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As 5 principais doenças causadas por fungos!

As 5 principais doenças causadas por fungos!

A maior parte das doenças são causadas por fungos, bactérias ou vírus. Geralmente, os dois primeiros são os mais preocupantes. Com isso preparamos esse artigo onde vamos abordar tudo sobre as doenças causadas por fungos na agricultura.

Acompanhe!

 

As 5 principais doenças causadas por fungos!

 

O que são os fungos?

Os fungos são organismos que fazem parte do reino biológico chamado Fungi, em que existem fungos de variados tamanhos e formas.

Eles são capazes de viver em praticamente todos os ambientes terrestres, e, apesar dos diversos tamanhos, alguns só podem ser vistos microscopicamente.

Esses são formados por apenas uma célula, de modo que são classificados como unicelulares; um exemplo desse tipo são as leveduras. Apesar disso, também existem os que podem ser vistos a olho nu, por exemplo, os cogumelos e os bolores.

 

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Características dos fungos

Eles são seres heterótrofos, isto é, não produzem o próprio alimento; sendo assim, eles dependem da ingestão de matéria orgânica viva ou morta; só assim conseguem sobreviver.

As espécies que se nutrem de matéria orgânica morta são essenciais na decomposição de animais e vegetais e são chamadas de saprófagas.

A reprodução deles pode ser tanto assexuada, com brotamento, fragmentação ou produção de esporos, quanto sexuada, por meio do encontro de indivíduos de sexos diferentes.

O corpo das espécies que têm mais de uma célula, os pluricelulares, é formado por duas partes: o micélio e o corpo de frutificação.

O micélio é um emaranhado de filamentos longos e microscópicos chamados de hifas, e o corpo de frutificação é a estrutura reprodutiva dos fungos.

Um exemplo disso é o bolor preto, que cresce nos pães velhos, conhecido como mofo; ele corresponde ao corpo de frutificação. Já a parte que fica no interior do pão é o micélio.

 

E quanto às doenças causadas por fungos?

Os fungos nem sempre são positivos; pelo contrário, esses microrganismos são os causadores do maior número de doenças de plantas.

Vale ressaltar que o controle das doenças causadas por fungos requer principalmente medidas preventivas.

Ou seja, é preciso estar atento desde a escolha da área a ser cultivada até as ações feitas após as colheitas. Para o controle químico de doenças, há diversos produtos disponíveis no mercado, de vários fabricantes.

Para te ajudar a pensar nos melhores insumos para evitar o desenvolvimento dos fungos, é preciso conhecer, de maneira geral, as principais doenças fúngicas e como elas atacam as plantações. São elas:

 

1 – Antracnose

Uma das principais doenças da soja é a antracnose. O responsável por esta doença é o fungo Colletotrichum truncatum. Este fungo é muito comum em lavouras de soja.

 Entretanto, ele também infecta outras culturas. Porém, na soja, a antracnose é responsável por grandes perdas de produtividade. Além disso, ela também provoca a perda da qualidade dos grãos.

A entrada do fungo que causa antracnose em uma lavoura ocorre através de sementes infectadas. Porém ela também se dá a partir de restos de culturas. Ou então, a partir de outras plantas que são infectadas por ele. Contudo, uma vez estabelecido em uma planta, o fungo se disseminar de forma passiva.

Nós podemos observar os sintomas de antracnose em várias partes das plantas. Eles incluem manchas de coloração castanha a escura nas folhas, nos pecíolos e nas vagens.

A antracnose é mais intensa no cerrado. Isto se dá, pois as condições da região são propícias ao fungo que a causa.

 

Controle

O controle da antracnose envolve o manejo integrado. Ele inclui o uso de sementes sadias e o tratamento com fungicidas. Além disso, a rotação de culturas pode ser usada de maneira eficaz para controlar o fungo. Também há a opção de utilizar cultivares mais resistentes a esta doença.

 

Fungos causadores de doenças em plantas.

 

2 – Mancha-de-estenfílio

A mancha-de-estenfílio é uma doença fúngica muito destrutiva, mas nos últimos anos isso tem diminuído, devido ao plantio de variedades resistentes e à aplicação periódica de fungicidas para o controle.

Segundo a Embrapa, eis o que você precisa saber sobre essa doença:

  • ela fica mais suscetível em temperaturas entre 24°C e 27°C;
  • a frequência de muita água proveniente de chuva, irrigação ou nevoeiro pode dar início à doença;
  • as mudas infectadas são a causa do início das epidemias em plantios comerciais;
  • a doença ataca mais as folhas novas de plantas adultas;
  • plantas com deficiência nutricional são mais vulneráveis;
  • o patógeno é transmitido pela semente.

