Entenda nesse artigo o que é um adubo líquido, suas características, e quais as vantagens e benefícios que ele pode proporcionar no manejo nutricional de uma lavoura.
A utilização de adubos líquidos, nos últimos anos, tem ganhado cada vez mais atenção devido a suas vantagens e benéficos.
Assim entender as particularidades do adubo líquido em relação aos outros tipos de formulações e modos de aplicação é fundamental para uma boa eficiência de utilização da técnica.
Bem como, conhecer os fatores relacionados aos demais benefícios que podem ocorrer dependendo da composição do adubo líquido.
Característica do adubo líquido
O adubo líquido nada mais é do que fertilizantes convencionas em uma formulação líquida, apresentando diferentes características em fatores como:
Fonte de obtenção:
Mineral (rochas e fertilizantes químicos);
Orgânica (húmos de minhoca, vinhaça e restos vegetais).
Ao comparar o adubo líquido com formulações sólidas pode se listar a seguintes vantagens:
Correção de deficiências pontuais principalmente de micronutrientes pouco móvel no solo e na planta;
Maior precisão no fornecimento de nutrientes conforme o estádio da planta;
Maior eficiência de absorção;
Reaproveitamento de resíduos da cadeia produtiva;
Pode conter composto que irão auxiliar na solubilização de fósforo, função antioxidante e na resistência a estresses bióticos e abióticos.
Estratégia de aplicação do adubo líquido
Uma das maiores vantagens na utilização de adubo líquido está relacionada com alta versatilidade e precisão que é possibilita por seus modos de aplicação.
Sendo um problema nutricional de uma lavoura identificado adequadamente, através de análises foliares e de análises solo, junto as recomendações de um engenheiro agrônomo. Desse modo será possível dimensionar quais os nutrientes serão necessários e suas quantidades, assim como, o melhor momento e local de aplicação do adubo líquido.
Confira a seguir os possíveis modos de aplicação de um adubo líquido:
Fertirrigação
A técnica de fertirrigação consiste no aproveitamento de sistemas de irrigação como o de canhão de aspersão, pivô central e de linhas de gotejamento para veicular o adubo líquido até a parte aérea ou radicular da planta.
Esse tipo de manejo é muito utilizado em sistemas hidropônicos e para culturas perenes ou semi perene de alto valor agregado.
Pulverização
Já aplicação de adubos líquidos por meio da pulverização pode ocorrer com o uso de equipamentos menores, como bombas e pulverizadores costais, ou maiores, como tratores autopropelidos ou implementados com um pulverizador de barras conforme a situação e necessidade.
Casos frequentes do uso de adubo líquido
Como visto até aqui o adubo líquido pode fornecer tanto os macros e micronutrientes.
Adubos líquidos provenientes de fontes minerais são mais indicados para aplicação de correção ou prevenção de deficiências de micronutrientes. Considerando:
A ausência ou pouca mobilidade nas plantas de micronutrientes como zinco e boro;
Os baixos teores desses micronutrientes no solo devido a condições de alta acidez, lixiviação e desbalanço com outros nutrientes;
Precisão nas baixas concentrações requerida por esses nutrientes;
Sendo assim com a utilização desse tipo de adubo há o fornecimento desses micronutriente que assim ficaram prontamente disponíveis para a utilização pela planta, quando comparados a aplicação de formulações solidas via solo.
Confira a seguir exemplos da importância do fornecimento de micronutrientes em grandes culturas:
Molibdênio em soja
Plantas de soja com deficiência de molibdênio apresentam o sintoma característico de clorose generalizada similar a deficiência de nitrogênio.
Isso ocorre justamente pelo fato de o molibdênio desempenhar funções junto ao metabolismo de nitrogênio na planta.
Quando os teores desse nutriente não forem supridos pelo solo ou pela inoculaçãovia semente pode se optar pela correção da deficiência via a aplicação de adubo líquido.
Zinco em milho
Já plantas de milho que apresentam deficiência de zinco são características por sintomas como o encurtamento dos espaços entre nó e coloração branca internerval em folhas novas.
