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Conheça as principais espécies de braquiária!

Conheça as principais espécies de braquiária!

As plantas que popularmente conhecemos como braquiária, na verdade recebem esse nome por que pertencem ao gênero Brachiaria. Hoje em dia, está presente em quase 90% das pastagens brasileiras. Com isso preparamos um artigo que irá abordar os tipos de Braquiária onde os agricultores podem escolher a melhor opção para sua propriedade.

 

Conheça as principais espécies de braquiária!

 

Brachiaria é um gênero de forrageiras de origem africana, bastante tolerante ao frio, seca e fogo. Foi introduzido no Brasil na década de 1960, na região da Amazônia, mas rapidamente expandiu-se às demais regiões tropicais e subtropicais do país. É representado por diversas espécies e cultivares.

Além da engorda do gado, a brachiaria é utilizada na alimentação de outros animais, a exemplo dos bubalinos, caprinos e ovinos. Também é usada na agricultura em áreas de plantio direto.

Graças às suas características únicas e enorme variedade de espécies, esse capim permitiu aos pecuaristas de corte e de leite uma expansão saudável da produtividade no Brasil. Abaixo vamos abordar tudo que você precisa saber.

 

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Afinal, o que é a braquiária?

braquiária é originária da África e foi introduzida no Brasil como uma espécie forrageira. Ela foi amplamente utilizada, a princípio, no Cerrado.

Trata-se, então, de uma espécie de capim que possui diversas versões híbridas, e todas possuem uma função majoritária: engorda a pasto dos bovinos.

A braquiária, além de ser alimento para a pecuária, também possui uma outra função que nem todo mundo conhece: ela é capaz de melhorar a saúde do solo e ajudar no desenvolvimento de algumas culturas, como a do milho e do café.

 

Características da brachiaria

Esta grama perene rizomatosa pode atingir 1 a 2 metros de altura. O sistema radicular tem até 2 metros de profundidade. As lâminas de folhas verdes têm até 40 a 100 centímetros de comprimento e 2 de largura e são sem pelos ou com cabelos levemente ásperos.

A inflorescência é uma panícula de até 20 centímetros de comprimento e 3 de largura, dividida em vários ramos enrolados em forma de crescente.

As espiguetas são solitárias, não emparelhadas, e alinham os galhos em forma de crescente da panícula. Os galhos podem ter linhas roxas e as espiguetas podem ter tonalidades roxas.

 

Quais os benefícios?

Além de oferecer forragem aos animais, a brachiaria é um tipo de capim que contribui na estruturação do solo, em especial em produções de milho e café. Proporcionando ao solo mais sanidade e ganhos na produtividade nas produções.

Os benefícios em usar a braquiária é redução de plantas invasoras os sistemas e produção, controle de mofo branco, melhoria das propriedades físicas, químicas e biológicas no solo e ainda aumenta os materiais orgânicos. Hoje em dia essa planta serve para tudo na produção agrícola.

Os principais beneficiários diretos deste capim são os pecuaristas de corte e de leite, e de forma secundária toda a cadeias produtiva da carne e do leite, visto que o capim Brachiaria proporcionou a expansão e o incremento inicial de produtividade da pecuária no Brasil.

 

 

Quais os tipos?

Embora existam cerca de 80 espécies do gênero Brachiaria, em nosso país nem todas são plantadas. Dentre as mais utilizadas podemos citar, por exemplo, a B. decumbensB. brizanthaB. humidicola e B. ruziziensis, que possuem diferentes características e formas de manejo

 

Brachiaria decumbens

Conhecida também como braquiarinha ou capim-braquiária, a Brachiaria decumbens foi a primeira a ser introduzida no Brasil e logo teve grande aceitação dos produtores devido às suas características bastante favoráveis em solos de baixa fertilidade, encontrados em grande parte das regiões pecuárias do país.

Essa espécie de braquiária pode alcançar até 1 metro de altura. Ademais, não tolera solos encharcados e nem temperaturas abaixo de 15 ºC, podendo apresentar um crescimento menor e até interrompê-lo totalmente nas regiões frias.

Sob condições ambientais adequadas, esta braquiária produz de 9 a 11 t ha-1 de matéria seca.

Principais características:

  • Devido a sua rusticidade, se adapta bem aos solos ácidos e de baixa fertilidade, com fácil manejo;
  • Elevada produção de sementes em períodos chuvosos;
  • Alta capacidade de competição com plantas invasoras;
  • Boa produção de forragem.

 

Brachiaria brizantha

Esta espécie é altamente indicada para regiões com solos de média a alta fertilidade. Além disso, apresenta boa resistência à cigarrinha das pastagens, praga importantíssima para a pecuária brasileira.

A Brachiaria brizantha pode ser cultivada sob condições ambientais de baixas temperaturas e deficiência hídrico, entretanto, não tolera o encharcamento.

