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Saiba tudo sobre o êxodo rural!

Saiba tudo sobre o êxodo rural!

Neste material você vai entender um pouco mais sobre o tema êxodo rural: 

  • O que é êxodo rural. 
  • Modernização conservadora.
  • Os motivos que conduziram fenômeno de êxodo rural. 

 

Saiba tudo sobre o êxodo rural!

 

O que é êxodo rural? 

Êxodo rural é o fenômeno migratório no qual pessoas deixam áreas rurais para se estabelecerem em áreas urbanas. Esse movimento é impulsionado por diversos fatores. Como a busca por melhores condições de vida, acesso a serviços básicos, oferta de emprego, oportunidades educacionais, entre outros. 

O êxodo rural pode causar impactos tanto nas áreas rurais, reduzindo a mão de obra disponível para atividades agrícolas. Quanto nas áreas urbanas, aumentando a demanda por serviços e infraestrutura. 

No êxodo rural, os indivíduos deixam suas atividades rurais, como agricultura ou pecuária, para se deslocarem para os centros urbanos em busca de melhores oportunidades de trabalho, educação, saúde e qualidade de vida.  

Esse fenômeno é mais comum em países em desenvolvimento. Nos quais a população rural enfrenta condições precárias de vida e falta de acesso a serviços básicos. 

 

 Pós-graduação Gestão e Economia do Agronegócio

 

Características do êxodo rural 

O êxodo rural pode ser classificado como um tipo de migração que chamamos de emigração. Uma vez que representa um movimento de saída de pessoas de um local em direção a outro. 

Nesse caso em específico, o local de partida é a zona rural, e o de chegada, a zona urbana ou cidade. A mudança a que esse processo se refere é definitiva. E as causas atreladas a ela podem ser muito variadas, como vimos anteriormente. 

A migração entre campo e cidade pode ocorrer em qualquer país (desenvolvido e subdesenvolvido) e a qualquer momento. Independentemente da conjuntura econômica ou política do local.  

É, na verdade, um movimento bastante comum e que sempre esteve presente na formação e desenvolvimento dos territórios nacionais.  

O que muitos deles possuem em comum, além disso, são as consequências que o grande influxo de pessoas pode trazer para o espaço urbano.” 

 

Por que acontece o êxodo rural? 

Os motivos para os movimentos migratórios no sentido das cidades podem ser resumidos: 

 

1. Melhores oportunidades de emprego 

Muitas vezes, áreas urbanas oferecem uma maior variedade de empregos e salários mais altos em comparação com áreas rurais. O acesso a serviços e infraestrutura também pode ser melhor nas cidades. 

  

2. Melhores condições de vida

Áreas urbanas costumam oferecer melhores serviços públicos, como saúde, educação e transporte. Além disso, há mais opções de lazer e entretenimento, assim como acesso a bens de consumo. 

  

3. Migração sazonal

Em algumas regiões, é comum que as pessoas deixem o campo temporariamente para trabalhar em setores sazonais, como a agricultura. Essas pessoas podem acabar decidindo se mudar permanentemente para a cidade devido a melhores condições de vida. 

  

4. Migração forçada

Em alguns casos, conflitos armados, desastres naturais ou crises econômicas podem levar as pessoas a deixarem suas terras e se mudarem para áreas urbanas em busca de segurança e oportunidades. 

Em resumo, o êxodo rural ocorre devido a uma combinação de fatores econômicos, sociais e políticos que levam as pessoas a buscarem uma vida melhor nas cidades. 

 

Êxodo rural no Brasil 

O processo de êxodo rural no território brasileiro ganhou força com o início da industrialização. Que ocorreu a partir da década de 1930 e se intensificou 20 anos mais tarde. Quando novos setores produtivos passaram a ingressar no país.  

No intervalo que vai de 1950 a 1970, a taxa de crescimento urbano deu um salto e passou de 3,91% ao ano para 5,22%, valor mais elevado entre a década de 1950 e os anos 2000.  

A taxa de crescimento da zona rural, no entanto, decaiu na mesma velocidade e atingiu patamares negativos em 1980. Quando registrou – 0,62%, o que mostra a diminuição da população que vivia no campo. As informações são do IBGE. 

O Brasil se tornou um país urbanizado na década de 1970, quando 55,98% da população passou a viver nas cidades. Essa quantidade subiu para 67,7% na década seguinte e, atualmente, é de quase 85%, conforme o IBGE.  

A formação da Região Concentrada no Sudeste e Sul do Brasil e o processo de modernização conservadora do campo aliado à expansão das fronteiras agrícolas, pautada pelo modelo do agronegócio, são fatores que condicionaram a aceleração da saída de pessoas dos campos em direção às cidades entre as décadas de 1970 e 1980.” 

