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Reflorestamento: tudo que você precisa saber!

Reflorestamento: tudo que você precisa saber!

O reflorestamento é uma atividade de plantio de árvores para basicamente dois fins. Saiba mais sobre o que é reflorestamento e suas práticas. Neste artigo vamos abordar tudo que você precisa saber sobre esse assunto.

Acompanhe!

 

Reflorestamento: tudo que você precisa saber!

 

Florestas, sustentabilidade e desmatamento sempre foram assuntos em pauta ao redor de todo o mundo. Cada dia mais nosso planeta perde sua matéria prima, de acordo com o estudo do Global Forest Watch, especialmente no Brasil foi o país que mais perdeu árvores no mundo.

Isso ocorre devido o interesse comercial por madeira tropical, este produto é bastante valioso e apreciado pelo mercado internacional e uma das formas de suprir este mercado é através do reflorestamento.

 

 

Mas afinal, o que é o reflorestamento?

O reflorestamento é a ação de recuperar uma área desmatada por meio do plantio de novas árvores. Essa ação pode ocorrer de forma natural ou intencional, ou seja, com a interferência humana para atingir determinados objetivos como realizar a manutenção de matas ciliares, restaurar ecossistemas, absorver os gases de efeito estufa (GEE) reduzindo o impacto do aquecimento global por meio do sequestro de carbono.

A importância do reflorestamento é uma das pautas mais frequentes em reuniões de alta cúpula como o G20 e a ONU, ressaltando a necessidade dos países se preocuparem cada vez mais com suas florestas e riquezas naturais. Entenda aqui quais são os principais benefícios do reflorestamento.

 

Florestamento x Reflorestamento

Você já deve ter ouvido falar muito sobre reflorestamento, mas você sabe o que é florestamento? Vamos explicar as diferenças:

  • Florestamento: O florestamento acontece quando é realizado plantio em locais que não tiveram vegetação, ou seja, não eram florestas.
  • Reflorestamento: Conforme já foi dito, o reflorestamento é a recuperação de espaços que já tiveram florestas.

 

6 benefícios do reflorestamento 

 

1. Reposição de madeira dura tropical

A madeira dura tropical está em constante déficit no Brasil, uma vez que cada vez mais sua procura aumenta e por outro lado, não há a sua reposição.

O reflorestamento de espécies exóticas, como o Mogno Africano, ajuda no aumento da reserva destas madeiras, consequentemente diminuindo o déficit no mercado relacionado a sua venda.

 

2. Sinônimos de equilíbrio

As árvores armazenam em sua copa e troncos parte da água da chuva, fazendo com que a evapore, reiniciando o ciclo da chuva.

Essa função é de suma importância para regiões internas dos países que não ficam próximo ao oceano, pois sem as árvores para regular a quantidade de água, às regiões mais centrais dos continentes seriam, um verdadeiro deserto. 

 

3. Aspirador de CO2

Segundo o engenheiro florestal alemão, Peter Wohlleben, “as árvores realizam fotossíntese e produzem hidrocarbonetos, que usam para o próprio crescimento, e ao longo da vida armazenam até 200 toneladas de CO2 no tronco, nos galhos e nas raízes (…). Quando ela morre, o CO2 afunda com ela na lama e forma ligações de carbono”, configurando assim um solo mais fértil.

 

4. Ar-condicionado de madeira

Pelo fato das florestas reterem parte do calor no tronco, nos galhos e nas raízes elas causam o resfriamento do ambiente, amenizando assim o calor.

 

5. Ar saudável e qualidade de vida

Em um experimento desenvolvido por cientistas coreanos (Jee-Yon Lee e Duk-Chul Lee) foi constatado que ao se caminhar em florestas (exceto da mata de coníferas e de matas de carvalho) melhora a pressão arterial, a capacidade pulmonar e a elasticidade das artérias, enquanto os passeios na cidade não causam nenhuma alteração. Essa alteração é devido aos fitocidas que matam os germes, melhorando assim o sistema imunológico humano.

 

6. Berço da biodiversidade

As árvores produzem frutos que servem de alimentos para diversas espécies de animais e suas raízes funcionam como moradia para fungos que retribuem auxiliando a fixação do nitrogênio. A copa pode ser casa de mais de 257 espécies diferentes de acordo com o estudo promovido por Martin Gobner.

O químico Katsuhiko Matsunga incentivou pescadores a plantar mais árvores perto de rios e riachos ao observar que as folhas que caem em rios e riachos, liberam um ácido que chega ao mar. Esse ácido estimula o crescimento de plâncton, a base da cadeia alimentar fazendo com que houvesse o aumento na produção de pescados e ostras na região.

 

Tipos de reflorestamento

Agora que já ficou evidente o quanto o reflorestamento é importante, precisamos explicar os tipos que existem. Há, em linhas gerais, dois tipos de reflorestamento: o de fins comerciais (florestas plantadas) e de fins ecológicos (mata nativa). Esses dois tipos geram debates há décadas.

Nessa discussão há o grupo que defende as monoculturas de eucalipto e quem apoia o reflorestamento com vegetação nativa. A seguir vamos explicar com mais detalhes os dois tipos para que fique mais claro porque existe esse embate.

 

Qualidade e Uso da Madeira

 

Florestas plantadas com fins comerciais

Em 1934, o Brasil teve o seu primeiro Código Florestal. No entanto, foi somente em 1965, com o segundo Código Florestal, que houve mudanças no manejo das florestas. No período entre 1965 e 1988, houve estímulo do governo para o reflorestamento por meio de incentivos fiscais.

Foi um período repleto de fraudes e plantações malsucedidas. Cresceu consideravelmente as monoculturas de eucalipto e pinus.

O cenário atual continua bastante semelhante, sendo que 70% das florestas plantadas são de eucalipto e 22% são de pinus. Grande parte dos reflorestadores dessa categoria é de grandes companhias produtoras de papel e celulose.

Também há áreas de florestas plantadas com a finalidade de captação dos gases do efeito estufa, nesse caso, o comércio se dá no mercado de carbono. Em geral, os compradores desse tipo de floresta plantada são empresas e países desenvolvidos para alcançar os valores de emissão de gases de acordo com o Protocolo de Quioto.

 

Florestas para fins ecológicos

Nesse tipo de reflorestamento, o principal objetivo é a restauração ecológica. É feita uma intervenção através do plantio de árvores nativas como uma forma de recuperar o ecossistema.

Trata-se de uma medida importante para a recuperação dos serviços ecossistêmicos de uma região. No entanto, é necessário ressaltar que não é possível a recuperação total de um ecossistema idêntico ao original.

É importante mencionar, ainda, o reflorestamento de recomposição florestal que, basicamente, se caracteriza por plantar mata nativa para tentar compensar o que foi desmatado.

 Geralmente, as espécies escolhidas estão alinhadas com vegetação natural do local. Árvores frutíferas e com flores são escolhidas para atrair animais e insetos para realizar a dispersão.

 

Como o reflorestamento deve ser feito?

Para realmente oferecer os resultados desejados, o reflorestamento tem que ser realizado de maneira profissional e mediante certas características. Não basta apenas plantar algumas árvores, já que cada ecossistema tem as suas exigências.

O melhor é contratar uma empresa, que fará uma boa análise da área e das necessidades da empresa. Com esses dados, é possível selecionar as espécies nativas indicadas e que prometem trazer os melhores resultados.