Esse quadro de sintomas ocorre principalmente pela influência do zinco nas vias metabólicas de produção de hormônios de crescimento como a auxina.
Sendo assim tem se como recomendação geral a aplicações de adubo líquido contendo zinco nas primeiras semanas após a semeadura do milho em áreas com históricos de deficiências desse nutriente.
Boro em eucalipto
Plantas de eucalipto com deficiência de boro expressam sintomas típicos como a perda de dominância apical, super brotamento e maior facilidade de rachadura e quebra do caule.
Sendo outro micronutriente relacionado com a síntese de hormônios vegetais e que também desempenha papel estrutural em composto presentes na parede celular.
Para se evitar essa situação pode se fazer a suplementação de boro na fase de produção de muda com a aplicação de adubos líquidos que tenha o boro em sua composição.
Adubo líquido como biofertilizantes
Biofertilizantes nada mais é do que um adubo líquido de origem orgânica que pode ser obtido a partir de inúmeras fontes.
Esse tipo de adubo é uma opção rentável quando existe a possibilidade de produzi-lo a partir de resíduos de outras atividades da propriedade agrícola.
Adicionalmente a redução de custos, o adubo líquido de origem orgânica tem suas vantagens por fornecer tanto macro e micronutrientes como também composto benéficos a planta como por exemplo aminoácidos, vitaminas e ácidos húmicos.
Um bom exemplo é o reaproveitamento de vinhaça, resíduo de produção da agroindústria de álcool, como adubo líquido na produção de canaviais.
A aplicação da vinhaça favorece uma maior produção de colmos e assim refletindo na qualidade final do produto obtido da cana-de-açúcar.
Dicas para a aplicação de adubo líquido
Realize as aplicações quando a planta estiver bem irrigada e turgida;
Evitar aplicar em condições de altas temperaturas em função do fechamento estomático da planta;
Evitar perdas por deriva através de boas práticas de aplicação de produtos referentes a tamanho de gota, condições de campo e utilização de adjuvantes.
Benefícios do adubo líquido além da nutrição de plantas
A planta estar bem nutrida é um requisito essencial para seu bom desenvolvimento e ganho de produtividade.
Pois estando em condições saudáveis a planta consegue responder melhor aos estresses bióticos e abióticos presentes no campo.
Assim o uso de adubo líquido, principalmente de origem orgânica, que além de fornecer os nutrientes essenciais para a planta pode apresentar compostos adicionais como aminoácido ácidos orgânicos e vitaminas.
Tais compostos adicionais podem otimizar os processos metabólicos fazendo com que a planta seja bioestimulada e consequentemente responda melhor a ocorrência de doenças assim como a condições ambientais desfavoráveis como seca e alta salinidade do solo.
Conclusão
O uso de técnicas que empregam os adubos líquidos na complementação do manejo de adubação de uma lavoura é atualmente uma ferramenta valiosa e eficiente.
Afinal, os adubos líquidos apresentam uma ampla possibilidade de fontes e composição assim como uma alta versatilidade e precisão com seus modos de aplicação.
Assim entender as características básicas e os fatores envolvidos na utilização de um adubo líquido é primordial para um bom planejamento e tomadas de decisões.
Se você quer entender quais os diferenciais e como implementar o modelo de irrigação por gotejamento na cultura de interesse, esse artigo é para você.
Acompanhe, não fique de fora!
O que é irrigação por gotejamento?
Irrigação por gotejamento é um método de irrigação controlado e específico que tem como característica a economia de recursos hídricos. Esse fator se deve principalmente pela proximidade da fonte de água com a raiz da planta, evitando o desperdício através da evaporação e aumentando o aproveitamento geral da água e nutrientes.
Ainda hoje, existe a ideia de que a irrigação por gotejamento é um sistema caro e acessível apenas à uma parcela de agricultores.
No entanto, nos últimos anos a tecnologia tem ganhado cada vez mais espaço e mostrado que seus inúmeros benefícios garantem mais viabilidade no campo.