Além disso, essa doença causa manchas pequenas, escuras e angulares nas folhas; com isso, é comum as folhas ficarem fracas e perfuradas.

O ataque severo da doença provoca intensa queima das folhas, mas os frutos não apresentam sintomas.

 

Controle

Para o controle dessa doença, indicam-se os cultivares resistentes. Para cultivares suscetíveis, é indicado o controle químico com fungicidas registrados, como os usados para pinta-preta.

 

3 – Ferrugem asiática

Nós diagnosticamos a ferrugem asiática no Brasil em 2001. Atualmente, ela está presente em quase todas as regiões que produzem soja.

O fungo que causa esta doença é a espécie Phakopsora pachyrhizi. Os seus sintomas são manchas de coloração castanha e a desfolha precoce. De qualquer maneira, o efeito resultante é a redução de produtividade.

 

Controle

A medida de controle mais eficaz é química. Porém o controle de plantas invasoras contribui para suprimir a doença. Além disso, pode-se buscar cultivares resistentes ao fungo. No entanto isto parece ser mais difícil de se obter. Isto ocorre, pois as respostas das plantas às raças do fungo diferem bastante.

 

4 – Pinta-preta

Também conhecida como mancha-de-alternária, essa é a doença mais comum que ataca o tomateiro. Está presente por todas as regiões do país, e pode se manifestar em todas as fases de desenvolvimento de uma planta.

Ela causa muitos danos em razão de sua incidência nas folhas e frutos e, em alguns casos raros, no caule.  Essa doença afeta toda a parte aérea da planta, a partir das folhas mais velhas e próximas ao solo, na forma de pequenas pontuações pardo-escuras.

Um ataque severo desse fungo pode causar desfolha e expõe o fruto à queima de sol, gerando podridão. A doença ocorre tanto em épocas de chuva quanto na seca, e temperatura e umidade relativa altas também favorecem o ataque do fungo.

Ele sobrevive em restos culturais e infecta outras hortaliças, como a batata e a berinjela, e pode ser transmitido pela semente.

 

Controle

Para o controle dessa doença, deve-se pulverizar preventivamente os fungicidas registrados, se possível orientado por sistemas de previsão.

 

Plataforma Agropós

 

5 – Mela-de-rizoctonia

Também chamada de mela, damping-off e tombamento, trata-se de vários fungos habitantes de solo ou aderidos às sementes das plantas, que podem causar o tombamento das mudas.

Essa doença se agrava mais devido à umidade do que pela temperatura, isto é, irrigação excessiva ou chuva no final do ciclo da cultura causam alta umidade do ambiente abaixo das plantas.

Isso facilita a infecção dos frutos e outros órgãos em contato com o solo; costuma ocorrer na fase da floração, formação e maturação dos frutos. Essa doença costuma deixar uma lesão amarronzada na base de plantas jovens, o que provoca tombamento e morte.

As folhas e hastes infectadas caracterizam-se pela podridão mole ou aquosa (mela), nas partes que ficam em contato direto com o solo.

Os frutos em contato com o solo desenvolvem um apodrecimento marrom-claro, que fica recoberto com partículas de solo e micélio esbranquiçado do fungo.

A doença costuma se agravar em plantações com alta densidade de plantas, que contam com solos orgânicos, argilosos ou compactados e nos quais há acúmulo de água na superfície.

 

 

Conclusão

Neste artigo vimos tudo que precisamos saber sobre as principais doenças causadas por fungos nas plantas e o quanto podem afetar sua produtividade.

Com isso é de extrema importância que o agricultor faça monitoramento pois quanto mais cedo identificar a doença melhor para realizar o diagnóstico correto e assim realizar medidas de manejo para o controle em sua lavoura.

Gostou de saber mais sobre o assunto?  Deixe seu comentário e acompanhe nosso blog e fique por dentro dos próximos artigo.

Escrito por Michelly Moraes.

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Defensivos agrícolas: entenda os tipos e usos!

Defensivos agrícolas: entenda os tipos e usos!

Na agricultura moderna existem diferente tipos de defensivos agrícolas que cumpre um papel indispensável no meio agrícola. Neste artigo vamos discutir; o que são os defensivos agrícolas; sua importância, além de conhecermos os diferentes tipos e a forma correta de aplicação.

Não fique de fora, acompanhe!

 

Defensivos agrícolas: entenda os tipos e usos!

 

O que são defensivos agrícolas?