Esta braquiária tem capacidade para produzir anualmente de 8 a 20 t ha-1 de matéria seca. Variando conforme as condições climáticas e com a adubação nitrogenada empregada.

Está presente em cerca de metade das áreas de pastagens de todo o Brasil, sendo muito utilizada também pelos agricultores no sistema de plantio direto.

Apresenta alta produtividade, com sistema radicular profundo e resistência à cigarrinha, principal praga das pastagens.

Principais características:

  • Alta produtividade;
  • Grande adaptação às condições climáticas;
  • Cresce em forma de touceiras eretas ou semieretas (depende da variedade);
  • Resistente à cigarrinha-das-pastagens;
  • Média tolerância a solos mal drenados;
  • Utilizada no sistema de plantio direto.

 

Solos no Brasil

 

Brachiaria ruziziensis

Esta espécie de braquiária é uma das menos eficiente no recobrimento do solo. Em virtude de não possuir boa capacidade de enraizamento dos nós inferiores.

Entretanto, é adaptada a diferentes condições climáticas, além de ser uma das espécies mais produtivas em áreas tropicais com índices elevados de precipitação.

Devido a estas características, a Brachiaria ruziziensis é uma das preferidas no Sistema Plantio Direto, pois além de não formar touceiras, pode ser controlada facilmente por herbicidas e possui menor produção de sementes que as outras espécies de braquiárias, fatores que facilitam o manejo das lavouras.

Principais características:

  • Se adapta à integração lavoura-pecuária;
  • Excelente valor nutritivo;
  • Rápida cobertura da área de plantio;
  • Exige boa fertilidade do solo;
  • Plantio em regiões de solos com boa drenagem e precipitação anual mínima de 900 mm;
  • Pouca resistência ao ataque de cigarrinhas-das-pastagens

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

A braquiária, além de ser alimento para a pecuária, também possui uma outra função que pode ser ótimo para sua propriedade.

Como pudemos ver, essas gramíneas são capazes de trazer benefícios, não só para o gado, mas também para a saúde do solo.

Além disso, existe uma grande diversidade dessas plantas que podem ser implementadas, são de fácil cultivo, baixo investimento e que apresentam um bom retorno a longo prazo.

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Plantas forrageiras: veja as principais espécies!

Plantas forrageiras: veja as principais espécies!

Usar plantas forrageiras para complementar a alimentação animal é uma ótima opção, uma vez que essas plantas, podem ser utilizadas inteiras ou parte delas, para fornecimento de energia.

A forragem pode ser colhida pelo próprio animal ou cortada e oferecida pelo homem, geralmente está acima do solo, mas pode-se incluir raízes e tubérculos.

Quer saber mais? Confere este post comigo!

 

Plantas forrageiras: veja as principais espécies!

 

O que é e para que serve as plantas forrageiras?

As forrageiras são as plantas usadas como fonte de alimento para os animais, podendo ser gramíneas ou leguminosas.

A forragem pode ser plantada e servir para os animais pastarem ou pode ser produzida e depois colhida para ser servida como alimento, um exemplo é o feno e a silagem.

As plantas forrageiras são uma das principais fontes de rendimento da pecuária baseada em pastagens, elas se desenvolvem de acordo com o solo, plantas e animais.

Isso significa que o sistema em que a planta é colocada, influencia em seu crescimento e nutrientes.

Quando um produtor escolhe uma forrageira, ele deve considerar a produtividade e a qualidade nutritiva que deseja para o seu rebanho.

Fazer uma boa pastagem é significado de ter um bom rebanho, seja qual for a finalidade da criação animal.

Assim, é importante que o pecuarista saiba a melhor forma de preparar o solo e demais manejos, como também espécies adaptadas ao clima da região para o seu pleno desenvolvimento.

O primeiro passo é escolher a espécie forrageira que melhor irá se adequar para o seu rebanho. Também é importante ver qual espécie é melhor para o clima e o tipo de solo.

 

 

Características das espécies de forrageiras

Cada espécie de animal prefere um tipo diferente de forrageira para pastar, sendo importante entender bem o que será cultivado.

Desse modo, o ideal é buscar espécie de forragem que seja palatável e traga boa quantidade de energia para seu rebanho, seja bovino, equino, caprino e por aí vai.

Por isso, a importância da decisão de qual espécie plantar deve ser tomada a partir da análise de diversos fatores que interagem entre si, tais como:

  • Tempo útil da pastagem;
  • Condições particulares de clima e solo;
  • Produção forrageira;
  • Valor nutritivo das plantas forrageiras;
  • Exigências nutricionais dos animais;
  • Época e forma de utilização dos recursos forrageiros;
  • Custos de produção;
  • Produção de forragem (material verde ou material seco);
  • Valor nutritivo (composição química e digestibilidade) e aceitação pelo animal (palatabilidade);
  • Persistência;
  • Facilidade de propagação e estabelecimento;
  • Resistente à pragas e doenças.