Irrigação por gotejamento: vantagens e desvantagens
No modelo de irrigação por gotejamento existes vantagens e desvantagens para esse técnica, abaixo detalhamos quais são:
Vantagens do sistema de irrigação por gotejamento
Polidade de controle rigoroso da quantidade de água fornecida às plantas;
Os sistemas são usualmente semi-automatizados ou automatizados, necessitando uma menor mão-de-obra para o manejo do sistema.
Possibilita o cultivo em áreas com afloramentos rochosos e/ou com declividades acentuadas
Excelente uniformidade de aplicação de água
Desvantagens do sistema de irrigação por gotejamento
Ainda possui custo inicial elevado
Potencial de entupimento dos emissores pela deposição de partículas minerais e orgânicas.
Mangueiras expostas ao sol tem um tempo de vida útil reduzido
Necessita de água filtrada para diminuir os entupimentos
Planejamento do sistema de irrigação
Antes de começar, entre em contato com seu fornecedor de água ou com a secretaria responsável pelo saneamento para tirar quaisquer dúvidas legais sobre a instalação de sistemas de irrigação por gotejamento.
Tais precauções são necessárias para garantir que a instalação do sistema de irrigação não contamine a água.
Dívida sua área por necessidade de água. Antes de comprar os materiais, você precisará saber do que precisa exatamente. Faça um esboço do seu jardim ou da área que pretende irrigar e separe o mapa em várias regiões com base no seguinte:
A necessidade de água de cada planta: marque como muita, média ou pouca.
Os níveis de sol e sombra: caso a maioria das suas plantas tenha necessidades de água semelhantes, use a exposição ao sol para dividir seu jardim. As plantas sob sol pleno precisarão de mais água do que aquelas em sombra parcial ou total.
Tipos de solo: leve-o em conta se a sua área tem uma grande variação.
Desenhe a irrigação. Uma mangueira de gotejamento padrão pode atingir um comprimento máximo de 60 m, ou 120 m se a água entrar nela pelo centro.
O ideal é que cada mangueira de gotejamento atenda a uma área com necessidades de molhamento semelhantes. Os tubos de distribuição são uma alternativa menor às mangueiras de gotejamento. Eles só chegam a 9 m de comprimento. .
Divida seu jardim ou cultura em zonas de rega. Os emissores de gotejamento e o diâmetro do tubo determinarão a capacidade máxima do sistema de irrigação. Para que toda área tenha molhamento por igual, você pode dividir seu sistema em diferentes zonas.
Como funciona o sistema de irrigação por gotejamento?
Este sistema aplica água localizada e controlada na planta, reduzindo, assim, a superfície do solo que fica molhada, exposta às perdas por evaporação. Com isso, a eficiência de aplicação é bem maior e o consumo de água menor.
A irrigação localizada é usada, em geral, sob a forma de sistema fixo, ou seja, o sistema é constituído de tantas linhas laterais quantas forem necessárias para suprir toda a área, isto é, não há movimentação das linhas laterais.
Porém, somente determinado número de linhas laterais deve funcionar por vez, a fim de minimizar a capacidade e melhor controle.
Como montar um sistema de Irrigação por gotejamento?
A irrigação por gotejamento é uma maneira eficaz e conveniente de regar as culturas de interesse. Abaixo vamos mostrar passo a passo como montar esse sistema.
Conectando a fonte de água
1º PASSO – Instale a linha principal, se necessário. Se ela estiver nos seus planos, instale-a como extensão da tubulação. Desligue o fornecimento de água e remova a torneira. Em seguida, rosqueie os canos com um conector. Conecte novas torneiras ao longo da linha principal, onde pretende colocar a mangueira do gotejamento, e passe fita de Teflon em todas as conexões para evitar vazamentos.
2º PASSO – Coloque um conector em Y (opcional). Ele permite a você usar a torneira mesmo depois de instalar o sistema de irrigação. Todo o equipamento restante será preso a um braço do Y, enquanto o outro pode ser ligado a uma mangueira ou a outra torneira.