Defensivos agrícolas são produtos químicos, físicos ou biológicos usados no controle de seres vivos considerados nocivos ao homem, sua criação e suas plantações. São também conhecidos por agrotóxicos, pesticidas, praguicidas ou produtos fitossanitários.

Dentre estes termos, o termo agrotóxico é o termo utilizado pela legislação brasileira. Entre os defensivos agrícolas ou agrotóxicos são encontrados produtos que controlam plantas invasoras (herbicidas), insetos (inseticidas), fungos (fungicidas), bactérias (bactericidas), ácaros (acaricidas) e ratos (rodenticidas).

Também são considerados defensivos agrícolas os reguladores de crescimento, que aceleram o amadurecimento e floração de plantas, por exemplo.

 

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A importância dos defensivos agrícolas na agricultura

Atualmente, a população gera uma grande demanda para as produções agrícolas, sobretudo de alimentos. Por essa razão a tecnologia também avança constantemente para que sejam alcançados altos índices de produtividade e se consiga abastecer a necessidade existente no mundo.

 

Herbicida glifosato: vantagens e desvantagens!

 

Além disso, é preciso gerar produtos de qualidade, com desenvolvimento satisfatório e capazes de atender às necessidades da população. A demanda por alimentos ou por matéria-prima vegetal ou animal para a indústria não pode dividir espaço com larvas, fungos e bactérias.

Por essa razão, é preciso que haja um agente de proteção da lavoura garantindo a produtividade: esse é o papel do defensivo agrícola na agricultura.

 

Tipos de defensivos agrícolas

Os agrotóxicos são formulados principalmente a parti de moléculas sintéticas. Dessa forma podem ser classificados de acordo com o grupo químico ao qual pertencem e o seu modo de ação na praga.

No entanto, o mais o comum é serem classificados segunda a natureza da praga que irão combater.  Veja abaixo os tipos;

 

Fungicidas

Os fungicidas atuam na prevenção, controle e cura da ação de fungos. Sua demanda é muito alta em virtude das diferentes culturas plantadas no território nacional e as diferentes condições climáticas que favorecem o aparecimento destes microrganismos.

As moléculas dos principais produtos disponíveis no mercado são pertencentes ao grupo das carboxamidas, estrobilurinas e triazóis.

Enquanto as carboxamidas e as estrubilurinas atuam no processo de respiração celular do fungo (complexo II e III da cadeia respiratória, respectivamente), os triazóis atuam na inibição da síntese do ergosterol, componente da membrana celular dos fungos.

 

Fungos causadores de doenças em plantas.

 

Inseticidas

Atuam na prevenção e controle de insetos pragas. São muito importantes pois os danos causados são muito intensos, destruindo tecido vegetal em alta velocidade e em todas as fases de desenvolvimento das culturas, com queda vertiginosa da produção em condições de controle ineficiente.

Os principais modos de ação dos inseticidas são por contato direto do produto no alvo ou a ingestão de folhas que contenham o princípio ativo. Além disso, os produtos podem ser considerados fisiológicos ou de choque.

O mecanismo de ação varia muito, podendo estar relacionados à abertura de canais de cálcio levando a paralisia muscular; agonismo ou antagonismo de hormônio juvenil relacionada à ação sobre a ecdise; ação no sistema nervoso.

 

Herbicida

Os herbicidas são componentes importantíssimos no manejo. Eles atuam na dessecação de culturas para colheita ou formação de palhada e no controle de plantas daninhas.

Esses produtos possuem seletividade, ou seja, têm atuação em plantas dicotiledôneas (popularmente chamadas de folhas largas) ou monocotiledôneas (folhas estreitas) e há diversos mecanismos de ação.

 

Bactericida

O Bactericida é uma substância antibacteriana, ou seja, tem a função da matar as bactérias. Esse agente atua no ambiente contaminado de forma a impedir que os microrganismos possam desempenhar atividades vitais básicas. Dessa forma, qualquer indício de contaminação por bactérias é extinto no local em questão.

 

Acaricidas

São substâncias utilizadas para combater ácaros que se alimentam de plantas, introduzem doenças, destroem lavouras atacadas e reduzem sua produção. Existem acaricidas de diversos tipos e com os mais variados princípios ativos, cada qual melhor indicado para determinado tipo de ácaro.

 

Defensivos agrícolas: classificação toxicológica

Para cada tipo de praga ou estágio da doença há um defensivo que deve ser utilizado, portanto, eles são conhecidos como inseticida, fungicida, herbicida e nematicida.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) criou a seguinte classificação toxicológica:

 

Defensivos agrícolas: classificação toxicológica

 

A mesma lógica é utilizada para elencar os perigos do agrotóxico em relação ao meio ambiente, sendo que a classe 1 é a mais danosa e a classe 4 a menos danosa.

 

Regulamento de defensivos agrícolas no Brasil

A maior parte das regulamentações relacionada ao uso dos defensivos está na Lei nº 7.802/1989. No texto constam informações sobre fiscalização e liberações.

Também é possível encontrar outras informações no site da ANVISA, a agência reguladora do assunto no Brasil. Umas das questões, por exemplo, é que os agrotóxicos devem, obrigatoriamente, ser registrados no órgão federal competente, de acordo com o Decreto nº 4.074/2002.

 

Aplicação de defensivos agrícolas

A aplicação de defensivos agrícolas é uma prática eficiente e segura para controlar o surgimento e a proliferação de pragas e doenças na lavoura. Somente com essa tecnologia é possível atender à crescente demanda por alimentos.

Mas essa alternativa não dispensa cuidados. É necessário responsabilidade e a adoção das melhores práticas de aplicação para garantir a segurança alimentar e a eficiência da operação.

 

Herbicida: entenda tudo sobre esse assunto!

 

Priorizar a segurança

Os defensivos agrícolas são produtos químicos que podem trazer danos à saúde do operador caso não sejam seguidas as normas de segurança.

 Por isso, o uso de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) é indispensável. Eles reduzem os riscos de contaminação do trabalhador. São compostos de:

  • Viseira;
  • Respirador;
  • Touca árabe;
  • Jaleco;
  • Avental;
  • Luva;
  • Calça;

Outro fator que deve ser levado em conta é a segurança alimentar. É preciso seguir as recomendações do engenheiro agrônomo, obedecendo às dosagens e aos prazos indicados entre a aplicação e o consumo.

 

Escolher o produto certo

Cada defensivo tem uma aplicabilidade específica e atua de forma diferenciada conforme o alvo biológico em questão. Dessa forma, eles são categorizados em:

  • Fungicidas;
  • Inseticidas;
  • Herbicidas.
  • Bactericidas;
  • Acaricidas.

A nomenclatura já deixa claro o tipo ação que esses produtos apresentam. No entanto, eles não atuam sozinhos. Há no mercado alguns produtos complementares que são adicionados à calda, como óleos, antiespumantes e reguladores de pH, que aprimoram a eficiência da aplicação.

 

Fazer um bom planejamento

A falta de planejamento ainda é um grande problema nas propriedades rurais brasileiras. Essa falha causa um impacto direto no desenvolvimento das plantas e na produtividade geral da lavoura.

Planejamento da pulverização é a pesquisa e identificação correta de pragas e doenças presentas na lavoura e a subsequente seleção de defensivos que atuam exatamente sobre esse alvo biológico. Com isso, é possível alcançar um alto grau de eficiência no controle de pragas sem comprometer a produção.

Esse planejamento deve ser feito a cada safra. Afinal, a cada ano surgem novas variedades mais resistentes no mercado, além de novos inimigos da lavoura.

 

Plataforma Agropós

 

Dar atenção à pulverização

Durante a aplicação, é importante estar atento a alguns detalhes que podem fazer toda a diferença:

  • Selecione, regule e calibre corretamente o pulverizador, verificando o volume, a velocidade e as especificações de vazão/pressão de trabalho conforme as indicações do fabricante e do fornecedor do produto;
  • Avalie as condições meteorológicas necessárias para a aplicação a fim de evitar perdas por evaporação ou deriva. Os principais aspectos a serem levados em conta são a umidade do ar, a velocidade do vento e a temperatura;
  • Treine o operador para que ele seja capaz de adotar as melhores práticas e saiba lidar com novas tecnologias que o maquinário embarca;
  • Evite água de lagos, bebedouros ou riachos, pois podem conter resíduos que prejudicam a qualidade da calda. Materiais orgânicos presentes nessas águas podem reagir quimicamente com os defensivos e comprometer a eficácia da aplicação.

 

Conclusão

Os defensivos agrícolas não são, necessariamente, os vilões sem razão de existir, como aparecem no noticiário e mesmo no entendimento popular, muitas vezes. É claro que o seu mau uso pode trazer prejuízos ao meio ambiente e a saúde da população.

Porém, se aplicar de forma consciente e em conjunto com outras tecnologias de Manejo Integrado de Pragas, os riscos diminuem bastante.

O segredo é se guiar um pouco nas dicas de aplicação que trouxemos neste artigo e conhecer a fundo os agrotóxicos que pretende usar. Em caso de dúvidas o ideal é consultar um especialista da área.

Escrito por Michelly Moraes.

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Doenças do milho: conheça as 8 principais!

Doenças do milho: conheça as 8 principais!

Para que não ocorra grandes prejuízos, o monitoramento e conhecimento sobre as doenças do milho é de suma importância.

Conduzir um determinado cultivo não é uma tarefa fácil, são muitos os fatores que a serem analisados e muitas decisões a serem tomadas.

E com o milho não é diferente, principalmente quando falamos nas doenças que acometem a cultura.

Quer saber mais sobre as principais doenças do milho?

Então, vamos lá!

 

doenças do milho

 

Por que conhecer as doenças do milho?

A importância no cultivo do milho se dá na indústria, alimentação humana e animal. Sendo um vegetal de fácil propagação e um dos maiores impulsionadores da economia do país e do mundo.

A safra de milho 2019/2020 do Brasil foi estimada pela Safras & Mercado em 105,8 milhões de toneladas.

Dessa forma, conhecer quais são as principais doenças do milho e suas formas de controle é de suma importância na hora da tomada de decisão e garantir maior produtividade da sua lavoura.

Confira comigo!

 

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Principais doenças do milho

Uma das grandes preocupações e atenção que os produtores de milho devem ter, são as doenças que acometem a cultura.

Mesmo com todas as tecnologias disponíveis, para atingir a alta produtividade da lavoura, é necessário percorrer um longo caminho entre o plantio até a colheita.

Uma vez, que a ocorrência de doenças no milho, podem gerar grandes prejuízos econômicos. Dessa forma, é de extrema importância o conhecimento das suas características para manter uma lavoura prevenida e livre de infestações.

As doenças do milho, podem ser causadas por microorganismos (fungos, bactérias, vírus), como também, por fatores ambientais, como temperatura, luz e umidade.

Assim como, é toda alteração que ocorre no desenvolvimento fisiológico da planta ou na sua estrutura.

Entre as doenças do milho mais comuns, destacam-se 8, como principais, veja:

  1. Cercosporiose (Cercospora zeae-maydis)
  2. Mancha Branca (Phaeosphaeria maydis)
  3. Ferrugem
  4. Helmintosporiose (Exserohilum turcicum)
  5. Mosaico na cultura do milho
  6. Antracnose na cultura do milho
  7. Mancha branca (Bipolaris maydis)
  8. Enfezamentos na cultura do milho

 

1. Cercosporiose (Cercospora zeae-maydis)

A cercosporiose (Cercospora zeae-maydis) é uma das mais importantes doenças do milho, não apenas pelo seu potencial em causar danos, mas também pela sua ampla distribuição nas regiões de cultivo do Brasil.

Havendo perda de área foliar fotossintética, especialmente das folhas medianas e superiores, que contribuem com 70% a 90% dos fotoassimilados utilizados no enchimento de grãos.

Desse modo, a perda de área foliar leva à redução no número de grãos por espiga, redução na massa de grãos, consequentemente, redução da produtividade.

Seu controle pode ser realizado com o plantio de cultivares resistentes, como também, evitar a permanência de restos da cultura de milho em áreas em que a doença ocorreu, e quebra do ciclo da doença com realização da rotação de culturas.

 

2. Mancha branca (Phaeosphaeria maydis)

A mancha branca, é uma das doenças do milho de ampla distribuição pelo territó­rio brasileiro.

As perdas podem chegar até 60% em condições favoráveis e com o plantio de híbridos suscetíveis.

O plantio tardio beneficia o aparecimento da doença na lavoura, como também, a ausência de rotação de culturas, cul­tivo safrinha e presença de restos culturais no solo.

Seu controle pode ser realizado com cultivo de cultivares resistentes, aplicação de fungicidas, realização da rotação de culturas e retirada dos restos culturais.

 

3. Ferrugem

Para realizar o manejo da ferrugem de forma mais assertiva, é importante saber qual tipo de ferrugem você tem na lavoura.

Vejamos a seguir cada uma delas separadamente!

 

Ferrugem comum

Das três ferrugens que ocorrem como doenças do milho, a ferrugem comum é a menos severa, devido ao melhoramento genético que levou a seleção adequada para resistência.

A doença caracteriza-se pela presença de manchas elípticas e alongadas, em ambas faces da folha.

Temperaturas baixas e alta umidade relativa favorecem o desenvolvimento da doença.

Seu controle pode ser realizado através de cultivares resistentes e o plantio em épocas desfavoráveis ao desenvolvimento da doença

 

Ferrugem polissora (Puccinia polysora)

Das três, a ferrugem polissora, pode ser considerada a mais deletéria, podendo representar danos econômicos de até 65% nas lavouras.

Temperaturas mais altas e umidade relativa do ar não tão alta como na ferrugem comum, são fatores favoráveis ao aparecimento da doença.

A principal medida de controle para a polissora tem sido a resistência genética do híbrido e o uso de fungicidas.

 

Ferrugem tropical ou ferrugem branca (Physopella zeae)

Os sintomas da ferrugem tropical ocorrem em ambas as faces da folha, as manchas dispostas em pequenos grupos, paralelos às nervuras de cor amareladas a castanho.

O fungo é altamente destrutivo, podendo causar grandes danos econômicos quando a planta é afetada antes do florescimento.

O desenvolvimento da doença do milho é favorecido por ambiente úmido e quente, sendo que, a luminosida­de é também um fator importante.

E o uso de fungicidas em aplica­ção foliar após o aparecimento das primei­ras manchas pode ser uma prática eficiente, como também, plantio de híbridos resistentes.

 

4. Helmintosporiose (Exserohilum turcicum)

O fungo que causa a doença do milho é Exserohilum turcicum, causando lesões primeiramente nas folhas mais velhas da cultura.

As perdas podem chegar até 50% em ataques antes do período de floração, em cultivo do milho safrinha.

Os sintomas da doença são lesões necróticas e elípticas com coloração do tecido necrosado, tendo variações na coloração de verde-cinza a marrom.

O controle da doença pode ser realizado pelo plantio de cultivares com resistência genética.

 

5. Mosaico na cultura do milho

O mosaico é uma virose importante na cultura do milho, causando prejuízos na produção.

Fator importante que contribui para o aumento da incidência do mosaico no milho é que o vírus Sugarcane mosaic virus (SCMV), agente causal da doença, infecta também outras gramíneas cultivadas e plantas daninhas.

O vetor do mosaico comum são várias espécies de afídeos, sendo o mais comum o pulgão do milho (Rhopalosiphum maidis).

Os sintomas são áreas verde-claras a amareladas entremeadas com áreas de coloração normal da planta (mosaico), podendo chegar no nível de necrose nas folhas.

O principal método de controle é realizado pelo uso de variedades resistentes a doença.

 

6. Antracnose na cultura do milho

A antracnose, provocada pelo fungo Colletotrichum graminicola, pode reduzir a produção do milho em até 40%, quando utilizadas cultivares suscetíveis e as condições de umidade forem favoráveis à enfermidade.

O fungo é bem agressivo, uma vez, que é capaz de infectar praticamente todas as partes da planta.

O emprego de materiais geneticamente resistentes à doença é uma das principais estratégias para o correto manejo, sendo que, o uso de adubação equilibrada pode ser uma medida de grande ajuda no controle da doença.

 

7. Mancha branca (Bipolaris maydis)

A mancha branca é uma das doenças do milho que ocorre em todo o território brasileiro.

O sintoma inicial é o aparecimento de manchas aquosas de aspecto encharcado e bem escuras, de acordo com evolução da doença as manchas vão clareando até atingir um tom bem claro.

A sobrevivência do patógeno ocorre em restos culturais infectados e em grãos remanescentes na área após a colheita.

O plantio de cultivares resistentes e a rotação de culturas são as principais medidas recomendadas para o manejo dessa doença, como também, a ocorrência de longos períodos de seca e de dias com muito sol.

 

8. Enfezamentos na cultura do milho

Há dois tipos de enfezamento na cultura do milho, o enfezamento pálido e o enfezamento vermelho.

Essas doenças do milho são mais comuns em regiões quentes, podendo atingir um dano de 70% na produção da lavoura.

Primeiramente, uma grande dificuldade é a distinção da doença, até porque, os agentes que causam os enfezamentos (espiroplasma e o fitoplasma) podem ser transmitidos simultaneamente.

Uma vez, que ambos são transmitidos pela cigarrinha do milho (Dalbulus maidis).

Devido ao difícil controle químico, a opção é o uso de um manejo integrado da doença.

Neste manejo incluem-se operações em que se deve considerar a multiplicação e o desenvolvimento tanto do inseto vetor como do fitoplasma ou espiroplasma.

As principais medidas que podem ser adotadas são o uso de cultivares resistentes, adequação da época de plantio, evitar plantios consecutivos e eliminar plantas voluntárias no campo que possam servir de hospedeiras.

Vejamos a caracterização de cada um dos enfezamentos separadamente.

 

Fungos causadores de doenças em plantas.

 

Enfezamento pálido

O enfezamento pálido é caudado por um espiroplasma (Spiroplasma kunkelii).

Seus sintomas são aumento do número de espigas, com pouco ou nenhum grão e o encurtamento dos internódios da planta.

O enfezamento pálido inicialmente apresenta a clorose (cor esbranquiçada ou pálida) na base foliar e depois se estende por toda a folha.

 

Plataforma Agropós

 

Enfezamento vermelho

Esta doença do milho é causada por um fitoplasma (Candidatus Phytoplasma asteris).

Os sintomas dessa doença são avermelhamento das folhas. Inicialmente com clorose marginal e seguida do avermelhamento das pontas das folhas, que se manifesta na fase de produção do milho.

Nas plantas doentes, você pode observar maior número de espigas.

Mas, essas espigas produzem poucos ou nenhum grão e também há um encurtamento dos internódios das plantas.

 

Época de ocorrência das doenças do milho

Primeiramente, para o controle eficaz das doenças do milho é o conhecimento da época que elas ocorrem. Desse modo, facilitando seu monitoramento.

Confira abaixo, o calendário da ocorrência de algumas das principais doenças do milho abordadas nesse artigo.

 

Época de ocorrência das doenças do milho

Fonte: Agronomia – DuPont Pioneer

 

Monitoramento X controle de doenças do milho

As doenças do milho é um fator importante quando medimos a produtividade da lavoura, podendo gerar grandes prejuízos ao produtor.

Neste artigo conhecemos as principais doenças que acometem a cultura, sintomas e formas de controle.

Porém, é bom lembrar a importância da consulta de um profissional da área qualificado para identificar corretamente a doença, antes de utilizar qualquer produto químico ou realização de algum tipo de controle.

Por fim, para evitar e eliminar o aparecimento de doenças na plantação de milho. É fundamental realizar o monitoramento constante, desde o plantio até a colheita.

Espero que com essas dicas você consiga ótimos resultados no controle das doenças do milho e aumente ainda mais a produção da sua lavoura.

Escrito por Juliana Medina.

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Fungicida é registrado para ferrugem asiática

Fungicida é registrado para ferrugem asiática

O fungicida cúprico Reconil recebeu registro dos órgãos reguladores para a inclusão em bula do alvo biológico Phakopsora pachyrhizi. Com isso, o produto poderá ser empregado pelos agricultores no manejo da doença ferrugem asiática da soja já na safra em andamento.

De acordo com a fabricante, a empresa de origem norte-americana Albaugh, na ocasião do lançamento do Reconil para a cultura da soja, em 2018, o fungicida recebeu registro inicial para 17 culturas e controle de mais de 30 doenças. A partir daí, passou a ser objeto de ensaios específicos a campo, com vistas à ampliação de seu espectro de doenças-alvo, incluindo a ferrugem da soja.

“Testes e pesquisas na fronteira agrícola demonstraram que a integração do cobre ao manejo da ferrugem asiática transfere resultados relevantes ao sojicultor. Quando associado ao sistema de manejo, Reconil leva mais sustentabilidade à lavoura, por mitigar o processo de resistência de fungicidas específicos. Sua aplicação também melhora resultados na produção da soja”, comenta  Reginaldo Sene, diretor de marketing da Albaugh.

O executivo reforça que, comparado a outros fungicidas de contato, o produto agrega ainda ganhos representativos à relação custo-benefício do manejo de resistência de produtos sistêmicos ao fungo Phakopsora pachyrhizi, patógeno causador da ferrugem asiática. “Além do controle da ferrugem e das principais doenças da soja, Reconil apresenta efeito bactericida e conta uma avançada tecnologia de formulação que não provoca o entupimento dos bicos de aplicação”, complementa Sene.

Leia também:
-> Pesquisadores mapeiam genoma do fungo causador da ferrugem da soja

Sene adianta ainda que a planta industrial da Albaugh situada na cidade fluminense de Resende (RJ) detém a maior capacidade instalada da América Latina para produzir fungicidas à base de cobre. “A Albaugh está plenamente apta a atender à demanda por Reconil para ações de manejo da ferrugem já na safra em andamento”, conclui.

Para o presidente da Albaugh Brasil, Cesar Rojas, a extensão de bula de Reconil é mais uma demonstração da vocação da empresa para aprimorar a utilização de insumos pós-patentes na agricultura. A estratégia da companhia, diz Rojas, está ancorada principalmente em investimentos na inovação atrelada a produtos pós-patentes.

Fonte: Agrolink

Novas tecnologias para controle da mancha amarela em trigo

Novas tecnologias para controle da mancha amarela em trigo

Perdas com mancha amarela podem chegar a 50% no trigo e na cevada (Foto: Flávio Santana)

A mancha amarela é uma das principais doenças do trigo na Região Sul do Brasil, favorecida pelo plantio direto que garante alimento para o fungo entre os cultivos. Na última década, ela tem aparecido com maior frequência também nos cultivos da Europa e Canadá. O cenário de mudanças climáticas deixa em alerta importantes centro de pesquisa do mundo para o aumento na incidência de doenças no trigo, com a formação de parcerias na avaliação de novas tecnologias para controle de doenças emergentes no cereal mais plantado no mundo.

Em busca de um melhor controle da mancha amarela em trigo, a Embrapa e a Universidade de Aberystwyth (Reino Unido) criaram uma rede de colaboradores, com a participação da Universidade de Curtin (Austrália), Universidade de La Plata (Argentina) e a Epamig (Minas Gerais, Brasil). O projeto vai estudar a doença visando o desenvolvimento de ferramentas de identificação e detecção precoce da doença. Serão utilizadas tecnologias de fenotipagem rápida com sensores para captura de imagens dos sintomas de estresse por doenças nas plantas em tempo real, uso de toxina para avaliar a sensibilidade das plantas à doença, caracterização de genótipos de trigo e de isolados do fungo, entre outras técnicas.

“A mancha amarela é uma ameaça emergente à produção de trigo mundial, que apresenta grande resistência aos fungicidas. O projeto visa somar estratégias de campo com resultados de laboratório permitindo o controle precoce do problema, identificando material genético mais resistente e a redução no uso de fungicidas”, conclui o pesquisador da Embrapa Trigo, Flávio Santana.

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Equipamentos detectam sinais emitidos por plantas estressadas

De acordo com o Diretor de Pesquisas da Universidade de Aberystwyth, Luis Mur, as “tecnologias ômicas” (omics technologies – que envolvem conhecimentos de genômica, proteômica, metabolômica, fenômica, etc), têm sido utilizadas para integrar abordagens de biologia de sistemas no desenvolvimento de ferramentas de base, incluindo a bioinformática e bases de dados relevantes. “A planta estressada produz sintomas (chamados de metabólitos) que podem estar associados à defesa da planta. Entender como funcionam estes mecanismos de defesa é possível hoje através das novas tecnologias que estão sendo avaliadas pelos institutos de pesquisa em busca de soluções de longo prazo para controle das doenças no trigo”, explica o pesquisador britânico que trabalha em colaboração com a Embrapa Trigo no controle da mancha amarela.

Novas tecnologias que integram biologia e informática também estão sendo utilizadas para avaliar doenças de espiga no trigo, como giberela e brusone. Técnicas de fenotipagem estão avaliando compostos químicos em sinais emitidos por plantas infectadas por fungos de espiga no trabalho coordenado pelo pesquisador do Instituto Rothamsted (Reino Unido), David Withall. O objetivo, segundo ele, é detectar doenças nas culturas antes mesmo que os sintomas apareçam, possibilitando maior eficiência na seleção genética ou eficiência dos fungicidas.

Características da Mancha amarela do trigo

A mancha amarela do trigo é uma doença foliar que acomete lavouras em, praticamente, todas as regiões produtoras do cereal no mundo. Os danos têm sido crescentes na última década devido às oscilações climáticas que aumentam a frequência das chuvas e elevam as temperaturas durante os cultivos de inverno e primavera. Com ampla distribuição geográfica, a mancha amarela no trigo foi registrada em países da América do Sul, África e Europa, além do Canadá e Austrália.

No Brasil, a doença é mais frequente na Região Sul, causada pelo ataque do fungo Pyrenophora tritici-repentis que sobrevive nos restos culturais de gramíneas utilizadas no sistema plantio direto na palha. O fungo causa lesões na folha, reduzindo a área de fotossíntese que responde pelo rendimento de grãos na cultura. As perdas em lavouras de trigo e cevada podem chegar a 50%.

Para controle da mancha amarela têm sido utilizadas estratégias químicas (fungicidas), manejo (rotação de culturas – duas safras sem trigo ou cevada) e genéticas (cultivares resistentes). Contudo, a agressividade do fungo tem desafiado os pesquisadores na oferta de cultivares resistentes e na total eficiência dos fungicidas, resultando em falhas no controle em diferentes locais do mundo.

Assista ao vídeo produzido pelo pesquisador David Withall, do Rothamsted:

Por Embrapa