Na sequência, ocorre a preparação do solo e o plantio das árvores. A partir desse momento, são designados cuidados específicos, os quais auxiliam na conquista de êxito com a técnica.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Como dito acima o reflorestamento é um processo importante para que áreas sejam recuperadas. Feito da maneira correta, traz muitos benefícios, desde o atendimento de obrigações legais até a melhoria do cuidado com o planeta.

A atuação de especialistas no assunto não apenas ajuda a garantir o sucesso da iniciativa, como impede que ocorram prejuízos causados por alterações bruscas de sistemas.

Espero que tenha gostado desse artigo. Curta e comenta!

Escrito por Michelly Moraes.

Código florestal brasileiro: saiba o que é e sua importância!

Código florestal brasileiro: saiba o que é e sua importância!

É do interesse de nossa sociedade que a administração pública, bem como os cidadãos, se empenhem com vigor no combate ao desmatamento ilegal e que, na medida do possível, estimulem os agricultores a não desmatar áreas legalmente passíveis de uso alternativo do solo. Com isso preparamos esse artigo para explicar o que é e a importância do Código Florestal Brasileiro.

Venha Comigo!

 

Código florestal brasileiro: saiba o que é e sua importância!

 

A legislação ambiental brasileira, considerada por muitos como uma das melhores do mundo, na realidade é bastante complexa. Um país continental como o nosso não pode ter tratamentos iguais para situações regionais tão adversas.

É fato que uma República Federativa, deve possuir princípios básicos para nortear e estabelecer regras gerais, que jamais poderão ser descumpridas por qualquer de seus entes federados.

No entanto, é óbvio também que não se pode ter a pretensão de se esgotar todas as peculiaridades pontuais em um único instrumento normativo, que atenda dos pampas a Amazônia. Levando-se em conta ainda o histórico característico da ocupação antrópica de cada bioma brasileiro.

Neste post trouxemos o princípio do código florestal brasileiro.

 

 

O que é o código florestal brasileiro?

Código Florestal é a lei que institui as regras gerais sobre onde e de que forma a vegetação nativa do território brasileiro pode ser explorada. Ele determina as áreas que devem ser preservadas e quais regiões são autorizadas a receber os diferentes tipos de produção rural.

O primeiro Código data de 1934, e, desde então, sofreu modificações importantes como em 1965, que o tornaram mais exigente. Sua última encarnação foi aprovada em maio de 2012 e objeto de intensa batalha no Congresso, que reduziu a proteção ambiental das versões anteriores.

A lei prevê alguns instrumentos do Programa de Regularização Ambiental (PRA), são exemplos:

 

A importância do código florestal brasileiro

A nossa agricultura se modernizou e tem obtido importantes ganhos de produtividade, devido a pesquisa e ciência.

É do interesse de nossa sociedade que a administração pública, bem como os cidadãos, se empenhem com vigor no combate ao desmatamento ilegal e que, na medida do possível, estimulem os agricultores a não desmatar áreas legalmente passíveis de uso alternativo do solo.

Isto somente se faz com o estabelecimento de confiança entre todas as partes envolvidas e com o firme comprometimento com a manutenção do NCF. Tal como se encontra, pois fruto de um amplo acordo nacional que ainda pode dar excelentes frutos, se for tratado com a seriedade que merece.

 

Principais alterações do novo Código Florestal

O novo Código Florestal traz inúmeras mudanças em relação ao Código antigo. Veja a seguir:

 

Áreas de Preservação Permanente (APPs)

São locais vulneráveis, como beira de rios, topo de morros e encostas, que não podem ser desmatados. Atualmente, produtores devem recompor 30 metros de mata ciliar para rios com até 10 metros de largura.

O texto prevê redução para 15 metros de recuperação de mata para rios com largura de até 10 metros – a mudança foi feita na Câmara.

A novidade no Senado foi a obrigação, aos proprietários com até quatro módulos fiscais o módulo varia entre estados de 20 a 440 hectares, de não exceder a recuperação em 20% da área da propriedade.

Para propriedades maiores que quatro módulos fiscais em margem de rios, os conselhos estaduais de meio ambiente estabelecerão as áreas mínimas de matas ciliares. Respeitando o limite correspondente à metade da largura do rio, observando o mínimo de 30 metros e máximo de 100 metros.

 

Conversão de multas

Produtores rurais com propriedade de até 4 módulos fiscais, autuados até julho de 2008, poderiam converter multas com reflorestamento, de acordo com o texto aprovado pela Câmara. Com a nova redação, estes benefícios passam a valer também para os grandes proprietários rurais que desmataram até julho de 2008.

 

Pequenos produtores

De acordo com a Agência Senado, a pequena propriedade ou posse rural familiar poderá manter cultivos e outras atividades de baixo impacto ambiental em Áreas de Preservação Permanente (APPs) e de reserva legal, desde que o imóvel esteja inscrito no Cadastro Ambiental Rural (CAR) e que as atividades sejam declaradas ao órgão ambiental.

O registro da reserva legal no CAR será gratuito para as unidades rurais familiares. O CAR estabelece prazo de um ano, prorrogável uma única vez por igual período, para que os donos de terras registrem suas propriedades nesse cadastro.

O cadastro servirá para armazenar informações ambientais de todas as propriedades rurais. Essa base de dados servirá para controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico e combate ao desmatamento.

 

Principais estudos ambientais.

 

Incentivos econômicos

Houve também ampliação dos mecanismos de incentivos econômicos ao produtor rural para garantir a preservação do meio ambiente: pagamento ao agricultor que preserva matas nativas, conservar a beleza cênica natural, conservar a biodiversidade, preservar a regulação do clima, manter a Área de Preservação Permanente (APP) e de reserva legal.

 

A favor ou contra o novo código florestal?

Como é de se esperar em toda discussão de mudança, muitas entidades são contra, muitas são a favor e muitas são neutras em relação as mudanças no Código Florestal. Veja abaixo:

Os principais opositores do Novo Código Florestal são os Ambientalistas e também uma boa parte dos profissionais de Engenharia Ambiental.

Estes profissionais afirmam que a nova proposta vai abrir caminho para que muita área verde seja destruída e que a flexibilização das Leis Ambientais vai favorecer grandes fazendeiros interessados somente em lucro.

A questão dos pequenos produtores não precisarem mais de manter uma reserva legal, por exemplo, vai fazer que muitos deles, movidos pela ganância, acabem destruindo toda a área verde de suas propriedades, causando um forte desequilíbrio.

Os ambientalistas afirmam que o Código Florestal Brasileiro, apesar de ser rígido, é adequado à nossa realidade, já que o Brasil tem amplas reservas naturais e uma grande biodiversidade.

 

A favor ao novo código

Os principais defensores do Novo Código Florestal Brasileiro são os ruralistas e fazendeiros de um modo geral.

Os ruralistas, que por sinal em grande parte são também fazendeiros, são aqueles que estão na Câmara dos Deputados e Senado para defender os interesses dos produtores rurais.

Representando um dos principais setores da Economia do Brasil, a Agricultura, os ruralistas são a favor do novo Código Florestal, pois ele vai liberar novas áreas para plantar.

Se apoiam no fato de que o Código Florestal Brasileiro é um dos mais rígidos do mundo (e realmente é) e que uma flexibilização traria muitos benefícios econômicos e sociais, tais como maiores lucros e produção de mais comida.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

O Novo Código Florestal abrange pontos considerados extremamente polêmicos, especialmente por conta da diferença entre os interesses dos ruralistas e ambientalistas.

Entretanto, vários problemas podem surgir com o tempo, uma vez que houve uma prevalência dos benefícios singulares em detrimento dos benefícios coletivos. Com isso, é inegável que se tem mais vantagens para explorar do que para conservar o meio ambiente.