3º PASSO – Instale um temporizador (opcional). Prenda esse aparelho ao conector em Y se quiser regar seu jardim automaticamente. Ele pode ser configurado para acionar a água em períodos específicos do dia.
4º PASSO – Instale um desconector. Em muitos lugares, esse passo é exigido por lei para evitar que a água contaminada volte e se misture à água potável. Leia o rótulo do dispositivo antes de comprá-lo.
5º PASSO – Adicione um filtro. A irrigação por gotejamento é facilmente entupida por ferrugem, minerais e outras partículas na água. Use uma rede de tamanho 155 (100 mícrons) ou mais.
6º PASSO – Conecte um regulador de pressão, se necessário. Também chamado de válvula redutora de pressão, ele diminui e regula a pressão da água nas tubulações de irrigação. Instale-a se o sistema tiver uma pressão acima de 28.000 Pa ou 40 psi.
7º PASSO – Encaixe a linha lateral, se necessário. Caso mais de uma mangueira de irrigação saia dessa torneira, instale a linha lateral de PVC primeiro. Cada mangueira da área sairá desse cano. Não se esqueça de proteger a linha lateral da luz do sol usando fita de alumínio.
Ligando a irrigação por gotejamento
1º PASSO – Prenda as mangueiras. Use um cortador de canos para cortá-las para o tamanho desejado. Empurre cada mangueira para um conector e prenda o conector ao regulador de pressão ou à linha lateral. Disponha as mangueiras na superfície e prenda.
2º PASSO – Prenda os emissores. Caso esteja usando emissores ou microaspersores, prenda-os ao longo das mangueiras. Use um punção para perfurar a mangueira e insira o emissor bem apertado.
3º PASSO – Tampe cada mangueira. Prenda uma válvula de descarga ou uma tampa a cada uma para evitar vazamentos. Embora você possa apenas dobrar a mangueira para trás e fixá-la, essas ferramentas tornam mais fácil a inspeção e a limpeza da tubulação entupida.
4º PASSO – Teste o sistema. Coloque o temporizador no modo manual e ligue o fornecimento de água. Ajuste a torneira ou as válvulas de controle até que os emissores liberem um fluxo lento e constante. Depois de terminar, configure o temporizador de acordo com as necessidades do seu jardim.
Desafios na implantação da irrigação por gotejamento
Em razão do custo dos equipamentos, a implantação e a manutenção do sistema será a maior dificuldade no processo, pois se trata de um sistema um pouco complicado. A quantidade de peças que são indispensáveis para implantar o método de irrigação por gotejamento dependerá de:
Capital disponível para o investimento;
Tipo de cultura;
Tamanho da lavoura ou jardim.
A variedade dessa técnica pode mudar, porém geralmente o sistema é formado por mangueiras próprias para gotejamento, conectores para a mangueira, gotejadores e válvulas para controle de pressão.
Conclusão
A irrigação por gotejamento traz ótimos benefícios complementando a disponibilidade da água provida naturalmente pela chuva, proporcionando ao solo teor de umidade suficiente para suprir as necessidades hídricas das culturas. Com isso vem a importância dos agricultores escolher o tipo de irrigação ideal para sua cultura de interesse.
A irrigação por gotejamento é uma das técnicas mais utilizadas, principalmente em áreas mais secas. Esse sistema de Irrigação se destaca pelo fato de aumentar 90% a eficiência no uso da água, diminuição nas perdas por evaporação ou escoamento superficial. Pois, a água é depositada diretamente nas raízes das plantas.
Portanto esse sistema de irrigação vem ganhando cada vez mais espaço, atendendo as necessidades das culturas e dobrando sua produtividade.
Neste artigo, vamos tratar sobre o que é e como funciona o sistema de irrigaçãoporaspersão. Além de apresentar seus métodos e os diferentes tipos desse sistema, que pode contribuir efetivamente na agricultura.
Confira!
O que é irrigação por aspersão?
A irrigação por aspersão é uma técnica que simula uma chuva artificial onde um aspersor expele água para o ar. Que por resistência aerodinâmica se transformam em pequenas gotículas de água que caem sobre o solo e plantas. O aspersor é o mecanismo responsável pela pulverização do jato de água.