 

Efeitos do êxodo rural nas áreas urbanas 

  • Aceleração do processo de urbanização, que inicialmente foi concentrada nas grandes metrópoles do país. Especialmente na região Sudeste ao longo do século XX, pois essa região foi a que teve o maior fluxo migratório por possuir maior atratividade econômica e maior industrialização; 
  • Crescimento desordenado e desigual das cidades, pois não estavam preparadas para a chegada de um contingente populacional tão grande em um curto período; 
  • Expansão desmedida das periferias urbanas, com a formação de moradias inadequadas e o crescimento das favelas em várias metrópoles do país; 
  • Falta de saneamento básico, serviços precários de saúde e de educação, entre outros problemas sociais, como a violência urbana; 
  • Aumento do desemprego e do emprego informal em decorrência do surgimento de um grande exército de reserva de trabalhadores nas cidades; 
  • Maior precarização das condições de vida dos trabalhadores. 

 

A agricultura familiar 

O principal segmento afetado pelo processo de êxodo rural é a agricultura familiar. Antes do processo de Revolução Verde, a agricultura nacional dependia fortemente de mão-de-obra para as atividades de preparo do solo, semeadura, controle de plantas daninhas, colheita, armazenamento e transportes de grãos. 

 Assim, muitas famílias que viviam no meio rural eram compostas por um casal, que geralmente tinha muitos filhos, não raro mais de dez filhos vivendo no meio rural e trabalhando numa mesma propriedade, ou vivendo da atividade rural através da venda da mão-de-obra em empreendimentos agrícolas fora da propriedade rural familiar. 

Contudo, com a modernização da agricultura ocorreu a introdução de tratores e implementos pesados substituindo a tração animal e aumentando a eficiência no preparo do solo; semeadoras e colhedoras motorizadas, reduzindo a necessidade da semeadura e da colheita manual; introdução de herbicidas, reduzindo ou eliminando a necessidade de controle manual das plantas daninhas através da enxada. 

Tudo isso acabou reduzindo drasticamente a necessidade de mão-de-obra no meio rural, principalmente na agricultura familiar, um segmento da agricultura onde a terra é um recurso escasso. 

 

Perspectivas futuras 

O que acontecerá com a agricultura familiar nas próximas décadas? Existem alternativas para contornar o cenário de masculinização e de envelhecimento do campo e garantir a reprodução da agricultura familiar?  

Certamente há estratégias possíveis e que estão sendo aplicadas com sucesso por diferentes propriedades rurais. Essas questões serão abordadas nos próximos conteúdo.   

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão 

Para lidar com os desafios do êxodo rural, é importante implementar políticas que melhorem a infraestrutura, serviços básicos e oportunidades econômicas nas áreas rurais. 

 Além disso, programas de capacitação e incentivos para empreendedorismo rural podem ajudar a criar empregos e melhorar a qualidade de vida na zona rural. 

Por fim, a valorização da agricultura familiar e a adoção de práticas agrícolas sustentáveis são fundamentais para garantir a segurança alimentar, conservar os recursos naturais e promover o desenvolvimento sustentável das áreas rurais. 

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Escrito por Michelly Moraes.

Pós-graduação Gestão e Economia do Agronegócio

Agroecologia: entenda tudo sobre esse tema!

Agroecologia: entenda tudo sobre esse tema!

A agroecologia tem se tornado um assunto cada vez mais relevante na atualidade. Com a preocupação crescente com a sustentabilidade e a busca por alternativas ao modelo tradicional de agricultura. A agroecologia ganha destaque como uma proposta que visa aliar produtividade agrícola com o respeito ao meio ambiente e a valorização das comunidades rurais. Vamos aprofundar?

 

Agroecologia: entenda tudo sobre esse tema!

 

Mas afinal, o que é agroecologia?

A agroecologia é um campo do conhecimento que busca compreender e desenvolver práticas agrícolas que estejam em harmonia com os princípios ecológicos.

Diferente da agricultura convencional, que se baseia em técnicas de alto uso de agrotóxicos, fertilizantes químicos e monoculturas. A agroecologia propõe um manejo dos sistemas agrícolas que promova a biodiversidade, a saúde do solo e a eficiência energética.

A agroecologia valoriza o conhecimento local, as práticas tradicionais e a participação ativa dos agricultores no processo de tomada de decisões.

Ela busca promover a soberania alimentar. Ou seja, garantir que as comunidades tenham acesso a alimentos saudáveis e diversificados. Produzidos de forma sustentável e localmente.