 No momento em que se tem determinados benefícios individuais, há uma sensação que o código favorece a população. Pois é mais fácil perceber essa benesse. Entretanto, com o tempo, os prejuízos tendem a aparecer, de modo difuso e bem mais difícil de serem identificados.

 

O que é inventário florestal? Saiba mais sobre o assunto!

O que é inventário florestal? Saiba mais sobre o assunto!

Você já se perguntou o que é inventario Florestal? Neste artigo você irá entender passo a passo o que é essa técnica e quais os benefícios desse procedimento.

Venha comigo!

 

O que é inventário florestal? Saiba mais sobre o assunto!

 

O inventário florestal é a atividade realizada para obter informações qualitativas e quantitativas de povoamentos florestais através da coleta de dados em campo. A metodologia utilizada para aquisição destas características depende de inúmeros fatores.

Tem por objetivo gerar informações sobre os recursos florestais naturais e plantados, para fundamentar a formulação, implementação e execução de políticas públicas de desenvolvimento, uso e conservação, geração de relatórios para empresas, bem como a gestão desses recursos, através de informações suficientes, confiáveis e periodicamente atualizadas.

 

 

Tipos de inventário florestal

Os principais tipos de inventário são:

O Inventário Florestal Nacional: São inventários extensivos que cobrem países inteiros, visando fornecer as bases para a definição de políticas florestais e para a elaboração de planos de desenvolvimento e uso das florestas.

O Inventário Florestal Regional: Realizado em grandes áreas com o objetivo de embasar planos estratégicos de desenvolvimento regional, adoção de medidas visando preservar certas espécies, estudos de viabilidade de empresas florestais.

E o Inventário Florestal de Área Restrita: São os mais comuns e constituem a maioria dos inventários florestais. Em geral, visam determinar o potencial florestal para utilização imediata ou embasar a elaboração de planos

 

As principais doenças bióticas da eucaliptocultura no Brasil

 

Planejamento no inventário florestal

O Inventário é a base para o planejamento do uso dos recursos florestais. Através dele é possível a caracterização de uma determinada área e o conhecimento quantitativo e qualitativo das espécies que a compõem. Podendo fornecer diversas informações, dentre elas:

  • Estimativa de área;
  • Descrição da topografia;
  • Mapeamento da propriedade;
  • Descrição de acessos;
  • Facilidade de transporte da madeira;
  • Estimativa da quantidade e qualidade de diferentes recursos florestais;
  • Estimativa de crescimento (se o inventário for realizado mais de uma vez).

 

Elaboração de um projeto de inventário florestal

O Inventário Florestal Nacional tem abrangência sobre todo o território brasileiro, para reportar informações sobre os recursos florestais. O projeto está estruturado em cinco componentes, sendo eles:

  • Profissional;
  • Tabela de produção
  • Coleta no campo;
  • Processamento de dados;
  • Interpretação de dados e escrita;

 

Profissional

É importante ter um profissional habilitado para tal, uma vez que o Inventário Florestal não é simples como pode parecer no primeiro momento. Os profissionais requisitados são os engenheiros florestais, mas há casos específicos em que Engenheiros Agrônomos e Biólogos também podem fazê-lo, onde se especializam na área através de uma pós graduação.

 

Análise da área

É importante o objetivo do seu inventário estar bem claro. É um Inventário Florestal com o objetivo de corte raso na área? Vou fazer um plano de manejo ou alguma outra atividade extrativista sustentável? Qual a fitofisionomia da área (cerrado, floresta amazônica, etc)? Tem bons acessos à área-alvo? O que a legislação me solicita?

Uma boa análise da área perpassa pela coleta de dados secundários (disponíveis em outros meios) e dados primários (coletados). Portanto, recomenda-se que o profissional contratado tenha conhecimentos em SIG/Geoprocessamento, para maior assertividade do planejamento.

Lembrando que o mapeamento permitirá as estimativas envolvendo diferentes tipologias florestais e suas respectivas áreas, sendo de extrema importância para o monitoramento da cobertura florestal.

 

Tabela de Produção

Constitui a base do manejo florestal, pois expressa o comportamento de uma espécie ao longo do tempo, em um determinado sítio, submetida a um regime de manejo definido, desde a implantação até o final da rotação.

Neste método são apresentadas as estimativas dos parâmetros dendrométricos das árvores e dos povoamentos de uma espécie, por sítio e idade, para um determinado sistema de manejo.

Dessa maneira, pode-se avaliar uma floresta a partir da identificação do sítio, espécie e idade, obtendo-se as informações necessárias diretamente na tabela de produção.

 

Coleta de dados em campo

Amostragem

Após o planejamento no qual são definidos os objetivos, os parâmetros mais importantes do Inventário Florestal e o tipo de amostragem a ser realizado, parte-se para a execução que compreende a interpretação de imagens e os trabalhos de campo.

Essa fase, serão necessários os equipamentos de campo (fita métrica, suta, hipsômetro, prancheta, GPS, máquina fotográfica, etc), vestimenta adequada ao clima/localidade e veículo para deslocamento.

 

Coleta de dados em campo

 

Nos trabalhos de campo, as equipes devem ser convenientemente preparadas para a realização de tarefas como a localização das unidades de amostras, e a obtenção das variáveis de interesse. As mais frequentes variáveis obtidas em campo são:

Altura: a altura considerada vai da base da árvore até a primeira bifurcação significativa. Esta informação pode ser obtida por meio de qualquer instrumento baseado em relações trigonométricas, como Haga, Blume-Leis, dentre outros.

Diâmetro: o diâmetro é tomado a 1,30 m do solo, podendo ser obtido por meio de um aparelho chamado Suta ou por fita diamétrica.

Distância: pode ser empregada a metodologia do Vizinho Mais Próximo (VMP), que consiste em considerar as distâncias das árvores a pontos pré-determinados e aplicar os processos de mensuração e identificação àquelas que estão mais próximos deles.

Deve-se considerar as árvores mais próximas por classes de diâmetro, que permitirá melhores inferências sobre a estrutura vertical da floresta. É necessário medira distância que vai do centro às árvores mais próximas, sendo que essa distância pode ser medida com trena.

 

Processamento dos dados

É importante saber qual a ferramenta você utilizará para processar estes dados. Sendo algumas das opções disponíveis sendo elas;

Editores de planilhas sendo o mais comum o Microsoft Excel, os editores de planilhas são importantes por facilitarem a digitação dos dados coletados em campo e inserção das fórmulas estatísticas;

Software Mata Nativa é o software que realiza todos cálculos de inventário florestal e análise fitossociológica, com aplicação efetiva em todos os biomas brasileiros.

Além do software ele possui uma versão para dispositivos móveis, que agiliza a coleta de dados em campo e elimina o processo de digitação das fichas de campo, diminuindo o tempo de elaboração do projeto e consequentemente reduzindo o custo do inventário florestal.

O software permite, dentre muitas análises, realizar diagnósticos qualitativos e quantitativos de formações vegetacionais, análises fitossociológicas completas, elaborar inventários e planos de manejo, monitorar a floresta através de inventários contínuos acompanhando o crescimento e desenvolvimento das espécies e analisando as características de valoração e exploração florestal.

Treesoftware empresa com soluções que englobam a área de inventário florestal. A empresa também possui solução mobile, facilitando a vida de quem atua no campo.

 

Interpretação dos dados e escrita no inventário florestal

A coleta de dados no inventário florestal é um processo minucioso que quando realizado através de anotações em fichas de campo, requer tempo, tanto para anotações quanto para digitalização dos dados obtidos.

 A interpretação dos dados é um profissional habilitado ter sido contratado é o diferencial, pois neste momento será feita toda a interpretação dos dados colhidos e processados, seguido da escrita, na qual irá descrever detalhadamente o que os dados significam e como eles devem ser aplicados para se alcançar o objetivo definido logo no início do projeto.

 

Plataforma Agropos

 

Conclusão

Entende- se que o Inventário Florestal é a principal ferramenta para diagnose e prognose das condições produtivas ou protetivas de uma floresta.

É através dos resultados oriundos da medição feita para o Inventário Florestal que se tomam decisões sobre a viabilidade de empreender ou não em uma localidade com cobertura de floresta. Além disso, o Inventário Florestal nos dá as principais informações que precisamos para conservar e manejar nossa área florestal.

Escrito por Michelly Moares.

Inventário florestal: tudo sobre essa atividade!

Inventário florestal: tudo sobre essa atividade!

O inventário florestal consiste no uso de fundamentos da teoria de amostragem para a determinação ou estimativa das características quantitativas ou qualitativas da floresta.

Desde já é uma das atividades mais importantes. Afinal é por meio dele que se avalia o estoque de madeira existente. Dando suporte para tomada de decisões estratégicas e de planejamento das atividades de exploração e do manejo propriamente dito.

Tais como: espécies a explorar, intensidades e ciclos de corte, tratamentos silviculturas a serem conduzidos, necessidade de plantios de enriquecimento.

 

Inventário florestal

 

Portanto, para obtenção de resultados, o inventário florestal conta com as inovações tecnológicas. Absorvendo rapidamente estas novidades. Além de tornar os trabalhos de inventários mais rápidos e precisos.

Representam uma boa economia de recursos financeiros. Tanto para as indústrias como para os profissionais autônomos.

 

 

O que é inventário florestal?

Inventário florestal é a aplicação de técnicas de medição para se obter informações das espécies existentes numa determinada área. Com ele se obtém informações a respeito da cobertura vegetal e exprime características qualitativas e quantitativas de espécies distribuídas em florestas.

Um inventário florestal completo pode fornecer várias informações, dentre elas:

  • Estimativa de área;
  • Descrição da topografia;
  • Mapeamento da propriedade;
  • Descrição de acessos;
  • Facilidade de transporte da madeira;
  • Estimativa da quantidade e qualidade de diferentes recursos florestais;
  • Estimativa de crescimento (se o inventário for realizado mais de uma vez).

Os inventários florestais podem ser classificados em diversos tipos de acordo com seus objetivos, abrangência, forma de obtenção dos dados, abordagem da população no tempo e grau de detalhamento dos seus resultados. De acordo com a descrição a seguir:

 

 

Objetivos do inventário florestal

Inventário de cunho tático: são inventários realizados para atender a demanda de uma empresa florestal. Tais como conhecimento da dinâmica da floresta, elaboração de plano de manejo e exploração florestal.

Inventário de cunho estratégico: são utilizados para instruir o poder público na formulação de políticas de conservação. Desenvolvimento e uso dos recursos florestais.

 

Quanto à abrangência no inventário florestal

Inventário florestal nacional: são inventários extensivos que cobre um país inteiro. Visa fornecer as bases para a definição de políticas florestais e para a elaboração de planos de desenvolvimento e uso das florestas.

Inventário florestal regional: realizado em grandes áreas. Tem como objetivo embasar planos estratégicos de desenvolvimento regional. Adoção de medidas para preservar espécies e também estudos de viabilidade para empresas florestais

E o inventário florestal de área restrita: no geral, têm a finalidade de determinar o potencial florestal para utilização imediata ou embasar a elaboração de planos de manejo. Fundamentais para uma extração legal.

 

Quanto a obtenção de dados no inventário florestal

Amostragem: constituem a grande maioria dos inventários florestais. Através deste inventário, observam-se apenas uma parte da população e obtém-se uma estimativa dos seus parâmetros. A qual traz consigo um erro de amostragem.

Geralmente é utilizado em grandes populações. Especialmente quando os resultados devem ser obtidos no menor espaço de tempo. Pelo menor custo e com a precisão desejada.

Tabela de produção: constitui a base do manejo florestal. Pois expressa o comportamento de uma espécie ao longo do tempo. Em um determinado sítio, submetida a um regime de manejo definido, desde a implantação até o final da rotação.

Neste método são apresentadas as estimativas dos parâmetros dendrométricos das árvores e dos povoamentos de uma espécie. Por sítio e idade, para um determinado sistema de manejo.

Dessa maneira, pode-se avaliar uma floresta a partir da identificação do sítio, espécie e idade, obtendo-se as informações necessárias diretamente na tabela de produção.

 

As principais doenças bióticas da eucaliptocultura no Brasil

 

Trabalhos realizados em campo: após o planejamento no qual são definidos os objetivos. Os parâmetros mais importantes do Inventário Florestal e o tipo de amostragem a ser realizado. Parte-se para a execução que compreende a interpretação de imagens e os trabalhos de campo.

Nos trabalhos de campo, as equipes devem ser convenientemente preparadas para a realização de tarefas como a localização das unidades de amostras. E a obtenção das variáveis de interesse.

 

As mais frequentes variáveis obtidas em campo são:

Altura: a altura considerada é a comercial, que vai da base da árvore até a primeira bifurcação significativa. Esta informação pode ser obtida por meio de qualquer instrumento baseado em relações trigonométricas, como Haga, Blume-Leis e outros.

Diâmetro: o diâmetro é tomado a 1,30 m do solo. Podendo ser obtido por meio de um aparelho chamado suta ou por uma fita diamétrica.

Distância: pode ser empregada a metodologia do Vizinho Mais Próximo (VMP). Que consiste em considerar as distâncias das árvores a pontos pré-determinados e aplicar os processos de mensuração e identificação àquelas que estão mais próximos deles.

Deve-se considerar as árvores mais próximas por classes de diâmetro. Que permitirá melhores inferências sobre a estrutura vertical da floresta.

É necessário medir a distância que vai do centro às árvores mais próximas. Tal distância pode ser medida com trena, sendo importante para o cálculo que cada árvore ocupa dentro do espaço amostral.

Sanidade aparente: diz respeito ao aspecto externo da árvore em que se avalia a qualidade do fuste o qual poderá apresentar características indesejáveis como ataque de insetos, apodrecimentos, ocos ou deformações.

 

Resultados detalhados 

Inventário exploratório: este tipo de inventário é aplicado em geral em grandes áreas em nível de estado ou país.

Inventários florestais de reconhecimento: fornecem informações generalizadas que permitem identificar e delimitar áreas de grande potencial madeireiro. Detectar áreas que sejam passíveis de uso indireto (recreação, lazer), indicar áreas com vocação florestal, dentre outros.

E os inventários florestais de semi detalhe: Este tipo de levantamento é realizado com base nos resultados do inventário florestal de reconhecimento. Sendo suas principais características:

  • fornece estimativas mais precisas relacionadas aos parâmetros da população florestal;
  • ter escala compatível com o nível de informações que se quer obter;
  • permitir a definição de áreas para exploração florestal através de talhões de tamanhos variáveis normalmente entre 10 e 100 ha.

 

Inventário florestal nacional

O Brasil ocupa aproximadamente 8,5 milhões de quilômetros quadrados, dos quais cerca de 55% são cobertos por florestas.

Essas florestas têm importância ambiental e socioeconômica para o país. Assim como para o planeta, pela sua contribuição global na oferta de serviços ambientais. Tais como a conservação da biodiversidade e o sequestro de carbono.

Em nível nacional, o uso e a conservação dos recursos florestais são de importância estratégica para o país

Nesta forma o Inventário Florestal Nacional – IFN é uma ação coordenada pelo Serviço Florestal Brasileiro, que visa à produção de informações estratégicas sobre os recursos florestais do país.

Trata-se de um levantamento de dados em campo, em nível nacional. Que trará um conjunto de informações que contribuirão na formulação de políticas públicas e projetos de uso, conservação e recuperação dos recursos florestais.

O IFN está sendo implementado progressivamente em partes do território nacional.

 

Inventário florestal

 

O objetivo principal do IFN

O objetivo principal do IFN é produzir informações sobre as florestas naturais e plantadas, a cada cinco anos. Para subsidiar a formulação de políticas públicas, visando ao uso, à recuperação e à conservação dos recursos florestais.

Os trabalhos de implementação do Inventário Florestal Nacional visam ao cumprimento do Código Florestal, Artigo 71 da Lei Nº 12.651 de maio de 2012. Que preconiza que “A União, em conjunto com os Estados, Distrito Federal e os Municípios, realizará o Inventário Florestal Nacional. Para subsidiar a análise da existência e qualidade das florestas do País, em imóveis privados e terras públicas”.

O IFN produzirá informações sobre aspectos como a estrutura e composição das florestas, estoques de madeira, biomassa e carbono, saúde e vitalidade. Assim como sobre os padrões de mudança desses aspectos ao longo do tempo, pela comparação das estimativas obtidas de medições sucessivas.

Essas estimativas servirão para apoiar a formulação de políticas nacionais e regionais, com base em dados atualizados e confiáveis. Para ajudar a identificar estratégias e oportunidades para o uso sustentável dos recursos florestais e para manter a sociedade informada sobre a situação das florestas do país.

 

Principais tipos de inventários florestais

Existem vários tipos de inventário florestal, sendo eles classificados como;

Inventário florestal convencional: o tipo mais comum de inventário, é realizado apenas para obtenção do volume total de madeira (estoque);

Inventário florestal continuo: é realizado anualmente em plantios comerciais com objetivo de analisar as mudanças ocorridas na floresta durante certo período de tempo. Permitindo determinar a idade técnica de colheita e gerar dados de modelagem de crescimento e da produção florestal.

Este procedimento faz uso exclusivo de parcelas permanentes, ou seja, ano a ano as mesmas árvores são mensuradas em cada realização do inventário, captando com precisão as mudanças ocorridas na floresta.

Inventário florestal qualitativo: é realizado para avaliar a qualidade dos plantios efetuados pela empresa responsável pela implantação das florestas. Neste caso a amostragem é feita em linha com idade próxima aos 3 meses, obtendo-se o índice de sobrevivência das mudas.

A altura também pode ser um indicador da qualidade do plantio, sendo está avaliada entre 9 a 12 meses. Plantios mais homogêneos apresentam menor variabilidade entre as alturas. 

Inventário de sobrevivência: realizado logo após o plantio para identificar a taxa de sobrevivência das mudas e determinar se existe a necessidade da realização de um replantio ou outros tratos silviculturas.

Inventário pré-corte: é realizado antes da colheita florestal, com alta intensidade amostral objetivando determinar o estoque de madeira com maior precisão.

No caso de empresas é realizado nos talhões definidos pelo plano de corte, porém pode ser realizado em toda a floresta, principalmente para produtores rurais que pretendem comercializar a madeira com base nas informações obtidas através deste inventário.

Inventário para planos de manejo sustentável: extremamente necessário para a elaboração de um Plano de Manejo de florestas inequiâneas, possui alto grau de detalhamento.

 

Inovações tecnológicas no inventário florestal

Nos últimos anos diversas novidades tecnológicas vêm sendo apresentadas permitindo que os inventários florestais sejam realizados de forma mais ágil e eficiente.

Alguns exemplos dessas tecnologias são o uso de tabletes na coleta de dados em campo, aplicativos para coleta de dados, sensores, sistema de monitoramento online e inteligência artificial.

Especialistas afirmam que mesmo investindo em equipamentos e tecnologias. Os custos da medição do inventário acabam ficando entre 20% e 50% mais baratos que o método convencional devido a agilidade que se consegue alcançar no inventário florestal.

 

Tablets na coleta de dados em campo

Diversas empresas florestais utilizam tablets ao invés da tradicional prancheta. Atualmente existem no mercado tablets robustos como o Tab Active 2 da Samsung. Que possuem maior durabilidade em campo, baterias com mais capacidade e resistência à quedas, exposição ao sol, chuva, lama e poeira.

 

Aplicativos para coleta de dados

Os aplicativos de coleta ajudam a prevenir erros pois são otimizados para interpretar os dados que são inseridos pelos operadores, visto que são considerados os valores das medições anteriores para que não seja possível a inserção acidental de medidas absurdas.

Desta forma, o sistema “aprende” baseado nas informações da população qual o range de dados esperado, evitando ainda no campo, que dados errados sejam coletados.

 

Sensores

Boa parte da tendência tecnológica consiste na utilização de sensores de diversos tipos, colocados no campo e conectados com a internet. Também usa-se drones e até dados de satélites para obter informações da floresta.

Essas tecnologias funcionam de maneira autônoma, ou podem ser controladas remotamente. E ainda possuem taxas de atualização da informação muito maiores. Com dados semanais, diários e, em certos casos, diversas vezes no mesmo dia.

 

Sistemas de monitoramento online

Integram diversas ferramentas, como as citadas acima, numa plataforma para acompanhamento online. Esses sistemas podem combinar dados de maneira a criar uma visão geral do ativo florestal para que o gestor possa monitorar o andamento das equipes que estão em campo. O desenvolvimento das árvores, gerar relatórios técnicos, planejar intervenções, entre outras atividades, sem a necessidade de se locomover até a floresta.

 

Inteligência artificial

Redes neurais artificiais (RNAs) são sistemas massivos e paralelos, compostos por unidades de processamento simples que computam determinadas funções matemáticas (Braga et al., 1998).

Utilizando um conjunto de exemplos apresentado, as RNAs são capazes de generalizar o conhecimento assimilado para um conjunto de dados desconhecidos.

Elas têm, ainda, a capacidade de extrair características não explícitas de um conjunto de informações que lhes são fornecidas como exemplos.

Um projeto de redes neurais consiste em pré-processamento, processamento e, por fim, um pós-processamento dos dados.

Os problemas tratáveis por meio de redes neurais podem ser divididos em três tipos principais:

  • Aproximação de função
  • Classificador de padrões
  • Agrupamento de dados

Um exemplo de aplicação dessas inovações é a empresa Eldorado Brasil, uma indústria que tem adotado modernas práticas de mercado ao utilizar a inteligência artificial no inventário florestal. A companhia iniciou testes com a tecnologia de Redes Neurais Artificiais (RNA) no inventário florestal, permitindo estimativas quantitativas e qualitativas das árvores de eucalipto, de maneira mais eficiente e precisa.

Desenvolvido pela Eldorado a partir de um convênio com alunos de doutorado e pesquisadores da Universidade Federal de Viçosa, a empresa está utilizando RNA para três aplicações principais: redução de tempo na medição da altura de árvores, da forma das árvores e no número de parcelas de inventário por área de plantio.

Com isso diminuíram o custo na coleta de informações e melhoraram a assertividade das estimativas geradas.

Observando as ferramentas citadas acima como um todo, tem-se um cenário em que um sistema online para monitoramento do ativo florestal, que permite gerar ordens de serviço, e conta ainda com o uso de tabletes robustecidos, beneficia tanto a um gestor quanto um operário em campo, que tem acesso a uma ferramenta digital para agilizar seu trabalho.

 

Como elaborar um projeto de inventário florestal

O inventário florestal nacional tem abrangência sobre todo o território brasileiro, para reportar informações sobre os recursos florestais. O projeto está estruturado em cinco componentes. Sendo eles:

  • Profissional;
  • Tabela de produção
  • Coleta no campo;
  • Processamento de dados;
  • Interpretação de dados e escrita;

 

Profissional

É importante ter um profissional habilitado para tal. Uma vez que o inventário florestal não é simples como pode parecer no primeiro momento.

Os profissionais requisitados são os engenheiros florestais. Mas há casos específicos em que engenheiros agrônomos e biólogos também podem fazê-lo, onde se especializam na área através de uma pós-graduação.

 

Análise da área

É importante o objetivo do seu inventário estar bem claro.  E um inventário florestal com o objetivo de corte raso na área?

Vou fazer um plano de manejo ou alguma outra atividade extrativista sustentável?

Qual a fitofisionomia da área (cerrado, floresta amazônica, etc)?

Tem bons acessos à área-alvo?

O que a legislação me solicita?

Uma boa análise da área perpassa pela coleta de dados secundários (disponíveis em outros meios) e dados primários (coletados).

Portanto, recomenda-se que o profissional contratado tenha conhecimentos em SIG/Geoprocessamento. Para maior assertividade do planejamento.

Lembrando que o mapeamento permitirá as estimativas envolvendo diferentes tipologias florestais e suas respectivas áreas. Sendo de extrema importância para o monitoramento da cobertura florestal.

 

Tabela de produção

Constitui a base do manejo florestal, pois expressa o comportamento de uma espécie ao longo do tempo. Em um determinado sítio, submetida a um regime de manejo definido, desde a implantação até o final da rotação.

Neste método são apresentadas as estimativas dos parâmetros dendrométricos das árvores e dos povoamentos de uma espécie, por sítio e idade, para um determinado sistema de manejo.

Dessa maneira, pode-se avaliar uma floresta a partir da identificação do sítio, espécie e idade, obtendo-se as informações necessárias diretamente na tabela de produção.

 

Amostragem

Após o planejamento no qual são definidos os objetivos, os parâmetros mais importantes do Inventário Florestal e o tipo de amostragem a ser realizado. Parte-se para a execução que compreende a interpretação de imagens e os trabalhos de campo.

Essa fase, serão necessários os equipamentos de campo (fita métrica, suta, hipsômetro, prancheta, GPS, máquina fotográfica, etc), vestimenta adequada ao clima/localidade e veículo para deslocamento.

Nos trabalhos de campo, as equipes devem ser convenientemente preparadas para a realização de tarefas como a localização das unidades de amostras, e a obtenção das variáveis de interesse. As mais frequentes variáveis obtidas em campo são:

Altura: a altura considerada vai da base da árvore até a primeira bifurcação significativa. Esta informação pode ser obtida por meio de qualquer instrumento baseado em relações trigonométricas. Como Haga, Blume-Leis, dentre outros.

Diâmetro: o diâmetro é tomado a 1,30 m do solo, podendo ser obtido por meio de um aparelho chamado Suta ou por fita diamétrica.

Distância: pode ser empregada a metodologia do Vizinho Mais Próximo (VMP). Que consiste em considerar as distâncias das árvores a pontos pré-determinados e aplicar os processos de mensuração e identificação àquelas que estão mais próximos deles.

Deve-se considerar as árvores mais próximas por classes de diâmetro. Que permitirá melhores inferências sobre a estrutura vertical da floresta. É necessário medira distância que vai do centro às árvores mais próximas, sendo que essa distância pode ser medida com trena.

 

Plataforma Agropos

 

Processamento dos dados

É importante saber qual a ferramenta você utilizará para processar estes dados. Sendo algumas das opções disponíveis sendo elas;

Editores de planilhas sendo o mais comum o Microsoft Excel, os editores de planilhas são importantes por facilitarem a digitação dos dados coletados em campo e inserção das fórmulas estatísticas;

Software Mata Nativa é o software que realiza todos cálculos de inventário florestal e análise fitossociológica, com aplicação efetiva em todos os biomas brasileiros.

Além do software ele possui uma versão para dispositivos móveis. Que agiliza a coleta de dados em campo e elimina o processo de digitação das fichas de campo. Diminuindo o tempo de elaboração do projeto e consequentemente reduzindo o custo do inventário florestal.

O software permite, dentre muitas análises, realizar diagnósticos qualitativos e quantitativos de formações vegetacionais, análises fitossociológicas completas, elaborar inventários e planos de manejo, monitorar a floresta através de inventários contínuos acompanhando o crescimento e desenvolvimento das espécies e analisando as características de valoração e exploração florestal.

Treesoftware empresa com soluções que englobam a área de inventário florestal. A empresa também possui solução mobile, facilitando a vida de quem atua no campo.

 

Interpretação dos dados e escrita no inventário florestal

A coleta de dados no inventário florestal é um processo minucioso que quando realizado através de anotações em fichas de campo. Requer tempo, tanto para anotações quanto para digitalização dos dados obtidos.

A interpretação dos dados é um profissional habilitado ter sido contratado é o diferencial. Pois neste momento será feita toda a interpretação dos dados colhidos e processados. Seguido da escrita, na qual irá descrever detalhadamente o que os dados significam. E como eles devem ser aplicados para se alcançar o objetivo definido logo no início do projeto.

 

Conclusão

Dessa forma, entende- se que o processo de inventário florestal é realizado de maneira amostral. Ou seja, são delimitadas frações da floresta, também chamadas de parcelas amostrais. E a partir destas parcelas, é realizada a coleta das informações de todas as árvores que estiverem dentro da área delimitada.

As informações coletadas como o diâmetro a altura do peito (DAP) e a altura total das árvores servirão posteriormente de entrada em modelos matemáticos e estatísticos para obtenção de diversas variáveis de interesse florestal. Dentre elas o volume das árvores em m³, que depois serão extrapoladas para o ativo como um todo.

Portanto são de extrema importância., pois são eles que ditam quão saudável está o crescimento florestal, bem como a taxa de rentabilidade do ativo.

Logo, isto significa que quanto mais informações forem obtidas em campo. Maior será o conhecimento do gestor ou investidor acerca de seu ativo. Fazendo com que intervenções na florestas ocorram de maneira mais precisa, efetiva e assertiva.

Assim, como a maior parte das inferências sobre o ativo florestal. Acontecem em cima de informações coletadas em campo. Torna-se imprescindível realizar um bom treinamento das equipes de coleta, e ao mesmo tempo garantir que tais equipes estejam equipadas com as melhores tecnologias e instrumentos de medição.

Escrito por Michelly Moraes.

 

 

Celulose: descubra o que é e sua utilização!

Celulose: descubra o que é e sua utilização!

A celulose, componente básico dos tecidos vegetais, que dá rigidez e firmeza às plantas e é útil por suas numerosas aplicações. Ela é um carboidrato do tipo polissacarídeo, formada por monômeros de glicose. É a molécula orgânica mais abundante do planeta e consiste até 50% da composição da madeira.

Ela é um dos materiais mais presentes no cotidiano. Ela serve como matéria-prima para diversos tipos de papel, fraldas descartáveis, tecidos, papel higiênico, absorventes, enchimento de comprimidos, emulsionantes, espessastes e estabilizantes de alimentos industrializados (como hambúrgueres e queijo ralado), adesivos, biocombustíveis, materiais de construção entre outros.

A produção de celulose e papel tem grande importância na economia brasileira. Devido ao impacto significativo que a mesma exerce sobre inúmeras outras cadeias produtivas.

Esta cadeia se destaca por suas fábricas modernizadas, pela qualificação de profissionais, florestas altamente produtivas e a um trabalho que respeita os critérios de sustentabilidade.

Ela é composta, basicamente, pela produção e extração da madeira, fabricação da celulose e fabricação do papel.

Entre tantas aplicações da celulose, a produção do papel ainda é maior e mais conhecida.

 

celulose

 

Atualmente 100% da produção de papel e celulose no Brasil emprega matéria-prima de áreas de reflorestamento. Principalmente de eucalipto (65%) e pinus (31%) e o restante de outras fontes. Incluindo aí os reciclados.

Porém, nem só de papel vive a celulose.  Suas aplicações são extensas e bem variadas. Sendo utilizada para produzir outros tipos de produtos.

Portanto, se pensarmos em matéria de aplicação, a celulose precisa ser vista de maneira ampla e versátil, muito além da produção do papel.

 

 

O que é celulose?

A celulose é um polímero de cadeia linear. Constituído por unidade monométricas de β-D-anidroglicopiranose, unidas por ligação éter do tipo (1-4) com estrutura organizada e parcialmente cristalina.

A celulose constitui cerca de 40-50% da parede celular. E é encontrada na forma de microfibrilas que apresentam regiões cristalinas (ordenadas) intercaladas com regiões amorfas (desordenadas).

Cada microfibrila é formada por diversas unidades de monômeros de glicose e celobiose (dímeros de glicose). Unidas umas às outras ao longo do seu comprimento por ligações de hidrogênio.

A celulose ocorre no pericarpo dos frutos (ex: algodão, casca de coco, etc). No algodão, é encontrada a celulose mais pura, cerca de 99,8%.

Ela também existe nas fibras do floema (ex: juta, linho, cânhamo, rami, etc) e em gramíneas monocotiledôneas (ex. esparto, sisal, abacá, bananeira, bagaço de cana, bambu, palha de cereais e etc).

No entanto, a principal fonte de celulose é o lenho das árvores de eucalipto e pinus (Colodette et al, 2015)

Abundante na natureza, estas moléculas de glicose é encontrado em variadas espécies. Um exemplo é a formação da madeira, que apresenta cerca de 50% de sua composição de celulose.

Portanto, a celulose é um polímero formado de moléculas de glicose. Tendo sua fórmula química representada por C6H10O5

 

Estrutura Química da Celulose

Figura: Estrutura molecular da celulose

 

Apesar de ser um componente estrutural dos vegetais, sendo básico na formação destes, ele não é digestível pelo corpo humano.

Pode ser percebido que a celulose apresenta uma estrutura linear em suas ligações entre hidrogênio e hidroxilas.

Ao longo das células, as moléculas da celulose se distribuem no formato de fibras em feixes.

É por esse motivo que os humanos não conseguem digeri-la. Trata-se de uma ligação extremamente rígida e extensa.

A capacidade de digestão da celulose fica a cargo apenas de alguns fungos e bactérias.

 

Qual a sua função?

Como função primária, a celulose promove a rigidez da parede celular nas células vegetais. Sendo o principal componente, ela permite maior resistência às plantas para sobreviver aos habitats a que estão expostas.

Além disso, do ponto de vista usual, a celulose serve como forte matéria-prima na indústria. É utilizada para a produção, sobretudo, de papel.

 

Onde está presente?

A celulose é um dos materiais mais presentes no cotidiano. Ela serve como matéria-prima para diversos tipos de papel, fraldas descartáveis, tecidos, papel higiênico, absorventes, enchimento de comprimidos, emulsionantes, espessastes e estabilizantes de alimentos industrializados (como hambúrgueres e queijo ralado), adesivos, biocombustíveis, materiais de construção entre outros.

 

Qualidade e Uso da Madeira

 

Tipos de celulose

No Brasil, produzimos e fornecemos três diferentes tipos de celulose: fibra curta (eucalipto), fibra longa (pínus) e fluff. Produzidas em uma única unidade industrial inteiramente projetada para este fim. Gerando múltiplas soluções que fazem parte do nosso dia a dia.

As celuloses são provenientes de florestas 100% plantadas. Com certificações globalmente reconhecidas que abrangem desde a madeira até o produto final. Garantindo a sustentabilidade e a segurança do começo ao fim do processo.

 

Celulose de fibra longa

A celulose de fibra longa, originária de espécies coníferas como o pinus (plantada no Brasil), tem comprimento entre 2 e 5 milímetros. É utilizada na fabricação de papéis que demandam mais resistência. Como os de embalagens, e nas camadas internas do papel cartão, além do papel jornal.

 

Celulose de fibra curta

A celulose de fibra curta, com 0,5 a 2 milímetros de comprimento, deriva principalmente do eucalipto. Essas fibras são ideais para a produção de papéis como os de imprimir e escrever e de fins sanitários (papel higiênico, toalhas de papel, guardanapos e seda artificial). As fibras do eucalipto também compõem papéis especiais, entre outros itens.

Elas têm menor resistência, com alta maciez e boa absorção.

 

 

Celulose fluff

Fabricada em larga escala pela primeira vez no Brasil a partir da fibra longa de pínus. Pode ser utilizada em produtos higiênicos, tais como absorvente feminino e de incontinência, fralda infantil e adulta, protetor diário, lenço umedecido, entre outros.

Sua produção foi pensada para fornecer a estabilidade, a homogeneidade e a qualidade que o segmento requer. Conferindo as melhores propriedades ao produto como baixa energia de desfibramento, alta capacidade e velocidade de absorção, retenção de líquido e uniformidade.

 

Produção de papel e celulose: como funciona?

Nos últimos anos o Brasil se consolidou como o segundo maior produtor de celulose no mundo. E o primeiro na produção de um tipo específico: a celulose de fibra curta.

Apesar desta vocação como produtor de celulose, o país tem também um destaque no mercado de papel e está entre os 10 maiores do mundo. Mas você sabe como funciona a produção de papel e celulose?

 

Produção de papel e celulose: como funciona?

Figura: Etapas na produção de papel e celulose

 

A principal matéria-prima para a produção de papel são os troncos de madeira. Nas fábricas, após serem cortadas, elas passam por um descascador e picador e saem na forma de cavacos.

No digestor, os cavacos são cozidos dentro de um líquido composto por água e alguns agentes químicos e resultado desse cozimento é a polpa.

A polpa passa por um processo de lavagem em tanques e centrífugas e os cavacos que não se dissolveram. Além de outras impurezas, são eliminados.

A polpa é deixada descansando em outros tanques. Essa etapa é chamada de branqueamento e serve para separar a celulose de outros resíduos.

Os restos de madeira não utilizados são queimados em caldeiras e transformados em energia elétrica em turbo geradores a vapor.

A polpa de celulose, ainda com alto teor aquoso, passa por uma máquina chamada mesa plana. Que transforma essa polpa úmida em uma grande folha contínua e lisa sobre uma esteira rolante.

Essa folha passa por rolos de prensagem e secagem com ar quente. Que retiram o excesso de água, compactam o papel e alisam a folha.

Após essas etapas, a celulose é embalada. Com a cortadeira as folhas são reduzidas em pedaços menores e distribuídas em fardos. Essenciais para a produção dos mais diversos tipos de papéis.

 

O mercado de papel e celulose no Brasil

No Brasil o setor produtivo de papel e celulose contribui de forma relevante para o desenvolvimento do país. Nesse cenário mundial de fibras, a Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ) acompanha anualmente o desempenho do setor de polpa e papel.

Em 2017 o Brasil se firmou como segundo maior produtor de polpa de celulose do mundo. Com uma produção acima de 18,8 milhões de toneladas e se consolidou como maior produtor de polpa branqueada de eucalipto. Com 16,2 milhões de toneladas, ou mais de 86% da produção nacional.

Por fim, ainda cabe ressaltar que quase 70% da produção nacional vai para o mercado externo. Mostrando o tamanho do potencial que o Brasil ainda tem com o aumento do consumo interno.

 

Indicadores de mercado da celulose

 

Segundo a Indústria Brasileira de Árvores (IBÁ) o setor brasileiro de árvores plantadas apresentou crescimento de 13,1% em 2018 com relação ao ano anterior, alcançando uma receita setorial de R$ 86,6 bilhões.

Essa evolução do segmento foi muito superior à média nacional, que registrou um aumento no Produto Interno Bruto (PIB) Nacional de 1,1%, enquanto o da agropecuária evoluiu 0,1%, o setor de serviços, 1,3% e a indústria em geral, 0,6%. O setor de árvores plantadas fechou 2018 com participação de 1,3% do PIB nacional e 6,9% do PIB industrial.

 

Investimentos realizados no setor de celulose no Brasil

Em 2018, as empresas associadas à Ibá investiram R$ 6,3 bilhões, sendo R$ 3,9 bilhões em florestas e R$ 2,4 bilhões em unidades industriais.

Com forte orientação de pesquisa e inovação, o setor investiu R$ 25,8 milhões em P&D florestal e R$ 11,0 milhões para este item na área industrial.

 

investimeto no setor

Figura: Investimentos realizados em 2018 pelas associadas em IBA, (Fonte:IBA,2019).

 

Com tudo impulsionou a geração de emprego e renda, onde houve 513 mil empregos diretos. O setor estima que são gerados 3,8 milhões de postos de trabalhos diretos, indiretos e resultantes do efeito renda da atividade de base florestal.

Esse total apresentou um aumento de 1,1% em relação a 2017.

Assumindo-se o número de empregos gerados diretamente e o salário médio líquido dos trabalhadores, a renda gerada pelo setor foi da ordem de R$ 10,2 bilhões.

Desse total, cerca de R$ 9,2 bilhões foram agregados ao consumo das famílias, enquanto o valor restante foi direcionado à poupança nacional.

Em 2018, o Brasil se consolidou como o segundo maior produtor mundial de celulose, atrás apenas dos Estados Unidos da América (EUA).

Foram produzidas, considerando o processo químico – tanto fibra curta (eucalipto) como longa (pinus) – e a pasta de alto rendimento, 21,1 milhões de toneladas, um crescimento de 8,0% frente 2017.

O volume exportado atingiu 14,7 milhões de toneladas, representando um incremento de 11,5% em relação ao ano anterior.

Já o volume consumido no mercado interno atingiu 6,5 milhões de toneladas, com importação de 180 mil toneladas.

A distribuição geográfica da produção de papel e celulose é bem ampla. Mas existe uma relação direta com o mercado consumidor, estando a maioria espalhada nas regiões Sul e Sudeste do País.

 

Tecnologias para produção de celulose e papel

As tecnologias relevantes no setor de celulose têm duas vertentes: a voltada para o segmento florestal e a direcionada para o industrial.

Nas florestas, o principal objetivo é aumentar sua produtividade. O que reduz custos de produção e a extensão de terras necessária para o plantio destinado a suprir as fábricas.

Outras vertentes incluem melhorar as propriedades do papel produzido a partir da celulose.

No caso das empresas brasileiras, existem esforços visando aumentar o uso da celulose de eucalipto (fibra curta) em detrimento da celulose de fibra longa (produzida pelos países do hemisfério e Chile, em sua maioria).

Entretanto, a tecnologia genérica mais relevante é a biotecnologia.

Mais especialmente no segmento florestal, os principais objetivos são o aumento da produtividade e alterações nas propriedades da celulose produzida, com o uso 88 panoramas setoriais 2030 PAPEL E CELULOSE combinado de três mecanismos:

O Brasil é líder especialmente nas rotas tecnológicas florestais. Em que um longo histórico de P&D atrelados a condições edafoclimáticas favoráveis garantiram a competitividade de que o setor desfruta hoje.

No segmento industrial, a maior promessa para o futuro reside na aplicação do conceito de biorrefinarias integradas às plantas de produção de celulose.

Isso porque as unidades industriais de extração das fibras são plantas químicas por definição. O que significa que a introdução de novos processos para converter a biomassa não traria grandes alterações em suas rotinas operacionais.

Ainda, para obtenção da celulose kraft, a biomassa, no caso, a madeira, obrigatoriamente deve ser desconstruída.

Portanto, boa parte da matéria-prima utilizada nessas biorrefinarias seria proveniente de uma biomassa que, além de ser um resíduo de um processo produtivo maior, já estaria pré-tratada. O que gera uma grande economia de custos.

 

Nanocelulose

O principal diferencial na escala nanométrica é a potencialização das propriedades físicas e/ou químicas. Resultante de uma área superficial elevada e maior grau de dispersão, possibilitando maior eficiência e desempenho de materiais já conhecidos ou a obtenção de novos produtos. A combinação de nanotecnologia e recurso renovável, além da versatilidade, tem dado destaque à nanocelulose como um dos maiores avanços tecnológicos.

Portanto, o material que vem conquistando espaço possui ao menos uma dimensão na escala nanométrica e pode ser utilizado como nanocristais ou nanofibrilas. Apresentando uma combinação única de propriedades, como elevada área superficial, baixa densidade, transparência óptica, biodegradabilidade, baixa toxicidade, elevada resistência mecânica e biocompatibilidade.

As propriedades da estrutura da nanocelulose dependem principalmente da origem da celulose e do processo de extração. Que podem ser tanto de plantios florestais, quanto de resíduos sólidos de agroindústrias.

Embora, as maiores barreiras da aplicação desse material são as do ponto de vista econômico, no processo de obtenção, em que são necessários processos mecânicos ou químicos que abram a estrutura da fibra expondo as microfibrilas.

Por se tratar de um processo recente, ainda há a necessidade de consolidar meios de produção mais baratos e eficientes. No entanto a produção de nanocelulose por desfibrilação mecânica ainda é a mais sustentável e com maior facilidade de aumento de escala; países como Finlândia, Suécia, EUA e Canadá têm investido nessa tendência.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Portanto, a celulose é uma importante substância existente nos vegetais. Onde pode ser utilizada para produção de inúmeros produtos. Mas podemos pensar em alguns mais objetivos, como: a produção de papel, tecidos, comprimidos, estabilizantes de alimentos industrializados, adesivos, biocombustíveis, materiais de construção, entre outros.

No Brasil, a produção de celulose a partir da madeira é totalmente viável, tantos em termos sustentáveis quanto econômicos, considerando o cultivo das florestas e os processos industriais. Assim contribuindo efetivamente na economia do pais.

Escrito por Michelly Moraes.