Os sistemas de irrigação por aspersão podem ser classificados em dois grupos principais: sistemas convencionais e sistemas mecanizados. Cada um pode ser subdividido em diferentes tipos, conforme apresentaremos a seguir
Quando surgiu a irrigação por aspersão?
A irrigação por aspersão se desenvolveu, principalmente, após a segunda guerra mundial, com a produção de tubos de alumínio, leves, e sistemas de acoplamentos rápidos, facilitando o transporte manual, a operação e o manejo dos equipamentos no campo.
Muitos sistemas de aspersão utilizados no Brasil ainda são do tipo convencional portátil.
Entretanto, em áreas maiores e com o objetivo de minimizar o emprego de mão-de-obra na irrigação. Tem crescido a utilização de sistemas mecanizados, particularmente o pivô central, com níveis variados de automação.
Irrigação por aspersão: como funciona?
A irrigação por aspersão consiste em simular a queda de água como se fosse a própria chuva, distribuindo a água de cima para baixo, contemplando não só as plantas como o solotambém.
Uma das muitas vantagens desse método é a possibilidade de atuar em diversos tipos de cultura, devido a sua versatilidade. Com isso, é viável adaptar a instalação conforme o plantio, e atingir grandes hectares.
Portanto, cabe ao agricultor escolher o melhor método para a sua lavoura, levando sempre em consideração a relação da água com a planta e o solo, tendo em vista a absorção adequada do líquido.
Tipos de sistema de irrigação por aspersão
Os principais tipos de irrigação por aspersão podem ser divididos, em Aspersão Convencional, Aspersão Mecanizada, abaixo detalhamos mais sobre cada um delas:
Sistemas irrigação convencional
O sistema de aspersão convencional é considerado o sistema básico de irrigação por aspersão. Utiliza tubos em toda a área com a troca de aspersores de forma manual.
Ou seja, após a primeira rega, o produtor deve entrar na área molhada, retirar o aspersor e colocá-lo na próxima área a ser irrigada. A aspersão convencional é denominada sistema básico de irrigação, constituído por:
Sistema de captação;
Sistema de bombeamento;
Tubulação de recalque ou linha principal;
Ramal ou linha lateral; e
Aspersores.
Pode ser classificada como portátil, sem portátil ou fixa.
Sistema de irrigação mecanizada
Um sistema de aspersão mecanizado tem por principais objetivos realizar a irrigação em grandes áreas (nas quais se tornaria inviável técnica e economicamente a utilização de sistemas convencionais), elevar a eficiência de aplicação de água e diminuir os custos com mão-de-obra.
Para que ocorra a movimentação, o aspersor (ou o conjunto de aspersores) é montado sobre um sistema mecânico dotado de rodas.
Linha latera móvel
Este sistema é composto por uma linha lateral que se desloca perpendicularmente à fonte fornecedora de água (que pode ser uma tubulação com hidrantes ou um canal de água).
Em geral, motores elétricos instalados nas torres de sustentação realizam sua movimentação de maneira sincronizada, enquanto a água é aplicada.
Pivô central
O pivô centralé um sistema de irrigação no qual uma linha lateral suspensa por torres de sustentação dotadas de rodas e motores gira em torno de um ponto central, que e chamado de pivô.
O pivô é a fonte fornecedora de água e de energia elétrica. À medida que se desloca, a linha lateral vai aspergindo a água sobre a cultura.
O pivô é a fonte fornecedora de água e de energia elétrica. À medida que se desloca, a linha lateral vai aspergindo a água sobre a cultura.
Vantagens da irrigação por aspersão
No sistema de irrigação por aspersão existem algumas vantagens e desvantagens, confira abaixo quais são elas:
Dificuldades em locais de temperaturas altas e ventos fortes;
Principais componentes em uma sistema de aspersão
Os componentes principais de um sistema de irrigação por aspersão são:
Aspersores
São os responsáveis por lançar o jato de água no ar, fracionado em gotas, que cairão sobre o terreno em forma de chuva. Podem ser de giro completo ou do tipo setorial, usado em áreas periféricas do campo ou sob condições especiais.
