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Adubação: os diferentes tipos e técnicas!

Adubação: os diferentes tipos e técnicas!

Chamamos de adubação o processo de cultivo extremamente importante para diversas áreas da agricultura, seja a produção de alimentos ou fins de plantio.

Essa etapa tem o objetivo de aumentar a disponibilidade de determinados nutrientes no solo. Neste artigo vamos discutir sobre os diferentes tipos de adubo e como aplica-lo da forma correta.

Venha Comigo!

 

Adubação: os diferentes tipos e técnicas!

 

O que é adubação?

A adubação é um processo de extrema importância numa plantação, já que é responsável pela qualidade dos produtos cultivados.

A prática nutre a planta com substâncias necessárias para seu crescimento saudável, e isso se reflete na produtividade e lucratividade do produtor.

Para que uma planta cresça de maneira saudável, ela necessita de elementos essenciais. Através do ar, ela retira o carbono, o oxigênio e o hidrogênio.

Os demais compostos são absorvidos do solo através de suas raízes. E, como o solo nem sempre possui todos eles em quantidade suficiente, muitas vezes é necessária uma complementação.

 

 

Importância da adubação para agricultura

A agricultura é a atividade que garante a produção mundial de alimentos e outros produtos utilizados no dia a dia das pessoas.

Para atender a demanda atual, altos níveis de produtividade devem ser tingidos. Fazendo com que aplicações de adubos, corretivos e fertilizante sejam essenciais.

Além do esgotamento natural das propriedades nutricionais existentes no solo. As chuvas e as regas também eliminam boa parte dos nutrientes, fazendo com que eles precisem ser repostos.

Uma boa maneira de fazer isso é alternando os adubos orgânicos e os químicos. De acordo com a formulação, época do ano e espécie da planta.

Ressaltamos que muito mais importante do que adubar, é preciso adubar sempre. Assim, além de deixá-la com mais vigor e beleza, aumentará sua resistência a pragas e doenças.

 

Tipos de adubos

Segundo a legislação brasileira, os fertilizantes podem ser classificados em três tipos. O primeiro são os mais utilizados na agricultura de larga escala: os fertilizantes minerais ou sintéticos. Esses adubos são concentrados e de rápida assimilação pelas plantas.

Veja abaixo:

 

Fertilizante mineral

Produto de natureza mineral, natural ou sintética, obtido através de processo físico, químico ou físico-químico, fornecedor de um ou mais nutrientes de plantas.

 

fertilizante mineral

 

O fertilizante mineral é dividido em:

  • Simples: produto formado por um composto químico, contendo um ou mais nutrientes de plantas;
  • Misto: produto resultante da mistura física de dois ou mais fertilizantes minerais;
  • Complexo: formado por dois ou mais compostos químicos, resultante da reação química de seus componentes, contendo dois ou mais nutrientes de plantas.

 

Fertilizante orgânico

Uma das opções de adubo são os naturais. Eles são compostos de matéria orgânica, vegetal e animal. 

Livres de processos químicos, são extraídos de folhas, cascas, ossos e fezes de animais. O material é colocado no solo e decomposto por bactérias antes de ser assimilado pelas plantas.

Os adubos orgânicos são liberados lentamente e não possuem atuação imediata. Mas em compensação tem uma ação mais duradoura e prolongada, ao ser liberado aos poucos pelos microrganismos presentes no solo.

Acompanham diferentes fases do crescimento da planta. Oferecendo uma quantidade mínima de nutrientes constantemente.

Os fertilizantes orgânicos são divididos em:

  • Simples: produto natural de origem vegetal ou animal, contendo um ou mais nutriente de plantas, exemplo: adubação verde.
  • Misto: produto de natureza orgânica, resultante da mistura de dois ou mais fertilizantes orgânicos simples, contendo um ou mais nutriente de plantas;
  • Composto: produto obtido por processo físico, químico, físico-químico ou bioquímico, natural ou controlado, a partir de matéria-prima de origem industrial, urbana ou rural, vegetal ou animal, isoladas ou misturadas, podendo ser enriquecido de nutrientes minerais, princípio ativo ou agente capaz de melhorar suas características físicas, químicas ou biológicas.

 

Nutrição Mineral de Plantas Macronutrientes.

 

Fertilizantes organominerais

São aqueles constituídos por material orgânico enriquecidos com minerais, que são nutrientes em sua forma inorgânica para serem absorvidos de forma rápida.