Além do apresentado acima deve ser considerado se a planta forrageira é considerada de produção anual ou perene.

As anuais são aquelas que regeneram-se totalmente durante a estação de crescimento, e as perenes são aquelas que se formam durante o primeiro ano, porém seguem produzindo no ano seguinte.

Agora que já conhecemos as características a serem observadas das plantas forrageiras, vamos abordar a seguir quais espécies mais comumente encontradas como oferta de forragem.

 

Solos no brasil

 

Tipos de forrageira

Conheça a seguir, algumas plantas forrageiras, que podem ser utilizadas na sua propriedade:

  • Capim braquiária: essa planta se adapta bem aos solos com baixa fertilidade e às condições climáticas do Brasil. Esse capim é muito utilizado para a alimentação do gado.
  • Capim mombaça: é uma planta tropical que se estabelece em solos argilosos e arenosos. Ideal para a alimentação de bovinos e caprinos, pois é uma gramínea extremamente nutritiva.
  • Capim elefante: é uma gramínea que se adapta melhor em ambientes com o clima quente, sendo, resistente ao fogo e à seca. Além disso, é uma planta que se multiplica facilmente. É utilizada para o pastejo e para a produção de silagem e feno.
  • Aveia: é uma gramínea que não se adapta bem em solos muito úmidos. Pode ser utilizada para a produção de forragem. A aveia preta é mais utilizada para pastagens.
  • Capim-gordura: também conhecido como catingueiro, chega a medir um metro de altura ou mais. Espécie perene e pouco exigente em fertilidade, tem bom desenvolvimento em solos ácidos e em regiões tropicais e subtropicais.
  • Feijão-miúdo: uma leguminosa que resiste bem ao clima seco. Pode ser plantado nos principais tipos de solo, mas não é recomendada para ambientes com o solo mais úmido.
  • Feijão guandu: é uma leguminosa com sua utilização cada vez mais frequente pelos produtores como forrageira para ser ofertada para os animais no inverno. Pode ser consorciado com milho e também com outras forrageiras tropicais, como a braquiária.
  • Leucena: arbustiva perene e tolerante à seca, tem bom desenvolvimento em regiões tropicais e em solos férteis, profundos e bem drenados.

Desse modo, são diversas as plantas que podem ser utilizadas para a forragem.

Portanto, é necessário que haja cautela no momento de escolha, pois como vimos, cada uma delas se desenvolve melhor em diferentes ambientes.

 

Plataforma Agropós

 

Armazenamento da forragem

Uma boa alternativa para ter sempre a oferta de volumoso para o rebanho, mesmo em tempo de escassez de pasto, se dá através do armazenamento da forragem.

Mas para isso é necessário armazenar corretamente a forragem para que não haja perda de nutrientes.

Uma das técnicas de armazenamento mais utilizadas é a fenação. Nela, a forragem é desidratada, reduzindo a quantidade de água nas plantas.

Assim, o feno pode ser armazenado em silos, por exemplo, por muito mais tempo, sem que perca as propriedades.

Outra técnica muito utilizada é na fabricação de silagem. Esse processo garante que a perda nutricional da forragem seja pequena e permite com que o alimento seja armazenado por um longo período, graças à uma fermentação controlada durante o processo.

A silagem é feita através da compactação, seja do milho, sorgo, cana ou capim triturados. Os silos podem ser de trincheira ou silo de superfície.

 

Como escolher uma planta forrageira

Neste post foi apresentado que para escolher a planta forrageira adequada para os seus objetivos, é necessário considerar diversos fatores.

A escolha de uma espécie forrageira requer conhecimento de suas características de adaptação ao meio, formas de utilização, valor nutricional, possibilidades de consorciação, entre outras.

Portanto, é preciso considerar que o clima, o período do ano, plantas locais, animais e solo podem influenciar no crescimento e qualidade das forrageiras.

Por isso, antes de decidir pelo plantio adequado à propriedade, deve-se analisar alguns aspectos do sistema de produção utilizado. Como pastejo contínuo ou rotacionado, como também, levar em conta as características das plantas durante o manejo.

Na pastagem para uso de alimentação de animais, o ideal seria disponibilizar uma gramínea e uma leguminosa compatíveis entre si.

A combinação das duas espécies permite à criação obter uma dieta equilibrada em energia e proteína.

Além disso, quando uma entra em período de menos força produtiva, a outra responde como fonte nutricional necessária.

Vale salientar, que, ter um profissional técnico com conhecimento na área ajudará muito na sua decisão mais assertiva e no alcance de resultados ainda mais satisfatórios.

Escrito por Juliana Medina.