Quanto ao ângulo de inclinação do jato com a horizontal, podem ter uma inclinação de 20 a 30°. Normalmente são caracterizados pelo diâmetro de seus bocais.
Para cada combinação de pressão e diâmetro de bocais, obtemos vazões por aspersor, diâmetro e intensidade de precipitação diferentes;
Tubulação
A condução d ‘água na motobomba até os aspersores é efetuada por meio das tubulações de diversos tipos de materiais, tais como: aço, cimento amianto, aço zincado, alumínio e PVC rígido. Em geral, tem um comprimento padrão de 6 metros; o peso, a pressão de serviço e a espessura da parede variam com o material de que são constituídos.
O conjunto de tubulações constitui-se da linha principal e das linhas laterais. A principal conduz água da motobomba até as linhas laterais e normalmente são fixas.
As laterais conduzem água das principais até os aspersores, ou seja, são as linhas nas quais estão instaladas os aspersores; nestas linhas deve-se usar tubulações leves com engates rápidos;
Conjunto motobomba
É de fundamental importância no sistema. A bomba normalmente utilizada é do tipo centrifuga de eixo horizontal. Quando se usa água subterrânea, utiliza-se a bomba do tipo turbina para poços profundos. Os motores são elétricos, a diesel ou outros combustíveis;
Acessório
Os acessórios mais comuns usados no sistema de irrigação por aspersão são: tubos de subida, acoplamentos, registros, válvulas, curvas, reduções, braçadeiras, cotovelos ou derivações, etc.
Métodos de irrigação por aspersão
No método de irrigação por aspersão convencional a água é aplicada ao solo sob forma de chuva, de maneira intensa e uniforme, objetivando a infiltração de toda a água sem que ocorra escoamento superficial.
Irrigação por aspersão convencional se adapta com facilidade a qualquer tipo de solo no que diz respeito à textura e estrutura.
Os solos que apresentam textura de alta velocidade de infiltração permitem a utilização de aspersores com maior intensidade de aplicação, assim como com menor tempo de irrigação por posição.
Dessa forma, consequentemente, estes apresentam menor área irrigada por posição, ou seja, há a diminuição da quantidade de equipamentos necessários e menor custo de implantação, mas, por outro lado, exige maior utilização de mão-de-obra.
Por sua versatilidade, a irrigação por aspersão convencional, pode ser aplicada de maneiras diferentes nas culturas podendo ser divididas em diferentes tipos de sistemas.
Essa divisão apresenta algumas vantagens ou desvantagens para cada um dos modelos, cabendo ao produtor e o responsável pelo manejo do sistema de irrigação determinar qual dos tipo é o melhor para a cultura da propriedade.
Sistema de irrigação por aspersão portátil
Nesse sistema, todos os componentes podem ser desmontados e transportados para uma nova área de irrigação.
É importante que, no momento da instalação, a linha principal esteja perpendicular às curvas de nível do terreno e as linhas laterais em paralelo às curvas.
Essa disposição permite uma menor variação de vazão entre os aspersores. Neste caso, é comum o uso de PVC rígido ou aço zincado e conexões e acoplamentos rápidos. Tudo isso deixa as estruturas leves e fáceis de serem transportadas e montadas durante o manejo do sistema de irrigação.
Sistema de irrigação por aspersão semi-portátil
Na irrigação por aspersão semi-portátil, somente parte dos componentes pode ser deslocada. O conjunto motobomba e linha principal permanece fixo, mas a linha lateral é portátil. Quando a linha principal é fixa, pode-se enterrá-la durante a instalação e a montagem do sistema.
Sistema de irrigação por aspersão fixa
Como o nome sugere, esse tipo de irrigação por aspersão convencional, possui suas estruturas fixas. Isso quer dizer que suas tubulações e estruturas necessárias já estarão na área a ser irrigada, eliminando a necessidade de mudanças, seja na linha principal ou nas linhas laterais.