Essa combinação visa, simultaneamente, o melhoramento do solo e de suas propriedades físicas, e o fornecimento de matéria-prima bruta para que a planta possa crescer de forma saudável e rápida.

Esse tipo de fertilizante age como um excelente corretivo, equilibrando o pH do solo e mantendo sua porosidade de forma ideal.

A matéria orgânica inteiriça funciona ainda como um quelante, absorvendo micronutrientes para que eles possam ser aproveitados aos poucos.

 

Uso e aplicação dos adubos

Existem diferentes técnicas que podem ser escolhidas pelo produtor. Dependendo do maquinário disponível, do tipo de fertilizante a ser utilizado e do momento em que será feita a adubação.

 

Aplicação de fertilizantes por semeadura

Essa estratégia de aplicação de fertilizantes ocorre durante o plantio, na etapa de semeadura. Nesse caso, os adubos granulados são depositados no solo pouco abaixo das sementes, nos mesmos sulcos em que elas são colocadas.

A técnica de aplicação por semeadura é indicada principalmente para solos com necessidade de fósforo. Um nutriente fundamental para o crescimento dos vegetais e que precisa ser depositado perto das raízes das plantas.

 

 

Aplicação pneumática

Utilizado para culturas que apresentam espaçamento entre linhas de plantio mais elevado (como a cana-de-açúcar), nas quais a aplicação na linha se torna mais eficiente e sem desperdício para as áreas em que as raízes não alcançariam o fertilizante absorvido pelo solo.

 

Adubação a lanço

A adubação a lanço é uma técnica que possibilita fazer a adubação antecipada total ou parcial do volume de fertilizante que uma cultura necessita.

Entre as vantagens do sistema tornar a semeadura mais rápida, o que reduz gastos já que a adubação foi feita de forma prévia e evita a operação em linha.

A técnica é realizada na superfície do solo, gerando ganho em tempo e produtividade, pois permite uma faixa de aplicação de fertilizantes a lanço de até 36m.

 

Adubação foliar

A aplicação foliar utiliza fertilizantes líquidos, próprios para essa técnica. O adubo é misturado à água e pulverizado diretamente sobre as folhas e não no solo. Como ocorre com os fertilizantes sólidos.

adubação foliar promove resultados melhores do que a adubação via solo quando é necessário suprir uma demanda nutricional da planta com mais rapidez ou em fases do crescimento da planta.

 

Irrigação

Aplicação por irrigação: essa técnica também é conhecida como fertirrigação. Consiste em aplicar os fertilizantes de forma líquida. Por meio de pivôs centrais ou por mangueiras de gotejamento.

 

Técnicas de aplicação de adubação

Embora a escolha da técnica de adubação e do fertilizante ideal dependa de muitos fatores, como as condições do solo e do clima. Ou de quais plantas estão sendo cultivadas e em que estágio de desenvolvimento elas se encontram, alguns tipos de fertilizante apresentam um ótimo desempenho quando associados a determinadas técnicas, como podemos ver:

  • A adubação junto com o plantio: ideal para fertilizantes químicos e granulados;
  • A técnica de adubação a lanço: ideal para fertilizantes químicos e granulados, orgânicos e produtos em pó para correção do solo (calcário e gesso);
  • A adubação por irrigação: essa técnica é mais recomendada para fertilizantes líquidos, uma vez que é feita junto à irrigação da lavoura;
  • E adubação por pulverização: ideal para o uso de fertilizantes foliares, também diluídos.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Assim os adubos, sejam minerais ou orgânicos, são compostos que desempenham função primordial no desenvolvimento das plantas, fornecendo ao solo os nutrientes que elas necessitam para germinar e produzir folhas, sementes e frutos.

Portanto, o uso consciente e o emprego de técnicas agrícolas adequadas são a chave para o aumento da produtividade agrícola. E, consequentemente, a redução do custo dos alimentos.

Escrito por Michelly Moraes.

Adubação foliar: conheça os princípios e cuidados!

Adubação foliar: conheça os princípios e cuidados!

Neste artigo você irá encontrar tudo que precisa saber sobre a adubação foliar: como realizar aplicação, formas de absorção, além de descobrir as vantagens e desvantagens dessa forma de aplicação.

 

Adubação foliar: conheça os princípios e cuidados!

 

Adubação foliar é um tipo de manejo utilizado que fornece nutrientes minerais via foliar das plantas. Assim como todos os seres vivos, as plantas também precisam se alimentar. E, no caso delas, o alimento é ofertado por meio da adubação. Adubar nada mais é do que repor nutrientes minerais que são necessários para o e desenvolvimento e crescimento das plantas.

