(31) 9 8720 -3111 contato@agropos.com.br
Benefício do feijão: cultivo e nutrientes!

Benefício do feijão: cultivo e nutrientes!

Neste artigo, vamos explorar o benefício do feijão, bem como a importância crescente do cultivo sustentável deste grão em nosso país. Prepare-se para descobrir por que o feijão não é apenas um alimento básico, mas sim um verdadeiro superalimento que impulsiona tanto a saúde humana quanto a agricultura sustentável.

O feijão, esse pequeno tesouro culinário tão presente nas mesas brasileiras, vai muito além de seu sabor reconfortante e versatilidade na cozinha. Por trás de suas modestas aparências, reside um gigante nutricional e um protagonista essencial no panorama agrícola do Brasil.

 

Benefícios do feijão: cultivo sustentável e nutrientes!

 

Benefício da cultura do feijão no Brasil

A cultura do feijão no Brasil é extensa e tem uma história rica. O feijão é uma das culturas mais importantes e tradicionais do país, desempenhando um papel crucial na segurança alimentar e na economia.

 

 

Variedades cultivadas

Existem várias variedades de feijão cultivadas no Brasil, sendo as mais comuns o feijão-preto, o feijão-carioca, o feijão-vermelho, o feijão-fradinho, entre outros. Cada região pode ter suas preferências quanto às variedades cultivadas, dependendo das condições climáticas e do solo.

 

Regiões de cultivo

O feijão é cultivado em diversas regiões do Brasil, desde o Sul até o Norte do país. No entanto, as principais regiões produtoras estão localizadas no Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste. Em estados como Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Bahia e Goiás, a produção de feijão é significativa.

 

Técnicas de cultivo

 O feijão é cultivado principalmente em pequenas propriedades familiares, mas também em grandes fazendas comerciais.

As técnicas de cultivo variam de acordo com a região e as condições climáticas, mas geralmente envolvem o plantio direto ou em rotação de culturas, uso de adubos orgânicos ou químicos, controle de pragas e doenças, além do manejo adequado da irrigação.

 

Cultura do Feijão: importância, tipos, fenologia e seus principais manejos.

 

Importância econômica e social

A cultura do feijão tem uma grande importância econômica e social no Brasil. É uma fonte de renda para muitos agricultores familiares e pequenos produtores, além de ser uma importante fonte de alimento para a população. A colheita do feijão também gera empregos temporários nas áreas rurais durante a safra.

 

Desafios e avanços

A cultura do feijão no Brasil enfrenta desafios como variações climáticas, pragas e doenças, além de questões relacionadas à produtividade e competitividade no mercado global. No entanto, têm ocorrido avanços significativos na pesquisa agrícola, com o desenvolvimento de variedades mais produtivas e resistentes, além de práticas de manejo mais eficientes.

No geral, a cultura do feijão no Brasil é uma parte essencial da agricultura e da cultura alimentar do país, contribuindo para a segurança alimentar e o desenvolvimento econômico de muitas comunidades rurais.

 

Fenologia do feijão

A fenologia do feijão descreve os diferentes estágios de desenvolvimento que a planta passa desde a germinação até a maturação das sementes. Aqui está uma descrição geral dos principais estágios fenológicos do feijão:

  • Germinação: Este é o estágio inicial em que a semente de feijão absorve água e inicia o processo de crescimento. A semente incha e a raiz primária emerge, seguida pela emissão do coleóptilo (a primeira estrutura que emerge da semente).
  • Desenvolvimento Vegetativo: Após a germinação, a planta de feijão passa pelo desenvolvimento vegetativo, durante o qual cresce a parte aérea (caule e folhas) e o sistema radicular se desenvolve. Neste estágio, a planta está se preparando para a produção de flores.
  • Floração: é marcado pelo desenvolvimento e abertura das flores. As flores do feijão são pequenas e podem variar em cor, dependendo da variedade. Durante a floração, ocorre a polinização, que é essencial para a formação das vagens.
  • Formação de Vagens: Após a polinização bem-sucedida, as flores são fertilizadas e começam a se desenvolver em vagens. As vagens se formam nos locais onde as flores estavam localizadas. Elas crescem e se enchem com as sementes em desenvolvimento.
  • Desenvolvimento das Sementes: Dentro das vagens, as sementes continuam a se desenvolver. Elas crescem em tamanho e maturam, acumulando reservas nutritivas para garantir o sucesso da próxima geração de plantas.
  • Maturação: é caracterizado pelo amadurecimento das sementes e das vagens. As vagens mudam de cor (dependendo da variedade) e secam. As sementes atingem sua maturidade fisiológica e estão prontas para a colheita.
  • Colheita: Na fase final, as vagens estão maduras e as sementes estão prontas para serem colhidas. A colheita é realizada quando as vagens estão secas e as sementes atingiram a maturidade.

 

Benefício do feijão

O feijão oferece uma série de benefícios para a sociedade brasileira e para as comunidades ao redor do mundo. Aqui estão alguns dos principais benefícios:

  • Alimentação Saudável e Acessível: O feijão é uma fonte importante de proteínas, fibras, vitaminas e minerais essenciais. Ele desempenha um papel crucial na dieta de muitas pessoas. Especialmente em comunidades de baixa renda, fornecendo uma fonte acessível de nutrientes
  • Segurança Alimentar: Como uma cultura básica e de subsistência, o feijão contribui significativamente para a segurança alimentar. Fornecendo uma fonte confiável de alimento para milhões de pessoas em todo o Brasil e em outras partes do mundo.
  • Cultivo Sustentável: O feijão é uma cultura relativamente sustentável, pois pode ser cultivado em pequenas propriedades familiares e em sistemas agrícolas diversificados. Ele desempenha um papel importante na agricultura familiar e na conservação da biodiversidade.
  • Geração de Empregos e Renda: A produção e o processamento do feijão geram empregos em várias etapas da cadeia de valor. Desde os agricultores que cultivam a safra até os trabalhadores envolvidos na colheita, transporte, processamento e venda do produto final.
  • Desenvolvimento Rural: O cultivo do feijão é muitas vezes uma atividade central na economia rural. Proporcionando uma fonte de renda para agricultores familiares e contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico das comunidades rurais.
  • Resiliência Agrícola: O feijão é uma cultura resistente que pode ser cultivada em uma variedade de condições climáticas e tipos de solo. Isso contribui para a resiliência agrícola, ajudando os agricultores a enfrentar desafios como mudanças climáticas, secas e pragas.
  • Preservação Cultural: O feijão tem uma forte ligação com a cultura brasileira e com as tradições culinárias do país. Seu cultivo e consumo preservam e promovem a identidade cultural e os hábitos alimentares tradicionais.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

O feijão é essencial para a sociedade brasileira, fornecendo nutrição acessível e contribuindo para a segurança alimentar. Além de sua importância nutricional, sua capacidade de cultivo diversificado fortalece a resiliência agrícola, enquanto gera empregos e preserva tradições culturais.

 Em suma, o feijão é um pilar fundamental do bem-estar, da economia rural e da identidade alimentar do Brasil. Gostou? Curta e compartilha.

Escrito por Michelly Moraes.

Feijão andu: descobrindo os segredos nutricionais!

Feijão andu: descobrindo os segredos nutricionais!

Nosso blog mergulha no intrigante universo do Feijão Andu, uma leguminosa que está conquistando a atenção de entusiastas da culinária e da nutrição. Originário de regiões tropicais e subtropicais, o feijão andu não é apenas saboroso, mas também oferece uma rica fonte de proteína vegetal.

Acompanhe!

 

Feijão andu: descobrindo os segredos nutricionais!

 

O feijão andu, também conhecido como feijão-guandu ou feijão-de-porco, é uma leguminosa que tem ganhado cada vez mais destaque na alimentação de pessoas. Que buscam alternativas saudáveis e sustentáveis.

Originário das regiões tropicais e subtropicais das Américas, África e Ásia, o feijão andu não apenas oferece um sabor único. Mas também é repleto de benefícios nutricionais que merecem nossa atenção.

Neste artigo, vamos explorar o mundo do feijão andu, revelando seus segredos nutricionais, sua versatilidade na cozinha e os motivos pelos quais ele deve fazer parte da sua dieta. Se você está em busca de opções mais saudáveis para incluir em seu cardápio. Continue lendo e descubra por que o feijão andu merece um lugar de destaque em sua alimentação.

 

 

O que é feijão andu?

O feijão andu é um feijão muito particular, conhecido até como tendo personalidade forte por seu sabor ser bem diferente de todos os outros feijões.

De cor um pouco mais esverdeada (antes de maduros) e de formato arredondado e nada uniformes, é o fruto do anduzeiro.

Como os outros feijões, cresce dentro de vagem e, neste caso, por suas características físicas de cor e formato, às vezes é confundido com a ervilha.

 

Feijão andu ou feijão guandu?

Na verdade, estamos falando da mesma semente, apenas temos variação do nome em regiões diferentes do Brasil. Enquanto feijão andu é a nomenclatura usada no centro-oeste, sudeste e no sul do nordeste. Feijão guandu é um nome mais popular no Sul e em alguns estados do Nordeste.

Este produto também pode ser chamado de:

  • Anduzeiro,
  • Guandeiro,
  • Ervilha de pombo.

 

Benefícios nutricionais do feijão andu

Antes de mergulharmos nas formas deliciosas de preparar o Feijão Andu. É importante entender por que ele é tão especial do ponto de vista nutricional. Aqui estão alguns dos benefícios que tornam essa leguminosa uma excelente escolha para a sua saúde:

  • Rica fonte de proteína vegetal: o feijão andu é uma ótima fonte de proteína vegetal, essencial para a construção e reparação dos tecidos do corpo. É uma excelente opção para vegetarianos e veganos que buscam atender às suas necessidades de proteína.
  • Fibras para uma digestão saudável: ele também é rico em fibras, o que contribui para a saúde digestiva, ajudando a prevenir problemas como constipação e promovendo a sensação de saciedade. O que pode ser útil para o controle de peso.
  • Baixo teor de gordura: o feijão andu contém baixo teor de gordura saturada, o que o torna uma escolha saudável para o coração. A inclusão de leguminosas na dieta está associada à redução do risco de doenças cardiovasculares.
  • Rico em vitaminas e minerais: ele é uma fonte de várias vitaminas e minerais, incluindo folato, ferro, magnésio e potássio. Esses nutrientes desempenham papéis cruciais em diversas funções do corpo. Desde a produção de glóbulos vermelhos até a regulação da pressão arterial.
  • Sustentabilidade: o cultivo do feijão andu é benéfico para o meio ambiente, pois suas raízes fixam nitrogênio no solo, melhorando sua fertilidade e reduzindo a necessidade de fertilizantes químicos.

 

Onde o feijão andu no Brasil

Na região Nordeste, o feijão andu é especialmente apreciado e faz parte da culinária típica, sendo usado em diversos pratos tradicionais. Ele é frequentemente utilizado na preparação de comidas regionais. Como ensopados, sopas, caldos e no famoso “baião de dois”, um prato que combina arroz, feijão andu e queijo coalho.

Além disso, o feijão andu é valorizado por sua resistência à seca, o que o torna uma opção importante para a alimentação em áreas mais áridas do Nordeste, onde outras culturas de feijão podem ser mais desafiadoras de cultivar.

 

Ciclo do feijão guandu

O ciclo de vida do Feijão Guandu, também conhecido como Feijão Andu ou Feijão-de-Porco, é semelhante ao de muitas outras leguminosas.

Este ciclo de vida pode variar ligeiramente dependendo das condições climáticas, do tipo de solo e das práticas de cultivo específicas, mas geralmente segue essas etapas básicas

Ele passa por várias fases, desde o plantio até a colheita das sementes. Aqui está uma visão geral do ciclo de vida típico do Feijão Guandu:

 

Plantio

O ciclo do Feijão Guandu começa com o plantio das sementes. As sementes são geralmente semeadas diretamente no solo em filas ou covas, ou podem ser transplantadas de viveiros para o campo.

 

Germinação

Após o plantio, as sementes germinam, produzindo plântulas. Isso geralmente ocorre dentro de uma a duas semanas, dependendo das condições de solo e clima.

 

Crescimento vegetativo

As plântulas crescem e desenvolvem folhas, caules e raízes. Durante essa fase, a planta se concentra no crescimento vegetativo e na formação de estruturas de suporte.

 

Floração

Após algumas semanas a meses de crescimento vegetativo, dependendo da variedade e das condições ambientais, a planta entra na fase de floração. Durante a floração, flores características do Feijão Guandu aparecem.

 

Polinização

As flores do Feijão Guandu precisam ser polinizadas para que ocorra a formação de vagens. A polinização pode ser feita por insetos, como abelhas, ou pelo vento, dependendo da variedade.

 

Formação de vagens

Após a polinização bem-sucedida, as flores dão lugar à formação de vagens. As vagens são as estruturas que contêm as sementes comestíveis.

 

Desenvolvimento das sementes

Dentro das vagens, as sementes do Feijão Guandu começam a se desenvolver. Isso leva algumas semanas a meses, dependendo das condições climáticas e do cultivo.

 

Colheita

Quando as vagens estão maduras e as sementes atingiram seu tamanho máximo, é hora de colher o Feijão Guandu. A colheita pode ser feita manualmente, cortando as plantas inteiras ou colhendo as vagens individualmente.

 

Secagem e armazenamento

Após a colheita, as sementes do Feijão Guandu podem ser secas ao sol para reduzir a umidade e aumentar sua vida útil. Elas são então armazenadas em local fresco e seco para uso futuro.

 

Plantio ou consumo

As sementes secas podem ser armazenadas para plantio na próxima safra ou utilizadas na culinária em diversos pratos, como sopas, ensopados, saladas e outros pratos tradicionais.

 

Quanto as variedades

O Feijão guandu, também conhecido como feijão andu ou feijão-de-porco. Possui diversas variedades com características únicas.

Entre elas, estão o guandu anão, com porte compacto, as variedades de flores amarelas e brancas, vagens verdes ou roxas, e sementes de diferentes tamanhos. Algumas regiões do Brasil também têm variedades regionais adaptadas às condições locais.

Embora as variedades possam variar em aparência e sabor, todas são apreciadas na culinária e podem ser usadas de várias maneiras. Dependendo das preferências pessoais e das disponibilidades locais.

 

Sistema de produção

A melhor época para produção do feijão guandu é no período chuvoso, especialmente entre novembro e dezembro. Sua semeadura deve ser realizada com espaçamento entre 40 cm e 1 m. Aproximadamente dez plantas por metro linear, e em profundidade de 2 a 5 cm, sendo este último o mais indicado.

Os plantios podem ser mais densos, mas é preciso lembrar que os animais podem não conseguir circular no espaço, nos casos de plantio para pastagem.  Como o feijão guandu tem desenvolvimento inicial lento, a capina deve acontecer de quatro a oito semanas após o plantio.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Em resumo, um sistema de produção é um conjunto de processos organizados e interligados utilizados na agricultura e em outras áreas. Na agricultura, ele envolve o planejamento, cultivo e colheita de culturas ou criação de animais.

A eficácia desses sistemas depende de fatores como manejo, sustentabilidade, diversificação e adaptação às condições locais.

A agricultura desempenha um papel crucial na alimentação global e na economia. Tornando a melhoria contínua e a inovação nos sistemas de produção essenciais para a segurança alimentar, sustentabilidade e desenvolvimento econômico.

Escrito por Michelly Moraes.

Sementes de feijão: uma tecnologia promissora!

Sementes de feijão: uma tecnologia promissora!

O feijão é um alimento tradicionalmente consumido no Brasil, compõe a dieta da maioria das famílias. Essa cultura contribui significativamente para o agronegócio do país, isto pois seu cultivo tornou-se mais tecnificado e competitivo. No entanto, um dos grandes entraves ao cultivo do feijoeiro e a conscientização e adoção de sementes de feijão de qualidade pelos pequenos e grandes produtores.

Para tal, preparamos este artigo para abordar esse assunto, bem como discutir a aplicabilidade e a maneira correta de produzir sementes certificadas.

Vamos lá!

 

Sementes de feijão: uma tecnologia promissora!

 

O feijão comum, também conhecido como Phaseolus vulgares L. é uma espécie cultivada e consumida em todo mundo. É um alimento rico em carboidratos (60%), proteínas (22%), aminoácidos, lipídios e sais minerais. O que demonstra sua importância nutricional e seu papel para a segurança alimentar em muitos países em desenvolvimento.

O Brasil é um dos países que mais produz feijão, segundo a CONAB este ano a produção alcançará cerca de 2,5 milhões de toneladas por hectare. Que certamente será voltada para suprir a demanda do mercado interno, que se encontra em torno de 2.9 milhões de toneladas por hectare.

Sendo assim, faz se necessário a importação de feijão de países como a Argentina, para suprir a demanda do mercado interno, e por isso é um produto ainda carente em exportações.

Tradicionalmente o feijão comum é cultivado por pequenos produtores, com contribuição de cerca de 70% da agricultura familiar, na sua grande maioria para a subsistência. No entanto, segundo a EMBRAPA arroz e feijão este cenário está dando lugar a cultivos irrigados, com controle fitossanitário, colheita mecanizada e maior aporte de insumos. Ou seja, muitos produtores estão investindo em grandes áreas de produção.

Contudo, práticas agrícolas outrora adotadas por muitos produtores de feijão, como a produção das próprias sementes, estão sendo substituídas pela compra de sementes de qualidade. Livre de contaminação fitossanitárias, fisiologicamente viáveis e que contribuía para a uniformidade de cultivo.

 

 

Sementes de feijão x Grãos de feijão

Quando o grão atinge a sua maturidade fisiológica, é recomendado a colheita independentemente da sua finalidade.

Isto pois, a grande diferença entre os grãos destinados a alimentação ou a semente está no processo de cultivo. Visto que, apenas sistemas de cultivos criteriosos podem assegurar ao agricultor sementes com vigor, sanidade e características agronômicas. Que permitem melhor planejamento de tratos culturais, estimativas de produção e qualidade no pós-colheita.

No entanto, um levantamento realizado pela EMBRAPA arroz e feijão demonstra que o percentual de produtores que utilizam sementes certificadas de feijão comum não ultrapassa 28%. Mesmo se observado nos estados mais produtivos como Paraná, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e São Paulo.

Sendo assim, a maioria dos produtores optam por utilizar materiais retirados de campos de produção de grãos, sementes que podem estar contaminadas por pragas, doenças e sementes de ervas daninhas. Podem ter baixo vigor, podem apresentar características que dificultam os tratos culturais como porte da planta, ciclo ou susceptibilidade a doenças.

Contudo, a adoção de sementes certificadas traz ao agricultor o conforto de conhecer o material de trabalho, a segurança de utilizar cultivares melhoradas, com características que pode facilitar tratos culturais.

Além disso, podem utilizar materiais resistentes a doenças comum em feijão como Mosaico comum, ferrugem, Antracnose e outras. Por fim, livre de contaminantes que podem comprometer o campo de produção ou até mesmo a qualidade final dos grãos.

Contudo apesar dos benefícios da utilização sementes de feijão comum, o número de produtores que aderem essa tecnologia é muito baixa e pode estar associado:

  • Falta de informação
  • Baixa oferta de sementes no mercado

 

Características necessárias para a certificação de sementes de feijão

 

Pureza genética

As sementes certificadas devem apresentar procedência conhecida, o que permite ao agricultor conhecer as características da planta como ciclo, hábito de crescimento, arquitetura, resistência e/ou tolerância a pragas e doenças, cor e brilho do tegumento bem como o potencial produtivo da cultura. Tornando os sistemas de cultivo mais previsíveis, permitindo a organização dos tratos culturais, contribuindo para a uniformidade de plantio e produtividade.

 

Pureza física

Os lotes de sementes devem estar livres de impurezas como partículas de solo, restos vegetais, pedras, sementes danificadas, sementes de plantas invasoras ou de outras espécies. Que podem ser condutoras de pragas e doenças ou trazer gastos adicionais ao produtor. Por exemplo Rhizoctonia Solani, Sclerotium Rolfsii e Sclerotinia sclerotiorum são patógenos que podem sobreviver por muitos anos em partículas do solo ou Colletotrichum Lindemuthianum que podem permanecer em restos culturais.

 

Cultura do Feijão: importância, tipos, fenologia e seus principais manejos.

 

Qualidade fisiológica

As sementes também devem apresentar capacidade potencial de gerar plantas saudáveis e vigorosas. Para conhecer está características são necessários testes de germinação e determinação do vigor da semente. Este último, trata-se da soma de características de germinação e emergência de plântulas.

 

Qualidade fitossanitária

A semente é considerada um forte aliado a disseminação dos principais patógenos do feijoeiro, como fungos, bactérias e vírus, alguns deles podem se instalar por anos nas sementes e inviabilizar áreas para as próximas safras. Os esporos de fungos como Colletotrichum Lindemuthianum podem sobreviver por até 15 anos nas sementes e o vírus do mosaico comum e da bactéria X Axonopholis pv. Phaseolis podem sobreviver por até 30 anos.

O processo de contaminação das sementes pode acontecer no campo ou no pós-colheita, pois alguns patógenos infectam a semente é outros liberam estruturas de propagação como esporos. Sendo assim, os patógenos podem inviabilizar as sementes, contaminar as plântulas e contaminar as plantas de forma sistêmica ou tornar-se fonte de inoculo para a área de cultivo (não sistêmica).

Sendo assim, nas sementes os patógenos podem infectar (contaminar o tegumento) ou infestar o lote de sementes ou ainda causar a perda de vigor das sementes. Uma vez instalados no lote de sementes. Em condições favoráveis se desenvolve e infectam as plantas de forma sistêmica (mosaico comum e X Axonopholis pv. Phaseolis) ou não sistêmica (Colletotrichum Lindemuthianum) e pode causar epidemias graves e reduzir drasticamente a produtividade.

Segundo um informe da EMBRAPA as principais doenças transmitidas pelas sementes são: antracnose, crestamento-bacteriano-comum, mancha-angular, mofo-branco, mancha de Ascochyta, mancha de Alternaria, mosaico-comum, mela, murcha de Curtobacterium, podridão do colo, murcha de Fusarium, podridão cinzenta do caule ou macrofomina, podridão-radicular-seca e podridão-radicular/tombamento.

 

Como tornar-se produtor de sementes de feijão comum?

Para que o agricultor se torne um produtor de sementes certificadas de feijão comum inicialmente é preciso que o produtor entenda a importância da sua atividade na cadeia produtiva do feijoeiro. Além da necessidade de controle e manutenção da qualidade das sementes, garantindo ao produtor/consumidor um produto de procedência conhecida e livre de contaminantes.

 

Como tornar-se produtor de sementes de feijão comum?

 

Para tal, é necessário que o agricultor faça um cadastro no RENASEM (Registro Nacional de Sementes e Mudas), órgão que fica sob a competência do MAPA (Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento).

Sendo assim, esses órgãos tornam-se responsáveis pelas inspeções e fiscalização do material comercializado, para garantir ao consumidor um produto de qualidade. No entanto, apenas agricultores familiares, assentados de reforma agrária, indígenas e produtores de sementes de cultivar local, tradicional e crioula.

Suas normativas contam com instruções para produção, comercialização e utilização de sementes; garantem ao consumidor/produtor padrões mínimos de qualidade das sementes. Sendo assim, as sementes certificadas pelo MAPA, podem ser sementes básica ou sementes certificadas de primeira (C1) ou segunda (C2) geração.

 

Etapas para obtenção de sementes de feijão certificadas

  • Deve-se escolher áreas de cultivo deve ser criteriosa evitando-se áreas que já foram utilizadas para cultivar feijão ou com muita incidência das principais pragas e doenças da cultura. O cultivo pode ser direto ou convencional, no entanto o importante é evitar fontes de contaminação de patógenos que podem permanecer na pal
  • Assim como o cultivo do feijão comum para grãos, o cultivo para sementes pode ser realizado no período das águas (agosto a março), seca (janeiro a julho) e safrinha (maio a outubro).
  • Para a certificação no RENASEM o produtor deve utilizar sementes de origem conhecida (Figura 1) com qualidade fisiológica e sanitária. Com preferência para as sementes genética, básica e por fim C1.

 

Tabela 1

Tabela 1: Controle de gerações das categorias de semente. Sendo C1 semente certificada de primeira geração, C2 semente certificada de segunda geração, S1 não certificada de primeira geração e S2 não certificada de segunda geração.

Origem das sementes

Categoria dos possíveis sementes geradas

Genética Básica, C1, C2, S1e S2
Básica C1, C2, S1e S2
C1 C2, S1e S2
C2 S1e S2
S1 S2

Fonte: Informe IMCAPER.

 

  • Todos os equipamentos utilizados no plantio, tratamento de sementes, colheita e trilha devem ser limpos para a remoção de restos culturais. Como sementes de feijão e de plantas daninhas, solo e qualquer outro contaminante, para evitar a contaminação das sementes e do campo de cultivo.
  • As sementes podem ser tratadas com fungicidas (protetores e sistêmicos) e inseticidas para garantir o controle das pragas e doenças, principalmente na fase inicial.
  • O espaçamento entre plantas e número final de plantas deve favorecer as vistorias de campo, realização de roguing (elimina plantas doentes) e o controle de doenças.
  • As vistorias no campo são realizadas ao longo de todo ciclo da cultura, normalmente são realizadas na floração e na pré colheita. Essas vistorias são necessárias para verificar se o campo atende aos padrões mínimos pré-estabelecidos pelo MAPA.

 

Plataforma Agropós

 

Mais alguns pontos:

  • No stand de cultivo deve-se evitar a presença de plantas atípicas, outras espécies de plantas e doenças. São consideradas plantas atípicas, plantas com características diferentes da esperada para a cultivar. Por exemplo cor do hipocótilo durante a fase de emergência, a cor da flor na fase de floração e a cor, forma e tamanho das vagens na fase de pré colheita.
  • A amostragem dá área de cultivo deve ser realizada dividindo o campo para a obtenção de subamostras. Sendo assim, a incidência de doenças e plantas atípicas devem estar no intervalo aceito pelo MAPA. Se necessário, pode ser realizado o roquing, sendo necessária uma nova amostrag As recomendações serão apresentadas na Tabela 2.
  • Adubação, controle de invasoras, manejo de pragas e doenças e irrigação são prática que devem ser realizadas assim como nos campos de produção de grãos.
  • Para manter a qualidade das sementes a colheita deve ser realizada quando as sementes atingir a maturação fisiológica e maturação de colheita. Ou seja, teor de água recomendado para a cultura. A secagem deve ser realizada para garantir a qualidade das sementes.
  • Para a trilha, as sementes devem estar com teor de água entre 15% e 17%, isto porque a umidade acima ou abaixo do recomendado pode causar danificação das sementes. Além disso, deve-se realizar a trilha preferencialmente de manhã. Entre 9h e 12h ou à tarde entre 15h e 19h para evitar danos a semente.
  • O processamento da semente após a colheita envolve a secagem, o beneficiamento, o tratamento e a embalagem. Para tal todos os equipamentos devem ser limpos para evitar contaminação.

 

Tabela 2

A Tabela 2 mostra os critérios avaliados a campo e em laboratório para a certificação das sementes. Segundo os critérios avaliados é possível observar que a aquisição de plantas certificadas garante aos produtores de feijão sementes de variedades mais produtivas. Com pureza genética, vigorosa, livre de sementes de plantas daninhas e com baixo risco de introdução de patógenos na área de cultivo. Mas vale lembrar que ainda é preciso avaliações mais fitossanitárias mais criteriosas para garantir a completa pureza fitossanitária.

Tabela 2Padrões para a produção de sementes de feijão (Phaseolus vulgaris L.), conforme Instrução Normativa Nº 45 de 17 de setembro de 2013/MAPA, cedidas pelo site da EMBRAPA.

Critérios de campo
  Básicas C1 C2 S1 e S2
Vistorias Área máxima da gleba (ha) 50 50 50 100
Número mínimo de vistorias 2 2 2 2
Número mínimo de subamostras 6 6 6 6
Número de plantas por subamostra 1000 500 375 250
População de amostra 6000 3000 2250 1500
Rotação(ciclo agrícola)
Isolamento ou bordadura (mínimo em metros) 3 3 3 3
Plantas atípicas/fora de tipo (n° máximo) 3/6000 3/3000 3/25000 3/1500
Outras espécies de plantas
Pragas Antracnose (Colletotrichum lindemuthianum) (nº máximo de vagem contaminada/ população de amostra de vagem 3/600 3/300 3/300 3/100
Crestamento Bacteriano (Xanthomonas axonopodis pv.phaseoli)(nº máximo de plantas/população de amostra) 3/600 3/300 3/300 3/100
Mofo Branco (Sclerotinia sclerotiorum) (nº máximo de plantas/população de amostra 0 0 0 0
Critérios das sementes
Pureza Semente pura (% mínima) 0,98 0,98 0,98 0,98
Material inerte (%)
Outras sementes (% máxima) 0,0 0,1 0,1 0,1
Determinação de outras sementes por número (nº máximo) Semente de outra espécie cultivada 0 0 1 1
Semente silvestre 0 1 1 1
Semente nociva tolerada 0 1 1 1
Semente nociva proibida 0 0 0 0
Sementes infestadas (% máxima) 3 3 3 3
Sementes de outra cultivar de grupo de cores diferentes 2 4 6 8
Germinação (% mínima) 70 80 80 80
Validade do teste de germinação (máxima em meses) 6 6 6 6
Validade de reanálise do teste de germinação (máxima em meses) 4 4 4 4

Fonte: Embrapa.

 

Conclusão

Por fim, certamente a utilização de sementes certificadas é uma tecnologia que contribuirá para o planejamento e aumento da produção nacional. Trazendo para o grande e pequeno agricultor cultivares melhoradas e livre de contaminantes.

No entanto, existe um baixo interesse dos agricultores em adquirir sementes certificadas ou produzi-las, em parte pela falta de conhecimento, sendo esse artigo um veículo de propagação desssa tecnologia.

Gostou do conteúdo? Comente e compartilhe!

Escrito por Dinorah Moraes.

Conheça as etapas do desenvolvimento do feijoeiro!

Conheça as etapas do desenvolvimento do feijoeiro!

O feijão está entre os principais alimentos consumidos por nós brasileiros. Diferente das outras culturas, a maior parte fica no mercado interno sendo pouco exportado. Para dar início ao plantio de feijão é necessário que o produtor entenda todo o processo de desenvolvimento do feijoeiro. Com isso preparamos esse artigo que irá abordar tudo sobre esse assunto.

Acompanhe!

 

Conheça as etapas do desenvolvimento do feijoeiro!

 

Feijão tem grande importância no Brasil, estando presente em quase todas as alimentações feitas pelos brasileiros.

Além do consumo, a cultura do feijão é importante para diferentes classes do agronegócio, sendo produzido por pequenos, médios e grandes produtores.

Sua produção pode ser realizada na época das águas ou primeira época, época da seca ou segunda época e terceira época ou de outono-inverno.

Desse modo, conhecer o desenvolvimento do feijão, saber suas exigências é fundamental para planejar o plantio e a condução da lavoura até a colheita.

 

 

Importância do Feijão

A cultura do feijão é uma das mais importantes para a alimentação da população do Brasil. E para facilitar a variações do nosso clima solos.

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa, vem desenvolvendo programas de pesquisa de melhoramento genético para disponibilizar ao mercado cultivares adaptadas às diferentes condições de clima e solo do Brasil.

Diversas formas de feijão são cultivadas no mundo inteiro, mas poucos povos souberam tirar tanto proveito desse alimento como o brasileiro.

Os estados do Paraná, Minas Gerais e Bahia se destacam como produtores de feijãocomum (Phaseolus vulgaris), com uma produção que corresponde a quase 50% do total nacional.

Além do papel relevante na alimentação do brasileiro, o feijão é um produto de grande importância econômica e social, principalmente por conta da mão de obra empregada durante o ciclo da cultura.

 

Desenvolvimento do Feijoeiro

O ciclo biológico do feijoeiro é dividido em duas fases: vegetativa e reprodutiva. A fase vegetativa é constituída pelas etapas V0, V1, V2, V3 e V4; a reprodutiva pelas etapas R5, R6, R7, R8 e R9.

O ciclo de desenvolvimento do feijoeiro é completado de 70 a 110 dias, de acordo com a cultivar e com as condições climáticas.

 

Cultura do Feijão: importância, tipos, fenologia e seus principais manejos.

 

Desenvolvimento Vegetativo

 

Estádio V0- Germinação

Refere-se à germinação, ao absorver água em quantidade adequada, inicia-se o processo. Primeiro ocorre a emissão da radícula seguida pelo alongamento do hipocótilo até o surgimento dos cotilédones na superfície do solo.

Uma semeadura bem feita é essêncial para o sucesso dessa etapa, a profundidade de deposição das sementes deve ser de 3 a 5 cm e a temperatura do solo deve estar adequada (temperaturas próximas a 25 ºC favorecem a taxa de germinação, já as inferiores a 12 ºC reduzem significativamente).

 

Estádio V1- Emergência

O que caracteriza essa fase é o aparecimento dos cotilédones ao nível do solo.  Nesse momento ocorre o desdobramento da “alça” do hipocótilo seguido do alongamento do epicótilo até a expansão das folhas primárias.

Nessa fase é possível analizar de maneira confiável a qualidade da semeadura, avaliando o estande e uniformidade de emergência.

 

Estádio V2 – Folhas primárias

Estádio caracterizado pela expansão plena das folhas primárias (unifolioladas, sede inicial de conversão de energia), a velocidade da abertura bem como o tamanho das folhas são fatores importantes para o bom desenvolvimento da cultura. Semeadura profunda, sementes pouco vigorosas, ataque de doenças e pragas podem resultar em folhas pequenas e mal formadas.

 

Estádio V3 – Primeira folha trifoliolada

Tem início quando a primeira folha trifoliolada encontra-se em posição horizontal, totalmente desdobrada.

Nessa fase acontece a exaustão intensa dos cotilédones, que sofrem abscisão, a planta assim depende diretamente dos nutrientes presentes no solo.

O período entre V1 e V3 apresenta a maior tolerância à estresses hídricos e à oscilações de temperatura (ambos moderados), há acelerado crescimento radicular.

 

Estádio V4 – Terceira folha trifoliolada

É caracterizado pela expansão completa da terceira folha trifoliolada, as plantas aceleram a emissão de folhas e o crescimento.

Nessa fase o déficit hídrico pode reduzir consideravelmente a área foliar e consequentemente a produtividade, porém o feijoeiro também apresenta sensibilidade ao excesso de água, devendo haver um fornecimento adequado em caso de irrigação.

 

Desenvolvimento reprodutivo

  • R5 – Pré-floração: aparecem os primeiros botões ou racemos em 50% das plantas.
  • R6 – Floração: abre-se a primeira flor em 50% das plantas.
  • R7 – Formação de vagens: as pétalas das flores murcham e começa a formação de vagens (ao menos uma vagem aparece em 50% das plantas).
  • R8 – Enchimento de vagens: formação de grãos na primeira vagem em 50% das plantas.
  • R9 – Maturação: mudança de cor, em pelo menos, uma vagem em 50% das plantas.

 

Quais fatores afetam o desenvolvimento do feijoeiro?

Para obter resultados positivos na cultura de feijão e no desenvolvimento do feijoeiro, é preciso considerar alguns fatores, como temperatura, época e área de plantio, água, entre outros. Conheça mais sobre a importância de cada um deles:

 

Época de plantio

A princípio, a época de plantio é um fator básico, sempre de extrema importância, para o sucesso da lavoura. No caso do feijão, para definir o período ideal de plantio, é preciso considerar as exigências climáticas da planta.

Na prática, isso significa que essa cultura consegue obter uma melhor produtividade quando seu cultivo ocorre em épocas com climas específicos.

Vale destacar que por ser uma cultura de ciclo curto (cerca de 90 dias), o feijão pode ser cultivado por até quatro safras em um ano.

 

Temperatura

De modo geral, a cultura de feijão é sensível a altas e baixas temperaturas. Dessa forma, as melhores temperaturas para a cultura ficam entre 18 e 24°C, sendo que a ideal é de 21°C.

Fora dessa temperatura, em especial com médias acima de 30°C e abaixo de 12°C, pode ocorrer abortamento de flores, vagens e grãos do feijão.

Também é importante ressaltar que na fase de germinação, as temperaturas baixas podem atrasar a emergência e prejudicar o desenvolvimento das plantas.

 

Radiação solar

A radiação solar é outro fator que favorece o bom desenvolvimento da lavoura de feijão. Assim, o ideal é manejar a cultura de forma que ela consiga interceptar uma grande quantidade de radiação solar.

Este é um fator importante, em especial, antes da fase de florescimento da planta. Desse modo, até chegar a esse estádio, é possível acumular um volume adequado de biomassa.

 

Precipitação pluvial

Quando está sob estresse hídrico (falta de água), o feijão costuma apresentar redução na área foliar.

Essa é uma questão ainda mais crítica no período da floração, quando a falta de água pode diminuir a estatura da planta e prejudicar o desenvolvimento das vagens da planta o número, tamanho e a quantidade de grãos é afetado.

Desse modo, para garantir a produtividade da cultura, é importante irrigar a cultura, de forma a reduzir a ocorrência do estresse hídrico.

 

Área de plantio

Em relação à área de plantio, o feijão pode ser cultivado tanto em várzeas quanto em terras altas. O importante é que o local de cultivo tenha solos soltos, friáveis e não sujeitos a encharcamento.

 

Preparação do solo

Como explicamos, a cultura de feijão pode ser cultivada em diferentes épocas, o que torna possível mais de uma safra por ano na mesma área.

De modo geral, é possível cultivar o feijão de duas formas: pelo plantio convencional ou por plantio direto.

No caso do plantio convencional, deve-se fazer a aração e a gradagem seguindo as práticas de manejo e conservação do solo isto é, segundo as condições de topografia do terreno e as propriedades físicas do solo.

 

Profundidade

Em relação a profundidade, indica-se que em solos argilosos ou úmidos, a semeadura seja feita com 3 a 4 cm de profundidade. Já em solos arenosos, com 5 a 6 cm.

Esse é um ponto importante para o cultivo do feijão, pois quando fazemos a semeadura em maior profundidade, pode ocorrer o atraso da emergência das plântulas.

Ademais, outra desvantagem é que as sementes ficam mais suscetíveis ao ataque de doenças, o que causa danos aos cotilédones.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

É indiscutível que o feijão é um produto com alta importância econômica e social no País. O produto exerce grande valor sob o ponto de vista alimentar, como alternativa econômica de exploração agrícola em pequenas propriedades e como atividade de ocupação de mão de obra menos qualificada nas diversas regiões rurais brasileiras.

Neste artigo abordamos sobre as fases de desenvolvimento do feijoeiro, afinal é de extrema importância para o agricultor ter em mente todas essas etapas.

E aí, conseguiu entender mais sobre o cultivo do feijão e o desenvolvimento do feijoeiro? Se você gostou desse conteúdo e te ajudou e esclareceu suas dúvidas. Comente e compartilhe em suas redes sociais!

Origem do feijão: entenda sua importância!

Origem do feijão: entenda sua importância!

Os feijões são mundialmente reconhecidos por sua riqueza nutricional e versatilidade culinária. O que talvez poucas pessoas não sabem é origem do feijão e sua importância econômica. Neste artigo vamos abordar tudo sobre esse assunto. Quer saber tudo sobre?

Venha comigo!

 

Origem do feijão: entenda sua importância!

 

O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de feijão, depois de Myanmar e Índia, respectivamente. Típico produto da alimentação brasileira, é cultivado em todas as regiões, além de ser um dos alimentos mais antigos do mundo.

Os estados do Paraná, Minas Gerais e Bahia se destacam como produtores de feijão-comum (Phaseolus vulgaris), com uma produção que corresponde a quase 50% do total nacional.

Além do papel relevante na alimentação do brasileiro, o feijão é um produto de grande importância econômica e social, principalmente por conta da mão de obra empregada durante o ciclo da cultura.

 

 

O que é o feijão?

Feijão é uma leguminosa e é um dos principais grãos fornecedores de proteína na alimentação dos brasileiros. Além disso, possui boas quantidades de carboidratos, substância que garante a energia necessária para o funcionamento do corpo. E é também uma ótima fonte de ferro, vitaminas do complexo B e fibras.

 

Conheça 13 tipos de feijão cultivados no Brasil!

 

Ao todo existem 14 tipos de feijão disponíveis para consumo. No Brasil os mais utilizados são: carioquinha, preto, de corda, jalo, branco, rosado, fradinho, rajado e bolinha. Além deles, o azuki, o roxo, o moyashi, o verde e o vermelho, completam a lista.

O prato mais comum utilizado com o ingrediente é a tradicional feijoada, que consiste num guisado de feijão com carne. Normalmente acompanhado com arroz e que caracteriza, por anos, a culinária brasileira no mundo.

 

Cultura do Feijão: importância, tipos, fenologia e seus principais manejos.

 

Importância do feijão

A cultura do feijão é uma das mais importantes para a alimentação da população do Brasil. E para facilitar a variações do nosso clima e solos, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa, vem desenvolvendo programas de pesquisa de melhoramento genético. Para disponibilizar ao mercado cultivares adaptadas às diferentes condições de clima e solo do Brasil.

Diversas formas de feijão são cultivadas no mundo inteiro. Mas poucos povos souberam tirar tanto proveito desse alimento como o brasileiro.

Essa iguaria está presente na culinária dos nossos vinte e sete estados, principalmente junto com o arroz. Mas também com as carnes, na forma de sopas, caldos, baião de dois, acarajé, feijão-tropeiro, dobradinha, salada, guisado, ensopado, feijoada, tutu à mineira e em muitos outros pratos.

 

Cultura do feijão: a origem do grão

São diversas as hipóteses que visam explicar a origem e domesticação do feijoeiro. Uma delas é que o feijão teria sido domesticado na Mesoamérica, há cerca de 7.000 a.C. E disseminado posteriormente pela América do Sul.

Por outro lado, achados arqueológicos de feijões domesticados na América do Sul, mais especificamente no Peru há cerca de 10.000 a.C. São indícios de que o feijoeiro teria sido domesticado na América do Sul e então levado para a América do Norte.

Dados mais recentes sugerem a existência de três centros primários de diversidade genética do feijão. Tanto para espécies silvestres como cultivadas:

  • Mesoamericano – do sudeste dos Estados Unidos até o Panamá, tendo como zonas principais o México e a Guatemala;
  • Sul dos Andes – abrange desde o norte do Peru até as províncias do noroeste da Argentina e
  • Norte dos Andes – da Colômbia e Venezuela até o norte do Peru.

Além dos centros americanos primários, podem ser identificados outros centros secundários em algumas regiões da Europa, Ásia e África.

Os feijões estão entre os alimentos mais antigos do mundo, com seus registros diretamente associados aos primeiros registros da história da humanidade.

O antigo Egito e na Grécia eram cultuados como símbolo da vida. Também faziam parte das festas gastronômicas dos antigos romanos e sua importância para esse povo era tão grande que era utilizado como pagamento de apostas.

 

Feijão no Brasil

Por volta do século XVI, os índios chamavam o feijão de “comanda” e o comiam com farinha. Atualmente, as três espécies de feijão mais cultivadas no Brasil são:

  • Feijão-comum (Phaseolus vulgaris), também conhecido como “carioca”;
  • Feijão macassar (Vigna unguiculata), comum principalmente nas Regiões Norte e Nordeste; e
  • Feijão-guandu (Cajanus cajan), muito utilizado na alimentação de animais.

O ciclo curto da cultura possibilita o plantio de até três safras durante a temporada no Brasil. Nas Regiões Sul e Sudeste, o plantio da 1ª safra vai de agosto a dezembro, com colheita nos meses de novembro a abril.

Já nas Regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte, o plantio é de outubro a fevereiro, e a colheita, em janeiro a maio.

O plantio da 2ª safra nas Regiões Sul e Sudeste vai de janeiro a abril e a colheita se dá nos meses de março a agosto. Já na Região Centro-Oeste, Norte e Nordeste. O plantio fica entre os meses de janeiro a junho, e a colheita, de março a setembro.

Por fim, o plantio nas Regiões Sul e Sudeste da 3ª safra vai de março a junho, com a colheita nos meses de junho a outubro.

 Já nas Regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste, o plantio é realizado nos meses de abril a junho, e a colheita, de junho a outubro.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

É indiscutível que o feijão é um produto com alta importância econômica e social no País. O produto exerce grande valor sob o ponto de vista alimentar. Como alternativa econômica de exploração agrícola em pequenas propriedades e como atividade de ocupação de mão de obra menos qualificada nas diversas regiões rurais brasileiras.

Neste artigo podemos conhecer melhor sobre a origem do feijão e sua importância para alimentação e economia do pais. Então, gostaram do artigo sobre a origem do feijão?

Escrito por Michelly Moraes.