Mesmo sendo o tipo que apresenta maior custo estrutural de implantação, esse sistema requer menos mão de obra para seu manejo.
Como mencionamos, a agricultura irrigada é necessária para a produção, inclusive em escala nacional, e o sistema de irrigação por aspersão tem grande adesão por parte dos agricultores.
Contudo, cabe aos responsáveis se capacitarem para que a escolha do sistema seja a melhor para a cultura e objetivos de produção, bem como para a escolha do tipo certo dentro do sistema escolhido.
Essa capacitação é fundamental para evitar desperdícios de recursos financeiros e naturais, evitando custo muito altos na produção.
Conclusão
A importância da irrigação consiste em complementar a disponibilidade da água provida naturalmente pela chuva, proporcionando ao solo teor de umidade suficiente para suprir as necessidades hídricas das culturas.
Com isso vem a importância dos agricultores escolher o tipo de irrigação ideal para sua cultura de interesse.
A irrigação por aspersão Por se tratar de uma técnica precisa, que tem se mostrado altamente eficiente em função da uniformidade na distribuição de água, adaptabilidade a diversas culturas e solos, alto controle do volume de água, possibilidade de aplicação de fertilizantes, além da possibilidade da automação, que reduz a mão de obra.
A colheita de soja está a todo vapor pelas regiões produtoras do Brasil, algumas mais adiantadas e outras mais atrás em função de chuvas. Com a retirada da oleaginosa os produtores já começaram a plantar a safrinha de milho, cuja janela ideal está acabando.
Em alguns casos, como o Rio Grande do Sul que sofre com a estiagem, produtores ainda estão buscando alternativas rentáveis e que se encaixem no período de plantio indicado.
Já mostramos em outra reportagem que o sorgo pode ser uma boa opção. Para quem opta pelo milho os preços no mercado estão colaborando.
O produtor tem muitos fatores a se preocupar em uma safra e isso não é novidade: adubação, manejo de pragas e doenças, clima. Mas o solo não pode passar despercebido. As condições físicas, químicas e biológicas interferem diretamente, assim como o preparo correto para receber uma nova cultura. Confira a entrevista com o coordenador de agricultura de precisão da Piccin, Paulo Padilha, que traz algumas dicas importantes.
Entrevista sobre – Solo requer cuidado na safrinha
Portal Agrolink: como deve ser este preparo para garantir a produtividade da próxima cultura?
Paulo Padilha: o preparo pode ser feito de forma convencional, com uma grade aradora ou em caso do plantio direto com uma escarificação, com descompactação da camada superficial a 0,26 centímetros. Para o milho safrinha deve ser feita a descompactação, preparando o solo em condições ideais para a próxima safra.
Portal Agrolink: e em relação a nutrientes o que deve ser levado em conta?
Paulo Padilha: inicialmente deve ser feita uma amostragem de solo, analisando os nutrientes, acidez do solo e fazer as correções com calcário ou gesso dependendo da recomendação agronômica. Também pode ser feita adubação a lanço antes ou depois do plantio
Portal Agrolink: como agir em caso de solo muito compactado?
Paulo Padilha: esse fator deve ser muito bem observado, muito bem avaliado porque interfere tanto na produtividade quanto na rentabilidade da lavoura. Existem equipamentos no mercado que trabalham com alto rendimento operacional, baixo custo, o que impacta diretamente nos custos de produção.
O Brasil é um grande produtor de grãos, fibra e alimentos de todo o tipo. Na mesma linha vem a área de fertilizantes. Para ter uma boa colheita os solos demandam cada vez mais fertilizante, respeitando a forma correta de manejo focado em produtividade. A estimativa é o aumento de 2% em volume de fertilizantes, um recorde. Mesmo assim o mercado nacional ainda demanda bem mais produto do que produz em solo brasileiro. Cerca de 80% dos fertilizantes vem de importação. O Brasil demanda 36 milhões de toneladas e produz apenas 10 milhões de toneladas. Em uso, no ano passado, a média mundial aumentou em 40%, enquanto no Brasil chegou a cerca de 300%.