Assim, a adubação foliar é utilizada como complemento da adubação via solo, de forma rápida e eficiente. Atualmente, a prática está no planejamento e manejo da produção de praticamente todas as espécies cultivadas.

Portanto, a recomendação de fertilizantes foliares deve seguir a necessidade nutricional das plantas na lavoura. Que pode ser verificada com a diagnose foliar. A análise da folha é necessária para identificar de maneira precisa a falta de nutrientes.

 

 

Tipos de adubação foliar

  1. Adubação foliar preventiva: mais utilizada e a de resultados menos comprovados. Exemplo: boro nas culturas do repolho, couve-flor, brócolis e KCl para prevenir os danos causados pelas geadas
  2. Adubação foliar corretiva: aplicação de nutrientes para corrigir uma ou mais deficiências nutricionais é realizada em determinados momentos da cultura. Exemplo: mais efetiva para culturas perenes
  3. Adubação foliar substitutiva: substitui a adubação via solo. Exemplo: micronutrientes.
  4. Adubação foliar complementar: visando complementar o fornecimento de adubos aplicados via sistema radicular (via solo ou água), empregada quando determinada cultura apresenta exigência elevada de um nutriente específico. Exemplo: boro nas culturas do repolho e mamão.
  5. Adubação foliar suplementar no estádio reprodutivo: aplicação na fase de enchimento de grãos. Exemplo: soja (N, P, K e S).

 

Categoria de adubos foliares

  1. Adubos químicos: fornecem macro e/ou micronutrientes (mais fornecidos pela adubação foliar, pois são exigidos em pequenas doses pelas plantas);
  2. Adubos orgânico: destaque para os originários de húmus-de-minhoca;
  3. Aminoácidos: grupo de produtos mais modernos e largamente usado em cultivos de hortaliças e flores;
  4. Adubos naturais: geralmente subprodutos de outras plantas, como o subproduto da mandioca, denominado de “manipueira” líquido liberado por ocasião da prensagem da massa da raiz da mandioca.

 

Absorção de nutrientes por meio da folha

A absorção foliar se dá em três passos sucessivos depois de estabelecido o contato do elemento com a epiderme superior, inferior ou ambas:

  1. Atravessamento da cutícula cerosa e das paredes das células epidérmicas por difusão;
  2. Chegada à superfície externa do plasmalema;
  3. Movimento através de membrana citoplasmática cm a entrada no citoplasma eventualmente no vacúolo depois de atravessar o tonoplasto.

 

ABSORÇÃO DE NUTRIENTES POR MEIO DA FOLHA

Fonte: Gomes, et al. (2019).

 

Penetração via cutícula

A penetração via cutícula trata-se da passagem dos nutrientes por esta camada de cera presente na superfície das folhas.

Para que transpassem a cutícula, os nutrientes necessitam estar solúveis em água ou presentes em partículas extremamente pequenas, entre dois e cinco nanômetros (1 nanômetro = 10-9 m ou 0,000000001 metro).

 

Rachaduras e imperfeições

Outra via de absorção é a passagem dos nutrientes por rachaduras ou imperfeições presentes na superfície da folha.

Tais aberturas são causadas nas folhas por ações físicas. Como por exemplo o esbarrão de um maquinário agrícola ou ação de pragas e doenças. Nestas condições, a penetração de algumas partículas maiores poderá ocorrer.

 

Estômatos e tricomas

Conjuntamente, a absorção dos nutrientes pode se dar pelos estômatos e tricomas espalhados na superfície das folhas. Vale relembrar que os estômatos são aberturas presentes nas folhas especializadas na realização de trocas gasosas enquanto os tricomas são os pelos presentes nas folhas.

Além disso para os tricomas, assim como na cutícula, os nutrientes necessitam estar solúveis em água ou em partículas muito pequenas para que ocorra a penetração. Já para os estômatos, partículas maiores podem ser absorvidas, visto que a cavidade em seu interior possui entre 20 e 80 nm.

 

Nutrição Mineral de Plantas: Macronutrientes.

 

Fatores que afetam a absorção

Os fatores que influenciam a adubação foliar podem ser divididos em internos e externos. Confira abaixo!

 

Internos

Dentre os fatores internos que influenciam a absorção foliar da planta pode-se destacar:

  • Espécies e variedades: espécies diferentes e variedades diferentes dentro da mesma espécie podem apresentar comportamentos diferentes quanto a absorção de nutrientes
  • Estado nutricional da planta: uma planta já deficiente apresenta menor capacidade de assimilar nutrientes via folha;
  • Idade da folha: folhas mais novas tem maior facilidade em absorver nutrientes do que folhas velhas. Consequentemente, o estágio fenológico em que a planta se encontra também afeta sua capacidade de absorver nutrientes.

 

Externos

Como fatores externos, pode-se enfatizar:

  • Ambiente: fatores ambientais como luminosidade, temperatura e umidade relativa tem influência direta na absorção foliar de nutrientes. Altas luminosidades e temperaturas conjuntamente a baixa umidade relativa influenciam negativamente a absorção foliar uma vez que alteram características tanto nas plantas quanto nos fertilizantes.
  • Fertilizante: a fonte de nutriente utilizada na formulação juntamente com os aditivos empregados altera as características do fertilizante e consequentemente sua absorção. Como exemplo de características tem-se concentração, solubilidade, carga elétrica, pH, ângulo de repouso e tempo de secagem.

 

Vantagens e desvantagens da adubação foliar

A adubação foliar pode ser utilizada com sucesso em agriculturas de baixa, média e alta tecnologias. Ela ajuda a estabelecer o equilíbrio nutricional das plantas na lavoura. Ajustando os níveis foliares próximos ao ótimo. No entanto, como toda técnica, a adubação foliar possui vantagens e desvantagens.

 

Vantagens

  • Correção das deficiências a curto prazo;
  • Alto índice de utilização pelas plantas dos nutrientes aplicados;
  • Contornar restrições de absorção de nutrientes pelo solo;
  • Doses totais de micronutrientes geralmente são menores que via solo;
  • Possibilidade de aplicação de micronutrientes com tratamentos químicos.

 

Desvantagens

  • Custo dos produtos e custo da aplicação extra pode ser mais elevado;
  • Idade da folha: vegetações muito novas, que não estão totalmente desenvolvidas, não têm a capacidade de absorção dos nutrientes e podem sofrer danos;
  • Menor poder residual da disponibilidade de nutrientes;
  • Podem ocorrer incompatibilidades com outros produtos.

 

Cuidados a serem tomados na adubação foliar

Para que a adubação foliar seja realmente eficiente, com absorção dos nutrientes, alguns fatores precisam ser atendidos. Eles incluem aspectos internos das plantas e externos a elas.

  1. É importante verificar o PH acidez e alcalinidade da solução aplicada na adubação foliar, pois as espécies vegetais absorvem os nutrientes em uma restrita faixa de PH e essa condição varia de planta para planta;
  2. Não faça a aplicação do adubo foliar nas horas mais quentes do dia, pois o calor pode causar a evaporação da solução e a planta não tenha tempo suficiente de absorver os nutrientes;
  3. Cuidado com a aplicação simultânea de adubo e pesticidas ou fungicidas, pois caso a combinação não for bem feita pode gerar desequilíbrios e até mesmo incompatibilidade no adubo aplicado nas plantas;
  4. Cuidado com os excessos na aplicação dos nutrientes via adubação foliar, pois o que iria fortalecer pode causar doenças nas plantas;

 

Erros frequentes

O erro mais comum cometido pelos agricultores que optam pela prática da adubação foliar é posicioná-la em substituição a alguma prática de solo. Esta deve ser tratada como uma técnica complementar, e quando ambas são feitas de forma correta o retorno em produtividade é certo.

A escolha por produtos mal formulados ou de baixa tecnologia, adubos sólidos diluídos ou fertilizantes sem respaldo científico e agronômico podem difamar a prática como ineficiente.

Lavouras pulverizadas com bons produtos nutricionais e bem recomendados geralmente apresentam incrementos médios de pelo menos três a quatro sacas de soja por hectare.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

O processo de adubação é muito importante no cultivo da terra, pois é ele que permite que as plantas cresçam com saúde e com os nutrientes que precisam. O Adubo Foliar é uma boa alternativa para complementar a adubação feita através do solo

Apenas suprir as necessidades de NPK não é suficiente. Porém, que fique claro que o Adubo Foliar não substitui o Adubo Via Solo apenas o complementa.

O diferencial desse adubo é o fato de ele ser aplicado sobre as folhas e, é mais comum na agricultura em produções de café, arroz, laranja, soja e outros. É importante ressaltar que antes da aplicação é importante que consulte um especialista para ter a certeza da necessidade real desse procedimento.

Escrito por Michelly Moraes.