 

Pós-graduação Gestão e Economia do Agronegócio

 

Como foi o surgimento da agroecologia?

A agroecologia surgiu como um movimento em resposta aos impactos negativos do modelo convencional de agricultura. Especialmente a crescente degradação dos recursos naturais, a perda da biodiversidade, a contaminação do solo e da água, e a dependência de insumos externos.

 Ao longo do século XX, um número crescente de agricultores e pesquisadores começou a questionar os métodos tradicionais de produção agrícola e a buscar alternativas mais sustentáveis.

No Brasil, a agroecologia foi ganhando força a partir da década de 1980. Impulsionada pela articulação entre movimentos sociais do campo, técnicos agrícolas e pesquisadores.

Foi nessa época que se criaram as primeiras universidades e centros de pesquisa voltados para a agroecologia. Como a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

 Desde então, a agroecologia vem sendo cada vez mais difundida e estudada no país. Fortalecendo-se como um importante campo de conhecimento e prática na agricultura.

 

Agricultura orgânica x agroecologia

A agricultura orgânica, por sua vez, é um sistema de produção agrícola que se baseia especificamente no uso de práticas e insumos orgânicos.

Essa forma de agricultura proíbe o uso de pesticidas químicos sintéticos, fertilizantes químicos e organismos geneticamente modificados (OGM).

O objetivo da agricultura orgânica é produzir alimentos livres de resíduos de agrotóxicos e de maneira mais natural e sustentável.

Portanto, enquanto a agroecologia é um conceito mais amplo que propõe a transformação do sistema agroalimentar como um todo. A agricultura orgânica é um sistema de produção específico que se enquadra dentro dos princípios da agroecologia.

Em resumo, a agroecologia é como um guia abrangente para a produção agrícola sustentável. Enquanto a agricultura orgânica é uma prática específica dentro desse contexto mais amplo.

 

Mercado agroecológico no Brasil

O fortalecimento da agroecologia no Brasil está sendo impulsionado por diferentes atores, como organizações não governamentais, movimentos sociais do campo, instituições de pesquisa e governos locais.

Essas entidades têm atuado na capacitação e organização dos agricultores. No estabelecimento de políticas públicas e na articulação de mercados e cadeias de valor.

No entanto, ainda existem desafios a serem superados para a ampliação do mercado da agroecologia no Brasil.

Dentre eles, destacam-se a falta de conhecimento e acesso a técnicas agroecológicas por parte dos agricultores. A dependência de insumos externos alternativos e a demanda ainda restrita por produtos agroecológicos por parte dos consumidores.

Apesar dos desafios, o cenário da agroecologia no Brasil é promissor, pois além de trazer benefícios ambientais e sociais. Também apresenta oportunidades econômicas para agricultores familiares e empreendedores do setor de alimentos.

Portanto, é fundamental que haja a continuidade dos investimentos e políticas públicas voltadas para a promoção e valorização da agroecologia como uma alternativa sustentável e viável para a produção de alimentos no país.

 

Checklist agrícola

 

5 pontos para considerar sobre a produção agroecológica

Algumas das principais características da produção agroecológica incluem:

 

1. Diversidade agroecológica

A produção agroecológica busca promover a diversidade de espécies e variedades cultivadas, tanto na lavoura como na criação de animais.

Isso inclui a integração de cultivos, a adoção de sistemas agroflorestais e a valorização de raças e variedades locais.

 

2. Uso de técnicas sustentáveis

A produção agroecológica baseia-se no uso de técnicas que respeitam os ciclos naturais, minimizam o uso de agrotóxicos e insumos externos, e buscam conservar e melhorar a fertilidade do solo.

Alguns exemplos de técnicas utilizadas são a compostagem, a rotação de culturas e o controle biológico de pragas.

 

3. Participação e autonomia

 A produção agroecológica valoriza a participação ativa dos agricultores e das comunidades rurais no planejamento e gestão da produção.

Ela incentiva a tomada de decisões coletivas, a formação de grupos de apoio mútuo, e o acesso a recursos e tecnologias apropriadas.

 

4. Conservação da biodiversidade

A produção agroecológica busca preservar a diversidade biológica das plantas, animais e ecossistemas agrícolas.

Isso inclui a proteção de espécies nativas, o uso de sementes crioulas e a promoção da biodiversidade funcional, que contribui para a regeneração dos ecossistemas.

 

5. Valorização da cultura local

A produção agroecológica valoriza as práticas e conhecimentos tradicionais dos agricultores, incluindo técnicas de manejo do solo, seleção de sementes e criação de animais adaptadas às condições locais.

Ela também busca promover a oferta de alimentos saudáveis e culturalmente adequados para as comunidades, respeitando sua cultura alimentar e tradições gastronômicas.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

No entanto, é importante destacar que a prática da agroecologia não é estática, e pode variar de acordo com o contexto social, cultural, econômico e ambiental de cada região.

A agroecologia é uma abordagem mais centrada nas pessoas, na conservação dos recursos naturais e no fortalecimento das comunidades rurais.

Por isso, ela possui uma série de preceitos e princípios que visam responder a essas necessidades e desafios.

Sua base está no conhecimento e respeito do funcionamento dos ecossistemas naturais, buscando reproduzir os seus princípios ecológicos e conservar o ambiente, além de ser sensível à diversidade e à cultura dos povos. Gostou? Curta e compartilha!

Escrito por Michelly Moraes.

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Mercado da soja: saiba tudo sobre o assunto!

Mercado da soja: saiba tudo sobre o assunto!

Dentre todos os produtos da agricultura brasileira, a soja é considerada um dos mais importantes do país. Diante dessa grande importância do mercado da soja, no artigo de hoje, você irá conferir um panorama completo da soja no Brasil e no mundo.

Acompanhe!

 

Mercado da soja: saiba tudo sobre o assunto! 

 

A soja é, há algum tempo, a cultura agrícola de maior importância do Brasil, representando a principal fonte de renda de muitos produtores rurais brasileiros.

Essa cultura tem um peso muito grande na nossa balança econômica comercial. E mesmo diante de um cenário de incertezas, as expectativas quanto à produção de soja são otimistas para as safras seguintes. Com a possibilidade de novos recordes de produtividade.

Todo esse sucesso da produção brasileira de soja é também apresentado anualmente pela CESB (Comitê estratégico Soja Brasil). Que é uma organização sem fins lucrativos que visa contribuir de forma referencial para o crescimento da produtividade da cultura da soja no Brasil.

Segundo a CESB, altas produtividades estão associadas à sustentabilidade, soluções inovadoras e elevada eficiência produtiva. Vamos lá!

 

Pós-graduação Gestão e Economia do Agronegócio

 

Soja: produto mais importante do agronegócio brasileiro

A soja é, para muitos especialistas, a principal cultura agrícola do Brasil, em volume, geração de renda e exportação. Para comprovar isso observamos que o complexo da soja (grão, óleo e farelo) responde por aproximadamente 1,5 % do PIB brasileiro.

Já as exportações são uma importante fonte de divisas internacionais do país (cerca de 11 % das exportações totais).

A indústria nacional transforma, por ano, cerca de 47 milhões de toneladas de soja, que quando esmagadas produzem óleos e farelos. Contribuindo para a competitividade nacional na produção de carnes, ovos e leite.

Tanto a soja quanto o farelo de soja brasileiros possuem alto teor de proteína e padrão de qualidade Premium. O que permite sua entrada em mercados extremamente exigentes como os da União Europeia e do Japão.

 

Como ocorre a formação do preço da soja?

A formação do preço da soja ocorre no mercado internacional. Que pode sofrer influência também de fatores internos, como redução da produção por fatores climáticos, etc.

No geral, contudo, a variação sobre o preço se dá conforme as alterações de oferta e demanda global na Bolsa de Valores de Chicago, principal referência mundial. Na Bolsa de Chicago, o preço da soja é dado em dólar por bushel (US$/bu).

O bushel é o equivalente a 27,215 kg de soja, sendo que ao seu valor em dólar deve ser acrescido o prêmio ofertado. Por exemplo: com a soja a US$ 14,00/bu e prêmio de US$ 0,50, o preço de negociação será US$ 14,50. A exceção é para a soja certificada, que tem valor agregado na negociação.

 

Como está o mercado da soja?

As cotações da soja cederam durante a semana, com o primeiro mês cotado chegando a romper o piso dos US$ 15,00/bushel em alguns dias, algo que não era visto desde meados de janeiro.

O fechamento desta quinta-feira (02), porém, recuperou um pouco o terreno e acabou ficando em US$ 15,19/bushel, contra US$ 15,34 uma semana antes. Já a média de fevereiro fechou em US$ 15,27/bushel, ou seja, 1,1% acima da média de janeiro.

Em fevereiro do ano passado a média havia sido de US$ 15,88. Fato que confirma um quadro levemente baixista em Chicago neste início de ano.

Dito isso, na semana encerrada em 23 de fevereiro, os EUA embarcaram 690.984 toneladas de soja. Volume este que ficou abaixo das expectativas do mercado.

Em todo o atual ano comercial os embarques de soja estadunidenses chegam a 42,1 milhões de toneladas. O que representa 3% acima do realizado no mesmo período do ano anterior.

 

Como está o mercado da soja no Brasil?

no Brasil os preços continuam a ceder, diante de prêmios portuários menores e um câmbio estabilizado abaixo de R$ 5,20 em boa parte da semana. Apesar da média gaúcha ter subido um pouco, fechando a semana em R$ 165,28/saco. As principais praças de comercialização do Estado reduziram seus valores, operando entre R$ 159,00 e R$ 160,00/saco.

 No ano passado, nesta mesma época, o saco de soja, ao produtor gaúcho, nestas praças, valia R$ 197,00. Portanto, temos um recuo entre 37 e 38 reais no valor do saco de soja no Rio Grande do Sul, em relação ao mesmo período do ano passado.

 

Checklist agrícola

 

Isso significa algo ao redor de 20% a menos no valor do produto. Considerando que a nova safra terá, mais uma vez, importantes quebras climáticas. E que o custo de produção geral pouco baixou, quando baixou, pode-se ter uma clara ideia das dificuldades que o setor vem enfrentando nestes últimos tempos.

Já nas demais praças do país, os preços da soja oscilaram igualmente em baixa nesta semana, variando entre R$ 142,00 e R$ 157,00/saco. No ano passado, nesta mesma época, tais preços giravam entre R$ 174,00 e R$ 197,00/saco. Portanto, um recuo entre 32 e 40 reais por saco, ou seja, algo em torno de 20% igualmente.

 

Quanto a colheita

A colheita da atual safra de soja nacional continua em ritmo lento, freada pelo excesso de chuvas no Centro-Oeste em particular. Há, inclusive, muita soja colhida com qualidade inferior nesta região. Enquanto isso, na Argentina e no Rio Grande do Sul, apesar de chuvas isoladas, as quebras vão se consolidando.

A produção no vizinho país está agora estimada em apenas 33,5 milhões de toneladas. Ou seja,11,8% inferior à previsão anterior e 22,6% a menos do que o volume produzido na safra passada.

Por outro lado, em termos de colheita o Brasil teria chegado a 30% da área, contra a média histórica de 31,4%, no final de fevereiro. No mesmo período do ano anterior a mesma atingia a 41,8%.

Especificamente no Mato Grosso, segundo o Imea, espera-se uma colheita de 42,8 milhões de toneladas nesta safra. Cuja colheita já atingia a 76% da área até o final da última semana. Se confirmada, a produção será 4,8% superior à do ano passado.

E no Paraná, a colheita chegava a 17% da área, na mesma época, contra 23% um ano antes. Lembrando que em 2020 a mesma atingia a 42%, nesta época do ano, e em

2019 chegou a bater em mais de 50%. O clima igualmente vem atrasando os serviços de corte da oleaginosa no Estado paranaense.

Enquanto isso, e como o previsto, diante das constantes quebras na safra gaúcha. Novas previsões estão indicando que a safra de soja brasileira, em seu total, pode ficar em 150,8 milhões de toneladas, talvez menos.

 

 

Alguns desafios

O que vem preocupando o setor da soja, qualquer que seja a produção final no Brasil, é, mais uma vez, a logística. Ou seja, com os atrasos na colheita em diferentes pontos do país. A questão é como se escoará esta soja quando todos os Estados estiverem colhendo a pleno.

Hoje há navios parados nos portos por falta de produto para embarcar. Fato que derruba os prêmios e reduz o preço da soja aos produtores. Por outro lado, o frete continua subindo e as estradas continuam péssimas.

 A capacidade de armazenagem, hoje, no Brasil, varia de 70% a 80% de sua produção geral. E quando se analisa detalhadamente as regiões de maior produção o déficit se torna ainda maior e mais evidente.

Assim, mais do que quanto o Brasil vai colher, o mercado quer saber agora é como o Brasil vai escoar essa soja.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Com dito acima a soja vem sendo considerada o “carro chefe” das exportações brasileiras. Segundo a Embrapa, um de cada quatro dólares exportados pelo complexo agroindustrial brasileiro provém da soja. Fato que comprova a importância da arrecadação do complexo da soja no agronegócio do país.

Neste artigo abordamos um pouquinho sobre o mercado na soja e os desafios enfrentados com a produção final.  Gostaram? Curta e compartilhe!

Escrito por Michelly Moraes.

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Trator de esteira: tudo sobre esse maquinário!

Trator de esteira: tudo sobre esse maquinário!

Trator de esteira, que também pode ser chamado de trator de lâmina sobre esteiras. É um maquinário que possui grande aderência ao solo e promove a distribuição de carga de forma mais equilibrada, medida que evita atolamento durante o trabalho. Neste post vamos abordar tudo sobre.

Acompanhe!

 

Trator de esteira: tudo sobre esse maquinário!

 

Trator esteira

Trator de esteira é uma máquina pesada muito utilizada em obras de grande porte de diversos setores da economia. Como construção civil, agricultura e mineração.

Esse equipamento, que também pode ser chamado de trator de lâmina sobre esteiras e máquina de esteira. Se diferencia principalmente por sua aderência ao solo e capacidade de se movimentar por diferentes tipos de terreno.

 Além disso, devido a sua versatilidade e potência, essa máquina pode ser utilizada em diversas situações.

Porém, para saber se ela realmente atende as necessidades da sua obra, é importante entender como funciona. Para que serve e quais são as vantagens do trator de esteira. Confira todas essas informações abaixo.

 

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Para o que serve o trator de esteira?

Como apresenta as esteiras no lugar dos tradicionais pneus, esse tipo de trator é indicado para a realização de trabalhos pesados em terrenos alagados, pantanosos ou com terra solta. Logo, ele pode ser utilizado nos locais em que o trator de tração não conseguiria acessar ou trabalhar com facilidade e eficiência.

Nesses locais, o trator de esteira pode ser utilizado para diversas finalidades, tais como:

  • Terraplanagem: técnica que consiste no nivelamento de terrenos irregulares, deixando-os prontos para as próximas etapas da construção;
  • Escavação: retirada de diferentes volumes de terra do terreno para a construção de estruturas ou armazenamento de materiais e insumos;
  • Empilhamento: esse tipo de trator pode ser utilizado para empilhar materiais como carvão, madeiras, blocos, resíduos, entre outros itens para deixar o canteiro de obras organizado;
  • Limpeza do terreno: além de empilhar, o trator esteira também pode empurrar materiais e resíduos distribuídos no terreno. Assim, fica mais fácil manter o canteiro limpo e preparado para as próximas etapas da obra;
  • Reboque de outras máquinas e cargas pesadas: por conta de sua potência e facilidade de entrar em locais de difícil acesso, o trator de esteira também pode ser utilizado para rebocar outras máquinas e cargas pesadas;
  • Outras funções: aragem de terra, trabalhos em aterros sanitários, construção de rampa em talude, formar aterro, corte de solo em linha reta e derrubada de vegetação.

Por isso, essa máquina pode ser utilizada tanto em obras de grande porte relacionadas à construção de rodovias e edifícios, agricultura, mineração, aterro sanitário, entre outros setores.

 

Vantagens do trator esteira

O trator de esteira se diferencia dos demais tipos de tratores por apresentar as seguintes características:

  • Deslocamento por esteira ao invés de rodas;
  • Apresenta melhor distribuição de peso;
  • Facilidade para se movimentar em diversos tipos de terreno, incluindo acidentados e alagados, evitando riscos de atolamento;
  • Maior aderência ao solo;
  • Versatilidade, já que pode ser utilizada em diversas situações;
  • Alta potência;
  • Permite a troca de lâminas de acordo com as necessidades da obra;
  • Compatível com lâmina ancinho, KG e U;
  • Fácil manuseio.

 

Qual a diferença da transmissão mecânica e transmissão hidrostática no trator de esteira?

Para avaliar como os tratores de esteira podem ajudar a melhorar o rendimento do trabalho que envolve máquinas pesadas na sua empresa, é importante que você conheça o sistema de transmissão e quais as diferenças entre eles.

 

Sistema de transmissão hidrostática

Nesse tipo de transmissão, a máquina apresenta duas bombas com fluxo variável que ativam os motores hidráulicos e atuam com o funcionamento das esteiras.

Dessa forma, o sistema permite que a máquina faça curvas com as duas esteiras e realize a contra rotação, um giro feito em volta do próprio eixo.

A associação da transmissão hidrostática com o controle eletrônico e a direção hidráulica proporciona aos tratores de esteira facilidade maior na operação, precisão e movimentos suaves.

 

Sistema de transmissão mecânica

As máquinas que apresentam transmissão mecânica contam com diversos mecanismos acoplados, como conversor de torque e embreagem.

Isso resulta em um custo operacional e de manutenção maior do que as máquinas que apresentam a transmissão hidrostática.

Por isso, os modelos com esse tipo de transmissão não conseguem atuar com máxima potência. Nem fazer as curvas e contra rotação que máquinas com transmissão hidrostática conseguem quando estão trabalhando em um canteiro de obras, por exemplo.

 

Por que as lâminas para trator de esteira são as principais aliadas no trabalho?

Como esses equipamentos são muito versáteis e podem atuar em vários tipos de projetos, a lâmina é considerada sua grande aliada.

Você pode trocá-la de acordo com o tipo de trabalho que será realizado. Veja a funcionalidade de cada uma delas:

 

Lâmina U

Esse tipo de lâmina é ideal para o manejo de carvão mineral, bagaço de cana e qualquer tipo de material solto.

 

Checklist agrícola

 

Lâmina Ancinho

Ela é conhecida também como rastelo, sendo considerada a mais comum nesses tipos de tratores.

A lâmina desse tipo é utilizada pelo trator de esteira para empilhamento de insumos e a sua área medial fechada possibilita a proteção do radiador.

 

Lâmina KG

Essa lâmina contribui para o corte e retirada de tocos que são encontrados e visíveis no solo.

Esse trabalho ocorre com o toco sendo rachado ao meio e o corte com deslizamento lateral por meio dos comandos de giro da esteira.

 

Por que vale a pena alugar um trator de esteira?

A locação de máquinas pesadas é considerada uma opção mais vantajosa por ser mais barata e oferecer um ótimo custo-benefício.

Afinal, a compra de um trator de esteira exige um alto investimento que, muitas vezes, se torna inviável para quem vai fazer apenas alguns trabalhos pontuais ou por curtos períodos.

Além do valor da máquina, quem compra o trator de esteira ainda precisa custear a manutenção desse equipamento. Na VRental realizamos a substituição do equipamento com 5 mil horas, com isso o cliente tem sempre máquinas com a tecnologia mais avançada.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Como dito acima o trator de esteira é uma das máquinas que se locomovem com material rodante. E é um tipo de trator único com diversas funções. Com isso, se torna um maquinário indispensável na agricultura em obras e etc…

Gostou de saber sobre esse assunto? Espero ter ajudado, se querem saber mais sobre nossos conteúdos fiquem ligadinhos em nosso blog.

Até mais!

Escrito por Michelly Moraes.

Pós-graduação Gestão e Economia do Agronegócio

Arrendamento rural: tudo que você precisa saber!

Arrendamento rural: tudo que você precisa saber!

Alguma vez, antes, você já tinha ouvido falar sobre arrendamento rural? Essa prática, regulamentada pelo Estatuto da Terra, é mais comum que se imagina.  O grande ponto, sobre ela, é que tanto donos de terra quanto produtores rurais podem ter muitos benefícios.  Neste artigo vamos abordar tudo sobre esse assunto.

Venha comigo!

 

Arrendamento rural: tudo que você precisa saber!

 

O arrendamento rural é uma forma de garantir terra sempre fértil, pois é uma maneira de “alugar” um território rural para atividade agrícola, sendo exigido para tal o pagamento de uma quantia a ser combinada entre produtor e proprietário

Quer seja para proprietários de terras, quer seja para produtores rurais, o arrendamento é uma alternativa economicamente perfeita: ocupa terras que estavam improdutivas e dá espaço de trabalho para quem ama o trabalho na lavoura.

Hoje vamos explicar em detalhes como funciona essa mecânica da atividade rural e te ajudar a compreender quais são as melhores maneiras de concretizar um contrato de arrendamento rural.

 

Pós-graduação Gestão e Economia do Agronegócio

 

O que é arrendamento rural?

Arrendamento rural é um contrato firmado entre as partes que permite o produtor rural a plantar nas terras de propriedade de outra pessoa, por tempo determinado ou não.

Esse contrato pode permitir também o uso das benfeitorias, acessórios e maquinários que a propriedade rural possua. O principal objetivo da cessão é que seja exercida a exploração agrícola na área em questão, tendo como remuneração o pagamento de arrendamento.

Assim, arrendar uma propriedade rural pode ser uma ótima alternativa para quem possui uma área de terra mas não a utiliza para produzir e não quer vendê-la, tendo assim uma renda.

Por outro lado, também é uma boa alternativa para produtores que não tem um local para produzir. O contrato garante o uso da propriedade rural por aquele que deseja explorá-la, comprometendo-se o proprietário a não intervir.

 

Quais são as vantagens do arrendamento de fazendas?

O arrendamento de fazendas é uma ótima opção para quem quer investir no segmento, mas ainda está inseguro. Por meio desse modelo de contrato, é possível fazer o uso da terra com a finalidade de gerar retorno financeiro.

As principais vantagens do arrendamento de fazendas são:

  • direito de preferência para adquirir o bem;
  • limitação do valor de arrendamento a 15% de acordo com o preço cadastral do imóvel;
  • mais seguro tanto para o arrendatário como para o arrendador;
  • além disso, o terreno pode ser usado para atividades de agricultura, agroindústria, produção pecuária, extrativa ou mista.

 

Entenda a diferença entre arrendamento rural e parceria rural

arrendamento rural prevê o pagamento de uma quantidade acordada entre as partes para que o arrendante possa utilizar o território conforme a previsão contratual.

Já a parceria rural prevê que sejam distribuídos entre as partes tanto os riscos quanto os frutos da produção.

Assim, é uma forma de sociedade entre capital e trabalho, em que o proprietário se torna um parceiro do arrendante, partilhando, entre as partes, lucros e prejuízos.

 

Arrendante e arrendatário: quem são?

O arrendamento rural, como vimos, precisa de duas partes. Nesse caso, são representadas por: arrendante e arrendatário. Mas, afinal, qual o papel de cada uma dessas pessoas?

O arrendante é o dono da terra, ou seja, quem vai emprestar parte do seu imóvel. Já o arrendatário é o produtor rural, que utiliza de parte da terra emprestada.

Então, resumindo, temos:

  • Arrendante: quem é dono e imóvel rural e escolhe alugá-lo (seja por inteiro ou em partes);
  • Arrendatário: quem aluga terra com a finalidade de plantar ou, ainda, de criar animais.

 

Como funciona o arrendamento rural?

O contrato de arrendamento pode até ser conceitualmente bem parecido com o de um aluguel. No entanto, esse tipo de contrato pode prever e é muito comum que preveja – a venda da propriedade quando se celebra o seu fim.

No limite do conceito, o valor que foi pago durante a vigência do contrato pode ser, ao fim dele, utilizado como parte do pagamento da compra, se assim o contratante e o contratado desejarem que seja feito.

Se você deseja arrendar uma propriedade rural, é necessário que, além do contato direto com um proprietário rural ou a pessoa que o representa, seja formalizado um contrato com firma reconhecida e que esteja de acordo com o Decreto 59.566.

Este documento irá prever todos os direitos e obrigações entre as partes, bem como todos os custos envolvidos nesse acordo entre as partes.

É ideal que esse documento tenha também registro em cartório, como uma maneira de assegurar a sua veracidade e a sua documentação pública de direito.

 

Checklist agrícola

 

Qual o prazo mínimo do contrato de arrendamento?

O decreto nº 59.566 e o Estatuto da Terra determinam os prazos mínimos de vigência do contrato de arrendamento. Sendo eles:

  • 3 anos: arrendamentos em que ocorram atividades de exploração de lavoura temporária e/ou de pecuária de pequeno e médio porte;
  • 5 anos: arrendamentos em que ocorram atividades de exploração de lavoura permanente e/ou de pecuária de grande porte para cria, recria, engorda ou extração de matérias primas de origem animal;
  • 7 anos: arrendamentos em que ocorram atividades de exploração florestal.

Caso o arrendatário não consiga colher os frutos da sua plantação até o final do contrato de arrendamento, ele deve ajustar previamente com o arrendador a colheita para que não haja nenhum tipo de quebra de contrato.

 

Quanto ao pagamento

O pagamento do contrato de arrendamento deve se dar conforme o que foi previsto em contrato, sendo um valor fixo que, de acordo com o decreto antes mencionado, não pode superar o valor de 15% daquele que foi atribuído ao território.

Se, no entanto, houver um imóvel ali construído e arrendado como a casa sede, por exemplo o percentual pode ser de até 30% do valor atribuído ao território.

 

Como é renovado o contrato de arrendamento rural?

De acordo com o Estatuto da Terra, o arrendatário tem preferência na renovação do arrendamento rural. O arrendador deve fazer, em até 6 meses antes do fim do contrato, uma notificação extrajudicial a fim de avisar o arrendatário de propostas de terceiros pelo uso da terra.

Nesse cenário, o arrendatário, nos 30 dias seguintes, pode fazer uma nova proposta. Ou, ainda, desistir de renovar o contrato.

Uma vez que o arrendatário queira desistir da renovação, ele terá que se manifestar em até 30 dias após o prazo de término. Ainda, é necessário que todas as declarações feitas no arrendamento sejam registradas.

Caso o arrendador ou arrendatário não se manifestem em até 6 meses antes do vencimento do contrato, ele se renova automaticamente pelo mesmo período e nas condições acordadas inicialmente.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

O arrendamento rural é uma ótima opção para quem está iniciando no segmento ou para aqueles que ainda não possuem o capital para comprar um terreno, mas pretende adquiri-lo no futuro.

Enquanto o produtor consegue cultivar seus produtos, o proprietário recebe um valor x por emprestar a sua terra. Neste conteúdo, você pôde saber os principais pontos sobre arrendamento rural.

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Pós-graduação Gestão e Economia do Agronegócio