O Brasil é um dos focos da Yara Fertlizantes, empresa multinacional que está investindo cada vez mais no país. Em um evento na Federação das Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul), o presidente da Yara Brasil e vice-presidente executivo da Yara International, Lair Hanzen, destacou o potencial do país como produtor mundial de alimentos no que chamou de “celeiro do mundo”. O gestor avalia que, diante do desafio mundial de produzir mais com menos, sustentabilidade e tecnologia para suprir a demanda da população mundial que deve crescer significativamente até 2050, o Brasil tem muitos diferenciais: clima, solo, recursos naturais e diversidade de culturas. “A agricultura brasileira deve seguir tendo bons anos e, junto a esse cenário, a planta não produz fertilizante. A nutrição é muito importante para produtividade. Acreditamos que a safra que vem irá registrar um novo recorde em uso de fertilizantes. A medida que o agro do país cresce, o nosso negócio acompanha”, avalia.
De olho na oportunidade
A Yara atualmente detém 25% do mercado de fertilizantes no Brasil e 35% no exterior. E o solo brasileiro tem um perfil diferenciado: demanda mais fertilizantes com fósforo e potássio, exigindo uma adequação da empresa, antes focada em nitrogenados. Pensando no agricultor brasileiro a Yara lançou, no começo deste ano, o fertilizante Yara Basa. Entre as características diferenciadas está o de ter no mesmo grânulo o NPK ((nitrogênio, fósforo e potássio), macronutrientes fundamentais para a nutrição das plantas, além de pelo menos outros cinco micronutrientes. É indicado para a adubação de base principalmente para a cultura da soja, como também para outras culturas como café, feijão e cana-de-açúcar. “O agricultor recebeu bem o produto e está feliz com o desempenho. Tendo tudo no mesmo grão ele consegue distribuição fácil nas linhas de semeadura, adubação uniforme e melhores resultados. Já temos muitos relatos de produtores que tiveram rendimento superior à adubação tradicional”, comenta Hanzen.
Para ampliar a produção do Yara Basa, a empresa está investindo na construção de um novo complexo em Rio Grande, sul do Rio Grande do Sul. Com investimento beirando a casa dos R$ 2 bilhões, o objetivo é dobrar a capacidade de produção de fertilizantes e misturas (granulação e acidulação). A obra está 80% concluída com previsão final para outubro de 2020. Com isso a capacidade passa de 650 mil toneladas de fertilizantes por ano para 1,2 milhão de toneladas ano. Nas misturas a capacidade sobe de 1,5 milhão de toneladas ano para 2,6 milhões de toneladas ano. “Esse será o maior e mais moderno complexo de fertilizantes da América Latina tanto em produção quanto distribuição”, destaca.
Com planejamento voltado para tecnologia e sustentabilidade, esta será a primeira planta 100% automatizada do país. O ensacamento será totalmente mecanizado, sem contato com humanos, diminuindo também os riscos à saúde dos funcionários do local. A Yara já opera com processo semi-automatizado em algumas de suas fábricas.
O que espera o setor para 2020
Hanzen entende que nesta safra o negócio não teve o desempenho esperado. Com o dólar alto o produtor esperou muito para comprar o fertilizante para a safra. Em contrapartida, as empresas têm limite de prazo para fazer a importação. A expectativa é que, com a diminuição dos efeitos da crise econômica, no ano que vem o desempenho seja melhor.
Entre outras entraves para o crescimento do agronegócio no país o presidente acredita que estão os problemas de infraestrutura e a burocracia para criar pontos privados para distribuição, por exemplo. “Nossa maior batalha será, com certeza, a Reforma Tributária porque afeta, diretamente, o agronegócio e os fertilizantes. Tentar mexer no ICMS entre os Estados”, completa.
Confira a entrevista completa em vídeo onde são tratadas questões como o cenário do agronegócio no Brasil, o mercado de fertilizantes, impactos na produtividade, interferência de questões comerciais e cambiais e os desafios do setor como um todo: