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O reflorestamento é uma atividade de plantio de árvores para basicamente dois fins. Saiba mais sobre o que é reflorestamento e suas práticas. Neste artigo vamos abordar tudo que você precisa saber sobre esse assunto.

Acompanhe!

 

Reflorestamento: tudo que você precisa saber!

 

Florestas, sustentabilidade e desmatamento sempre foram assuntos em pauta ao redor de todo o mundo. Cada dia mais nosso planeta perde sua matéria prima, de acordo com o estudo do Global Forest Watch, especialmente no Brasil foi o país que mais perdeu árvores no mundo.

Isso ocorre devido o interesse comercial por madeira tropical, este produto é bastante valioso e apreciado pelo mercado internacional e uma das formas de suprir este mercado é através do reflorestamento.

 

 

Mas afinal, o que é o reflorestamento?

O reflorestamento é a ação de recuperar uma área desmatada por meio do plantio de novas árvores. Essa ação pode ocorrer de forma natural ou intencional, ou seja, com a interferência humana para atingir determinados objetivos como realizar a manutenção de matas ciliares, restaurar ecossistemas, absorver os gases de efeito estufa (GEE) reduzindo o impacto do aquecimento global por meio do sequestro de carbono.

A importância do reflorestamento é uma das pautas mais frequentes em reuniões de alta cúpula como o G20 e a ONU, ressaltando a necessidade dos países se preocuparem cada vez mais com suas florestas e riquezas naturais. Entenda aqui quais são os principais benefícios do reflorestamento.

 

Florestamento x Reflorestamento

Você já deve ter ouvido falar muito sobre reflorestamento, mas você sabe o que é florestamento? Vamos explicar as diferenças:

  • Florestamento: O florestamento acontece quando é realizado plantio em locais que não tiveram vegetação, ou seja, não eram florestas.
  • Reflorestamento: Conforme já foi dito, o reflorestamento é a recuperação de espaços que já tiveram florestas.

 

6 benefícios do reflorestamento 

 

1. Reposição de madeira dura tropical

A madeira dura tropical está em constante déficit no Brasil, uma vez que cada vez mais sua procura aumenta e por outro lado, não há a sua reposição.

O reflorestamento de espécies exóticas, como o Mogno Africano, ajuda no aumento da reserva destas madeiras, consequentemente diminuindo o déficit no mercado relacionado a sua venda.

 

2. Sinônimos de equilíbrio

As árvores armazenam em sua copa e troncos parte da água da chuva, fazendo com que a evapore, reiniciando o ciclo da chuva.

Essa função é de suma importância para regiões internas dos países que não ficam próximo ao oceano, pois sem as árvores para regular a quantidade de água, às regiões mais centrais dos continentes seriam, um verdadeiro deserto. 

 

3. Aspirador de CO2

Segundo o engenheiro florestal alemão, Peter Wohlleben, “as árvores realizam fotossíntese e produzem hidrocarbonetos, que usam para o próprio crescimento, e ao longo da vida armazenam até 200 toneladas de CO2 no tronco, nos galhos e nas raízes (…). Quando ela morre, o CO2 afunda com ela na lama e forma ligações de carbono”, configurando assim um solo mais fértil.

 

4. Ar-condicionado de madeira

Pelo fato das florestas reterem parte do calor no tronco, nos galhos e nas raízes elas causam o resfriamento do ambiente, amenizando assim o calor.

 

5. Ar saudável e qualidade de vida

Em um experimento desenvolvido por cientistas coreanos (Jee-Yon Lee e Duk-Chul Lee) foi constatado que ao se caminhar em florestas (exceto da mata de coníferas e de matas de carvalho) melhora a pressão arterial, a capacidade pulmonar e a elasticidade das artérias, enquanto os passeios na cidade não causam nenhuma alteração. Essa alteração é devido aos fitocidas que matam os germes, melhorando assim o sistema imunológico humano.

 

6. Berço da biodiversidade

As árvores produzem frutos que servem de alimentos para diversas espécies de animais e suas raízes funcionam como moradia para fungos que retribuem auxiliando a fixação do nitrogênio. A copa pode ser casa de mais de 257 espécies diferentes de acordo com o estudo promovido por Martin Gobner.

O químico Katsuhiko Matsunga incentivou pescadores a plantar mais árvores perto de rios e riachos ao observar que as folhas que caem em rios e riachos, liberam um ácido que chega ao mar. Esse ácido estimula o crescimento de plâncton, a base da cadeia alimentar fazendo com que houvesse o aumento na produção de pescados e ostras na região.

 

Tipos de reflorestamento

Agora que já ficou evidente o quanto o reflorestamento é importante, precisamos explicar os tipos que existem. Há, em linhas gerais, dois tipos de reflorestamento: o de fins comerciais (florestas plantadas) e de fins ecológicos (mata nativa). Esses dois tipos geram debates há décadas.

Nessa discussão há o grupo que defende as monoculturas de eucalipto e quem apoia o reflorestamento com vegetação nativa. A seguir vamos explicar com mais detalhes os dois tipos para que fique mais claro porque existe esse embate.

 

Qualidade e Uso da Madeira

 

Florestas plantadas com fins comerciais

Em 1934, o Brasil teve o seu primeiro Código Florestal. No entanto, foi somente em 1965, com o segundo Código Florestal, que houve mudanças no manejo das florestas. No período entre 1965 e 1988, houve estímulo do governo para o reflorestamento por meio de incentivos fiscais.

Foi um período repleto de fraudes e plantações malsucedidas. Cresceu consideravelmente as monoculturas de eucalipto e pinus.

O cenário atual continua bastante semelhante, sendo que 70% das florestas plantadas são de eucalipto e 22% são de pinus. Grande parte dos reflorestadores dessa categoria é de grandes companhias produtoras de papel e celulose.

Também há áreas de florestas plantadas com a finalidade de captação dos gases do efeito estufa, nesse caso, o comércio se dá no mercado de carbono. Em geral, os compradores desse tipo de floresta plantada são empresas e países desenvolvidos para alcançar os valores de emissão de gases de acordo com o Protocolo de Quioto.

 

Florestas para fins ecológicos

Nesse tipo de reflorestamento, o principal objetivo é a restauração ecológica. É feita uma intervenção através do plantio de árvores nativas como uma forma de recuperar o ecossistema.

Trata-se de uma medida importante para a recuperação dos serviços ecossistêmicos de uma região. No entanto, é necessário ressaltar que não é possível a recuperação total de um ecossistema idêntico ao original.

É importante mencionar, ainda, o reflorestamento de recomposição florestal que, basicamente, se caracteriza por plantar mata nativa para tentar compensar o que foi desmatado.

 Geralmente, as espécies escolhidas estão alinhadas com vegetação natural do local. Árvores frutíferas e com flores são escolhidas para atrair animais e insetos para realizar a dispersão.

 

Como o reflorestamento deve ser feito?

Para realmente oferecer os resultados desejados, o reflorestamento tem que ser realizado de maneira profissional e mediante certas características. Não basta apenas plantar algumas árvores, já que cada ecossistema tem as suas exigências.

O melhor é contratar uma empresa, que fará uma boa análise da área e das necessidades da empresa. Com esses dados, é possível selecionar as espécies nativas indicadas e que prometem trazer os melhores resultados.

Na sequência, ocorre a preparação do solo e o plantio das árvores. A partir desse momento, são designados cuidados específicos, os quais auxiliam na conquista de êxito com a técnica.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Como dito acima o reflorestamento é um processo importante para que áreas sejam recuperadas. Feito da maneira correta, traz muitos benefícios, desde o atendimento de obrigações legais até a melhoria do cuidado com o planeta.

A atuação de especialistas no assunto não apenas ajuda a garantir o sucesso da iniciativa, como impede que ocorram prejuízos causados por alterações bruscas de sistemas.

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Escrito por Michelly Moraes.