camada mais externa do solo, composta por matéria orgânica em decomposição;
  • O Horizonte A: horizonte mais próximo da superfície composto de minérios e com relativa presença de matéria orgânica;
  • E o Horizonte B: possui presença abundante de minerais e quase nada de matéria orgânica;
  • Horizonte C: formado pelos sedimentos da rocha mãe, muitas vezes com saprolitos, uma mistura de minerais primários e secundários.

 

Quais são os fatores de formação dos solos?

A formação do solo ocorre por meio de processos e de fatores, que são mais ou menos a matéria-prima trabalhada pelos agentes.

Para ficar mais claro, imagine que você tem de construir uma cadeira. Não basta você saber os processos (serrar, pregar, envernizar etc.), você precisa do material para isso (madeira, pregos, verniz). Assim também acontece com os solos. Há os processos, mas ela também precisa do material, que chamamos aqui de fatores.

Fatores que influencia na formação do solo

 

São eles:

  • Material de origem: pode ser de natureza mineral (rochas ou sedimentos) ou orgânica (resíduos vegetais). Porém, o material rochoso é o principal e determina a maior parte das características do solo.
  • Relevo: o tipo de relevo determina as ações dos agentes do intemperismo. Por exemplo, a infiltração de água no relevo mais inclinado é menor, diminuindo a ação deste agente.
  • Clima: a principal influência do clima no modo como ocorre a formação dos solos está relacionada a precipitação e temperatura, mas também existe a ação dos ventos, que são agentes de intemperismo.
  • Organismos vivos: atuam de forma contínua tanto na formação, quanto na transformação do solo, conservando-o, degradando-o ou alterando sua composição. Os corpos destes organismos são fonte de material orgânico, que constitui o solo após a morte deles.
  • Tempo: O tempo também deve ser levado em conta. As áreas geologicamente mais antigas sofreram mais ações intempéricas, ocasionando em solos mais profundos e alterados, enquanto as mais recentes possuem solos mais jovens e rasos, com menor quantidade de material orgânico.

O clima é um dos principais fatores para a formação dos solos. Esses processos de formação do solo levam em conta a infiltração de água ou a descompactação de partículas por outros elementos físicos ou químicos, e, assim, o solo vai aumentando, crescendo, desenvolvendo-se, pois, quanto mais profundo é o solo, mais desenvolvido ele é.

Compreendemos que existe a formação de solo recente e avançada, sendo que, desta forma, os solos mais antigos apresentam essa estrutura mais consolidada, enquanto os solos mais jovens, muitas vezes, ainda se encontram em processo intermediário de formação, sem a existência os chamados horizontes e com baixo nível de material orgânico

 

Solos no brasil

 

Quais são os tipos e classificação de solo?

No Brasil existe o predomínio de três tipos de solos, os latossolos, argissolos e neossolos, que abrangem cerca de 70% do território nacional, segundo o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS) – IBGE.

Os tipos de solos apresentam grande variedade química, física e biológica em sua composição. São 13 classes contidas no sistema de solos brasileiro. São exemplos:

  • Argissolos
  • Cambissolos
  • Chernossolos
  • Esposossolos
  • Gleissolos
  • Latossolos
  • Luvissolos
  • Neossolos
  • Notssolos
  • Organossolos
  • Planossolos
  • Plintossolos
  • Vertissolos

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

O solo corresponde à camada superficial da crosta terrestre e é muito importante para o desenvolvimento de praticamente todas as atividades humanas.

Ele é a base para todos os objetos técnicos oriundos das relações dos seres humanos com a natureza. Sua função não se resume à base da agricultura ou do plantio, pensando no aspecto do cultivo de culturas.

Com isso neste artigo abordamos como ocorre sua formação. Gostou do conteúdo? Que tal dar uma olhadinha em outros assuntos?

Escrito por Michelly Moraes.

 

Sementes de milho: a importância de uma boa escolha!

Para escolher as sementes de milho mais adequada, o agricultor deve estar atento às características de cada cultivar e analisar sua própria realidade e objetivos da produção. Vamos conferir neste post, mais detalhes importantes, que devem ser considerados na hora da escolha das sementes de milho.

Acompanhe!

 

Sementes de milho: a importância de uma boa escolha!

 

A produção de milho tem crescido nos últimos anos e parte dos bons números está relacionada às novas tecnologias. Que permitem uma previsão climática mais segura e assertiva, ao maior controle da lavoura, aos equipamentos mais sofisticados e ao controle mais eficiente das pragas.

No entanto, de nada adianta tudo isso se a semente escolhida pelo produtor não for a ideal para a sua área e objetivo.

De acordo com a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), a semente é responsável por 50% do rendimento final da produção. Justamente por isso, a escolha correta desse insumo é de fundamental importância para a produtividade e a qualidade do produto.

Neste texto, mostramos os pontos fundamentais que devem estar no seu planejamento, antes mesmo de semear o milho.

 

 

Diferença entre sementes de milho e grãos de milho

Sementes e grãos de milho não são a mesma coisa. As sementes são armazenadas com umidade entre 10% e 12%. Porque o interesse principal é a germinação. O grão de milho é o fruto da planta e, por sua vez, podem apresentar umidade abaixo de 10%. Afinal, o interesse é o consumo.

Quando sementes são armazenadas, elas podem parecer mortas, mas não estão. Sua atividade metabólica é baixa, com baixa taxa de respiração. Isso acontece para manterem as propriedades fisiológicasquímicas e metabólicas adequadas para a germinação.

Além disso, produzir sementes e produzir grãos de milho exigem manejos diferentes.

 

Conheça as variedades de milho existentes na agricultura

Você sabe quais são as variedades de milho mais utilizadas no agronegócio brasileiro e como elas se caracterizam?

Esse é o primeiro passo para começar a planejar a implementação do cultivo do milho em sua propriedade rural com qualidade e eficiência.

Antes de tudo, você precisa ter em mente que é preciso escolher a variedade de milho que te traga um maior rendimento. E que se adapte às suas necessidades de plantio, bem como na região em que será feito o processo de plantação.

As variedades do milho que podemos encontrar atualmente e as suas respectivas características são:

  • Pipoca: As variedades que dão origem a pipoca têm como prioridade a força da extensão do milho para que a sua pipoca estoure mais rapidamente e com mais facilidade;
  • Silagem: Tem como objetivo maior palatabilidade;
  • Milho doce: prioriza o baixo nível de investimento no cultivo e também uma maior palatabilidade;
  • Milho verde: as variedades para se plantar milho verde têm como característica a rusticidade e o baixo valor de investimento;
  • Grãos: Esse tipo de milho tem como foco criação de espiga e excelente polinização.

 

Como fazer a escolha das sementes de milho?

Atualmente, existe uma grande diversidade de sementes de milho disponíveis no mercado, que podem ser divididas em dois tipos principais: híbridas e variedades.

As sementes híbridas são as produzidas a partir do cruzamento entre linhagens puras, o que permite que tenham um melhor desempenho e potencial produtivo. Neste grupo, há híbridos simples, duplos e triplos.

Os híbridos simples são as sementes geradas a partir do cruzamento de duas linhagens puras e, por terem um maior potencial produtivo, são o tipo mais caro. Já os híbridos duplos são resultado da mistura entre dois híbridos simples. Por último, os híbridos triplos são gerados a partir do cruzamento entre uma linhagem pura e um híbrido simples.

As sementes híbridas requerem um investimento maior e são indicadas para produtores que dispõem de média a alta tecnologia. É importante ressaltar que os híbridos possuem alta produtividade apenas na primeira geração se os grãos colhidos forem semeados. É muito provável que haja redução da produtividade. Por isso, é necessário adquirir sementes híbridas todos os anos.

Já as sementes das variedades de milho têm a característica oposta: elas podem ser utilizadas por muitas gerações sem perda do potencial produtivo, desde que a multiplicação seja feita com os cuidados necessários.

Este tipo de semente é gerado a partir da polinização natural e, por isso, pode ser desigual em relação à altura da planta e outros atributos. Esse cultivo tem um custo menor e permite que o produtor produza a sua própria semente por um preço mais baixo.

 

Pontos a analisar para uma boa escolha das sementes de milho

Porém, além da diferença entre híbrido e variedade, as sementes de milho ainda possuem outras distinções.

Por isso, para acertar na escolha da semente de milho ideal para a sua propriedade, veja que pontos você deve analisar:

 

Objetivo da produção das sementes de milho

É fundamental analisar qual é o objetivo da produção antes de escolher a semente, já que esse fator pode impactar nessa decisão. No caso da silagem, por exemplo, é essencial entender qual é o valor médio das fibras da planta, pois isso interfere no consumo e na digestibilidade do alimento pelo animal.

Além disso, é importante verificar a altura e a resistência da planta ao acamamento e optar por sementes que produzem mais grãos, já que eles também são importantes para a alimentação animal.

 

Produtividade e estabilidade

A produtividade, como não poderia deixar de ser, é um dos principais fatores para ser analisado. Porém, mais do que o potencial produtivo, também é necessário analisar a estabilidade do cultivar.

É importante optar por cultivares estáveis ao longo dos anos, que mantêm a produção sem grande oscilação em condições desfavoráveis.

 

Checklist agrícola

 

Condições edafoclimáticas da região

Apesar do nome difícil, as condições edafoclimáticas dizem respeito às características do solo e do clima da sua região e devem ser analisadas para que você possa escolher uma semente que se adapte bem à área de cultivo.

As empresas que comercializam sementes costumam direcionar as vendas já de acordo com cada região, o que oferece mais segurança ao produtor em relação à proteção sobre doenças, entre outros aspectos.

 

Resistência a doenças

 As doenças são grandes inimigas da lavoura de milho e podem afetar raízes, colmos e folhas, gerando grande prejuízo ao agricultor.

Assim, é importante escolher sementes resistentes às principais doenças da região em que o cultivo será realizado, uma opção é adquirir sementes tratadas com fungicidas.

 

Ciclo de produção

O ciclo também impacta na escolha das cultivares de milho, que costumam ser divididas em normais, semiprecoces, precoces e superprecoces.

Geralmente, é necessário que as plantas completem o ciclo de forma rápida e com boa produtividade, principalmente por causa da disponibilidade de chuvas, que costuma ser menor durante a safrinha.

 

Aceitação do mercado

Outra análise importante é em relação ao tipo de milho aceito pelo mercado para o qual o produtor comercializa o produto.

Há variedade na textura do grão, que pode ser duro ou mole, ou na cor dele, que pode variar entre amarelo, laranja, amarelo-alaranjado ou, ainda, branco. Assim, é preciso compreender qual é a preferência e a necessidade do mercado consumidor.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

As sementes de milho analisadas, certificadas e com garantia de germinação determinam, sem dúvida, o êxito da sua plantação.

Existem diferentes tipos de sementes de milho e para diferentes finalidades. Acertar nessa escolha é importante.

Mostramos os principais fatores para analisar durante a escolha da semente de milho para a sua lavoura. Vale lembrar que consultar um profissional especializado é sempre uma boa opção para ter mais segurança nessa decisão!

Escrito por Michelly Moraes.