A plantação de árvores de Pinus no Brasil, uma espécie que abrange aproximadamente 100 variedades, vem sendo cultivada comercialmente desde a década de 60. De fato, o Pinus se consolidou como uma das melhores fontes para a indústria da madeira, além de outros setores. Portanto, ao longo das décadas, esse cultivo tem ganhado grande relevância e se expandido significativamente no território nacional.
Além disso, o Brasil tem se destacado no cultivo de Pinus devido às suas condições climáticas favoráveis, que proporcionam um crescimento rápido e uma produção de madeira de alta qualidade. Nesse contexto, a plantação de Pinus é utilizada para uma variedade de finalidades, incluindo a produção de papel, celulose e até mesmo resinas.
Em vista disso, o cultivo de Pinus não só é uma atividade importante do ponto de vista econômico, mas também tem um impacto positivo no desenvolvimento do setor florestal e industrial no Brasil. Se você deseja saber mais sobre esse assunto, continue a leitura e descubra as vantagens, desafios e aplicações dessa árvore tão significativa para o país. Venha comigo e acompanhe os detalhes!
A árvore de pinus é muito importante para a economia de diversas regiões do Brasil e gera milhares de empregos diretos e indiretos em todo o país.
Estas árvores se tornaram importantes fontes de reflorestamento, fornecimento de madeira e celulose para diversas indústrias. Além disso, é claro, destaca-se o fornecimento de resinas. Setor do qual a Florpinus faz parte e é um dos principais expoentes no mercado nacional.
O que muitas pessoas, inclusive aquelas que trabalham no meio, talvez não saibam, é como introduziram essa espécie no Brasil e como ela ganhou tamanha importância.
Neste artigo buscamos resgatar a história do pinus no Brasil e mostrar como essa árvore ganhou espaço no cenário florestal do país.
Árvore de pinus no Brasil
A partir das décadas de 60 e 70, a árvore de Pinus Elliottii se tornou uma das alternativas mais interessantes para os silvicultores brasileiros. Com grande presença nas florestas de São Paulo e do sul do país. Sendo uma espécie originária do sudeste dos Estados Unidos, a Elliottii se adaptou muito bem ao clima ameno dessas regiões.
Além disso, ela se adapta bem a diversos tipos de solo. Exigindo menos recursos naturais para crescer que outras árvores da mesma ordem.
Atualmente, a Florpinus controla todo o processo de fabricação de seus produtos, da criação das mudas de Pinus Elliottii. Passando pelo cuidado com as florestas e a extração da goma bruta das árvores. Até a transformação desta nas resinas utilizadas pela indústria.
Características da árvore de pinus
São árvores altas e monóicas, com folhas de dois tipos: as escamiformes, logo decíduas, e as aciculiformes, longas e em geral surgindo em fascículos de 2 a 5 acículas, geralmente 3, presas em ramos laterais curtos, de entrenós estreitos, definindo a inserção das folhas em feixes.
Os cones masculinos de Pinus maximinoi são alongados e pequenos, com até 4 cm de comprimento, sendo dispostos em cachos. Já os cones femininos são maiores, com formato que varia de cilíndrico a quase globoso, atingindo até 15 cm de comprimento. Eles possuem escamas lenhosas e persistentes, que são espessadas no ápice. Cada cone feminino contém duas sementes aladas, que amadurecem em um período de 2 a 3 anos.
Essas características reprodutivas são fundamentais para o ciclo de vida da árvore, garantindo a disseminação das sementes e o contínuo crescimento das populações dessa espécie.
Usos da árvore de pinus
A árvore de pinus produzem madeira de baixa densidade, sendo muito utilizada para caixotaria, indústria de sapatos e lápis. Sua fibra longa serve para produzir celulose, utilizada na fabricação de alguns tipos de papéis, como papelão e papel pardo.
Possuem grande valor ornamental, sendo apropriado para áreas mais extensas. Embora existam também espécies de menor porte e mais compactas, muitas vezes sendo comercializadas como árvores de Natal.
Espécies de árvore de pinus mais plantadas no Brasil
Espécies de árvores de Pinus vem sendo cultivadas no Brasil há mais de um século para usos múltiplos. Veja abaixo as espécies de Pinus mais plantadas no Brasil:
Pinus taeda
No Brasil, o Pinus taeda é, sem dúvida, a espécie mais plantada entre os pinus, abrangendo aproximadamente um milhão de hectares no planalto da região Sul do país, especialmente voltada para a produção de celulose, papel, madeira serrada, chapas e madeira reconstituída. Além disso, essa espécie tem se expandido para outros países, sendo cultivada para a produção de madeira destinada ao processamento industrial.
Ademais, o Pinus taeda se caracteriza pela sua capacidade de colonizar facilmente áreas abertas, o que, por um lado, torna a espécie altamente adaptável, mas, por outro lado, também a classifica como uma espécie invasora.
Essa capacidade de adaptação e propagação rápida implica que, em alguns casos, é necessário monitorar cuidadosamente o manejo dessa espécie para evitar impactos negativos no ecossistema local. Em suma, o Pinus taeda continua a ser uma espécie-chave para a indústria florestal, tanto no Brasil quanto em outras partes do mundo.
Tal característica predomina somente em situações onde há grande produção de sementes, ausência de predadores naturais de sementes e, principalmente, quando há luminosidade suficiente para o estabelecimento das plântulas e contato das sementes com o solo.
Pinus taeda pode ser plantado no planalto das regiões Sul e Sudeste, em solo bem drenado, onde não haja deficiência hídrica. Isto inclui as partes serranas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, bem como o sul dos estados de São Paulo e Minas Gerais.
Pinus elliotti
No Brasil, a variedade Elliottii dessa espécie é a mais plantada nas regiões Sul e Sudeste, mas em menor escala que o P. taeda, pois sua madeira é usada para processamento mecânico e extração de resina, e não pelas indústrias de celulose e papel. Em comparação com P. taeda, P. elliottii apresenta as seguintes características marcantes:
- Exsudação de resina mais abundante pelos cortes e ferimentos na madeira, ramos e acículas;
- Acículas mais densas, longas e de coloração mais escura;
- Cones pedunculados com escama sem espinho.
A produção brasileira de resina de P. elliottii, em grande parte, teve início no final dos anos 1970, tornando-se o maior produtor na América do Sul. Atualmente, o Brasil é o segundo país exportador de goma-resina, com uma produção em torno de 106.366 toneladas por ano.
Ela é indicada para plantio em toda a região Sul e Sudeste do Brasil. No entanto, a atividade de extração de resina deverá ser restrita às regiões com períodos mais prolongados de temperaturas altas do que no planalto sul, para se obter maior rendimento.
Pinus caribaea var
O Pinus caribaea compreende três variedades, que se destacam pelo rápido crescimento e pela produção de madeira resinosa, amplamente utilizada no processamento mecânico.
Em condições favoráveis ao crescimento acelerado, as variedades hondurensis e bahamensis frequentemente apresentam uma anomalia chamada “fox-tail” (rabo-de-raposa). Esse fenômeno é caracterizado pelo crescimento exclusivo do eixo principal da árvore, que se desenvolve coberto de acículas, mas sem a formação de ramos laterais.
P. caribaea var. hondurensis está entre os pínus tropicais mais plantados no mundo. Recomenda-se a planta em toda a região tropical brasileira devido às suas características morfológicas e silviculturais.
O plantio comercial com esta variedade tem expandido para as regiões Sudeste e Centro-Oeste e algumas áreas das regiões Norte e Nordeste, exceto no Semiárido. Sua madeira é de densidade moderada a baixa, mas de grande utilidade geral. Além disso, ela produz resina em quantidade viável para a exploração comercial.
Pinus maximinoi
A árvore de Pinus P. maximinoi tem distribuição natural em uma série de populações disjuntas, estendendo-se desde a região central do México até a Nicarágua, com uma presença marcante em altitudes que variam de 600 m a 2.400 m. De fato, é uma espécie tropical de rápido crescimento, mas otimiza seu desenvolvimento em ambientes subtropicais, com altitudes entre 800 m e 1.500 m, e uma precipitação pluviométrica média anual entre 1.000 mm e 2.000 mm.
No Brasil, o Pinus P. maximinoi pode ser cultivado em toda a região tropical e subtropical. No entanto, é importante observar que, em locais de baixa altitude, ele tende a apresentar alta incidência do fenômeno conhecido como “fox-tail”. Por outro lado, essa espécie tem demonstrado alto incremento volumétrico e um fuste de boa forma, especialmente na região do cerrado, no sul do Estado de São Paulo, onde é cultivada em solo arenoso.
Portanto, a P. maximinoi se apresenta como uma excelente opção para o cultivo em diferentes regiões, desde que as condições climáticas e o tipo de solo favoreçam seu desenvolvimento.
Pinus oocarpa
O Pinus oocarpa é uma espécie que se destaca por sua produção de madeira com tonalidade amarelada e cerne marrom-pálido, sendo caracterizada por sua dureza média e alta resistência física. Em sua região de origem, além de ser amplamente utilizada para a produção de madeira, também desempenha um papel significativo na extração de resina.
No Brasil, o Pinus oocarpa é amplamente cultivado para a produção de madeira destinada ao processamento mecânico, especialmente nas regiões dos planaltos tropicais. Sua madeira, que é moderadamente dura e resistente, se destaca pela alta qualidade, o que a torna ideal para a fabricação de estruturas, construções civis, chapas e madeira reconstituída.
Além disso, sua versatilidade também permite que seja utilizada em diversas outras aplicações dentro da indústria florestal. Portanto, o cultivo e aproveitamento dessa espécie continuam a ser uma opção estratégica para diversos setores produtivos.
Além disso, P. oocarpa se destaca pela produção de resina, que é gerada em quantidade suficiente para ser extraída em escala comercial, o que a torna uma fonte valiosa para diferentes indústrias.
Pinus tecunumanii
No Brasil, P. tecunumanii é uma das espécies tropicais mais valorizadas pela alta produtividade e qualidade de sua madeira.
Na região tropical brasileira, tem apresentado rápido crescimento, boa forma de fuste e baixa ocorrência de fox-tail. Porém, a sua disseminação não tem sido mais rápida devido à dificuldade de se produzir grande quantidade de sementes.
Na região central do Brasil, os materiais genéticos de maior crescimento são aqueles oriundos da parte meridional da sua área de distribuição natural, de altitudes em torno de 1.000 m.
Testes de procedências e progênies no Estado de São Paulo indicaram as procedências de Honduras como altamente produtivas. Enquanto que as da Nicarágua têm apresentado a melhor forma de fuste.
A sua madeira apresenta características físicas mais homogêneas se comparadas com as demais espécies de pínus. Isto a torna de melhor qualidade para processamento mecânico.
Conclusão
Como se vê, as plantações de árvore de Pinus têm uma grande importância para o setor florestal brasileiro. Principalmente por poderem agregar valor desde o pequeno produtor até os vários segmentos industriais. Como os de laminação, serraria, papel e celulose, chapas e geração de energia.
Neste artigo, citamos alguns espécies de pinos mais encontra no Brasil. Que de fato contribui de maneira direta para o setor comercial.
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Escrito por Michelly Moraes.
